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Prof. Nathalia Masson 
 Aula 16 
 
1 de 148| www.direcaoconcursos.com.br 
Direito Constitucional (curso avançado) – Turma Regular 
 
 
 
Aula 16 
Direito Constitucional – Processo Legislativo 
Direito Constitucional (Curso Avançado) – 
Turma Regular 
Prof. Nathalia Masson 
 
Prof. Nathalia Masson 
 Aula 16 
 
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Sumário 
SUMÁRIO 2 
PROCESSO LEGISLATIVO 3 
(1) RECADO INICIAL 3 
(A) PRIMEIRAS PALAVRAS SOBRE O TEMA 3 
(B) PROCESSO LEGISLATIVO: ESPÉCIES 5 
(C) ESPÉCIES NORMATIVAS 7 
(C.1) INTRODUÇÃO 7 
(C.2) LEIS ORDINÁRIAS – PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO 7 
(1) FASE INTRODUTÓRIA 10 
(1.1) PRIMEIRAS PALAVRAS 10 
(1.2) INICIATIVA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 12 
(1.3) INICIATIVA DE LEI DO PODER JUDICIÁRIO 13 
(1.4) INICIATIVA POPULAR 14 
(1.5) CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE INICIATIVA 15 
(2) FASE CONSTITUTIVA (ATOS DE DELIBERAÇÃO LEGISLATIVA, VOTAÇÃO E DELIBERAÇÃO EXECUTIVA – 
SANÇÃO OU VETO PRESIDENCIAL) 22 
(2.1) A CASA INICIADORA 22 
(2.2) DELIBERAÇÃO 23 
(2.3) VOTAÇÃO PLENÁRIA 26 
(2.4) DELIBERAÇÃO EXECUTIVA (SANÇÃO OU VETO PRESIDENCIAL) 33 
(2.4.1) PRIMEIRAS PALAVRAS 33 
(2.4.2) SANÇÃO 33 
(2.4.3) VETO 35 
(3) FASE COMPLEMENTAR (OU DE INTEGRAÇÃO DE EFICÁCIA) 42 
(3.1) PROMULGAÇÃO 42 
(3.2) PUBLICAÇÃO 44 
(C.3) PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO OU REGIME DE URGÊNCIA CONSTITUCIONAL (ART. 64, §§ 1º 
A 4º, CF/88) 46 
(C.4) LEIS COMPLEMENTARES 48 
(C.5) LEIS DELEGADAS 52 
(C.6) MEDIDAS PROVISÓRIAS 57 
(C.6.1) ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 57 
(C.6.2) LEGITIMIDADE PARA A EDIÇÃO 57 
(C.6.3) PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS LEGITIMADORES 61 
(C.6.4) LIMITES MATERIAIS À EDIÇÃO 65 
(C.6.5) PRODUÇÃO DE EFEITOS (EFICÁCIA DA MEDIDA) 68 
(C.6.6) PROCEDIMENTO 69 
(C.6.7) REJEIÇÃO E CONVERSÃO DA MP EM LEI 72 
(C.6.8) ÚLTIMAS OBSERVAÇÕES SOBRE AS MEDIDAS PROVISÓRIAS 82 
C.7. DECRETOS LEGISLATIVOS 84 
C.8. RESOLUÇÕES 85 
(2) QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA 87 
(3) OUTRAS QUESTÕES: PARA TREINAR 109 
(4) RESUMO DIRECIONADO 135 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 148 
 
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PROCESSO LEGISLATIVO 
(1) Recado Inicial 
Lembre-se que esta aula, datada de julho de 2019, foi produzida o curso de Direito Constitucional 
(Curso Avançado) para Concursos - Turma Regular. Como o conteúdo de Direito Constitucional é o que 
mais se altera no mundo jurídico (em razão das constantes mudanças legislativas e, em especial, das 
incessantes novas decisões do STF), não desperdice seu tempo ou arrisque sua aprovação estudando um 
material desatualizado. Busque sempre a versão oficial da aula no site do nosso curso! 
(A) Primeiras palavras sobre o tema 
Você sabe o que essa expressão “Processo legislativo” significa, caro aluno? 
Ela designa um conjunto de atos pré-ordenados que devem ser praticados para que possamos 
elaborar as espécies normativas primárias (aquelas que retiram seu fundamento de validade 
diretamente da Constituição e que podem inovar o ordenamento jurídico), descritas no art. 59, CF/88. 
A atividade de legislar, regulada pelo poder constituinte originário em seção especial (Tít. IV, Cap. 
I, Seção VIII, que engloba os artigos 59 a 69, CF/88), é exercida com primazia, mas não com exclusividade, 
pelo Poder Legislativo. Já que este último Poder não exerce essa atribuição de forma isolada e exclusiva, 
poderemos identificar em nosso ordenamento jurídico situações nas quais outro Poder exercerá, de 
modo atípico ou secundário, função de natureza legislativa: pensemos, por exemplo, na atribuição 
presidencial de editar medida provisória ou lei delegada. Ambas são espécies primárias (estão listadas 
pelo art. 59, CF/88) e não são confeccionadas pelo Legislativo, mas, sim, pelo Poder Executivo. 
Outro detalhe introdutório importante é o seguinte: como a disciplina jurídica do processo de 
formação das leis tem matriz essencialmente constitucional – pois os princípios que regem o 
procedimento de elaboração das espécies normativas estão no texto da Constituição –, vale registrar que 
as linhas básicas do modelo constitucional federal referente ao processo legislativo são de absorção 
compulsória pelas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas, conforme entendimento do Supremo 
Tribunal Federal1. 
Da mesma forma, também em homenagem ao princípio da simetria, as matérias nas quais a 
iniciativa pertencer de forma reservada ao Presidente da República (art. 61, § 1°, CF/88) deverão ser 
atribuídas aos Governadores e Prefeitos, no que couber2. 
 
1. Conforme ADI 637 – MA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, noticiada no Informativo 358, STF. 
2. Conforme ADI 822-RS, STF, Rel. Min. Octavio Gallotti. 
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Eventuais desobediências às regras constitucionais de processo legislativo vão gerar inequívoca 
inconstitucionalidade formal da lei ou do ato normativo elaborado. Essa inconstitucionalidade, fruto de 
um processo legislativo ilegítimo, poderá ser: 
(i) reconhecida pelo Poder Judiciário no exercício do controle repressivo de constitucionalidade – tanto 
no âmbito do controle difuso como no do concentrado; 
(ii) evitada no controle de constitucionalidade político preventivo, desenvolvido externamente ao 
Poder Judiciário, pelo Poder Legislativo (através da atuação das Comissões de Constituição e Justiça) e 
pelo Poder Executivo, por meio do veto jurídico presidencial; 
(iii) refreada pelo Poder Judiciário, por meio do excepcional controle de constitucionalidade 
jurisdicional preventivo, no qual os parlamentares defendem seu direito líquido e certo ao devido 
processo legislativo, o que os permite manejar o mandado de segurança individual (impetrado pelos 
parlamentares federais perante o Supremo Tribunal Federal) em todas as oportunidades em que forem 
desrespeitadas as normas constitucionais procedimentais referentes à elaboração das espécies 
normativas. Conforme posicionamento estável do STF, o “parlamentar tem legitimidade ativa para 
impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de 
leis e emendas constitucionais que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional”3. 
Para auxiliar na fixação, visualize o esquema4 posto abaixo: 
 
 
3. Conforme MS 24.642, STF, Rel. Min. Carlos Velloso, noticiado no Informativo 337, STF. 
4. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 940. 
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Não custa destacar que o STF5 tem reafirmado esse entendimento, ao considerar que o sistema 
constitucional pátrio não autoriza que o controle de constitucionalidade judicial prévio seja utilizado 
como regra. A jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de, ordinariamente, não serem 
admitidas as demandas judiciais com essa finalidade. 
O STF, portanto, segue reconhecendo somente duas exceções a essa regra: (1) proposta de 
emenda à Constituição manifestamente ofensiva a cláusula pétrea; e (2) projeto de lei ou de emenda 
em cuja tramitação se verifique evidente afronta a cláusula constitucional que disciplina o 
correspondente processo legislativo. Percebe-se que, em ambos os casos, o vício de 
inconstitucionalidade está diretamente relacionado aos aspectos formais e procedimentais da 
atuação legislativa. Nessas circunstâncias, a impetração de segurança é admissível porque busca 
corrigir vício efetivamente concretizado, antes e independentemente da final aprovação da norma.(B) Processo Legislativo: Espécies 
Existem diversas classificações possíveis para o processo legislativo. Uma muito importante e 
constante em prova, futuro servidor, é aquele referente às suas fases e ritos procedimentais. Nesse 
contexto, o processo legislativo pode ser: 
(i) Ordinário: utilizado para a elaboração de lei ordinária. É o procedimento básico previsto na 
Constituição da República e caracteriza-se pela total ausência de prazos para a realização dos atos de 
deliberação e votação; 
(ii) Sumário ou abreviado: assemelha-se ao ordinário, pois possui as mesmas fases e os mesmos atos, 
mas distingue-se deste por possuir prazo para a deliberação e votação. Sua utilização fica na 
dependência da vontade do Presidente da República, a quem a Constituição confere, com exclusividade, 
legitimidade para solicitar a tramitação dos projetos de sua iniciativa no regime de urgência 
constitucional; 
(iii) Especial: utilizado para a feitura das demais espécies normativas, a saber, emenda constitucional, lei 
complementar, lei delegada, medida provisória, decreto legislativo, resolução e as Leis Financeiras (PPA 
– Plano Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, LOA – Lei Orçamentária Anual). Os 
procedimentos especiais baseiam-se em ritos diferenciados, que se afastam (ao menos em algum 
aspecto) da normativa geral estabelecida para a elaboração das leis ordinárias. 
 
5. No julgamento do MS 32.033/DF, relatado pelo Min. Gilmar Mendes, noticiado no Informativo 711, STF. 
 
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Esquematicamente6: 
 
Um detalhe importante: em se tratando do procedimento de elaboração das leis 
complementares, é certo afirmar que, em termos constitucionais7, seguem o mesmo processo de 
formação das leis ordinárias, só havendo uma única diferença constitucionalmente estabelecida: a 
maioria para a aprovação – afinal, para a validação dos projetos de leis complementares é exigida 
manifestação favorável de maioria absoluta (art. 69, CF/88), enquanto a aprovação das leis ordinárias 
exige, tão somente, a manifestação favorável de maioria simples (art. 47, CF/88). Por isso, já se discutiu 
se o procedimento de feitura de leis complementares segue o procedimento ordinário, em razão da 
semelhança, ou se o procedimento é especial, em virtude da distinção constitucional referente à maioria 
de aprovação. Somos partidários da segunda corrente: o procedimento é especial, porque específico em 
face daquele previsto para a lei ordinária. 
 
 
 
6. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 942. 
7. Diz-se “em termos constitucionais” porque os regimentos internos das Casas Legislativas estipulam outras distinções para 
os procedimentos das duas espécies normativas. Por exemplo: regimentalmente há a previsão de que as leis ordinárias 
possam ser votadas e aprovadas nas comissões, enquanto as leis complementares precisam necessariamente ir à plenário. 
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Observe o esquema abaixo8: 
 
 
(C) Espécies normativas 
(C.1) Introdução 
Temos sete espécies normativas primárias, a saber: (1) emendas constitucionais; (2) leis 
complementares; (3) leis ordinárias; (4) leis delegadas; (5) medidas provisórias; (6) decretos legislativos; 
e (7) resoluções. 
Uma vez que o procedimento das emendas constitucionais é estudado em aula pertinente 
(referente à reforma e revisão constitucional), iniciaremos nosso estudo com a análise do procedimento 
de elaboração das leis ordinárias. 
(C.2) Leis ordinárias – processo legislativo ordinário 
Parece básico demais, todavia, não custa começar o tópico lhe lembrando que o processo 
legislativo ordinário é aquele que deve ser observado na elaboração das leis ordinárias. 
Trata-se do procedimento mais básico e completo; caracteriza-se pela ausência de prazos para a 
realização dos atos de deliberação e votação. Apesar de mais demorado, este procedimento comporta 
uma maior oportunidade para o exame, o estudo e a discussão do projeto. Divide-se em três fases, a 
saber: 
(1) introdutória; 
(2) constitutiva; e 
(3) complementar. 
 
8. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 942. 
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A cada uma das fases corresponde a prática de certos atos. Na fase introdutória um único ato é 
praticado, qual seja, a iniciativa. Já na fase constitutiva temos a realização de três atos, a deliberação, a 
votação e a sanção ou veto (deliberação executiva). Por fim, na fase complementar, também denominada 
“fase de integração de eficácia”, realizam-se a promulgação e a publicação. 
Esquematicamente9 podemos resumir o processo ordinário da seguinte forma: 
 
 
Vejamos algumas questões que já cobraram os pontos referentes ao processo legislativo: 
Questões para fixar 
[FCC - 2015 - TCM-RJ - Auditor-Substituto de Conselheiro - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Lei ordinária e lei complementar guardam relação de hierarquia entre si, porque a primeira subordina-se à 
segunda. 
[MPE-BA - 2015 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Adaptada] No que tange à disciplina normativo-
constitucional expressa do processo legislativo (artigo 59 e seguintes da Constituição Federal de 1988), 
julgue a assertiva: 
 
9. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 943. 
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Existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária, bem como entre lei federal e estadual. 
Comentário: 
Você bem sabe que, segundo o STF, não há hierarquia entre LO e LC, pois ambas são espécies normativas 
primárias infraconstitucionais. Por esta razão, as duas assertivas devem ser marcadas como falsas. Em 
complemento a resposta, lembremos que também não há hierarquia entre lei federal e lei estadual, como 
afirma a segunda assertiva. A distinção entre elas refere-se ao campo material de atuação 
constitucionalmente estabelecido. 
Gabarito: Errado/Errado 
[CETRO - 2013 - ANVISA - Técnico Administrativo - Área 1 - Adaptada] Sobre o previsto na Constituição 
Federal acerca do processo legislativo, julgue a assertiva: 
As leis complementares, assim como as leis ordinárias, são aprovadas por maioria simples dos presentes em 
sessão da Câmara dos Deputados. 
[FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal] Em relação ao processo legislativo, julgue o item: 
As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
[VUNESP - 2016 - IPSMI - Procurador - Adaptada] Julgue a assertiva: 
No processo legislativo, as leis complementares serão aprovadas por dois terços dos membros do Congresso 
Nacional. 
[CONSULPLAN - 2017 - Câmara de Nova Friburgo-RJ - Agente Legislativo - Adaptada] Sobre o Processo 
Legislativo previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
As leis complementares serão aprovadas por maioria relativa. 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio – SP - Procurador Jurídico - Adaptada] No que se refere ao processo 
legislativo, julgue a assertiva: 
Lei complementar deve ser aprovada por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. 
Comentário: 
A solução adequada para estas cincos assertivas depende de você se lembrar de algumas informaçõesbásicas que foram ensinadas nesta aula: 
(i) De acordo com o art. 47 da CF/88, leis ordinárias são aprovadas por maioria simples (maioria relativa); 
(ii) Leis complementares, nos termos do art. 69 da CF/88, são aprovadas por meio de maioria absoluta. 
Com estas simples informações você já é capaz de identificar que somente a segunda assertiva é verdadeira 
e todas as demais são falsas. 
Gabarito: Errado/Certo/Errado/Errado/Errado 
[FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito] Dentre as espécies normativas 
passíveis de serem manejadas no ordenamento jurídico brasileiro estão a lei ordinária e a lei complementar. 
Como semelhança ou distinção, dentre outras, pode-se mencionar: 
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A) Assemelham-se em razão da necessidade de tramitação pelo Legislativo competente em dois turnos, 
exigindo-se quórum de maioria simples, para posterior submissão à sanção. 
B) Distinguem-se em razão das matérias que devem ser objeto de cada uma dessas espécies normativas, 
sendo portanto, critério material, não havendo hierarquia entre os atos normativos. 
C) A necessidade de quórum qualificado de aprovação mais rígido para a lei ordinária, em razão de sua 
tramitação mais ágil, exigindo-se menos horas de debate na fase de deliberação. 
D) A necessidade de quórum diferenciado para aprovação da lei complementar, exigido apenas a depender 
da iniciativa dessa espécie normativa. 
E) São semelhantes porque o processo de tramitação legislativo observa exatamente as mesmas 
formalidades, à exceção da sanção, que demanda ato complexo entre Presidência da Câmara do Legislativo 
e Chefe do Executivo no caso da lei complementar. 
Comentário: 
Estudamos o processo legislativo de feitura dessas duas espécies normativas simultaneamente. 
Justificativa: a óbvia semelhança entre eles, afinal, a Constituição Federal de 1988 somente apresenta uma 
única distinção formal entre essas duas espécies normativas, a saber, a maioria de aprovação (que, em lei 
complementar, é absoluta; e, para lei ordinária, é simples; ver artigos 47 e 69, ambos da CF/88). Vale 
destacar que nos regimentos internos das Casas Legislativas existem outras distinções 
formais/procedimentais entre LO e LC. 
Ressalte-se, ademais, que uma outra distinção que a Constituição Federal de 1988 estabelece entre essas 
duas espécies normativas é referente ao aspecto material. Enquanto LC tem matéria taxativa, LO tem 
matéria residual. 
Por fim, lembremos que entre elas não existe hierarquia. 
Em conclusão, podemos assinalar a alternativa ‘b’ como sendo nossa resposta, já que as demais não estão 
sintonizadas com o texto constitucional. 
Gabarito: B 
 
(1) Fase introdutória 
(1.1) Primeiras palavras 
A fase introdutória é a que inaugura o processo de elaboração das leis ordinárias, por meio do ato 
“iniciativa” – termo que pode ser conceituado como sendo a capacidade de deflagrar o processo 
legislativo, de iniciá-lo. 
Nossa Constituição Federal estabelece um rol amplo daqueles que são legitimados a estrear o 
processo legislativo ordinário, afinal a prerrogativa foi atribuída a qualquer membro ou Comissão da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos 
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(art. 61, caput, CF/88). 
Essa capacidade de apresentar um projeto de lei, dando início ao processo legislativo, pode ser 
classificada em diferentes tipologias, para melhor ser compreendida: 
(i) Iniciativa parlamentar: presente na nossa Constituição Federal, é extraída da concessão aos membros 
e comissões do Poder Legislativo da prerrogativa para apresentação de projetos de lei. Assim, a iniciativa 
pode ser, por exemplo, de um Deputado Federal, de um Senador da República, das Mesas Diretoras, das 
Comissões internas, da Presidência das Casas. 
(ii) Iniciativa extraparlamentar: quando a iniciativa pode ser exercida por autoridades ou instituições que 
não integram o Poder Legislativo. Visualiza-se essa hipótese, no nosso texto constitucional, quando a 
iniciativa é concedida ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, 
ao Procurador-Geral da República e, ainda, aos cidadãos. 
(iii) Iniciativa concorrente ou plúrima: é a que pertence simultaneamente a mais de um legitimado. 
Exemplo no atual texto constitucional: a iniciativa de lei sobre a organização do Ministério Público da 
União é da competência concorrente entre o Presidente da República e o Procurador-Geral da República 
(art. 61, § 1º, II, “d” c/c art. 128, § 5º, ambos da CF/88). 
(iv) Iniciativa vinculada: absolutamente excepcional e dependente de previsão constitucional expressa, 
envolve as situações nas quais o legitimado é obrigado a dar início ao processo legislativo, na forma e nos 
prazos estabelecidos pela Constituição. Exemplo: são vinculadas as iniciativas para apresentação dos 
projetos das leis orçamentárias (Lei do Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, 
Lei do Orçamento Anual – LOA), que devem ser apresentados ao Legislativo, privativamente pelo chefe 
do Executivo, nos prazos estabelecidos pela Constituição10. 
Nos dizeres do STF, a teoria geral do processo legislativo, ao versar sobre a questão da iniciativa 
vinculada das leis, 
adverte que esta somente se legitima – considerada a qualificação eminentemente 
constitucional do poder de agir em sede legislativa – se houver, no texto da própria Constituição, 
dispositivo que, de modo expresso, a preveja. Em consequência desse modelo constitucional, 
nenhuma lei, no sistema de direito positivo vigente no Brasil, dispõe de autoridade suficiente 
para impor, ao chefe do Executivo, o exercício compulsório do poder de iniciativa legislativa.11 
(v) Iniciativa geral: é a regra geral no processo legislativo. Outorgada a certos legitimados para 
 
10. Conforme dispõe o art. 35, § 2º, ADCT. 
11. MS 22.690, Rel. Min. Celso de Mello. 
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apresentação de projeto de lei sobre matérias variadas, indeterminadas, isto é, para apresentação de 
projetos que tragam direito novo sobre diversas matérias, com exceção daquelas que estão reservadas a 
alguma autoridade ou órgão. No nosso atual diploma constitucional, os legitimados possuidores de 
iniciativa geral são os membros ou comissões da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do 
Congresso Nacional e, ainda, o Presidente da República e os cidadãos. 
Mas saiba, estimado aluno, que possuir iniciativa geral não significa possuir competência 
irrestrita para apresentar projetos de lei sobre qualquer matéria, qualquer assunto. Em verdade, quem 
tem iniciativa geral detém a prerrogativa de apresentar projetos de lei sobre diversas matérias, 
ressalvadas as hipóteses de iniciativa reservada. Por exemplo: como nossa Constituição reservou ao 
Supremo Tribunal Federal a iniciativa para apresentar o projeto de lei complementar que disporá sobre 
o Estatuto da Magistratura (art. 93, CF/88), nenhum outro legitimado, mesmo os que tenham iniciativa 
geral, poderão apresentar projeto de lei relativamente a este assunto. Do contrário, se o fizerem, 
estarão violando uma regra da Constituição e, consequentemente, estarão construindo um projeto 
inconstitucional. 
(vi) Iniciativa privativa (exclusiva ou reservada): ocorre quando o processo legislativo só pode ser 
deflagrado por determinadas autoridades ou órgãos, sob pena de se configurar um vícioformal de 
iniciativa, caracterizador da inconstitucionalidade do ato normativo. A iniciativa privativa do Presidente da 
República para os temas elencados no art. 61, § 1º, CF/88 é um clássico exemplo de iniciativa reservada, 
afinal, ou o projeto é apresentado pelo Presidente ou então, se apresentado por qualquer outra autoridade 
ou entidade, será inconstitucional. Outros exemplos: a iniciativa da Câmara dos Deputados (art. 51, IV, 
CF/88) e do Senado Federal (art. 52, XIII, CF/88) para apresentar o projeto de lei fixando a remuneração de 
seus servidores12. 
(1.2) Iniciativa privativa do Presidente da República 
Nossa Constituição Federal (em seu art. 61, § 1º) reservou algumas matérias à iniciativa privativa 
do Presidente da República, de modo a colocar a regulamentação dos assuntos na sua dependência única 
e exclusivamente, não podendo haver, em nenhuma hipótese, regulamentação destas matérias por 
iniciativa de outras autoridades ou órgãos. 
Em homenagem ao princípio da simetria, o dispositivo que agrega as matérias que são de 
iniciativa privada do Presidente da República é de repetição obrigatória para os demais entes federados. 
 
12. Vale lembrar que a competência para fixar o subsídio para os Deputados Federais e os Senadores da República é do 
Congresso Nacional, nos termos do art. 49, VII, CF/88. 
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Estes, ao regulamentarem o processo legislativo nos seus documentos fundamentais (Constituições 
estaduais e Leis Orgânicas municipais e distrital), devem observar rigorosamente a previsão expressa da 
Constituição Federal e reservar, ao chefe do Poder Executivo respectivo, a possibilidade de deflagrar o 
processo legislativo. 
Vou exemplificar este cenário com a iniciativa de projeto de lei que cria cargos, funções ou 
empregos públicos na administração federal direta e autárquica ou promove o aumento de sua 
remuneração (art. 61, § 1°, II, ‘a’, CF/88). Como em âmbito federal a iniciativa é presidencial, o poder 
decorrente deverá, necessariamente, reservar essa mesma iniciativa em âmbito estadual ao Governador 
do Estado-membro. 
(1.3) Iniciativa de lei do Poder Judiciário 
Vejamos os casos em que o processo legislativo somente poderá ser exercido por iniciativa dos 
órgãos integrantes do Poder Judiciário: 
(i) a Constituição reservou aos Tribunais em geral a proposta de criação de novas varas (art. 96, I, “d”, 
CF/88); 
(ii) separou, somente para o Supremo Tribunal Federal, a iniciativa para apresentar o projeto de lei 
complementar que disporá sobre o Estatuto da Magistratura (art. 93, CF/88); 
(ii) ressalvou, para o STF, Tribunais Superiores e Tribunais de Justiça (art. 96, II, CF/88): 
– a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores; 
– a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem 
vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos Tribunais 
inferiores, onde houver; 
– a criação ou extinção dos Tribunais inferiores; 
– a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
(iv) por fim, a Constituição outorgou aos Tribunais de Justiça a iniciativa de elaboração de lei que 
regulamenta a organização judiciária em âmbito estadual (art. 125, § 1º, CF/88). 
 
