Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 1 FIBRILAÇÃO E TAQUICARDIA VENTRICULAR (sem pulso) PCR @anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 2 TAQUICARDIA VENTRICULAR Taquicardia ventricular: são 3 ou mais batimentos consecutivos com QRS alargado; CLASSIFICAÇÃO DURAÇÃO − Sustentada: duração maior que 30 segundos ou instabilidade hemodinâmica; − Não sustentada: < 30 segundos e não causa instabilidade hemodinâmica. MORFOLOGIA Monomórfica: Todos os complexos QRS com morfologia similar. Polimórfica: Complexos QRS com morfologias diferentes. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR Fase final das Taquicardias Ventriculares. Caracterizadas por ondas finais, não podendo caracterizar complexos QRS. PCR EM ADULTOS O rápido tratamento para FV (Fibrilação Ventricular) é a melhor abordagem para restaurar a circulação espontânea; O algoritmo inclui a taquicardia ventricular sem pulso; FV e TVSP requerem RCP, até que um desfibrilador esteja disponível para administrar choques não sincronizados de alta energia; @anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 3 ALGORITMO Para esse algoritmo já deve ter sido concluído o SBV, incluindo: − Ativação de um sistema de emergência; − Execução de um PCR de alta qualidade; − Aplicação do desfibrilador manual; − Administração do primeiro choque. Equipe de alto desempenho intervém: avaliação primaria. INICIE A RCP − Assim que for definido que o paciente está irresponsivo e sem ventilação (ou apresenta apenas gasping – como se fosse uma respiração agônica/não está totalmente sem respirar/parede um suspiro + sem pulso); − Gritar por ajuda/acionar serviço médico de emergência; − Buscar desfibrilador; − Verifique se há pulso e inicie a RCP, começando pelas compressões torácicas; − Aplique o monitor do ECG ou as pás DEA assim que disponíveis; O QUE É GASPING? − Suspiros/agonias: aparentam estar inspirando ar muito rapidamente. A boca pode estar aberta e a mandíbula, a cabeça ou o pescoço podem se mover com a respiração agônica; − Sinal de PCR. RCP DE ALTA QUALIDADE − Compressões torácicas com frequência e profundamente adequadas; − Permita o retorno total do tórax após cada compressão; − Minimize as interrupções entre as compressões; − Evite ventilação excessiva. OBSERVAÇÕES − Administre oxigênio; − Aplique o monitor/desfibrilador; − Verifique o ritmo para determinar se é chocável (FV/TVSP) ou não (Assistolia/AESP); − Minimizar as interrupções das compressões torácicas. − Um membro da Equipe deve continuar executando a RCP de alta qualidade até que alguém traga o desfibrilador e ele seja aplicado no paciente; − O líder atribui funções e responsabilidades e organiza as intervenções para minimizar as interrupções nas compressões torácicas. Qualidade da RCP deve ser medida em tempo real, com um dispositivo de feedback audiovisual − Frequência: 100 a 120/min; − Profundidade: Pelo menos 5 cm − Retorno do tórax; − FCT (Fração de compressões torácicas): − Ideal é mais de 80%; − Tempo até a 1ª desfibrilação; − Tempo até a primeira compressão; Depois de VERIFICAR UM RITMO chocável e iniciar a sequência de carga do desfibrilador, outro profissional deve reiniciar as compressões torácicas e continuá-las até que o desfibrilador esteja completamente carregado. O choque deve ser aplicado assim que o responsável pelas compressões retirar suas mãos do tórax do paciente e todos os profissionais tiverem se afastado. PPC: Pressão aórtica de relaxamento (diastólica) menos a pressão atrial de relaxamento (diastólica). − PPC está relacionada ao fluxo miocárdico e ao RCE; Estudo: RCE só ocorreu após a obtenção de uma PPC de 15mmHg durante a RCP; DESFIBRILAR − Assim que determinar que um ritmo é chocável, administre o choque; − Se desfibrilador monofásico: Choque único de 360J. − Use a mesma energia para os choques subsequentes; − Se desfibrilador bifásico: Carga recomendada pelo fabricante. Ex.: Carga inicial de 120 a 200J). Se não souber, carga máxima; − Se choque inicial cessar a FV, mas a arritmia ocorrer novamente, administrar choques subsequentes com a energia que foi bem sucedida; @anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 4 Imediatamente após o choque, reinicie a RCP, começando pelas compressões torácicas. ADMINISTRE RCP POR 2 MINUTOS Se socorrista disponíveis, estabelecer acesso IV ou IO. Nos primeiros minutos após uma desfibrilação bem sucedida, todo ritmo espontâneo é lento e pode não conseguir criar pulso ou perfusão adequada. O paciente necessita