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Prof. Nathalia Masson 
 Aula 11 
 
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Direito Constitucional (curso avançado) – Turma Regular 
 
 
 
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Direito Constitucional – Direitos Políticos 
Direito Constitucional (Curso Avançado) – 
Turma Regular 
Prof. Nathalia Masson 
 
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Sumário 
SUMÁRIO 2 
DIREITOS POLÍTICOS 3 
(1) RECADO INICIAL 3 
(2) PRIMEIRAS PALAVRAS – REFLEXÕES 3 
(3) ALGUNS CONCEITOS 4 
(4) DIREITOS POLÍTICOS – ARTIGOS 14 A 16 DA CF/88 9 
(5) ART. 16, CF/88 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (OU ANUALIDADE) ELEITORAL 10 
(6) ART. 15, CF/88 – HIPÓTESES DE PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 15 
(7) ART. 14, CAPUT – PARTICIPAÇÃO POPULAR DIRETA 27 
(8) ART. 14, § 1° - ALISTAMENTO ELEITORAL 39 
(9) ART. 14, § 2° - INALISTÁVEIS 44 
(10) ART. 14, § 3° - ELEGIBILIDADE 45 
(11) INELEGIBILIDADES – INTRODUÇÃO 52 
(11.1) ART. 14, § 4° - INELEGIBILIDADE ABSOLUTA 53 
(11.2) ART. 14, §§ 5°, 6°, 7° E 9° - INELEGIBILIDADES RELATIVAS 58 
(A) ART. 14, § 5° – REELEIÇÃO 59 
(B) ART. 14, § 6° – DESINCOMPATIBILIZAÇÃO 64 
(C) ART. 14, § 7° – INELEGIBILIDADE REFLEXA 67 
(D) ART. 14, § 8° – A CONDIÇÃO DE MILITAR 81 
(E) ART. 14, § 9° – OUTRAS INELEGIBILIDADES (TRAZIDAS POR LC) 85 
(12) AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO (AIME) 86 
(13) PARTIDOS POLÍTICOS 89 
(A) INTRODUÇÃO 89 
(B) PRINCÍPIOS E PRECEITOS REGENTES 89 
(C) LIBERDADE E AUTONOMIA PARTIDÁRIA 91 
(14) QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA 93 
(15) OUTRAS QUESTÕES: PARA TREINAR 126 
(16) RESUMO DIRECIONADO 145 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 153 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITOS POLÍTICOS 
(1) Recado Inicial 
Lembre-se que esta aula, datada de julho de 2019, foi produzida para o curso de Direito 
Constitucional (Curso Avançado) para Concursos - Turma Regular. Como o conteúdo de Direito 
Constitucional é o que mais se altera no mundo jurídico (em razão das constantes mudanças legislativas 
e, em especial, das incessantes novas decisões do STF), não desperdice seu tempo ou arrisque sua 
aprovação estudando um material desatualizado. Busque sempre a versão oficial da aula no site do nosso 
curso! 
(2) Primeiras Palavras – Reflexões 
Olá, caro aluno! Bem-vindo a mais uma aula de Direito Constitucional! 
O assunto com o qual trabalharemos nessa aula, futuro servidor público, é de fundamental 
importância não apenas para a sua prova. Sua compreensão também é indispensável para o exercício 
consciente e responsável da cidadania. 
Os direitos que estudaremos neste encontro são os políticos e formam o alicerce da democracia. 
Afinal, são as Constituições democráticas que fornecem aos seus cidadãos os instrumentos de 
representação da vontade popular nas discussões políticas do país. 
Nos noticiários, vemos que as instituições políticas tradicionais têm sido questionadas em todo o 
mundo e os representantes eleitos confrontados por uma massa de internautas que ganharam voz com 
o desenvolvimento e a popularização das novas tecnologias de informação e comunicação 
(especialmente as redes sociais). Esse fenômeno tem facilitado as interações entre os indivíduos e o 
Estado, reconfigurando a ideia de participação democrática. 
Ao afirmar que “todo o poder emana do povo” logo em seu artigo inaugural (art. 1°, parágrafo 
único), a Carta Constitucional de 1988 afirma pertencer ao povo a titularidade do poder político que rege 
nossa democracia, o qual pode ser exercido diretamente pelos cidadãos ou por meio de representantes 
eleitos. Nos últimos anos, entretanto, a democracia brasileira vem enfrentando uma profunda crise de 
representatividade. Este fenômeno, somado ao crescimento do uso da internet como espaço público de 
contestação, originou novas formas de organização e ativismo político. 
Foi nesse contexto que as redes sociais se firmaram como modernos instrumentos de 
participação democrática. O seu uso, sem dúvida, aproximou os cidadãos dos representantes eleitos e 
passou a submetê-los a uma constante vigilância. O debate o público sobre as questões políticas 
alcançou no ambiente virtual dimensões inimagináveis. As manifestações de crítica ou de apoio 
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passaram a poder ser feitas pelos cidadãos através de um simples clique e as reivindicações sociais 
passaram a não depender exclusivamente de mobilizações de rua que, apesar de terem ainda muita 
importância, perderam o posto de palco principal. 
É verdade que as novas formas de participação democrática possuem inúmeros problemas (a 
exemplo da disseminação de fake news) e que o ambiente virtual muitas vezes parece ser um território 
onde reina o ódio, as mentiras e as polêmicas. Entretanto, é impensável dissociar atualmente a política 
praticada na vida real da política praticada no ciberespaço. Por isso, o futuro da nossa democracia (e 
também da democracia de diversos outros países, uma vez que esse fenômeno tem se revelado em 
escala mundial) dependerá de viabilizarmos uma segura e eficiente integração entre os modernos 
instrumentos de participação política e os modelos tradicionais participação democrática. 
A democracia é assim um sistema dinâmico em constante transformação. Períodos como o que 
estamos vivenciando são de extrema importância pois colocam à prova o modelo de democracia 
existente e permitem o aprimoramento do sistema político para atender aos desafios dos novos tempos. 
Pois bem. Feitas estas reflexões iniciais, já podemos iniciar nosso estudo dos direitos políticos 
com as ideias e conceitos basilares referentes à matéria. 
Nossa Constituição trata do assunto no Capítulo IV do Título II, entre os artigos 14 a 16 da CF/88. 
Mas no que consistem, enfim, os direitos políticos? O próximo item vai lhe ajudar a compreender. 
(3) Alguns conceitos 
Os “direitos políticos” (também conhecidos como direitos de cidadania) são o conjunto de 
normas legais permanentes que regulamenta o direito democrático de participação do povo no Governo, 
diretamente ou por seus representantes. Os direitos políticos consistem, portanto, na disciplina dos 
meios necessários ao exercício da soberania popular. 
Historicamente, a construção das bases filosóficas e políticas do regime democrático são 
atribuídas à Grécia Antiga dos séculos IV e V a. C (em especial à sociedade ateniense), de onde também 
procede a palavra democracia – etimologicamente “demos” quer dizer ‘povo’ ou ‘muitos’ e “kracia” 
significa ‘governo’ ou ‘autoridade’). 
A democracia grega era do tipo direta (ou participativa), exercida sem intermediários pelos 
cidadãos que deliberavam sobre as questões políticas e administrativas da polis. Esse sistema, 
entretanto, não permita o voto de mulheres, estrangeiros e escravos. 
A democracia brasileira, por outro lado, é do tipo semidireta ou representativa, pois possui 
elementos das democracias indiretas que permitem a participação política no governo por meio de 
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representantes eleitos pelos cidadãos; e elementos das democracias diretas, em que o cidadão atua sem 
intermediários. O referendo, o plebiscito e a iniciativa popular são alguns dos instrumentos próprios da 
democracia direta que são adotados pelo nosso sistema constitucional, institutos que serão estudados 
mais adiante. 
Muito embora as bases da democracia tenham sido formadas na antiguidade, os antecedentes 
centrais da luta pela afirmação dos direitos políticos remontam a um passado mais próximo. Tais direitos 
foram positivados constitucionalmente pela primeiravez durante o processo histórico de formação dos 
Estados Liberais, ao final do século XVIII. Você deve se lembrar que nesse período os movimentos 
revolucionários ocorridos na França e nos Estados Unidos travaram uma importante luta para garantir 
que os governantes deixassem de interferir arbitrariamente na vida dos governados e que os cidadãos 
pudessem participar das decisões políticas do Estado. 
A conquista de direitos civis e políticos faz parte da chamada primeira geração/dimensão de 
direitos fundamentais (já estudada anteriormente por nós, na aula sobre a Teoria Geral dos Direitos 
Fundamentais). A relevância histórica dessa conquista é indiscutível, mas é importante lembrar que os 
direitos civis e políticos não foram garantidos desde o início a todas as pessoas. Em sua origem, tais 
direitos eram titularizados por uma parcela reduzida da população composta por homens que eram, em 
sua maioria, burgueses. 
A ampliação do sufrágio foi sendo gradualmente conquistada por meio de lutas sociais. A história 
do nosso país revela que o exercício de direitos políticos já foi negado às mulheres, aos pobres, aos 
analfabetos etc. Atualmente, entretanto, o Brasil adota o sufrágio universal. Mas o que isso significa? 
Para compreender o sentido dessa expressão, primeiro é necessário saber o significado da palavra 
sufrágio. Sufrágio, estimado aluno, é o direito público subjetivo de eleger um representante político 
(capacidade eleitoral ativa) e/ou de ser eleito como representante político (capacidade eleitoral passiva), 
o que em palavras simples representa o direito de votar e/ou ser votado. O sufrágio é um direito 
exclusivo do cidadão. 
Conforme já afirmado acima, o Brasil adota o sufrágio universal, pois confere o exercício do 
sufrágio a todos os cidadãos, independentemente do sexo, de condições financeiras ou de nascimento, 
de escolaridade ou de qualquer outra capacidade especial. 
Perceba que o sufrágio universal e o princípio fundamental do pluralismo político (art. 1º, V, 
CF/88) encontram-se profundamente relacionados. Vivemos em um país de dimensões continentais, no 
qual convivem diferentes grupos sociais que apresentam particularidades étnicas, culturais e 
econômicas. A vida e os anseios de uma cidadã carioca, por exemplo, são provavelmente distintos da 
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vida e dos anseios de um cidadão potiguar, embora sejam igualmente brasileiros. E é o sufrágio universal 
que permite a ambos participarem da tomada de decisões sobre o destino e os interesses nacionais. O 
Brasil é plural por essência e a consagração do pluralismo político como um princípio constitucional 
garante participação dos cidadãos no poder político por meio da representatividade e do debate 
democrático entre eventuais interesses dos diversos grupos sociais existentes. 
Mas fique atento! A universalidade do sufrágio não significa que todo e qualquer brasileiro poderá 
votar e ser votado! 
Você já sabe que apenas cidadãos possuem essa prerrogativa, a qual será concedida apenas às 
pessoas que atenderem alguns requisitos apontados na Constituição Federal e na legislação ordinária. E 
quanto mais aberto for o processo político de um país para a participação de cada cidadão em diferentes 
momentos e processos da cidadania, mais democrático esse país será considerado. Nesse aspecto, a 
promulgação da Constituição Federal de 1988 representou um importante marco na redemocratização 
do país e na abertura do processo político brasileiro. Analfabetos e adolescentes a partir dos dezesseis 
anos, por exemplo, passaram a ter direito ao voto. Instituiu-se um regime democrático mais inclusivo, 
mais representativo, mais legítimo. 
Assim, o regime democrático e o caráter universal do sufrágio não impedem sejam estabelecidos 
critérios para o exercício da cidadania, desde que razoáveis e proporcionais. Afinal, a história política do 
Brasil nos conta que as restrições fundadas em critérios de raça, gênero, escolaridade ou condições 
financeiras atendiam mais aos interesses particulares de certos grupos do que os interesses de toda a 
sociedade. 
Estamos avançando bem! Vamos dar mais um passo em nossos estudos a respeitos dos direitos 
políticos, agora para aprendermos o significado de soberania popular. Começaremos com leitura do 
parágrafo único do art. 1º, da CF/88, que nos fornece uma primeira pista a respeito. 
Art. 1º. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Agora vamos aliar a leitura desse dispositivo ao texto do caput do artigo 14. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
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O povo é o soberano, porque é o dono de todo o poder que legitima o governo democrático. Esse 
poder é exercido através do sufrágio (que você já sabe o que é) e, nos termos da lei, por instrumentos 
como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular (instrumentos próprios das democracias diretas e 
que serão estudados a seguir). 
Soberania popular, portanto, é a soma da vontade de todos os cidadãos que confere legitimidade 
aos representantes eleitos a quem são delegadas as funções de governo. 
A conexão entre legitimidade política e vontade popular é essencial para o bom funcionamento 
da democracia. 
Espero que a esta altura você já esteja convencido da importância do exercício responsável da 
cidadania que evidentemente não se resume ao ato de votar. Afinal, o voto nada mais é do que a 
materialização da vontade do cidadão eleitor manifestada através da escolha de seus representantes 
políticos. O exercício da cidadania vai muito além disso, pois envolve, além do voto, a participação nos 
meios diretos de exercício da soberania (plebiscito, referendo e iniciativa popular de projetos de lei), 
inclusive a propositura da ação popular (art. 5°, LXXIII, CF/88). 
Pois bem, prezado aluno. Hora de eu reconhecer que essa nossa conversa introdutória (nos 
primeiros itens desse material) foi bastante densa e talvez represente a parte mais difícil do assunto 
“direitos políticos”. Para testar nosso conhecimento acerca desses pontos, que tal resolvermos juntos 
algumas questões? 
Questões para fixar 
[SELECON - 2018- SECITEC-MT - Técnico de Apoio Educacional] A Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988 decreta que o sistema político do país é de um Estado Democrático de Direito, no qual “todo 
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos”. Isto significa que a Constituição se 
firma no conceito de democracia: 
a) participativa, porque a população votante participa das eleições, elegendo os seus candidatos a 
presidente 
b) indireta, porque os cidadãos e as cidadãs votam indiretamente nos ministros do governo estadual 
c) direta, porque o povo elege por meio do voto secreto o presidente do Supremo Tribunal Federal 
d) representativa, porque o povo, que tem o direito a voto, elege seus representantes para os governos 
federais, estaduais e municipais. 
Comentário: 
Essa questão cobra o conhecimento de um ponto importantíssimo: afinal, nossa democracia é de que 
natureza? A democracia brasileira é do tipo semidireta ou representativa, pois, muito embora os cidadãos 
elejam terceiros para representá-los nos processos políticos decisórios, certos instrumentos próprios das 
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democracias direitas (referendo, plebiscito e iniciativa popular)também são adotados pelo nosso sistema 
constitucional, viabilizando a intervenção direta dos governados em certas deliberações dos governantes. A 
assertiva que deve ser assinalada nessa questão, portanto, é a ‘d’. Vamos procurar onde está o erro das 
demais? 
A alternativa ‘a’: o primeiro erro dessa afirmação está em afirmar ser a nossa democracia do tipo 
participativa; e o segundo em relacionar o exercício da democracia participativa à eleição de representantes. 
Democracia participativa é sinônimo de democracia direta, modelo este que permite aos cidadãos o 
exercício do poder político por meio de uma atuação direta, sem a necessidade de representantes eleitos. 
 Alternativa ‘b’: no Brasil, os Ministros/Secretários de governo de todas unidades da federação não são 
eleitos, mas escolhidos pelo chefe do Executivo respectivo, estando a ele subordinados (art. 84, I e II, CF/88). 
Ademais, conforme já explicitado nas explicações das assertivas anteriores, o Brasil adota o modelo de 
democracia semidireta (e não direta conforme afirmado erroneamente pela assertiva). 
Alternativa ‘c’: A democracia brasileira é, na verdade, do tipo semidireta e o Presidente do STF não é eleito 
pelo povo. Todos os membros da Corte Suprema são nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, pelo 
Presidente da República (art. 84, XIV, CF/88; ver também o art. 101, CF/88). 
Gabarito: D 
[Quadrix - 2018 - CRM-DF - Serviço Administrativo] Quanto aos direitos políticos na CF, julgue o item a 
seguir: 
No ordenamento jurídico brasileiro, o sufrágio se encerra com o direito, de todos os cidadãos, de votar em 
seus candidatos nas eleições gerais e regionais. 
Comentário: 
Em sua dimensão ativa, o sufrágio traduz-se no direito público subjetivo de eleger um representante político 
e em sua dimensão passiva no direito de ser eleito como representante político, vale dizer, de concorrer a 
um cargo eletivo. O sufrágio é um direito exclusivo do cidadão. Feitas essas breves considerações, note que 
a afirmativa está errada, pois o sufrágio não encerra o direito de votar, abrangendo também o direito de 
receber votos. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2017 - DPU - Defensor Público Federal] Acerca dos princípios do direito eleitoral e dos direitos 
políticos, julgue o item a seguir: 
No texto constitucional, os direitos políticos estão vinculados ao exercício da soberania popular, restritos, 
portanto, aos direitos de votar e de ser votado. 
Comentário: 
Item falso, exatamente porque os direitos políticos são mais amplos, abrangendo, inclusive, o direito de 
participar da construção da vida política do Estado de forma mais direta, por meio de plebiscitos, referendos 
e, até mesmo, subscrevendo um projeto de lei de iniciativa popular. 
Gabarito: Errado 
 
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E então? Achou as questões fáceis ou difíceis de responder? Espero que você não tenha 
enfrentado grandes dificuldades e que não restem dúvidas a respeito dessa etapa introdutória dos nossos 
estudos a respeito dos direitos políticos. Vamos seguir? Ainda há muito o que caminhar, caro aluno... 
(4) Direitos políticos – Artigos 14 a 16 da CF/88 
Os direitos políticos são espécies de direitos fundamentais, pois se encontram no Título II da 
Constituição Federal. 
São três os artigos que tratam do tema: o art. 14, o art. 15 e o art. 16. Ao invés de seguirmos a 
ordem posta no texto constitucional, iniciando com o art. 14, faremos uma inversão em nosso estudo. 
Em termos didáticos será mais interessante enfrentarmos primeiro o importante art. 16, que trata do 
princípio da anterioridade eleitoral; na sequência, falaremos do art. 15, que consagra as hipóteses nas 
quais pode haver a determinação de privação dos direitos políticos (nas modalidades perda e suspensão); 
e, só então, estudaremos o art. 14, com seus 11 parágrafos – neste ponto trataremos de vários tópicos 
relevantes, tais como: o exercício direto da soberania popular (por meio dos institutos do plebiscito, do 
referendo e da iniciativa popular para apresentação de projetos de lei), da alistabilidade, dos inalistáveis, 
da elegibilidade, da inelegibilidade absoluta, das inelegibilidades relativas, e, por fim, da ação de 
impugnação de mandato eletivo. 
O quadro posto abaixo vai lhe dar uma boa noção panorâmica daquilo que nos aguarda nos 
próximos itens: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(5) Art. 16, CF/88 – Princípio da Anterioridade (ou anualidade) 
Eleitoral 
Já ouviu falar nesse importante princípio, caro aluno? Está consagrado no art. 16, CF/88 e assim 
determina: 
A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
4, de 1993) 
Veja bem: é possível modificarmos as regras do ‘jogo eleitoral’, mas uma eventual lei (ou uma 
emenda constitucional) que alterar o processo eleitoral, apesar de entrar em vigor na data de sua 
publicação, só produzirá efeitos (isto é, só terá eficácia) nas eleições que ocorram após um ano da data 
de sua vigência. 
Em outras palavras: se uma lei (ou emenda constitucional) alterar o processo eleitoral, ela entrará 
em vigor (ingressará no ordenamento jurídico, ou seja, adquirirá vigência) logo que for publicada. Esta 
lei (ou esta EC), no entanto, só vai produzir efeitos (isto é, só vai valer efetivamente) depois que 
DIREITOS 
POLÍTICOS 
Art. 16, CF/88 
Art. 15, CF/88 
Art. 14, CF/88 
Princípio da anterioridade eleitoral 
Privação dos direitos políticos (perda e suspensão) 
Exercício direto da soberania popular (art. 14, Caput): 
Plebiscito; Referendo; Iniciativa popular para apresentação 
de PL 
Alistabilidade (art. 14, § 1º) 
Inalistáveis (art. 14, § 2º) 
Elegibilidade (art. 14, § 3º) 
Inelegibilidade absoluta (art. 14, § 4º) 
Inelegibilidades relativas (art. 14, §§ 5º, 6º, 7º, 8º, 9º) 
Ação de impugnação de mandato eletivo (art. 14, §§ 10, 11) 
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completar um ano de vigência. Isso significa que essa lei/EC nova só vai ser aplicada para as eleições que 
ocorram após o seu 1° ano de vigência. Assim, se uma eleição acontecer dentro desse período do 1° ano 
de vigência dela, as regras novas não terão incidência. 
Analise o esquema abaixo e note que, em razão de a Lei X ter sido publicada em novembro de 
2015, ela só completou um ano de vigência em novembro de 2016. Por esse motivo, não pôde ser aplicada 
à eleição que ocorreu em outubro de 2016 (pois estávamos dentro do 1° de vigência da lei nova). No 
entanto, essa Lei X passou a valer para todas as eleições que ocorreram após novembro de 2016, tanto 
que o esquema nos mostra a incidência dela na eleição seguinte, que aconteceu em outubro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para sairmos dos exemplos abstratos, vou ilustrar a aplicação do art. 16, CF/88 com duas leis que 
alteraram o processo eleitoral e foram recentemente editadas em nosso país: 
- Ex.1: A Lei 13.165/2015 ingressou no ordenamento jurídico em 29 de setembro. Por isso, a minirreforma 
eleitoral que essa lei efetivou valeu para as eleições de outubro de 2016. 
- Ex.2: As Leis nº 13.487/2017 e 13.488/2017 (outras duas minirreformas eleitorais) foram publicadas numa 
sexta-feira, no dia 06/10/2017, e valeram para as eleições do ano de 2018, que aconteceram no domingo, 
dia 07/10/2018. 
Bom, agora você deve estar se perguntando o porquê de essa regra ter sido instituída. Não é 
difícil notar que ela garante a estabilidade das normas que disciplinama disputa pelo poder político, 
impedindo alterações casuísticas realizadas no curso do processo eleitoral. O intuito então, parece-me 
claro: impedir que as regras do ‘jogo eleitoral’ sejam modificadas às vésperas do pleito, para beneficiar 
um grupo político específico. É a ideia da não surpresa! 
E dada a importância que esse princípio tem em nosso ordenamento, ele foi reconhecido pelo 
STF também como uma garantia fundamental individual do cidadão-eleitor, que protege as legítimas 
expectativas de todos os atores envolvidos no processo democrático, sejam eles candidatos ou eleitores. 
Publicação e 
vigência da Lei X 
Outubro/2016 Novembro/2016 
FOI aplicada 
1 ano de vigência 
Novembro/2015 
Completou 1 
ano de vigência 
Outubro/2018 
NÃO foi aplicada 
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E justamente por constituir uma garantia individual, a anterioridade eleitoral pode ser considerada uma 
cláusula pétrea (inscrita no art. 60, § 4°, IV, CF/88, não poderá ser restringida ou suprimida por emenda 
constitucional). 
Disse nossa Corte Suprema: 
ADI 3.685/DF, Rel. Min. Ellen Gracie: Quanto ao mérito, afirmou-se, de início, que o princípio da 
anterioridade eleitoral, extraído da norma inscrita no art. 16 da CF, consubstancia garantia individual 
do cidadão-eleitor – detentor originário do poder exercido por seus representantes eleitos (CF, art. 1º, 
parágrafo único) – e protege o processo eleitoral. Asseverou-se que esse princípio contém elementos 
que o caracterizam como uma garantia fundamental oponível inclusive à atividade do legislador 
constituinte derivado (CF, artigos 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV), e que sua transgressão viola os direitos 
individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV). 
Enfim, considerações já feitas, vamos nos divertir resolvendo questões sobre o tema! 
Questões para fixar 
[PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador do Estado] No recente julgamento do Supremo Tribunal Federal, 
conhecido como caso “ficha limpa”, a questão central da discussão baseou-se na interpretação do princípio 
da anualidade, o qual significa que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor: 
a) na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que se realize até um ano da data de sua vigência. 
b) um ano após a sua publicação e só se aplica à eleição realizada após a sua vigência. 
c) na data de sua publicação, com aplicação imediata. 
d) na data estipulada pelo Congresso Nacional, não será aplicada à eleição que se realize até um ano da data 
de sua vigência. 
e) na data estipulada pelo Superior Tribunal Eleitoral, não se aplicando à eleição que se realize até um ano 
da data de sua vigência. 
Comentário: 
A alternativa ‘a’ deve ser assinalada como correta, por refletir com precisão o disposto no art. 16 da CF/88. 
Afinal, a lei entra em vigor na publicação; mas não vale (não pode ser aplicada) em eleições que ocorram 
dentro do seu 1° ano de vigência. Fácil, não é. Vamos resolver outras. 
Gabarito: A 
[MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça - Adaptada] Julgue a seguinte afirmação sobre Direitos 
Políticos: 
A regra da anualidade em matéria eleitoral consagra regra especial de segurança jurídica em matéria 
eleitoral e foi reconhecida pelo STF como um direito fundamental à não surpresa no âmbito do processo 
eleitoral e cláusula pétrea. 
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Comentário: 
Item corretíssimo. Conforme estudamos, a nossa Corte Constitucional considerou a regra que estabelece a 
anualidade eleitoral (art. 16 da CF/88) como cláusula pétrea, por ser uma garantia individual fundamental à 
não surpresa quanto às regras da disputa eleitoral, que protege as legítimas expectativas de todos os atores 
envolvidos no processo democrático, sejam eles candidatos ou eleitores. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo] A respeito dos direitos e garantias fundamentais, julgue 
o item seguinte: 
A lei que alterar o processo eleitoral deverá entrar em vigor na data de sua publicação, não se aplicando os 
seus dispositivos à eleição que ocorrer em até um ano da data de sua vigência. 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Enfermagem - Adaptada] De acordo 
com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição 
que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
Comentário: 
Ambas as assertivas são verdadeiras, pois traduzem, com exatidão, o teor do art. 16, CF/88. 
Gabarito: Certo / Certo 
[CESPE - 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo - Cargo 2] No tocante aos direitos sociais e aos 
direitos políticos, julgue o seguinte item: 
A lei que altera o processo eleitoral deve entrar em vigor na data de sua publicação e ser aplicada à eleição 
seguinte, independentemente de quando esta ocorrer. 
Comentário: 
Notou o erro? A lei (ou a emenda constitucional) que alterar o processo eleitoral deve entrar em vigor na 
data de sua publicação sim, mas só será aplicada em eleição que ocorra depois de um ano que ela estiver em 
vigor, e não para a próxima eleição, independentemente de quando esta ocorrer. Item falso, portanto. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2016 - ANVISA - Técnico Administrativo - Conhecimentos Específicos] Com relação aos direitos e 
garantias fundamentais, julgue o item que se segue: 
Uma lei que altere o processo eleitoral e que seja editada no mesmo ano das eleições municipais poderá ser 
aplicada, desde que sua edição se dê, no mínimo, cento e oitenta dias antes do pleito eletivo. 
Comentário: 
Mais uma vez tentando lhe confundir com a questão do prazo de vacatio (de não eficácia) da lei que altera o 
processo eleitoral. Não vamos esperar só 180 dias após a publicação para aplica-la: teremos que esperar o 
prazo de 1 ano de vigência da norma para que ela adquira eficácia! A assertiva apresentada pelo CESPE, em 
conclusão, é falsa. 
 
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Gabarito: Errado 
[MS CONCURSOS - 2018 - SAP-SP - Analista Administrativo] Art. 16 da Constituição Federal: “A lei que 
alterar o processo eleitoral entrará em vigor ____________________, não se aplicando à eleição que ocorra 
até um ano da data de sua vigência”. 
Qual alternativa preenche a lacuna corretamente? 
A) de imediato 
B) na data de sua publicação 
C) no primeiro dia útil seguinte 
D) após três dias corridos 
E) em cinco dias úteis 
Comentário: 
Aqui foi fácil marcar a letra ‘b’, certo? Conforme preceitua o art. 16 da CF/88, A lei que alterar o processo 
eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência. 
Gabarito: B 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Conhecimentos Específicos] No que se refere 
às disposições constitucionais, julgue o item a seguir: 
Caso seja publicada e passe a viger em fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral poderá ser 
aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse mesmo ano. 
Comentário: 
Tal lei não poderá ser aplicada em outubro do mesmo ano em que foi editada, pois sua incidência só se dá 
depois de passado um ano de vigência. Portanto, se a lei foi publicada e passou a viger em fevereiro de 2018, 
ela somente poderá ser aplicada às eleições que ocorram após fevereiro de 2019. Pode marcar o item como 
falso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Conhecimentos Específicos] Julgue o 
item que se segue, no que concerneaos direitos e garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas 
constitucionais: 
A norma constitucional que consagra o princípio da anterioridade eleitoral não pode ser abolida por tratar-
se de uma garantia individual fundamental do cidadão-eleitor. 
Comentário: 
Excelente maneira de terminarmos as questões sobre o art. 16! Com um item verdadeiro, que retrata 
acertadamente a posição da nossa Corte Suprema sobre o tema. 
Gabarito: Certo 
 
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(6) Art. 15, CF/88 – Hipóteses de privação dos direitos políticos 
Vou começar este tópico lhe ensinando uma distinção doutrinária que pode vir a ser cobrada em 
sua prova. Os autores muito comumente diferenciam os direitos políticos em positivos e negativos: de 
um lado, os direitos políticos positivos garantem aos cidadãos o direito de participar no jogo 
democrático; de outro, os direitos políticos negativos impedem ou restringem essa participação. 
Mas porque eu lhe trouxe essa contraposição nesse momento da aula? Para lhe explicar que os 
direitos políticos negativos envolvem o estudo de dois tópicos: a privação (perda e suspensão) dos 
direitos políticos e as inelegibilidades. 
Enquanto as hipóteses de inelegibilidade encontram-se no art. 14, nos §§ 4° a 9° (e serão 
estudadas mais adiante), as situações que ocasionam a privação dos direitos políticos estão no art. 15 e 
serão por nós estudadas neste momento da aula. 
Começaremos, aliás, lendo o dispositivo em análise: 
Art. 15, CF/88: É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos 
de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado. 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Da leitura do caput a primeira coisa que você deve extrair é que o texto constitucional veda 
expressamente a cassação de direitos políticos, punição muito utilizada durante a ditadura militar para 
a perseguição de opositores políticos. A CF/88 veda de modo expresso essa cassação, pois retirar os 
direitos políticos de um indivíduo, sem conceder-lhe direito de defesa, por motivação exclusivamente 
ideológica, não é algo aceitável em uma democracia. 
Por outro lado, nossa Constituição permite que um indivíduo seja privado de direitos políticos, o 
que pode se dar por meio da determinação de perda (privação definitiva) ou de suspensão (privação 
temporária). 
Caso você esteja agora se perguntando em que casos do art. 15 teremos ‘perda’ e em que casos 
teremos ‘suspensão’, lhe peço para voltar uns parágrafos em nossa aula e reler o artigo em estudo. Notou 
que a Constituição Federal nada diz acerca desse ponto? Pois é. Então, ficou a cargo da doutrina 
identificar em que hipóteses teremos determinação de perda e em que situações será decretada a 
suspensão dos direitos políticos. 
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Com uma divergência doutrinária que sobrevive até hoje acerca da classificação do art. 15, IV (se 
é hipótese de perda ou de suspensão – lembrando que a doutrina majoritariamente se inclina para a 
segunda solução), poderíamos resumir o art. 15 da seguinte forma: 
 
Conversaremos agora sobre cada uma dessas hipóteses, inciso a inciso. 
(A) Art. 15, I- Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado: 
Essa hipótese de privação é considerada como sendo de perda dos direitos políticos. Vai atingir 
apenas o brasileiro naturalizado (nunca o nato!) que tenha sido condenado definitivamente por uma 
sentença judicial em razão da prática de atividade nociva ao interesse nacional. 
Como o art. 12, § 4º determina que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver 
cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, 
é fácil entender a razão de termos a perda dos direitos políticos nesse cenário. Ora, se o indivíduo deixa 
de ser brasileiro, porque sua naturalização foi cancelada, ele passará à condição de estrangeiro ou 
apátrida, perdendo, por isso seus direitos políticos. 
Nas questões de prova, o examinador tentará lhe confundir dizendo que a perda dos direitos 
políticos neste caso pode ser declarada por ato administrativo: já sabemos que ela só pode ser 
determinada por sentença judicial definitiva. Não vá errar isso em prova, ok? 
(B) Art. 15, II- Incapacidade civil absoluta: 
O ponto central aqui é você notar que a incapacidade civil deve ser absoluta e não relativa. Este 
será, usualmente, o aspecto exigido pelo examinador. 
HIPÓTESES DE PERDA E 
SUSPENSÃO DOS DIREITOS 
POLÍTICOS 
Hipótese de perda Art. 15, I
Hipóteses de 
suspensão
Art. 15, II
Art. 15, III
Art. 15, IV
Art. 15, V
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Outro detalhe relevante: atualmente, essa hipótese do inciso II está sem aplicabilidade, em 
virtude da entrada em vigor do Estatuto da pessoa com deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, 
que instituiu a Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência). Isso porque o referido estatuto 
alterou o art. 3° do código civil, de forma que atualmente não temos um cenário em que uma pessoa 
maior de idade possa ser declarada absolutamente incapaz. Para entender melhor, compare a redação 
antiga e a nova do art. 3°, CC: 
Redação anterior: 
Art. 3º, CC: “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I – os menores de dezesseis anos; 
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a 
prática desses atos; 
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
Redação atual: 
Art. 3º, CC: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(C) Art. 15, III- Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos: 
Note que aquele que for condenado criminalmente ficará com seus direitos políticos suspensos, 
mas não eternamente! A suspensão vai durar enquanto durarem os efeitos da condenação. 
E, de acordo com a súmula 9 do TSE, a suspensão de direitos políticos decorrente de condenação 
criminal transitada em julgado cessa (acaba) com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo 
de reabilitação ou de prova de reparação dos danos. 
Detalhe: como a condenação deve ser definitiva, os presos provisórios não estão com os direitos 
políticos suspensos, por isso a sociedade e o Estado têm se organizado para levar urnas aos presídios nas 
eleições. 
A notícia posta abaixo, referente às eleições que ocorreram em outubro de 2018, bem ilustra isso: 
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No mais, já quero lhe adiantar, caro aluno, algo que o seu examinador cobrará frequentemente, 
tentando lhe confundir! Olhe só: a suspenção dos direitos políticos só vai ser determinada se houver 
condenação criminal (e não cível ou trabalhista ou administrativa), definitiva (e não condenação 
recorrível), e ela só vale enquanto durarem os efeitos da condenação (e não para sempre). Assimilou? 
Então vamos para o próximo inciso. 
(D) Art. 15, V- Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º: 
Fique calmo, caro aluno! Eu não me esqueci do inciso IV não... Só vou deixa-lo para o final, pois 
ele traz uma polêmica. Vamosjá vencer o inciso V, que é significativamente mais simples. 
Segundo o dispositivo em análise, o condenado por improbidade administrativa ficará com seus 
direitos políticos suspensos pelo prazo determinado pela LIA (Lei de Improbidade Administrativa, que é 
a Lei nº 8.429/1992). Conforme prevê o seu art. 12, a suspensão dos direitos será determinada pela Justiça 
Comum e vai variar de três a dez anos, conforme a gravidade da infração cometida: 
(A) os atos que importem enriquecimento ilícito ensejam suspensão dos direitos políticos por oito a 
dez anos; 
(B) os atos que ocasionem prejuízo ao erário, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; 
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(C) os atos que atentam contra os princípios da administração pública, suspensão dos direitos políticos 
de três a cinco anos. 
(E) Art. 15, IV- Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII: 
Chegamos no inciso mais interessante e complexo do art. 15. 
Você que já estudou o art. 5°, VIII, que trata da escusa ou imperativo de consciência, sabe que 
ninguém será privado de direitos em razão de sua crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. 
No entanto, se o sujeito invocar essa crença religiosa ou convicção filosófica ou política para não cumprir 
uma obrigação legal a todos imposta, ele deverá cumprir prestação alternativa, fixada em lei. E se ele 
não cumprir tal prestação alternativa, aí sim, ficará privado de seus direitos políticos. 
A privação, portanto, exige que o indivíduo dê dois passos: 1°) ele não cumpre a obrigação legal, 
pois sua crença religiosa ou sua convicção filosófica ou política não permite; 2°) ele também não cumpre 
a prestação alternativa que o Estado fixou em lei. Só neste caso, em que os dois passos são dados, é que 
o indivíduo ficará sem seus direitos políticos. 
E se o Estado não editar a lei fixando a prestação alternativa? Hum, interessante pergunta. 
Vejamos: o indivíduo descumpre a obrigação legal (em razão de crença ou convicção), e gostaria de 
cumprir o serviço alternativo para não ficar privado dos seus direitos políticos, mas percebe que o Estado 
não editou a lei prevendo-o. E aí? Ora, o indivíduo não é culpado de o Estado não ter editado a lei com o 
serviço alternativo. Por essa razão, não ficará privado dos seus direitos. 
Bom, você deve ter notado que eu utilizei o termo genérico ‘privação’ o tempo todo na explicação. 
Isso para evitar já adentrar na polêmica doutrinária sobre ser o inciso IV uma hipótese de ‘perda’ ou de 
‘suspensão’. Aliás, essa seria a postura mais inteligente do examinador, que só deveria mencionar esse 
inciso como caso de ‘privação’, para não se comprometer em uma prova com essa polêmica doutrinária. 
O fato é que essa questão, até hoje, ainda divide os doutrinadores. Grande parte dos autores, 
aliás, se inclina no sentido de a hipótese ser de ‘perda’. No entanto, quando olhamos as leis que regulam 
cenários de privação de direitos políticos decorrentes do art. 15, IV, notamos que há menção ao fato de 
estarmos diante de uma suspensão. 
Vou exemplificar com dois casos: 
(i) Se alguém não atua no serviço do júri (obrigação legal imposta a todos), deve cumprir a prestação 
alternativa para não ficar privado de seus direitos políticos. Se não cumpri-la, diz o artigo 438 do Código 
de Processo Penal (CPP) que haverá a suspensão dos direitos. Veja: 
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A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa, filosófica ou política importará no dever 
de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o 
serviço imposto. (Grifos nossos). 
(ii) Nos termos do art. 143, CF/88, “O serviço militar é obrigatório nos termos da lei”. Imagine que um 
sujeito se recuse a presta-lo, alegando o imperativo de consciência? Bom, deverá cumprir o serviço 
alternativo, se não quiser ficar privado de direitos. Nos termos do art. 4°, §§ 1° e 2°, da Lei nº 8.239/1991, 
temos: 
§ 1º A recusa ou cumprimento incompleto do Serviço Alternativo, sob qualquer pretexto, por motivo 
de responsabilidade pessoal do convocado, implicará o não-fornecimento do certificado 
correspondente, pelo prazo de dois anos após o vencimento do período estabelecido. 
§ 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, o certificado só será emitido após a decretação, pela 
autoridade competente, da suspensão dos direitos políticos do inadimplente, que poderá, a qualquer 
tempo, regularizar sua situação mediante cumprimento das obrigações devidas. (Grifos nossos). 
Pois bem. Notou a complexidade da divergência? Autores dizem que é caso de perda, as leis 
indicam ser caso de suspensão... Por isso, o melhor cenário é aquele em que o examinador “não entra 
nessa bola dividida” e diz simplesmente que é caso de ‘privação’. 
E agora, prezado aluno, antes de passarmos à análise das questões sobre o artigo 15 e seus incisos, 
lhe proponho que você verifique o esquema1 estruturado a seguir, que resume o que comentamos até o 
presente momento: 
 