 
 
 
 
 
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(1.4) Iniciativa popular 
Vou começar lhe informando que em nosso ordenamento o rigor excessivo das exigências 
constitucionais postas no art. 61, § 2° dificulta muito a apresentação, na Câmara dos Deputados, de 
projetos de lei (ordinária ou complementar) de iniciativa popular. Alguns autores, por isso mesmo, 
afirmam tratar-se a iniciativa popular de “instituto decorativo”13. 
Exatamente por causa disso, são poucas as leis resultantes desse mecanismo de deflagração. 
Somente a Lei nº 11.124/2005 (que dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e 
cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social) e a Lei Complementar nº 135/2010 (conhecida 
como “Lei da ficha limpa”) foram frutos dessa específica modalidade de iniciativa. 
Pois bem. Vejamos agora quais são esses tais requisitos: de acordo com a Constituição, o projeto 
de lei de iniciativa popular deve ser subscrito por pelo menos um por cento do eleitorado nacional (só 
cidadãos podem assinar), distribuídos em pelo menos cinco Estados-membros sendo que, em cada um 
dos Estados-membros participantes, não se pode reunir menos que três décimos por cento do número 
total de eleitores de cada um deles (art. 61, § 2º, CF/88). Para lhe ajudar a gravar esses detalhes, sugiro 
a memorização do número “1503”14: 
 
 
 
No mais, saiba que por aplicação do princípio da simetria, o poder derivado decorrente, ao 
elaborar as Constituições estaduais, deve prever a iniciativa popular de lei em âmbito estadual (art. 27, § 
4º, CF/88). E, pelo mesmo princípio, existe também iniciativa popular em âmbito municipal, com a 
apresentação de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de 
 
13. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 208. 
14. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 952. 
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manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado, conforme art. 29, XIII, CF/88. 
Observe o esquema15 abaixo: 
 
 
 
 
 
(1.5) Considerações finais sobre iniciativa 
Em finalização ao estudo do ato “iniciativa”, uma última questão precisa ser examinada. Saiba 
que o vício de iniciativa é um vício de forma, que mostra que houve uma clara violação ao trâmite 
legislativo constitucionalmente previsto e ocasiona a inconstitucionalidade total da lei produzida. Assim, 
quando a iniciativa for conferida de forma privativa a alguém, só temos dois caminhos: (1) ou a 
exclusividade para a propositura é respeitada ou (2) a lei resultante do projeto será inconstitucional. Não 
há meio termo. 
Apesar disso, a doutrina discute o efeito da sanção presidencial em relação a projetos viciados 
por usurpação de iniciativa reservada: seria essa manifestação de concordância presidencial dada a um 
projeto de lei capaz de sanar o vício de iniciativa? O que você acha? 
Olhe, quando a iniciativa violada é aquela conferida de forma reservada aos Tribunais ou ao PGR 
 
15. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 953. 
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creio que não haja qualquer discussão digna de destaque. A sanção não pode convalidar o projeto 
simplesmente porque ela é resultado de um ato praticado pelo Presidente da República e este não pode, 
com sua concordância manifestada na sanção, suprir a necessária manifestação da entidade a quem a 
Constituição conferiu a possibilidade de deflagração do processo legislativo. 
O problema, no entanto, ganha contornos distintos quando a iniciativa está reservada ao 
Presidente da República, é usurpada e, posteriormente, ele mesmo sanciona (expressa ou tacitamente) 
o projeto de lei. 
Será que neste último caso, teria a sanção presidencial força normativa para corrigir o projeto de 
lei apresentado por quem não estava constitucionalmente autorizado para tanto? Em outras palavras: a 
iniciativa do Presidente foiusurpada, mas ele depois concordou com o projeto (tanto que o sancionou). 
Essa concordância dada posteriormente não resolve o problema? 
Segundo a doutrina majoritária não. A sanção não acarreta a convalidação do projeto de lei. O 
argumento, que me parece irrefutável, é a supremacia da Constituição, que torna nula (e não 
simplesmente anulável) qualquer lei adversa ao documento constitucional. E como todo ato nulo, essa 
lei terá por característica fundamental a impossibilidade de ser convalidada. 
Em conclusão, e exemplificando, quando um projeto de lei que trata de tema para o qual a 
Constituição reservou iniciativa exclusiva para o Presidente da República é apresentado por um 
parlamentar, a inconstitucionalidade já contaminou a espécie normativa. De nada adianta que o 
projeto seja discutido e aprovado pelas duas Casas Legislativas e, posteriormente, remetido à 
deliberação executiva, pois nem mesmo a posterior concordância do Presidente da República, por meio 
da sanção, será capaz de corrigir o vício formal de iniciativa. Afinal, este defeito, tal qual um “pecado 
original”, vai contaminar de nulidade incorrigível toda a formação da lei, nunca podendo ser 
convalidado, corrigido, sequer através da sanção presidencial. 
Para reforçar essa nossa posição, saiba que é esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal: 
A sanção do projeto de lei não convalida o vício de inconstitucionalidade resultante da usurpação 
do poder de iniciativa. A ulterior aquiescência do chefe do Poder Executivo, mediante sanção do 
projeto de lei, ainda quando dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o vício 
radical da inconstitucionalidade. Insubsistência da Súmula nº 5, STF16. 
 
 
16. ADI 2.867-ES, STF, Rel. Min. Celso de Mello, noticiada no Informativo 332, STF. 
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Questões para fixar 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Sertãozinho-SP - Procurador Municipal - Adaptada] A respeito do processo 
legislativo brasileiro, julgue a assertiva: 
O sistema jurídico brasileiro não contempla hipótese de projeto de lei cuja iniciativa é vinculada. 
Comentário: 
Contempla sim! Os artigos 166, §6º e 165, §9º da CF/88, comprovam que os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual e às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais são de iniciativa 
vinculada. Sendo assim, a assertiva é falsa! 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2013 - DPF - Delegado] Em relação ao processo legislativo e ao sistema de governo adotado no 
Brasil, julgue o seguinte item: 
A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao Presidente da República, ao STF, aos Tribunais Superiores, 
ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos. No que tange às leis complementares, a CF não autoriza 
a iniciativa popular de lei. 
Comentário: 
Quando o caput do art. 61 enuncia aqueles que podem deflagrar o processo legislativo, está listando os 
legitimados à apresentação de projetos de lei ordinária e de lei complementar. Por esse motivo, é 
absolutamente equivocado dizer que nossa Constituição não autoriza iniciativa popular para apresentação 
de projetos de lei complementar. Deste modo, o item é falso. 
Gabarito: Errado 
[TRT 16R - 2015 - TRT - 16ªR-MA - Juiz do Trabalho Substituto – Adaptada] Sobre o processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
A iniciativa do Presidente da República, parlamentares e cidadãos é geral (salvo a matéria de iniciativa 
reservada); as do Procurador Geral da República e do Poder Judiciário são restritas a determinadas matérias. 
Comentário: 
Como sabemos, o caput do art. 61 não diferencia os detentores de iniciativa geral e os possuidores de 
iniciativa reservada, no entanto, uma leitura global do texto constitucional nos permite concluir que alguns 
dos legitimados do citado dispositivo somente podem apresentar projetos de lei sobre temas previamente 
delimitados pela Constituição. É este o caso do PGR, do STF e dos Tribunais Superiores – para os quais a 
iniciativa fica restrita à determinadas matérias. Os demais legitimados listados pelo art. 61 (membros e 
comissões da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Congresso Nacional; Presidente da República 
e cidadãos) possuem iniciativa geral, o que significa a possibilidade de poderem apresentarem projetos de 
lei sobre temas múltiplos/variados/indeterminados. Por essa razão, o item pode ser marcado como 
verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
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[VUNESP - 2016 - Câmara de Taquaritinga – SP - Técnico Legislativo] Assinale a alternativa que 
corretamente discorre sobre a iniciativa do processo legislativo: 
a) A iniciativa reservada é a regra, competindo a iniciativa do processo legislativo concorrentemente ao 
Executivo, ao Legislativo, ou ao povo. 
b) A Constituição reserva a iniciativa de certas matérias a titular determinado, como o Chefe do Poder 
Executivo ou aos Tribunais, o que é denominado poder geral de iniciativa. 
c) A iniciativa popular, por meio de apresentação de projeto de lei, não é contemplada pelo processo 
legislativo previsto na Constituição Federal de 1988. 
d) Diz-se vinculada a iniciativa quando a apresentação do projeto de lei sobre determinada questão é exigida 
pela Constituição, em data ou em prazo certo. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a apresentada pela letra ‘d’! Sabemos que a iniciativa vinculada é aquela que, 
além de ser excepcional, depende de previsão constitucional expressa. Caracteriza-se por envolver situações 
nas quais o legitimado é obrigado a dar início ao processo legislativo, na forma e nos prazos previstos pelo 
texto constitucional. São exemplos projetos de lei cuja iniciativa é vinculada os projetos de leis 
orçamentárias, que deverão ser apresentados privativamente pelo Chefe do Executivo ao Poder Legislativo, 
nos prazos constitucionalmente estabelecidos. 
Quanto às alternativas equivocadas, a da letra ‘a’ erra pois a iniciativa reservada é a exceção (enquanto a 
geral é a regra do processo legislativo), que permite que determinados titulares, como o PGR e os Tribunais, 
apresentem projetos de lei somente sobre matérias previamente determinadas (tratando-se, assim, da 
reserva de iniciativa, exceção ao poder geral de iniciativa, razão pela qual a letra ‘b’ também está errada). 
Por fim, a letra ‘c’ erra ao dizer que a iniciativa popular não está prevista em nosso texto constitucional. Está 
sim: no art. 61, §2º. 
Gabarito: D 
[ESAF - 2015 - PGFN - Procurador da Fazenda Nacional – Adaptada - Adaptada] Sobre o processo legislativo, 
analise o item: 
No âmbito do Poder Judiciário, a competência para apresentar projeto de lei é exclusiva do Supremo 
Tribunal Federal. 
Comentário: 
Estamos claramente diante de um item falso! Já sabemos que a Constituição Federal reservou aos Tribunais 
em geral a apresentação de projetos com proposta de criação de novas varas (art. 96, I, ‘d’); ressalvou, ainda, 
ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça, em seu art. 96, II da CF/88, a iniciativa para a 
alteração do número de membros dos Tribunais inferiores, bem como sua criação e extinção. O texto 
constitucional outorgou, ainda, aos Tribunais de Justiça a iniciativa para elaboração de lei que regulamenta 
a organização judiciária em âmbito estadual (art. 125, §1º da CF/88). 
Gabarito: Errado 
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[CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária] Com relação à organização dos poderes e às 
funçõesessenciais à justiça, julgue o item a seguir: 
Situação hipotética: Por iniciativa de deputado federal, tramitou e foi aprovado, no Congresso Nacional, 
projeto de lei que trata de regime jurídico dos militares das Forças Armadas. Assertiva: Nessa situação, o 
projeto deverá ser vetado pelo presidente da República, porque existe vício de constitucionalidade formal. 
Comentário: 
Item verdadeiro! De fato, há vício formal no que se refere à iniciativa. Por força do disposto no art. 61, §1º, 
II, alínea ‘f’ da CF/88, são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre os 
militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, 
remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
Gabarito: Certo 
[FCC - 2015 - TRT 1ªR-RJ - Juiz do Trabalho Substituto - Adaptada] Após várias audiências públicas e intensos 
debates parlamentares, determinado Senador da República tomou a iniciativa de propor Projeto de Lei 
Complementar dispondo sobre as férias dos juízes, a fim de reduzi-las para um único período de 30 dias por 
ano. Depois de aprovado por ambas as Casas do Congresso Nacional, com o quórum qualificado de maioria 
absoluta, foi sancionado e promulgado pelo Presidente da República. 
No caso hipotético, considere: 
I) A Lei Complementar aprovada padece de vício de inconstitucionalidade formal, uma vez que não 
obedeceu ao quórum qualificado de 2/3. 
II) A Lei Complementar aprovada padece de vício de inconstitucionalidade formal, uma vez que, além de o 
Projeto ser de iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal, sua tramitação deveria ter começado pela 
Câmara dos Deputados. 
Comentário: 
A primeira assertiva deverá ser marcada como falsa, enquanto a segunda deverá ser marcada como 
verdadeira. Sabemos que por força do disposto no caput do art. 93 da CF/88, tal lei complementar é de 
iniciativa do Supremo Tribunal Federal, daí o seu vício formal subjetivo. 
Gabarito: Errado/Certo 
[FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo Legislativo - Adaptada] Algumas matérias são 
de iniciativa reservada, isto é, o Legislativo só pode normatizá‐las depois de a autoridade titular da 
competência formular um juízo de conveniência e oportunidade sobre o debate. A propósito da deflagração 
do processo legislativo, julgue a assertiva abaixo: 
A sanção presidencial supre o vício de projeto de lei em que não tenha sido observada a iniciativa privativa 
do Presidente da República. 
[CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico - Administrativo] No que se refere à organização político-
administrativa do Estado e ao Poder Legislativo, julgue o próximo item: 
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Se um projeto de lei ordinária de iniciativa parlamentar invadir a iniciativa privativa do presidente da 
República, a sanção desse projeto pelo chefe do Poder Executivo federal sanará o vício deflagrado no 
processo legislativo. 
[CESPE - 2016 - TRT 8ªR-PA e AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Acerca do 
processo legislativo, julgue a assertiva de acordo com as disposições da CF: 
A sanção e promulgação de projeto de lei de iniciativa privativa do presidente da República, mas 
apresentado por parlamentar, sana o vício de iniciativa, por convalidação. 
Comentário: 
Todas as assertivas apresentadas deverão ser marcadas como falsas! É entendimento firmado pelo STF o de 
que a sanção presidencial ao projeto de lei não convalida (não corrige) o vício de inconstitucionalidade 
resultante da usurpação do poder de iniciativa. 
“A sanção do projeto de lei não convalida o vício de inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder 
de iniciativa. A ulterior aquiescência do chefe do Poder Executivo, mediante sanção do projeto de lei, ainda 
quando dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o condão de sanar o vício radical da 
inconstitucionalidade. Insubsistência da Súmula 5/STF. [ADI 2.867, rel. min. Celso de Mello, j. 3-12-2003, P, 
DJ de 9-2-2007.] = ADI 2.305, rel. min. Cezar Peluso, j. 30-6-2011, P, DJE de 5-8-2011.” 
Gabarito: Errado/Errado/Errado 
[FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público - Adaptada] Acerca da participação do Poder Executivo no Processo 
Legislativo, julgue a assertiva: 
Segundo a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, o processo legislativo de lei de iniciativa 
exclusiva do Presidente da República, inaugurado pelo Congresso Nacional, poderá ser aproveitado, caso 
haja sanção. 
Comentário: 
Outro item falso! Já está firmado na jurisprudência do STF o entendimento no sentido de que a sanção 
presidencial à projeto de lei cuja iniciativa é privativa do Chefe do Executivo não convalida o vício, tornando 
o projeto formalmente inconstitucional. 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo] Entendendo que os vencimentos de uma 
determinada carreira de servidores públicos integrante dos quadros da Administração direta estadual 
encontram-se fixados em patamar muito inferior àquele praticado no âmbito da iniciativa privada, João, 
deputado estadual, apresenta projeto de lei perante a Assembleia Legislativa de determinado Estado, 
aumentando os vencimentos da referida carreira. O projeto em questão: 
a) apresenta vício de iniciativa, uma vez que a propositura de projeto de lei dessa natureza, quando realizada 
por integrante do Poder Legislativo, depende da existência de autorização concedida ao parlamentar autor 
do projeto, pelo Secretário de Estado responsável pela Secretaria a que se vincula a carreira beneficiada. 
b) não apresenta vício de iniciativa, uma vez que a Constituição da República prevê que a remuneração dos 
servidores públicos e o subsídio daqueles submetidos a esse regime somente poderão ser fixados ou 
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alterados por lei específica, atribuindo assim ao Poder Legislativo a iniciativa geral de leis que concedam 
aumento para servidores integrantes da administração direta. 
c) apresenta vício de iniciativa, uma vez que a Constituição da República, em norma de reprodução 
obrigatória pelos Estados, prevê que as leis que disponham sobre criação de cargos na Administração direta 
ou aumento de sua remuneração são de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. 
d) não apresenta vício de iniciativa, já que, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, ao 
assegurar aos servidores públicos o direito à revisão anual, a Constituição da República atribuiu aos 
integrantes do Poder Legislativo a faculdade de, em caso de mora do Poder Executivo, propor projetos de 
lei que concedam aumentos aos servidores públicos da administração direta. 
e) apresenta vício de iniciativa, o qual, no entanto, conforme entendimento pacífico no Supremo Tribunal 
Federal, poderá ser sanado caso, uma vez aprovado o projeto de lei pela Assembleia Legislativa, venha ele 
a ser sancionado pelo Governador do Estado. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘c’! Por força do art. 61, §1º, II, ‘a’, do texto constitucional, dispositivo 
este de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais, são de iniciativa privativa do Presidente da 
República (e, consequentemente, do Chefe do Poder Executivo regional: Governador), as leis que 
disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos na Administração direta e autárquica, 
bem como o aumento de sua remuneração. 
Gabarito: C 
[FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública - Adaptada] O processo legislativo é o conjunto 
de regras procedimentais tendentes a regulamentar a elaboração das espécies normativas. A soberania 
popular é exercida de várias formas, como através da iniciativa popular. Sobre o instituto, a ConstituiçãoFederal prevê: 
Que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, um por cento da população nacional. 
Comentário: 
Sabemos que, pela regra do “1503” disposta no art. 61, §2º da CF/88, a iniciativa popular só pode ser exercida 
pela apresentação de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado (e não da população) 
nacional. Deste modo, o item é falso. 
Gabarito: Errado 
[TRF 2ªR - 2017 - TRF 2ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Quanto ao Legislativo no Brasil, julgue a 
assertiva: 
O instituto da iniciativa popular pode ser exercido pela apresentação ao Poder Legislativo Federal de projeto 
de lei subscrito por não menos do que 2% (dois por cento) do eleitorado nacional, distribuído pelo menos 
por dez dos Estados, com não menos de 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada um deles. 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Agente de Polícia - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, julgue a 
assertiva: 
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A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei subscrito 
por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, nove estados da Federação. 
[NC-UFPR - 2015 - Prefeitura de Curitiba-PR - Procurador - Adaptada] Sobre o processo legislativo 
constitucional, julgue a assertiva: 
A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal de 
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
Comentário: 
Todos os itens são falsos! Conforme nos dita o texto constitucional em seu art. 61, §2º, o projeto de lei de 
iniciativa popular deverá ser subscrito por, ao menos, um por cento do eleitorado nacional (o que significa 
que apenas cidadãos podem assinar, e não qualquer um do povo), que deverá estar distribuído em pelo 
menos cinco Estados-membros da Federação, sendo que, em cada um deles, não poderão estar reunidos 
menos do que três décimos por centro do número total de eleitores de cada um deles. Trata-se, assim, da 
regra do 1503. 
Gabarito: Errado/Errado/Errado 
 
