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Manual de Orientação das Atividades da Disciplina Prática de Ensino: Trajetória da Práxis Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 2. POSTAGENS ............................................................................................................................... 4 3. FORMATAÇÃO ........................................................................................................................... 6 4. CHAT ............................................................................................................................................ 7 5. ATIVIDADES ............................................................................................................................... 8 6. SUGESTÕES DE FONTES DE PESQUISA .............................................................................. 20 3 Serviço Social 1. INTRODUÇÃO Este manual foi elaborado pela equipe da Coordenadoria de Estágios em Educação (CEE) para fornecer orientações referentes às atividades avaliativas da disciplina “Prática de Ensino: Trajetória da Práxis”. Antes de iniciar o desenvolvimento das atividades propostas neste manual, é essencial que você já tenha estudado com empenho o livro-texto e a videoaula da disciplina. No livro-texto você foi convidado a refletir sobre a sua própria atividade docente e sobre o que precisa levar em conta ao enfrentar os desafios que tal atividade trará. Alguns estudos recentes (PEREIRA, 2017; PRÍNCEPE, 2017; PASSOS, PEREIRA e PRÍNCEPE, 2016) vêm mostrando que os professores enfrentam esses desafios de maneiras diferentes, a depender do ciclo de vida profissional docente pelo qual estão passando (HUBERMAN, 2013) e pela qualidade das interações que estabelecem com seus pares, com a gestão escolar, com os estudantes, com suas famílias e com o território da escola e suas características. Huberman (2013) exemplifica da seguinte maneira os ciclos profissionais dos professores: Quadro 1 – Modelo síntese dos ciclos de vida profissional, segundo Huberman (2013) TEMPO NA CARREIRA FASES/TEMAS PRINCIPAIS 1 a 3 anos Entrada, tateamento 4 a 6 anos Estabilização, consolidação de um dado repertório de ação 7 a 25 anos Diversificação/questionamento da carreira 25 a 35 anos Serenidade, distanciamento afetivo da profissão/conservadorismo 35 a 40 anos Desinvestimento na carreira (sereno ou amargo) 4 Manual de Estágio Qualquer que seja a fase da carreira, atualmente é recorrente o discurso que afirma que as escolas precisam se repensar para melhor atender às necessidades de formação das novas gerações. Contudo, isso não se faz, entre outros aspectos importantes, sem uma sólida formação de professores. Com o intuito de colaborar com a sua formação profissional e com seu preparo para atuar em sala de aula, bem como no sentido de oferecer repertório para que você consiga lidar com as situações que emergem do cotidiano escolar, você entrará em contato com um caso de ensino (MERSETH, 1996). Esperamos que, a partir dele, você possa buscar inspiração para refletir sobre a sua própria trajetória da práxis. Bom trabalho! 2. POSTAGENS Para fins de avaliação desta disciplina serão solicitadas duas atividades relacionadas à análise do caso “Desafios enfrentados por uma professora iniciante”, que será apresentado adiante. As duas atividades devem ser elaboradas em grupos com no máximo 10 estudantes do mesmo curso e turma (e mesma habilitação, dependendo do seu curso). Siga as orientações e respeite a ordem das postagens. No período da POSTAGEM 1 deve ser postada a Atividade 1 e no período da POSTAGEM 2 deve ser postada Atividade 2. Postar no AVA Blackboard > TRABALHOS ACADÊMICOS > Prática de Ensino: Trajetória da Práxis. � POSTAGEM 1 – Atividade 1: Elaboração de um texto dissertativo a partir de um roteiro. � POSTAGEM 2 – Atividade 2: Escrita de uma carta contendo um conjunto de recomendações à professora Maria Cláudia, cuja prática é relatada no caso de ensino. 