 
1. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 478. 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia - Adaptada] Acerca dos direitos e garantias fundamentais 
previstos na CF, julgue a assertiva: 
Embora a CF vede a cassação de direitos políticos, ela prevê casos em que estes poderão ser suspensos ou 
até mesmo perdidos. 
Comentário: 
Pode marcar como verdadeiro. De fato, nossa Constituição veda a cassação de direitos políticos, mas 
permite (no art. 15) que haja a determinação de privação deles. 
Gabarito: Certo 
[FCC - 2015 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário – Administrativa] Nos termos da disciplina 
constitucional dos direitos políticos: 
a) É possível a cassação dos direitos políticos, sua perda ou suspensão, que se dará nos casos de 
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; 
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a 
todos imposta ou prestação alternativa; improbidade administrativa. 
b) Não é admissível a cassação dos direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de 
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; 
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condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a 
todos imposta ou prestação alternativa; improbidade administrativa. 
c) A cassação dos direitos políticos só é permitida nos casos de improbidade administrativa, incapacidade 
civil absoluta e condenação por crime doloso. 
d) A perda ou a suspensão dos direitos políticos não é possível nos casos de improbidade administrativa e de 
incapacidade civil absoluta. 
e) O ordenamento jurídico constitucional brasileiro não admite a perda dos direitos políticos, mas apenas a 
respectiva suspensão. 
Comentário: 
Como a cassação é vedada pela Constituição, que só admite a privação dos direitos políticos (nas 
modalidades ‘perda’ e ‘suspensão’), vamos marcar como correta a letra ‘b’, que enuncia adequadamente as 
hipóteses trazidas pelo art. 15, CF/88. 
Gabarito: B 
[FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público] Segundo a Constituição Federal, é vedada a cassação dos direitospolíticos, admitindo-se a perda ou suspensão no caso de: 
A) procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. 
B) condenação criminal não transitada em julgado, mas com decisão condenatória proferida em segundo 
grau de jurisdição. 
C) cancelamento de naturalização por decisão administrativa. 
D) ausência de prestação de contas à Justiça Eleitoral. 
E) incapacidade civil absoluta. 
Comentário: 
A letra ‘e’ é nossa resposta, pois é a única assertiva que encontra amparo no art. 15 (no inciso II). As demais 
hipóteses narradas não ensejam a privação dos direitos políticos. No mais, repare: as letras ‘b’ e ‘c’ estão 
quase certas. Só não podem ser assinaladas porque a condenação criminal deve ser definitiva e o 
cancelamento da naturalização só pode se dar por sentença judicial definitiva. 
Gabarito: E 
[CESPE - 2017 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área Administrativa] A perda ou a suspensão dos direitos 
políticos do eleitor ocorrerá se: 
A) sua naturalização for cancelada por sentença transitada em julgado. 
B) for-lhe imposta condenação criminal, ainda que seja passível de recurso. 
C) ele completar setenta anos de idade. 
D) ele completar oitenta anos de idade. 
E) sobrevier-lhe, por qualquer motivo, incapacidade civil relativa. 
 
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Comentário: 
As letras ‘b’ e ‘e’ estão quase certas: a condenação criminal deve ser definitiva e a incapacidade civil deve ser 
absoluta. No mais, podemos marcar a letra ‘a’ como resposta, de acordo com o que prevê o art. 15, I. 
Gabarito: A 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa] De acordo com a Constituição Federal 
de 1988 (CF), a perda ou a suspensão dos direitos políticos se dará em caso de: 
A) condenação criminal por decisão de tribunal contra a qual caiba recurso. 
B) incapacidade civil relativa. 
C) condenação em ação de improbidade administrativa, nos termos da lei. 
D) cancelamento da naturalização por decisão judicial de primeira instância. 
E) condenação criminal por decisão judicial de primeira instância. 
Comentário: 
Essa foi fácil de marcar, correto? A letra ‘c’ é nossa resposta, consoante prevê o art. 15, V. as letras ‘a’ e ‘e’ 
estão erradas porque a condenação criminal deve ser definitiva. A letra ‘b’ está errada porque a incapacidade 
civil deve ser relativa. E, por fim, a letra ‘d’ é falsa pois o cancelamento da naturalização depende de decisão 
judicial definitiva. 
Gabarito: C 
[Quadrix - 2018 - CRP - 2º Região (PE) - Psicólogo Orientador - Fiscal - Adaptada] Acerca dos direitos 
políticos, julgue a assertiva: 
A CF autoriza cassação dos direitos políticos somente em hipóteses de condenação criminal e improbidade 
administrativa. 
Comentário: 
Comentário: 
Não, a Constituição não autoriza a cassação dos direitos políticos em nenhuma hipótese. Os casos listados 
pela banca são de privação (na modalidade suspensão) dos direitos políticos. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2018 - Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal] Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e 
um anos de idade no mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado condenação criminal 
contra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade. Considerando essa 
situação hipotética, julgue o item a seguir, com relação aos direitos políticos de Gilberto: 
O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação dos direitos políticos 
de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação. 
Comentário: 
Item falso, pois é caso de privação (na modalidade suspensão) dos direitos políticos. Ver o art. 15, III. 
Gabarito: Errado 
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[FGV - 2018 - MPE-AL - Técnico do Ministério Público – Geral] João praticou um crime e foi condenado, em 
sentença criminal transitada em julgado, a (10) dez anos de reclusão. Considerando a sistemática 
constitucional afeta à suspensão ou à perda dos direitos políticos, é correto afirmar que a referida 
condenação criminal acarreta: 
A) a suspensão dos direitos políticos por tempo equivalente ao dobro da pena privativa de liberdade. 
B) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo que venha a ser determinado pelo Juiz Eleitoral. 
C) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo determinado pelo Juiz que a proferiu. 
D) a suspensão dos direitos políticos enquanto a condenação produzir os seus efeitos. 
E) a perda definitiva dos direitos políticos. 
Comentário: 
Essa é fácil. Enquanto durarem os efeitos da condenação criminal definitiva, os direitos políticos do apenado 
ficarão suspensos (art. 15, III, CF/88). Certeza que você acertou e marcou a letra ‘d’! 
Gabarito: D 
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, 
julgue o item seguinte: 
O cancelamento da naturalização em razão de sentença transitada em julgado implica cassação dos direitos 
políticos. 
Comentário: 
A cassação de direitos políticos está expressamente vedada pelo art. 15, caput, CF/88. Em havendo o 
cancelamento da naturalização em razão de sentença transitada em julgado, teremos uma hipótese de 
perda dos direitos políticos. Item, portanto, falso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2017 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador Municipal - Adaptada] Acerca dos direitos e 
garantias fundamentais, julgue a assertiva: 
Após a condenação criminal transitada em julgado, os direitos políticos do infrator ficarão suspensos 
enquanto durarem os efeitos da referida condenação. 
Comentário: 
Perfeito, pode marcar como correto! Art. 15, III, CF/88. 
Gabarito: Correto 
[ESAF - 2013 - DNIT - Técnico Administrativo – Adaptada] Analise a assertiva abaixo: 
A incapacidade civil absoluta gera suspensão dos direitos políticos. 
Comentário: 
Item correto, consoante determina o inciso II do art. 15, CF/88. 
Gabarito: Certo 
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[FCC - 2018 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo - Tabatinga] 
Por razões de convicção política e filosófica, determinado indivíduo, brasileiro nato, de 21 anos, recusa-se a 
prestar serviço como jurado, para o qual havia sido convocado pelos órgãos competentes da Justiça, assim 
como deixa de votar nas eleições para Prefeito e Vereador do Município em que reside, realizadas em turno 
único. Nessas hipóteses, à luz da Constituição Federal: 
A) ambas as condutas são admissíveis, ficando o indivíduo sujeito à suspensão de seus direitos políticos 
apenas na hipótese de recusar-se igualmente ao cumprimento de prestação alternativa, fixada em lei. 
B) ambas as condutas são admissíveis, embora ocasionem desde logo a suspensão dos direitos políticos do 
indivíduo, enquanto perdurar a recusa ao cumprimento das obrigações em questão. 
C) nenhuma das condutas é admissível, uma vez que somente se autoriza a recusa ao cumprimento de 
obrigação legal a todos imposta por motivo de convicção religiosa. 
D) apenas a recusa à prestação de serviço como jurado é admissível, uma vez que a obrigatoriedade do voto 
aos maiores de 18 e menores de 70 anos é prevista no próprio texto constitucional, não se admitindo por 
essa razão a invocação de razão de consciência para escusar-se de seu cumprimento. 
E) apenas a recusa a votar é admissível, por se tratar do exercício de um direito, em que pese sujeitar o 
indivíduo à suspensão dos direitos políticos, diferentemente da prestação do serviço como jurado, 
estabelecido como um dever cívico, não admitindo por essa razão a invocação de razão de consciência para 
escusar-se de seu cumprimento.Comentário: 
Para responder a essa questão, devemos lembrar que o texto constitucional garante a todos o direito à 
escusa de consciência (art. 5º, VIII, CF/88) que, não implicará em privação de direitos, desde que o sujeito 
cumpra a prestação alternativa fixada em lei. Por isso, a nossa resposta está na letra ‘a’: as condutas são 
admissíveis, mas o sujeito que alega o imperativo de consciência deverá se submeter ao serviço alternativo 
estabelecido em lei se não quiser ficar privado de direitos políticos, nos termos do art. 15, IV, CF/88. 
Para fechar os comentários referentes à essa questão, note a clara e inequívoca opção da FCC em afirmar 
que neste caso, em havendo a alegação do imperativo de consciência somada ao não cumprimento da 
prestação alternativa estaremos diante de hipótese de suspensão dos direitos políticos. 
Gabarito: A 
[FCC - 2015 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Diligências e Apoio Administrativo] De acordo com o inciso VIII 
do artigo 5º da Constituição Federal, ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. A recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa nos termos do referido artigo: 
A) acarreta a suspensão temporária dos direitos políticos pelo prazo máximo de 5 anos. 
B) acarreta a perda dos direitos políticos. 
C) não acarreta penalidade no tocante aos direitos políticos tratando-se de situações distintas. 
D) acarreta a suspensão temporária dos direitos políticos pelo prazo máximo de 2 anos. 
E) acarreta a suspensão temporária dos direitos políticos pelo prazo mínimo de 2 anos e máximo de 3. 
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Comentário: 
Essa é uma interessante questão, em que a FCC claramente optou por considerar que a hipótese seria de 
perda. Pode marcar letra ‘b’ como nossa resposta. E note, caro aluno, que em todas as demais havia 
definição de prazo para a suspensão valer, o que é algo equivocado, pois a CF/88 não determina prazo para 
suspensão desse tipo (simplesmente porque a privação dos direitos se dará até que o sujeito resolva cumprir 
sua obrigação legal ou prestar o serviço alternativo). Bom, como a questão que foi resolvida antes dessa é 
mais recente, e nela a banca optou por considerar o inciso IV do art. 15 como hipótese de suspensão, sugiro 
que adotemos essa postura como mais correta. 
Gabarito: B 
[FCC - 2011 - TCE-SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria Jurídica] É causa de perda dos direitos 
políticos, conforme decorre da Constituição Federal de 1988: 
A) a incapacidade civil absoluta. 
B) a condenação criminal transitada em julgado. 
C) o cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado. 
D) a prática de ato de improbidade administrativa. 
E) a recusa de cumprimento de obrigação a todos imposta por motivo de crença religiosa. 
Comentário: 
A única hipótese de perda que temos está na letra ‘c’! A incapacidade civil absoluta, a condenação criminal 
transitada em julgado e a prática de ato de improbidade administrativa (letras ‘a’, ‘b’ e ‘d’) claramente são 
hipóteses de suspensão. 
No que se refere à letra ‘e’, para a privação se concretizar é preciso que o sujeito se recuse a cumprir 
obrigação a todos imposta por motivo de crença religiosa e também não cumpra a prestação alternativa. Por 
isso, com relação à esta questão não da para dizer se a FCC se posicionou ou não acerca da controvérsia (de 
o inciso IV do art. 15 ser hipótese de perda ou suspensão). 
Gabarito: C 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Técnico Socioeducativo - Administrativo] No que diz 
respeito a direitos e garantias fundamentais, assinale a alternativa correta: 
A) Qualquer cidadão é legitimado a ingressar com ação popular ou ação civil pública que vise anular ato 
lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento das custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
B) Os tratados internacionais que forem aprovados pelo Congresso Nacional serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
C) Considere que João seja jogador de futebol na Espanha e que, após alguns anos, lhe tenha sido imposta 
a naturalização pela lei espanhola para que continuasse a trabalhar. Nesse caso, optando-se pela 
nacionalidade espanhola, João perderá a nacionalidade brasileira. 
D) Suponha-se que Antônio seja oficial do exército há quinze anos e pretenda se candidatar a cargo eletivo. 
Nesse caso, mesmo como candidato, Antônio deverá afastar-se da atividade. 
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E) É hipótese de perda ou suspensão dos direitos políticos a recusa de cumprir obrigação imposta a todos ou 
prestação alternativa prevista em lei. 
Comentário: 
A banca foi inteligente nessa questão. Nossa resposta está na letra ‘e’, pois a recusa de cumprir obrigação 
imposta a todos ou prestação alternativa prevista em lei é hipótese de privação dos direitos políticos (agora, 
se a modalidade é de perda ou de suspensão, aí a divergência doutrinária persiste). 
Bom, para aproveitarmos a questão para reprisarmos outros temas, vejamos os erros das demais 
alternativas: 
- Letra ‘a’: temos a redação quase exata do art. 5°, LXIII, CF/88; o que destoou do texto constitucional e 
transformou o item em errado foi o acréscimo da expressão “ação civil pública”. 
- Letra ‘b’: os tratados internacionais que forem aprovados pelo Congresso Nacional só serão equivalentes 
às emendas constitucionais se forem aprovados pelo rito especial descrito no art. 5°, § 3°, CF/88. Do 
contrário, se forem aprovados pelo rito ordinário, terão status de norma supralegal. 
- Letra ‘c’: Não perderá a nacionalidade brasileira em razão de a aquisição de outra (a espanhola) ter sido 
fruto de uma imposição (ver art. 12, § 4°, II). 
- Letra ‘d’: O afastamento do candidato militar só deve ocorrer se ele possui menos de dez anos de atividade 
profissional, conforme determina o art. 14, § 8°, CF/88. 
Gabarito: E 
[Quadrix - 2018 - CRM-DF - Serviço Administrativo] Quanto aos direitos políticos na CF, julgue o item a 
seguir: 
A incapacidade civil absoluta acarreta a perda dos direitos políticos do interditado. 
Comentário: 
Falso! A incapacidade civil absoluta acarreta apenas a suspensão dos direitos políticos do interditado (art. 
15, II, CF/88). 
Gabarito: Errado 
 
(7) Art. 14, caput – Participação popular direta 
Os direitos políticos positivos estão diretamente relacionados à ideia de direitos de participação 
política. 
O sufrágio é a expressão concreta mais emblemática desses direitos, pois é por meio dele que os 
cidadãos escolhem seus representantes e participam, ainda que indiretamente, do jogo político. 
Mas será que podemos exercer a cidadania de outras formas, sem ser votando ou concorrendo a 
cargos políticos em eleições? Sem dúvida! O sufrágio é apenas um dos instrumentos de participação 
política ativa previstos no texto constitucional. Nossa CF/88 também contempla o plebiscito, o referendo 
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DIREITOS DE 
PARTICIPAÇÃO
(Direitos Políticos 
Positivos)
INDIRETA
Direito de 
Sufrágio
DIRETA
Plebiscito
Referendo
Iniciativa Popular
Ação Popular
Direito de organizar e 
participar de partidos 
políticos 
e a inciativa popular para apresentação de projetos de lei, sendo estes considerados instrumentos de 
participação democrática direta. 
Mas por qual razão o plebiscito, o referendo e a inciativa popularsão considerados direitos de 
participação democrática direta? Você sabe dizer, caro aluno? 
Para responder a essa indagação, primeiro precisamos recordar o principal traço característico da 
democracia direta. Nela o poder é exercido sem intermediários pelos cidadãos que se responsabilizam 
pelas decisões políticas e administrativas do Estado. 
Assim, o plebiscito, o referendo e a inciativa popular são considerados instrumentos de 
participação democrática direta pois permitem ao cidadão exercer a parcela do poder soberano que 
lhe cabe sem intermediários, deliberando diretamente sobre questões políticas ou administrativas do 
Estado. Nós já conversamos brevemente sobre esses pontos em nossas considerações introdutórias. 
Você já sabe que o plebiscito, o referendo e a inciativa popular estão previstos expressamente pela 
Constituição (art. 14, incisos I a III) como meios de participação democrática direta. José Afonso Silva, 
contudo, identifica outros meios que não se encontram nesse dispositivo como a ação popular (art. 5º, 
LXXIII, CF/88) e o direito de organizar e participar de partidos políticos (art. 17, CF/88). Cada um desses 
mecanismos democráticos será abordado a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(i) Plebiscito e referendo (art. 14, I e II, CF/88): as diversas semelhanças entre esses dois institutos 
permite que eles sejam estudados conjuntamente. A primeira semelhança é que ambos são mecanismos 
de consulta popular a respeito de matérias relevantes de natureza constitucional, legislativa (emendas 
constitucionais, leis, atos normativos etc.) ou administrativa (art. 2°, Lei 9.709/98). A diferença reside 
apenas no momento em que o eleitorado é chamado a se manifestar: o plebiscito é uma consulta prévia 
ao ato legislativo ou administrativo que se pretende produzir e o referendo é a consulta ulterior que se 
dá quando o ato já está pronto e acabado. 
A autorização para a realização de referendo e a convocação de plebiscito realizam-se mediante 
decreto legislativo, ato normativo expedido pelo Congresso Nacional (art. 49, XV, CF/88). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para organizar as informações que foram ditas acima, podemos afirmar que tanto o plebiscito 
quanto referendo são mecanismos legislativos de consulta popular acerca de matérias relevantes de 
natureza constitucional, legislativa ou administrativa. Diferenciam-se, contudo, em razão do momento 
em que os cidadãos são acionados: enquanto o plebiscito é convocado com anterioridade ao ato 
legislativo ou administrativo – cabendo aos cidadãos, por meio do voto, aprovar ou denegar o que lhes 
tenha sido submetido, o referendo é convocado com posterioridade ao ato legislativo ou administrativo, 
cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição da proposta apresentada pelo poder público. 
A seguir vamos conhecer dois exemplos reais que ilustram a utilização prática de cada um desses 
institutos: 
(i) Em 2018 os cidadãos de Petrópolis (RJ) foram convocados a se manifestar por meio de plebiscito sobre 
o uso de tração animal nos passeios turísticos por meio de charretes no município. A maioria dos eleitores 
votou pelo fim do transporte por charretes na cidade, por entender que os passeios submetem os animais 
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Realizado APÓS à 
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a maus-tratos. Após confirmação do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral, a proibição desse serviço 
foi determinada por decreto do Executivo. 
- Detalhe: já foram realizados outros plebiscitos no Brasil; este caso de Petrópolis é só um exemplo, ok? 
(ii) No ano de 2005, realizou-se em nosso país um referendo que convocou o eleitorado a se manifestar 
sobre a manutenção ou rejeição da proibição da comercialização de armas de fogo e munição em todo o 
território nacional prevista na Lei nº 10.826/2003 (ato normativo já aprovado!). A maioria votou pela 
rejeição da proibição prevista no referido diploma normativo, o que em outras palavras significa dizer 
que o eleitorado majoritariamente manifestou-se pela liberação do comércio de armas de fogo e 
munição no Brasil. A alteração aprovada, contudo, acabou não sendo realizada pelo Congresso Nacional 
e a proibição permanece vigente até os dias atuais, embora de tempos em tempos volte a ser discutida 
nos noticiários. 
Questões para fixar 
[CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência] Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue: 
Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebiscito é uma 
consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais. 
Comentário: 
Tudo correto quanto ao momento de usarmos um instituto e outro (plebiscito = consulta prévia; referendo 
= consulta quando o assunto já virou lei). Mas veja: está correta a afirmação de que o “referendo é uma 
consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei” (muito embora nós saibamos que o referendo 
não se presta apenas a essa finalidade); também está correto dizer que “plebiscito é uma consulta prévia aos 
eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais”, apesar de também neste caso esse instrumento não 
servir apenas para isso. Por isso, cuidado! O CESPE/CEBRASPE costuma considerar correta afirmativas que 
aparentemente estão incompletas. Mas para se habituar à linguagem própria dessa banca você precisa 
treinar bastante, o que vai diminuir as chances de vocês cair nessas armadilhas. 
Gabarito: Certo 
[FCC - 2015 - TCE-CE - Analista de Controle Externo-Auditoria Governamental] Sobre o mecanismos de 
controle social previstos pela Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que o: 
A) plebiscito deve ser realizado depois da aprovação do projeto de lei. 
B) plebiscito deve ser realizado depois da elaboração do projeto de lei para dar subsídios a sua elaboração. 
C) referendo deve ser realizado antes da aprovação do projeto de lei para dar subsídios a sua elaboração. 
D) referendo deve ser realizado depois da elaboração do projeto de lei. 
E) referendo deve ser realizado depois da aprovação do projeto de lei. 
 
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Comentário: 
Nos termos do art. 2°, § 2° da Lei 9.709/1998, o referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo 
ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição. Portanto, o Congresso autoriza a 
realização de um referendo depois que um determinado projeto já está aprovado. 
Gabarito: E 
[VUNESP - 2018 - Câmara de Campo Limpo Paulista - SP - Procurador Jurídico] A democracia representativa 
brasileira é suavizada com a presença, no nosso ordenamento jurídico, de mecanismos que são próprios das 
democracias diretas: plebiscito e referendo. A respeito desses dois mecanismos de participação popular, 
assinale a alternativa correta. 
A) É da competência exclusiva da Câmara dos Deputados autorizar referendo, por meio da edição de um 
decreto legislativo. 
B) O referendo é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo 
voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. 
C) O plebiscito pode ter seu trâmite iniciado pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de 
plebiscito subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional. 
D) É da competência exclusiva do Congresso Nacional convocar plebiscito. 
E) O plebiscito é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a 
respectiva ratificação ou rejeição. 
Comentário: 
Você deve marcar como resposta a letra ‘d’, já que a competênciapara convocação de plebiscito e 
autorização de referendo é mesmo exclusiva do Congresso Nacional. 
Gabarito: D 
[FCC - 2016 - AL-MS - Agente de Apoio Legislativo] Nos termos da Constituição Federal, a convocação de 
plebiscito é competência exclusiva: 
A) do Senado Federal. 
B) do Presidente da República. 
C) do Congresso Nacional. 
D) da Câmara dos Deputados. 
E) do Procurador-Geral da República. 
Comentário: 
Foi fácil marcar a letra ‘c’, correto? Nos termos do art. 49, XV, compete exclusivamente ao Congresso 
Nacional convocar plebiscitos e autorizar a realização de referendos. 
 
 
Gabarito: C 
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[CESPE - 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa] A Constituição Federal de 1988 
estabelece que “todo o poder emana do povo”, que pode exercê-lo diretamente. Nesse sentido, o 
instrumento constitucional que materializa uma consequência advinda do princípio invocado é o(a): 
A) plebiscito. 
B) filiação partidária. 
C) greve. 
D) alistamento militar. 
E) livre expressão da atividade intelectual. 
Comentário: 
O único instrumento de iniciativa popular direta descrito na questão está na letra ‘a’! 
Gabarito: A 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo] De acordo com a Constituição 
Federal, a soberania popular é exercida, nos termos da lei, por meio de instrumentos como: 
A) o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular e o voto direto e aberto. 
B) a iniciativa popular e o voto indireto e secreto. 
C) o sufrágio universal e o voto indireto e secreto. 
D) a iniciativa popular, o referendo e o voto indireto e aberto 
E) o plebiscito e o referendo. 
Comentário: 
Para você que já leu atentamente o art. 14, fica fácil marcar! E se você não tão cuidadosamente o artigo, 
façamos isso juntos agora: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa 
popular”. Nossa resposta está, portanto, na letra ‘e’. 
Gabarito: E 
[Cursiva - 2015 - CIS - AMOSC - SC - Técnico administrativo] Na Constituição Federal, art. 14, a soberania 
popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos 
termos da lei, mediante: 
A) plebiscito, referendo e iniciativa popular 
B) plebiscito, eleição e iniciativa popular 
C) plebiscito, referendo e eleição direta 
D) nenhuma alternativa correta 
Comentário: 
Marcou a letra ‘a’? Ótimo! 
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Gabarito: A 
 
(ii) Iniciativa popular para apresentação de projetos de leis (art. 14, III, CF/88): esse é um instrumento 
de participação direta da sociedade na produção normativa do Estado pois permite aos cidadãos dar 
início ao processo legislativo de lei ordinária ou de lei complementar, desde que o projeto seja subscrito 
por pelo menos um por cento do eleitorado nacional (só cidadãos podem assinar), distribuídos em pelo 
menos cinco estados-membros sendo que, em cada um dos estados-membros participantes não se pode 
reunir menos que três décimos por cento do número total de eleitores de cada um deles (art. 61, § 2°, 
CF/88). 
Verifique se o esquema posto abaixo lhe auxilia na memorização dos rigorosos requisitos 
constitucionalmente postos para apresentação de projeto de lei de iniciativa popular: 
 
Obtidas as assinaturas necessárias, o projeto deve ser apresentado na Câmara dos Deputados, 
onde terá início o seu trâmite (a Câmara, obrigatoriamente, será a Casa Legislativa). É importante 
destacar que o Congresso Nacional não estará obrigado a aprovar o projeto, sendo livre, inclusive, para 
realizar modificações (afinal, o Legislativo é um Poder independente!). 
A iniciativa popular para apresentação de projetos de leis também pode ocorrer no âmbito das 
Assembleias Legislativas do Estados-membros, cabendo à lei dispor sobre o processo legislativo estadual 
neste caso (art. 27, § 4°, CF/88). No Município também existe iniciativa popular para apresentação de 
projetos de lei, conforme prevê o art. 29, XIII, CF/88. Vejamos os artigos: 
- Art. 27, § 4º, CF/88: A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. 
- Art. 29, CF/88: O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo 
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos 
os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes 
preceitos: 
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XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, 
através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela 
Emenda Constitucional nº 1, de 1992). 
Como último comentário antes de começarmos a resolver questões sobre o assunto, saiba que o 
STF já firmou o entendimento no sentido da inexistência de iniciativa popular para a apresentação de 
PEC. Subsiste divergência doutrinária, mas a Corte segue pacífica no entendimento de que os 
legitimados à provocação do Congresso Nacional para apresentação de proposta que vai alterar 
formalmente dispositivos da CF/88 são aqueles enunciados taxativamente nos incisos I a III do artigo 60 
(e este dispositivo não prevê a iniciativa popular). 
Questões para fixar 
[IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] A iniciativa popular pode 
ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 
[..............................] do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por [..............] Estados, com não menos 
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles: 
A) Três por cento; oito. 
B) Um por cento; cinco. 
C) Dois por cento; sete. 
D) Cinco por cento; dez. 
Comentário: 
Comentário: 
Fácil marcar a letra ‘b’, certo? Um por cento do eleitorado nacional (o que hoje corresponde à, 
aproximadamente, 1 milhão e 400 mil assinaturas), distribuído em, pelo menos, cinco Estados. 
Gabarito: B 
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Administrativo] A iniciativa popular é uma forma de participação popular 
e um direito político consistente na possibilidade de: 
A) opinar sobre projetos de lei a serem votados pelo Congresso Nacional em matérias polêmicas, assim 
consideradas as que obtenham aprovação por quórum qualificado em ambas as casas legislativas. 
B) decidir, de forma vinculante, sobre lei já aprovada pelo Congresso Nacional, desde que aprovada por dois 
terços dos senadores. 
C) apresentar, à Câmara dos Deputados, projeto de lei, desde que subscrito por, no mínimo, um por cento 
do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
D) revogar mandato eletivo de parlamentar, federal ou estadual, desde que não tenha havido procedimento 
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relativo a falta por ele praticada na casa legislativa de origem. 
E) apresentar, ao Senado Federal, projeto de lei ordinária ou complementar subscrito por, no mínimo, cinco 
décimos por cento do eleitorado nacional. 
Comentário: 
Olha que ótima questão! A iniciativa popular é uma forma de participação popular que consiste na 
apresentação de projetos de lei na Câmara dos Deputados. A letra ‘c’ é nossa resposta! 
Gabarito: C 
[CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo]Acerca da organização político-administrativa e da 
administração pública, julgue o próximo item: 
Não há previsão constitucional para a iniciativa popular de leis no processo legislativo estadual. 
Comentário: 
Depois que você leu o art. 27, § 4°, CF/88, marcar este item como falso é fácil. 
Gabarito: Errado 
[FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública] O processo legislativo é o conjunto de regras 
procedimentais tendentes a regulamentar a elaboração das espécies normativas. A soberania popular é 
exercida de várias formas, como através da iniciativa popular. Sobre o instituto, a Constituição Federal 
prevê: 
A) que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, um por cento da população nacional. 
B) que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado nacional. 
C) somente a iniciativa popular em nível federal, razão pela qual não é possível em âmbito estadual e 
municipal, pois em matéria de processo legislativo, a competência para legislar é da União, nos limites 
previstos na Constituição. 
D) somente a iniciativa popular em nível federal, e a omissão sobre a possibilidade de iniciativa popular em 
nível estadual e municipal não significa a impossibilidade de tal ocorrer, pois as Constituições Estaduais e 
Leis Orgânicas Municipais podem dispor sobre a matéria, pelo princípio do paralelismo ou simetria. 
E) a possibilidade de iniciativa popular em âmbito municipal, através de projetos de lei de interesse 
específico do Município, da cidade ou de bairros, com manifestação de, pelo menos, cinco por cento do 
eleitorado. 
Comentário: 
Depois da leitura do art. 61, §2º da CF/88 (em associação com o art. 27, §4º e o art. 29, XIII), marcar a letra ‘e’ 
como resposta fica fácil! 
Gabarito: E 
 
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(iii) Propositura de ação popular (art. 5º, LXXIII, CF/88): outra forma de participação democrática 
direta é a ação popular, que pode ser proposta exclusivamente pelo cidadão – indivíduo nacional que 
está no pleno gozo dos direitos políticos – para a tutela do patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural, 
mediante a anulação do ato lesivo. Através desse mecanismo, o cidadão exerce diretamente a soberania 
popular, pois não busca a defesa de interesses particulares, mas a proteção da coisa pública. 
A comprovação da cidadania pelo autor desta ação deve ser feita no momento da propositura, 
através da apresentação do título eleitoral ou documento correspondente (§ 3º do art. 1º da Lei nº 
4.717/1965). 
(iv) Direito de organizar e participar de partidos políticos (art. 17, CF/88): não é difícil imaginar qual o 
motivo desse direito ser considerado um instrumento de participação democrática direta. É no âmbito 
dos partidos políticos que ocorre a seleção dos futuros candidatos que vão participar do processo eleitoral 
que dará concretude à nossa democracia representativa. 
No Brasil, atualmente, candidaturas avulsas não são admitidas, de modo que para que possa 
disputar mandatos eletivos, o cidadão deve filiar-se a um partido. Isto porque o art. 14, § 3º, inciso V, da 
Constituição Federal estabelece a filiação partidária como condição de elegibilidade. 
Para finalizar este tópico, vou destacar, ainda, um outro mecanismo de participação democrática 
direta que, muito embora não tenha sido adotado pela Constituição Federal de 1988, é eventualmente 
cobrado em provas. Trata-se do recall, mecanismo presente na democracia dos EUA e utilizado para 
convocar os cidadãos a se manifestar sobre a manutenção ou a revogação de determinado mandato 
político ou administrativo conferido a alguém. 
Em outras palavras, o recall é um meio de participação popular direta em que os cidadãos dizem 
se estão ou não satisfeitos com o mandato de certo representante eleito. No caso de a desaprovação 
ser comprovada nas urnas, o mandatário é destituído de seu cargo. José Afonso Silva chama esse 
instrumento de “revocação popular”. 
Agora, vamos às perguntas. 
 
