Prévia do material em texto
SBCM III – 1º BIMESTRE GABARITOS 1. Anemia Megaloblastica + Gastrite Achados no hemograma: anemia macrocítica, neutrófilos hiperssegmentados, reticulocitopenia, leucopenia, plaquetopenia. Outros exames laboratoriais: desidrogenase lática aumentada, bilirrubinas aumentadas à custa de indireta, haptoglobina baixa, dosagem de B12 baixa, homocisteína e ácido metilmalônico aumentados. Causas de deficiência de vitamina B12: Anemia perniciosa, Veganismo, Gastrectomia parcial ou total, Infestação por tênia de peixes (Diphilobotrium latus), Síndrome da alça intestinal estagnante Espru tropical crônico Ressecção ileal e doença de Crohn, Anemia megaloblástica recessiva autossômica, Falta congênita ou anormalidade do fator intrínseco. Paciente com história prévia de úlcera péptica tem indicação de tratamento do H. pylori. A prescrição do esquema padrão é: amoxicilina 1g 12/12h por 14 dias, claritromicina 500mg 12/12h por 14 dias e IBP em dose plena por 30 dias 2. LES + CANDIDOSE/PARONIQUIA Lupus Eritematoso Sistêmico. Critérios clínicos: artrite , serosite, leucopenia, plaquetopenia, nefrite Critério imunológico: consumo de complemento. É necessário a solicitação doas exames imunologicos (FAN, anti-DNA, anti-sm, Coombs direto e anticorpos antifosfolipides) , além dos exames para avaliação de anemia hemolítica, da nefrite e das serosites. » Candidose: placas eritematosas, úmidas, secretantes, que podem destruir a epiderme, formando erosões e fissuras, que são envoltas por colarete córneo bastante sugestivo, e lesões satélites » Paroniquia: eritema e edema com descamação nos dedos. Processo inflamatório por irritantes primários e secundariamente pode ocorrer infecção por bactérias e leveduras 3. LES É a forma mais comum e mais grave de acometimento renal em pacientes com LES. Os pacientes apresentam hematúria, proteinúria nefrótica, a maioria evolui com hipertensão arterial e, aqueles não tratados adequadamente e em tempo hábil, com insuficiência renal. Os pacientes com manifestação renal geralmente apresentam consumo de complemento e anticorpo anti-DNA reagente, especialmente na doença ativa. O tratamento é realizado com corticoterapia e ciclofosfamida 4. DHGNA DHGNA: acúmulo de lipídios no citoplasma de hepatócitos – triglicerídeos, associado a um quadro de alterações metabólicas sugestivas, na ausência de etilismo (ou baixo consumo). EHNA: acúmulo de lipídios no citoplasma de hepatócitos com achados histológicos necroinflamatórios. SÍNDROME METABÓLICA: * CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL (CM) >102 homens >88 mulheres (EUA) * >90 homens >80 mulheres (America do Sul) * TRIGLICERÍDEOS >= 150 mg/dL * HDL-c (mg/dL) <40 homens <50 mulheres * PRESSÃO ARTERIAL Sist.>=130 Diast. >=85 (mmHg) * GLICEMIA DE JEJUM >= 100 mg/dL 5. MICOSES SUPERFICIAIS Tinha tonsurante: crônica: Microsporum canis e Trichophyton tonsurans; placas de tonsura, com cotos pilosos e descamação, única ou múltiplas Kerion Celsi: aguda: Microsporum canis; placa de tonsura, com cotos pilosos e descamação, única, com exsudação purulenta e crostas 6. DISTURBIO DA COAGULACAO Os autoanticorpos antiplaquetas (em geral, IgG) causam remoção prematura das plaquetas da circulação pelos macrófagos do sistema reticulo endotelial, sobretudo no baço. Em muitos casos, o anticorpo é dirigido contra sítios antigênicos nos complexos glicoproteína (GP) IIb-IIIa ou Ib. A sobrevida normal das plaquetas é de 9 a 10 dias, mas na PTI diminui para poucas horas. A massa total de megacariócitos e a reciclagem de plaquetas aumentam paralelamente em cerca de cinco vezes acima do valor normal. O início quase sempre é insidioso, com petéquias, equimoses fáceis e, em mulheres, menorragia. Sangramento das mucosas, como epistaxe ou sangramento gengival, ocorre em casos graves, porém, a hemorragia intracraniana é rara 7. FIBROMIALGIA Substância P: aumentada, Serotonina: diminuído e GABA: diminuído 8. GASTRITE Invasivos: Endoscopia digestiva alta com teste da urease, biópsia gástrica e cultura com antibiograma. Não invasivos: pesquisa de sorologia IgG do H. pylori, teste respiratório de uréia marcada com 13C, pesquisa de antígenos fecais de H. pylori. 