(2) Fase constitutiva (atos de deliberação legislativa, votação e 
deliberação executiva – sanção ou veto presidencial) 
(2.1) A Casa iniciadora 
Em virtude do bicameralismo federativo, no processo legislativo desenvolvido em âmbito 
federal teremos a apreciação do projeto de lei por duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal. Uma delas funcionará como Casa iniciadora e será responsável pela deliberação 
principal. A outra será, por conseguinte, a Casa revisora e fará a deliberação revisional. 
O caput do art. 64, CF/88 nos indica que, em regra, a Câmara dos Deputados é a Casa iniciadora 
e o Senado a revisora, afinal aquela será a primeira a examinar os projetos de lei de iniciativa do 
Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores. 
No mesmo sentido temos o art. 61, § 2º, CF/88, que determina que os projetos de lei de iniciativa 
popular serão apresentados à Câmara dos Deputados. A esta Casa é também encaminhado o projeto de 
lei apresentado pelo Procurador-Geral da República, conforme entendimento doutrinário17. 
Em conclusão, o Senado Federal funcionará, ordinariamente, como Câmara legislativa revisora, 
só sendo a primeira Casa a apreciar o projeto de lei quando este for apresentado por um membro seu 
 
17. LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 16ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 568. 
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(um Senador da República) ou por uma comissão sua. Nestes dois casos a Câmara dos Deputados fará a 
análise revisional do projeto de lei. 
Para auxiliar na fixação, visualize o esquema18 posto abaixo: 
 
 
 
(2.2) Deliberação 
A deliberação nada mais é do que a submissão do projeto de lei à discussão. 
Deliberar é, portanto, discutir. Como o projeto de lei ordinária federal será sempre apreciado por 
ambas as Casas do Congresso Nacional, em cada uma delas, antes da votação, realizar-se-á uma análise 
prévia do projeto pelas comissões. 
Em termos procedimentais, pode-se dizer que ambas as Casas (iniciadora e revisora) – cada qual 
no momento em que o projeto chegar à sua apreciação – submeterão a proposição normativa a um 
exame temático, no qual o mérito da proposta poderá ser verificado (nas comissões temáticas), bem 
como a um exame de constitucionalidade (na respectiva Comissão de Constituição e Justiça). 
Sabe quem define, caro aluno, em quais comissões o projeto de lei irá tramitar? É o Presidente da 
Casa Legislativa. No entanto, independentemente das escolhas por ele feitas, o projeto necessariamente 
deverá ser submetido à análise da respectiva Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que avalia, além 
da constitucionalidade do projeto, também sua legalidade, sua regimentalidade, sua juridicidade e a 
técnica legislativa das proposições. 
Importante destacar que a CCJ oferta parecer terminativo ao projeto de lei se o considera 
 
18. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 955. 
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inconstitucional, rejeitando e arquivando definitivamente a proposição, por despacho do Presidente da 
Casa. No entanto, se não for unânime o parecer, caberá recurso (por um décimo dos membros da Casa). 
Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício19. 
Nesse cuidadoso exame formal feito pela CCJ, caso a comissão impeça a votação do projeto ao 
argumento de que ele é inconstitucional, realizará controle político preventivo de constitucionalidade. 
Diz-se “político” porque está sendo feito por órgão que está fora do Poder Judiciário; “preventivo” porque 
o controle recai sobre projeto de lei, ou seja, espécie normativa ainda em fase de elaboração. Mais 
informações sobre esta hipótese de controle de constitucionalidade podem ser encontradas no capítulo 
referente ao tema. 
O projeto passará, portanto, pelas comissões temáticas (que farão uma análise da proposição 
quanto à matéria – ressalte-se que a deliberação destas comissões é meramente opinativa, não 
vinculando a deliberação plenária) e, após, pela CCJ. O ato de deliberação realiza-se, pois, por meio da 
análise das comissões. Após ele, se não há empecilhos (pareceres terminativos), o projeto é posto em 
votação no plenário. 
Atenção, todavia, meu caro aluno, a uma importante possibilidade constitucional, decorrente da 
previsão do art. 58, § 2º, I, CF/88! 
Este artigo autoriza que o projeto de lei, a depender do tema tratado, seja não só discutido mas, 
também, votado no âmbito interno de uma comissão temática, caracterizando o que se denomina de 
delegação interna corporis. 
Neste caso, por autorização do regimento interno da Casa Legislativa, o projeto seria não só 
discutido pela comissão temática, mas também por ela votado, salvo se houver recurso de um décimo 
dos membros contrários à delegação. 
Enfim, realizada a deliberação pelas comissões, e não sendo o caso de delegação interna, o 
projeto é enviado para a deliberação plenária da Casa respectiva, onde será discutido e votado. 
 
 
 
 
19. Art. 101, §§ 1º e 2º, Regimento Internodo Senado Federal: § 1º – “Quando a Comissão emitir parecer pela 
inconstitucionalidade e injuridicidade de qualquer proposição, será esta considerada rejeitada e arquivada definitivamente, 
por despacho do Presidente do Senado, salvo, não sendo unânime o parecer, recurso interposto nos termos do art. 254”; § 2º 
– “Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício. (NR)”. 
 