 
 
 
 
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Questões para fixar 
[FUNCAB - 2013 - PC-ES - Delegado de Polícia] São direitos políticos positivos: 
I. De votar (inclusive em plebiscitos e referendos) e ser votado. 
II. Inelegibilidade e de organizar e participar de partidos políticos. 
III. Perda e suspensão dos direitos políticos. 
IV. De propor ação popular e de exercer a iniciativa popular. 
Estão corretos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) II e III. 
C) I e IV. 
D) I, II e IV. 
E) II, III e IV. 
Comentário: 
De acordo com o que estudamos até aqui, os direitos políticos positivos instrumentalizam a participação 
política dos cidadãos na formação da vontade do Estado. Essa participação política pode se dar de forma 
indireta, através do direito de sufrágio, ou de forma direta, através do plebiscito, do referendo e da inciativa 
popular (art. 14, incisos I a III, CF/88), e ainda, por meio da propositura da ação popular (art. 5º, LXXIII, CF/88) 
e do direito de organizar e participar de partidos políticos (art. 17, CF/88), conforme leciona o professor José 
Afonso Silva. Concluímos, com essas considerações, que apenas as afirmações contidas nos itens I e IV estão 
corretas e que é a alternativa ‘c’ que deve ser assinalada. Vale pontuar, ainda, que tanto as inelegibilidades, 
quanto a perda e suspensão dos direitos políticos (mencionadas nos itens II e III) são institutos pertencentes 
aos direitos políticos negativos, os quais serão estudados mais adiante. 
Gabarito: C 
[IBFC 2014 - TRE-AM - Analista Judiciário] Com relação aos instrumentos de democracia semidireta ou 
participativa, analise o seguinte o enunciado, a seguir, e assinale a alternativa a que se refere à seguinte 
assertiva: “é convocado(a) com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo 
voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido”: 
A) Lei de iniciativa popular. 
B) Referendo. 
C) Recall. 
D) Plebiscito. 
Comentário: 
Eis aqui uma questão fácil. Acredito que a esta altura você não teve dificuldades para assinalar a alternativa 
‘d’ como resposta. O interessante é que em uma prova de analista judiciário, o recall apareceu entre as 
alternativas, apesar de não ser um instituto adotado por nossa democracia. Você verá nas próximas 
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questões que ele será novamente cobrando, contudo, em provas de carreiras que exigem o conhecimento 
de um conteúdo um pouco mais denso. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto] Assinale a opção que indica o instrumento da democracia 
direta ou participativa que constitui consulta popular ao eleitorado sobre a manutenção ou revogação de 
um mandato político: 
a) impeachment 
b) referendo 
c) plebiscito 
d) recall 
Comentário: 
Essa questão recentíssima é muito interessante. Para achar a alternativa correta, primeiro vamos responder 
à seguinte pergunta: nossa ordem constitucional prevê de algum instrumento da democracia direta 
consistente na consulta popular ao eleitorado sobre a manutenção ou revogação de um mandato político? 
A resposta é negativa. Você já sabe que os únicos mecanismos próprios das democracias diretas de que 
dispomos são o plebiscito, o referendo, a inciativa popular (art. 14, incisos I a III, CF/88), e ainda, a ação 
popular (art. 5º, LXXIII, CF/88) e o direito de organizar e participarde partidos políticos (art. 17, CF/88). 
Portanto, só nos restam como possíveis respostas as assertivas ‘a’ e ‘d’. O impeachment também pode ser 
descartado, pois não é um instrumento de participação democrática direta, mas um processo jurídico-
político através do qual busca-se a responsabilização do Presidente da República por cometimento de crime 
de responsabilidade. Por exclusão, achamos a reposta: letra ‘d’. Recall, portanto, é um instrumento da 
democracia direta ou participativa que constitui consulta popular ao eleitorado sobre a manutenção ou 
revogação de um mandato político. Vale lembrar que esse instituto é adotado pela democracia norte-
americana (não pela brasileira). 
Gabarito: D 
[FUMARC - 2009 - DPE-MG - Defensor Público] Dentre os instrumentos da democracia semidireta, aquele 
que consiste em consulta à opinião do eleitorado sobre a manutenção ou a revogação do mandato político 
ou administrativo conferido a alguém, denomina-se: 
a) Impeachment 
b) Plebiscito. 
c) Referendo. 
d) Recall. 
Comentário: 
Vejam que essa questão é quase idêntica à anterior. Apesar de ter sido elaborada por uma banca diferente, 
da prova ser para uma carreira diferente, da diferença de tempo de aplicação entre elas ser de dez anos, 
parece que a questão de 2019 foi copiada diretamente dessa aqui, com apenas uma alternância na ordem 
das alternativas. Por isso, meu caro aluno, reitero a necessidade de resolver questões anteriores, pois os 
temas se repetem demais!! Afinal, se algum dos candidatos da magistratura de Bahia de 2019 treinou e 
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respondeu antes da sua prova a essa questão de 2009, ele certamente não teve dificuldade de marcar de 
forma certeira a alternativa ‘d’ como resposta. 
Gabarito: D 
 
(8) Art. 14, § 1° - Alistamento eleitoral 
Os direitos políticos constituem, sem dúvida, o eixo central das democracias. São eles que 
fornecem aos cidadãos os instrumentos que viabilizam sua participação na vida política do país e na 
formação da vontade estatal. Tal importância é evidenciada inclusive pelo texto constitucional ao 
assegurar, no art. 5º, LXXXVII, a gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania e ao qualificar 
como cláusula pétrea o exercício do voto direto, secreto, universal e periódico (art. 60, § 4º, IV, CF/88). 
A titularidade dos direitos dos direitos políticos, já sabemos, pertence exclusivamente aos 
cidadãos. Eles são adquiridos através do alistamento eleitoral. Ao alistar-se, o indivíduo passa a gozar 
de capacidade eleitoral ativa que viabiliza o exercício do direito subjetivo público de eleger seus 
representantes, participando (via representação) do processo político e das ações governamentais. 
Alistamento eleitoral, portanto, é o ato por meio do qual o indivíduo habilita-se ao pleno 
exercício da cidadania, inscrevendo-se como eleitor perante Justiça Eleitoral. É o que o torna apto a 
exercer a capacidade eleitoral ativa. 
No Brasil, tanto o alistamento eleitoral quanto o voto são obrigatórios para os brasileiros 
alfabetizados maiores de dezoito e menores de setenta anos (art. 14, § 1º, I, CF/88). 
Por outro lado, o alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta 
anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade (art. 14, § 1º, II, CF/88). Analise o 
esquema2 abaixo: 
 
2. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 469. 
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Agora, um detalhe importante: pode uma Emenda Constitucional pôr fim à obrigatoriedade, 
transformando o voto em facultativo para todas as pessoas. Isto porque a obrigatoriedade é uma 
característica não petrificada do voto (as características do voto que são consideradas cláusulas pétreas, 
isto é, que não podem ser restringidas ou suprimidas, estão listadas no art. 60, § 4º, II, CF e estruturadas 
no esquema3 abaixo). 
 
 
Bom, futuro servidor público, animado para as questões? Aí estão: 
 
3. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 465. 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2011 - MEC - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos] No que se refere ao direito 
constitucional, julgue o item a seguir. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que empregada, 
refere-se à Constituição Federal de 1988: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos. 
[CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador] Acerca dos direitos 
e garantias fundamentais estabelecidos na CF, julgue o item seguinte: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos de idade. 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo - Técnico de Enfermagem] A 
respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de 60 anos. 
Comentário: 
Todas as três assertivas são falsas. E pelo mesmo motivo: o examinador trocou o 70 anos por 60 anos, na 
esperança de que você vá confundir a idade. Nunca! 
Gabarito: Errado / Errado / Errado 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos Políticos, 
julgue a assertiva: 
O voto é facultativo para os analfabetos e os maiores de setenta anos. 
[CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual] A propósito do que dispõe a Constituição 
Federal acerca dos direitos políticos dos analfabetos, julgue o item a seguir: 
O voto não é obrigatório para os analfabetos. 
Comentário: 
Aqui temos duas assertivas verdadeiras! O voto é facultativo, ou seja, não obrigatório, para os analfabetos. 
Gabarito: Certo / Certo 
[INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico - Adaptada] Os direitos políticos foram frutos de 
diversas lutas sociais para que os cidadãos pudessem participar da vida política do Estado. Entretanto, estes 
direitos são concedidos através de alguns requisitos apontados na Constituição Federal. 
No que se refere a esses direitos e aos requisitos exigidos para o exercício dos direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
O voto é facultativo para os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos. 
Comentário: 
Erro derivado da idade. A facultatividade se inicia aos 70 anos, não aos 65. 
Gabarito: Errado 
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[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa] O alistamento eleitoral e o voto são 
obrigatórios para: 
A) maiores de setenta e cinco anos de idade. 
B) maiores de dezoito anos de idade. 
C) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade. 
D) analfabetos. 
E) maiores de setenta anos de idade. 
Comentário: 
Pode assinalar a letra ‘b’: o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos! 
Gabarito: B 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa] Ao ser procurada para responder 
pesquisa relativa às eleições estaduais, Maria Lúcia, professora aposentada, então com sessenta e seis anos 
de idade, recusou-se a responder aos questionamentos e alegou que, por ser idosa, não era mais obrigada a 
votar. Assim, afirmou que, como tem a intenção de utilizar essa prerrogativa,sua opinião quanto aos 
candidatos não seria relevante à pesquisa. 
Nessa situação hipotética, à luz da Constituição Federal de 1988, o entendimento de Maria Lúcia está: 
A) correto, porque a sua idade faz presumir a incapacidade civil absoluta, o que acarreta a perda de direitos 
políticos. 
B) correto, tendo em vista que a sua situação de idosa lhe garante o voto facultativo. 
C) correto, porque a aposentadoria torna seu voto facultativo. 
D) equivocado, porque o voto é facultativo apenas para os analfabetos. 
Comentário: 
Para Maria Lúcia, com 66 anos, o voto ainda não é facultativo. Pode marcar a letra ‘d’, pois o voto é 
facultativo para os analfabetos. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Conhecimentos Específicos] Julgue o item 
subsequente, relativos a alistamento e domicílio eleitoral: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para analfabetos, portadores de necessidades especiais, 
maiores de setenta anos de idade e para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade. 
Comentário: 
Portadores de necessidades especiais não foram listados pelo art. 14, § 1° como sujeitos para quem o 
alistamento e o voto são facultativos. O item, portanto, é falso. 
 
Gabarito: Errado 
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[FGV - 2018 - TJ-SC - Oficial da Infância e Juventude] José pretendia concorrer ao cargo de vereador e foi 
informado de que deveria possuir direitos políticos. Por desconhecer como poderia cumprir essa exigência, 
solicitou a orientação de um advogado. À luz da sistemática constitucional, o advogado informou, 
corretamente, que esse requisito é cumprido: 
A) apenas com o nascimento no território brasileiro; 
B) com a aquisição da nacionalidade brasileira; 
C) com a realização do alistamento eleitoral; 
D) com a impetração do mandado político; 
E) com o pagamento da taxa eleitoral. 
Comentário: 
Letra ‘c’ é nossa resposta. José deve, primeiro, se alistar como eleitor. 
Gabarito: C 
[AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora-MG - Auditor Fiscal) De acordo com as disposições insculpidas 
pelos dispositivos constitucionais, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos. Nesse sentido e relativamente à obrigatoriedade do 
alistamento eleitoral e do voto, a Constituição Federal determina que o alistamento eleitoral e o voto são 
obrigatórios para os: 
a) maiores de dezesseis anos. 
b) maiores de dezoito anos. 
c) maiores de vinte e um anos. 
d) analfabetos. 
e) maiores de setenta anos. 
Comentário: 
Como o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos, pode assinalar a 
letra ‘b’ como resposta! 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
 
 
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(9) Art. 14, § 2° - Inalistáveis 
Inalistável é aquele que não pode se alistar como eleitor, isto é, não poderá exercer a capacidade 
eleitoral ativa. 
Nosso texto constitucional proíbe expressamente o alistamento dos conscritos (que são aqueles 
brasileiros que estão prestando serviço militar obrigatório) e dos estrangeiros (art. 14, § 2º, CF/88). 
Esquematicamente4 temos: 
 
 
Muito cuidado, no entanto, com os “quase-nacionais”, que são os portugueses equiparados aos 
brasileiros naturalizados. Estes poderão alistar-se sem que tenham que se submeter a qualquer 
procedimento de naturalização (art. 12, § 1º, CF/88). Em outras palavras: são estrangeiros, mas, como 
recebem tratamento equiparado ao de um brasileiro naturalizado, podem se alistar como eleitores, se 
desejarem. 
Teoria apresentada, hora de resolvermos questões. Começaremos com três que são muito 
similares: 
Questões para fixar 
[CESPE - 2016 - TCE-PA - Conhecimentos Básicos- Cargos 4, 5 e de 8 a 17] No que diz respeito à disciplina 
constitucional relativa aos direitos políticos, julgue o item seguinte: 
A alistabilidade, que se refere à capacidade do indivíduo de ser eleitor, com direito de participar da escolha 
dos mandatários, é vedada aos estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, aos 
conscritos. 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo - Técnico de Enfermagem] A 
respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os 
conscritos. 
 
4. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 6ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2018, p. 470. 
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[INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico - Adaptada] Os direitos políticos foram frutos de 
diversas lutas sociais para que os cidadãos pudessem participar da vida política do Estado. Entretanto, estes 
direitos são concedidos através de alguns requisitos apontados na Constituição Federal. No que se refere a 
esses direitos e aos requisitos exigidos para o exercício dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
Os estrangeiros não podem alistar-se como eleitores. 
Comentário: 
Em todos os três itens temos afirmações verdadeiros, porque absolutamente conformes ao disposto no art. 
14, § 2°, CF/88! 
Gabarito: Certo / Certo / Certo 
[CESPE - 2014 - PGE-BA - Procurador do Estado] Acerca dos direitos políticos, julgue o item a seguir: 
Não são alistáveis como eleitores nem os estrangeiros nem os militares. 
Comentário: 
Estrangeiros, de fato, não são alistáveis (art. 14, § 2°). Mas os militares são, com exceção dos conscritos. 
Item, portanto, falso. 
Gabarito: Errado 
[Quadrix - 2018 - CRP - 2º Região (PE) - Psicólogo Orientador - Fiscal - Adaptada] Acerca dos direitos 
políticos, julgue a assertiva: 
Podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os conscritos, mesmo durante período de serviço militar 
obrigatório. 
Comentário: 
Estrangeiros não são alistáveis. Tampouco os conscritos, durante o serviço militar obrigatório. Assim, a 
assertiva deve ser assinalada como falsa! 
Gabarito: Errado 
 
(10) Art. 14, § 3° - Elegibilidade 
Quanto à capacidade eleitoral passiva (direito de o cidadão receber votos e se eleger para um 
cargo eletivo) saiba, meu caro aluno, que existem vários requisitos que devem ser atendidos pelo 
brasileiro que quiser exerce-la, chamados de condições de elegibilidade. 
A seguir, vamos conhecer os seis requisitos constitucionais genéricos, previstos no art. art. 14, § 
3º, que devem ser atendidos pelo indivíduo que pretenda adquirir a capacidade eleitoral passiva. São eles: 
1. Ter a nacionalidade brasileira 
- Sobre este requisito, tenho uma observação a fazer. Lembre-se que o português equiparado ao 
brasileiro naturalizado (figura presente no art. 12, § 1°, CF/88) pode se alistar e se eleger, salvo para os 
cargos privativos de brasileiros natos enunciados no art. 12, § 3º, CF). Note, pois, que esse português é 
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um estrangeiro, mas, como é tratado de forma equiparada ao brasileiro naturalizado, poderá exercer 
direitos políticos em nosso país. 
2. Estar em pleno exercício dos direitos políticos 
- Não pode haver a incidência de nenhuma das hipóteses de privação dos direitos políticos que estão 
descritas no art. 15, CF/88 
3. Ter se submetido ao alistamento eleitoral 
- Não existe a chance de um inalistável se eleger! Todo elegível deve ser, necessariamente alistável. Em 
outras palavras: quem não pode votar,não pode ser votado. 
4. Possuir domicílio eleitoral na circunscrição na qual deseja concorrer nas eleições 
- Para começar, saiba que o conceito de domicílio eleitoral não se confunde com o de domicílio civil, do 
art. 70 do Código Civil, que estabelece que domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela reside (critério 
objetivo) com animus definitivo (critério subjetivo). De modo mais flexível, para a caracterização de 
domicílio eleitoral leva-se em conta o lugar onde o interessado tem vínculos políticos, ou sociais, ou 
econômicos, ou financeiros, ou familiares. 
- No mais, diz o art. 9º, Lei nº 9.504/1997: “Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir 
domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida 
pelo partido no mesmo prazo. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017). Parágrafo único. Havendo 
fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de 
filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. 
5. Estar filiado a um partido político 
- Mesmo que o texto constitucional (no art. 14, § 3°, V) e o Código Eleitoral (art. 87, da Lei nº 4337/1965) 
já exijam expressamente a filiação partidária como condição de elegibilidade, ainda assim a Lei nº 
13.488/2017 acrescentou o § 14 ao art. 11 da Lei nº 9.504/97 (Lei Geral das Eleições) proibindo 
expressamente as candidaturas avulsas. Veja: “Art. 11 (...) § 14. É vedado o registro de candidatura avulsa, 
ainda que o requerente tenha filiação partidária”. 
6. Contar com a idade mínima exigida para cargo, que será de: 
- 18 anos para Vereador; 
- 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
- 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
- 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador. 
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- Saiba, ainda, estimado aluno, que o art. 11, § 2º, da Lei nº 9.504/1997 dispõe que: “A idade mínima 
constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a 
data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese em que será aferida na data-limite para o 
pedido de registro” (o trecho em itálico foi acrescentado em 29.09.2015, pela Lei n° 13.165/2015). 
- Portanto, com exceção do vereador, que deverá comprovar a idade mínima de 18 anos na data limite 
da apresentação do seu registro de candidatura, os demais só precisam comprovar que preenchem o 
requisito da idade mínima na data da posse. 
Bom, preenchendo todos esses requisitos o indivíduo poderá se candidatar a um cargo público. A 
aquisição da capacidade eleitoral passiva, todavia, exige ainda que o candidato não incida nas chamadas 
inelegibilidades, assunto que será estudado mais adiante. 
E agora que vencemos mais um ponto da nossa aula, você já sabe: descanso! Brincadeira rs. 
Faremos algo bem melhor para seu futuro: resolveremos questões! 
 
Questões para fixar 
[AOCP - 2015 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa] NÃO constitui condição de elegibilidade 
prevista na constituição: 
a) a quitação eleitoral 
b) o pleno gozo dos direitos políticos. 
c) a filiação partidária. 
d) a nacionalidade brasileira, nativa ou naturalizada. 
e) a idade mínima para o cargo em disputa. 
18 anos
• Vereador
21 anos
• Prefeito/Vice
• Deputado (F, E,
D)
• Juiz de paz
30 anos
• Governador/
Vice
35 anos
• Presidente/
Vice
• Senador
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Comentário: 
Temos várias condições de elegibilidade enunciadas pela questão, menos na letra ‘a’! Pode marca-la. 
Gabarito: A 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos Políticos, 
julgue a assertiva: 
É condição de elegibilidade, na forma da lei, o pleno exercício dos direitos políticos. 
Comentário: 
Item verdadeiro! 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa] Vincent, cidadão holandês naturalizado 
brasileiro, conseguiu, por determinação judicial definitiva, o cancelamento de sua naturalização e, então, 
regressou à Holanda. Tempos depois, já com trinta e dois anos de idade, ele foi convidado por um partido 
político nacional a concorrer ao cargo de deputado estadual de um estado da Federação brasileira. 
Nessa situação hipotética, de acordo com os preceitos constitucionais, Vincent será: 
A) inelegível, porque ainda não tem a idade mínima para o exercício do cargo de deputado estadual no Brasil, 
que é de trinta e cinco anos. 
B) elegível, caso se candidate no estado da Federação no qual residiu até conseguir seu direito à 
naturalização. 
C) inelegível, porque o cancelamento judicial da naturalização afasta-lhe o pleno exercício dos direitos 
políticos. 
D) elegível, desde que sua condição de brasileiro naturalizado tenha sido superior a cinco anos. 
E) elegível, desde que ele comprove seu domicílio eleitoral em qualquer estado da Federação. 
Comentário: 
Se a naturalização de Vincent foi cancelada, ele não é mais nacional e, por consequência, não mais detém 
direitos políticos (já que possuir a nacionalidade brasileira é uma condição de alistabilidade e, claro, de 
elegibilidade). Ele é, portanto, inelegível. 
Gabarito: C 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos Políticos, 
julgue a assertiva: 
Não é condição de elegibilidade, na forma da lei, o domicílio eleitoral na circunscrição. 
Comentário: 
Claro que é! Basta ler no art. 14, § 3°, IV, CF/88. 
 
Gabarito: Errado 
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[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário – Administrativa] De acordo com o disposto na CF, é condição 
de elegibilidade: 
A) a idade mínima de dezoito anos de idade para os cargos de senador, deputado e vereador, ou de vinte e 
um anos de idade para os cargos de prefeito, governador e vice-governador, presidente e vice-presidente 
da República. 
B) o alistamento militar. 
C) a certificação de participação em entidades de assistência social ou ONGs. 
D) a nacionalidade brasileira ou, para o estrangeiro, a residência no Brasil. 
E) o pleno exercício dos direitos políticos. 
Comentário: 
A letra ‘a’ está descartada, pois, a idade mínima de 18 anos existe para o cargo de vereador (Senadores 
devem possuir, no mínimo, 35 anos). Ademais, vinte e um anos é a idade mínima para o cargo de prefeito, 
mas não de governador e vice-governador (30 anos), presidente e vice-presidente da República (35 anos). 
A letra ’b’ não pode ser a resposta, pois o alistamento eleitoral é uma condição (não o militar). 
A letra ‘c’ não traz condição reconhecida pela CF/88. 
Por seu turno, a letra ‘d’ peca, pois estrangeiros não podem exercer direitos políticos (são inalistáveis, art. 
14, § 2° e, consequentemente, inelegíveis). 
Por fim, nossa resposta é a da letra ‘e’, consoante o inciso II do ar.t 14, §3°. 
Gabarito: E 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos Políticos, 
julgue a assertiva: 
Para ser Deputado Estadual é necessário ter a idade mínima de 21 anos. 
Comentário: 
A idade mínima está correta! Pode marcar o item como verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2013 - TJ-DFT - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A respeito dos direitos e garantias 
fundamentais, julgue o item que se segue: 
Cidadão brasileiro que tiver trinta anos de idade poderá ser candidato a senador, desde que possua pleno 
exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral,filiação partidária e domicílio eleitoral no estado pelo 
qual pretenda concorrer. 
Comentário: 
A idade mínima está errada, pois deve ser 35 anos. Item falso. 
 
Gabarito: Errado 
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[INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico - Adaptada] Os direitos políticos foram frutos de 
diversas lutas sociais para que os cidadãos pudessem participar da vida política do Estado. Entretanto, estes 
direitos são concedidos através de alguns requisitos apontados na Constituição Federal. 
No que se refere a esses direitos e aos requisitos exigidos para o exercício dos direitos políticos, julgue as 
assertivas: 
(i) Uma das condições para candidatar-se à Presidência da República é a idade mínima de 35 (trinta e cinco) 
anos. 
(ii) É condição de elegibilidade a filiação partidária. 
Comentário: 
Os dois itens são verdadeiros. E as confirmações constitucionais estão no art. 14, § 3°, como já estudamos. 
Gabarito: Certo / Certo 
[CESPE - 2011 - PREVIC - Técnico Administrativo – Básicos] Julgue a assertiva: 
A CF determina como condição de elegibilidade para o cargo de presidente e vice-presidente da República 
a idade mínima de trinta anos. 
Comentário: 
Sabemos que a idade mínima para o cargo de Presidente e Vice é de 35 anos, sendo fácil marcar este item 
como falso. 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo - Técnico de Enfermagem] A 
respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
As idades mínimas para a elegibilidade relativa aos cargos de Presidente da República e Senador são, 
respectivamente, de 35 e 30 anos. 
Comentário: 
Ambos os cargos devem ser preenchidos por aqueles que preenchem a idade mínima de 35 anos! Não há 
dúvidas, pois, de que o item é falso. 
Gabarito: Errado 
[NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário] Assinale a alternativa que indica, na sequência correta, 
as idades mínimas de elegibilidade para Vice-Governador de Estado, Deputado Estadual, Prefeito e 
Senador: 
a) 35 anos; 35 anos; 30 anos e 35 anos. 
b) 30 anos; 21 anos; 21 anos e 35 anos. 
c) 21 anos; 18 anos; 21 anos e 30 anos. 
d) 18 anos; 21 anos; 18 anos e 21 anos. 
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e) 18 anos para todos os cargos. 
Comentário: 
A idade mínima para Vice-Governador é de 30 anos; para Deputado Estadual e Prefeito é de 21 anos; para 
Senador é de 35 anos. Logo, a alternativa que você deve assinalar é a da letra ‘b’. 
Gabarito: B 
[FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário] Rômulo, brasileiro nato, com vinte anos de idade 
completados neste ano de 2014, empresário, residente na cidade de São Luís, filiado a determinado partido 
político, pretende concorrer a um cargo político no pleito eleitoral deste ano de 2014. Nos termos 
preconizados pela Constituição Federal, havendo eleições este ano para os cargos de Presidente, Vice-
Presidente, Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual, Rômulo: 
a) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador, Vice-Governador e 
Senador, apenas. 
b) poderá concorrer ao cargo de Deputado Estadual, apenas. 
c) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual e Deputado Federal, apenas. 
d) não poderá concorrer a nenhum cargo. 
e) poderá concorrer a todos os cargos. 
Comentário: 
Com 20 anos, ele só poderia concorrer ao cargo de vereador. Portanto, não possuindo a idade mínima para 
os demais, ele não poderá concorrer a nenhum cargo (resposta: letra ‘d’). 
Gabarito: D 
[UFSM - 2018 - UFSM - Técnico em Eletricidade - Adaptada] De acordo com a Carta Constitucional de 1988, 
no Capítulo IV, que trata dos Direitos Políticos, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Nos termos do que prevê a Carta, julgue a assertiva: 
A idade mínima para concorrer ao cargo de vereador é de dezoito anos e aos cargos de Governador e Vice-
governador de Estado trinta e cinco anos. 
Comentário: 
A idade mínima para o cargo de vereador está correta (18 anos mesmo), mas não para os cargos de 
Governador e Vice-Governador de Estado (que é de trinta anos). 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Conhecimentos Básicos - Cargos 3 a 6] Em conformidade com os 
direitos políticos previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta a respeito do 
alistamento eleitoral: 
A) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento eleitoral é facultativo para os conscritos. 
B) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros natos maiores de dezoito anos de idade, 
independentemente da escolaridade. 
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C) Um cidadão pode preencher os requisitos para o alistamento eleitoral e ser inelegível como candidato. 
D) O alistamento eleitoral é facultativo para os estrangeiros residentes no Brasil. 
Comentário: 
Durante o período do serviço militar obrigatório, o conscrito não pode se alistar como eleitor. Portanto, a 
letra ‘a’ está descartada como resposta. 
Tampouco poderemos marcar a ‘b’, vez que o alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros 
natos maiores de dezoito anos de idade, desde que alfabetizados. 
A letra ‘c’ é muito interessante e é nossa resposta! De fato, existe a possibilidade de um cidadão preencher 
os requisitos para o alistamento eleitoral e ser inelegível como candidato. Pense, por exemplo, no 
analfabeto. Ou em um indivíduo que foi criminalmente condenado e está com os direitos políticos suspensos 
enquanto duram os efeitos da condenação. 
No mais, a letra ‘d’ não poderia ser assinalada, pois estrangeiros são inalistáveis (conforme art. 14, § 2°). 
Gabarito: C 
 
(11) Inelegibilidades – Introdução 
Como você bem sabe, caro aluno, além de cumprir todas as condições de elegibilidade listadas no 
art. 14, § 3°, CF/88, o indivíduo somente poderá se eleger se não incidirem sobre ele as chamadas 
inelegibilidades. 
Estas representam os impedimentos ao exercício da plena capacidade eleitoral passiva, 
inviabilizando o direito de o cidadão receber votos. 
Nos dizeres de MASSON5 
‘Inelegibilidade’ é termo que exprime os impedimentos que inviabilizam a fruição da capacidade 
eleitoral passiva, suprimindo do cidadão sua capacidade de ser eleito para cumprir mandatos 
eletivos. Consiste, pois, na imposição de obstáculos à candidatura do indivíduo a (todos ou a 
determinados) cargos, impedindo que o mesmo exerça o seu direito de ser votado. 
Em outras palavras, para que seja elegível, o cidadão deve comprovar que preencheu as condições 
constitucionalmente exigidas e também a ausência das hipóteses que geram as inelegibilidades, as quais 
encontram-se previstas no art. 14, §§ 4º a 8º, da CF/88 e na Lei Complementar nº 64/1990 – lembrando 
que nosso texto constitucional autoriza, expressamente, a ampliação dessas hipóteses por meio da 
edição de lei complementar, conforme disposto no art. 14, § 9º. 
 
5. Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 479. 
 
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Toda hipótese de inelegibilidade apresenta uma causa específica. Algumas decorrem de sanções 
e outras da situação jurídica do cidadão em razão de seu status profissional ou familiar, mas todas elas 
visam protegernossa democracia impedindo que certas pessoas ocupem cargos públicos eletivos. 
Uma específica classificação dessas inelegibilidades (referente à abrangência) pode ser exigida 
em sua prova. Vejamos6: 
 
 
Começaremos nosso estudo pela análise das inelegibilidades absolutas. 
 
(11.1) Art. 14, § 4° - Inelegibilidade Absoluta 
Como vimos no item anterior, de acordo com a respectiva abrangência as inelegibilidades podem 
ser classificadas em absolutas e relativas. 
A inelegibilidade absoluta consiste no categórico impedimento para o indivíduo concorrer a 
qualquer cargo eletivo e persiste enquanto não cessada a causa que a originou. 
São absolutamente inelegíveis, de acordo com a Constituição (art. 14, § 4°), os inalistáveis e os 
analfabetos. Veja o esquema7: 
 
6. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 480. 
7. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 481. 
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Os inalistáveis são aqueles que não podem se alistar como eleitores, ou seja, os estrangeiros e os 
conscritos (art. 14, § 2º, CF/88). 
Assim, todo inalistável será considerado inelegível (em outras palavras: quem não se alista, não 
se elege! Pois o art. 14, § 3º, III, enuncia o alistamento eleitoral como condição de elegibilidade. 
Os analfabetos, por outro lado, são alistáveis, ou seja, podem facultativamente se alistar e votar, 
mas não são dotados de a capacidade eleitoral passiva, razão pela qual não podem se candidatar a 
nenhum cargo eletivo. Cuidado, portanto, com a situação do analfabeto, que é alistável, mas inelegível! 
Isso cairá o tempo todo em sua prova, portanto, atenção! Veja se o esquema8 lhe ajuda a compreender 
mais facilmente: 
 
Por fim, uma observação: note, caro aluno, que os adolescentes que têm idade entre dezesseis e 
dezoito anos, embora possam se alistar como eleitores, não podem se eleger para cargo algum. Isso faz 
com que alguns doutrinadores também os listem como absolutamente inelegíveis, uma vez que não 
possuem a idade mínima para concorrer a nenhum cargo eletivo (já que a idade mínima mais baixa 
exigida para disputar um cargo é a de 18 anos, para o sujeito disputar a eleição para vereador). Mas o fato 
é: ainda que esses adolescentes se enquadrem no cenário de inelegibilidade absoluta, em razão de o art. 
14, § 4°, CF/88 não os mencionar expressamente, as provas dificilmente vão cobrar este aspecto. 
 
8. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 481. 
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Antes de partirmos para o próximo tópico, vamos às questões? 
Questões para fixar 
[FUNCAB - 2016 - SEGEP-MA - Agente Penitenciário] A doutrina majoritária classifica as hipóteses de 
inelegibilidade em absolutas e relativas. No que tange às inelegibilidades absolutas, são absolutamente 
inelegíveis os: 
a) alfabetizados e militar alistável. 
b) estrangeiros e militar alistável. 
c) militar alistável e analfabetos. 
d) inalistáveis e analfabetos. 
e) inalistáveis e alfabetizados. 
Comentário: 
Consoante o art. 14, § 4°, CF/88, pode marcar a letra ‘d’. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2015 - FUB - Conhecimentos Básicos - Nível Superior] Julgue o item seguinte, com relação aos 
direitos sociais e políticos: 
O analfabeto, embora inelegível, possui a faculdade de alistar-se e de votar. 
Comentário: 
Item verdadeiro. Analfabeto se alista e vota facultativamente, mas é inelegível de modo absoluto. 
Gabarito: Certo 
[VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador - Adaptada] Segundo a Carta Magna brasileira, com relação aos 
direitos políticos, julgue a assertiva: 
São inelegíveis e inalistáveis os analfabetos e os estrangeiros, e quanto aos conscritos estes não podem 
alistar-se como eleitores durante o período de serviço militar obrigatório. 
Comentário: 
São inelegíveis os inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e os analfabetos. Os analfabetos são alistáveis. O 
item, pois, é falso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário - Área Administrativa – Específicos] Acerca dos direitos e 
garantias constitucionais, julgue o item a seguir: 
O analfabeto possui capacidade eleitoral passiva. 
[EJEF - 2007 - TJ-MG - Analista Judiciário - Oficial de Justiça - Adaptada] Sobre os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
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O analfabeto é desprovido de capacidade eleitoral ativa. 
Comentário: 
Os dois itens estão errados, pois o analfabeto pode se alistar como eleitor e votar, facultativamente (o que 
nos indica que ele é detentor de capacidade eleitoral ativa). O que ele não possui é a capacidade eleitoral 
passiva, nos termos do art. 15, § 4°, CF/88. 
Gabarito: Errado / Errado 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Acerca dos direitos 
políticos, assinale a opção correta: 
A) Brasileiros naturalizados podem votar e concorrer a quaisquer cargos políticos. 
B) Senadores e governadores de estado e do Distrito Federal se equiparam no que se refere à idade mínima 
exigida como condição de elegibilidade. 
C) O voto, obrigatório para maiores de dezoito anos de idade, é facultativo para aqueles cujos direitos 
políticos tenham sido suspensos em decorrência de condenação criminal transitada em julgado. 
D) O voto é obrigatório para analfabetos maiores de dezoito anos de idade 
E) Embora possam exercer o direito ao voto, os analfabetos são impedidos de concorrer nas eleições. 
Comentário: 
Boa essa questão! Reprisaremos vários tópicos da matéria! 
A letra ‘a’ é falsa, pois os brasileiros naturalizados apesar de poderem votar, não podem concorrer a 
quaisquer cargos políticos, já que existem (no art. 12, § 3°) os cargos que são privativos de natos. 
Na letra ‘b’ o erro foi equiparar os Senadores e os Governadores de Estado e do Distrito Federal no que se 
refere à idade mínima exigida como condição de elegibilidade: para os primeiros é de 35 anos, para os chefes 
do Executivo em âmbito regional é de 30 anos (ver art. 14, § 3°, VI). 
A letra ‘c’ se equivoca ao mencionar para quem o alistamento e o voto são facultativos: para os maiores de 
70 anos, para os analfabetos, para os indivíduos com idade entre 16 e 18 anos. Aliás, essa consideração já 
explica o equívoco da letra ‘d’. 
Por fim, como você já deve ter notado, a letra ‘e’ é nossa resposta. Analfabetos são alistáveis mas 
absolutamente inelegíveis. 
Gabarito: E 
[FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado - Administrativo] Um brasileiro nato, analfabeto e 
com 21 anos de idade pretende filiar-se a um partido político e concorrer ao cargo de Deputado Federal nas 
próximas eleições. Considerando as normas da Constituição Federal brasileira a respeito da matéria, esse 
cidadão: 
A) não poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal em razão de sua idade, mas poderá concorrer ao 
cargo de Deputado Estadual. 
B) não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo, por ser analfabeto. 
C) não poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal por ser analfabeto, mas poderá concorrer ao cargo 
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de Vereador. 
D) não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo, embora seja obrigado ao alistamento eleitoral e ao voto. 
E) poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal, uma vez que preenche os requisitos legaispara tanto. 
Comentário: 
Por ser analfabeto, é inelegível de modo absoluto. Resposta: letra ‘b’. 
Gabarito: B 
[CESPE - 2010 - MS - Analista Técnico - Administrativo - PGPE 1] No que se refere aos direitos e às garantias 
fundamentais, julgue o item a seguir: 
Aos analfabetos é concedido o direito facultativo de votar, mas não podem ser eleitos para exercer mandato 
político. 
Comentário: 
Item exato. Pode marcar como verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil] Lucas Silva é comprovadamente analfabeto e Pierre 
Laurent é francês, residente no Brasil, não naturalizado brasileiro. 
Acerca dessas situações hipotéticas, assinale a opção correta à luz da CF: 
A) Lucas não pode alistar-se como eleitor. 
B) Lucas é inelegível. 
C) Para Pierre, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios. 
D) Pierre equipara-se aos maiores de setenta anos para fins de alistamento eleitoral e voto. 
E) Pierre é elegível. 
Comentário: 
Se é analfabeto, Lucas é inelegível! Não há dúvidas. Letra ‘b’ é nosso gabarito. 
Gabarito: B 
[CESPE - 2009 - TRE-MG - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Com relação às condições de 
elegibilidade e de inelegibilidade, assinale a opção correta: 
A) Os estrangeiros podem alistar-se como eleitores. 
B) Os analfabetos são alistáveis, razão pela qual dispõem de capacidade para votar e ser votado. 
C) Não são alistáveis os brasileiros conscritos, durante o serviço militar obrigatório, e os policiais militares. 
D) Não é considerado elegível o nacional que esteja submetido à suspensão ou à perda de direitos políticos. 
Comentário: 
O que você marcou? A letra ‘a’ não pode ter sido, porque estrangeiros são inalistáveis (art. 14, § 2°). 
Tampouco a letra ‘b’, pois analfabetos são alistáveis, mas inelegíveis. A letra ‘c’ também não foi sua resposta, 
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afinal, os militares são alistáveis. Portanto, nossa resposta está na letra ‘d’, pois o nacional que esteja com 
os direitos políticos suspensos ou perdidos não é elegível, já que uma das condições de elegibilidade listada 
no art. 14, § 3°, é estar no pleno exercício dos direitos políticos. 
Gabarito: D 
 