5 Serviço Social As informações específicas sobre o desenvolvimento das atividades estão detalhadas no capítulo 5 deste manual. Após essas duas postagens mencionadas, caso a média não seja atingida, será necessário postar as duas atividades num único arquivo (Atividade 1 e Atividade 2), no período de EXAME (POSTAGEM 3), com as alterações definidas pelo professor no momento da correção das atividades. Caso você perca o prazo das postagens 1 e/ou 2, deverá efetuar a postagem 3 (postar as duas atividades num único arquivo): � POSTAGEM 3 (EXAME): Atividade 1 + Atividade 2 Caso você poste apenas uma atividade no período do exame, terá sua nota considerada pela metade. ATENÇÃO! O período de postagem de cada atividade será divulgado por meio de aviso no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard, dentro da pasta da disciplina. Acesse os avisos frequentemente para não perder nenhum prazo. � Poste o arquivo em doc, docx ou pdf (preferencialmente em pdf, pois a formatação permanece inalterada). � Caso seja postado um arquivo corrompido (que não abra ou não apresente nenhum conteúdo) ou um arquivo com o trabalho de outra disciplina, os integrantes do grupo receberão nota ZERO. Portanto, verifique com atenção os arquivos antes de efetuar as postagens. � É importante que o nome e o RA dos integrantes do grupo estejam relacionados na capa do trabalho (modelo apresentado a seguir) e no sistema da UNIP EaD no momento 6 Manual de Estágio da postagem. O estudante que não tiver o nome registrado no sistema ficará com nota ZERO. � A pesquisa é extremamente importante para sua formação profissional e acadêmica. No entanto, ao utilizar um conteúdo pesquisado é importante transcrevê-lo com suas próprias palavras e citá-lo nas referências. Trabalhos considerados plágio obterão nota ZERO. � Não serão aceitos trabalhos preexistentes, mesmo que o trabalho seja de autoria do estudante, ou seja, o trabalho precisa ser inédito! Trabalhos encontrados em sites que disponibilizam trabalhos prontos na internet serão considerados plágio e obterão nota ZERO. � Para auxiliar os professores nas correções, é utilizada uma PLATAFORMA ANTIPLÁGIO, portanto, caso você copie trabalhos da internet (mesmo que copie trechos de vários sites), poderá ter seu trabalho invalidado no momento da correção. � Seja ético e comprometido com sua formação acadêmica; estude e elabore seus próprios textos para construir seu conhecimento e adquirir uma aprendizagem significativa. 3. FORMATAÇÃO Os trabalhos devem ser redigidos de acordo com as regras da norma-padrão da Língua Portuguesa, devem apresentar progressão, coerência e coesão textual. É necessário seguir as seguintes normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): � Letra: Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12. � Espaçamento entrelinhas: 1,5 cm. � Alinhamento do texto: justificado. 7 Serviço Social 4. CHAT Além de elaborar e postar as atividades, será necessário participar de um dos chats que ocorrerão ao longo do semestre letivo. Não deixe de participar, pois será atribuída nota referente a essa participação. Antes de participar do chat, estude todo o material pedagógico da disciplina; assim, será possível aproveitar ao máximo o momento do chat para sanar suas dúvidas. As datas dos chats serão divulgadas por meio de aviso no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard. Caso você esteja realizando a disciplina em regime de Dependência (DP), não é necessário participar do chat. 8 Manual de Estágio 5. ATIVIDADES Neste capítulo serão apresentados os detalhes referentes a cada uma das atividades avaliativas da disciplina. 5.1. O caso “Desafios enfrentados por uma professora iniciante” Antes de realizar as atividades 1 e 2 é fundamental que você leia com cuidado o caso de ensino apresentado a seguir. MariaCláudia é recém-formada, passou em um concurso e acabou de tomar posse de um cargo de professora na Escola Estadual Maria Firmina dos Reis, na qual trabalhará com estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Quando escolheu a escola, João, um amigo de Maria Cláudia que já está na carreira do magistério há mais de dez anos, disse-lhe que ficasse bem atenta com os profissionais da escola, pois o clima na unidade não era nada bom. Inclusive os dados das avaliações externas indicam um alto índice de distorção idade-ano, além de números de evasão bastante significativos. Relatou que considerava a escola muito desorganizada, com alunos