9. LESOES ELEMENTARES ulcera: Perda de toda epiderme e derme, atingindo, eventualmente, outros tecidos mais profundos, escoriação: erosão traumática, exulceração: Perda da epiderme 10. DISTURBIO DA COAGULAÇÃO Principais funções: Adesão, Agregação e Secreção. As plaquetas ainda têm ação pro-coagulante através dos fosfolípides de membrana ativando a Tenase, cicatrização pelo PDGF e vasodilatação pela produção de NO. O fator envolvido na adesão plaquetária é o fator de Von Willebrand 11. GOTA Alternativa A. Quadro clássico de crise aguda de gota. Indicado tratamento com AINH e/ou colchicina. Não indicado alopurinol na fase aguda 12. LESOES ELEMENTARES Alternativa C. O conteúdo da pústula é purulento. I - errada. É irregular e deixa pequenas áreas de pele sã. II - errada. Lesão sólida. IV - errada. Essa descrição é da verrucosidade, a vegetação é elevada, pediculada ou aspecto de couve-flor, de superfície irregular, que sangra facilmente por papilomatose e acantose 13. DISTURBIO DA COAGULAÇÃO Alternativa A, pois a hemofilia A é resultante de herança genética ligada ao cromossomo X e sua classificação depende do nível de fator VIII. É mais frequente que a hemofilia B, seu tratamento se baseia na reposição do fator VII puro ou na transfusão de crioprecipitado 14. ARTRITE REUMATOIDE Artrite Reumatóide. Paciente apresenta mais de articulações acometidas, incluindo pequenas articulações, por um período superior a 6 semanas, com elevação de provas inflamatórias, possuindo pontuação superior a seis pontos, preenchendo critérios para o diagnóstico de Artrite Reumatóide. Os pacientes apresentam predisposição genética e influência de fatores ambientais, levando a perda de autotolerância e autoimunidade, com recrutamento articular de linfócitos TCD4 ativados e produção de citocinas inflamatórias com ocorrência de sinovite e consequente erosão óssea 15. DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL Doença inflamatória intestinal é um termo empregado para designar, dentre outras, a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, que são patologias caracterizadas pela inflamação crônica do intestino. A retocolite ulcerativa é a principal hipótese diagnóstica para essa paciente. Essa patologia acomete reto e cólon, com inflamação difusa limitada à mucosa, não apresentando alteração em outros segmentos intestinais. 16. Artrite Psoriásica. Padrões de apresentação clínica articular: - Oligoartrite assimétrica (70%): envolvimento de até 4 articulações, acomete principalmente articulações dos membros inferiores e interfalangeanas. - Poliartrite (15%): semelhante a artrite reumatóide, no entanto pode ser assimétrica e distal - Doença articular dista (5%): acometimento exclusivo de interfalangeanas distais. O acometimento da unha é comum. - Artrite mutilante (5%): forma mais grave, destruição óssea, reabsorção das falanges, aparecimento de deformidades. - Espondiloartrite (5%): inflamação das articulações sacroilíacas, comumente unilateral. Comprometimento descontínuo da coluna. 17. CIRROSE A hipótese diagnóstica nesse caso é a CIRROSE, que é o estágio avançado da fibrose hepática caracterizada pela distorção da arquitetura hepática e formação de nódulos regenerativos. A apresentação clinica do paciente cirrótico é muito ampla podendo apresentar sintomas inespecíficos como fadiga, anorexia, perda de peso, além de confusão mental, icterícia, hematêmese, ascite, colúria, acolia fecal, teleangiectasias, eritema palmar, baqueteamento digital. 