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As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A energia metabólica obtida a partir de aa, varia muito de acordo com o tipo de organismo e com as condições metabólicas. A maior parte dos microrganismos obtém aa a partir do ambiente e os utiliza como combustível quando suas condições metabólicas assim o determinarem. Nos animais, os aa sofrem degradação oxidativa em três circunstâncias metabólicas diferentes: Durante a síntese e a degradação normais de proteínas celulares alguns aa liberados pela hidrólise de proteínas não são necessários para a biossíntese de novas proteínas, sofrendo degradação oxidativa Quando uma dieta é rica em proteínas e os aa ingeridos excedem as necessidades do organismo para a síntese proteica, o excesso é catabolizado; aa não podem ser armazenados Durante o jejum ou no diabetes melito não controlado, quando os carboidratos estão indisponíveis ou são utilizados de modo inadequado, as proteínas celulares são utilizadas como combustível. Em todas essas condições metabólicas, os aa perdem seu grupo amino para formar a- cetoácidos, os “esqueletos de carbono” dos aa. Os a-cetoácidos sofrem Oxidação a CO2 e H2O Fornecem carbonos para a gliconeogênese Assim como no catabolismo dos carboidratos e dos ácidos graxos, os processos de degradação de aa convergem para vias catabólicas centrais, com os esqueletos de carbono da maioria dos aa encontrando uma via para o ciclo do ácido cítrico. Em alguns casos, as reações das vias de degradação dos aa representam etapas paralelas ao catabolismo dos ácidos graxos Pelo fato de que apenas poucos organismos conseguem converter o N2 em formas biologicamente úteis, como NH3, os grupos amino são cuidadosamente gerenciados nos sistemas biológicos. Os aa derivados das proteínas da dieta são a origem da maioria dos grupos amino. A maior parte dos aa é metabolizada no fígado Parte da amônia gerada nesse processo são utilizada em uma variedade de vias biossintéticas e o excesso é excretado diretamente ou convertido em ureia ou ácido úrico para excreção, dependendo do organismo. O excesso de amônia produzido em outros tecidos (extra-hepáticos) é enviado ao fígado (na forma de grupos amino, como descrito a seguir) para conversão em sua forma de excreção. Quatro aa desempenham papéis centrais no metabolismo do nitrogênio: glutamato, glutamina, alanina e aspartato. Oxidação de Aminoácidos e Produção de Ureia Introdução Destinos do Grupo Amino As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Esses aa em especial são aqueles mais facilmente convertidos em intermediários do ciclo do ácido cítrico: Glutamato e glutamina: a-cetoglutarato Alanina: piruvato Aspartato: oxalacetato. No citosol das células do fígado os grupos amino da maior parte dos aa são transferidos para o a-cetoglutarato, formando glutamato, que entra na mitocôndria e perde seu grupo amino para formar NH4+. O excesso de amônia produzido na maior parte dos demais tecidos é convertido no nitrogênio amídico da glutamina, que circula até chegar ao fígado, entrando na mitocôndria hepática. No músculo esquelético, os grupos amino que excedem as necessidades geralmente são transferidos ao piruvato para formar alanina, outra molécula importante para o transporte de grupos amino até o fígado. A presente discussão começa com a degradação das proteínas da dieta e depois faz uma descrição geral dos destinos metabólicos Em humanos, a degradação das proteínas ingeridas até seus aa constituintes acontece no trato gastrintestinal. Chegando ao fígado, a primeira etapa no catabolismo da maioria dos L-aa é a remoção de seus grupos a-amino, realizada por enzimas denominadas aminotransferases ou transaminases. Nessas reações de transaminação, o grupo a- amino é transferido para o carbono a do a- cetoglutarato, liberando o correspondente a- cetoácido, análogo do aminoácido Não ocorre desaminação efetiva nessas reações, pois o a-cetoglutarato torna-se aminado enquanto o a-aminoácido é desaminado. O efeito das reações de transaminação é coletar