desinteressados e indisciplinados. Isso sem contar as famílias, que, segundo ele, “não estão nem aí com a educação dos filhos”. Diante dessas informações, e um tanto apreensiva, a professora iniciante decidiu visitar a escola e iniciar um diálogo com algumas pessoas, para compreender melhor o cenário e para se apresentar. Chegou na escola, sem ter combinado antes. Se apresentou à direção e a todos da secretaria, pois não conhecia a escola e queria ouvir o máximo de pessoas que conseguisse, com o intuito de identificar o que poderia estar acontecendo ali e para se preparar para quando entrasse em sala de aula. Ao chegar, se apresentou à diretora, informando-lhe que havia escolhido seu cargo como professora efetiva na instituição e que gostaria de conhecer melhor a realidade do local, para se preparar melhor para a sua entrada em sala de aula, o que aconteceria nas próximas semanas. Nem precisou falar 9 Serviço Social muito e a diretora contou suas impressões sobre a unidade escolar. RELATO 1 - DIRETORA “Assumi a direção dessa escola há 08 anos. Foi minha primeira experiência como gestora escolar, antes atuava como Professora de Matemática, aqui mesmo, nesta escola. Conheço bem a comunidade, sou uma diretora presente, os pais me conhecem pelo nome, sempre acompanho a entrada e saída dos alunos, recebo pessoalmente os pais e o pessoal da Secretaria da Educação que tem aparecido muito por aqui. Conheço essa escola como a palma da minha mão. Há muitos anos, até merenda eu já preparei, pagamento de professor, dava até aula quando era preciso, porque faltava muito professor antigamente. Confesso que nada se compara ao trabalho do diretor que é muito mais difícil do que qualquer outra função. Para começar somos solitários e depois que decidimos alguma coisa, sempre aparece alguém que acha que faria melhor. Crítica é o que não falta ao meu trabalho, mas ninguém vê a quantidade de coisas que tenho que dar conta: disciplina de alunos, merenda, falta de professor, falta de funcionários, prestação de contas, as metas, reuniões intermináveis, sala de informática que não funciona, papel, papel... Quando assumi o cargo, tinha uma série de planos, ideias e expectativas. Meu primeiro objetivo foi cuidar da parte física do prédio, para cada solicitação tive que montar um expediente burocrático, sempre que conseguia alcançar algo, tinha um grupo que achava que aquilo não era importante. Mas insisti e graças a isto a nossa escola é considerada a mais bem cuidada da região. No início estabelecia diálogo com todos os segmentos da escola para decidir cada questão. Com o passar do tempo percebi que seria inviável ouvir todos, até porque para tudo tem prazo, ou tomava a decisão ou devolvia as verbas. Hoje em dia considero a minha gestão democrática, aprendi muito, e conto com algumas pessoas mais comprometidas, há um pequeno grupo de pais bem participativo e alguns professores bem envolvidos com a escola, eles que me dão força. Espero muito que você esteja neste 10 Manual de Estágio grupo, viu? Já vou lhe avisando, quando você começar fique perto do Paulo, de Matemática, da Neide, de Ciências, da Íside, de Biologia e da Beth, de Português. Quanto aos demais, fuja deles! Só sabem reclamar e não têm compromisso com nada. Eles são aqueles ‘do contra’ que nunca estão contentes. Para ajudar, de uns tempos para cá, já não posso mais contar com a ajuda do Coordenador que só se preocupa com as tarefas pedagógicas, o que eu já acho que é muita coisa, mas, por exemplo, se um professor não receber seu salário não haverá formação que dê jeito, isso não quer dizer que as questões pedagógicas não são importantes, mas não tenho tempo para acompanhar, pois preciso garantir que a escola funcione. Já pensei várias vezes se vale a pena continuar nessa escola e tenho pensado seriamente em me remover para outro lugar, quem sabe em outro local as coisas aconteçam de forma diferente. Mas não sei se deixaria esta escola, teria dificuldade em tomar essa decisão, afinal minha trajetória profissional foi construída aqui, que tem muito de mim”. Maria Cláudia agradeceu, educadamente, e foi conhecer a sala dos professores sozinha, já que a diretora disse que estava muito ocupada para acompanhá-la. Chegando