(11.2) Art. 14, §§ 5°, 6°, 7° e 9° - Inelegibilidades Relativas 
As inelegibilidades relativas, por sua vez, consistem em impedimentos para que o sujeito 
concorra a certos e específicos cargos eletivos. Os motivos que a ensejam podem ser: 
(i) Funcionais (art. 14, §§ 5° e 6°, CF/88) – para o mesmo cargo ou para cargo diverso; 
(ii) Em decorrência de condições pessoais relacionadas ao casamento, parentesco ou afinidade (art. 
14, § 7°, CF/88); 
(iii) Em razão de prestação de serviço militar (art. 14, § 8°, CF/88); 
(iv) Outras inelegibilidades previstas na legislação infraconstitucional (art. 14, § 9°, CF/88). 
Bom, veja o esquema9 abaixo, que estrutura as informações iniciais sobre as inelegibilidades 
relativas: 
 
 
 
 
9. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 480. 
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(A) Art. 14, § 5° – Reeleição 
O que nos diz esse parágrafo do art. 14? Que o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
Assim, em razão do princípio democrático que busca a alternância de poder, a reeleição é 
autorizada uma só vez para o mesmo cargo de chefia do Executivo. Vale ressaltar que a Constituição 
não proibiu o indivíduo de exercer o mesmo cargo de chefia no Executivo três (ou mais) vezes, mas sim 
que ocupasse o mesmo cargo três vezes consecutivas. 
Dois detalhes interessantes que você deve observar: 
(i) A reeleição não foi instituída pelo Poder Constituinte Originário, quando da promulgação e publicação 
da Constituição, em 05/10/1988. Foi introduzida em nosso ordenamento pelo Poder Reformador, por 
meio da Emenda Constitucional nº 16, de 1997. Note como eram escritos os artigos 82 e 14, § 5° antes 
dessa alteração e como eles estão hoje: 
Redação anterior: 
Art. 82, CF/88: O mandato do Presidente da República é de cinco anos, vedada a reeleição para o 
período subsequente, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Vide Emenda 
Constitucional de Revisão nº 5, de 1994) 
Redação atual: 
Art. 82, CF/88: O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de 
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
Redação anterior: 
Art. 14, § 5º, CF/88: São inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, o Presidente 
da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito. 
Redação atual: 
Art. 14, § 5º, CF/88: O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos 
para um único período subsequente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
(ii) Outra coisa muito relevante: essa limitação (de só poder se reeleger para o mesmo cargo para um 
único período subsequente) só existe para os chefes do Poder Executivo (Presidente, Governadores e 
Prefeitos). Isso significa que os membros do Poder Legislativo podem se reeleger sucessivas vezes para 
o mesmo cargo, não havendo limitação. 
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Agora, para fecharmos esse parágrafo, lhe peço que tome cuidado com três pontos importantes 
que podem vir a ser cobrados em sua prova: 
1°- Aquele que já exerceu a chefia do Executivo por dois mandatos subsequentes (eleição e reeleição) 
não pode, no terceiro mandato, nem se eleger novamente para a chefia do Executivo, nem para o cargo 
de Vice. Afinal, nos termos do art. 79, CF/88, o Vice é o substituto e sucessor natural do titular. Então, 
caso autorizássemos que alguém que já foi chefe do Poder Executivo por dois mandatos subsequentes 
se candidatasse ao cargo de Vice no terceiro mandato, estaríamos promovendo uma burla (uma violação) 
por via reflexa/indireta do texto constitucional – já que ele poderia, no terceiro mandato consecutivo, 
ocupar o cargo do titular por sucessão (por exemplo, por renúncia do titular eleito). 
2° - O Vice que já exerceu esse cargo por dois mandatos consecutivos, pois ele pode, no terceiro 
mandato, disputar o cargo do titular. Em outras palavras: ele pode se eleger Vice, se reeleger Vice e, no 
terceiro mandato, se eleger titular da chefia do Poder Executivo. E isso é possível ainda que nos dois 
mandatos de Vice ele tenha substituído o titular, pois, de acordo com o STF, o exercício da chefia do 
Executivo só se dá com a eleição ou com a sucessão definitiva (em caso de vacância). 
Para sairmos da abstração e visualizarmos um exemplo concreto, vejamos a situação de Geraldo 
Alckmin: 
- Nas eleições de 1994, Mário Covas, em 1° turno, foi eleito Governador do Estado de São Paulo, tendo 
Alckmin por Vice-Governador. No curso deste mandato, Alckmin substituiu Covas quando necessário, 
exercendo de forma interina a governança. 
- Mário Covas, derrotando Paulo Maluf no segundo turno, é reeleito Governador nas eleições de 1998, 
com Geraldo Alckmin novamente ocupando o cargo de Vice. 
- Em março de 2001, Mário Covas falece e Geraldo Alckmin assume em definitivo o cargo de Governador, 
como sucessor. 
- Nas eleições de 2002, candidata-seà reeleição, o que é questionado pela oposição ao argumento de 
que, caso se sagrasse vencedor, estaria ocupando o cargo de Governador pela terceira vez ininterrupta. 
- Alckmin vence a eleição, e o STF define (no RE nº 366.488) que o Vice-Governador reeleito que assume 
a vaga de titular durante o segundo mandato, mesmo tendo ocupado o cargo interinamente nos dois 
mandatos anteriores, pode sim se candidatar a Governador. 
- Veja um trecho da decisão: 
RE 366.488-SP, Rel. Min. Carlos Velloso: Constitucional. Eleitoral. Vice-Governador eleito duas 
vezes consecutivas: exercício do cargo de Governador por sucessão do titular: reeleição: 
possibilidade. CF, art. 14, § 5º. 
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I. Vice-Governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-Governador. No segundo mandato de vice, 
sucedeu o titular. Certo que, no seu primeiro mandato de vice, teria substituído o Governador. 
Possibilidade de reeleger-se ao cargo de Governador, porque o exercício da titularidade do cargo 
dá-se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando sucedeu o titular é que passou a exercer 
o seu primeiro mandato como titular do cargo. 
II. - Inteligência do disposto no § 5º do art. 14 da Constituição Federal. 
III. - RE conhecidos e improvidos. 
3°- Vamos encerrar o estudo deste parágrafo destacando o entendimento do STF no sentido de que o 
cidadão que já exerceu dois mandatos de Prefeito consecutivamente, ou seja, foi eleito e reeleito, fica 
inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em Município diferente. Trata-se de interpretação 
conferida ao art. 14, § 5°, CF/88 que visa impedir existência da figura do denominado “prefeito 
itinerante” ou "do “prefeito profissional”. 
Veja o que disse nossa Corte Suprema: 
RE 637.485, Rel. Min. Gilmar Mendes: O instituto da reeleição tem fundamento não somente no 
postulado da continuidade administrativa, mas também no princípio republicano, que impede a 
perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio republicano condiciona a 
interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo que a reeleição é 
permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas no mesmo 
Município, mas em relação a qualquer outro Município da Federação. Entendimento contrário 
tornaria possível a figura do denominado "prefeito itinerante" ou do "prefeito profissional", o que 
claramente é incompatível com esse princípio, que também traduz um postulado de 
temporariedade/alternância do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios – continuidade 
administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a aplicação teleológicas do art. 14, 
§ 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como prefeito de 
determinado Município fica inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro 
Município da Federação. 
Observe um esquema10 no qual sintetizei as três informações acima postas para você: 
 
10. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 486. 
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No mais, vamos seguir nossa luta, agora na análise das questões: 
Questões para fixar 
[CESPE - 2012 - MCT - Técnico - Tema VII] Acerca do direito constitucional, julgue o item que se segue: 
A CF não impõe nenhuma limitação ao número de reeleições possíveis para os cargos de deputado federal 
e de senador da República. 
Comentário: 
Pode marcar como verdadeiro! A regra que estamos estudando, que limita o número de reeleições, atinge, 
tão somente, os chefes do Poder Executivo – mas não os membros do Poder Legislativo. 
Gabarito: Certo 
[FUMARC - 2011 - Prefeitura de Nova Lima - MG - Procurador Municipal - Adaptada] Sobre os direitos 
políticos assegurados pela Constituição da República, julgue a assertiva: 
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
Comentário: 
Redação exata do art. 14, § 5°. Item correto. 
Gabarito: Certo 
[FCC - 2010 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública] Ao Presidente da República, Governadores de Estado 
e do Distrito Federal, bem como aos Prefeitos é permitida, nos termos da Constituição Federal Brasileira, a 
reeleição: 
A) para um único período subsequente. 
B) para dois períodos subsequentes. 
C) desde que precedida de renúncia ao mandato em exercício até dois meses antes do pleito. 
D) para um único período subsequente, desde que não tenha ocupado nenhum dos cargos indicados no 
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caput nos 10 (dez) anos anteriores ao primeiro mandato. 
E) para qualquer um dos cargos indicados no caput, para um único período subsequente, desde que 
precedida de renúncia ao mandato em exercício até 12 (doze) meses antes do pleito. 
Comentário: 
Fácil marcar a lera ‘a’, certo? 
Gabarito: A 
[FUNCAB - 2014 - PC-RO - Escrivão de Polícia Civil - Adaptada] Com base no tema "Direitos Políticos”, julgue 
a assertiva: 
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos não poderão ser reeleitos. 
Comentário: 
Poderão sim. A EC 16/1997 modificou alguns dispositivos constitucionais e passou a admitir a reeleição, na 
chefia do Poder Executivo, para um único período subsequente. 
Gabarito: Errado 
[VUNESP - 2016 - Câmara de Taquaritinga - SP - Técnico Legislativo – Adaptada] Julgue a assertiva: 
Os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para 
dois períodos subsequentes. 
Comentário: 
Dois períodos não: só um subsequente. Item falso. 
Gabarito: Errado 
[VUNESP - 2014 - Câmara Municipal de São José dos Campos - SP - Analista Legislativo – Advogado] Prefeito 
reeleito para um mesmo município, sendo inelegível para um terceiro mandato, transfere seu domicílio 
eleitoral para Município diverso, buscando afastar a inelegibilidade. Pode-se, com fundamento na 
interpretação constitucional, afirmar que: 
A) a inelegibilidade encontra-se afastada, vez que a vedação constitucional não alcança município diverso. 
B) a inelegibilidade encontra-se afastada, desde que respeitado o prazo de desincompatibilização. 
C) a inelegibilidade está configurada, não se admitindo terceiro mandato, mesmo na hipótese de município 
distinto. 
D) é possível a referida situação na medida em que o texto constitucional prevê expressamente a figura do 
Prefeito Itinerante. 
E) a inelegibilidade será afastada, desde que expressamente previsto na Lei Orgânica do Munícipio, com 
fundamento no princípio da autonomia municipal. 
Comentário: 
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O STF veda a figura do ‘prefeito itinerante’ ou ‘prefeito profissional’. Por essa razão, a letra ‘c’ é nossa 
resposta, pois a inelegibilidade fica configurada, não se admitindo terceiro mandato, ainda que na hipótese 
de Município distinto. 
Gabarito: C 
 
(B) Art. 14, § 6° – Desincompatibilização 
Consoante determina o art. 14, § 6°, para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
O que essa regra representa? Um impedimento para que o chefe do Poder Executivo(Presidente, 
Governador ou Prefeito) pleiteie outro cargo eletivo sem que se desincompatibilize daquele que ocupa, 
isto é, sem que ele renuncie ao seu respectivo mandato pelo menos seis meses antes da eleição a que 
pretenda concorrer. 
Essa regra de afastamento visa evitar que o candidato faça uso do dinheiro público e prestígio do 
cargo para promover sua candidatura ao outro cargo, colocando em nítida desvantagem os demais 
concorrentes. O princípio republicano não toleraria um privilégio dessa natureza, capaz de desequilibrar 
sensivelmente a disputa eleitoral. 
O que o examinador mais exigirá de você, caro aluno, neste ponto da matéria? 
1°) O fato de a desincompatibilização só atingir os chefes do Poder Executivo. 
- Isso significa que os membros do Poder Legislativo podem concorrer a outros cargos sem terem 
renunciado ao respectivo mandato até seis meses antes da eleição. 
- Exemplo: um Senador da República pode disputar o cargo de Presidente (que é outro cargo, diferente 
daquele que ele ocupa) sem ter renunciado ao seu mandato no Senado Federal. 
2°) O prazo para a desincompatibilização, que é de até seis meses. 
- Assim, o chefe do Poder Executivo deve se desincompatibilizar quando desejar, desde que respeite o 
prazo constitucional. Pode renunciar faltando sete meses para a eleição acontecer, por exemplo. 
3°) A desincompatibilização não é necessária na reeleição. 
- Afinal, a Constituição disse “outro cargo” e na reeleição o chefe do Poder Executivo disputa o mesmo 
cargo. 
- Cuidado, pois o chefe do Executivo pode, se desejar, se desincompatibilizar para disputar a reeleição. 
Mas se o fizer, será no exercício de mera faculdade, pois não está constitucionalmente obrigado a fazê-
lo. 
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Teoria apresentada, hora das questões! 
Questões para fixar 
[FUNCAB - 2014 - PC-RO - Escrivão de Polícia Civil - Adaptada] Com base no tema "Direitos Políticos”, julgue 
a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até dois meses antes do pleito. 
[FUNRIO - 2009 - DEPEN - Agente Penitenciário - Adaptada] A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Com relação aos direitos políticos, 
previstos no capítulo IV da Constituição da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até quatro meses antes do pleito. 
[DIRECTA - 2013 - Prefeitura de Angatuba - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até oito meses antes do pleito. 
[CETRO - 2013 - ANVISA - Técnico em Regulação - Vigilância Sanitária – Área 1 - Adaptada] Sobre os direitos 
políticos, de acordo com os artigos 14 e 15 da Constituição Federal de 1988. Julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, o Vice-Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e os Senadores devem renunciar aos respectivos 
mandatos até um trimestre antes do pleito. 
Comentário: 
O que é que todas essas 4 assertivas têm em comum? Todas são falsas, em razão de apresentarem prazos 
equivocados. Lembremos: a desincompatibilização deve ocorrer em até seis meses antes da eleição. No 
mais, a última assertiva ainda traz um adicional de erro: ela menciona que o Vice e os Senadores também 
devem se desincompatibilizar, o que é falso. 
Gabarito: Errado/Errado/Errado/Errado 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos Políticos, 
julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores e os Prefeitos devem 
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
Comentário: 
Item verdadeiro, consoante prevê o art. 14, § 6°. 
 
 
Gabarito: Certo 
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[CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico de enfermagem] Assinale a opção correta acerca dos 
direitos políticos previstos na CF: 
A) Os inalistáveis e os analfabetos são elegíveis na forma da lei. 
B) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, aplicando-se sempre à 
eleição subsequente. 
C) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros, os brasileiros naturalizados e, durante o período do 
serviço militar obrigatório, os conscritos. 
D) A idade mínima de vinte e um anos de idade é condição de elegibilidade para o candidato a vereador. 
E) Para concorrerem a outros cargos, os governadores dos estados e do DF devem renunciar aos respectivos 
mandatos até seis meses antes do pleito. 
Comentário: 
Vamos analisar todas as assertivas, uma a uma: 
- Letra ‘a’: Inalistáveis e analfabetos são inelegíveis, de modo absoluto (art. 14, § 4°); 
- Letra ‘b’: A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, mas somente 
poderá ser aplicada à eleição que ocorra após um ano de sua vigência; 
- Letra ‘c’: Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos (art. 14, § 2°). Os brasileiros naturalizados devem se alistar e votar, 
obrigatoriamente, se forem alfabetizados e maiores de 18 anos. 
- Letra ‘d’: A idade mínima de 18 anos de idade é condição de elegibilidade para o candidato a vereador; 
- Letra ‘e’: É nossa resposta! Nos termos do art. 14, § 6°. 
Gabarito: E 
[VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador - Adaptada] Segundo a Carta Magna brasileira, com relação aos 
direitos políticos, julgue a assertiva: 
Para concorrerem aos mesmos cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos mandatos até seis meses antes do pleito. 
Comentário: 
A troca da palavra ‘outro’ por ‘mesmo’ torna a assertiva falsa. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição dos 
cargos públicos, julgue o seguinte item: 
O governador do DF é inelegível para quaisquer outros cargos, a não ser que renuncie a seu mandato com 
uma antecedência mínima de até seis meses em relação à data do pleito. 
Comentário: 
Exatamente! Pode marcar o item como verdadeiro. 
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Gabarito: Certo 
[Quadrix - 2018 - CRP - 2º Região (PE) - Psicólogo Orientador - Fiscal - Adaptada] Acerca dos direitos 
políticos, julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, os prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses 
antes do pleito. 
Comentário: 
Exatamente! Outro item verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2016 - TJ-DFT – Juiz - adaptada] Considerando as interpretações doutrinárias e jurisprudenciais 
conferidas às normas constitucionais referentes aos direitos políticos, julgue a assertiva: 
O governador do Distrito Federal que pretende se candidatar ao cargo de deputado federal no pleito 
subsequente não precisa se desincompatibilizar do cargo que atualmente ocupa, uma vez que tal exigência 
constitucional aplica-se apenas quando o novo cargo almejado é disputado mediante eleição majoritária. 
Comentário: 
Item falso! Se o Governador do DF pleiteia outro cargo (o de Deputado Federal), ele deve renunciarao seu 
mandato até seis meses antes da eleição. 
Gabarito: Errado 
 
(C) Art. 14, § 7° – Inelegibilidade reflexa 
Chamada também de inelegibilidade reflexa, impede que os cônjuges e os parentes 
(consanguíneos ou afins) até o segundo grau, ou por adoção, dos titulares do Poder Executivo (Presidente 
da República; Governador de Estado, Território ou do Distrito Federal; Prefeito, ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito) ocupem cargo político-eletivo dentro do território 
da circunscrição em este exerce mandato. 
Tal regra visa evitar a formação e a manutenção de verdadeiras oligarquias familiares, impedindo 
que um mesmo grupo se encastele no poder. 
Saiba, meu caro aluno, que este parágrafo do art. 14 é um dos mais cobrados em prova. Devemos, 
portanto, dar uma atenção especial e diferenciada a ele. Vou sugerir que comecemos a compreende-lo 
pela leitura do dispositivo constitucional: 
Art. 14, § 7º, CF/88: São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído 
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dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição. 
Repare que eu negritei uma palavra e uma expressão neste parágrafo. São dois pontos que você 
deve memorizar, necessariamente! Até porque, se o examinador resolver criar uma questão que cobre 
esses aspectos, ela será muito fácil perto de tudo aquilo que ele pode exigir sobre esta inelegibilidade. 
Acompanhe uns exemplares comigo: 
Questões para fixar 
[FCC - 2009 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Com relação aos Direitos Políticos, os parentes 
consanguíneos ou afins de Prefeito ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, 
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição, são inelegíveis, no território de jurisdição do 
titular, até o: 
A) primeiro grau. 
B) segundo grau. 
C) terceiro grau. 
D) quarto grau. 
E) quinto grau. 
Comentário: 
Foi tranquilo marcar a letra ‘b’, certo? 
Gabarito: B 
[FUNCAB - 2016 - PC-PA - Delegado de Polícia - Adaptada] Em relação aos direitos e garantias fundamentais 
previstos na Constituição Federal, julgue a assertiva: 
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 
terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, mesmo que 
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
Comentário: 
Também imagino que tenha sido fácil assinalar o item como falso, haja vista ele ter usado a expressão 
“terceiro grau”. 
Gabarito: Errado 
[CETRO - 2013 - ANVISA - Técnico em Regulação - Vigilância Sanitária – Área 1 - Adaptada] Julgue a 
assertiva: 
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 
terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, de Governador 
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de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito, salvo quem os haja substituído. 
Comentário: 
Outro item construído de forma equivocada. Além do erro referente ao uso da expressão “terceiro grau”, 
também temos a parte final da assertiva em dissonância com o texto constitucional (pois a CF também torna 
inelegível o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins de quem haja substituído os chefes do Poder 
Executivo dentro dos seis meses anteriores ao pleito). 
Gabarito: Errado 
 
Vou lhe mostrar agora, um outro aspecto importante sobre esse parágrafo: a inelegibilidade 
reflexa parte do chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) e atinge o cônjuge e os 
parentes consanguíneos ou afins até segundo grau deles. Isso significa que a inelegibilidade que estamos 
estudando neste momento parte do Chefe do Poder Executivo e alcança as pessoas que estão mais 
próximas dele! 
Portanto, os cônjuges e parentes mais próximos de membros do Poder Legislativo não precisam 
se preocupar com essa inelegibilidade, pois ela não vai atingi-los. 
Para exemplificar: imagine que José seja Senador eleito pelo Estado de MG. Seu cônjuge e 
parentes até 2° grau podem se candidatar a qualquer cargo no Estado de MG (ou outro), não havendo 
inelegibilidade decorrente do fato de ele ocupar este cargo no Poder Legislativo. 
O examinador tentará lhe confundir o tempo todo nesse aspecto da matéria, lhe dizendo que ‘A’ 
é Deputado Federal pelo Estado ‘Z’ e seu filho (que é parente de 1° grau) quer se candidatar a um cargo 
nesse Estado ‘Z’. Você já sabe que não há, pelo parágrafo 7°, qualquer impedimento. Pois o fato de 
sermos cônjuges ou parentes próximos de membros do Legislativo não gera esse específico 
impedimento. 
Quer ver o tema em uma questão de prova? 
Questão para fixar 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Engenharia Civil - Adaptada] De 
acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 
segundo grau ou por adoção, de vereador ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses anteriores 
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
Comentário: 
Notou porque o item está errado? São realmente inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge 
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, dos chefes do Poder Executivo (ou 
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de quem o haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito), salvo se já titular de mandato eletivo 
e candidato à reeleição. Mas o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau, ou por 
adoção, de vereador não são inelegíveis! 
Gabarito: Errado 
 
Bom, o próximo detalhe que quero lhe ensinar é o seguinte: uma construção jurisprudencial da 
nossa Corte Suprema consolidou o entendimento no sentido de que esta espécie de inelegibilidade é 
extensível às situações de união estável. Em outras palavras: o termo “cônjuge” abrange também os 
companheiros que vivem em união estável, homo ou heteroafetiva. 
Veja a posição do STF, firmada em 2011, na qual a união homoafetiva – aquela formada por 
pessoas do mesmo sexo – foi considerada entidade familiar e, portanto, dela decorrem todos os direitos 
e deveres que emanam da união estável entre homem e mulher, consagrada no art. 226, § 3º da 
Constituição Brasileira e no art. 1.723 do Código Civil. 
ADPF 132-RJ, Rel. Min. Ayres Britto: O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial 
proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou 
proverbial significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal ou informalmente 
constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 
1988, ao utilizar-se da expressão família, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a 
formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. Família como instituição privada que, 
voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma 
necessária relação tricotômica. 
Bom, avançandoem nossos estudos, não podemos deixar de relembrar os graus de parentesco, 
já que esse é um conhecimento exigido em prova. Veja se o esquema11 abaixo lhe auxilia na compreensão 
deste ponto: 
 
11. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 488. 
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Com todas essas informações introdutórias já organizadas, vamos agora dar novos passos na 
compreensão do conteúdo dessa complexa inelegibilidade. 
Já sabemos que ela parte do chefe do Poder Executivo e atinge seu cônjuge e parentes mais 
próximos, na circunscrição em que ele exerce seu mandato. Minha sugestão, portanto, é que 
delimitemos a circunscrição de cada um dos chefes do Poder Executivo, para sabermos a quais cargos o 
cônjuge e os parentes mais próximos não poderão concorrer. Vamos começar com o Prefeito. 
- Suponha que José seja Prefeito do Município “A”. Disso, podemos concluir que: 
*A circunscrição dele é o Município “A”; 
*Logo, seu cônjuge/companheiro e parentes até 2º grau não poderão se candidatar pela 1ª vez aos cargos 
de: 
(i) Prefeito do Município “A” 
(ii) Vice-Prefeito do Município “A” 
(iii) Vereador do Município “A”. 
Mas repare, caro aluno: 
(i) Se o cônjuge ou um parente até o 2º grau do Prefeito do Município “A” quiser se candidatar a qualquer 
cargo em outro Município não há qualquer impedimento. Da mesma forma, se eles quiserem se 
candidatar a algum cargo na esfera estadual ou federal, também não há vedação. Em todos esses casos, 
a justificativa é a mesma: estão fora da circunscrição do Prefeito. 
(ii) Não custa lembrar que a circunstância de alguém ser cônjuge ou parente até 2º grau de Vereador do 
Município “A” não traz nenhum impedimento para disputar cargos eletivos no Município “A” (afinal, a 
inelegibilidade reflexa parte do chefe do Executivo e nunca de um membro do Legislativo). 
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(iii) Uma suposição para você entender melhor: se o meu pai é o Prefeito do Município “A”, eu não posso 
me candidatar pela 1ª vez a Vereador naquele Município. Por outro lado, se o meu pai é Vereador no 
Município “A”, eu posso me candidatar a Vereador ou Prefeito do Município “A”. 
- Suponha que José seja o Governador do Estado “X”. Disso, podemos concluir que: 
*A circunscrição dele é o Estado X; 
*Logo, seu cônjuge/companheiro e parentes até 2º grau não poderão se candidatar pela 1ª vez: 
(i) aos cargos municipais nos Municípios que integram o Estado X 
(ii) aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador pelo Estado X 
(iii) Governador ou vice do Estado X 
Mas repare, caro aluno: 
(i) Se o cônjuge ou um parente até o 2º grau do Governador do Estado “X” quiser se candidatar a qualquer 
cargo em outro Estado (ou mesmo na esfera federal) não há qualquer impedimento. 
(ii) Não custa lembrar que a circunstância de alguém ser cônjuge ou parente até 2º grau de Deputado 
Estadual/Deputado Federal/Senador do Estado “X” não traz nenhum impedimento para disputar cargos 
eletivos naquele Estado (afinal, a inelegibilidade reflexa parte do chefe do Executivo e nunca de um 
membro do Legislativo). 
(iii) Uma suposição para você entender melhor: se o meu filho é o Governador do Estado “X”, eu não 
posso me candidatar pela 1ª vez a nenhum cargo naquele Estado. Por outro lado, se o meu filho é Senador 
pelo Estado “X”, eu posso me candidatar a qualquer cargo naquela entidade federada. 
- Suponha que José seja o Presidente da República. Disso, podemos concluir que: 
*A circunscrição dele é o país todo; 
*Logo, cônjuge e parentes até 2º grau não poderão se candidatar pela 1ª vez a nenhum cargo no país. 
Dando continuidade ao nosso estudo, agora quero lhe lembrar da exceção trazida na parte final 
do § 7° do art. 14, que diz: “salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”. 
Essa parte final do § 7º claramente autoriza que o cônjuge ou o parente até 2º grau se candidate 
à reeleição dentro da circunscrição do chefe do Executivo. Afinal, neste caso, o cônjuge ou o parente até 
o 2º grau não está se promovendo às custas do chefe do Executivo, pois ele já é possuidor de um mandato 
eletivo próprio. 
Pois bem. Chegou o momento de estruturarmos o seu “passo a passo” para resolver questões de 
prova que cobram a inelegibilidade em estudo. Minhas recomendações são as seguintes: 
Para resolver as questões que cobram o § 7º, você deve: 
1°- identificar o chefe do Poder Executivo 
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2°- Definir qual é a circunscrição dele 
3º- Verificar se há um cônjuge / companheiro ou parente até segundo grau 
4°- Verificar se o cônjuge / companheiro ou parente até segundo grau quer se candidatar NA 
CIRCUNSCRIÇÃO do chefe do executivo ou FORA DELA 
5º - Se for NA CIRCUNSCRIÇÃO do Chefe do Executivo, verificar se é candidato a ELEIÇÃO ou a 
REELEIÇÃO. 
Vamos testar essas recomendações com exemplos? 
EXEMPLO 1 
* Victor é Governador de MG, eleito em 2018. João Victor, seu filho, é Vereador de Juiz de Fora/MG eleito 
em 2016. 
- Em 2020, JV pretende se candidatar à reeleição. Será possível? 
- SIM! Afinal, JV já é titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
EXEMPLO 2 
* Victor é Governador de MG, eleito em 2018. Theresa, sua filha, pretende se candidatar pela 1ª vez ao 
cargo de vereadora de Juiz de Fora/MG em 2020. Será possível? 
- NÃO! Afinal, Theresa não é titular de mandato eletivo e estará se candidatando pela 1ª vez na 
circunscrição do seu pai (que é parente de 1° grau). Portanto, a inelegibilidade reflexa do art. 14, § 7° vai 
atingi-la. 
EXEMPLO 3 
* Victor é Governador de MG, eleito em 2018. JC, seu pai, é Senador por MG, eleito em 2014. 
- Em 2022, ambos pretendem disputar a reeleição. Isso será possível? 
- SIM! Victor pode pleitear mais um mandato como chefe do Poder Executivo (pois o art. 14, § 5° 
autoriza). Seu pai JC também pode se candidatar à reeleição, quantas vezes desejar, ao cargo de 
Senador. No mais, o fato de Victor ser o Governador do Estado em 2022 não impedirá que seu pai se 
candidate a Senador na mesma circunscrição, que é o Estado de MG, pois o pai já é titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição. 
EXEMPLO 4 
* Em 2016, Renan se elegeu Prefeito de Juiz de Fora/MG. Em 2018 seu irmão, Victor, se elegeu 
Governador de MG. 
- Esse cenário é possível? 
- SIM! Afinal, seu irmão Victor se elegeu fora da circunscrição de Renan. 
EXEMPLO 5 
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* Renan é Prefeito de JF/MG desde 2016 e Victor é Governador de MG desde 2018. São irmãos. 
- Em 2020, Renan poderá pleitear sua reeleição? - SIM! Pois ele estará na circunscrição do irmão Victor 
(Estado de MG), mas já é titular de mandato eletivo e só está se candidatando à reeleição. 
- Em 2020, Rogerinho, irmão mais jovem de ambos, pretende se candidatar pela 1ª vez a Vereador de 
Barbacena/MG. Será possível? - NÃO! O fato de um dos irmãos, Victor, ser Governador do Estado, 
impedirá. 
- Em 2020, Tânia, mãe deles, pretende se candidatar a Vereadora de Três Rios/RJ. Será possível? - SIM! 
Pois estaremos em outra circunscrição. 
Em síntese, olhe sempre se estamos NA CIRCUNSCRIÇÃO do cônjuge/parente chefe do Poder 
Executivo ou se estamos FORA DELA. Na sequência, verifique se o cônjuge/parente pretende se 
candidatar pela 1ª vez ou se já é titular de mandato eletivo e candidato somente à reeleição. 
 
Vamos seguir? Bom, o que vou lhe ensinaragora é um detalhe da matéria que ainda não foi 
muito explorado em prova. Todavia, futuramente poderá ser, portanto, precisamos enfrentar. 
Eu falo da possibilidade de o cônjuge ou parente até o 2º grau do chefe do Executivo se candidatar 
a cargos dentro da circunscrição, inclusive ao cargo dele mesmo. Isso é possível. Sabe quando? Ora, se o 
chefe do Executivo desincompatibiliza em até 6 meses antes da eleição, ele oportuniza que seu cônjuge 
ou parente até o 2º grau se candidate a cargos dentro da circunscrição, inclusive ao cargo dele mesmo se 
ele está em seu 1° mandato e pode disputar a reeleição. Vamos ilustrar: 
- Exemplo: Garotinho foi eleito Governador do RJ em 1998. No final do seu 1º mandato se 
desincompatibilizou até 6 meses antes da eleição e Rosinha, sua esposa, se elegeu Governadora do RJ 
FORA DA 
CIRCUNSCRIÇÃO
Eleição: sim
Reeleição: sim
NA CIRCUNSCRIÇÃO
Eleição: não
Reeleição: sim
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nas eleições seguintes, em 2002. Mas em 2006, nenhum dos dois poderia se candidatar pois ela 
representou, metaforicamente falando, a reeleição dele. Veja o que tivemos: 
1998- 1º mandato: Garotinho (eleição) 
2002- 2º mandato: Rosinha (reeleição) 
2006- 3º mandato: Nenhum dos dois pôde exercer a chefia do Poder Executivo daquele Estado 
Isso foi decidido pelo STF no RE 344.882, abaixo ementado: 
RE 344.882, Rel. Min. Sepúlveda Pertence: Com essa tradição uniforme do constitucionalismo 
republicano, rompeu, entretanto, a EC 16/97, que, com a norma permissiva do § 5º do art. 14 CF, 
explicitou a viabilidade de uma reeleição imediata para os Chefes do Executivo. 4. Subsistiu, no 
entanto, a letra do § 7º, atinente a inelegibilidade dos cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, 
dos titulares tornados reelegíveis, que, interpretado no absolutismo da sua literalidade, conduz a 
disparidade ilógica de tratamento e gera perplexidades invencíveis. 5. Mas, é lugar comum que o 
ordenamento jurídico e a Constituição, sobretudo, não são aglomerados caóticos de normas; 
presumem-se um conjunto harmônico de regras e de princípios: por isso, é impossível negar o impacto 
da Emenda Constitucional nº 16 sobre o § 7º do art. 14 da Constituição, sob pena de consagrar-se o 
paradoxo de impor-se ao cônjuge ou parente do causante da inelegibilidade o que a este não se 
negou: permanecer todo o tempo do mandato, se candidato à reeleição, ou afastar-se seis meses, 
para concorrer a qualquer outro mandato eletivo. 
A decisão acima é tão interessante, e também tão complexa, que vale um resumo estruturado 
para reforçar a compreensão. E não se preocupe se tiver dúvidas no momento da resolução das questões. 
Elas são naturais e esperadas. Se mesmo com as explicações você não superá-las, pode me escrever em 
nosso Fórum de dúvidas, onde estarei te esperando para seguirmos em nosso diálogo. 
 