18. LES + PTI Para a classificação de LES, a paciente deve apresentar 4 criterios, sendo obrigatoriamente, 1 clinico e 1 imunologico. no caso: Criterios Clinicos: Neurológico: AVC Articular: dor e edema em mãos, punhos e joelhos com rigidez matinal prolongada Cutânea: lesão eritematosa e edematosaem face poupando sulco nasolabial Criterio imunológico: consumo de C3 De acordo com a classificação das lesões da pele do LES, o tipo de lesão que é exclusiva do LES em atividade é a aguda. A denominação que é dada a lesão da face, devido ao seu formato é “em asa de borboleta” ou “em vespertilio” PTI é uma doença autoimune em que o complexo antígeno-anticorpo sera fagocitado pelo tecido reticuloendotelial e/ou destruição direta das plaquetas no sangue. Plaquetopenia com macroplaquetas, tempo de sangramento aumentado ou normal, dependendo do numero de plaquetas, TAP e Ttpa normais, TT normal e fibrinogênio normal 19. GOTA Jejum prolongado, ingesta de alimentos ricos em purinas, ingesta de bebidas alcoolicas, uso de medicamentos hipouricemiantes, infecções, trauma, cirurgia, droga 20. DISTURBIO DA COAGULAÇÃO Hemofilia é a doença da coagulação com características hemorrágicas ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência de fator VIII (hemofilia A), fator IX (hemofilia B) ou fator XI (hemofilia C) 21. GASTRITE Tratamento com antibiótico para prevenir o câncer gástrico. Deve ser usado omeprazol, amoxicilina e claritromicina 22. LESOES ELEMENTARES Lesão: urtica A urtica e decorrente de edema dérmico 23. GOTA A; como a paciente não apresenta alteração renal, pode utilizar AINES e colchicina para a fase aguda. Não se deve tentar modificar os niveis séricos de ac. Úrico durante a vigência de uma crise aguda de gota. Logo se o paciente esta usando alopurinol devemos manter o uso, na mesma dosagem 24. DOENÇA INTESTINAL C. as doenças inflamatórias intestinais como chron e retocolite tem aspectos clínicos e endoscópicos parecidos. O conjunto de sinais, sintomas, aspectos endoscópicos e anato patológico podem elucidar o diagnostico 25. LES + PTI Paciente portadora de doenças autoimune: LUPUS e PTI. Paciente apresenta como critérios classificatórios de lúpus: articular (dor e edema em mãos, punhos e joelhos com rigidez matinal prolongada), cutâneo agudo (lesão eritematorsa e edematosa em face poupando sulco nasolabial), serosite (murmúrio vesicular fisiologicamente distribuído, sem ruídos adventícios), hematológico (linfopenia, plaquetopenia), imunológico (consumo de complemento). A predisposição genética, associada aos estímulos hormonais e ambientais, facilita a exposição de autoantigenos, que são processados por células apresentadoras de antígenos e células B. esses peptídeos processados ativam células T e se ligam em receptores de célula B, direcionando o processo para produtcao de anticorpos patogênicos. Esses se ligam aos antígenos para formar imunocomplexos, que se depositam em órgão-alvo. Essa paciente com anticorpo cruzado contra as plaquetas. Os exames que comprovam são a plaquetopenia isolada com poucos sintomas de sangramento e presença de macroplaquetas. Deveria ter solicitado coagulograma para afastr disturvios da hemostasia secundaria e a proposta terapêutica com bae no uso de corticoterapia para a PTI seria a melhor opçaõ 26. GOTA + CIRROSE + CIVD Gota. Em sua historia natural, a gota passa por 3 fases distintas: - artrite gotosa aguda, caracterizada por dor monoarticular, de inicio súbito, continua, de forte intensidade, acompanhada por calor, rubor e edema. A articulação mais frequente acometida e a metatarsofalangiana do halux (podagra). A duração da crise aguda da gota é curta e depois paciente vai para a fase intercritico. - período intercritico apresenta duração variável, entretanto, crises de gota aguda não tratada favorezem a instalação de períodos intercriticos cada vez menores e ataques subsequentes mais graves de prolongada. Graduamente, há resolução incompleta dos sintomas entre as crises e evolução para a gota poliarticular - gota poliarticular, crônica, nessa fase o paciente passa a ter dor continua em varias articulações, com poucos sinais inflamtorios e aparecem as deformidades. O álcool aumenta a produção de acio úrico e resuz sua excreção renal, levando a hiperuricemia CIVD: disturvio da coagulação com coagulopatia de consumo. Paciente cirrótico e portador da gota com quadro inflamtorio ativo e consumo de proteína C e dificuldade de produção de fatores de coagulação hepático