no recinto, encontrou a professora Marília, de Química, que já se apresentou e perguntou se Maria Cláudia queria um café. Por sua vez, a professora iniciante disse à Marília que era uma professora nova, que passaria a trabalhar ali nas próximas semanas e perguntou o que a colega pensava sobre a escola e ouviu as impressões de Marília. RELATO 2 - PROFESSORA “Estou nessa escola há cinco anos, mas já tenho vinte e dois anos de experiência na docência. Vim para cá porque não havia mais classe para mim na escola anterior, porque diminuiu o número de alunos lá e eu era a última na classificação. Ainda estou tentando 11 Serviço Social uma remoção para uma escola mais central, porque nessa aqui a comunidade ‘é bem complicada’. Todo ano eu trabalhava somente com as segundas e terceiras séries do ensino médio, porque eu não suporto primeira, mas nesse ano eu tive que pegar 4 turmas de primeira série. Confesso que acho mais difícil. Os alunos são menos obedientes e muito desinteressados. Sabe como é... a família não educa e acaba sobrando tudo para a escola. Na verdade, nem é para a escola, porque quem ‘segura o rojão’ é o professor sozinho, como sempre. Eu sou uma professora muito preocupada com os alunos que não aprendem e fiquei chocada porque essas turmas que chegaram agora ‘não sabem nada de matemática’. Como alguém aprende Química sem saber Matemática? E se fosse só isso! Os alunos não sabem interpretar um texto simples… Como acho que o livro didático só não garante o conteúdo, passo sempre a lição na lousa, mas também não adianta muito porque a maioria não quer copiar e fica mexendo no celular. Eu não sei mais o que fazer e, olha, para você que está começando, viu, pense bem que ainda dá tempo de mudar de profissão! O que vejo é que o trabalho do professor é muito solitário. Essa troca contínua de classe e de escolas faz a ‘carreira docente’ ser realmente uma CARREIRA. Eu sou tão preocupada que sempre que posso, planejo as aulas, procuro atividades diferentes, mas não é sempre que dá. E a gente ainda tem que dar conta de atividades, de projetos e depois pensar nas provas. É muita coisa. Peço para os alunos completarem as atividades do livro em casa, mas só alguns fazem. Às vezes nem trazem o livro para a aula. Acho que se a família ajudasse mais, ficaria mais fácil ensinar. Mas ninguém ajuda, só cobram. A cobrança vem de todos os lados, da Secretaria da Educação, da Direção, da Coordenação, até dos pais dos alunos, que nunca aparecem quando chamamos, não vêm às reuniões, mas é só o filho tirar nota baixa que já vem aqui todo nervoso no dia seguinte. Todo mundo cobra como se não estivéssemos trabalhando muito e fazendo a nossa parte. A gente procura ajuda, mas nunca tem retorno. Por isso, a gente desanima e vai levando do jeito que dá. Ninguém quer ver que os alunos estão desinteressados, faltam muito, não aprendem e a gente leva a culpa. Sinceramente, eu não vejo a hora de me aposentar”. O sinal tocou e a professorapediu licença para sair, pois tinha aula naquele horário. 12 Manual de Estágio Maria Cláudia, então, perguntou se o coordenador estava na escola. Marília disse que sim, e conduziu a colega até a sala de Rogério, o coordenador pedagógico. Chegando ali, Maria Cláudia se apresentou e perguntou para Rogério o que ele pensava sobre a escola. RELATO 3 – COORDENADOR PEDAGÓGICO “Acho que a diretora já te alertou dos problemas daqui, não é? Olha, eu já tinha contado para ela que nunca pensei em ser coordenador. Fui professor de matemática durante 12 anos consecutivos. Estou nessa escola há 8 anos e sempre gostei da sala de aula, porém há três anos assumi a Coordenação e, por insistência dos meus colegas, afinal eu vivo na escola, estou sempre disponível, e quando ainda estava como professor organizava todas as festas, fazia parte do Conselho de Escola e da APM. No início senti que estava no lugar certo, pois ajudava muito a diretora, tínhamos uma relação muito próxima. Com os professores também. Nos dois últimos anos tenho sentido que as coisas ficaram difíceis para os coordenadores. No caso da minha escola alguns dos nossos melhores professores se aposentaram, outros mudaram e suas vagas foram preenchidas por professores inexperientes. Você já tem