grupos amino de diferentes aa, na forma de L-glutamato. O glutamato funciona como doador de grupos amino para vias biossintéticas ou para vias de excreção, que levam à eliminação de produtos de excreção nitrogenados. As células contêm tipos diferentes de aminotransferases. Muitas são específicas para o a-cetoglutarato como aceptor do grupo amino, mas diferem em sua especificidade para o L-aminoácido. Essas enzimas são denominadas em função do doador do grupo amino As reações catalisadas pelas aminotransferases são livremente reversíveis, tendo uma constante de equilíbrio O piridoxal-fosfato participa de uma variedade de reações nos carbonos a, b e g de aa. O piridoxal-fosfato desempenha o mesmo papel químico em cada uma dessas reações. Uma ligação com o carbono a do substrato é rompida, removendo um próton ou um grupo carboxila. O par de elétrons que permanece no carbono a produziria um carbono altamente instável, mas o piridoxal-fosfato fornece estabilização A estrutura altamente conjugada do PLP (escoadouro de elétrons) permite o deslocamento da carga negativa. As aminotransferases são exemplos clássicos de enzimas que catalisam reações bi moleculares nas quais o primeiro substrato reage e o produto deve deixar o sítio ativo antes que o segundo substrato possa se ligar. O aminoácido liga-se ao sítio ativo, doa seu grupo amino ao piridoxal-fosfato e deixa o sítio ativo na forma de um a-cetoácido. O outro a-cetoácido, que funciona como substrato, se liga então ao sítio ativo, aceita o grupo amino da piridoxamina-fosfato e deixa o sítio ativo na forma de um aminoácido Os grupos amino de muitos a-aa são coletados, no fígado, na forma do grupo amino de moléculas de L-glutamato. Esses grupos amino deve ser removidos do glutamato e preparados para excreção. Nos hepatócitos, o glutamato é transportado do citosol para a mitocôndria, onde sofre desaminação oxidativa, catalisada pela L- glutamato-desidrogenase É a única enzima que utiliza NAD+ ou NADP+ como aceptor de equivalentes redutores A ação combinada de uma aminotransferase e da glutamato-desidrogenase é conhecida como transdesaminação. Uns poucos aa contornam a via de transdesaminação e sofrem diretamente desaminação oxidativa. O a-cetoglutarato formado a partir da desaminação do glutamato pode ser utilizado no ciclo do ácido cítrico e para a síntese de glicose. Participação do Piridoxal-fosfato na Transferência de Grupos Amino para o Cetoglutarato O Glutamato Libera o Grupo Amino como Amônia As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A glutamato-desidrogenase opera em uma importante intersecção do metabolismo do carbono e do nitrogênio. Essa enzima tem sua atividade influenciada por um arranjo complicado de moduladores alostéricos. Os mais bem estudados reguladores são o modulador positivo ADP e o modulador negativo GTP. Mutações que alterem o sítio alostérico para a ligação do GTP ou que causem ativação permanente da glutamato-desidrogenase levam à síndrome do hiperinsulinismo com hiperamonemia, caracterizada por níveis elevados de amônia na corrente sanguínea e hipoglicemia A amônia é bastante tóxica para os tecidos animais Em muitos tecidos, incluindo o cérebro, alguns processos, como a degradação de nucleotídeos, geram amônia livre. Na maioria dos animais, a maior parte dessa amônia livre é convertida em um composto não tóxico antes de ser exportadados tecidos extra-hepáticos para o sangue e transportada até o fígado ou até os rins. Para essa função de transporte, o glutamato, essencial para o metabolismo intracelular do grupo amino, é substituído pela L-glutamina. A amônia livre produzida nos tecidos combina- se com o glutamato, produzindo glutamina, pela ação da glutamina-sintetase. Essa reação requer ATP e ocorre em duas etapas: O glutamato e o ATP reagem para formar ADP e um intermediário g-glutamil-fosfato, que reage com a amônia, produzindo glutamina e fosfato inorgânico. A glutamina é uma forma de transporte não tóxico para a amônia e serve como fonte de grupos amino em várias reações biossintéticas. A glutamina-sintetase