pela própria cirrose hepática associada ao consumo dos fatores da coagulação. Conduta: internação com suporte transfusional, pois paciente com sangramento. Transfundir plasma, plaquetas e crioprecipitado ate melhora o quadro clinico 27. LES O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune diagnosticada por meio de elementos clínicos e autoanticorpos característicos. Apresente a manifestação clínica de maior gravidade nessa doença - nefrite 28. LES Para o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), além dos critérios clínicos definidos, é necessário a presença de exames imunológicos. Cite dois desses exames: - anti-SM; anti-DNA 29. DISTURBIO DA COAGULAÇÃO Descreva a cascata de coagulação. Descreva e diferencie as lesões elementares apresentadas pela paciente A cascada de coagulação é composta por duas vias sendo elas a intrínseca e a extrínseca na qual a primeira via de ativação é por contato enquanto a segunda via é pelo fator tissular, na via rápida ou intrínseca ocorre um trauma no tecido e assim há a ativação das plaquetas e do fator XII, as quais, quando ativadas liberam fosfolipídios que serão os responsáveis por ativar o fator XI que irá se unir com o fator IX e VIII ativando o fator X. O fator Xa juntamente com o fator V irão sintetizar o complexo ativador de protrombina, responsável por formar protrombina em trombina, a qual transformara fibrinogênio em fibrina. Já na via rápida ou extrínseca devido a lesão tecidual haverá a liberação do fator III que junto com lipoproteínas, cálcio e fosfolipídeos ativatam o fator X. Fatos Xa mais fosfolipideos e fator V irão formar o complexo ativador de protrombina o qual ira converter protrombina em trombina Purpura é uma mancha de cor avermelhada que ocorre devido ao extravasamento das hemácias, que não desaparece com digito e vitopressao. Elas alteram sua coloração com o passar do tempo por causa da alteração da hemoglobina, essa cor pode ir mudando de roxo até verde-amarelado. Já petequias são quando possuem até 1 cm e de equimose quando possuem mais de 1 cm 30. CIRROSE Explique a fisiopatologia do desenvolvimento da cirrose hepática. Cirrose hepática é uma patologia a qual causa uma lesão cicatricial irreversível, a qual tem por característica uma agressão crônica provocando um processo inflamatório mais a morte de células de modo que haverá ativação das fibras colágenas para que assim ocorra a reparação através da fibrose e se caracterizando a cirrose hepática. Desta forma a cirrose hepática é caracterizada por desarranjo da arquitetura, formação de nódulos de regeneração e fibrose e as principais causas dessa patologia são alcoólica, virais e autoimune. A cirrose ainda pode evoluir para duas outras patologias as quais são insuficiência hepática e hipertensão portal. 31. CIVD Descreva e explique a fisiopatologia da CIVD e suas fases de manifestações clínicas. A fisiopatologia da CIVD é caracterizada pela ativação do processo de inflamação, o qual ocorre por diversos mecanismos e leva a formação de fibrina intravascular. Podem acontecer por diversas situações ou doenças as quais ativam o sistema imunológico. Ela ocorre devido à elevação da quantidade de trombina na circulação que acaba ficando maior que a capacidade de remoção pelos anticoagulantes produzidos pelo corpo. Haverá também uma deficiência da proteína C a qual favorece a ativação da trombina e assim não haverá a inibição da cascata de coagulação a qual permanecera ativa e ira formar trombos. Ocorrera também uma sobrecarga hepática de modo que o mesmo não consiga formar fibrinogênio e fator de coagulação havendo assim sangramento. As manifestações clinicas irão se diferenciar de acordo com a gravidade e de acordo com o estágio, as mesmaspodem evoluir com o sangramento de pele e mucosa, isquemia de diversos órgãos e necrose de pele 32. CIVD + DISTURBIO DA COAGULAÇÃO CIVD secundária a infecção grave das vias urinárias. A CIVD pode ser iniciada por lesão endotelial disseminada e exposição de colágeno (p. ex., endotoxemia, septicemia por bacilos gram-negativos