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Questões para fixar 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio - SP/Procurador Jurídico - Adaptada] No que se refere ao processo 
legislativo, julgue a assertiva: 
A discussão dos projetos de lei de iniciativa do Supremo Tribunal Federal terá início no Senado Federal. 
[CESPE - 2017 - TRT 7ªR-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva, 
conforme as disposições constitucionais acerca do processo legislativo: 
A discussão sobre projeto de lei de iniciativa do presidente da República ou do Supremo Tribunal Federal 
(STF) terá início ordinariamente no Senado Federal. 
[2016 - MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina] Julgue a assertiva: 
A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores terão início no Senado Federal. 
[FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo - Adaptada] Considere a seguinte 
proposição: 
A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República terão início na Câmara dos 
Deputados. 
Comentário: 
Conforme o disposto no caput do art. 64 da CF/88, a discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do 
Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara 
dos Deputados. Deste modo, as duas primeiras assertivas são falsas, pois mencionam que a discussão e a 
votação terão início no Senado Federal, enquanto a última é verdadeira. 
Gabarito: Errado/Errado/Certo 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação] Julgue 
a assertiva: 
No sistema constitucional brasileiro, não se admite a assim chamada delegação interna, sendo vedado a 
uma comissão discutir e votar, em caráter terminativo, um projeto de lei. 
Comentário: 
Nosso sistema admite sim! A autorização constitucional encontra-se no art. 58, §2º, I da CF/88, que permite 
que as comissões, em razão da matéria de sua competência, discutam e votem os projetos de lei que 
dispensem, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de 1/10 dos 
membros da Casa. 
Gabarito: Errado 
[FUNIVERSA - 2009 - SEPLAG-DF - Analista - Planejamento e Orçamento - Adaptada] Na divisão de funções 
entre os Poderes da República, tocam ao Legislativo as tarefas precípuas de legislar e fiscalizar. No que tange 
às peculiaridades desse Poder, julgue a assertiva: 
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Junto ao Congresso Nacional, funcionam as Comissões, que podem ser temporárias ou permanentes. É 
impossível, porém, que um projeto de lei seja aprovado com votação apenas nessas Comissões, ou seja, sem 
passar pelo Plenário da Câmara ou do Senado. 
Comentário: 
Outro item falso, por contrariar o que foi estabelecido no já mencionado art. 58, §2º, I da CF/88. 
Gabarito: Errado 
 
(2.3) Votação Plenária 
No plenário, para início da votação, deve ser observado o quórum de instalação da sessão, qual 
seja, a maioria absoluta (que na Câmara dos Deputados equivale a 257 membros e no Senado Federal a 
41 Senadores). Uma vez instalada a sessão, há que se observar a maioria de aprovação que, em se 
tratando de lei ordinária, será a maioria simples (art. 47, CF/88) e, em se tratando de lei complementar, 
será a maioria absoluta (art. 69, CF/88). 
Na votação em plenário, duas coisas podem acontecer na Casa iniciadora: ela poderá rejeitar ou 
aprovar o projeto (com ou sem alterações ao seu texto inicial). 
(i) Havendo aprovação (com ou sem emendas), o projeto deve ser encaminhado à Casa revisora que irá 
realizar a deliberação e a votação. 
(ii) Com a rejeição, o projeto será encaminhado ao arquivo, aplicando-se a ele o princípio da 
irrepetibilidade, ou seja, não poderá ser novamente apresentado na mesma sessão legislativa, salvo 
mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional – 
conforme dispõe o art. 67, CF/88. 
Veja então, estimado aluno, que a matéria constante de um projeto de lei rejeitado numa sessão 
legislativa poderá, excepcionalmente, ser reapreciada na mesma sessão legislativa, mediante o 
cumprimento da seguinte condição: requerimento apresentado pela maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional (conforme o art. 67, CF/88). 
Relativamente a este princípio da irrepetibilidade, lembre-se de ficar atento para a circunstância 
de ele ter sido reproduzido, não sem sensíveis modificações, em dois outros dispositivos no texto 
constitucional: 
(i) no processo de conversão em lei das medidas provisórias (art. 62, § 10, CF/88), quando há a 
determinação de que a medida provisória rejeitada (expressa ou tacitamente) em uma sessão legislativa 
não poderá ser reeditada numa mesma sessão legislativa, só a partir de uma próxima; e 
(ii) no processo de elaboração de emendas constitucionais, quando há a previsão de que a proposta de 
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emenda havida por prejudicada ou rejeitada numa sessão legislativa somente poderá constituir objeto 
de nova proposta numa próxima sessão, conforme art. 60, § 5º, CF/88. 
Em conclusão, note que a matéria constante de um projeto de lei rejeitado em uma sessão 
legislativa poderá ser objeto de nova discussão na mesma sessão legislativa, bastando, para tanto, que 
haja uma solicitação da maioria absoluta dos membros ou da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal. Por outro lado, a matéria constante de proposta de emenda constitucional (PEC) rejeitada ou 
havida por prejudicada numa sessão legislativa não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa, só a partir de uma próxima sessão, jamais na mesma. No mesmo sentido, as medidas 
provisórias (MPs) rejeitadas expressamente (ou que tenham perdido eficácia por decurso de prazo, isto 
é, tenham sido rejeitadas tacitamente) só podem ser reeditadas em uma sessão legislativa futura, nunca 
na mesma. 
O quadro20 abaixo resume o que foi dito no parágrafo anterior: 
 
Vou encerrar nossa análise sobre o princípio da irrepetibilidade registrando duas últimas 
observações: 
(1) a restrição para a reapreciação da proposta de emenda constitucional e reedição da medida provisória 
só existe na mesma sessão legislativa e não na mesma legislatura. Como “legislatura” é o período de 
quatro anos que comporta quatro sessões legislativas, pode-se afirmar que uma PEC rejeitada pode ser 
reapreciada na mesma legislatura, desde que em sessão legislativa distinta; do mesmo modo, uma MP 
rejeitada pode ser reeditada numa mesma legislatura, desde que em sessão legislativa diferente; 
(2) se um projeto de lei for rejeitado numa sessão legislativa e novamente reapreciado na mesma sessão (em 
 
20. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 958. 
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razão da retirada dele do arquivo por requerimento da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas 
doCongresso Nacional) e for, outra vez, rejeitado, isso não impedirá a utilização, mais uma vez, da regra do 
art. 67, CF/88. Isso significa que não há um limite de vezes para a reapresentação do projeto de lei rejeitado 
através do acionamento do art. 67, CF/88. 
Em continuidade à tramitação do projeto de lei, vale informar que na Casa Legislativa revisora 
repete-se o mesmo procedimento da Casa iniciadora: o projeto de lei é apreciado e objeto de parecer 
elaborado pelas comissões (tanto pela Comissão de Constituição e Justiça quanto pelas comissões 
temáticas pertinentes à discussão). Durante esse período, o relator do projeto de lei em cada comissão 
receberá as emendas parlamentares, ou seja, as modificações ao texto do projeto apresentadas pelos 
integrantes da Casa Legislativa. 
Sobre as emendas, preciso registrar que nem todos os titulares de iniciativa (isto é, aqueles que 
podem apresentar o projeto de lei) possuem a titularidade para apresentação de emendas. O poder de 
emendar é exclusivo dos parlamentares, enquanto a iniciativa para a apresentação de projetos de lei 
alcança o chefe do Executivo, os Tribunais, o Procurador-Geral da República e os cidadãos. 
Quanto ao alcance das emendas, elas podem ser apresentadas a quaisquer projetos de lei, 
inclusive os de iniciativa reservada. 
Nossa Constituição permite as emendas parlamentares, mas não de forma ilimitada. Ficam 
proibidas as emendas que aumentem despesas nos projetos de iniciativa reservada do Presidente da 
República (salvo quando, em matéria orçamentária, conforme art. 166, §§ 3º e 4º, CF/88, forem 
compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias e indicarem os recursos 
necessários) e nos relativos à organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal, dos Tribunais federais e do Ministério Público. Ressalte-se, ainda, que as emendas feitas 
aos projetos de lei de iniciativa reservada devem possuir pertinência temática com o tema ali 
apresentado, sob pena de evidente desrespeito à regra da iniciativa. 
Assim, é perfeitamente possível que seja apresentada emenda parlamentar em projeto de lei de 
iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, desde que sejam observados dois requisitos: 
(i) haja pertinência temática (a emenda não pode tratar de assunto distinto daquele estruturado no projeto 
original); 
(ii) a emenda não pode, via de regra, ocasionar aumento das despesas originalmente previstas (art. 63, I, 
da CF/88 c/c art. 166, §§ 3° e 4°, CF/88). Já disse o STF: “A iniciativa de competência privativa do Poder 
Executivo não impede a apresentação de emendas parlamentares, presente a identidade de matéria e 
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acompanhada da estimativa de despesa e respectiva fonte de custeio”21. 
Frise-se, contudo, que as emendas produzidas pela Casa revisora não serão avaliadas pela Casa 
iniciadora quando simplesmente promoverem correções redacionais do projeto ou se elas não 
modificarem o sentido e alcance da proposição jurídica. De acordo com o STF: “não precisa ser reapreciada 
pela Câmara dos Deputados expressão suprimida pelo Senado Federal em texto de projeto que, na redação 
remanescente, aprovada de ambas as Casas do Congresso, não perdeu sentido normativo”.22 Nesse 
mesmo sentido, está o art. 135, do RICN: “A retificação de incorreções de linguagem, feita pela Câmara 
revisora, desde que não altere o sentido da proposição, não constitui emenda que exija sua volta à Câmara 
iniciadora”. 
Na sequência do trâmite legislativo, após a análise feita pelas comissões, a depender do tema do 
projeto de lei, este poderá ser votado no âmbito interno de uma comissão temática, caracterizando o 
que mais cedo foi denominado de delegação interna corporis (art. 58, § 2º, I, CF/88). Caso contrário, o 
projeto segue para a votação em plenário. 
Assim como determinado para a Casa iniciadora, na Casa revisora deverá ser observado o quórum 
de instauração, qual seja, a maioria absoluta para o início da votação. Uma vez instalada a sessão de 
votação, há que se observar a maioria de aprovação – para lei ordinária, maioria simples (art. 47, CF/88), 
para lei complementar, a absoluta (art. 69, CF/88). 
Aí três coisas poderão acontecer na Casa revisora: 
(1) Se o projeto for aprovado sem emendas, será encaminhado ao chefe do Executivo, para sanção ou 
veto (deliberação executiva). 
(2) Caso seja rejeitado, será sepultado no arquivo, de onde pode ser retirado para nova apreciação, na 
mesma sessão legislativa, desde que haja o requerimento da maioria absoluta dos membros. Sem o 
respeito a essa formalidade, a reapresentação do projeto de lei só pode se dar numa próxima sessão 
legislativa. 
(3) Uma vez aprovado o projeto com modificações (emendas elaboradas pela Casa revisora), visualiza-se 
uma situação na qual o texto aprovado pela Casa revisora não foi o mesmo aprovado pela Casa iniciadora. 
Como a transformação em lei exige que o projeto seja integralmente aprovado por ambas as Casas, 
deverão as emendas (e tão somente estas) retornar à Casa que primeiro se manifestou sobre o projeto. 
 
21. Trecho do Informativo 773, referente à ADI 3942. 
22. ADI 3.367, Rel. Min.Cezar Peluso, julgamento em 13/4/2005, Tribunal Pleno. 
 
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A Casa iniciadora irá se manifestar acerca da alteração produzida pela Casa revisora, mas tão 
somente sobre ela e não sobre o projeto como um todo novamente (conforme art. 65, parágrafo único, 
CF/88). A deliberação das emendas será feita, em regra, em bloco, vale dizer, todas as emendas serão 
apreciadas em conjunto, rejeitadas ou aprovadas globalmente. 
Na apreciação das emendas pela Casa iniciadora, na qual é vedada a apresentação de 
subemendas (emendas feitas às emendas), dois são os resultados possíveis: 
(1) se a Casa iniciadora acatar as modificações sugeridas pela Casa revisora, o projeto (com as emendas, 
agora aprovadas pelas duas Casas) seguirá para apreciação executiva; 
(2) se a Casa iniciadora recusar as modificações sugeridas pela Casa revisora, o projeto, com sua redação 
original, sem as emendas, seguirá para o exame do Poder Executivo. 
Percebe-se que as Casas Legislativas estão, no processo legislativo, em situação de desigualdade. 
Isso porque a vontade da Casa iniciadora, responsável pela deliberação principal, prevalece, já que se impõe 
até mesmo frente às emendas produzidas pela Casa revisora. Segundo a doutrina, isso “repercute uma 
certa inferiorização do Senado, que é necessariamente a Câmara revisora em todos os projetos de iniciativa 
presidencial, hoje a maioria e os mais importantes”23. 
Para sintetizar as informações ensinadas, segue o esquema24: 
 
 
23. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 213. 
24. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 962. 
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Por último, insta destacar que tão logo haja a aprovação do projeto de lei (com ou sem emendas) 
pelas duas Casas Legislativas, ele seguirá para o autógrafo. Este é o documento formal que traduz todo 
o trâmite legislativo e explicita, com rigor e exatidão, o teor final do projeto de lei, tal qual aprovado pelo 
Congresso Nacional, antes de ele ser encaminhado ao Presidente da República para sanção ou veto. 
Questões para fixar 
[FAUEL - 2017 - Câmara de Maria Helena - PR/Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, julgue 
a assertiva:A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma 
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do 
Congresso Nacional. 
[CESPE - 2017 - TRF 1ªR - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal] À luz das disposições 
constitucionais acerca do Poder Legislativo, julgue o item seguinte: 
Em nenhuma hipótese matéria consignada em projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de novo projeto na 
mesma sessão legislativa. 
Comentário: 
A primeira assertiva é verdadeira, por dispor exatamente o previsto no art. 67 do texto constitucional (que 
trata do princípio da irrepetibilidade), ao passo que a segunda deverá ser julgada como falsa. 
Gabarito: Certo/Errado 
[CESPE - 2013 - ANTT - Conhecimentos Básicos - Cargos 1,2,3,4,5,7 e 8] À luz da CF, julgue o próximo item, 
referente à administração pública e ao processo legislativo: 
A matéria constante de projeto de emenda à CF rejeitada ou havida por prejudicada pode ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa, desde que subscrita por um terço, no mínimo, dos membros da 
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
[FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal] Em relação ao processo legislativo, julgue o item: 
A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada não pode 
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
Comentário: 
Diferentemente do que ocorre nos projetos de lei, a matéria constante de proposta de emenda à 
Constituição rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa. É o que prevê o §5º do art. 60 da CF/88. Sendo assim, a primeira assertiva apresentada deverá ser 
marcada como falsa, ao passo que a segunda é verdadeira. 
 