é encontrada em todos os organismos A glutamina que excede as necessidades de biossíntese é transportada pelo sangue para o intestino, o fígado e os rins, para ser processada. Nesses tecidos, o nitrogênio amídico é liberado como íon amônio na mitocôndria, onde a enzima glutaminase converte glutamina em glutamato e NH4+ O NH4+ do intestino e dos rins é transportado no sangue para o fígado. No fígado, a amônia de todas essas fontes é utilizada na síntese da ureia. Parte do glutamato produzido na reação da glutaminase pode ser adicionalmente processada no fígado pela glutamato- desidrogenase, liberando mais amônia e produzindo esqueletos de carbono para utilização como combustível. Contudo, a maior parte do glutamato entra em reações de transaminação necessárias para a biossíntese de aa e para outros processos A alanina também desempenha um papel especial no transporte dos grupos amino para o fígado em uma forma não tóxica, por meio de uma via denominada ciclo da glicose-alanina No músculo e em alguns outros tecidos que degradam aa como combustível, os grupos amino são coletados na forma de glutamato, por transaminação O glutamato pode ser convertido em glutamina para transporte ao fígado, ou pode transferir seu grupo a-amino para o piruvato, produto da glicólise muscular facilmente disponível, pela ação da alanina-aminotransferase A alanina produzida passa para o sangue e segue para o fígado. No citosol dos hepatócitos, a alanina- aminotransferase transfere o grupo amino da alanina para o a-cetoglutarato, formando piruvato e glutamato. O glutamato entra na mitocôndria, onde a reação da glutamato-desidrogenase libera NH4+ ou sofre transaminação com o oxalacetato para formar aspartato, outro doador de nitrogênio para a síntese de ureia. A Glutamina Transporta a Amônia A Alanina Transporta a Amônia As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Os mm esqueléticos em contração vigorosa operam anaerobiamente, produzindo piruvato e lactato pela glicólise, assim como amônia pela degradação proteica. De algum modo, esses produtos devem chegar ao fígado, onde o piruvato e o lactato são incorporados na glicose, que volta aos mm, e a amônia é convertida em ureia para excreção. O ciclo da glicose-alanina, em conjunto com o ciclo de Cori, realiza essa operação. O custo energético da gliconeogênese é assim imposto ao fígado e não ao músculo, e todo o ATP disponível no músculo é destinado à contração muscular Se não forem reutilizados para a síntese de novos aa ou de outros produtos nitrogenados, os grupos amino são canalizados em um único produto final de excreção. A maioria das espécies aquáticas, excreta o nitrogênio amínico como amônia. A amônia tóxica é simplesmente diluída na água do ambiente. Os animais terrestres necessitam de vias que minimizem a toxicidade e a perda de água. A maior parte dos animais terrestres é ureotélica e excreta o nitrogênio amínico na forma de ureia As plantas reciclam praticamente todos os grupos amino, e a excreção de nitrogênio ocorre apenas em circunstâncias muito incomuns. A produção de ureia ocorre quase exclusivamente no fígado, sendo o destino da maior parte da amônia canalizada para esse órgão. A ureia passa para a circulação sanguínea e chega aos rins, sendo excretada na urina. O ciclo da ureia inicia dentro da mitocôndria hepática, mas três de suas etapas seguintes ocorrem no citosol; O primeiro grupo amino que entra no ciclo da ureia é derivado da amônia na matriz mitocondrial O fígado também recebe parte da amônia pela veia porta, sendo essa amônia produzida no intestino pela oxidação bacteriana de aa. O NH4+ presente na mitocôndria hepática é utilizado imediatamente, juntamente com o CO2 produzido pela respiração mitocondrial, para formar carbamoil-fosfato na matriz Essa reação é dependente de ATP, sendo catalisada pela carbamoil-fosfato-sintetase I, enzima regulatória A forma mitocondrial da enzima é diferente da forma citosólica (II), a qual tem uma função distinta na biossíntese das pirimidinas O carbamoil-fosfato, que funciona como doador ativado