 
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Bom, estamos quase encerrando nosso estudo do parágrafo 7° e iniciando a resolução das 
questões. Mas ainda precisamos ler a súmula vinculante nº 18 do STF, criada pelo STF para impedir que 
separações fraudulentas afastassem a aplicação da regra do §7º. Veja: 
Súmula vinculante nº 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, 
não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
Esse enunciado indica que se um casal, no qual um deles é chefe do Poder Executivo, se separar 
no curso do mandato, a inelegibilidade persiste para o mandato subsequente. Exemplo: João se elegeu 
Prefeito de Governador Valadares/MG em 2012 e Maria, sua esposa, dele se separou em 2015. Maria pôde 
se candidatar a cargos eletivos no Município de Governador Valadares nas eleições de 2016? Ora, ela não 
pôde se candidatar a cargo nenhum em Governador Valadares nas eleições de 2016, já que a separação 
não afastou a inelegibilidade reflexa do §7º (em 2020 ela poderá). 
Agora um detalhe importante: a Súmula Vinculante nº 18 não se aplica em caso de morte (afinal, 
por razões evidentes, a dissolução da sociedade conjugal em razão de morte nunca será fraudulenta). 
Veja a decisão do STF: 
RE 758.461-PB, Rel. Min. Teori Zavascki: O Enunciado 18 da Súmula Vinculante do STF (“A 
dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade 
prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal”) não se aplica aos casos de extinção do vínculo 
conjugal pela morte de um dos cônjuges. Com base nessa orientação, o Plenário deu provimento a 
recurso extraordinário para deferir o registro de candidatura da recorrente. 
Um exemplo, para ilustrar: José se elegeu Governador de MG em 2010 e faleceu em 2013. Sua 
viúva pôde disputar cargos eletivos no Estado de Minas nas eleições de 2014? Sim, pois a SV 18 não se 
aplica em caso de morte. 
Finalmente posso lhe dizer que concluímos nosso estudo da parte teórica do art. 14, § 7°. Mas 
agora precisamos testar se, de fato, todo o conteúdo foi devidamente assimilado. Pronto para uma 
bateria de questões? Sempre, não é? 
Questões para fixar 
(2017 – IBADE – PC-AC – Delegado de Polícia Civil) Maristela era casada com o prefeito Alcides Ferreira do 
município X, falecido em um acidente de avião em setembro de 2015, no curso de seu segundo mandato. O 
vice-prefeito de Alcides Ferreira assumiu o cargo. Nas eleições de 2016, Maristela concorreu à prefeitura do 
Município X e ganhou a eleição. Considerando o entendimento jurisprudencial do STF, Maristela: 
a) não poderia ser elegível, tendo em vista tratar-se de hipótese de inelegibilidade reflexiva prevista no 
artigo 14, § 7°, CRFB/88. 
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b) não poderia ser elegível, considerando o teor da súmula vinculante n° 18 do STF. 
c) poderia ser elegível, vez que a inelegibilidade prevista no § 7° do artigo 14 da CRFB/88 não se aplica aos 
casos de extinção do vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges. 
d) poderia ser elegível, uma vez que a CRFB/88 não impede que o cônjuge concorra às eleições na mesma 
circunscrição por motivo de casamento, parentesco ou afinidade. 
e) não poderia ser elegível, tendo em vista que a CRFB/88 exige o prazo de 5(cinco) anos, após o término de 
mandato, para que o cônjuge concorra às eleições na mesma circunscrição do marido ou ex-marido. 
Comentário: 
Não há impedimento à candidatura de Maristela. Isto porque, havendo a dissolução do vínculo conjugal em 
razão da morte do detentor do cargo executivo eletivo, durante o mandato deste, a incidência da 
inelegibilidade reflexa prevista no art. 14, § 7°, CF/88 não ocorrerá (não aplicamos o enunciado da SV 18). 
Assim, devemos assinalar a letra ‘c’ como resposta. 
Gabarito: C 
[CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa] Julgue o item a seguir, acerca 
dos direitos da nacionalidade e dos direitos políticos: 
Na hipótese de o marido da governadora de um estado da Federação pretender concorrer à primeira eleição 
para mandato local, ele será inelegível. 
Comentário: 
Nessa questão temos um chefe do Executivo: a Governadora de um Estado. Seu cônjuge não pode 
concorrer, pela 1ª vez, a um mandato local, dentro da circunscrição dela. O item, portanto, é verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[IADES - 2018 - CAU-RO - Assistente Administrativo] Na véspera da eleição de 2014, o cidadão Tiago 
resolveu ingressar na vida política e lançou a própria candidatura a deputado federal. Eleito, e aproximando-
se do final da legislatura, decidiu convencer outros integrantes da família dele a também ingressarem no 
mundo político, com lançamentos de candidatura para as eleiçõesde 2018. O primo João decidiu lançar-se 
candidato ao Senado Federal, e Marcos, o irmão de Tiago, resolveu candidatar-se a deputado federal. Em 
relação a esse caso hipotético, assinale a alternativa correta: 
A) Não será possível a candidatura nem de João e nem de Marcos, tendo em vista a latente inelegibilidade 
relativa. 
B) Somente será possível a candidatura de João e de Marcos caso Tiago renuncie seis meses antes das 
eleições. 
C) Somente será possível a candidatura de João. 
D) Não é necessário que Tiago renuncie ao respectivo mandato, pois, para cargos do Poder Legislativo, não 
há inelegibilidade na hipótese apresentada. 
E) Somente será possível a candidatura de Marcos. 
Comentário: 
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A inelegibilidade reflexa parte de um chefe do Poder Executivo e atinge seu cônjuge e parentes mais 
próximos. Ela não alcança o cônjuge e os parentes de um integrante do Poder Legislativo, como é o caso de 
Tiago, Deputado Federal. Por isso, podemos marcar a letra ‘d’. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição dos 
cargos públicos, julgue o seguinte item: 
Filho de governador de estado é inelegível para qualquer cargo eletivo em âmbito nacional. 
Comentário: 
Filho é parente em 1° grau. Ele não poderá se candidatar, pela 1ª vez, a cargo algum na circunscrição do pai 
(que é o Estado X). No entanto ele é elegível a vários outros cargos. Por exemplo, em âmbito federal, ele 
poderia se candidatar aos cargos de Presidente ou Vice. Também poderia se candidatar a cargos na esfera 
estadual de qualquer outro Estado da Federação (e também aos cargos municipais dos Municípios 
integrantes desses outros Estados). 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição dos 
cargos públicos, julgue o seguinte item: 
Caso já ocupe o cargo de deputado distrital, filho de governador do estado torna-se elegível para o mesmo 
cargo na eleição subsequente. 
Comentário: 
É a aplicação da exceção da parte final do art. 14, § 7°, CF/88. Pode assinalar como verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – Taquígrafo] No que se refere aos princípios, 
direitos e garantias fundamentais previstos constitucionalmente, julgue o item que se segue: 
Considere que Ana seja casada com o presidente de determinada assembleia legislativa estadual e João seja 
casado com uma vereadora da capital desse mesmo estado. Nessa situação hipotética, não há impedimento 
legal para que Ana e João se candidatem a cargos de vereador da citada capital. 
Comentário: 
Ambos são cônjuges de integrantes do Poder Legislativo, logo, a inelegibilidade reflexa não vai atingi-los. 
Poderão se candidatar. O item é, portanto, verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária] Acerca dos direitos e das garantias 
fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir: 
Cônjuge de governador de determinado estado será inelegível nesse mesmo estado, salvo se a sociedade 
ou o vínculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato. 
Comentário: 
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Você que conhece a súmula vinculante nº 18 sabe, a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso 
do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. O item é falso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão – Julgamento] Com relação aos direitos sociais, aos direitos de 
nacionalidade, aos direitos políticos e aos partidos políticos, julgue o próximo item: 
Situação hipotética: O governador de determinado estado, no curso do segundo mandato, rompeu o vínculo 
conjugal com sua esposa, que também se interessa pela vida política. Assertiva: Nessa situação, a ex-esposa, 
caso deseje, poderá candidatar-se, nas eleições seguintes, a cargo eletivo naquele estado, desde que o 
divórcio ocorra seis meses antes do pleito. 
Comentário: 
Não, ela não poderá, por força da súmula vinculante 18. Item falso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2016 - TJ-DFT – Juiz - adaptada] Considerando as interpretações doutrinárias e jurisprudenciais 
conferidas às normas constitucionais referentes aos direitos políticos, julgue a assertiva: 
A dissolução da sociedade conjugal no curso do mandato eletivo de governador de Estado implica a 
inelegibilidade de sua ex-cônjuge para o cargo de deputado estadual na mesma unidade da Federação para 
o pleito subsequente. 
Comentário: 
Isso, item correto. Na eleição subsequente ela, por ser ex-cônjuge, ficará inelegível. 
Gabarito: Certo 
[FCC - 2017 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária] A Constituição Federal estabelece casos de 
inelegibilidade por motivos de casamento, parentesco ou afinidade. Segundo essas regras constitucionais e 
à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é inelegível para o mandato de: 
A) Deputado Estadual, o ex-cônjuge do Governador do mesmo Estado, quando a dissolução da sociedade 
ou do vínculo conjugal tiver ocorrido no curso do mandato, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato 
à reeleição. 
B) Deputado Estadual, o cônjuge de Prefeito de Município do mesmo Estado. 
C) Deputado Estadual, o parente consanguíneo ou afim, até o terceiro grau, do Governador do mesmo 
Estado. 
D) Presidente da República, o cônjuge do Prefeito. 
E) Governador, o cônjuge de Deputado Estadual do mesmo Estado, salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição. 
Comentário: 
Cinco casos interessantes trazidos pela FCC. Vamos avaliar um a um: 
- Letra ‘a’: de fato, o ex-cônjuge do Governador de um Estado, quando a dissolução da sociedade ou do 
vínculo conjugal tiver ocorrido no curso do mandato (salvo se esse ex-cônjuge já titular de mandato eletivo 
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e candidato à reeleição) é inelegível para o cargo de Deputado Estadual naquele mesmo Estado. Pode 
marcar essa alternativa como verdadeira. 
- Letra ‘b’: o cônjuge de Prefeito de Município de um Estado pode sim se candidatar ao cargo de Deputado 
Estadual por aquele mesmo Estado, pois estará fora da circunscrição do Prefeito (que é só aquele Município). 
- Letra ‘c’: o parente consanguíneo ou afim, até o terceiro grau, do Governador de um Estado pode se 
candidatar ao cargo de Deputado Estadual no mesmo Estado, pois a inelegibilidade reflexa do art. 14, § 7° 
somente atinge o cônjuge e os parentes até segundo grau. 
- Letra ‘d’: o cônjuge do Prefeito pode se candidatar a qualquer cargo fora da circunscrição daquele 
Município, inclusive ao cargo de Presidente da República. 
- Letra ‘e’: o cônjuge de Deputado Estadual de um Estado pode se candidatar ao cargo de Governador do 
mesmo Estado, pois o fato de o cônjuge ser integrante do Poder Legislativo não gera inelegibilidade para 
ele. 
Gabarito: A 
[FGV - 2015 - TCE-RJ - Auditor Substituto] Em razão da morte do governador, fato ocorrido quatro meses 
antes do término do seu mandato, Eustáquio, vice-governador, terminou por sucedê-lo. Nas eleições 
realizadas no mesmo ano, Eustáquio concorreu ao cargo de governador e teve expressiva votação, iniciando 
o respectivo mandato no ano seguinte. Apesar do êxito, Eustáquio, político ambicioso, já iniciou o 
planejamento a respeito do seu futuro e o do seu filho Eustaquinho, que completará vinte e um anos 
exatamente no dia da próxima eleição para cargos eletivos federais e estaduais. De acordo com a 
sistemática constitucional de inelegibilidades, é corretoafirmar que, na próxima eleição, acima referida: 
A) Eustaquinho não poderá concorrer a qualquer cargo eletivo no âmbito do território de jurisdição do seu 
pai; 
B) Eustáquio não precisará renunciar ao mandato de governador para que possa concorrer ao mesmo cargo 
na próxima eleição; 
C) Eustaquinho somente poderá concorrer ao cargo de Senador, no mesmo Estado, caso seu pai renuncie 
ao mandato de governador até seis meses antes do pleito; 
D) Eustáquio somente poderá concorrer ao cargo de governador, na próxima eleição, caso renuncie seis 
meses antes do pleito; 
E) Eustaquinho somente não poderá concorrer a cargos estaduais, inexistindo óbice a que concorra para 
cargos federais. 
Comentário: 
Como Eustáquio é o Governador, seu filho não poderá ser candidato a cargo algum na circunscrição do pai, 
que é um específico Estado da Federação. Nossa resposta, portanto, está na letra ‘a’. 
No mais, as letras ‘b’ e ‘d’ estão erradas, pois o pai não pode pleitear o terceiro mandato consecutivo como 
Governador. O erro da letra ‘c’ está em informar que o filho poderia se candidatar ao cargo de Senador (o 
que não é possível, pois ele não cumpre o requisito da idade mínima, que é de 35 anos). Por fim, na letra ‘e’ 
o equívoco está em afirmar que Eustaquinho poderia concorrer a cargos federais: ele não pode por não 
possuir a idade mínima necessária (35 anos para ser Presidente/Vice). Repare que tanto na letra ‘e’ quanto 
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na letra ‘c’, o fato de o pai se desincompatibilizar (renunciar até seis meses antes do pleito) permitiria a 
candidatura do filho, desde que ele tivesse a idade mínima constitucionalmente exigida. 
Gabarito: A 
[FCC - 2019 - Prefeitura de Recife - PE - Analista de Gestão Administrativa] Determinado servidor público 
ocupante de cargo efetivo em órgão de Administração direta estadual, brasileiro naturalizado, com 22 anos 
de idade, pretende candidatar-se a Prefeito do Município em que possui domicílio eleitoral e no qual sua 
esposa exerce mandato de Vereadora. Nessa hipótese, considerados apenas os elementos ora fornecidos, à 
luz da Constituição Federal, referido servidor: 
A) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que são privativos de brasileiros natos os cargos de 
chefia do Poder Executivo. 
B) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que não possui a idade mínima requerida. 
C) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que seria exercido no território de jurisdição de cônjuge 
titular de mandato eletivo. 
D) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido no mandato, 
havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração 
do cargo eletivo. 
E) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido no mandato, 
ficará afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração. 
Comentário: 
Como ele preenche as condições, é elegível. Lembrando que o fato de a esposa ser vereadora no Município 
não vai ocasionar para ele nenhuma inelegibilidade reflexa. No mais, ficará afastado do cargo, sendo-lhe 
facultado optar por sua remuneração, como indica o art. 38, II: 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de 
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração. 
Gabarito: E 
 
(D) Art. 14, § 8° – A condição de militar 
Primeiramente, é bom destacar que a Constituição considera elegíveis apenas os militares 
alistáveis. Isso significa que o militar que não esteja conscrito deve se alistar como eleitor, mas deverá 
atender as seguintes condições: 
(i) se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
(ii) se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
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Vamos entender o que é que ocorre em cada uma das situações: 
(i) Se o militar deseja se candidatar a um cargo eletivo e tem menos de dez anos de serviço, ele deverá se 
afastar da atividade, o que significa que ele deverá pedir exoneração. Assim, como civil, poderá se 
candidatar normalmente. Se for eleito, terá alcançado seu intuito e exercerá o cargo público eletivo. Do 
contrário, se ele não for eleito, não retornará ao seu antigo cargo militar. 
(ii) Por outro lado, se o militar contar com mais de dez anos de serviço, ele será agregado para concorrer 
à eleição. Se eleito ele passará para a inatividade no ato da diplomação. Se não for eleito, retorna 
normalmente à sua atividade como militar. 
Mas para que você entenda perfeitamente essa regra, deve entender o que é a agregação: essa é 
a situação na qual o militar fica temporariamente desincumbido de suas funções (como se estivesse 
temporariamente aposentado). Não irá trabalhar – pois está em campanha – e também não vai fazer uso 
da farda. Ele permanecerá nessa situação até o resultado final da eleição. Se o militar não for eleito, ele 
retorna para o serviço ativo. Se for eleito, ele continua agregado, até que ocorra a diplomação (ato que 
encerra a eleição, mediante o qual a Justiça Eleitoral entrega um diploma certificando que aquele 
candidato foi eleito validamente e que está em condições de tomar posse). Com o ato de diplomação o 
militar passa para a inatividade, ou seja, será aposentado – aposentadoria normal, proporcional ao tempo 
de serviço. 
Vamos resumir a situação do militar: 
1- O militar que não está conscrito é alistável e elegível. 
2- Devemos, no entanto, verificar se ele tem mais ou menos de 10 anos de serviço. 
3- Se o militar tiver menos de 10 anos de serviço, ele deverá se afastar da atividade militar (pedir 
exoneração) para disputar a eleição. 
4- Por outro lado, se o militar tiver mais de 10 anos de serviço, ele ficará afastado pela autoridade superior 
durante todo período de campanha. 
5- Sendo eleito, logo que for diplomado ele passará para a inatividade (aposentadoria por tempo de 
serviço). 
 
 
 
 
 
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Questões para fixar 
[VUNESP - 2018 - TJ-RJ - Juiz Leigo] Supondo que IRINEU, brasileiro nato, militar, atualmente com 30 anos 
de idade, deseje se candidatar, é correto afirmar que: 
A) não poderá se candidatar, mesmo que desligado da função militar, antes de completados 5 anos de sua 
desvinculação da anterior função. 
B) poderá se candidatar ao cargo de Presidente, Vice-Presidente da República, Senador e também 
Governador, mas se contar com mais de 5 anos de serviço militar, será agregado pela autoridade superior e, 
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
C) poderá se candidatar ao cargo de Presidente ou Vice-Presidente da República, bem como Senador, não 
sendo necessário se afastar ou ficar inativo com relação ao cargo de militar. 
D) caso seja detentor do cargo de Prefeito e queira concorrer a outros cargos, deve renunciar ao respectivo 
mandato até 3 meses antes do pleito. 
E) poderá se candidatar ao cargo de Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, mas se 
tiver menos de 10 anos de serviço militar deverá se afastar da atividade. 
Comentário: 
Veja que questão interessante, pois mescla mais de um tópico já estudado por nós! Perceba que em razão 
de Irineu possuir 30 anos, ele pode se candidatar ao cargo de Governador (e Vice), mas não de Presidente, 
Vice-Presidente da Repúblicaou Senador. Sendo militar, devemos verificar se ele tem mais ou menos de 10 
anos de atividade. Se tiver menos, deverá se afastar da atividade. Se tiver mais, será agregado pela 
autoridade superior. 
Em conclusão, a letra ‘e’ corresponde ao que dispõe o texto constitucional e pode ser assinalada. 
Gabarito: E 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Enfermagem - Adaptada] De acordo 
com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
O militar alistável é elegível desde que, contando com menos de dez anos de serviço, seja agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passe automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
Comentário: 
Notou com o examinador tentou lhe confundir? O militar alistável é elegível desde que, contando com mais 
de dez anos de serviço, seja agregado pela autoridade superior e, se eleito, passe automaticamente, no ato 
da diplomação, para a inatividade. 
Gabarito: Errado 
[VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador - Adaptada] Segundo a Carta Magna brasileira, com relação aos 
direitos políticos, julgue a assertiva: 
O militar alistável é elegível, e se contar com menos de dez anos de serviço, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
Comentário: 
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Notou que o examinador tentou lhe confundir da mesma forma que na questão anterior? Ora, o militar 
alistável é elegível, e se contar com mais de dez anos de serviço, se eleito, passará automaticamente, no ato 
da diplomação, para a inatividade. 
Gabarito: Errado 
[Quadrix - 2017 - COFECI - Auxiliar Administrativo] À luz da CF, julgue o item que se segue acerca dos direitos 
e dos partidos políticos: 
O militar alistável será elegível se atendida for a condição de se contar mais de dez anos de serviço, devendo 
afastar-se da atividade. 
Comentário: 
O militar alistável é elegível independentemente de contar com mais ou com menos de dez anos de serviço. 
As consequências é que serão distintas a depender do tempo dele de serviço. Lembrando que se ele contar 
com menos de dez anos de serviço, é que deverá se afastar da atividade. 
Gabarito: Errado 
[AOCP - 2015 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Em relação aos direitos políticos do 
militar, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) militar alistável é elegível, não sendo necessária a filiação partidária para a disputa. 
b) O militar eleito deverá ser afastado da atividade, se contar com mais de 10 anos de serviço, ou passará 
para a inatividade, caso conte com menos de 10 anos de serviço. 
c) Os conscritos são inelegíveis. 
d) Para concorrer a cargo eletivo, é necessário que o militar tenha sido escolhido previamente em convenção 
partidária. 
Comentário: 
Nessa questão devemos marcar a alternativa incorreta, não vá perder esse ponto por confundir isso! 
A letra ‘a’ é interessantíssima. Está correta, pois, de fato, o militar alistável é elegível e dele não será exigida 
a comprovação da filiação partidária para disputar o pleito. Por que não, professora? Porque o art. 142 § 3º, 
V determina que o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos. No caso do 
militar, a filiação será suprida pelo pedido de registro de candidatura, como manda o art. 14 § 1º, da 
Resolução nº 21.608/2004, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): “A condição de elegibilidade relativa à 
filiação partidária contida no art. 14, § 3º, inciso V, da Constituição da República, não é exigível ao militar da 
ativa que pretenda concorrer a cargo eletivo, bastando o pedido de registro de candidatura, após prévia 
escolha em convenção partidária”. Aliás, esse mesmo artigo explica porque a letra ‘d’ é verdadeira e, por 
isso, não pode ser assinalada. 
A letra ‘b’ é nossa resposta, pois opera uma inversão e, com isso, se torna equivocada: o militar eleito deverá 
ser afastado da atividade, se contar com menos de 10 anos de serviço, ou passará para a inatividade, caso 
conte com mais de 10 anos de serviço. 
Quanto à letra ‘c’: é correta, pois os conscritos são inalistáveis e, consequentemente, inelegíveis. 
Gabarito: B 
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(E) Art. 14, § 9° – Outras inelegibilidades (trazidas por LC) 
Nossa Constituição Federal autoriza a edição de lei complementar para dispor sobre outros casos 
de inelegibilidade relativa e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a 
moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e 
legitimidade das eleições contra influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, 
cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
Atualmente, é a Lei Complementar nº 64/1990 (também chamada de Lei das Inelegibilidades) 
que trata do assunto e estabelece outros casos. Importante salientar que a referida lei sofreu 
significativas alterações pela conhecida "Lei da Ficha Limpa” (LC nº 135/2010). 
Aliás, sobre a lei da Ficha Limpa, cumpre informar que ela trouxe algumas novidades, dentre as 
quais destacamos: 
(i) ficarão inelegíveis e, por isso, não obterão o registro da candidatura, os candidatos que forem 
condenados criminalmente por órgão colegiado, ainda que a decisão não seja definitiva (isto é, ainda 
que caiba discussão na via recursal); 
(ii) o período em que o condenado ficará inelegível passou de três para oito anos por meio da nova lei; 
(iii) a ampliação da listagem dos crimes que acarretam a inelegibilidade desde a condenação até o final 
do prazo de oito anos (lembrando que este somente começa a ser contado depois do cumprimento da 
pena e não se aplica nem aos crimes culposos, nem os definidos na lei como de menor potencial ofensivo 
nem aos crimes de ação penal privada);” 
(iv) inelegibilidade dos integrantes do Poder Legislativo e do Executivo que renunciarem aos seus 
mandatos após já ter sido oferecida representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo 
por infringência a dispositivo da Constituição Federal (ou Estadual), da Lei Orgânica (Distrital ou 
Municipal). 
Importante recordar que a LC nº 135/2010 foi alvo de intensos e calorosos debates no STF, 
especialmente no que se refere à sua constitucionalidade. 
Primeiramente, em março de 2011, foi encaminhado ao Plenário o RE nº 633.703, no qual a Corte 
decidiu (por maioria de 6 X 5) que a Lei da “Ficha Limpa” não poderia ser aplicada às eleições de 2010, 
sob o fundamento de que essa incidência violaria o princípio da anterioridade eleitoral (inscrito no art. 
16, CF/88). 
O STF decidiu, ao julgar procedente pedido formulado em duas ações declaratórias de 
constitucionalidade (ADCs 29 e 30) e improcedente o formulado em ação direta de inconstitucionalidade 
(ADI 4.578), todas por votação majoritária, que: 
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(i) a Lei da “Ficha Limpa” é compatível com a Constituição e pode ser aplicada a atos e fatos ocorridos 
anteriormente à edição da LC nº135/2010; 
(ii) inelegibilidade não é pena, motivo pelo qual incabível a incidência do princípio da irretroatividade da 
lei, notadamente, da presunção de inocência às hipóteses de inelegibilidade. Assim, no campo eleitoral, 
especialmente no que se refere à elegibilidade, consignada está a prevalência da proteção do público e 
da coletividade. 
Vencido mais este tópico, vamos testar nosso conhecimento na prática? 
Questões para fixar 
[NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Técnico Administrativo - Adaptada] Acerca dos direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
Somente se afigura possível a restrição de direitospolíticos nas hipóteses constitucionalmente previstas, 
vedada a criação de inelegibilidades em sede legislativa. 
Comentário: 
Item falso. O art. 14, § 9°, CF/88 prevê justamente a possibilidade de Lei Complementar trazer novas 
hipóteses de inelegibilidades relativas. 
Gabarito: Errado 
[AOCP - 2015 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Consoante às normas 
constitucionais brasileiras, julgue o próximo item: 
É vedada a possibilidade de Lei Complementar estabelecer outros casos de ilegibilidade além dos já 
previstos na Constituição. 
Comentário: 
Outro item falso, tendo em conta o que menciona o art. 14, § 9°, CF/88. 
Gabarito: Errado 
 
(12) Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) 
Prevista no art. 14, §§ 10 e 11 do texto constitucional, a ação de impugnação de mandato eletivo 
acarreta a perda do mandato do candidato que foi eleito mediante fraude, corrupção ou abuso do poder 
econômico. 
Essa ação deve ser proposta perante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação. Eis as duas informações mais cobradas em prova sobre esse tema: o prazo, que você deve 
memorizar ser de 15 dias; e o termo inicial da contagem, que é a diplomação. Já dá para você projetar, 
caro aluno, as inúmeras questões que os examinadores vão elaborar dizendo, erroneamente, que o prazo 
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se conta a partir da eleição ou da posse, ou que o prazo é de 10/20/30 dias.... Esteja, portanto, muito 
atento! 
No mais, esse prazo já mencionado para a propositura (de quinze dias) é decadencial, logo, seu 
exercício não se sujeita nem à suspensão, tampouco à interrupção. Vencido o prazo, desaparece o direito 
por ela tutelado caso não tenha havido a impugnação judicial a tempo. 
A AIME deverá ser instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, 
tramitando em segredo de justiça e respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta 
má-fé. 
Quanto à legitimidade para a propositura, temos que o Ministério Público Eleitoral a detém, do 
mesmo modo que os partidos políticos, as coligações e os candidatos que tiverem concorrido nas 
eleições. De acordo com o que informa a doutrina, os apenas eleitores não possuem legitimidade para a 
propositura dessa ação. 
Por último, insta mencionar a crítica doutrinária ao segredo de justiça constitucionalmente 
determinado à ação. Argumenta-se que os fatos discutidos na ação não envolvem a vida particular do 
candidato, mas sim sua vida pública, de forma que deveria estar sujeito a mais ampla publicidade. 
Antes de iniciarmos nossa análise do art. 17, CF/88, sobre os partidos políticos, vamos resolver algumas 
últimas questões? 
Questões para fixar 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Enfermagem - Adaptada] De acordo 
com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
Comentário: 
O prazo para impugnação do mandato eletivo é mesmo de trinta dias? Não, é de 15! Por isso, a assertiva é 
falsa! 
Gabarito: Errado 
[CONSULPLAN - 2017 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa] ] “O mandato eletivo poderá ser 
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de ______ dias, contados da _______________, instruída a ação 
com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.” Assinale a alternativa que completa 
correta e sequencialmente a afirmativa anterior: 
A) 10 / eleição 
B) 15 / eleição 
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C) 10 / diplomação 
D) 15 / diplomação 
Comentário: 
Fácil assinalar a letra ‘d’, certo? O prazo é de 15 dias e é contado a partir da diplomação. 
Gabarito: D 
[LEGALLE Concursos - 2017 - Câmara de Vereadores de Guaíba - RS - Procurador - Adaptada] Os direitos 
políticos estão presentes na Constituição Federal Brasileira na forma de soberania popular, exercida por 
sufrágio universal e voto direto secreto, cassado em casos especiais conforme descrito em lei. Nesse 
sentido, julgue a assertiva: 
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude. 
Comentário: 
Perfeito este item. Reprodução da Constituição. Pode marcar como verdadeiro. 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2017 - TRE-PR - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva: 
A ação de impugnação de mandato não poderá tramitar em segredo de justiça. 
[UFSM - 2018 - UFSM - Técnico em Eletricidade - Adaptada] De acordo com a Carta Constitucional de 1988, 
no Capítulo IV, que trata dos Direitos Políticos, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Nos termos do que prevê a Carta, julgue a assertiva: 
A ação de impugnação de mandato não tramitará em segredo de justiça. 
[FCC - 2017 - DPE-SC - Defensor Público Substituto - Adaptada] No que tange aos direitos políticos na 
Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva: 
A ação de impugnação de mandato tramitará sem segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, 
se temerária ou de manifesta má-fé. 
[CESPE - 2018 - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área Administrativa] De acordo com as disposições da 
Constituição Federal de 1988 (CF) sobre princípios, direitos e garantias fundamentais, julgue o seguinte 
item: 
Mandato eletivo poderá ser impugnado na justiça eleitoral mediante ação de impugnação de mandato, 
cujos atos terão de ser públicos, em obediência ao princípio da publicidade. 
Comentário: 
As 4 assertivas aqui reunidas são falsas. Afinal, todas elas indicam que a AIME tramitará sem segredo de 
justiça quando, em verdade, sabemos que ele é uma determinação constitucional. 
Gabarito: Errado / Errado / Errado/ Errado 
 
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(13) Partidos Políticos 
(A) Introdução 
No Capítulo V do Título II, temos o art. 17, que trata dos Partidos políticos. Estes são pessoas 
jurídicas de direito privado que congregam cidadãos com ideologias e interesses comuns, os quais se 
associam voluntariamente para buscar conquistar o poder e fazer prevalecer suas ideias, ou ao menos 
inspirar as decisões políticas nas instâncias governamentais. 
Creio ser interessante transcrever o conceito legalmente posto no art. 1º da Lei nº 9.096/1995 (Lei 
orgânica dos Partidos Políticos), de que “o partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se 
a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender 
os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal”. 
Os partidos políticos são também instrumentos que propiciam aos indivíduos a condição de se 
expressarem a respeito dos acontecimentos políticos nacionais e participarem com efetividade da vida 
política estatal. Indispensáveis no regime representativo, é por meio deles que se organiza a vontade 
popular, na busca da realização de projetos comuns. 
É certo que a cidadania também se realiza fora dos partidos, pois os cidadãos a exercem no seu 
dia-a-dia, quando apoiam alguma decisão política, quando votam ou subscrevem um projeto de lei de 
iniciativa popular. No entanto, como não há mandato eletivo sem os partidos – já que a filiação partidária 
é requisito indispensável à elegibilidade (art. 14, § 3º, V, CF/88) –, eles se afiguram como um relevante e 
fundamental canal para oscidadãos se aproximarem do poder político e influenciarem as decisões. 
No Brasil, os partidos somente foram institucionalizados a partir da Constituição democrática de 
1946, já que anteriormente existiam apenas meras agremiações regionais que, à luz do conceito atual, 
dificilmente receberiam o título de partidos. 
(B) Princípios e preceitos regentes 
A nossa atual Constituição (no art. 17) assegura a livre criação, fusão e incorporação de partidos 
políticos. 
Essa liberdade, no entanto, não é absoluta, condicionando-se à observância de certos princípios, 
a saber: (i) da soberania nacional, (ii) do regime democrático, (iii) do pluripartidarismo e (iv) dos direitos 
fundamentais da pessoa humana. 
Além dos referidos limites, o texto constitucional estabelece que os partidos políticos deverão 
observar os seguintes preceitos: 
(a) Deverão ter caráter nacional: 
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- Trazer tal exigência evita a criação de partidos com projetos regionais ou meramente locais, já que os 
partidos deverão possuir programas político-partidários e compromissos voltados para todo o território 
nacional, vale dizer, projetos que envolvam o país na sua totalidade e não somente pequenos grupos 
locais. E como a Constituição exige dos partidos que eles tenham caráter nacional, nada melhor para 
aferir isso do que o parâmetro do apoiamento no território nacional, pois deve o partido ter a aprovação 
de um mínimo de eleitores em pelo menos nove Estados da federação. Vale registrar que, na tentativa 
de dificultar a criação de novos partidos, em 2015 a Lei n° 13.165 alterou o parágrafo 1° do art. 7° da Lei 
nº 9.096/1995, passando a exigir que o apoiamento de eleitores seja coletado durante o período de dois 
anos, pelo menos. 
(b) Não poderão estar subordinados ou receber recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros: 
- Esse é um preceito que visa proteger os interesses do país e resguardar a soberania nacional. Os 
partidos políticos já têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão 
(“direito de antena”), na forma da lei (art. 17, § 3º, CF/88). A eles está constitucionalmente vedado aceitar 
qualquer recurso financeiro que venha de entidade ou Governo estrangeiro, não podendo haver nenhum 
tipo de subordinação a estes. 
- Sobre este tema, aliás, lembremos que a redação do § 3° do art. 17 foi modificada pela EC nº 97/2017, 
que criou a chamada cláusula de barreira, cuja finalidade é a de restringir o acesso dos partidos políticos 
aos recursos do fundo partidário e ao tempo gratuito no rádio e na televisão (a cláusula será aplicada 
progressivamente até atingir seu ápice em 2030; veja o que diz o art. 3° da EC 97/2017). 
(c) Deverão prestar contas à Justiça Eleitoral: 
- Foi para afastar o abuso do poder econômico que a CF/88 determinou que os partidos políticos deverão 
prestar contas à Justiça Eleitoral de qualquer recurso que venham a receber, sejam os oriundos do fundo 
partidário ou fruto de doações, assim como de todos os gastos realizados nos processos eleitorais. 
(d) Deverão ter seu funcionamento parlamentar de acordo com a lei: 
- Significa, segundo Kildare12 que “para funcionar os partidos políticos devem ter representação no 
Legislativo a fim de que possam usufruir do direito à estrutura de lideranças e participar na divisão 
proporcional da composição das mesas de comissões, nos termos dos regimentos internos das Casas 
 
12. CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional: teoria do estado e da Constituição, direito internacional positivo. 15ª 
ed. rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Del Rey, 2009, p. 985. 
 