Gabarito: Errado/Certo 
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[FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público - Adaptada] Acerca da participação do Poder Executivo no Processo 
Legislativo, julgue a assertiva: 
As emendas parlamentares, que são proposições apresentadas como acessórios a projetos e propostas, 
devem ser apresentadas na fase constitutiva do processo legislativo, havendo retorno para a outra Casa 
quando ocorrer alteração substancial no projeto de lei, devendo-se respeitar, apenas, a pertinência temática 
quando se tratar de projetos de iniciativa do Poder Executivo. 
Comentário: 
O item estaria correto se não fosse a presença, ao final, da palavra “apenas” se referindo ao respeito à 
pertinência temática do projeto. As emendas deverão respeitar, também, a limitação referente à 
possibilidade de dispor sobre aumento de despesa (art. 63, CF/88). 
Gabarito: Errado 
[FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo Legislativo- Adaptada] Algumas matérias são 
de iniciativa reservada, isto é, o Legislativo só pode normatizá‐las depois de a autoridade titular da 
competência formular um juízo de conveniência e oportunidade sobre o debate. A propósito da deflagração 
do processo legislativo, julgue a assertiva abaixo: 
Lei de iniciativa privativa do Presidente da República não pode ser objeto de emenda parlamentar. 
Comentário: 
Em sede de ADI, já restou firmado o entendimento de que é possível que o projeto de lei de iniciativa 
privativa do Presidente da República seja objeto de emendas parlamentares. Tais emendas, contudo, 
deverão respeitar certos limites, tais como a pertinência temática e, como regra, o não aumento de despesa. 
Nos dizeres do STF: 
“Tratando-se de projeto de lei de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, não pode o Poder 
Legislativo assinar-lhe prazo para o exercício dessa prerrogativa sua. Não havendo aumento de despesa, o 
Poder Legislativo pode emendar projeto de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo, mas esse poder 
não é ilimitado, não se estendendo ele a emendas que não guardem estreita pertinência com o objeto do 
projeto encaminhado ao Legislativo pelo Executivo e que digam respeito a matéria que também é da 
iniciativa privativa daquela autoridade. [ADI 546, rel. min. Moreira Alves, j. 11-3-1999, P, DJ de 14-4-2000.] 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2016 - PGE-MT - Procurador do Estado] Projeto de Lei de Iniciativa do Chefe de Poder Executivo 
Estadual versando sobre vencimentos de servidores da Administração Pública direta foi objeto de emenda 
parlamentar para majorar vencimentos iniciais de uma determinada categoria. No caso em tela, a norma 
resultante da emenda parlamentar é: 
a) constitucional. 
b) inconstitucional por acarretar aumento de despesa. 
c) inconstitucional, uma vez que projeto de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo não 
poderia ser objeto de emenda parlamentar em hipótese alguma. 
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d) inconstitucional se o projeto de lei já com a emenda parlamentar não for aprovado em um único turno de 
votação, por no mínimo dois terços dos membros da Assembleia Legislativa. 
e) inconstitucional se o projeto de lei já com a emenda parlamentar não for aprovado, em dois turnos de 
votação, por no mínimo dois terços dos membros da Assembleia Legislativa. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é, sem dúvida, aquela apresentada pela letra ‘b’. A emenda é claramente 
inconstitucional, pois, como sabemos, um dos limites às emendas parlamentares apresentadas aos projetos 
de lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo é, justamente, o aumento de despesa (além do respeito à 
pertinência temática). 
Gabarito: B 
 
(2.4) Deliberação executiva (sanção ou veto presidencial) 
(2.4.1) Primeiras palavras 
Para finalizar a fase constitutiva do processo legislativo, o projeto de lei 
discutido/votado/aprovado pelas duas Casas Legislativas deve ser encaminhado ao Presidente da 
República para sua apreciação. Isso porque, no sistema constitucional pátrio, a elaboração normativa é 
ato complexo, resultante da vontade de mais de um órgão autônomo. 
O chefe do Poder Executivo terá o prazo máximo de quinze dias úteis, contados da data do 
recebimento do projeto de lei, para analisar a proposição normativa e ofertar uma resposta, em 
concordância ao texto (sanção) ou em recusa ao mesmo (veto). Vamos falar de cada uma dessas 
modalidades de manifestação presidencial. 
(2.4.2) Sanção 
A sanção é a manifestação de concordância e assentimento presidencial ao texto do projeto, 
convertendo-o em lei, numa fusão de vontades (ente os Poderes Legislativo e Executivo) que quis o 
constituinte originário resultasse na lei ordinária. Poderá ser de dois tipos: 
(1) expressa, quando o Presidente opinar explícita e formalmente a favor do projeto de lei, 
durante os quinze dias úteis destinados à sua manifestação; 
(2) tácita, quando o Presidente da República se mantiver em silêncio durante o período destinado 
a sua manifestação (o prazo é de quinze dias úteis – apesar da equivocada ausência da palavra “úteis” no 
§ 3º do art. 66, CF/88). 
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Observe as duas situações no esquema25 abaixo: 
 
 
Neste último caso, em que o chefe do Poder Executivo deixa passar o prazo sem apresentar 
nenhuma conclusão, considera-se o projeto de lei aprovado pelo Presidente. 
Segundo a doutrina26, a modalidade tácita de sanção foi instituída no país para impedir que os 
projetos de lei fossem “engavetados” e, consequentemente, recusados em silêncio pelo Presidente 
que, na sua mudez, evitava o desgaste de uma recusa explícita ao trabalho do Congresso Nacional e 
qualquer posterior hostilidade dos legisladores. No entanto, acabou por se transformar em “um 
instrumentode covardia política, em modo de querer fingindo não querer”, servindo para concordar 
com aquilo que não se pode expressamente vetar, “mas que não se tem a coragem de aprovar 
publicamente, por temor à impopularidade”27. 
Ainda sobre a sanção, vale lembrar que ela pode ser total, quando o Presidente da República 
concorda com a integralidade do texto do projeto de lei, ou parcial, quando sua aquiescência é dada 
apenas à parte do texto e, portanto, terá ele sancionado parcialmente e vetado parcialmente o projeto 
submetido à sua apreciação. 
A sanção tácita é sempre total; a sanção expressa pode ser total (quando o Presidente da 
República concorda com o projeto de lei na sua integralidade) ou parcial (quando apenas alguns artigos 
são objeto de sua aquiescência). 
 
 
 
25. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 963. 
26. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 215. 
27. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 215. 
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(2.4.3) Veto 
O veto representa a discordância total ou parcial do Poder Executivo sobre o projeto de lei 
aprovado no Poder Legislativo, sendo, pois, a antítese da sanção. 
O Presidente da República pode manifestar seu veto ao projeto de lei através da formalização 
de sua discordância no prazo fatal de quinze dias úteis, impedindo sua transformação em lei (art. 66, § 
1º, CF/88). 
A recusa presidencial ao projeto deve ser, no entanto, fundamentada, podendo o veto 
justificar-se pela inconstitucionalidade do projeto de lei ou pela contrariedade ao interesse público. 
No primeiro caso, a razão do veto é jurídica, situando o Presidente da República na posição de guardião 
da Constituição. Assim, ao vetar juridicamente o projeto de lei, o Presidente realizará controle (político 
preventivo) de constitucionalidade. 
Em contrapartida, quando rejeita o projeto por inconveniência ao interesse público, o veto será 
intitulado “veto político”. Segundo a doutrina, “Trata-se, nesse último caso, do poder de o Chefe do 
Poder Executivo – detentor da maioria absoluta dos votos – colocar as políticas de governo como 
anteparo às iniciativas legislativas com ela colidentes. Trata-se de uma apreciação de âmbito material 
acerca da conveniência da iniciativa legislativa”28. 
Esquematicamente29: 
 
 
28. CANOTILHO, J. J. Gomes; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, Lênio Luiz; MENDES, Gilmar Ferreira. Comentários a 
Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013, p. 2452. 
29. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 964. 
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Quanto ao alcance do veto, lembre-se, caro aluno, que são duas as modalidades possíveis: o veto 
total e o veto parcial. O primeiro é utilizado quando a discordância presidencial atinge todo o projeto de 
lei; já o segundo, decorre da divergência presidencial apenas sobre parte do projeto de lei, só podendo 
atingir o texto integral de artigo, inciso, parágrafo, alínea ou item, não alcançando palavras ou 
expressões isoladas (art. 66, § 2º, CF/88). Assim, não pode o Presidente vetar trechos isolados ou 
palavras soltas do projeto: na dicção da Constituição Federal, o veto parcial deverá abranger o texto 
integral do artigo, do parágrafo, do inciso ou da alínea. 
Em sendo total ou parcial, uma coisa é certa: o veto será sempre expresso, pois do silêncio, você 
já sabe, resulta sanção tácita. 
Também podemos considerar o veto supressivo, afinal é impossível que o Presidente dele se 
utilize para acrescentar algum termo (ou um novo inciso, alínea ou artigo) ao projeto de lei. Exatamente 
essa regra é que impede o uso do veto pelo Presidente da República com o intuito de legislar. 
Deverá ser também motivado, afinal precisam ser explicitadas as razões que conduziram à 
discordância. Por isso, determina a Constituição (no art. 66, § 1º), que o veto (com suas razões) seja 
comunicado ao Presidente do Senado Federal no prazo de quarenta e oito horas. 
Segundo a doutrina, o veto tem natureza de ato composto, pois forma-se pela “manifestação de 
vontade negativa mais a comunicação fundamentada dessa discordância”30. Nesse sentido, o veto 
desmotivado não se aperfeiçoa, gerando a sanção tácita do projeto. 
Outra importante característica do veto que deve ser lembrada é sua irretratabilidade, vale dizer, 
o Presidente da República não pode vetar o projeto de lei e posteriormente mudar de ideia, pretendendo 
sancioná-lo. 
Quanto ao controle que recai sob o veto, a princípio ele é insuscetível de apreciação judicial, sendo 
examinado, tão somente, pelo Poder Legislativo. O veto, portanto, não importa o arquivamento 
definitivo do projeto de lei, pois sua reapreciação pelo Poder Legislativo é possível. Nesse sentido, o 
veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo 
ser rejeitado (isto é, derrubado) pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Federais e Senadores (art. 
66, § 4º, CF/88). Vale frisar que até 2013 o escrutínio era secreto, mas com a edição da EC nº 76 de 28 de 
novembro de 2013, foi abolida a sessão secreta para apreciação do veto, sendo atualmente a votação 
feita em sessão aberta. 
 
30. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 226. 
 