de RCP por vários minutos até que a função cardíaca adequada retorne. Reiniciar RCP, estabelecer o acesso IV/10 e verificar o ritmo. Execute a RCP durante 2 minutos. Reinicie a RCP imediatamente, começando pelas compressões torácicas. Não verifique o ritmo nem o pulso neste momento, a menos que o paciente esteja apresentando sinais de RCE. Estabelecer o acesso IV/IO. Enquanto a RCP estiver sendo executada, se você ainda não tiver acesso IV/10 outro membro deve estabelecê-lo. Protocolos para funcionamento em um ciclo de 2 minutos. Compressões torácicas contínuas com ventilação assíncrona a cada 6 segundos → Quando houver uma via aérea avançadas. VERIFICAÇÃO DE RITMO − Verifique o ritmo depois de 2 minutos de RCP - Cuidado para minimizar interrupções nas compressões torácicas; − Não faça pausas de mais de 10 segundos na compressão para verificar o ritmo; − Se houver dúvida sobre a presença de pulso, reinicie imediatamente a RCP. Lembre-se de verificar pulso, preferivelmente, durante a análise de ritmo, apenas se um ritmo organizado estiver presente: − Se o ritmo estiver organizado e houver pulso palpável, proceda aos tratamentos pós PCR; − Se o ritmo for não chocavel e não houver pulso palpável, prossiga pela via assístole/AESP; − Se o ritmo for chocavel, administre o choque e reinicie a RCP imediatamente durante dois minutos depois do choque. MEDICAÇÕES VIAS DE ACESSO Primeira prioridade: administrar RCP de alta qualidade e desfibrilação precoce. Via aérea avançada e administração de medicamentos são secundárias. VIA IV − Não é necessário interromper a RCP; − Bolus do medicamento, em seguida bolus de 20ml de fluido IV; − Eleve a extremidade por aproximadamente 10 a 20 segundos. VIA INTRAÓSSEA − Se acesso IV não for bem sucedido ou viável; − Preferível ao endotraqueal; − Todo medicamento administrado por via IV pode ser administrada via IO. VIA ENDOTRAQUEAL: − A dose usual dos medicamentos administrativos por via ET é de 2 a 2 ^1/3 vezes a dose por via IV; − A RCP precisará ser interrompida temporariamente, para que não haja refluxo do medicamento pelo tubo ET; − Devem ser diluídos em 5 a 10 ml de água destilada ou solução salina; − Injete diretamente do tudo ET. VASOPRESSORES Otimizam o debito cardíaco e a PA. EPINEFRINA (ADRENALINA) − Efeito alfa adrenérgico de vasoconstrição − Eleva o fluxo sanguíneo cerebral e coronariano; − Quando acesso disponível administre 1mg IV/IO durante a RCP depois do segundo choque e repita a cada 3 a 5 minutos ou a cada 4 minutos. Executar uma verificação de ritmo: − Verificar o ritmo depois de 2 minutos de RCP; − Se o ritmo chocável, administre um choque e reinicie a RCP imediatamente durante 2 minutos após o choque. ANTIARRÍTMICOS Pode ser considerada a administração tanto antes quanto após o choque; Amiodarona ou lidocaína podem ser consideradas para FV/TVSP arresponsiva a desfibrilação Logo após a 1º dose de Epinefrina → massagem (RCP) → precisou chocar (chocou) → Amiodarona de 300. AMIODARONA − Bolus de 300mg IV/IO, depois considere mais uma vez 150mg IV/IO; @anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 5 − Antiarrítmica classe III: bloqueia os canais de sódio em frequências rápidas (classe I), ação antissimpática (classe III), prolongamento do potencial de açãocardíaco (classe III). LIDOCAÍNA − 1º dose de 1 a 1,5mg/Kg IV/IO, em seguida, 0,5 a 0,75mg/Kg IV/IO em intervalos de 5 a 10 minutos. Até dose máxima de 3mg/Kg; − Suprime o automatismo do tecido de condução cardíaco ao aumentar o limiar de estimulação elétrica do ventrículo, HIS Purkinje, e a despolarização espontânea dos ventrículos na diástole. SULFATO DE MAGNÉSIO − Ataque de 1 a 2g IV/IO diluído em 10ml de solução salina, administrando como bolus IV/1O, geralmente durante 20 minutos; − Torsades de pointes; − Agonista da bomba Na- K; − Supressão dos canais de cálcio atriais; − Administração rotineira em PCR não é recomendada, salvo na presença de torsades de pointes. MONITORAMENTO FISIOLÓGICO − Recomenda-se o uso de capnografia quantitativa em pacientes intubados para monitorizar a qualidade da RCP, otimizar as compressões torácicas e detectar o RCR durante as compressões torácicas; − A curva de capnografia exibe PETCO em mmHg ao longo do tempo; − Valores de PETCO2 persistentemente baixos, menores que 10 mmHg em pacientes intubados sugerem que o RCE é improvável: melhorar as compressões e o tratamento com vasopressores; − Se o PETCO2 aumentar abruptamente para 35 a 40 mmHg ou mais considerar RCE.
Compartilhar