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ATIVIDADE A3 - MUSEUS, ARQUIVOS E PATRIMÔNIO HISTÓRICO (

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Nome: Raphaela Candido Zanirato. RA: 1663194
Curso: ARTES VISUAIS - Bacharelado. Turma: 189204C07
Disciplina: MUSEUS, ARQUIVOS E PATRIMÔNIO HISTÓRICO
“A história é escrita pelos vencedores”, a frase é atribuída a George Orwell, o autor
de livros icônicos como “A revolução dos bichos” e “1984”. A frase de Orwell explica
um fato que acontece na hora que a história é contada, o lado de maior poder
sempre irá contar o seu lado da história e irá tê-lo como fato histórico, e os arquivos
históricos serão encarregados de comprovar tal versão; e o trecho selecionado de
Marc Bloch é extremamente relevante para compreender o processo de formação e
constituição de arquivos públicos, correlacionando-se com a frase de Orwell, bem
como o direito ao acesso à informação.
Analisando esses dois aspectos com mais detalhes, chega-se às seguintes
explicações sobre o processo de formação e constituição de arquivos públicos e a
importância deste direito à informação ao cidadão:
1. Formação e Constituição de Arquivos Públicos:
O excerto destaca que os documentos não surgem “do nada”, mas que são o
resultado de escolhas humanas deliberadas. Isso significa que os arquivos públicos
não são simples repositórios de informações aleatórias, mas são construídos ao
longo do tempo por pessoas que decidem o que preservar e transmitir para as
gerações futuras. E o processo de construção passa por:
● Política de arquivamento: Os arquivos públicos muitas vezes refletem as
políticas e valores da sociedade em que estão inseridos. O que é preservado
e o que é descartado pode ser influenciado por considerações políticas,
ideológicas, monetárias e sociais.
● Seleção: A seleção de documentos para inclusão em arquivos públicos é um
ato de curadoria cultural e histórica. A geração passada decide quais
registros são dignos de preservação com base em critérios como relevância
histórica, legalidade, autenticidade e valor cultural.
● Custódia e preservação: Arquivos públicos também envolvem a
responsabilidade de cuidar e preservar os documentos ao longo do tempo.
Isso requer a implementação de práticas arquivísticas profissionais, como
armazenamento seguro e adequado; e o controle de acesso.
2. Direito ao acesso à informação como um direito básico:
O acesso à informação é reconhecido como um direito fundamental em muitas
democracias ao redor do mundo, e esse direito está intrinsecamente relacionado à
formação e ao acesso aos arquivos públicos. No Brasil, é garantido na Lei Federal
n. 12.527, conhecida como “Lei de Acesso à Informação”, criada em 2011, que
garante o acesso de informações dos órgãos e entidades municipais, estaduais e
federais sobre a administração do patrimônio público, assim como a transparência
em processos públicos.
Alguns pontos importantes a serem considerados:
● Transparência governamental: É fundamental que haja a transparência da
prestação de contas do governo com a sua população. Os cidadãos têm o
direito de conhecer as ações e decisões tomadas por seus representantes e
funcionários públicos, como o uso de recursos públicos e o andamento de
processos.
● Participação cívica: Ao tirar o cidadão da ignorância, capacita-o a participar
ativamente na vida pública, tomando decisões de maneira informada e
monitorando o desempenho do governo, sabendo exatamente o que os
órgãos públicos estão fazendo com o dinheiro arrecadado dos impostos.
● Pesquisa histórica e cultural: Arquivos públicos desempenham um papel
fundamental na pesquisa histórica e na preservação da cultura. O acesso a
esses documentos é essencial para historiadores, pesquisadores, escritores
e artistas que desejam explorar o passado e criar obras que enriqueçam o
seu grupo social.
● Limitações ao acesso: Como dito anteriormente, criar um povo ignorante é
perpetuar uma versão de uma lembrança, que é enviesada por interesses
muitas vezes políticos. Embora o acesso à informação seja um direito, ele
pode ser dificultado, como a proteção da privacidade pessoal, segurança
nacional e interesses comerciais legítimos. No entanto, essas restrições
devem ser equilibradas com a necessidade de transparência e prestação de
contas.
Em resumo, o trecho de Marc Bloch destaca que os arquivos públicos são
construídos por escolhas humanas, que infelizmente não são imparciais; a frase de
Orwell é um exemplo de como a construção destes arquivos sempre haverá um
incentivo maior para um lado da história. E que o acesso à informação é essencial
para a transparência, a participação cívica e a preservação da cultura e da história.
Portanto, o direito ao acesso à informação é essencial para que haja a ruptura deste
ato de ignorância contra o cidadão e a própria sociedade. A informação deve ser
compartilhada, e não acobertada. Pois só assim poderemos caminhar como uma
sociedade mais democrática e enriquecida sobre o seu passado.

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