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Legislativas”. 
Vale, ainda, informar que o § 4º do art. 17, CF/88 veda que os partidos políticos se utilizem de 
organizações paramilitares. Lembra o que são organizações desse tipo? São aquelas que representam 
um agrupamento ilícito de pessoas que se “espelham” em princípios das Forças Armadas (hierarquia, 
disciplina e obediência) e fazem uso de armas para atuarem em fins distintos do interesse público. Tais 
associações fazem treinamento bélico dos seus membros, se organizam hierarquicamente e atuam 
como um poder paralelo na sociedade, tudo isso é expressamente vedado pela Constituição Federal. 
Nesse contexto, a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995), em seu art. 6º dispõe que “é 
vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar uniforme para seus membros”, em consonância com o que está firmado no art. 5º, 
XLIV, CF/88 que preceitua ser “crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”. 
Finalmente, por serem pessoas jurídicas de direito privado (art. 44, V, CC), a criação de partidos 
exige apenas que um grupo de pessoas estabeleça seus atos constitutivos e os registrem no Cartório de 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Após o registro no cartório – que para as pessoas jurídicas é requisito 
para a aquisição de personalidade jurídica –, o novo partido deverá registrar seus estatutos no Tribunal 
Superior Eleitoral. É este o teor do § 2° do art. 17, quando diz que: “Os partidos políticos, após adquirirem 
personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”. 
Sobre o último parágrafo, caro aluno, muito cuidado com uma armadilha costumeiramente 
armada pelo examinador: ele diz (erroneamente) que os partidos somente adquirem personalidade 
jurídica depois de registrarem seus estatutos perante o TSE. Ora, a aquisição dessa personalidade se deu 
antes, com o registro no cartório, na forma da lei civil! 
(C) Liberdade e autonomia partidária 
O partido político é uma associação dotada de ampla autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, 
distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária 
(art. 17, § 1º, CF/88). 
Em razão dessa autonomia que lhes é inerente, os partidos políticos não poderão sofrer 
ingerências estatais indevidas em seu âmbito interno. 
Bom, vamos concluir nosso estudo sobre os partidos políticos resolvendo algumas questões sobre 
o assunto! 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2015 - TRF 1ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Com relação ao plebiscito, aos direitos 
políticos, à iniciativa popular de lei e aos partidos políticos, julgue a assertiva: 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público cuja personalidade jurídica se consuma após o 
registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. F 
Comentário: 
Nos termos do art. 17, § 2º, CF/88, os partidos políticos adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, 
ou seja, com o registro dos atos constitutivos no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Após a 
aquisição da personalidade os Partidos registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, 
a assertiva é falsa. 
Gabarito: Errado 
[IESES - 2018 - TJ-AM - Titular de Serviços de Notas e de Registros] Os atos constitutivos e os estatutos dos 
partidos políticos serão inscritos no: 
a) Registro civil de pessoas naturais. 
b) Tabelionato de protesto. 
c) Registro civil de pessoas jurídicas. 
d) Registrode títulos e documentos. 
Comentário: 
Essa foi fácil de marcar! A alternativa ‘c’ é a nossa resposta! Os partidos políticos são pessoas jurídicas de 
direito privado (art. 44, V, CC), devendo seus atos constitutivos serem registrados no Cartório de Registro 
Civil de Pessoas Jurídicas. Após o registro no cartório – que para as pessoas jurídicas é requisito para a 
aquisição de personalidade jurídica –, o novo partido deverá registrar seus estatutos no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
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(14) Questões resolvidas em aula 
QUESTÃO 01 
[SELECON - 2018- SECITEC-MT - Técnico de Apoio Educacional] A Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 decreta que o sistema político do país é de um Estado Democrático de Direito, no qual 
“todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos”. Isto significa que a 
Constituição se firma no conceito de democracia: 
a) participativa, porque a população votante participa das eleições, elegendo os seus candidatos a 
presidente 
b) indireta, porque os cidadãos e as cidadãs votam indiretamente nos ministros do governo estadual 
c) direta, porque o povo elege por meio do voto secreto o presidente do Supremo Tribunal Federal 
d) representativa, porque o povo, que tem o direito a voto, elege seus representantes para os governos 
federais, estaduais e municipais. 
QUESTÃO 02 
[Quadrix - 2018 - CRM-DF - Serviço Administrativo] Quanto aos direitos políticos na CF, julgue o item a 
seguir: 
No ordenamento jurídico brasileiro, o sufrágio se encerra com o direito, de todos os cidadãos, de votar 
em seus candidatos nas eleições gerais e regionais. 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2017 - DPU - Defensor Público Federal] Acerca dos princípios do direito eleitoral e dos direitos 
políticos, julgue o item a seguir: 
No texto constitucional, os direitos políticos estão vinculados ao exercício da soberania popular, restritos, 
portanto, aos direitos de votar e de ser votado. 
QUESTÃO 04 
[PGE-RO - 2011 - PGE-RO - Procurador do Estado] No recente julgamento do Supremo Tribunal Federal, 
conhecido como caso “ficha limpa”, a questão central da discussão baseou-se na interpretação do 
princípio da anualidade, o qual significa que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor: 
a) na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que se realize até um ano da data de sua vigência. 
b) um ano após a sua publicação e só se aplica à eleição realizada após a sua vigência. 
c) na data de sua publicação, com aplicação imediata. 
d) na data estipulada pelo Congresso Nacional, não será aplicada à eleição que se realize até um ano da 
data de sua vigência. 
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e) na data estipulada pelo Superior Tribunal Eleitoral, não se aplicando à eleição que se realize até um 
ano da data de sua vigência. 
QUESTÃO 05 
[MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça - Adaptada] Julgue a seguinte afirmação sobre Direitos 
Políticos: 
A regra da anualidade em matéria eleitoral consagra regra especial de segurança jurídica em matéria 
eleitoral e foi reconhecida pelo STF como um direito fundamental à não surpresa no âmbito do processo 
eleitoral e cláusula pétrea. 
QUESTÃO 06 
[CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo] A respeito dos direitos e garantias fundamentais, 
julgue o item seguinte: 
A lei que alterar o processo eleitoral deverá entrar em vigor na data de sua publicação, não se aplicando 
os seus dispositivos à eleição que ocorrer em até um ano da data de sua vigência. 
QUESTÃO 07 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Enfermagem - Adaptada] De 
acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo - Cargo 2] No tocante aos direitos sociais e aos 
direitos políticos, julgue o seguinte item: 
A lei que altera o processo eleitoral deve entrar em vigor na data de sua publicação e ser aplicada à eleição 
seguinte, independentemente de quando esta ocorrer. 
QUESTÃO 09 
[CESPE - 2016 - ANVISA - Técnico Administrativo - Conhecimentos Específicos] Com relação aos direitos 
e garantias fundamentais, julgue o item que se segue: 
Uma lei que altere o processo eleitoral e que seja editada no mesmo ano das eleições municipais poderá 
ser aplicada, desde que sua edição se dê, no mínimo, cento e oitenta dias antes do pleito eletivo. 
QUESTÃO 10 
[MS CONCURSOS - 2018 - SAP-SP - Analista Administrativo] Art. 16 da Constituição Federal: “A lei que 
alterar o processo eleitoral entrará em vigor ____________________, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência”. 
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Qual alternativa preenche a lacuna corretamente? 
A) de imediato 
B) na data de sua publicação 
C) no primeiro dia útil seguinte 
D) após três dias corridos 
E) em cinco dias úteis 
QUESTÃO 11 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Conhecimentos Específicos] No que se 
refere às disposições constitucionais, julgue o item a seguir: 
Caso seja publicada e passe a viger em fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral poderá ser 
aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse mesmo ano. 
QUESTÃO 12 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Conhecimentos Específicos] Julgue 
o item que se segue, no que concerne aos direitos e garantias fundamentais e à aplicabilidade das normas 
constitucionais: 
A norma constitucional que consagra o princípio da anterioridade eleitoral não pode ser abolida por 
tratar-se de uma garantia individual fundamental do cidadão-eleitor. 
QUESTÃO 13 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia - Adaptada] Acerca dos direitos e garantias fundamentais 
previstos na CF, julgue a assertiva: 
Embora a CF vede a cassação de direitos políticos, ela prevê casos em que estes poderão ser suspensos 
ou até mesmo perdidos. 
QUESTÃO 14 
[FCC - 2015 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário – Administrativa] Nos termos da disciplina 
constitucional dos direitos políticos: 
a) É possível a cassação dos direitos políticos, sua perda ou suspensão, que se dará nos casos de 
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; 
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação 
a todos imposta ou prestação alternativa; improbidade administrativa. 
b) Não é admissível a cassação dos direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de 
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; 
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condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação 
a todos imposta ou prestação alternativa; improbidade administrativa. 
c) A cassação dos direitos políticos só é permitida nos casos de improbidade administrativa, incapacidade 
civil absoluta e condenação por crime doloso. 
d) A perda ou a suspensão dos direitos políticos não é possível nos casos de improbidade administrativa 
e de incapacidade civil absoluta. 
e) O ordenamento jurídico constitucional brasileiro não admite a perda dos direitos políticos, mas apenas 
a respectiva suspensão.QUESTÃO 15 
[FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público] Segundo a Constituição Federal, é vedada a cassação dos 
direitos políticos, admitindo-se a perda ou suspensão no caso de: 
A) procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. 
B) condenação criminal não transitada em julgado, mas com decisão condenatória proferida em segundo 
grau de jurisdição. 
C) cancelamento de naturalização por decisão administrativa. 
D) ausência de prestação de contas à Justiça Eleitoral. 
E) incapacidade civil absoluta. 
QUESTÃO 16 
[CESPE - 2017 - TRE-TO - Analista Judiciário - Área Administrativa] A perda ou a suspensão dos direitos 
políticos do eleitor ocorrerá se: 
A) sua naturalização for cancelada por sentença transitada em julgado. 
B) for-lhe imposta condenação criminal, ainda que seja passível de recurso. 
C) ele completar setenta anos de idade. 
D) ele completar oitenta anos de idade. 
E) sobrevier-lhe, por qualquer motivo, incapacidade civil relativa. 
QUESTÃO 17 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa] De acordo com a Constituição Federal 
de 1988 (CF), a perda ou a suspensão dos direitos políticos se dará em caso de: 
A) condenação criminal por decisão de tribunal contra a qual caiba recurso. 
B) incapacidade civil relativa. 
C) condenação em ação de improbidade administrativa, nos termos da lei. 
D) cancelamento da naturalização por decisão judicial de primeira instância. 
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E) condenação criminal por decisão judicial de primeira instância. 
QUESTÃO 18 
[Quadrix - 2018 - CRP - 2º Região (PE) - Psicólogo Orientador - Fiscal - Adaptada] Acerca dos direitos 
políticos, julgue a assertiva: 
A CF autoriza cassação dos direitos políticos somente em hipóteses de condenação criminal e 
improbidade administrativa. 
QUESTÃO 19 
[CESPE - 2018 - Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal] Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta 
e um anos de idade no mês de janeiro de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado condenação 
criminal contra ele, tendo sido arbitrada, entre outras sanções, pena privativa de liberdade. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com relação aos direitos políticos de 
Gilberto: 
O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação dos direitos políticos 
de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação. 
QUESTÃO 20 
[FGV - 2018 - MPE-AL - Técnico do Ministério Público – Geral] João praticou um crime e foi condenado, 
em sentença criminal transitada em julgado, a (10) dez anos de reclusão. Considerando a sistemática 
constitucional afeta à suspensão ou à perda dos direitos políticos, é correto afirmar que a referida 
condenação criminal acarreta: 
A) a suspensão dos direitos políticos por tempo equivalente ao dobro da pena privativa de liberdade. 
B) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo que venha a ser determinado pelo Juiz Eleitoral. 
C) a suspensão dos direitos políticos pelo tempo determinado pelo Juiz que a proferiu. 
D) a suspensão dos direitos políticos enquanto a condenação produzir os seus efeitos. 
E) a perda definitiva dos direitos políticos. 
QUESTÃO 21 
[CESPE - 2018 - IPHAN - Auxiliar Institucional - Área 1] A respeito dos direitos e das garantias 
fundamentais, julgue o item seguinte: 
O cancelamento da naturalização em razão de sentença transitada em julgado implica cassação dos 
direitos políticos. 
QUESTÃO 22 
[CESPE - 2017 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Procurador Municipal - Adaptada] Acerca dos direitos 
e garantias fundamentais, julgue a assertiva: 
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Após a condenação criminal transitada em julgado, os direitos políticos do infrator ficarão suspensos 
enquanto durarem os efeitos da referida condenação. 
QUESTÃO 23 
[ESAF - 2013 - DNIT - Técnico Administrativo – Adaptada] Analise a assertiva abaixo: 
A incapacidade civil absoluta gera suspensão dos direitos políticos. 
QUESTÃO 24 
[FCC - 2018 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo - 
Tabatinga] Por razões de convicção política e filosófica, determinado indivíduo, brasileiro nato, de 21 
anos, recusa-se a prestar serviço como jurado, para o qual havia sido convocado pelos órgãos 
competentes da Justiça, assim como deixa de votar nas eleições para Prefeito e Vereador do Município 
em que reside, realizadas em turno único. Nessas hipóteses, à luz da Constituição Federal: 
A) ambas as condutas são admissíveis, ficando o indivíduo sujeito à suspensão de seus direitos políticos 
apenas na hipótese de recusar-se igualmente ao cumprimento de prestação alternativa, fixada em lei. 
B) ambas as condutas são admissíveis, embora ocasionem desde logo a suspensão dos direitos políticos 
do indivíduo, enquanto perdurar a recusa ao cumprimento das obrigações em questão. 
C) nenhuma das condutas é admissível, uma vez que somente se autoriza a recusa ao cumprimento de 
obrigação legal a todos imposta por motivo de convicção religiosa. 
D) apenas a recusa à prestação de serviço como jurado é admissível, uma vez que a obrigatoriedade do 
voto aos maiores de 18 e menores de 70 anos é prevista no próprio texto constitucional, não se admitindo 
por essa razão a invocação de razão de consciência para escusar-se de seu cumprimento. 
E) apenas a recusa a votar é admissível, por se tratar do exercício de um direito, em que pese sujeitar o 
indivíduo à suspensão dos direitos políticos, diferentemente da prestação do serviço como jurado, 
estabelecido como um dever cívico, não admitindo por essa razão a invocação de razão de consciência 
para escusar-se de seu cumprimento. 
QUESTÃO 25 
[FCC - 2015 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Diligências e Apoio Administrativo] De acordo com o inciso 
VIII do artigo 5º da Constituição Federal, ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa 
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. A recusa de cumprir obrigação a 
todos imposta ou prestação alternativa nos termos do referido artigo: 
A) acarreta a suspensão temporária dos direitos políticos pelo prazo máximo de 5 anos. 
B) acarreta a perda dos direitos políticos. 
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C) não acarreta penalidade no tocante aos direitos políticos tratando-se de situações distintas. 
D) acarreta a suspensão temporária dos direitos políticos pelo prazo máximo de 2 anos. 
E) acarreta a suspensão temporária dos direitos políticos pelo prazo mínimo de 2 anos e máximo de 3. 
QUESTÃO 26 
[FCC - 2011 - TCE-SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria Jurídica] É causa de perda dos 
direitos políticos, conforme decorre da Constituição Federal de 1988: 
A) a incapacidade civil absoluta. 
B) a condenação criminal transitada em julgado. 
C) o cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado. 
D) a prática de ato de improbidade administrativa. 
E) a recusa de cumprimento de obrigação a todos imposta por motivo de crença religiosa. 
QUESTÃO 27 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Técnico Socioeducativo - Administrativo] No que diz 
respeito a direitos e garantias fundamentais, assinale a alternativa correta: 
A) Qualquer cidadão é legitimado a ingressar com ação popular ou ação civil pública que vise anular ato 
lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento das custas judiciais e do ônus da sucumbência.B) Os tratados internacionais que forem aprovados pelo Congresso Nacional serão equivalentes às 
emendas constitucionais. 
C) Considere que João seja jogador de futebol na Espanha e que, após alguns anos, lhe tenha sido imposta 
a naturalização pela lei espanhola para que continuasse a trabalhar. Nesse caso, optando-se pela 
nacionalidade espanhola, João perderá a nacionalidade brasileira. 
D) Suponha-se que Antônio seja oficial do exército há quinze anos e pretenda se candidatar a cargo 
eletivo. Nesse caso, mesmo como candidato, Antônio deverá afastar-se da atividade. 
E) É hipótese de perda ou suspensão dos direitos políticos a recusa de cumprir obrigação imposta a todos 
ou prestação alternativa prevista em lei. 
QUESTÃO 28 
[Quadrix - 2018 - CRM-DF - Serviço Administrativo] Quanto aos direitos políticos na CF, julgue o item a 
seguir: 
A incapacidade civil absoluta acarreta a perda dos direitos políticos do interditado. 
QUESTÃO 29 
[CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência] Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue: 
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Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto plebiscito é uma 
consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais. 
QUESTÃO 30 
[FCC - 2015 - TCE-CE - Analista de Controle Externo-Auditoria Governamental] Sobre o mecanismos de 
controle social previstos pela Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que o 
A) plebiscito deve ser realizado depois da aprovação do projeto de lei. 
B) plebiscito deve ser realizado depois da elaboração do projeto de lei para dar subsídios a sua 
elaboração. 
C) referendo deve ser realizado antes da aprovação do projeto de lei para dar subsídios a sua elaboração. 
D) referendo deve ser realizado depois da elaboração do projeto de lei. 
E) referendo deve ser realizado depois da aprovação do projeto de lei. 
QUESTÃO 31 
[VUNESP - 2018 - Câmara de Campo Limpo Paulista - SP - Procurador Jurídico] A democracia 
representativa brasileira é suavizada com a presença, no nosso ordenamento jurídico, de mecanismos 
que são próprios das democracias diretas: plebiscito e referendo. A respeito desses dois mecanismos de 
participação popular, assinale a alternativa correta. 
A) É da competência exclusiva da Câmara dos Deputados autorizar referendo, por meio da edição de um 
decreto legislativo. 
B) O referendo é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo 
voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. 
C) O plebiscito pode ter seu trâmite iniciado pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de 
plebiscito subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional. 
D) É da competência exclusiva do Congresso Nacional convocar plebiscito. 
E) O plebiscito é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo 
a respectiva ratificação ou rejeição. 
QUESTÃO 32 
[FCC - 2016 - AL-MS - Agente de Apoio Legislativo] Nos termos da Constituição Federal, a convocação 
de plebiscito é competência exclusiva: 
A) do Senado Federal. 
B) do Presidente da República. 
C) do Congresso Nacional. 
D) da Câmara dos Deputados. 
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E) do Procurador-Geral da República. 
QUESTÃO 33 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa] A Constituição Federal de 1988 
estabelece que “todo o poder emana do povo”, que pode exercê-lo diretamente. Nesse sentido, o 
instrumento constitucional que materializa uma consequência advinda do princípio invocado é o(a): 
A) plebiscito. 
B) filiação partidária. 
C) greve. 
D) alistamento militar. 
E) livre expressão da atividade intelectual. 
QUESTÃO 34 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo] De acordo com a Constituição 
Federal, a soberania popular é exercida, nos termos da lei, por meio de instrumentos como: 
A) o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular e o voto direto e aberto. 
B) a iniciativa popular e o voto indireto e secreto. 
C) o sufrágio universal e o voto indireto e secreto. 
D) a iniciativa popular, o referendo e o voto indireto e aberto 
E) o plebiscito e o referendo. 
QUESTÃO 35 
[Cursiva - 2015 - CIS - AMOSC - SC - Técnico administrativo] Na Constituição Federal, art. 14, a soberania 
popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
A) plebiscito, referendo e iniciativa popular 
B) plebiscito, eleição e iniciativa popular 
C) plebiscito, referendo e eleição direta 
D) nenhuma alternativa correta 
QUESTÃO 36 
[IESES - 2016 - TJ-PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] A iniciativa popular pode 
ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 
[..............................] do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por [..............] Estados, com não 
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles: 
A) Três por cento; oito. 
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B) Um por cento; cinco. 
C) Dois por cento; sete. 
D) Cinco por cento; dez. 
QUESTÃO 37 
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Administrativo] A iniciativa popular é uma forma de participação 
popular e um direito político consistente na possibilidade de: 
A) opinar sobre projetos de lei a serem votados pelo Congresso Nacional em matérias polêmicas, assim 
consideradas as que obtenham aprovação por quórum qualificado em ambas as casas legislativas. 
B) decidir, de forma vinculante, sobre lei já aprovada pelo Congresso Nacional, desde que aprovada por 
dois terços dos senadores. 
C) apresentar, à Câmara dos Deputados, projeto de lei, desde que subscrito por, no mínimo, um por cento 
do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
D) revogar mandato eletivo de parlamentar, federal ou estadual, desde que não tenha havido 
procedimento relativo a falta por ele praticada na casa legislativa de origem. 
E) apresentar, ao Senado Federal, projeto de lei ordinária ou complementar subscrito por, no mínimo, 
cinco décimos por cento do eleitorado nacional. 
QUESTÃO 38 
[CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo] Acerca da organização político-administrativa e da 
administração pública, julgue o próximo item: 
Não há previsão constitucional para a iniciativa popular de leis no processo legislativo estadual. 
QUESTÃO39 
[FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública] O processo legislativo é o conjunto de regras 
procedimentais tendentes a regulamentar a elaboração das espécies normativas. A soberania popular é 
exercida de várias formas, como através da iniciativa popular. Sobre o instituto, a Constituição Federal 
prevê: 
A) que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de 
lei subscrito por, no mínimo, um por cento da população nacional. 
B) que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de 
lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado nacional. 
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C) somente a iniciativa popular em nível federal, razão pela qual não é possível em âmbito estadual e 
municipal, pois em matéria de processo legislativo, a competência para legislar é da União, nos limites 
previstos na Constituição. 
D) somente a iniciativa popularem nível federal, e a omissão sobre a possibilidade de iniciativa popular 
em nível estadual e municipal não significa a impossibilidade de tal ocorrer, pois as Constituições 
Estaduais e Leis Orgânicas Municipais podem dispor sobre a matéria, pelo princípio do paralelismo ou 
simetria. 
E) a possibilidade de iniciativa popular em âmbito municipal, através de projetos de lei de interesse 
específico do Município, da cidade ou de bairros, com manifestação de, pelo menos, cinco por cento do 
eleitorado. 
QUESTÃO 40 
[FUNCAB - 2013 - PC-ES - Delegado de Polícia] São direitos políticos positivos: 
I. De votar (inclusive em plebiscitos e referendos) e ser votado. 
II. Inelegibilidade e de organizar e participar de partidos políticos. 
III. Perda e suspensão dos direitos políticos. 
IV. De propor ação popular e de exercer a iniciativa popular. 
Estão corretos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) II e III. 
C) I e IV. 
D) I, II e IV. 
E) II, III e IV. 
QUESTÃO 41 
[IBFC 2014 - TRE-AM - Analista Judiciário] Com relação aos instrumentos de democracia semidireta ou 
participativa, analise o seguinte o enunciado, a seguir, e assinale a alternativa a que se refere à seguinte 
assertiva: “é convocado(a) com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo 
voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido”: 
A) Lei de iniciativa popular. 
B) Referendo. 
C) Recall. 
D) Plebiscito. 
QUESTÃO 42 
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[CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto] Assinale a opção que indica o instrumento da 
democracia direta ou participativa que constitui consulta popular ao eleitorado sobre a manutenção ou 
revogação de um mandato político: 
a) impeachment 
b) referendo 
c) plebiscito 
d) recall 
QUESTÃO 43 
[FUMARC - 2009 - DPE-MG - Defensor Público] Dentre os instrumentos da democracia semidireta, 
aquele que consiste em consulta à opinião do eleitorado sobre a manutenção ou a revogação do mandato 
político ou administrativo conferido a alguém, denomina-se: 
a) Impeachment 
b) Plebiscito. 
c) Referendo. 
d) Recall. 
QUESTÃO 44 
[CESPE - 2011 - MEC - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos] No que se refere ao 
direito constitucional, julgue o item a seguir. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que 
empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos. 
QUESTÃO 45 
[CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador] Acerca dos 
direitos e garantias fundamentais estabelecidos na CF, julgue o item seguinte: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos de idade. 
QUESTÃO 46 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo - Técnico de Enfermagem] A 
respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de 60 anos. 
QUESTÃO 47 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos 
Políticos, julgue a assertiva: 
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O voto é facultativo para os analfabetos e os maiores de setenta anos. 
QUESTÃO 48 
[CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual] A propósito do que dispõe a Constituição 
Federal acerca dos direitos políticos dos analfabetos, julgue o item a seguir: 
O voto não é obrigatório para os analfabetos. 
QUESTÃO 49 
[INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico - Adaptada] Os direitos políticos foram frutos de 
diversas lutas sociais para que os cidadãos pudessem participar da vida política do Estado. Entretanto, 
estes direitos são concedidos através de alguns requisitos apontados na Constituição Federal. 
No que se refere a esses direitos e aos requisitos exigidos para o exercício dos direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
O voto é facultativo para os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos. 
QUESTÃO 50 
[CESPE - 2017 - TRE-PE - Técnico Judiciário – Área Administrativa] O alistamento eleitoral e o voto são 
obrigatórios para: 
A) maiores de setenta e cinco anos de idade. 
B) maiores de dezoito anos de idade. 
C) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade. 
D) analfabetos. 
E) maiores de setenta anos de idade. 
QUESTÃO 51 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa] Ao ser procurada para responder 
pesquisa relativa às eleições estaduais, Maria Lúcia, professora aposentada, então com sessenta e seis 
anos de idade, recusou-se a responder aos questionamentos e alegou que, por ser idosa, não era mais 
obrigada a votar. Assim, afirmou que, como tem a intenção de utilizar essa prerrogativa, sua opinião 
quanto aos candidatos não seria relevante à pesquisa. 
Nessa situação hipotética, à luz da Constituição Federal de 1988, o entendimento de Maria Lúcia está: 
A) correto, porque a sua idade faz presumir a incapacidade civil absoluta, o que acarreta a perda de 
direitos políticos. 
B) correto, tendo em vista que a sua situação de idosa lhe garante o voto facultativo. 
C) correto, porque a aposentadoria torna seu voto facultativo. 
D) equivocado, porque o voto é facultativo apenas para os analfabetos. 
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QUESTÃO 52 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Conhecimentos Específicos] Julgue o item 
subsequente, relativos a alistamento e domicílio eleitoral: 
O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para analfabetos, portadores de necessidades especiais, 
maiores de setenta anos de idade e para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade. 
QUESTÃO 53 
[FGV - 2018 - TJ-SC - Oficial da Infância e Juventude] José pretendia concorrer ao cargo de vereador e foi 
informado de que deveria possuir direitos políticos. Por desconhecer como poderia cumprir essa 
exigência, solicitou a orientação de um advogado. À luz da sistemática constitucional, o advogado 
informou, corretamente, que esse requisito é cumprido: 
A) apenas com o nascimento no território brasileiro; 
B) com a aquisição da nacionalidade brasileira; 
C) com a realização do alistamento eleitoral; 
D) com a impetração do mandado político; 
E) com o pagamento da taxa eleitoral. 
QUESTÃO 54 
[AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora-MG - Auditor Fiscal) De acordo com as disposições insculpidas 
pelos dispositivos constitucionais, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos. Nesse sentido e relativamente à obrigatoriedade do 
alistamento eleitoral e do voto, a Constituição Federal determina que o alistamento eleitoral e o voto são 
obrigatórios para os: 
a) maiores de dezesseis anos. 
b) maiores de dezoito anos. 
c) maiores de vinte e um anos. 
d) analfabetos. 
e) maiores de setenta anos. 
QUESTÃO 55 
[CESPE - 2016 - TCE-PA - Conhecimentos Básicos- Cargos 4, 5 e de 8 a 17] No que diz respeito à disciplina 
constitucional relativa aos direitos políticos, julgue o item seguinte: 
A alistabilidade, que se refere à capacidade do indivíduo de ser eleitor, com direito de participar da 
escolha dos mandatários, é vedada aos estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, 
aos conscritos. 
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QUESTÃO 56 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - TécnicoLegislativo - Técnico de Enfermagem] A 
respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, 
os conscritos. 
QUESTÃO 57 
[INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico - Adaptada] Os direitos políticos foram frutos de 
diversas lutas sociais para que os cidadãos pudessem participar da vida política do Estado. Entretanto, 
estes direitos são concedidos através de alguns requisitos apontados na Constituição Federal. No que se 
refere a esses direitos e aos requisitos exigidos para o exercício dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
Os estrangeiros não podem alistar-se como eleitores. 
QUESTÃO 58 
[CESPE - 2014 - PGE-BA - Procurador do Estado] Acerca dos direitos políticos, julgue o item a seguir: 
Não são alistáveis como eleitores nem os estrangeiros nem os militares. 
QUESTÃO 59 
[Quadrix - 2018 - CRP - 2º Região (PE) - Psicólogo Orientador - Fiscal - Adaptada] Acerca dos direitos 
políticos, julgue a assertiva: 
Podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os conscritos, mesmo durante período de serviço 
militar obrigatório. 
QUESTÃO 60 
[AOCP - 2015 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa] NÃO constitui condição de 
elegibilidade prevista na constituição: 
a) a quitação eleitoral 
b) o pleno gozo dos direitos políticos. 
c) a filiação partidária. 
d) a nacionalidade brasileira, nativa ou naturalizada. 
e) a idade mínima para o cargo em disputa. 
QUESTÃO 61 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos 
Políticos, julgue a assertiva: 
É condição de elegibilidade, na forma da lei, o pleno exercício dos direitos políticos. 
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QUESTÃO 62 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa] Vincent, cidadão holandês 
naturalizado brasileiro, conseguiu, por determinação judicial definitiva, o cancelamento de sua 
naturalização e, então, regressou à Holanda. Tempos depois, já com trinta e dois anos de idade, ele foi 
convidado por um partido político nacional a concorrer ao cargo de deputado estadual de um estado da 
Federação brasileira. 
Nessa situação hipotética, de acordo com os preceitos constitucionais, Vincent será: 
A) inelegível, porque ainda não tem a idade mínima para o exercício do cargo de deputado estadual no 
Brasil, que é de trinta e cinco anos. 
B) elegível, caso se candidate no estado da Federação no qual residiu até conseguir seu direito à 
naturalização. 
C) inelegível, porque o cancelamento judicial da naturalização afasta-lhe o pleno exercício dos direitos 
políticos. 
D) elegível, desde que sua condição de brasileiro naturalizado tenha sido superior a cinco anos. 
E) elegível, desde que ele comprove seu domicílio eleitoral em qualquer estado da Federação. 
QUESTÃO 63 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos 
Políticos, julgue a assertiva: 
Não é condição de elegibilidade, na forma da lei, o domicílio eleitoral na circunscrição. 
QUESTÃO 64 
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário – Administrativa] De acordo com o disposto na CF, é 
condição de elegibilidade: 
A) a idade mínima de dezoito anos de idade para os cargos de senador, deputado e vereador, ou de vinte 
e um anos de idade para os cargos de prefeito, governador e vice-governador, presidente e vice-
presidente da República. 
B) o alistamento militar. 
C) a certificação de participação em entidades de assistência social ou ONGs. 
D) a nacionalidade brasileira ou, para o estrangeiro, a residência no Brasil. 
E) o pleno exercício dos direitos políticos. 
QUESTÃO 65 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos 
Políticos, julgue a assertiva: 
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Para ser Deputado Estadual é necessário ter a idade mínima de 21 anos. 
QUESTÃO 66 
[CESPE - 2013 - TJ-DFT - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A respeito dos direitos e garantias 
fundamentais, julgue o item que se segue: 
Cidadão brasileiro que tiver trinta anos de idade poderá ser candidato a senador, desde que possua pleno 
exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, filiação partidária e domicílio eleitoral no estado 
pelo qual pretenda concorrer. 
QUESTÃO 67 
[INAZ do Pará - 2018 - CORE-MS - Assistente Jurídico - Adaptada] Os direitos políticos foram frutos de 
diversas lutas sociais para que os cidadãos pudessem participar da vida política do Estado. Entretanto, 
estes direitos são concedidos através de alguns requisitos apontados na Constituição Federal. 
No que se refere a esses direitos e aos requisitos exigidos para o exercício dos direitos políticos, julgue as 
assertivas: 
(i) Uma das condições para candidatar-se à Presidência da República é a idade mínima de 35 (trinta e 
cinco) anos. 
(ii) É condição de elegibilidade a filiação partidária. 
QUESTÃO 68 
[CESPE - 2011 - PREVIC - Técnico Administrativo – Básicos] Julgue a assertiva: 
A CF determina como condição de elegibilidade para o cargo de presidente e vice-presidente da 
República a idade mínima de trinta anos. 
QUESTÃO 69 
[FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Técnico Legislativo - Técnico de Enfermagem] A 
respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
As idades mínimas para a elegibilidade relativa aos cargos de Presidente da República e Senador são, 
respectivamente, de 35 e 30 anos. 
QUESTÃO 70 
[NUCEPE - 2017 - SEJUS-PI - Agente Penitenciário] Assinale a alternativa que indica, na sequência 
correta, as idades mínimas de elegibilidade para Vice-Governador de Estado, Deputado Estadual, 
Prefeito e Senador: 
a) 35 anos; 35 anos; 30 anos e 35 anos. 
b) 30 anos; 21 anos; 21 anos e 35 anos. 
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c) 21 anos; 18 anos; 21 anos e 30 anos. 
d) 18 anos; 21 anos; 18 anos e 21 anos. 
e) 18 anos para todos os cargos. 
QUESTÃO 71 
[FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário] Rômulo, brasileiro nato, com vinte anos de 
idade completados neste ano de 2014, empresário, residente na cidade de São Luís, filiado a 
determinado partido político, pretende concorrer a um cargo político no pleito eleitoral deste ano de 
2014. Nos termos preconizados pela Constituição Federal, havendo eleições este ano para os cargos de 
Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado 
Estadual, Rômulo: 
a) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador, Vice-Governador 
e Senador, apenas. 
b) poderá concorrer ao cargo de Deputado Estadual, apenas. 
c) poderá concorrer aos cargos de Deputado Estadual e Deputado Federal, apenas. 
d) não poderá concorrer a nenhum cargo. 
e) poderá concorrer a todos os cargos. 
QUESTÃO 72 
[UFSM - 2018 - UFSM - Técnico em Eletricidade - Adaptada] De acordo com a Carta Constitucional de 
1988, no Capítulo IV, que trata dos Direitos Políticos, a soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Nos termos do que prevê a Carta, julgue 
a assertiva: 
A idade mínima para concorrer ao cargo de vereador é de dezoito anos e aos cargos de Governador e 
Vice-governador de Estado trinta e cinco anos. 
QUESTÃO 73 
[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Conhecimentos Básicos - Cargos 3 a 6] Em conformidade com os 
direitospolíticos previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta a respeito do 
alistamento eleitoral: 
A) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento eleitoral é facultativo para os 
conscritos. 
B) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros natos maiores de dezoito anos de idade, 
independentemente da escolaridade. 
C) Um cidadão pode preencher os requisitos para o alistamento eleitoral e ser inelegível como candidato. 
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D) O alistamento eleitoral é facultativo para os estrangeiros residentes no Brasil. 
QUESTÃO 74 
[FUNCAB - 2016 - SEGEP-MA - Agente Penitenciário] A doutrina majoritária classifica as hipóteses de 
inelegibilidade em absolutas e relativas. No que tange às inelegibilidades absolutas, são absolutamente 
inelegíveis os: 
a) alfabetizados e militar alistável. 
b) estrangeiros e militar alistável. 
c) militar alistável e analfabetos. 
d) inalistáveis e analfabetos. 
e) inalistáveis e alfabetizados. 
QUESTÃO 75 
[CESPE - 2015 - FUB - Conhecimentos Básicos - Nível Superior] Julgue o item seguinte, com relação aos 
direitos sociais e políticos: 
O analfabeto, embora inelegível, possui a faculdade de alistar-se e de votar. 
QUESTÃO 76 
[VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador - Adaptada] Segundo a Carta Magna brasileira, com relação aos 
direitos políticos, julgue a assertiva: 
São inelegíveis e inalistáveis os analfabetos e os estrangeiros, e quanto aos conscritos estes não podem 
alistar-se como eleitores durante o período de serviço militar obrigatório. 
QUESTÃO 77 
[CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário - Área Administrativa – Específicos] Acerca dos direitos e 
garantias constitucionais, julgue o item a seguir: 
O analfabeto possui capacidade eleitoral passiva. 
QUESTÃO 78 
[EJEF - 2007 - TJ-MG - Analista Judiciário - Oficial de Justiça - Adaptada] Sobre os direitos políticos, julgue 
a assertiva: 
O analfabeto é desprovido de capacidade eleitoral ativa. 
QUESTÃO 79 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Acerca dos direitos 
políticos, assinale a opção correta: 
A) Brasileiros naturalizados podem votar e concorrer a quaisquer cargos políticos. 
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B) Senadores e governadores de estado e do Distrito Federal se equiparam no que se refere à idade 
mínima exigida como condição de elegibilidade. 
C) O voto, obrigatório para maiores de dezoito anos de idade, é facultativo para aqueles cujos direitos 
políticos tenham sido suspensos em decorrência de condenação criminal transitada em julgado. 
D) O voto é obrigatório para analfabetos maiores de dezoito anos de idade 
E) Embora possam exercer o direito ao voto, os analfabetos são impedidos de concorrer nas eleições. 
QUESTÃO 80 
[FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado - Administrativo] Um brasileiro nato, analfabeto 
e com 21 anos de idade pretende filiar-se a um partido político e concorrer ao cargo de Deputado Federal 
nas próximas eleições. Considerando as normas da Constituição Federal brasileira a respeito da matéria, 
esse cidadão: 
A) não poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal em razão de sua idade, mas poderá concorrer ao 
cargo de Deputado Estadual. 
B) não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo, por ser analfabeto. 
C) não poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal por ser analfabeto, mas poderá concorrer ao 
cargo de Vereador. 
D) não poderá concorrer a nenhum cargo eletivo, embora seja obrigado ao alistamento eleitoral e ao 
voto. 
E) poderá concorrer ao cargo de Deputado Federal, uma vez que preenche os requisitos legais para tanto. 
QUESTÃO 81 
[CESPE - 2010 - MS - Analista Técnico - Administrativo - PGPE 1] No que se refere aos direitos e às 
garantias fundamentais, julgue o item a seguir: 
Aos analfabetos é concedido o direito facultativo de votar, mas não podem ser eleitos para exercer 
mandato político. 
QUESTÃO 82 
[CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil] Lucas Silva é comprovadamente analfabeto e Pierre 
Laurent é francês, residente no Brasil, não naturalizado brasileiro. 
Acerca dessas situações hipotéticas, assinale a opção correta à luz da CF: 
A) Lucas não pode alistar-se como eleitor. 
B) Lucas é inelegível. 
C) Para Pierre, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios. 
D) Pierre equipara-se aos maiores de setenta anos para fins de alistamento eleitoral e voto. 
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E) Pierre é elegível. 
QUESTÃO 83 
[CESPE - 2009 - TRE-MG - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Com relação às condições de 
elegibilidade e de inelegibilidade, assinale a opção correta: 
A) Os estrangeiros podem alistar-se como eleitores. 
B) Os analfabetos são alistáveis, razão pela qual dispõem de capacidade para votar e ser votado. 
C) Não são alistáveis os brasileiros conscritos, durante o serviço militar obrigatório, e os policiais 
militares. 
D) Não é considerado elegível o nacional que esteja submetido à suspensão ou à perda de direitos 
políticos. 
QUESTÃO 84 
[CESPE - 2012 - MCT - Técnico - Tema VII] Acerca do direito constitucional, julgue o item que se segue: 
A CF não impõe nenhuma limitação ao número de reeleições possíveis para os cargos de deputado 
federal e de senador da República. 
QUESTÃO 85 
[FUMARC - 2011 - Prefeitura de Nova Lima - MG - Procurador Municipal - Adaptada] Sobre os direitos 
políticos assegurados pela Constituição da República, julgue a assertiva: 
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente. 
QUESTÃO 86 
[FCC - 2010 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública] Ao Presidente da República, Governadores de 
Estado e do Distrito Federal, bem como aos Prefeitos é permitida, nos termos da Constituição Federal 
Brasileira, a reeleição: 
A) para um único período subsequente. 
B) para dois períodos subsequentes. 
C) desde que precedida de renúncia ao mandato em exercício até dois meses antes do pleito. 
D) para um único período subsequente, desde que não tenha ocupado nenhum dos cargos indicados no 
caput nos 10 (dez) anos anteriores ao primeiro mandato. 
E) para qualquer um dos cargos indicados no caput, para um único período subsequente, desde que 
precedida de renúncia ao mandato em exercício até 12 (doze) meses antes do pleito. 
QUESTÃO 87 
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[FUNCAB - 2014 - PC-RO - Escrivão de Polícia Civil - Adaptada] Com base no tema "Direitos Políticos”, 
julgue a assertiva: 
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos não poderão ser reeleitos. 
QUESTÃO 88 
[VUNESP - 2016 - Câmara de Taquaritinga - SP - Técnico Legislativo – Adaptada] Julgue a assertiva: 
Os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para 
dois períodos subsequentes. 
QUESTÃO 89 
[VUNESP - 2014 - Câmara Municipal de São José dos Campos - SP - Analista Legislativo – Advogado] 
Prefeito reeleito para um mesmo município, sendo inelegível para um terceiro mandato, transfere seu 
domicílio eleitoral para Município diverso, buscando afastar a inelegibilidade. Pode-se, com fundamento 
na interpretação constitucional, afirmar que: 
A) a inelegibilidade encontra-se afastada, vez que a vedação constitucionalnão alcança município 
diverso. 
B) a inelegibilidade encontra-se afastada, desde que respeitado o prazo de desincompatibilização. 
C) a inelegibilidade está configurada, não se admitindo terceiro mandato, mesmo na hipótese de 
município distinto. 
D) é possível a referida situação na medida em que o texto constitucional prevê expressamente a figura 
do Prefeito Itinerante. 
E) a inelegibilidade será afastada, desde que expressamente previsto na Lei Orgânica do Munícipio, com 
fundamento no princípio da autonomia municipal. 
QUESTÃO 90 
[FUNCAB - 2014 - PC-RO - Escrivão de Polícia Civil - Adaptada] Com base no tema "Direitos Políticos”, 
julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até dois meses antes do pleito. 
QUESTÃO 91 
[FUNRIO - 2009 - DEPEN - Agente Penitenciário - Adaptada] A soberania popular será exercida pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Com relação aos direitos 
políticos, previstos no capítulo IV da Constituição da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
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Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até quatro meses antes do pleito. 
QUESTÃO 92 
[DIRECTA - 2013 - Prefeitura de Angatuba - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até oito meses antes do pleito. 
QUESTÃO 93 
[CETRO - 2013 - ANVISA - Técnico em Regulação - Vigilância Sanitária – Área 1 - Adaptada] Sobre os 
direitos políticos, de acordo com os artigos 14 e 15 da Constituição Federal de 1988. Julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, o Vice-Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e os Senadores devem renunciar aos 
respectivos mandatos até um trimestre antes do pleito. 
QUESTÃO 94 
[NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal - Adaptada] Sobre os Direitos 
Políticos, julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores e os Prefeitos devem 
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
QUESTÃO 95 
[CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico de enfermagem] Assinale a opção correta acerca dos 
direitos políticos previstos na CF: 
A) Os inalistáveis e os analfabetos são elegíveis na forma da lei. 
B) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, aplicando-se sempre 
à eleição subsequente. 
C) Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros, os brasileiros naturalizados e, durante o período 
do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
D) A idade mínima de vinte e um anos de idade é condição de elegibilidade para o candidato a vereador. 
E) Para concorrerem a outros cargos, os governadores dos estados e do DF devem renunciar aos 
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
QUESTÃO 96 
[VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador - Adaptada] Segundo a Carta Magna brasileira, com relação aos 
direitos políticos, julgue a assertiva: 
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Para concorrerem aos mesmos cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos mandatos até seis meses antes do pleito. 
QUESTÃO 97 
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição 
dos cargos públicos, julgue o seguinte item: 
O governador do DF é inelegível para quaisquer outros cargos, a não ser que renuncie a seu mandato com 
uma antecedência mínima de até seis meses em relação à data do pleito. 
QUESTÃO 98 
[Quadrix - 2018 - CRP - 2º Região (PE) - Psicólogo Orientador - Fiscal - Adaptada] Acerca dos direitos 
políticos, julgue a assertiva: 
Para concorrerem a outros cargos, os prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
QUESTÃO 99 
[CESPE - 2016 - TJ-DFT – Juiz - adaptada] Considerando as interpretações doutrinárias e jurisprudenciais 
conferidas às normas constitucionais referentes aos direitos políticos, julgue a assertiva: 
O governador do Distrito Federal que pretende se candidatar ao cargo de deputado federal no pleito 
subsequente não precisa se desincompatibilizar do cargo que atualmente ocupa, uma vez que tal 
exigência constitucional aplica-se apenas quando o novo cargo almejado é disputado mediante eleição 
majoritária. 
QUESTÃO 100 
[FCC - 2009 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Com relação aos Direitos Políticos, os 
parentes consanguíneos ou afins de Prefeito ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição, são inelegíveis, no 
território de jurisdição do titular, até o: 
A) primeiro grau. 
B) segundo grau. 
C) terceiro grau. 
D) quarto grau. 
E) quinto grau. 
QUESTÃO 101 
[FUNCAB - 2016 - PC-PA - Delegado de Polícia - Adaptada] Em relação aos direitos e garantias 
fundamentais previstos na Constituição Federal, julgue a assertiva: 
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São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até 
o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do 
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, 
mesmo que já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
QUESTÃO 102 
[CETRO - 2013 - ANVISA - Técnico em Regulação - Vigilância Sanitária – Área 1 - Adaptada] Julgue a 
assertiva: 
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até 
o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito, salvo quem os haja substituído. 
QUESTÃO 103 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Engenharia Civil - Adaptada] De 
acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até 
o segundo grau ou por adoção, de vereador ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
QUESTÃO 104 
(2017 – IBADE – PC-AC – Delegado de Polícia Civil) Maristela era casada com o prefeito Alcides Ferreira 
do município X, falecido em um acidente de avião em setembro de 2015, no curso de seu segundo 
mandato. O vice-prefeito de Alcides Ferreira assumiu o cargo. Nas eleições de 2016, Maristela concorreu 
à prefeitura do Município X e ganhou a eleição. Considerando o entendimento jurisprudencial do STF, 
Maristela: 
a) não poderia ser elegível, tendo em vista tratar-se de hipótese de inelegibilidade reflexiva prevista no 
artigo 14, § 7°, CRFB/88. 
b) não poderia ser elegível, considerando o teor da súmula vinculante n° 18 do STF. 
c) poderia ser elegível, vez que a inelegibilidade prevista no § 7° do artigo 14 da CRFB/88 não se aplica aos 
casos de extinção do vínculo conjugal pela mortede um dos cônjuges. 
d) poderia ser elegível, uma vez que a CRFB/88 não impede que o cônjuge concorra às eleições na mesma 
circunscrição por motivo de casamento, parentesco ou afinidade. 
e) não poderia ser elegível, tendo em vista que a CRFB/88 exige o prazo de 5(cinco) anos, após o término 
de mandato, para que o cônjuge concorra às eleições na mesma circunscrição do marido ou ex-marido. 
QUESTÃO 105 
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[CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa] Julgue o item a seguir, 
acerca dos direitos da nacionalidade e dos direitos políticos: 
Na hipótese de o marido da governadora de um estado da Federação pretender concorrer à primeira 
eleição para mandato local, ele será inelegível. 
QUESTÃO 106 
[IADES - 2018 - CAU-RO - Assistente Administrativo] Na véspera da eleição de 2014, o cidadão Tiago 
resolveu ingressar na vida política e lançou a própria candidatura a deputado federal. Eleito, e 
aproximando-se do final da legislatura, decidiu convencer outros integrantes da família dele a também 
ingressarem no mundo político, com lançamentos de candidatura para as eleições de 2018. O primo João 
decidiu lançar-se candidato ao Senado Federal, e Marcos, o irmão de Tiago, resolveu candidatar-se a 
deputado federal. Em relação a esse caso hipotético, assinale a alternativa correta: 
A) Não será possível a candidatura nem de João e nem de Marcos, tendo em vista a latente inelegibilidade 
relativa. 
B) Somente será possível a candidatura de João e de Marcos caso Tiago renuncie seis meses antes das 
eleições. 
C) Somente será possível a candidatura de João. 
D) Não é necessário que Tiago renuncie ao respectivo mandato, pois, para cargos do Poder Legislativo, 
não há inelegibilidade na hipótese apresentada. 
E) Somente será possível a candidatura de Marcos. 
QUESTÃO 107 
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição 
dos cargos públicos, julgue o seguinte item: 
Filho de governador de estado é inelegível para qualquer cargo eletivo em âmbito nacional. 
QUESTÃO 108 
[CESPE - 2013 - PG-DF – Procurador] Acerca da disciplina constitucional e legal referente à composição 
dos cargos públicos, julgue o seguinte item: 
Caso já ocupe o cargo de deputado distrital, filho de governador do estado torna-se elegível para o 
mesmo cargo na eleição subsequente. 
QUESTÃO 109 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – Taquígrafo] No que se refere aos 
princípios, direitos e garantias fundamentais previstos constitucionalmente, julgue o item que se segue: 
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Considere que Ana seja casada com o presidente de determinada assembleia legislativa estadual e João 
seja casado com uma vereadora da capital desse mesmo estado. Nessa situação hipotética, não há 
impedimento legal para que Ana e João se candidatem a cargos de vereador da citada capital. 
QUESTÃO 110 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária] Acerca dos direitos e das garantias 
fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir: 
Cônjuge de governador de determinado estado será inelegível nesse mesmo estado, salvo se a sociedade 
ou o vínculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato. 
QUESTÃO 111 
[CESPE - 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão – Julgamento] Com relação aos direitos sociais, aos direitos 
de nacionalidade, aos direitos políticos e aos partidos políticos, julgue o próximo item: 
Situação hipotética: O governador de determinado estado, no curso do segundo mandato, rompeu o 
vínculo conjugal com sua esposa, que também se interessa pela vida política. Assertiva: Nessa situação, 
a ex-esposa, caso deseje, poderá candidatar-se, nas eleições seguintes, a cargo eletivo naquele estado, 
desde que o divórcio ocorra seis meses antes do pleito. 
QUESTÃO 112 
[CESPE - 2016 - TJ-DFT – Juiz - adaptada] Considerando as interpretações doutrinárias e jurisprudenciais 
conferidas às normas constitucionais referentes aos direitos políticos, julgue a assertiva: 
A dissolução da sociedade conjugal no curso do mandato eletivo de governador de Estado implica a 
inelegibilidade de sua ex-cônjuge para o cargo de deputado estadual na mesma unidade da Federação 
para o pleito subsequente. 
QUESTÃO 113 
[FCC - 2017 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária] A Constituição Federal estabelece casos de 
inelegibilidade por motivos de casamento, parentesco ou afinidade. Segundo essas regras 
constitucionais e à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é inelegível para o mandato de: 
A) Deputado Estadual, o ex-cônjuge do Governador do mesmo Estado, quando a dissolução da sociedade 
ou do vínculo conjugal tiver ocorrido no curso do mandato, salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição. 
B) Deputado Estadual, o cônjuge de Prefeito de Município do mesmo Estado. 
C) Deputado Estadual, o parente consanguíneo ou afim, até o terceiro grau, do Governador do mesmo 
Estado. 
D) Presidente da República, o cônjuge do Prefeito. 
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E) Governador, o cônjuge de Deputado Estadual do mesmo Estado, salvo se já titular de mandato eletivo 
e candidato à reeleição. 
QUESTÃO 114 
[FGV - 2015 - TCE-RJ - Auditor Substituto] Em razão da morte do governador, fato ocorrido quatro meses 
antes do término do seu mandato, Eustáquio, vice-governador, terminou por sucedê-lo. Nas eleições 
realizadas no mesmo ano, Eustáquio concorreu ao cargo de governador e teve expressiva votação, 
iniciando o respectivo mandato no ano seguinte. Apesar do êxito, Eustáquio, político ambicioso, já 
iniciou o planejamento a respeito do seu futuro e o do seu filho Eustaquinho, que completará vinte e um 
anos exatamente no dia da próxima eleição para cargos eletivos federais e estaduais. De acordo com a 
sistemática constitucional de inelegibilidades, é correto afirmar que, na próxima eleição, acima referida: 
A) Eustaquinho não poderá concorrer a qualquer cargo eletivo no âmbito do território de jurisdição do 
seu pai; 
B) Eustáquio não precisará renunciar ao mandato de governador para que possa concorrer ao mesmo 
cargo na próxima eleição; 
C) Eustaquinho somente poderá concorrer ao cargo de Senador, no mesmo Estado, caso seu pai renuncie 
ao mandato de governador até seis meses antes do pleito; 
D) Eustáquio somente poderá concorrer ao cargo de governador, na próxima eleição, caso renuncie seis 
meses antes do pleito; 
E) Eustaquinho somente não poderá concorrer a cargos estaduais, inexistindo óbice a que concorra para 
cargos federais. 
QUESTÃO 115 
[FCC - 2019 - Prefeitura de Recife - PE - Analista de Gestão Administrativa] Determinado servidor público 
ocupante de cargo efetivo em órgão de Administração direta estadual, brasileiro naturalizado, com 22 
anos de idade, pretende candidatar-se a Prefeito do Município em que possui domicílio eleitoral e no qual 
sua esposa exerce mandato de Vereadora. Nessa hipótese, considerados apenas os elementos ora 
fornecidos, à luz da Constituição Federal, referido servidor: 
A) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que são privativos de brasileiros natos os cargos de 
chefia do Poder Executivo. 
B) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que não possui a idade mínima requerida. 
C) é inelegível para o mandato pretendido, uma vez que seria exercido no território de jurisdição de 
cônjuge titular de mandato eletivo. 
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D) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido no 
mandato, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo. 
E) preenche as condições de elegibilidade para o mandato pretendido e, se eleito e investido no mandato, 
ficará afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração. 
QUESTÃO 116 
[VUNESP - 2018 - TJ-RJ - Juiz Leigo] Supondo que IRINEU, brasileiro nato, militar, atualmente com 30 
anos de idade, deseje se candidatar, é correto afirmar que: 
A) não poderá se candidatar, mesmo que desligado da função militar, antes de completados 5 anos de 
sua desvinculação da anterior função. 
B) poderá se candidatar ao cargo de Presidente, Vice-Presidente da República, Senador e também 
Governador, mas se contar com mais de 5 anos de serviço militar, será agregado pela autoridade superior 
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
C) poderá se candidatar ao cargo de Presidente ou Vice-Presidente da República, bem como Senador, 
não sendo necessário se afastar ou ficar inativo com relação ao cargo de militar. 
D) caso seja detentor do cargo de Prefeito e queira concorrer a outros cargos, deve renunciar ao 
respectivo mandato até 3 meses antes do pleito. 
E) poderá se candidatar ao cargo de Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, mas 
se tiver menos de 10 anos de serviço militar deverá se afastar da atividade. 
QUESTÃO 117 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Enfermagem - Adaptada] De 
acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
O militar alistável é elegível desde que, contando com menos de dez anos de serviço, seja agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passe automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
QUESTÃO 118 
[VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador - Adaptada] Segundo a Carta Magna brasileira, com relação aos 
direitos políticos, julgue a assertiva: 
O militar alistável é elegível, e se contar com menos de dez anos de serviço, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
QUESTÃO 119 
[Quadrix - 2017 - COFECI - Auxiliar Administrativo] À luz da CF, julgue o item que se segue acerca dos 
direitos e dos partidos políticos: 
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O militar alistável será elegível se atendida for a condição de se contar mais de dez anos de serviço, 
devendo afastar-se da atividade. 
QUESTÃO 120 
[AOCP - 2015 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa] Em relação aos direitos políticos do 
militar, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) militar alistável é elegível, não sendo necessária a filiação partidária para a disputa. 
b) O militar eleito deverá ser afastado da atividade, se contar com mais de 10 anos de serviço, ou passará 
para a inatividade, caso conte com menos de 10 anos de serviço. 
c) Os conscritos são inelegíveis. 
d) Para concorrer a cargo eletivo, é necessário que o militar tenha sido escolhido previamente em 
convenção partidária. 
QUESTÃO 121 
[NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Técnico Administrativo - Adaptada] Acerca dos direitos políticos, julgue a 
assertiva: 
Somente se afigura possível a restrição de direitos políticos nas hipóteses constitucionalmente previstas, 
vedada a criação de inelegibilidades em sede legislativa. 
QUESTÃO 122 
[AOCP - 2015 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Consoante às normas 
constitucionais brasileiras, julgue o próximo item: 
É vedada a possibilidade de Lei Complementar estabelecer outros casos de ilegibilidade além dos já 
previstos na Constituição. 
QUESTÃO 123 
[INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Enfermagem - Adaptada] De 
acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, julgue a assertiva: 
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
QUESTÃO 124 
[CONSULPLAN - 2017 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa] ] “O mandato eletivo poderá 
ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de ______ dias, contados da _______________, instruída 
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.” Assinale a alternativa que 
completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior: 
A) 10 / eleição 
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B) 15 / eleição 
C) 10 / diplomação 
D) 15 / diplomação 
QUESTÃO 125 
[LEGALLE Concursos - 2017 - Câmara de Vereadores de Guaíba - RS - Procurador - Adaptada] Os direitos 
políticos estão presentes na Constituição Federal Brasileira na forma de soberania popular, exercida por 
sufrágio universal e voto direto secreto, cassado em casos especiais conforme descrito em lei. Nesse 
sentido, julgue a assertiva: 
O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude. 
QUESTÃO 126 
[FCC - 2017 - TRE-PR - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva: 
A ação de impugnação de mandato não poderá tramitar em segredo de justiça. 
QUESTÃO 127 
[UFSM - 2018 - UFSM - Técnico em Eletricidade - Adaptada] De acordo com a Carta Constitucional de 
1988, no Capítulo IV, que trata dos Direitos Políticos, a soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. Nos termos do que prevê a Carta, julgue 
a assertiva: 
A ação de impugnação de mandato não tramitará em segredo de justiça. 
QUESTÃO 128 
[FCC - 2017 - DPE-SC - Defensor Público Substituto - Adaptada] No que tange aos direitos políticos na 
Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva: 
A ação de impugnação de mandato tramitará sem segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da 
lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
QUESTÃO 129 
[CESPE - 2018 - MPE-PI - Técnico Ministerial - Área Administrativa] De acordo com as disposições da 
Constituição Federal de 1988 (CF) sobre princípios, direitos e garantias fundamentais, julgue o seguinte 
item: 
Mandato eletivo poderá ser impugnado na justiça eleitoral mediante ação de impugnação de mandato, 
cujos atos terão de ser públicos, em obediência ao princípio da publicidade. 
QUESTÃO 130 
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[CESPE - 2015 - TRF 1ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Com relação ao plebiscito, aos direitos 
políticos, à iniciativa popular de lei e aos partidos políticos, julgue a assertiva: 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público cuja personalidade jurídica se consuma após 
o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
QUESTÃO 131 
[IESES - 2018 - TJ-AM - Titular de Serviços de Notas e de Registros] Os atos constitutivos e os estatutos 
dos partidos políticos serão inscritos no: 
a) Registro civil de pessoas naturais. 
b) Tabelionato de protesto. 
c) Registro civil de pessoas jurídicas. 
d) Registro de títulos e documentos. 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 – D 
2 – F 
3 – F 
4 – A 
5 – V 
6 – V 
7 – V 
8 – F 
9 – F 
10 – B 
11 – F 
12 – V 
13 – V 
14 – B 
15 – E 
16 – A 
17 – C 
18 – F 
19 – F 
20 – D 
21 – F 
22 – V 
23 – V 
24 –A 
25 – B 
26 – C 
27 – E 
28 – F 
29 – V 
30 – E 
31 – D 
32 – C 
33 – A 
34 – E 
35 – A 
36 – B 
37 – C 
38 – F 
39 – E 
40 – C 
41 – D 
42 – D 
43 – D 
44 – F 
45 – F 
46 – F 
47 – V 
48 – V 
49 – F 
50 – B 
51 – D 
52 – F 
53 – C 
54 – B 
55 – V 
56 – V 
57 – V 
58 – F 
59 – F 
60 – A 
61 – V 
62 – C 
63 – F 
64 – E 
65 – V 
66 – F 
67 – V /V 
68 – F 
69 – F 
70 – B 
71 – D 
72 – F 
73 – C 
74 – D 
75 – V 
76 – F 
77 – F 
78 – F 
79 – E 
80 – B 
81 – V 
82 – B 
83 – D 
84 – V 
85 – V 
86 – A 
87 – F 
88 – F 
89 – C 
90 – F 
91 – F 
92 – F 
93 – F 
94 – V 
95 – E 
96 – F 
97 – V 
98 – V 
99 – F 
100 – B 
101 – F 
102 – F 
103 – F 
104 – C 
105 – V 
106 – D 
107 – F 
108 – V 
109 – V 
110 – F 
111 – F 
112 – V 
113 – A 
114 – A 
115 – E 
116 – E 
117 – F 
118 – F 
119 – F 
120 – B 
121 – F 
122 – F 
123 – F 
124 – D 
125 – F 
126 – F 
127 – F 
128 – F 
129 – F 
130 – F 
131 – C 
 