e meningococo, aborto séptico), certas infecções virais, queimaduras graves e hipotermia. O evento básico da CIVD é uma atividade aumentada de trombina na circulação que ultrapassa a capacidade de remoção pelos anticoagulantes naturais. Também há falha no processo de inibição, com a deficiência da proteína C, o que favorece a ativação da trombina. A ação combinada de trombina e plasmina causa depleção do fibrinogênio e dos demais fatores de coagulação. Trombina intravascular também causa agregação disseminada de plaquetas nos vasos, associando a plaquetopenia. Este paciente deve começar antibiótico endovenoso com espectro para gram negativo e acompanhar com hemograma, tap, ttpa e fibrinogênio 33. DISTURBIO DA COAGULAÇÃO Infecções virais: dengue, febre amarela, Leucemia promielocítica aguda, Embolia por líquido amniótico, Descolamento prematuro da placenta, Eclâmpsia; retenção de placenta Abortamento séptico, Insuficiência hepática, Pancreatite, Venenos de serpentes e invertebrados, Hipotermia, Choque térmico, Hipoxia aguda, Perda sanguínea maciça.... 34. HEMATO Sequência correta da maturação dos neutrófilos. Sequência correta da maturação e formação das hemácias 35. GASTRO Dispepsia funcional é um diagnóstico de exclusão, a conduta seria a identificação ou não de fatores de risco como idade acima de 50 anos ou histórico familiar de câncer gástrico, sendo que na presença desses critérios , os exames complementares são obrigatórios. Na ausência desses critérios, o paciente pode ser medicado com inibidor da bomba de prótons e retornar ao ambulatório para nova avaliação em 30 dias Nos casos de dispepsia funcional a ausência de sinais de alarme como anemia, hemorragia, massal palpável e idade menos que 50 anos , excluem o medico da necessidade de em um primeiro momento realizar exames complementares. 36. GASTRO •Paciente deve ser orientado a manter as mudanças de estilo de vida •Observar que não apresenta sinais de alarme como sangramento ou emagrecimento •Deve ser medicado por 4 a 8 semanas com omeprazol ou outro inibidor de bomba de prótons •Deve ser marcado um retorno em 8 semanas e caso os sintomas não melhorem , deve ser submetido a exames complementares como endoscopia , ultrassonografia e exames de sangue 37. ANEMIA MEGALOBLASTICA Anemia Megaloblastica provavelmente por deficiencia de B12, pois tem componente neurologico expressivo. Para confirmar anemia megaloblastica tem: parestesia, glossite atrofica, macrocitose e neutrofilos hipersegmetados. Deve pedir: DHL (aumentado), reticulocito (baixo), Bilirrubinas (BI ligeiramente aumentada), Vitamina B12 (baixa ou nl), acido folico (baixo ou nl) e metabolitos AC metilmalonico e homocisteína (aumentados). Investigar o trato digestivo com endoscopia, pois nessa idade a principal etiopatogenia deve ser gastrite atrófica por anticorpos diretos a celulas parietais gastricas com acloridria e diminuição do fator intrinseco, o que dificultaria a absorção de B12. 38. GOTA A hiperuricemia pode ocorrer pela hiperprodução de uratos (precursores endógenos ou exógenos das purinas), pela diminuição da excreção de uratos ou pela combinação de ambos os processos. O consumo de álcool leva a hiperuricemia por mecanismo misto: hiperprodução de urato e redução da excreção renal do ácido urico. 39. DERMATO Tensão: Resultam da disposição das fibras colágenas e elásticas da derme, orientam as incisões; quando respeitadas, evitam cicatrizes marcantes, as rugas tendem a obedecer a mesma direção. Flexão: São sulcos grandes, como os que ficam na frente das articulações ou palmares, resultantes de dobras da derme. Dermátomos: área da pele, em que todos os nervos sensoriais vêm de uma única raiz nervosa. 