de grupos carbamoila, entra no ciclo da ureia. O ciclo tem apenas quatro etapas enzimáticas: O carbamoil-fosfato doa seu grupo carbamoila para a ornitina, formando citrulina, com a liberação de Pi A reação é catalisada pela ornitina- transcarbamoilase. Excreção de Nitrogênio e Ciclo da Ureia A Ureia é produzida a Partir da Amônia As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A ornitina desempenha um papel semelhante àquele do oxalacetato no ciclo do ácido cítrico, aceitando material a cada volta do ciclo da ureia. A citrulina produzida no primeiro passo do ciclo da ureia passa da mitocôndria para o citosol. A fonte é o aspartato produzido na mitocôndria por transaminação e transportado para o citosol. A reação de condensação entre o grupo amino do aspartato e o grupo ureido (carbonila) da citrulina forma arginino- succinato Essa reação citosólica, catalisada pela arginino-succinato-sintetase, requer ATP e ocorre via um intermediário citrulil-AMP O arginino-succinato é clivado pela arginino-succinase, formando arginina e fumarato Este último é convertido em malato e a seguir entra na mitocôndria para unir-se aos intermediários do ciclo do ácido cítrico. Esse passo é a única reação reversível do ciclo da ureia. Na última etapa do ciclo, a enzima citosólica arginase cliva a arginina, produzindo ureia e ornitina. A ornitina é transportada para a mitocôndria para iniciar outra volta do ciclo da ureia. A citrulina transportada para fora da mitocôndria não é diluída no conjunto geral de metabólitos no citosol, mas passa diretamente para o sítio ativo da arginino-succinato- sintetase. Essa canalização entre enzimas continua para o arginino-succinato, a arginina e a ornitina. Apenas a ureia é liberada para o conjunto geral de metabólitos no citosol. O fumarato produzido na reação da arginino- succinase também é um intermediário do ciclo do ácido cítrico Contudo, cada ciclo opera independentemente e a comunicação entre eles depende do transporte de intermediários-chave entre a mitocôndria e o citosol. Os principais transportadores na membrana interna da mitocôndria incluem o transportador malato-a-cetoglutarato, o transportador glutamato-aspartato e o transportador glutamato-OH-. Juntos, esses transportadores facilitam o movimento do malato e do glutamato para dentro da matriz mitocondrial e o movimento do aspartato e do a-cetoglutarato para fora da mitocôndria, rumo ao citosol. Diversas enzimas do ciclo do ácido cítrico, incluindo a fumarase (fumarato-hidratase) e a malato-desidrogenase também estão presentes como isoenzimas no citosol. Não há um transportador para levar diretamente o fumarato gerado na síntese de arginina no citosol para a matriz mitocondrial. Contudo, o fumarato pode ser convertido em malato no citosol, e depois esses intermediários podem ser metabolizados no citosol ou o malato pode ser transportado para o interior da mitocôndria, para utilização no ciclo do ácido cítrico. O aspartato formado na mitocôndria por transaminação entre o oxaloacetato e o glutamato pode ser transportado para o citosol, onde atua como doador de nitrogênio na reação do ciclo da ureia catalisada pela arginino-succinato-sintetase. Essas reações, que constituem a lançadeira aspartato-arginino-succinato, fornecem elos metabólicos entre essas vias separadas, pelos quais os grupos amino e os esqueletos de carbono dos aa são processados. Os ciclos da ureia e do ácido cítrico estão fortemente unidos a um processo adicional, que traz o NADH na forma de equivalentes redutores para dentro da mitocôndria. O NADH produzido pela glicólise, pela oxidação de ácidos graxos e em outros processos não pode ser transportado através da membrana mitocondrial interna. Contudo, equivalentes redutores podem entrar na mitocôndria pela conversão de aspartato em oxaloacetato no citosol e utilizando o NADH para reduzir o oxaloacetato a malato, o qual é transportado para a matriz mitocondrial via transportador malato-a-cetoglutarato. Uma vez dentro da mitocôndria, o malato pode ser convertido novamente em oxaloacetato, ao mesmo