 
 
 
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(15) Outras questões: para treinar 
(A) QUESTÕES CESPE 
QUESTÃO 01 
[CESPE - 2018 – PGM - João Pessoa - PB – Procurador do Município) De acordo com a CF, os partidos 
políticos são: 
a) pessoas jurídicas de direito público às quais é vedado o recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros. 
b) pessoas jurídicas de direito público às quais é assegurada autonomia para definir sua estrutura interna 
e para estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios. 
c) pessoas jurídicas de direito público às quais é assegurada autonomia para adotar critérios de escolha e 
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, desde que observada vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. 
d) pessoas jurídicas de direito privado às quais é assegurada autonomia para adotar critérios de escolha 
e regime de suas coligações nas eleições majoritárias, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. 
e) pessoas jurídicas de direito privado às quais é permitido o recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiro, nos termos da lei. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2013 – MS – Analista Técnico) No que se refere a direitos e garantias fundamentais; direitos 
sociais, políticos e de nacionalidade; e direitos e deveres individuais e coletivos, julgue o item seguinte: 
Os direitos políticos constituem um conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da 
soberania popular e são um desdobramento do princípio democrático, segundo o qual, todo o poder 
emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2018 – PGE-PE – Procurador do Estado) Os direitos destinados a assegurar a soberania popular 
mediante a possibilidade de interferência direta ou indireta nas decisões políticas do Estado são direitos: 
a) políticos de primeira dimensão. 
b) políticos de terceira dimensão. 
c) políticos de segunda geração. 
d) sociais de segunda geração. 
e) sociais de primeira dimensão. 
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QUESTÃO 04 
[CESPE - 2018 – IPHAN – Auxiliar Institucional) A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, 
julgue o item seguinte: 
O analfabeto não pode realizar alistamento eleitoral e, por essa razão, também não pode concorrer a 
cargo eletivo. 
QUESTÃO 05 
[CESPE - 2015 - TRF 1ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Com relação ao plebiscito, aos direitos 
políticos, à iniciativa popular de lei e aos partidos políticos, julgue a assertiva: 
Conforme dispõe a CF, a convocação de plebiscito é competência privativa da Câmara dos Deputados, 
na condição de casa composta por representantes do povo. 
QUESTÃO 06 
[CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz] De acordo com o que está expresso na CF acerca dos partidos políticos, é 
livre a criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos políticos, resguardados a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana, 
desde que observado(a): 
A) a obrigação de prestar contas à justiça eleitoral. 
B) a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal para fins de registro. 
C) a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal em caso de 
coligações eleitorais. 
D) o caráter regional do novo partido que se pretenda criar. 
QUESTÃO 07 
[CESPE - 2015 - TRF 1ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Com relação ao plebiscito, aos direitos 
políticos, à iniciativa popular de lei e aos partidos políticos, julgue a assertiva: 
No Brasil, o alistamento eleitoral depende da iniciativa da autoridade judicial eleitoral, que deve 
comunicar ao cidadão que ele está apto a exercer sua capacidade eleitoral ativa por preencher os 
requisitos exigidos. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Analista Judiciário - Área Judiciária] Determinada lei, publicada seis meses 
antes da data da realização de eleições estaduais, criou hipótese de inelegibilidade para dificultar abuso 
do poder econômico. Assinale a opção correta a respeito da classificação da referida lei e de sua vigência 
e aplicação: 
a) Tal lei deve ser complementar, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação. 
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b) Tal lei deve ser complementar e não se aplicará às referidas eleições. 
c) Tal lei deve ser ordinária estadual e não se aplicará às referidas eleições. 
d) Tal lei deve ser ordinária distrital, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação. 
e) Tal lei deve ser ordinária federal, e se aplicará a partir da data de sua publicação. 
QUESTÃO 09 
[CESPE - 2012 - TC - DF - Auditor de Controle Externo] Julgue o item: 
As inelegibilidades, como impedimentos ao exercício do direito de ser votado, constituem exceções e, 
portanto, se circunscrevem às taxativamente previstas no texto constitucional. 
QUESTÃO 10 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista] Julgue o item: 
O ordenamento jurídico-constitucional brasileiro considera inelegíveis, em regra, os estrangeiros e os 
militares; estes, contudo, se contarem com mais de dez anos de serviço, podem se eleger, atendidas 
determinadas condições. 
 
(B) QUESTÕES FCC 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário] Considere: 
Estabelece o artigo 35, § 1º, da Lei no 10.826/03: é proibida a comercialização de arma de fogo e munição 
em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6° desta Lei. § 1º. Este dispositivo, 
para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro 
de 2005. 
O referendo foi realizado no dia 23 de outubro de 2005 com a seguinte questão: O comércio de armas de 
fogo e munição deve ser proibido no Brasil? A apuração dos votos pelo TSE apontou que 63,94% dos 
eleitores decidiram pela NÃO proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil. Logo, após o 
referendo popular, o artigo 35, da Lei no 10.826/03 não entrou em vigor. Com base no exemplo 
apresentado, sob a premissa da Constituição Federal de 1988, no tocante aos princípios fundamentais e 
direitos políticos, a modificação do resultado deste referendo por Lei ou Emenda Constitucional será: 
a) constitucional, desde que a modificação seja feita por Emenda Constitucional. 
b) inconstitucional por ferir o princípio constitucional da Soberania Popular. 
c) inconstitucional por ferir o princípio constitucional da Separação dos Poderes. 
d) inconstitucionalpor ferir o princípio constitucional do Pluralismo Político. 
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e) constitucional, pois a Lei e a Emenda Constitucional, aprovadas pelo Congresso Nacional, substituem 
automaticamente o referendo. 
QUESTÃO 02 
[FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário] Péricles candidatou-se ao cargo de 
Governador de determinado Estado e ganhou as eleições em primeiro turno. No dia seguinte à sua 
diplomação, descobriu-se que foi eleito mediante corrupção. De acordo com a Constituição Federal, o 
mandato eletivo de Péricles: 
a) poderá ser impugnado ante a Justiça Federal, no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a 
ação com provas da corrupção. 
b) não poderá ser impugnado, tendo em vista que já houve a diplomação, mas poderá sofrer as sanções 
criminais cabíveis. 
c) poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, no prazo de 30 dias contados da diplomação, instruída 
a ação com provas da corrupção. 
d) poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, apenas no prazo de 20 dias após a sua posse, instruída 
a ação com provas da corrupção, pois antes dela não há mandato a ser impugnado. 
e) poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída 
a ação com provas da corrupção. 
QUESTÃO 03 
[FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa] Bibiana é casada com 
Mundial, Governador do Estado X e pretende se candidatar ao cargo de Prefeita da cidade Y pertencente 
ao Estado X. Fúlvio, irmão de Bibiana, titular de mandato eletivo, se candidatou à reeleição ao cargo de 
Deputado Estadual do referido Estado. De acordo com a Constituição Federal: 
a) Bibiana e Fúlvio são elegíveis, no território de jurisdição de Mundial. 
b) Bibiana e Fúlvio são inelegíveis, no território de jurisdição de Mundial. 
c) somente Fúlvio é inelegível, no território de jurisdição de Mundial. 
d) somente Bibiana é inelegível, no território de jurisdição de Mundial. 
e) Bibiana e Fúlvio são inelegíveis em todo o território nacional. 
QUESTÃO 04 
[FCC - 2014 - TRF 8ªR - Analista Judiciário] Sobre o alistamento eleitoral e o direito do voto, a Constituição 
Federal estabelece que: 
A) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores de 16 e 
menores de 18 anos. 
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B) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos. 
C) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos. 
D) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos. 
E) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil. 
QUESTÃO 05 
[FCC - 2012 - TRF 5ªR - Analista Judiciário] Eros é Prefeito de determinado Município, em exercício de 
primeiro mandato. Durante o segundo ano de mandato, ele e sua esposa Psiquê, ocupante de cargo 
efetivo na administração direta local, se divorciam, em decorrência de divergências políticas. Poucos 
meses depois, ela se filia ao partido de oposição ao ex-marido, pelo qual pretende candidatar-se à chefia 
do Executivo municipal, no próximo pleito, concorrendo com Eros, que tentará a reeleição. 
Considerando a disciplina constitucional da matéria e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a 
esse respeito, analise: 
I. Para concorrer à reeleição, Eros deveria renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito. 
II. Caso Eros exerça o mandato até o fim, Psiquê estará impedida de candidatar-se a cargos eletivos no 
Município em que o ex-marido é Prefeito, não obstante tenha se divorciado dele no curso do mandato. 
III. A condição de ex-esposa de Eros não impede que Psiquê pleiteie cargos eletivos nas esferas estadual 
ou federal, mesmo que ele venha a se reeleger, mas caso Psiquê se eleja, ficará afastada do cargo que 
ocupa na Administração direta local. 
Está correto o que consta APENAS em: 
A) I. 
B) II. 
C) III. 
D) I e III. 
E) II e III. 
QUESTÃO 06 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Campinas-SP - Procurador] Considerando inexistir proibição em legislação 
municipal para a nomeação de cônjuges e parentes para cargo de Secretário Municipal, determinado 
Prefeito em exercício de primeiro mandato nomeia, como Secretária Municipal de Saúde, sua esposa, 
reconhecida na área pelas relevantes contribuições prestadas no exercício profissional da medicina e 
pesquisa laboratorial, no setor privado. Ainda na primeira metade do mandato, o Prefeito e sua esposa 
se divorciam, ela requer sua exoneração do cargo que ocupava e ingressa para os quadros de partido 
político de oposição ao ex-marido, partido pelo qual pretende concorrer ao mandato de Vereadora nas 
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próximas eleições municipais, em que ele, a seu turno, concorrerá à reeleição como Prefeito, sem 
renunciar ao respectivo mandato. Nessa hipótese, à luz da Constituição da República e da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a nomeação dela como Secretária Municipal foi: 
A) regular, sendo ela elegível para o mandato de Vereadora e ele, no entanto, inelegível para o de 
Prefeito. 
B) regular, sendo ela, no entanto, inelegível para o mandato de Vereadora e ele, reelegível para o de 
Prefeito. 
C) regular, sendo ela ainda elegível para o mandato de Vereadora e ele, reelegível para o de Prefeito. 
D) irregular, sendo ela ainda inelegível para o mandato de Vereadora e ele, para o de Prefeito. 
E) irregular, sendo ela, no entanto, elegível para o mandato de Vereadora e ele, reelegível para o de 
Prefeito. 
QUESTÃO 07 
[FCC - 2016 - PGE-MT - Analista – Bacharel em Direito] A Constituição Federal dispõe que o sufrágio 
universal, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular são instrumentos que evidenciam o exercício: 
A) da cidadania. 
B) da democracia. 
C) da soberania popular. 
D) da dignidade da pessoa humana. 
E) do pluralismo político. 
QUESTÃO 08 
[FCC - 2016 - AL-MS - Consultor de Processo Legislativo] Eustáquio, segundo faz crer o curso da apuração 
das eleições, obteve estrondosa votação para Deputado, mas, segundo um Partido concorrente, essa 
vantagem foi obtida irregularmente, razão pela qual anuncia que ajuizará, em face desse candidato, ação 
de impugnação de mandato eletivo. Se cumprir a promessa, essa ação, de acordo com a Constituição 
Federal, será proposta no prazo de: 
A) quinze dias contados da diplomação e terá por fundamento abuso do poder econômico, corrupção ou 
fraude. 
B) quinze dias contados da proclamação dos eleitos e tramitará em segredo de justiça. 
C) vinte dias contados da proclamação dos eleitos e terá por fundamento abuso do poder político, 
corrupção ou fraude. 
D) vinte dias contados da diplomação, e terá por fundamento abuso do poder político ou do poder 
econômico, corrupção ou fraude. 
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E) vinte dias, mas tramitará em segredo de justiça e terá por fundamento a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na Administração direta ou indireta. 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2016 - AL-MS - Consultor de Processo Legislativo] Rosa caluniou seu cabeleireiro, crime pelo qual 
foi condenada. Em função de referida condenação, Rosa será privada de seus direitos políticos se a 
decisão: 
A) transitar em julgado ou se for proferida por órgão colegiado, pelo prazo de oito anos após o seu 
cumprimento. 
B) transitar em julgado ou for proferida por órgão colegiado, pelo prazo de quatro anos após o seu 
cumprimento. 
C) transitar em julgado, desdea sua condenação até o transcurso do prazo de oito anos após o seu 
cumprimento. 
D) for proferida por órgão colegiado, enquanto durarem os seus efeitos e até o transcurso do prazo de 
oito anos após o seu cumprimento. 
E) transitar em julgado, enquanto durarem seus efeitos. 
QUESTÃO 10 
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Jurídico] Em uma situação hipotética, João Pedro, empresário do ramo 
minerário, com pretensão de se candidatar a deputado estadual, foi condenado pela prática do crime de 
sonegação fiscal em primeira instância. Convencido de sua inocência, ele orientou seu advogado a 
recorrer contra essa condenação, pois sabe que, no campo dos direitos políticos, a condenação criminal 
transitada em julgado é causa de: 
A) conscrição 
B) perda ou suspensão desses direitos. 
C) hipossuficiência. 
D) improbidade administrativa. 
E) inalistabilidade ab initio. 
 