um pouco de experiência, não é? Não brinca comigo! Nunca deu aula antes? Ai meu Deus! Então se prepare. Porque pode parecer que não, mas faz muita diferença, antes quase não tínhamos problemas disciplinares e nem queixa dos pais. Hoje em dia muito do meu tempo é consumido nessas questões. Os momentos de formação dos professores ficaram mais difíceis de gerir. O grupo anterior era mais unido e tinha maior compromisso, hoje esses momentos coletivos se transformaram em muro de lamentações e não há o que faça esses professores mudarem seu discurso, que dirá a prática, o pouco que se combina acaba não acontecendo. Se você não tem um grupo unido que te reconheça, fica muito difícil conduzir qualquer trabalho. Quando eu era professor, fazia questão de colaborar com meus coordenadores, trocava ideias com todos e não sinto esse compromisso por parte de meus professores. Outra coisa que me incomoda muito são as queixas que eles fazem sobre as famílias dos alunos. A comunidade 13 Serviço Social antes era muito mais difícil e mesmo assim conseguíamos resultados muito melhores. Quando sugiro aos professores uma mudança de prática, eles logo começam a se queixar do desinteresse dos alunos, do descompromisso das famílias, das condições de trabalho e acabam se esquivando das responsabilidades que lhes cabem. A diretora faz o que pode, mas ao final o resultado da escola depende do trabalho dos professores, infelizmente”. Nesse momento, tocou o sinal e Rogério disse que precisava acompanhar a saída dos alunos. Maria Cláudia, então, foi com ele e decidiu conversar com uma mãe que aguardava seus filhos no portão, com a esperança de ouvir palavras um pouco mais animadoras. Abordou a mãe, que se chamava Natália, e se apresentou, perguntando o que ela achava da escola. RELATO 4 – MÃE DE ESTUDANTE “Eu tenho dois filhos aqui. O Reginaldo e o Valdir. O Reginaldo está no 6º ano e o Valdir no 1º, porque ele é mais velho. Reginaldo é fogo! O que Valdir não dá trabalho, Reginaldo, nem lhe conto! E não era assim, viu? Começou a dar trabalho quando veio para esta escola, neste ano. Por isso que eu acho que tem a ver com a escola. Até os professores do Valdir parece que são melhores, ensinam melhor, colocam mais ordem na classe, sabe? No mais eu gosto muito daqui. Eu estudei aqui, sabia? Eu moro aqui desde pequenininha, conheço todo mundo. As faxineiras, as merendeiras, as meninas da secretaria, todas elas são uns amores! Espero que você goste daqui, professora! Mas, desculpe, preciso ir, porque deixei o feijão no fogo. Só vim pegar os meninos, mesmo”. Maria Cláudia agradeceu e se sentiu mais animada com o relato da mãe, mas ficou um pouco pensativa. Como ela lidaria com uma realidade tão complexa? A mãe de Valdir e Reginaldo não lhe pareceu tão desinteressada pela escola como os profissionais da escola 14 Manual de Estágio haviam lhe dito. Olhando tantas famílias esperando os filhos na saída, recebendo-os com afeto e cuidado, não confirmavam os relatos ouvira. Onde estaria o problema, na relação da escola com as famílias? E de um modo mais geral, como ela poderia contribuir com o coletivo da escola sendo ela mesma uma professora sem experiência sólida, pois só havia feito o estágio obrigatório no curso de licenciatura, em uma realidade bem diferente daquela? Atividade 1 Com base no caso da professora Maria Cláudia, você deverá elaborar um texto dissertativo de uma página, aproximadamente, utilizando as informações apresentadas nos itens disponibilizados para direcionar sua reflexão. Atenção! Seu texto deverá abordar ao menos um dos 3 itens seguintes: 1. O que as visões dos diferentes depoentes do cenário explicitam sobre como são as relações interpessoais na escola na qual Maria Cláudia lecionará? 2. Qual é a concepção da diretora e do coordenador pedagógico sobre os professores, principalmente sobre professores iniciantes? 