tempo em que gera NADH. O oxaloacetato é convertido em aspartato na matriz e transportado para fora da mitocôndria pelo transportador aspartato-glutamato. Essa lançadeira de elétrons malato-aspartato completa novo ciclo, que funciona mantendo a mitocôndria com suprimento de NADH Esses processos exigem que as concentrações de glutamato e aspartato sejam mantidas em equilíbrio no citosol. Ciclo da Ureia e do Ácido Cítrico As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A enzima que transfere grupos amino entre esses dois aa-chave é a aspartato- aminotransferase (AST ou TGO). Quando ocorre lesão tecidual, essa enzima e outras vazam para a circulação sanguínea. Assim, a avaliação dos níveis sanguíneos de enzimas hepáticas é importante para o diagnóstico de várias condições médicas O fluxo de nitrogênio no ciclo da ureia em determinado animal varia com a dieta. Quando a ingestão dietética é proteica, os esqueletos de carbono dos aa são utilizados como combustível, produzindo muita ureia a partir dos grupos amino excedentes. Durante o jejum prolongado, quando a degradação de proteína muscular começa a suprir boa parte da energia metabólica do organismo, a produção de ureia também aumenta significativamente. Essas alterações de demanda com relação à atividade do ciclo da ureia são realizadas, a longo prazo, pela regulação das velocidades de síntese das quatro enzimas do ciclo da ureia e da carbamoil-fosfato-sintetase I, no fígado. Essas cinco enzimas são sintetizadas em taxas mais altas em animais em jejum e em animais com dietas de alto conteúdo proteico. Em uma escala de tempo mais curta, a regulação alostérica de pelo menos uma enzima-chave ajusta o fluxo pelo ciclo da ureia. A primeira enzima da via, a carbamoil-fosfato- sintetase I, é ativada alostericamente por N- acetil-glutamato, sintetizado a partir de acetil- CoA e glutamato pela N-acetil-glutamato- sintase. Nos mamíferos, a atividade da N-acetil- glutamato-sintase no fígado exerce função puramente reguladora. Os níveis estacionários de N-acetil-glutamato são determinados pelas concentrações de glutamato e acetil-CoA (os substratos da N- acetil-glutamato-sintase) e arginina (ativador da N-acetil-glutamato-sintase e ativador do ciclo da ureia). O fumarato, gerado pelo ciclo da ureia, é convertido em malato e este transportado para dentro da mitocôndria Dentro da matriz mitocondrial, NADH é gerado na reação da malato desidrogenase. Cada molécula de NADH pode gerar até 2,5 ATP durante a respiração mitocondrial, reduzindo muito o custo energético geral da síntese de ureia As vias do catabolismo dos aa, são bem menos ativas que a glicólise e a oxidação dos ácidos graxos. O fluxo ao longo das vias catabólicas também varia muito, dependendo do equilíbrio entre as necessidades para processos biossintéticos e a disponibilidade de determinado aminoácido. Desse ponto, os esqueletos de carbono tomam vias distintas, sendo direcionados para a gliconeogênese, para a cetogênese, ou oxidados completamente a CO2 e H2O. Os sete aa inteira ou parcialmente degradados em acetoacetil-CoA e/ou acetil-CoA – fenilalanina, tirosina, isoleucina, leucina, triptofano, treonina e lisina – podem produzir corpos cetônicos no fígado, onde a acetoacetil- -CoA é convertida em acetoacetato e, então, em acetona e b-hidroxibutirato Sua capacidade de produzir corpos cetônicos é evidente no diabetes melito não controlado, quando o fígado produz grandes quantidades de corpos cetônicos a partir de ácidos graxos e de aa cetogênicos. Os aa degradados em piruvato, a- cetoglutarato, succinil-CoA, fumarato e/ou oxaloacetato podem ser convertidos em glicose e glicogênio. Aa glicogênicos e cetogênicos não são excludentes entre si O catabolismo dos aa é especialmente crítico para a sobrevivência de animais em dietas ricas em proteína ou durante o jejum. A leucina é um aminoácido exclusivamente cetogênico, muito comum em proteínas. Sua degradação contribui substancialmente para a cetose em condições de jejum prolongado. Regulação do Ciclo da Ureia Vias de Degradação dos Aminoácidos