40. CIVD + DISTURBIO DA COAGULAÇÃO CIVD secundária a infecção grave das vias urinárias. A CIVD pode ser iniciada por lesão endotelial disseminada e exposição de colágeno (p. ex., endotoxemia, septicemia por bacilos gram-negativos e meningococo, aborto séptico), certas infecções virais, queimaduras graves e hipotermia. O evento básico da CIVD é uma atividade aumentada de trombina na circulação que ultrapassa a capacidade de remoção pelos anticoagulantes naturais. Também há falha no processo de inibição, com a deficiência da proteína C, o que favorece a ativação da trombina. A ação combinada de trombina e plasmina causa depleção do fibrinogênio e dos demais fatores de coagulação. Trombina intravascular também causa agregação disseminada de plaquetas nos vasos, associando a plaquetopenia. As fases clínicas da CIVD são fase trombótica e hemorrágica, onde há o consumo dos fatores. A fase hemorrágica é a mais comum e diagnosticada. Este paciente deve começar antibiótico endovenoso com espectro para gram negativo e acompanhar com hemograma, tap, ttpa e fibrinogênio. 41. H. PYLORI Invasivos: Endoscopia digestiva alta com teste da urease, biópsia gástrica e cultura com antibiograma. Não invasivos: pesquisa de sorologia IgG do H. pylori, teste respiratório de uréia marcada com 13C, pesquisa de antígenos fecais de H. pylori. 42. DERMATO grupo de alterações de espessura. Definição: Espessamento da pele com acentuação dos sulcos ou do quadriculado normal da pele, decorrente do ato de coçar. 43. DISTURVIO DA COAGULAÇÃO Adesão (plaqueta-parede vascular), agregação (plaqueta-plaqueta), atividade secretória (liberação dos grânulos – estabilização dos agregados e feedback positivo para plaquetas), atividade pró-coagulante (ativação da cascata pela exposição de Fosfolípide) e fator de crescimento (PDGF estimula a multiplicação de céls musculares lisas dos vasos, acelerando a cicatrização). 44. FIBROMIALGIA Alternativa A. No exame fisico da fibromialgia não é encontrado a presença de artrite, apenas uma hipersensibilidade dolorosa tátil. Os critérios ACR 2010/2011 não exigem a presença de 11 tender points como requisito para diagnóstico. 45. DERMATO Alternativa C. O conteúdo da pústula é purulento. A) errada. É irregular e deixa pequenas áreas de pele sã. B) errada. Lesão sólida. D) errada. Essa descrição é da verrucosidade, a vegetação é elevada, pediculada ou aspecto de couve- flor, de superfície irregular, que sangra facilmente por papilomatose e acantose. 46. DISTURBIO DA COAGULAÇÃO Alternativa B. A Hemofilia A é uma doença caracterizada por níveis diminuídos de fator VIII. Onde o TP será normal e PTTa alargado, pois reflete a deficiência do fator VIII na via intrínseca, cujo hemocomponente a ser transfundido é o crioprecpitado. A hemofilia B é devido a deficiência do fato IX, cujo hemocomponente a ser trnasfundido é o plasma fresco congelado. ATIVIDADE – HEMATO 1. Defina anemia megaloblástica. Anemias megaloblásticas são um subconjunto de anemias macrocíticas nas quais a fase de maturação da eritropoiese na medula óssea é anormal, resultando em precursores eritróides que são grandes e mostram falha de maturação nuclear (megaloblastos). Etiologia: Anemias megaloblásticas resultam de condições nas quais a síntese do ácido nucleico é anormal Vitamina B12: reservatórios de vitamina B12 no fígado são, normalmente suficiente para vários anos Ácido Fólico deficiente 2. Descreva fisiopatologia anemia megaloblástica. A hematopoese normal compreende intensa proliferação celular, que por sua vez implica a síntese de numerosas substâncias como DNA, RNA e proteínas; em especial, é necessário que a quantidade de DNA seja duplicada exatamente. Tanto os folatos como a vitamina B12 são indispensáveis para a síntese da timina, um dos nucleotídeos que compõem o DNA, e a carência de um deles tem como consequência menor síntese de DNA.A vitamina B12 participa indiretamente nesta reação, funcionando como coenzima da conversão de homocisteína em metionina, transformando simultaneamente o 5-metiltetraidrofolato em tetraidrofolato, a forma ativa de folato que participa da síntese de timidina. Na ausência de vitamina B12, o folato vai se transformando em 5-metiltetraidrofolato, uma forma de transporte do folato, inútil para síntese da timidina e do DNA. A síntese inadequada de DNA tem como consequência modificações do ciclo celular, retardo da duplicação e defeitos no reparo