3. Quais são os pontos positivos em todos os relatos, que podem servir como referência, para que Maria Cláudia se prepare para os desafios que enfrentará? Obs.: Caso utilize alguma fonte de pesquisa, além das indicadas neste manual, apresentar as informações na última página do trabalho inserindo o item REFERÊNCIAS. Após a escrita do texto, confira se o seu trabalho contém: � CAPA � TEXTO DISSERTATIVO 15 Serviço Social No total, o trabalho deve conter no máximo três (3) páginas. *Atenção! Sugere-se que você salve o arquivo com o seguinte nome antes de postá-lo: POSTAGEM_1_PETP. Assim, com o nome do arquivo padronizado, evita-se que você poste o trabalho errado (de outra disciplina, por exemplo), o que acarretaria na obtenção de nota ZERO. Veja a seguir o modelo de capa. 16 Manual de Estágio LICENCIATURA EM ________________________ (nome do curso) PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP) POSTAGEM 1 ATIVIDADE 1 - TEXTO DISSERTATIVO Nome e RA dos integrantes do grupo Polo de matrícula Ano de postagem 17 Serviço Social 5.2 Atividade 2 – Escrita de uma carta para a professora Maria Cláudia Considerando as perguntas que Maria Cláudia fez a si mesma, explicitadas ao final do cenário, elabore uma carta, do gênero carta pessoal, destinada à professora, oferecendo- lhes algumas recomendações, com o objetivo de auxiliá-la a iniciar suas atividades como professora, na Escola Estadual Maria Firmina dos Reis. (Para relembrar, os questionamentos foram: “Como ela lidaria com uma realidade tão complexa? A mãe de Valdir e Reginaldo não pareceu tão desinteressada pela escola como os profissionais da escola haviam lhe dito. Ao observar tantas famílias esperando os filhos na saída, recebendo-os com afeto e cuidado, não se confirmavam os relatos que ouvira. Onde estaria o problema, na relação da escola com as famílias? E de um modo mais geral, como ela poderia contribuir com o coletivo da escola sendo ela mesma uma professora sem experiência sólida, pois só havia feito o estágio obrigatório no curso de licenciatura, em uma realidade bem diferente daquela?”) A sua carta deve ser produzida no gênero textual carta pessoal. Por isso, deve ter os seguintes elementos textuais: � Cidade e data. � Saudação. � O desenvolvimento da carta, que pode assumir um tom formal ou informal, a seu critério. � Despedida e assinatura. Antes da postagem, verifique se sua atividade contém: � CAPA � CARTA 18 Manual de Estágio A carta deve conter, no máximo, três (3) páginas. *Atenção! Sugere-se que você salve o arquivo com o seguinte nome antes de postá-lo: POSTAGEM_2_PETP Com o nome do arquivo padronizado, evita-se que você poste o trabalho errado (de outra disciplina, por exemplo), o queacarretaria a obtenção de nota ZERO. Veja a seguir o modelo de capa. 19 Serviço Social LICENCIATURA EM ________________________ (nome do curso) PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS (PE:TP) POSTAGEM 2 ATIVIDADE 2 - PARA A PROFESSORA MARIA CLÁUDIA Nome e RA dos integrantes do grupo Polo de matrícula Ano de postagem 20 Manual de Estágio 6. SUGESTÕES DE FONTES DE PESQUISA Conheça a seguir algumas fontes de pesquisa que foram utilizadas na elaboração deste manual e que poderão fornecer subsídio para seu estudo pessoal. HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 2013. IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2006. MERSETH, Katherine. K. Cases and case methods in teacher education. In: SIKULA, J. (ed.). Handbook of research on teacher education. New York: Macmillan, 1996. p. 722- 744. http://www.transitionmathproject.org. Acesso em: 28 nov. 2018. MIZUKAMI, Maria da Graça et al. Aprendizagem da docência: algumas contribuições de L.S. Shulman. Revista do Centro de Educação da UFSM. v. 29, n. 02, 2004. Disponível em: www.ufsm.br/ce/revista/. Acesso em: 01 ago. 2008 e disponível em: https://periodicos. ufsm.br/reveducacao/article/view/3838. Acesso em: 10 ju. 2023. PASSOS, L. F. ; PEREIRA, R. ; PRÍNCEPE, L. M. As condições de trabalho como fatores constituintes da profissionalidade docente de professores iniciantes dos cursos de licenciaturas. In: Anais... V Seminário de Educação Brasileira, 2015, Campinas. “Mudanças atuais na sociedade brasileira e o Sistema Nacional de Educação: Qualidade da Educação Pública como direito humano”. Campinas: Cedes, 2016. 21 Serviço Social PEREIRA, R.; PRÍNCEPE, L. Desafios profissionais vividos por professores e coordenadores pedagógicos iniciantes. In: Anais... XIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional, 2017, Salvador.
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