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Caso o veto não seja apreciado em até 30 dias, a pauta da sessão conjunta de Deputados Federais 
e Senadores ficará obstruída (isto é, “trancada”, com todas as demais deliberações de proposições 
normativas suspensas) até a análise do mesmo. Sendo derrubado o veto, pelo voto da maioria absoluta 
dos Deputados e dos Senadores, o projeto estará definitivamente aprovado e será encaminhado ao 
Presidente da República para promulgação; não se reunindo esta maioria absoluta de cada Casa contra 
o veto, estará ele mantido e, por conseguinte, será o projeto enviado para o arquivo. 
Acerca da suspensão das proposições legislativas da sessão conjunta após o prazo de trinta dias 
sem a análise do veto, deve-se informar que o Congresso Nacional o ignora ao valer-se de um artifício, 
por óbvio inconstitucional, previsto em seu regimento interno. De acordo com o previsto no art. 104, § 1º 
(do RICN) o prazo de trinta dias só é contado a partir da sessão convocada para o conhecimento da 
matéria, de modo que fique ao crivo do Presidente do Senado Federal (que preside o Congresso Nacional) 
definir quando e qual veto deverá ser reapreciado. 
Corroborando esta ideia, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, na discussão envolvendo novas 
regras de distribuição entre as entidades federadas de royalties e participações especiais devidos em 
virtude da exploração de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, decidiu que inexiste 
critério cronológico para a análise do Congresso Nacional dos vetos apresentados pelo Presidente da 
República. Nesse sentido, pode o Poder Legislativo apreciar vetos presidenciais recentes antes de deliberar 
acerca de vetos mais antigos. 
Por fim, as características já enunciadas do veto serão estruturadas abaixo, para permitir que 
você tenha uma visão abrangente dos conceitos trabalhados neste item31: 
 
31. MASSON, Nathalia.Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 967. 
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Questões para fixar 
[ESAF - 2015 - PGFN - Procurador da Fazenda Nacional - Adaptada] Sobre o processo legislativo, analise o 
item: 
Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao 
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do 
recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara dos Deputados os 
motivos do veto. 
[NC-UFPR - 2015 - Prefeitura de Curitiba - PR - Procurador - Adaptada] Sobre o processo legislativo 
constitucional, julgue a assertiva: 
Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao 
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, independentemente de motivação, no prazo de quinze 
dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará a decisão, dentro de quarenta e oito horas, ao 
Presidente do Senado Federal. 
Comentário: 
Por força do disposto no §1º do art. 66 da CF/88, caso o Presidente da República considere o projeto, no todo 
ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, de forma total ou parcial, no prazo 
de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e deverá comunicar, dentro de quarenta e oito horas, 
ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. Deste modo, as duas assertivas apresentadas estão 
equivocadas. A primeira por mencionar que os motivos do veto deverão ser comunicados ao Presidente da 
Câmara dos Deputados e, a segunda, por mencionar que o veto independe de motivação. 
Gabarito: Errado/Errado 
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[FAUEL - 2017 - Câmara de Maria Helena - PR - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, julgue 
a assertiva: 
O Presidente da República não pode vetar o projeto de lei por entendê-lo no todo ou em parte 
inconstitucional, pois esta análise é exclusiva do Supremo Tribunal Federal (STF). 
Comentário: 
Mais um item falso! Já sabemos que, conforme o art. 66, §1º do texto constitucional, o Presidente poderá, 
sim, vetar o projeto de lei por entende-lo, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse 
público. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2017 - TRT 7ªR-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva, 
conforme as disposições constitucionais acerca do processo legislativo: 
O silêncio do presidente da República quanto a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
encaminhado a ele para veto ou sanção importará em veto ao texto. 
Comentário: 
Falso! O silêncio importará em sanção tácita (art. 66, §3º da CF/88). O veto, representativo da discordância 
presidencial, é sempre expresso. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2016 - TRT 8ªR-PA e AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Acerca do 
processo legislativo, julgue a assertiva de acordo com as disposições da CF: 
Compete ao presidente da República o esclarecimento sobre em que consiste a contrariedade ao interesse 
público no veto político a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. 
Comentário: 
Item correto! Trata-se da motivação que deverá ser encaminhada ao Presidente do Senado Federal em 48 
horas, competindo ao Presidente da República a apresentação de esclarecimento acerca da presença de 
contrariedade entre o projeto e o interesse público. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2011 - TRF 5ªR - Juiz Federal] No que se refere ao Poder Legislativo, julgue a assertiva: 
Apesar de não admitir o veto presidencial tácito, a CF admite o denominado veto sem motivação, 
resguardando ao presidente da República a prerrogativa de simplesmente vetar, sem explicar os motivos de 
seu ato. 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Sertãozinho-SP - Procurador Municipal - Adaptada] A respeito do processo 
legislativo brasileiro, julgue a assertiva: 
O veto do chefe do Poder Executivo deve ser expresso. A exposição da sua motivação, contudo, é 
dispensada, uma vez que se trata de ato de natureza política. 
Comentário: 
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Os dois itens apresentados são falsos! A exposição da motivação do veto pelo Presidente da República é 
obrigatória e prevista no art. 66, §1º! Ou ele veta o projeto de lei em razão da inconstitucionalidade ou em 
virtude da contrariedade ao interesse público. Ademais, a motivação deverá ser encaminhada no prazo de 
48 horas ao Presidente do Senado Federal. 
Gabarito: Errado/Errado 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Agente de Polícia - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, julgue a 
assertiva: 
Leis ordinárias e complementares são espécies do processo legislativo federal que, aprovadas pelo 
Congresso Nacional, prescindem da sanção do presidente da República. 
[CESPE - 2016 - TRT 8ªR - PA e AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Acerca do 
processo legislativo, julgue a assertiva de acordo com as disposições da CF: 
A aprovação, sem nenhuma emenda ou modificação, de projeto de lei apresentado pelo presidente da 
República dispensa a sanção. 
Comentário: 
Tão logo o projeto de lei tenha sido discutido, votado e aprovado nas duas Casas Legislativas, ele será 
encaminhado para o Presidente da República, para o ato que encerra a fase constitutiva, que é a deliberação 
executiva. Nesse sentido, pode marcar as duas assertivas como falsas. A 1ª porque os projetos de LO e LC 
não dispensam a deliberação executiva; ao contrário, ela é obrigatória. A 2ª, pois a deliberação executiva 
ocorrerá ainda que o projeto seja de iniciativa do Presidente da República e tenha sido aprovado sem que 
qualquer emenda tenha sido apresentada. 
Gabarito: Errado/Errado 
[FAUEL - 2017 - Câmara de Maria Helena-PR - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, julgue 
a assertiva: 
A emenda constitucional, após ser aprovada em dois turnos, por três quintos dos membros de cada uma das 
casas do Congresso Nacional, deve ser encaminhada para a sanção presidencial. 
[ESAF - 2015 - PGFN - Procurador da Fazenda Nacional - Adaptada] Sobre o processo legislativo, analise o 
item: 
O Presidente da República dispõe de prazo de 15 dias para sancionar ou vetar Proposta de Emenda à 
Constituição. 
[CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia - Adaptada] No que concerne ao processo legislativo, julgue o 
item: 
A emenda à CF será promulgada após a sanção do presidente da República. 
[FUNIVERSA - 2015 - PC-DF - Perito Médico-Legista - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
A aprovação de proposta de emenda à CF prescinde de sanção presidencial. 
Comentário: 
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Com exceção da última assertiva apresentada, que é, claro, verdadeira, todas as demais são falsas! As 
propostas de emendas à Constituição serão aprovadas se, após discussão, votação e aprovação em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, receberem, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos 
membros. Logo após, já seguirão para a promulgação. Nada se fala, nos §§2º ou 3° do art. 60 da CF/88, em 
deliberação executiva (sanção ou veto) presidencial. Portanto, podemos concluir que tal ato inexiste no 
processo legislativo de modificação do texto constitucional. 
Gabarito: Errado/Errado / Errado / Certo 
[NC-UFPR - 2015 - Prefeitura de Curitiba - PR - Procurador - Adaptada] Sobre o processo legislativo 
constitucional, julgue a assertiva: 
O veto seráapreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo 
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. 
[CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI] A respeito dos Poderes 
Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir: 
O veto do presidente da República a projeto de lei será apreciado em sessão unicameral, somente podendo 
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos congressistas. 
[Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ - 2011 - TCM-RJ - Técnico de Controle Externo - Adaptada] O Processo 
Legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. As normas constitucionais estabelecem 
que: 
O veto realizado pelo Presidente da República pode ser rejeitado pelo voto de no mínimo 2/3 dos membros 
do Congresso. 
Comentário: 
De acordo com o dispõe o §4º do art. 66 da CF/88, o veto presidencial deverá ser apreciado em sessão 
conjunta, dentro de trinta dias contados do seu recebimento e só poderá ser rejeitado pelo voto da maioria 
absoluta dos Deputados Federais e Senadores. Sendo assim, com exceção da primeira assertiva 
apresentada, que é verdadeira, todas as demais são falsas. 
Gabarito: Certo/Errado/Errado 
[FGV - 2018 - Câmara de Salvador-BA - Analista Legislativo Municipal - Área Legislativa] O Presidente da 
República apresentou projeto de lei ordinária cuja discussão se iniciou no Senado Federal, que o aprovou, 
seguindo para a Câmara dos Deputados. Com a aprovação nesta última Casa, a Mesa do Congresso Nacional 
promulgou a Lei X. Um grupo de Deputados de oposição divulgou nota afirmando que o processo legislativo 
descumpriu a disciplina traçada na Constituição da República de 1988. 
À luz da sistemática constitucional, o grupo de Deputados está correto, já que o projeto apresenta o(s) 
seguinte(s) vício(s): 
a) o Presidente da República não tem legitimidade para apresentar projetos de lei ordinária fora do regime 
de urgência constitucional; 
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b) a discussão do projeto de lei ordinária deveria ter sido iniciada na Câmara dos Deputados, não no Senado 
Federal, que seria a Casa Revisora; 
c) o Presidente da República não poderia apresentar o projeto e a análise deveria ser realizada em sessão 
conjunta das Casas Legislativas; 
d) após aprovação do projeto pelas Casas Legislativas, ele deveria ser encaminhado ao Presidente da 
República, não à Mesa do Congresso Nacional; 
e) a discussão deveria ser iniciada na Câmara e o projeto encaminhado ao Presidente da República, não à 
Mesa do Congresso. 
Comentário: 
O primeiro vício formal do projeto deriva do fato de a discussão ter sido iniciada no Senado Federal (e não 
na Câmara dos Deputados, como seria o correto), conforme disposição do art. 64, caput da CF/88. Ademais, 
tão logo o projeto tenha sido aprovado nas duas Casas Legislativas, era imprescindível o encaminhamento 
para o Presidente da República, para que a deliberação executiva fosse cumprida. Sendo assim, nossa 
alternativa correta é a da letra ‘e’. 
Gabarito: E 
 
(3) Fase Complementar (ou de integração de eficácia) 
(3.1) Promulgação 
A promulgação é o ato que atesta formalmente a existência da lei, sendo, pois, a certificação 
categórica de que o diploma legislativo existe, é executável e potencialmente obrigatório. 
Incide sobre um ato já perfeito e acabado, ou seja, sobre a própria lei – o que podemos extrair 
facilmente da leitura do art. 66, § 7º, CF/88, que menciona como ‘lei’ o ato que será promulgado. 
É por isso que se pode concluir que o “projeto de lei” se torna “lei” antes da promulgação, 
precisamente no momento em que se efetiva a sanção presidencial, (ou, se o Presidente da República 
tiver vetado, no momento em que o mesmo é derrubado pelo Congresso Nacional). Não por outra razão 
se diz que o processo legislativo de formação do diploma legislativo se encerra antes de se promulgar a 
lei. 
 
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Ressalte-se, todavia, que mesmo a lei já existindo antes da promulgação, a praxe no direito 
brasileiro é que sua data seja a da respectiva promulgação (e não da sanção ou da derrubada do veto). 
A promulgação é ato que compete, em princípio, ao Presidente da República que, nos termos do 
art. 66, § 7º, CF/88, deve promulgar a lei em até quarenta e oito horas, contadas da sanção (expressa ou 
tácita) ou da comunicação da rejeição do veto. Se não o fizer dentro deste prazo, caberá ao Presidente 
do Senado Federal fazê-lo, em igual prazo. Se este último também não promulgar a lei no prazo 
constitucionalmente estipulado, o Vice-Presidente do Senado deverá promulgá-la, imediatamente. 
O esquema32 posto abaixo, vai lhe ajudar a organizar mentalmente as informações: 
 
 
32. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 698. 
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Em desfecho ao tópico, duas últimas informações precisam ser apontadas: 
(i) a não previsão de prazo constitucional para a atuação do Vice-Presidente do Senado significa, para a 
maioria da doutrina, a obrigatoriedade de promulgação imediata, sob pena de responsabilização (crime 
de responsabilidade); 
(ii) nas 48 horas que o Presidente do Senado Federal possui para promulgar a lei, o Presidente da República 
mantém intacta sua prerrogativa de também fazê-lo. Isso porque o intuito da Constituição Federal foi o de 
evitar que a promulgação não se efetivasse, de forma que sua permissão para que o Presidente do Senado 
promulgue a lei afigura-se como uma ampliação (e não como uma substituição) do rol de autoridades 
competentes para a prática do ato33. 
(3.2) Publicação 
À promulgação segue-se, no direito pátrio, a publicação. Regida pela Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro (Dec. Lei nº 4.657/1942, alterado pela Lei nº 12.376/2010), é a publicação que propicia 
aos destinatários da lei a aquisição do conhecimento de sua existência e de seu conteúdo. Como o ato é 
uma condição de eficácia para a lei, é requisito necessário para que o diploma legislativo passe a gozar de 
obrigatoriedade. Isso porque vigora no direito pátrio a ficção jurídica de que, com a publicação, todos 
adquirem consciência da lei, de modo a tornar impossível que alguém alegue o desconhecimento para se 
escusar do seu cumprimento34. 
Muito embora não haja nenhuma previsão constitucional, entende-se que a publicação compete 
à autoridade que efetivou a promulgação. Aliás, mencione-se que configura crime de responsabilidade a 
circunstância de o chefe do Executivo omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis, conforme 
previsão do art. 9º, nº 1, Lei nº 1.079/1950 e art. 4º, IV, do Decreto-Lei nº 201/1967). 
Questões para fixar 
FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público - Adaptada] Acerca da participação do Poder Executivo no Processo 
Legislativo, julgue a assertiva: 
A promulgação é o ato pelo qual se atesta a existência da lei. O Chefe do Poder Executivo, por meio da 
promulgação, ordena a aplicação e o cumprimento da lei, exceto nos casos onde houve rejeição do veto, 
quando a promulgação é tácita pelo Congresso Nacional. 
 