do DNA. Por outro lado, a síntese de RNA não está alterada, pois a timidina não é necessária para sua síntese; não há, portanto, redução da formação de proteínas citoplasmáticas e do crescimento celular. O núcleo possui cromatina imatura e o citoplasma é volumoso e desenvolvido. O quadro morfológico do sangue periférico e da medula óssea é idêntico nas deficiências de folatos ou de vitamina B12: - dissociação de maturação núcleo-citoplasmática, produzindo células de tamanho aumentado e com alterações morfológicas características. No entanto, uma parcela considerável dessas células morre na própria medula óssea, antes de completar o desenvolvimento. Apenas 10 a 20% dos eritrócitos sobrevivem e tornam-se viáveis para o sangue periférico (hematopoese ineficaz) 3. Descreva as alterações do hemograma de paciente com anemia megaloblástica. - Hemograma macrocítico; - Plaquetopenia e leucopenia; - Medula óssea megaloblástica e com alterações de maturação; - Vit B12 diminuida; - Ácido fólico; - Anticorpo contra fator intrínseco (possui sensibilidade ruim); - Dosagem de desidrogenase láctica aumentada; - Bilirrubina indireta discretamente aumentada; - Reticulócitos normais (embora haja um quadro hemolítico importante, a recuperação celular é ruim, visto que a medula óssea está deficiente pela falta de B12). OBS: a plaquetopenia geralmente não é importante (geralmente é maior do que 50 mil). 4. Defina PTI. É uma dooença autoimune cujo complexo antígeno-anticorpo é fagocitado pelo sistema reticuloendotelial (macrófagos). O antígeno são as plaquetas, e os anticorpos são os produzidos pelo organismo contra as plaquetas. O anticorpo destrói a plaqueta ainda no sangue; ou se acopla a ela (antígeno-anticorpo), e na presença de macrófagos esplênicos, há o reconhecimento do complexo e sua fagocitose (esse processo também ocorre no fígado, mas com maior intensidade no baço). Por ser uma doença autoimune, pode estar relacionada com LES, hepatites, HIV, hipertireoidismo, hipotireoidismo, SMD, idiopática 5. Descreva a fisiopatologia da PTI. Os anticorpos se ligam às plaquetas. Com isso há uma destruição acelerada de plaquetas no sangue e no sistema reticuloendotelial. Ocorre um aumento de plaquetas na medula óssea (hiperplasia de megacariócitos) e, como consequência, plaquetopenia ou trombocitopenia com deficiência de hemostasia primária. Raramente haverá anticorpos direcionados contra os megacariócitos 6. Descreva os exames laboratoriais para diagnóstico. - Plaquetas menores que 100 mil - Sobrevida de plaquetas diminuida - Presença de anticorpos contra plaquetas (pode ser dosado) - Hiperplasia de megacariócitos na medula óssea (fazer mielograma) - Macroplaquetas são um indicativo de PTI 7. Defina HEMOFILIAS e classifique-as. As hemofilias foram descritas inicialmente como doenças genéticas; sabe-se atualmente que algumas situações clínicas autoimunes ou oncológicas também podem desencadear hemofilias adquiridas, ou seja, deficiência de fatores – não necessariamente por causas genéticas. Entretanto, as hemofilias classicamente cobradas em provas são as hemofilias genéticas: a hemofilia A (75% das hemofilias; dado epidemiológico importante na anamnese) e a hemofilia B. A hemofilia A consiste na deficiência do fator VIII e a hemofilia B, deficiência do fator IX. O grau de deficiência dos fatores VIII e IX são variáveis: de deficiência total a deficiências leves. Trata-se de uma doença genética recessiva ligada ao cromossomo X, portanto é mais ligada ao sexo masculino; isso se dá porque o sexo masculino apresenta somente um X, e se seu único X for doente, ele será hemofílico. Para o sexo feminino apresentar hemofilia, deve apresentar os dois X doentes (a maioria são portadoras assintomáticas, e é por isso que o gene se espalha) CLASSIFICAÇÃO: Hemofilia Leve - é a mais perigosa, uma vez que o indivíduo chega na fase adulta sem grandes acontecimentos. De forma negligenciada, um médico não faz uma boa anamnese e não diagnostica a hemofilia: o paciente realiza uma cirurgia e passa a apresentar hemorragias