 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
(A) QUESTÕES CESPE 
QUESTÃO 01 
[CESPE - 2018 – PGM - João Pessoa - PB – Procurador do Município) De acordo com a CF, os partidos 
políticos são: 
a) pessoas jurídicas de direito público às quais é vedado o recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros. 
b) pessoas jurídicas de direito público às quais é assegurada autonomia para definir sua estrutura interna 
e para estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios. 
c) pessoas jurídicas de direito público às quais é assegurada autonomia para adotar critérios de escolha e 
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, desde que observada vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. 
d) pessoas jurídicas de direito privado às quais é assegurada autonomia para adotar critérios de escolha 
e regime de suas coligações nas eleições majoritárias, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. 
e) pessoas jurídicas de direito privado às quais é permitido o recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiro, nos termos da lei. 
Comentário: 
Nossa reposta é, sem dúvida, a letra ‘d’. Como as alternativas das letras ‘a’, ‘b’ e ‘c’ informam que os 
partidos seriam pessoas jurídicas de direito público, já foram prontamente descartadas. Afinal, de acordo 
com o art. 44, V, do Código Civil, partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado dotados de 
ampla autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os 
critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer 
normas de disciplina e fidelidade partidária (art. 17, § 12, CF/88). Quanto à letra ‘e’, repare que ela 
menciona que o partido poderia receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiro. 
Sabemos, pelo art. 17, II, que tal postura é vedada explicitamente pelo texto constitucional. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2013 – MS – Analista Técnico) No que se refere a direitos e garantias fundamentais; direitos 
sociais, políticos e de nacionalidade; e direitos e deveres individuais e coletivos, julgue o item seguinte: 
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Os direitos políticos constituem um conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da 
soberania popular e são um desdobramento do princípio democrático, segundo o qual, todo o poder 
emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. 
Comentário: 
Corretíssimo! Objetivamente, os direitos políticos (ou direitos de cidadania) podem ser compreendidos 
como o conjunto de normas constitucionais e legais que regulamentam os meios necessários ao exercício 
da soberania popular. Os direitos políticos dão concretude ao princípio democrático, pois permitem aos 
cidadãos exercer o poder soberano através do voto (elegendo representantes) ou através de mecanismos 
como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2018 – PGE-PE – Procurador do Estado) Os direitos destinados a assegurar a soberania popular 
mediante a possibilidade de interferência direta ou indireta nas decisões políticas do Estado são direitos: 
a) políticos de primeira dimensão. 
b) políticos de terceira dimensão. 
c) políticos de segunda geração. 
d) sociais de segunda geração. 
e) sociais de primeira dimensão. 
Comentário: 
A resposta dessa questão é, sem dúvida, é a alternativa ‘a’. Sabemos que a democracia teve suas bases 
formadas na antiguidade, mais precisamente em Atenas, a cidade-estado grega. A formatação das 
democracias modernas, contudo, resultou dos movimentos revolucionários liberais do final do século 
XVIII que reformataram as relações entre governantes e governados através do reconhecimento 
normativo de direitos civis e políticos (direitos fundamentais de primeira geração/dimensão): os 
primeiros visavam impedir a interferência estatal ilegítima na vida dos indivíduos e os segundos viabilizar 
a participação do cidadão no governo. 
QUESTÃO 04 
[CESPE - 2018 – IPHAN – Auxiliar Institucional) A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, 
julgue o item seguinte: 
O analfabeto não pode realizar alistamento eleitoral e, por essa razão, também não pode concorrer a 
cargo eletivo. 
Comentário: 
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Errado! Muito embora os indivíduos não alfabetizados sejam de fato inelegíveis de forma absoluta (art. 
14, § 4°, CF/88), o que os impede de se candidatar a quaisquer cargos eletivos, não lhes é vedado o 
alistamento eleitoral (art. 14, § 1º, II, “a”, CF/88) que para eles, inclusive, será facultativo. Em conclusão, 
procure sempre se lembrar que analfabetos são alistáveis, mas inelegíveis. 
QUESTÃO 05 
[CESPE - 2015 - TRF 1ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Com relação ao plebiscito, aos direitos 
políticos, à iniciativa popular de lei e aos partidos políticos, julgue a assertiva: 
Conforme dispõe a CF, a convocação de plebiscito é competência privativa da Câmara dos Deputados, 
na condição de casa composta por representantes do povo. 
Comentário: 
A assertiva é claramente falsa. A competência para convocação de plebiscito é do Congresso Nacional, 
nos termos do art. 49, XV, CF/88. 
QUESTÃO 06 
[CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz] De acordo com o que está expresso na CF acerca dos partidos políticos, é 
livre a criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos políticos, resguardados a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana, 
desde que observado(a): 
A) a obrigação de prestar contas à justiça eleitoral. 
B) a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal para fins de registro. 
C) a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal em caso de 
coligações eleitorais. 
D) o caráter regional do novo partido que se pretenda criar. 
Comentário: 
A nossa alternativa correta é a letra ‘a’, pois está em conformidade com o disposto no art. 17, III, CF/88. 
A letra ‘b’ é falsa pois os partidos políticos, por serem pessoas jurídicas de direito privado, possuem 
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento (art. 17, § 1º, primeira parte, 
CF/88), inclusive para estabelecer os critérios de admissão de pessoal. Apenas o poder público está 
obrigado a observar o princípio da legalidade para admissão de pessoal (art. 71, III, CF/88). 
A letra ‘c’ está incorreta. O texto constitucionalprevê a não obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal (art. 17, § 1º, CF/88). 
No que tange a letra ‘d’, encontra-se falsa, visto que a Constituição Federal impõe que os partidos criados 
possuam caráter nacional (art. 17, I, CF/88), o que, segundo dicção do STF, “objetiva impedir a 
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proliferação de agremiações sem expressão política, que podem atuar como ‘legendas de aluguel’, 
fraudando a representação, base do regime democrático” (STF, ADI 5.311-MC, Rel. min. Cármen Lúcia). 
QUESTÃO 07 
[CESPE - 2015 - TRF 1ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Com relação ao plebiscito, aos direitos 
políticos, à iniciativa popular de lei e aos partidos políticos, julgue a assertiva: 
No Brasil, o alistamento eleitoral depende da iniciativa da autoridade judicial eleitoral, que deve 
comunicar ao cidadão que ele está apto a exercer sua capacidade eleitoral ativa por preencher os 
requisitos exigidos. 
Comentário: 
Essa assertiva é falsa. O alistamento eleitoral não depende da iniciativa da autoridade judicial eleitoral. 
Para fazer o título eleitoral pela primeira vez ou efetuar uma nova inscrição (por cancelamento da 
anterior), o indivíduo, por iniciativa própria, deve comparecer ao Cartório Eleitoral que atende o 
Município no qual ele reside, portanto alguns documentos: 1 – Documento de identificação com foto; 2 
– Comprovante de quitação do serviço militar (obrigatório para os homens); 3 – Comprovante de 
residência. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2017 - TRE-BA - Analista Judiciário - Área Judiciária] Determinada lei, publicada seis meses 
antes da data da realização de eleições estaduais, criou hipótese de inelegibilidade para dificultar abuso 
do poder econômico. Assinale a opção correta a respeito da classificação da referida lei e de sua vigência 
e aplicação: 
a) Tal lei deve ser complementar, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação. 
b) Tal lei deve ser complementar e não se aplicará às referidas eleições. 
c) Tal lei deve ser ordinária estadual e não se aplicará às referidas eleições. 
d) Tal lei deve ser ordinária distrital, e vigerá e se aplicará a partir da data da sua publicação. 
e) Tal lei deve ser ordinária federal, e se aplicará a partir da data de sua publicação. 
Comentário: 
Marcou a letra ‘b’ como correta? Parabéns! De acordo com o texto constitucional, novos casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação só podem ser criados por lei complementar (art. 14, § 9º). De 
outro lado, também estabelece a nossa Carta Constitucional que, embora a lei que vier a alterar o 
processo eleitoral entre em vigor na data de sua publicação, esta não será aplicável à eleição que ocorra 
até um ano da data de sua vigência (art. 16,). Como a lei foi publicada seis meses antes da data da 
realização das eleições estaduais, ainda não terá eficácia para este pleito. 
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QUESTÃO 09 
[CESPE - 2012 - TC - DF - Auditor de Controle Externo] Julgue o item: 
As inelegibilidades, como impedimentos ao exercício do direito de ser votado, constituem exceções e, 
portanto, se circunscrevem às taxativamente previstas no texto constitucional. 
Comentário: 
Assertiva incorreta. O texto constitucional, em seu art. 14, § 9º, autoriza que lei complementar estabeleça 
outros casos de inelegibilidade, além daqueles previstos em seu texto. Nesse sentido, não são taxativas 
as hipóteses de inelegibilidades previstas pelo texto constitucional. 
QUESTÃO 10 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista] Julgue o item: 
O ordenamento jurídico-constitucional brasileiro considera inelegíveis, em regra, os estrangeiros e os 
militares; estes, contudo, se contarem com mais de dez anos de serviço, podem se eleger, atendidas 
determinadas condições. 
Comentário: 
A assertiva está falsa. Conforme preceitua o 14, § 4º, CF/88, são inelegíveis os inalistáveis e os 
analfabetos. O militar que não está conscrito é alistável e elegível. Devemos, no entanto, verificar se ele 
tem mais ou menos de 10 anos de serviço. Se o militar tiver menos de 10 anos de serviço, ele deverá se 
afastar da atividade militar (pedir exoneração) para disputar a eleição. Por outro lado, se o militar tiver 
mais de 10 anos de serviço, ele ficará afastado pela autoridade superior durante todo período de 
campanha. Sendo eleito, logo que for diplomado ele passará para a inatividade (aposentadoria por 
tempo de serviço). 
 
(B) QUESTÕES FCC 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário] Considere: 
Estabelece o artigo 35, § 1º, da Lei no 10.826/03: é proibida a comercialização de arma de fogo e munição 
em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6° desta Lei. § 1º. Este dispositivo, 
para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro 
de 2005. 
O referendo foi realizado no dia 23 de outubro de 2005 com a seguinte questão: O comércio de armas de 
fogo e munição deve ser proibido no Brasil? A apuração dos votos pelo TSE apontou que 63,94% dos 
eleitores decidiram pela NÃO proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil. Logo, após o 
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referendo popular, o artigo 35, da Lei no 10.826/03 não entrou em vigor. Com base no exemplo 
apresentado, sob a premissa da Constituição Federal de 1988, no tocante aos princípios fundamentais e 
direitos políticos, a modificação do resultado deste referendo por Lei ou Emenda Constitucional será: 
a) constitucional, desde que a modificação seja feita por Emenda Constitucional. 
b) inconstitucional por ferir o princípio constitucional da Soberania Popular. 
c) inconstitucional por ferir o princípio constitucional da Separação dos Poderes. 
d) inconstitucional por ferir o princípio constitucional do Pluralismo Político. 
e) constitucional, pois a Lei e a Emenda Constitucional, aprovadas pelo Congresso Nacional, substituem 
automaticamente o referendo. 
Comentário: 
Estamos diante de uma excelente questão! Para encontrar a alternativa correta, o candidato deve fazer 
uma interpretação mais ampla do assunto e não se ater à situação descrita pelo enunciado que embora 
seja real (e nós conversamos sobre ela quando tratamos do assunto referendo), não importa muito para 
a resolução. Aqui, o que interessa saber é: “seria possível a modificação do resultado de um referendo 
por Lei ou Emenda Constitucional?”. A resposta é negativa. Apesar de o Poder Legislativo, de um lado, 
não ficar vinculado ao resultado da consulta (por ser dotado de independência), por outro não pode 
alterá-lo por nenhum meio, senão convocando os cidadãos a se manifestar novamente através de outro 
referendo. Afinal, não podemos esquecer que esse mecanismo está expressamente previsto no art. 14, 
II, CF/88 como meio de expressão da soberania popular e por isso, qualquer alteração de seu resultado 
viola frontalmente o dispositivo mencionado. A resposta, portanto, é a alternativa ‘b’. 
QUESTÃO 02 
[FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário] Péricles candidatou-se ao cargo de 
Governador de determinado Estado e ganhou as eleições em primeiro turno. No dia seguinte à sua 
diplomação, descobriu-se que foi eleito mediante corrupção. De acordo com a Constituição Federal, o 
mandato eletivo de Péricles: 
a) poderá ser impugnado ante a Justiça Federal, no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a 
ação com provas da corrupção. 
b) não poderá ser impugnado, tendo em vista que já houve a diplomação, mas poderá sofrer assanções 
criminais cabíveis. 
c) poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, no prazo de 30 dias contados da diplomação, instruída 
a ação com provas da corrupção. 
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d) poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, apenas no prazo de 20 dias após a sua posse, instruída 
a ação com provas da corrupção, pois antes dela não há mandato a ser impugnado. 
e) poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral, no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída 
a ação com provas da corrupção. 
Comentário: 
O juízo competente para julgar as ações de impugnação de mandato eletivo é a Justiça Eleitoral, 
conforme estabelece o art. 14, § 10 da CF/88. Por esta razão, a alternativa ‘a’, está incorreta. 
Péricles poderá, sim, ter seu mandato impugnado judicialmente por motivo de corrupção, desde que seja 
proposta ação perante da Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, devendo esta ser 
instruída a com provas da corrupção (art. 14, § 10, CF/88). A alternativa ‘b’, portanto, está errada. 
Quanto às letras ‘c’ e ‘d’, podemos afirmar que nenhuma delas apresenta o prazo correto para o 
ajuizamento da ação de impugnação de mandato que é de 15 dias (art. 14, § 10, CF/88). 
Resta-nos, então, a letra ‘e’ que está correta por refletir corretamente o disposto no art. 14, § 10 da 
Constituição Federal. 
QUESTÃO 03 
[FCC - 2017 - TRT - 24ª REGIÃO-MS - Analista Judiciário - Área Administrativa] Bibiana é casada com 
Mundial, Governador do Estado X e pretende se candidatar ao cargo de Prefeita da cidade Y pertencente 
ao Estado X. Fúlvio, irmão de Bibiana, titular de mandato eletivo, se candidatou à reeleição ao cargo de 
Deputado Estadual do referido Estado. De acordo com a Constituição Federal: 
a) Bibiana e Fúlvio são elegíveis, no território de jurisdição de Mundial. 
b) Bibiana e Fúlvio são inelegíveis, no território de jurisdição de Mundial. 
c) somente Fúlvio é inelegível, no território de jurisdição de Mundial. 
d) somente Bibiana é inelegível, no território de jurisdição de Mundial. 
e) Bibiana e Fúlvio são inelegíveis em todo o território nacional. 
Comentário: 
Bibiana está impedida de candidatar-se em razão da incidência inelegibilidade reflexa prevista no art. 14, 
§ 7°, CF/88. Como ela seria candidata pela primeira vez, não poderia fazê-lo no território demarcado 
como circunscrição de Mundial, seu cônjuge. 
Por seu turno, Flúvio está constitucionalmente autorizado a concorrer à reeleição no território de 
circunscrição do seu cunhado (parente afim em 2° grau), pois já era titular de mandato eletivo e agora 
pleiteia, tão somente, a sua reeleição (art. 14, § 7° - parte final). Com isso, podemos assinalar a letra ‘d’ 
como nossa resposta. 
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QUESTÃO 04 
[FCC - 2014 - TRF 8ªR - Analista Judiciário] Sobre o alistamento eleitoral e o direito do voto, a Constituição 
Federal estabelece que: 
A) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores de 16 e 
menores de 18 anos. 
B) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos. 
C) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos. 
D) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos. 
E) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil. 
Comentário: 
Nossa resposta está na letra ‘a’, pois está de acordo com o art. 14, § 1º, CF/88. Vejamos o erro das demais 
alternativas: 
- letra ‘b’: assertiva falsa, pois o alistamento e o voto também são facultativos para os maiores de 16 anos 
e menores de 18 anos, bem como para os maiores de 70 anos. 
- letra ‘c’: a facultatividade do voto alcança os analfabetos, os maiores de 70 anos e os maiores de 16 e 
menores de 18 anos. O item é, pois, falso. 
- letra ‘d’: o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos, os maiores de 70 anos e 
os maiores de 16 e menores de 18 anos. O item é, portanto, falso. 
- letra ‘e’: alternativa incorreta, pois estrangeiros não podem ser alistar como eleitores, tampouco votar, 
nos termos do art. 14, § 2°, CF/88. 
QUESTÃO 05 
[FCC - 2012 - TRF 5ªR - Analista Judiciário] Eros é Prefeito de determinado Município, em exercício de 
primeiro mandato. Durante o segundo ano de mandato, ele e sua esposa Psiquê, ocupante de cargo 
efetivo na administração direta local, se divorciam, em decorrência de divergências políticas. Poucos 
meses depois, ela se filia ao partido de oposição ao ex-marido, pelo qual pretende candidatar-se à chefia 
do Executivo municipal, no próximo pleito, concorrendo com Eros, que tentará a reeleição. 
Considerando a disciplina constitucional da matéria e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a 
esse respeito, analise: 
I. Para concorrer à reeleição, Eros deveria renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito. 
II. Caso Eros exerça o mandato até o fim, Psiquê estará impedida de candidatar-se a cargos eletivos no 
Município em que o ex-marido é Prefeito, não obstante tenha se divorciado dele no curso do mandato. 
III. A condição de ex-esposa de Eros não impede que Psiquê pleiteie cargos eletivos nas esferas estadual 
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ou federal, mesmo que ele venha a se reeleger, mas caso Psiquê se eleja, ficará afastada do cargo que 
ocupa na Administração direta local. 
Está correto o que consta APENAS em: 
A) I. 
B) II. 
C) III. 
D) I e III. 
E) II e III. 
Comentário: 
A assertiva ‘I’ está incorreta, pois a desincompatibilização somente é exigida para concorrer a outro cargo 
e não ao mesmo cargo, nos termos do art. 14, § 6º, CF/88. Em relação a segunda afirmativa, ela está de 
acordo com a súmula vinculante 18, STF. Por fim, podemos assinalar como verdadeira a terceira assertiva 
também, visto que a inelegibilidade reflexa que atinge Psiquê somente se faz presente na esfera 
municipal, isto é, na circunscrição de Eros (art. 14, § 7º, CF/88); e, caso Psiquê se eleja, ficará afastada do 
cargo que ocupa na Administração direta local, por determinação expressa do art. 38, I, CF/88. 
QUESTÃO 06 
[FCC - 2016 - Prefeitura de Campinas-SP - Procurador] Considerando inexistir proibição em legislação 
municipal para a nomeação de cônjuges e parentes para cargo de Secretário Municipal, determinado 
Prefeito em exercício de primeiro mandato nomeia, como Secretária Municipal de Saúde, sua esposa, 
reconhecida na área pelas relevantes contribuições prestadas no exercício profissional da medicina e 
pesquisa laboratorial, no setor privado. Ainda na primeira metade do mandato, o Prefeito e sua esposa 
se divorciam, ela requer sua exoneração do cargo que ocupava e ingressa para os quadros de partido 
político de oposição ao ex-marido, partido pelo qual pretende concorrer ao mandato de Vereadora nas 
próximas eleições municipais, em que ele, a seu turno, concorrerá à reeleição como Prefeito, sem 
renunciar ao respectivo mandato. Nessa hipótese, à luz da Constituição da República e da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a nomeação dela como Secretária Municipal foi: 
A) regular, sendo ela elegível para o mandato de Vereadora e ele, no entanto, inelegível para o de 
Prefeito. 
B) regular, sendo ela, no entanto, inelegível para o mandato de Vereadora e ele, reelegível para o de 
Prefeito. 
C) regular, sendo ela ainda elegível para o mandato de Vereadora e ele, reelegível para o de Prefeito. 
D) irregular, sendo ela ainda inelegível para o mandato de Vereadora e ele, para o de Prefeito. 
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E) irregular, sendo ela, no entanto, elegível para o mandato de Vereadora e ele, reelegível para o de 
Prefeito. 
Comentário: 
Nossa resposta encontra-se na letra ‘b’. A nomeação da Secretária Municipal de Saúde foi regular, pois diz 
respeito a cargo de natureza política que se caracteriza por ser de livre nomeação ou exoneração, ao qual, 
segundo o STF, não se aplica a súmula vinculante 13, que enuncia a vedação ao nepotismo (STF, Rcl 7.590-
PR, Rel. min. Dias Toffoli). A mesma não poderá, no entanto, disputar a eleição para Vereadora naquele 
Município, pois será considerada inelegível (art. 14, § 7º, CF/88), mesmo após dissolução do vínculo 
conjugal, conforme entendimento da Corte Suprema enunciado na súmula vinculante 18. Finalmente, o 
Prefeito em exercício poderá concorrer à reeleição sem renunciar ao respectivo mandato, pois a 
Constituição Federal não exige a desincompatibilização do chefe do Poder Executivo quando este pretenda 
concorrer ao cargo que já ocupa (reeleição), nos termos do § 6° do art. 14. 
QUESTÃO 07 
[FCC - 2016 - PGE-MT - Analista – Bacharel em Direito] A Constituição Federal dispõe que o sufrágio 
universal, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular são instrumentos que evidenciam o exercício: 
A) da cidadania. 
B) da democracia. 
C) da soberania popular. 
D) da dignidade da pessoa humana. 
E) do pluralismo político. 
Comentário: 
De acordo com o art. 14, I, II e III, da CF/88, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, 
referendo e iniciativa popular. Nossa resposta encontra-se na letra ‘c’. 
QUESTÃO 08 
[FCC - 2016 - AL-MS - Consultor de Processo Legislativo] Eustáquio, segundo faz crer o curso da apuração 
das eleições, obteve estrondosa votação para Deputado, mas, segundo um Partido concorrente, essa 
vantagem foi obtida irregularmente, razão pela qual anuncia que ajuizará, em face desse candidato, ação 
de impugnação de mandato eletivo. Se cumprir a promessa, essa ação, de acordo com a Constituição 
Federal, será proposta no prazo de: 
A) quinze dias contados da diplomação e terá por fundamento abuso do poder econômico, corrupção ou 
fraude. 
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B) quinze dias contados da proclamação dos eleitos e tramitará em segredo de justiça. 
C) vinte dias contados da proclamação dos eleitos e terá por fundamento abuso do poder político, 
corrupção ou fraude. 
D) vinte dias contados da diplomação, e terá por fundamento abuso do poder político ou do poder 
econômico, corrupção ou fraude. 
E) vinte dias, mas tramitará em segredo de justiça e terá por fundamento a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na Administração direta ou indireta. 
Comentário: 
A nossa alternativa correta é a da letra ‘a’! Uma vez que o mandato eletivo poderá ser impugnado ante a 
Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso 
do poder econômico, corrupção ou fraude (art. 14, § 10, CF/88). 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2016 - AL-MS - Consultor de Processo Legislativo] Rosa caluniou seu cabeleireiro, crime pelo qual 
foi condenada. Em função de referida condenação, Rosa será privada de seus direitos políticos se a 
decisão: 
A) transitar em julgado ou se for proferida por órgão colegiado, pelo prazo de oito anos após o seu 
cumprimento. 
B) transitar em julgado ou for proferida por órgão colegiado, pelo prazo de quatro anos após o seu 
cumprimento. 
C) transitar em julgado, desde a sua condenação até o transcurso do prazo de oito anos após o seu 
cumprimento. 
D) for proferida por órgão colegiado, enquanto durarem os seus efeitos e até o transcurso do prazo de 
oito anos após o seu cumprimento. 
E) transitar em julgado, enquanto durarem seus efeitos. 
Comentário: 
Nos termos do art. 15, III, CF/88, a letra ‘e’ é a nossa resposta. Isso porque a sentença criminal deve ser 
definitiva e a suspensão só vai se manter enquanto durarem os efeitos da condenação. 
QUESTÃO 10 
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Jurídico] Em uma situação hipotética, João Pedro, empresário do ramo 
minerário, com pretensão de se candidatar a deputado estadual, foi condenado pela prática do crime de 
sonegação fiscal em primeira instância. Convencido de sua inocência, ele orientou seu advogado a 
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recorrer contra essa condenação, pois sabe que, no campo dos direitos políticos, a condenação criminal 
transitada em julgado é causa de: 
A) conscrição 
B) perda ou suspensão desses direitos. 
C) hipossuficiência. 
D) improbidade administrativa. 
E) inalistabilidade ab initio. 
Comentário: 
O advogado deve recorrer contra essa condenação, afinal, no campo dos direitos políticos, eventual 
condenação criminal transitada em julgado é causa de privação dos direitos políticos (na modalidade 
suspensão). Ver art. 15, III, CF/88. 
 
 
 
 
 
 
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(16) Resumo direcionado 
 Direitos Políticos 
 
 
 
Primeiras Palavras 
– Reflexões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns conceitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos políticos – 
Artigos 14 a 16 da 
CF/88 
 
 
 
- Ao afirmar que “todo o poder emana do povo” logo em seu artigo inaugural (art. 1°, 
parágrafo único), a Carta Constitucional de 1988 afirma pertencer ao povo a titularidade 
do poder político que rege nossa democracia, o qual pode ser exercido diretamente pelos 
cidadãos ou por meio de representantes eleitos. 
- Nos últimos anos, entretanto, a democracia brasileira vem enfrentando uma profunda 
crise de representatividade. Este fenômeno, somado ao crescimento do uso da internet 
como espaço público de contestação, originou novas formas de organização e ativismo 
político. 
- A democracia é assim um sistema dinâmico em constante transformação. 
- Direitos políticos: conjunto de normas legais permanentes que regulamenta o direito 
democrático de participação do povo no Governo, diretamente ou por seus 
representantes. Os direitos políticos consistem, portanto, na disciplina dos meios 
necessários ao exercício da soberania popular. 
- Sufrágio: é o direito público subjetivo de eleger um representante político (capacidade 
eleitoral ativa) e/ou de ser eleito como representante político (capacidade eleitoral 
passiva), o que em palavras simples representa o direito de votar e/ou ser votado. 
- O Brasil adota o sufrágio universal, pois confere o exercício do sufrágio a todos os 
cidadãos, independentemente do sexo, de condições financeiras ou de nascimento, de 
escolaridade ou de qualquer outra capacidade especial. 
- Soberania popular: é a soma da vontade de todos os cidadãos que confere legitimidade 
aos representantes eleitos a quem são delegadas as funções de governo. 
- Voto: é a materialização da vontade do cidadão eleitor manifestada através da escolha 
de seus representantes políticos. 
- Os direitos políticos são espécies de direitos fundamentais, pois se encontram no Título II 
da Constituição Federal. 
- São três os artigos que tratam do tema: o art. 14, o art. 15 e o art. 16. 
- O art. 16 trata do princípio da anterioridade eleitoral; o art. 15 consagra as hipóteses em 
que pode haver a determinação de privação dos direitos políticos; o art. 14, com seus 11 
parágrafos, aborda vários tópicos relevantes, tais como: o exercício direto da soberania 
popular, da alistabilidade, dos inalistáveis, da elegibilidade, da inelegibilidade absoluta, 
das inelegibilidades relativas, e, por fim,da ação de impugnação de mandato eletivo. 
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Art. 16, CF/88 – 
Princípio da 
Anterioridade 
Eleitoral 
 
 
 
 
 
 
Art. 15, CF/88 – 
Hipóteses de 
privação dos 
direitos políticos 
 
 
 
 
 
 Art. 14, caput – Participação popular direta 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plebiscito e 
referendo (art. 14, I 
e II, CF/88) 
 
- É possível modificarmos as regras do ‘jogo’ eleitoral, mas uma eventual lei (ou uma 
emenda constitucional) que alterar o processo eleitoral, apesar de entrar em vigor na data 
de sua publicação, só produzirá efeitos (isto é, só terá eficácia) nas eleições que ocorram 
após um ano da data de sua vigência. 
- Dada a importância que esse princípio tem em nosso ordenamento, ele foi reconhecido 
pelo STF também como uma garantia fundamental individual do cidadão-eleitor. 
- O texto constitucional veda expressamente a cassação de direitos políticos. 
-Nossa Constituição permite que um indivíduo seja privado de direitos políticos, o que pode 
se dar por meio da determinação de perda (privação definitiva) ou de suspensão (privação 
temporária). 
- Perda dos direitos políticos: 
(i) Art. 15, I: cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado. 
- Suspensão dos direitos políticos: 
(i) Art. 15, II: incapacidade civil absoluta; 
(ii) Art. 15, III: condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
(iii) Art. 15, V: Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º; 
(iv) Art. 15, IV: Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII (subsiste, ainda hoje, divergência doutrinária relativa ao 
enquadramento deste inciso como hipótese de perda ou suspensão). 
- O sufrágio é apenas um dos instrumentos de participação política ativa previstos no texto constitucional. 
Nossa CF/88 também contempla o plebiscito, o referendo e a inciativa popular para apresentação de 
projetos de lei, sendo estes considerados instrumentos de participação democrática direta. 
- Assim, o plebiscito, o referendo e a inciativa popular são considerados instrumentos de participação 
democrática direta pois permitem ao cidadão exercer a parcela do poder soberano que lhe cabe sem 
intermediários, deliberando diretamente sobre questões políticas ou administrativas do Estado. 
- Ambos são mecanismos de consulta popular a respeito de matérias relevantes de 
natureza constitucional, legislativa (emendas constitucionais, leis, atos normativos etc.) ou 
administrativa (art. 2°, Lei 9.709/98). 
- O plebiscito é uma consulta prévia ao ato legislativo ou administrativo que se pretende 
produzir e o referendo é a consulta ulterior (posterior) que se dá quando o ato já está 
pronto e acabado. 
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Iniciativa popular 
para apresentação 
de projetos de leis 
(art. 14, III, CF/88) 
 
 
 
 
 
 
 
Propositura de 
ação popular (art. 
5º, LXXIII, CF/88) 
 
 
Direito de 
organizar e 
participar de 
partidos políticos 
(art. 17, CF/88) 
 
 
Recall 
 
 
 
 
- É um instrumento de participação direta da sociedade na produção normativa do Estado, 
pois permite aos cidadãos dar início ao processo legislativo de lei ordinária ou de lei 
complementar, desde que o projeto seja subscrito por pelo menos um por cento do 
eleitorado nacional (só cidadãos podem assinar), distribuídos em pelo menos cinco 
estados-membros – sendo que, em cada um dos estados-membros participantes, não se 
pode reunir menos que três décimos por cento do número total de eleitores de cada um 
deles (art. 61, § 2°, CF/88). 
- O projeto deve ser apresentado na Câmara dos Deputados, onde terá início o seu 
trâmite. 
- A iniciativa popular para apresentação de projetos de leis também pode ocorrer no 
âmbito das Assembleias Legislativas do Estados-membros, cabendo à lei dispor sobre o 
processo legislativo estadual neste caso (art. 27, § 4°, CF/88). 
- No Município também existe iniciativa popular para apresentação de projetos de lei, 
conforme prevê o art. 29, XIII, CF/88. 
- O STF já firmou o entendimento no sentido da inexistência de iniciativa popular para a 
apresentação de PEC. 
- A ação popular pode ser proposta exclusivamente pelo cidadão – indivíduo nacional que 
está no pleno gozo dos direitos políticos –, para a tutela do patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, da moralidade administrativa, do meio ambiente e do 
patrimônio histórico e cultural, mediante a anulação do ato lesivo. 
- É no âmbito dos partidos políticos que ocorre a seleção dos futuros candidatos que vão 
participar do processo eleitoral que dará concretude à nossa democracia representativa. 
- Candidaturas avulsas não são admitidas, de modo que para que possa disputar mandatos 
eletivos, o cidadão deve filiar-se a um partido. 
 
- O recall é um meio de participação popular direta em que os cidadãos dizem se estão ou 
não satisfeitos com o mandato de certo representante eleito. No caso de a desaprovação 
ser comprovada nas urnas, o mandatário é destituído de seu cargo. Não existe no 
ordenamento pátrio. 
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 Art. 14, § 1° - Alistamento eleitoral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 14, § 2° - Inalistáveis 
 
 
 
 
 Art. 14, § 3° - Elegibilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Alistamento eleitoral é o ato por meio do qual o indivíduo habilita-se ao pleno exercício da cidadania, 
inscrevendo-se como eleitor perante Justiça Eleitoral. É o que o torna apto a exercer a capacidade eleitoral 
ativa. 
- No Brasil, tanto o alistamento eleitoral quanto o voto são obrigatórios para os brasileiros alfabetizados 
maiores de dezoito e menores de setenta anos (art. 14, § 1º, I, CF/88). 
- Por outro lado, o alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta anos 
e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade (art. 14, § 1º, II, CF/88). 
- Pode uma Emenda Constitucional pôr fim à obrigatoriedade, transformando o voto em facultativo para 
todas as pessoas (afinal, a obrigatoriedade não é característica petrificada do voto). 
- Inalistável é aquele que não pode se alistar como eleitor. 
- Nosso texto constitucional proíbe expressamente o alistamento dos conscritos (que são aqueles 
brasileiros que estão prestando serviço militar obrigatório) e dos estrangeiros. 
- São seis requisitos constitucionais genéricos, previstos no art. art. 14, § 3º, que devem ser atendidos pelo 
indivíduo que pretenda adquirir a capacidade eleitoral passiva: 
1. Ter a nacionalidade brasileira 
2. Estar em pleno exercício dos direitos políticos 
3. Ter se submetido ao alistamento eleitoral 
4. Possuir domicílio eleitoral na circunscrição na qual deseja concorrer nas eleições 
5. Estar filiado a um partido político 
6. Contar com a idade mínima exigida para cargo, que será de: 
- 18 anos para Vereador; 
- 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
- 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
- 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador. 
- Com exceção do vereador, que deverá comprovar a idade mínima de 18 anos na data limite da 
apresentação do seu registro de candidatura, os demais só precisam comprovar que preenchem o 
requisito da idade mínima na data da posse. 
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 Inelegibilidades 
 
 
IntroduçãoArt. 14, § 4° - 
Inelegibilidade 
Absoluta 
 
 
 Art. 14, §§ 5°, 6°, 7° e 9° - Inelegibilidades Relativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 14, § 5° – 
Reeleição 
 
 
 
 
 
- Para que seja elegível, o cidadão deve comprovar que preencheu as condições 
constitucionalmente exigidas e também a ausência das hipóteses que geram as 
inelegibilidades, as quais encontram-se previstas no art. 14, §§ 4º a 8º, da CF/88 e na Lei 
Complementar nº 64/1990. 
- A inelegibilidade absoluta consiste no categórico impedimento para o indivíduo 
concorrer a qualquer cargo eletivo e persiste enquanto não cessada a causa que a originou. 
- São absolutamente inelegíveis: os inalistáveis e os analfabetos. 
- Cuidado, portanto, com a situação do analfabeto, que é alistável, mas inelegível! 
- Os motivos que ensejam a inelegibilidade relativa podem ser: 
(i) Funcionais (art. 14, §§ 5° e 6°, CF/88) – para o mesmo cargo ou para cargo diverso; 
(ii) Em decorrência de condições pessoais relacionadas ao casamento, parentesco ou afinidade (art. 14, § 
7°, CF/88); 
(iii) Em razão de prestação de serviço militar (art. 14, § 8°, CF/88); 
(iv) Outras inelegibilidades previstas na legislação infraconstitucional (art. 14, § 9°, CF/88). 
- O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos 
e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos 
para um único período subsequente. 
- Essa limitação (de só poder se reeleger para o mesmo cargo para um único período 
subsequente) só existe para os chefes do Poder Executivo – os membros do Poder 
Legislativo podem se reeleger sucessivas vezes para o mesmo cargo, não havendo 
limitação. 
- Aquele que já exerceu a chefia do Executivo por dois mandatos subsequentes (eleição e 
reeleição) não pode, no terceiro mandato, nem se eleger novamente para a chefia do 
Executivo, nem para o cargo de Vice. 
- O Vice que já exerceu esse cargo por dois mandatos consecutivos pode, no terceiro 
mandato, disputar o cargo do titular. 
- O cidadão que já exerceu consecutivamente dois mandatos de Prefeito, ou seja, foi eleito 
e reeleito, fica inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em Município diferente. 
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Art. 14, § 6° – 
Desincompatibilização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 14, § 7° – 
Inelegibilidade reflexa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 14, § 8° – A 
condição de militar 
 
 
- Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado 
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
Obs.: A desincompatibilização não é necessária na reeleição. 
- Os membros do Poder Legislativo podem concorrer a outros cargos sem terem 
renunciado ao respectivo mandato até seis meses antes da eleição. 
- Chamada também de inelegibilidade reflexa, impede que os cônjuges e os parentes 
(consanguíneos ou afins) até o segundo grau, ou por adoção, dos titulares do Poder 
Executivo ocupem cargo político-eletivo dentro do território da circunscrição em este 
exerce mandato. 
- O termo “cônjuge” abrange também os companheiros que vivem em união estável, homo 
ou heteroafetiva. 
- A circunscrição do Prefeito é o Município; a circunscrição do Governador é o Estado-
membro; a circunscrição do Presidente da República é o país todo. 
- A parte final do § 7º claramente autoriza que o cônjuge ou o parente até 2º grau se 
candidate à reeleição dentro da circunscrição do chefe do Executivo. 
- Para resolver as questões que cobram o § 7º, você deve: 
1°- identificar o chefe do Poder Executivo 
2°- Definir qual é a circunscrição dele 
3º- Verificar se há um cônjuge / companheiro ou parente até segundo grau 
4°- Verificar se o cônjuge / companheiro ou parente até segundo grau quer se candidatar 
NA CIRCUNSCRIÇÃO do chefe do executivo ou FORA DELA 
5º - Se for NA CIRCUNSCRIÇÃO do Chefe do Executivo, verificar se é candidato a ELEIÇÃO 
ou a REELEIÇÃO. 
- A Constituição considera elegíveis apenas os militares alistáveis. 
- O militar que não está conscrito é alistável e elegível. 
- Devemos, no entanto, verificar se ele tem mais ou menos de 10 anos de serviço. 
- Se o militar tiver menos de 10 anos de serviço, ele deverá se afastar da atividade militar 
(pedir exoneração) para disputar a eleição. 
- Por outro lado, se o militar tiver mais de 10 anos de serviço, ele ficará afastado pela 
autoridade superior durante todo período de campanha. Sendo eleito, logo que for 
diplomado ele passará para a inatividade (aposentadoria por tempo de serviço). 
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Art. 14, § 9° – Outras 
inelegibilidades 
(trazidas por LC) 
 
 
 
 
 Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) 
 
 
 
 
 
 
 
 Partidos Políticos 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Nossa Constituição Federal autoriza a edição de lei complementar para dispor sobre 
outros casos de inelegibilidade relativa e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a 
probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra influência do 
poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta. 
- Atualmente, é a Lei Complementar nº 64/1990 (também chamada de Lei das 
Inelegibilidades) que trata do assunto e estabelece outros casos. 
- Prevista no art. 14, §§ 10 e 11 do texto constitucional, a ação de impugnação de mandato eletivo acarreta 
a perda do mandato do candidato que foi eleito mediante fraude, corrupção ou abuso do poder 
econômico. 
- Essa ação deve ser proposta perante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação. 
- A AIME deverá ser instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, tramitando 
em segredo de justiça e respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
- No Capítulo V do Título II, temos o art. 17, que trata dos Partidos políticos. 
- Estes são pessoas jurídicas de direito privado que congregam cidadãos com ideologias 
e interesses comuns, os quais se associam voluntariamente para buscar conquistar o poder 
e fazer prevalecer suas ideias, ou ao menos inspirar as decisões políticas nas instâncias 
governamentais. 
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Princípios e preceitos 
regentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Liberdade e autonomia 
partidária 
 
 
 
 
- A nossa atual Constituição (no art. 17) assegura a livre criação, fusão e incorporação de 
partidos políticos. 
- Essa liberdade, no entanto, não é absoluta, condicionando-se à observância de certos 
princípios, a saber: (i) da soberania nacional, (ii) do regime democrático, (iii) do 
pluripartidarismo e (iv) dos direitos fundamentais da pessoa humana. 
- O texto constitucional estabelece que os partidos políticos deverão observar os seguintes 
preceitos: 
(a) Deverão ter caráter nacional; 
(b) Não poderão estar subordinados ou receber recursos financeiros de entidade ou 
governo estrangeiros; 
(c) Deverão prestar contas à Justiça Eleitoral; 
(d) Deverão ter seu funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
- O § 4º do art. 17, CF/88 veda que os partidos políticos se utilizem de organizações 
paramilitares. 
- Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, 
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
- O partido político é uma associação dotada de ampla autonomiapara definir sua 
estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o 
regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos 
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária (art. 17, § 1º, CF/88). 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2017. 
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019. 
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de 
Direito Constitucional. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 41ª ed. atual. São Paulo: Malheiros, 
2018. 
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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