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7 Nesse período do desenvolvimento, a criança se apropria da linguagem se expres- sando ou tentando entender os estímulos sociais que lhes são oferecidos, entretan- to a linguagem apresenta características simbólicas, imitativas e pré-conceituais. Ao conseguir juntar as palavras, a criança já forma frases e alcança a dimensão da narrativa oral. Essa narrativa, sendo o processo de contar uma história real ou fictícia, é que caracteriza toda a simbologia que carrega a palavra ou a linguagem. Quando brinca de faz-de-conta, a criança utiliza a expressão gestual, a fala etc. para externar seu imaginário. Todo o seu corpo comunica a sua intenção. Figura 1 – Faz-de–conta Fonte: Reprodução #ParaTodosVerem: a imagem retrata dois cenários de brincadeiras de faz-de-conta. Na primeira figura, uma criança está brincando de médico. Ela está segurando um estetoscópio e interagindo com um urso de pelúcia. Na segunda figura, uma criança está brincando com blocos de madeira. Ela pode estar construindo estruturas, empilhando blocos ou criando diferentes formas e cenários com a imaginação. Fim da descrição. Porém, a função simbólica, nas crianças, não é privilégio exclusivo da linguagem fa- lada; ela está presente nas outras linguagens também, como a gestual, e no próprio símbolo em si. Vejamos o que Piaget (1999) diz a esse respeito: Podemos, então, admitir que exista uma função simbólica mais ampla que a linguagem, englobando, além do sistema de signos verbais, o do símbolo no sentido estrito. Pode-se dizer, então, que a origem do pensa- mento deve ser procurada na função simbólica. Mas também se pode, le- gitimamente, sustentar que a função simbólica se explica pela formação das representações. PIAGET, 1999, p. 79
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