intensas, podendo levar a complicações ou mesmo óbito; os valores apresentam-se de 6 a 30% do valor normal. - Geralmente há histórico familiar positivo de hemofilia; sempre investigar. - Se o paciente apresenta apenas 6% do fator VIII ou IX, não há hemofilia grave. Níveis tão baixos garantem uma vida praticamente normal ao indivíduo, uma vez que a hemostasia secundária não depende somente desses fatores; existem muitos fatores envolvidos na fisiologia da coagulação Hemofilia Moderada - apresenta de 2 a 5% do normal. Normalmente também só é descoberta quando há traumas ou cirurgias, mas pode acontecer de forma espontânea. Hemofilia Severa - é a de mais fácil diagnóstico, uma vez que normalmente aparece ainda na infância quando a criança começa a engatinhar: a criança apresenta hemartrose, passa a apresentar hematomas e hemorragias em geral; ao pedir os fatores, o médico constata os baixos valores (valores até no máximo 1% do normal). 8. Descreva a fisiopatologia das HEMOFILIAS. A herança genética da hemofilia está ligada ao cromossomo sexual X, que é o cromossomo feminino. Quando um homem, XY, tem uma mutação causadora da hemofilia, ele porta e manifesta a desordem. Quando uma mulher, XX, tem a mutação causadora da hemofilia em um dos 2 cromossomos X, ela porta a hemofilia mas não manifesta as características da desordem hemorrágica porque o gene normal, presente no outro X faz a função da coagulação, então ela é chamada de portadora. Portanto, a hemofilia é muito mais comum em homens. 9. Descreva os exames laboratoriais para triagem e diagnóstico definitivo para as HEMOFILIAS. TTPA alargado - uma vez que é o teste que avalia fator VIII e fator IX (via intrínseca); - O valor normal é de 35 segundos TP (ou TAP, são sinônimos) normal Fazer dosagem de Fator VIII Fazer dosagem de Fator IX Teste de mistura, caso não haja mais recursos disponíveis; - Misturar o plasma do paciente com plasma de um paciente saudável; - O plasma de um paciente hemofílico apresenta TTPA alargado de p. Ex.: 60 segundos; - Ao misturar com o plasma normal (abaixo de 35 segundos), volta aos valores de referência * Significa que no plasma do paciente há falta de fatores de coagulação * É importante porque o médico sabe que o problema do paciente é a deficiência de fatores de coagulação; ao transfundir plasma (rico em fator IX) ou crioprecipitado (rico em fator VIII, plasminogênio e von Willebrand) o paciente melhora 10. Defina CIVD. A coagulação intravascular disseminada (CIVD) ou coagulopatia de consumo é uma síndrome caraterizada pela ativação dos processos de coagulação, induzida por diferentes mecanismos desencadeantes, levando à formação intravascular de fibrina. 11. Descreva a fisiopatologia da CIVD. Essa síndrome pode ocorrer por qualquer doença ou situação que ative o sistema imunológico. Quando o neutrófilo entra no tecido para atacar o que está causando a agressão imunológica, são liberados montes de substâncias como citocinas, prostaglandinas e interleucinas, que ativam e consomem a proteína C. Nesse processo inflamatório, com ativação da proteína C e seu comprometimento, não vai haver inibição da cascata de coagulação, que ficará constant identificada a menos que o paciente tenha gangrena nos membros, mas nem todos os pacientes apresentam. Chegaum momento que o fígado se sobrecarrega e não consegue mais produzir fatores de coagulação e fibrinogênio para sustentar esse processo, e assim a pessoa mesmo com trombose começa a sangrar por não ter os fatores e fibrinogênio → Geralmente os pacientes são diagnosticados nessa fase. Pode ter evolução aguda e catastrófica ou leve e subclínica 12. Descreva os exames laboratoriais para diagnóstico. - Trombocitopenia (plaquetas baixas) → disponibilidade alta - Prolongamento do TP/TAP, TTPA e TT → disponibilidade alta - Hipofibrinogenemia (fibrinogênio baixo) → disponibilidade alta - D-Dímero aumentados → disponibilidade alta - Produtos da Degradação da Fibrina (PDF) aumentados → disponibilidade baixa - Proteína C, S e antitrombina III diminuídas → disponibilidade baixa