33. Nesse sentido ensina, NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5ª ed. São Paulo: Método, 2011, p. 676. 
34. Em consonância com o art. 3º da LINDB (Lei de Introdução ás Normas do Direito Brasileiro): “Ninguém se escusa de cumprira lei, alegando que não a conhece”. 
 
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[CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito] Acerca do processo legislativo, julgue o seguinte item: 
Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do 
ordenamento jurídico. 
Comentário: 
Ambos os itens são falsos! Como sabemos, a promulgação é ato que recai sobre a lei, atestando sua 
existência e vigência, garantindo sua executoriedade. Caso haja rejeição (ou derrubado) do veto, a lei deverá 
ser enviada ao Presidente da República para a promulgação, nos termos do art. 66, §§ 5º e 7° da CF/88. 
Munido de tais informações, é possível marcar as duas assertivas como falsas. 
Gabarito: Errado/Errado 
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo - Conhecimentos 
Básicos] Com base nas normas constitucionais relativas aos poderes do presidente da República, julgue o 
seguinte item: 
Compete exclusivamente ao presidente da República a promulgação de leis federais. 
Comentário: 
A promulgação das leis é de competência do Presidente da República, mas não de forma exclusiva. Isso 
porque, a princípio, caberá ao Presidente promulgar a lei. Entretanto, caso não o faça em 48 horas, de acordo 
com o art. 66, §7º do texto constitucional, caberá ao Presidente do Senado fazê-lo em igual prazo (e se este 
também não o fizer, caberá ao Vice-Presidente do Senado promulgar imediatamente). 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2017 - PC-AP - Delegado de Polícia - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Havendo sanção tácita, descabe o ato de promulgação da lei pelo Chefe do Poder Executivo, devendo a lei 
ser promulgada pelo Presidente do Senado em 48 horas, sendo que se este não o fizer em igual prazo, caberá 
ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. 
Comentário: 
Item falso! Ainda que a sanção se dê de forma tácita, o Presidente da República deverá, dentro de 48 horas 
(conforme disposição do §7º do art. 66), promulgar a lei. Não o fazendo, tal tarefa caberá ao Presidente do 
Senado Federal (e se este também não o fizer, caberá ao Vice-Presidente do Senado promulgar 
imediatamente). Sendo assim, o item é falso! 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
 
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(C.3) Procedimento legislativo sumário ou regime de urgência 
constitucional (art. 64, §§ 1º a 4º, CF/88) 
O procedimento legislativo sumário se parece muito com o processo legislativo ordinário, pois se 
desenvolve a partir das mesmas fases e da realização dos mesmos atos, porém com prazo delimitado 
para que os atos de deliberação e votação sejam realizados. 
E essa previsão de prazo, futuro servidor público, tem um motivo óbvio: tornar o trâmite do 
projeto de lei bem mais rápido e célere! 
O regime denominado “urgência constitucional35”somente é cabível quando se tratar de projeto 
de lei de iniciativa do Presidente da República e, ainda, quando este expressamente solicitar ao 
Congresso Nacional urgência na apreciação, sendo estes os dois pressupostos para a sua realização (art. 
64, § 1º, CF/88). Observe o esquema36 abaixo: 
 
 
 
Aliás, é bom destacar que, em razão de a iniciativa ser necessariamente do Presidente da 
República, a Casa Legislativa iniciadora será, obrigatoriamente, a Câmara dos Deputados e a Casa 
revisora, o Senado Federal. Terão, cada qual, sucessivamente, o prazo de quarenta e cinco dias para 
deliberarem e votarem o projeto encaminhado pelo Presidente da República. 
Para melhor compreensão veja o esquema37 abaixo: 
 
 
35. Há que se ter atenção à circunstância de existir um “regime de urgência regimental” previsto nos regimentos internos das 
Casas Legislativas, que nada tem que ver com o procedimento que está sendo estudado neste item. A título de exemplo: art. 
157, do RICD, in verbis, “Aprovado o requerimento de urgência, entrará a matéria em discussão na sessão imediata, ocupando 
o primeiro lugar na Ordem do Dia”. 
36. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 971. 
37. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 972. 
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Finalizado o prazo de quarenta e cinco dias sem qualquer manifestação conclusiva da Casa 
Legislativa – pela aprovação do projeto, ou pela rejeição – a pauta da Casa em que o prazo se esgotou será 
trancada e todas as demais deliberações ficarão suspensas, com exceção das que tiverem prazo 
constitucional determinado (como, por exemplo, as medidas provisórias) até que se conclua a votação do 
projeto de lei que tramita no procedimento sumário (art. 64, § 2º, CF/88). 
Em razão de os prazos transcorrerem em separado, o trancamento da pauta em uma das Casas 
não leva automaticamente ao trancamento da pauta da outra Casa. Como os prazos são sucessivos e, 
portanto, contados em separado, cada uma das Casas é responsável por acarretar a obstrução de sua 
própria pauta. 
Importante assinalar que se a Casa Legislativa revisora (necessariamente o Senado Federal) criar 
emendas que tragam modificações efetivas ao projeto de lei, referidas alterações serão apreciadas pela 
Câmara dos Deputados no prazo de dez dias, observado, quanto ao mais, o disposto no § 2º, do mesmo 
artigo (art. 64, § 3º, CF/88). 
Por último, vale informar que os prazos estipulados para reger o procedimento sumário ficam 
suspensos nos períodos de recesso do Congresso Nacional (ou seja, de 18 a 31 de julho; de 23 de 
dezembro a 01 de fevereiro), não se aplicam aos projetos de código (art. 64, § 4º, CF/88), mas se aplicam 
aos atos de outorga e concessão de emissoras de rádio e TV (nos termos do art. 223, § 1º, CF/88). 
 
 
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(C.4) Leis complementares 
O procedimento legislativo para a feitura de lei complementar não foi anunciado expressamente 
na Constituição, que somente se preocupou em mencionar o quórum de aprovação, qual seja, de maioria 
absoluta (art. 69, CF/88). 
Por essa razão nós podemos entender, prezado aluno, que implicitamente ficou definido que 
quanto às demais regras temos que aplicar o procedimento comum, válido para as leis ordinárias, com 
os mesmos atos e fases procedimentais. 
Destarte, mais importante do que reprisar cada fase e cada ato, é apontar as distinções entre as duas 
espécies normativas – que se distanciam tanto no aspecto material quanto no formal. 
No aspecto formal, a diferença essencial posta pela Constituição é a maioria para aprovação na 
Casa Legislativa. As leis complementares são aprovadas mediante o voto favorável da maioria absoluta 
da Casa, de modo que o número de parlamentares favoráveis à proposição legislativa deve corresponder 
ao primeiro número inteiro após a metade do número total de membros da Casa Legislativa. Essa maioria 
qualificada é sinal da maior ponderação que o poder constituinte originário quis ver associada à 
aprovação da espécie normativa, que sua formação seja mera consequência de uma maioria ocasional 
ou fortuita. 
Assim, para ilustrar, uma lei complementar só será aprovada na Câmara dos Deputados (que 
possui 513 membros) se aprovada por, ao menos, 257 Deputados Federais. Já no Senado Federal, que 
possui 81 membros, a lei complementar só será aprovada se, ao menos, 41 Senadores forem favoráveis. 
Por seu turno, a aprovação de lei ordinária exige o voto favorável da maioria simples (ou relativa) 
da Casa Legislativa (ou comissão) onde a proposição estejasendo discutida. Isso significa que a 
aprovação de lei ordinária requer que o número de parlamentares favoráveis à proposição seja o primeiro 
número inteiro após a metade do número total dos participantes da votação (art. 47, CF/88). Deve-se 
ressaltar, todavia, que qualquer votação só se inicia se houver quórum de deliberação, isto é, somente se 
mais da metade do número total de membros estiver presente à sessão de votação. 
Em resumo, assim podemos estruturar os conceitos de maioria38: 
 
 
38. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 973. 
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Quanto ao aspecto material, as espécies normativas se diferenciam fundamentalmente na 
taxatividade das matérias a serem tratadas por lei complementar e no caráter residual dos assuntos a 
serem disciplinados por leis ordinárias. 
Assim, há assuntos para os quais a Constituição Federal determinou, de maneira expressa e 
taxativa, a obrigatoriedade de regulação por lei complementar. 
Noutro giro, as leis ordinárias regulam todas as demais outras matérias para as quais não tenha 
sido exigida lei complementar (ou mesmo decreto legislativo ou resolução), não sendo indispensável que 
o texto constitucional explicite a necessidade dessa espécie normativa, vez que ela possui um caráter 
geral e residual. 
Podemos concluir, caro aluno, que enquanto o campo material das leis complementares é 
taxativo e previamente determinado pela Constituição, o da legislação ordinária é o remanescente, pois 
ela somente será utilizada naquelas hipóteses em que a Carta Constitucional não tenha exigido nem lei 
complementar, nem decreto legislativo, tampouco resolução. 
Outro ponto merecedor de destaque sobre as duas espécies normativas, refere-se à hierarquia. 
De acordo com posicionamento doutrinário majoritário e entendimento consolidado no STF39, não há 
hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, estando ambas no mesmo patamar normativo, 
afinal, as duas são espécies primárias, logo, possuidoras do mesmo status hierárquico-normativo: o de 
normas infraconstitucionais. 
Por isso, se uma lei ordinária dispuser sobre matéria para a qual a Constituição impôs o regramento 
mediante lei complementar, padecerá de vício de inconstitucionalidade, por óbvia e direta ofensa ao 
 
39. Por todos, o RE 488.033-RS, STF, Rel. Min. Celso de Mello. 
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disposto no texto constitucional, mas não por antinomia hierárquica. 
 
 
 
O contrário, no entanto, não é verdadeiro. Assim, se porventura a lei complementar versar sobre 
matéria para a qual a Constituição não predeterminou sua utilização, invadindo o campo temático de 
atuação da legislação ordinária, será, mesmo assim, considerada constitucional. A justificativa é de que 
seria um formalismo exagerado declará-la inconstitucional se o procedimento de feitura de ambas é 
semelhante, excetuando-se o aspecto referente à maioria de aprovação que, para lei complementar, é 
mais rígida, mais qualificada. E, a despeito de sua roupagem jurídica de lei complementar, seu conteúdo 
é de lei ordinária, logo, materialmente se assemelha à legislação ordinária. Nesse sentido, pode ser 
modificada (ou mesmo revogada) por lei ordinária posterior, desconsiderando-se, aqui, sua forma (rito 
de aprovação) de lei complementar. 
Para terminar este item e passarmos ao estudo das leis delegadas, vejamos juntos a conclusão da 
nossa Suprema Corte: “se porventura a matéria disciplinada por lei cujo processo legislativo observado 
tenha sido o da lei complementar, não seja daquelas para que a Carta Magna exige essa modalidade 
legislativa, os dispositivos que tratam dela se têm como dispositivos de lei ordinária”40. Vamos analisar 
juntos o esquema41 abaixo? 
 
40. Em obiter dictum, no julgamento da ADC 01-DF, Rel. Min. Moreira Alves. 
41. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 975. 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2014 - ANTAQ - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 a 4] Acerca das atribuições do Congresso 
Nacional e do presidente da República, bem como a respeito do processo legislativo, julgue o item 
subsecutivo: 
A Constituição autoriza o presidente da República, o STF, os tribunais superiores e o Procurador-Geral da 
República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para apreciação de projetos de sua 
iniciativa. 
Comentário: 
Fácil marcar este item como falso! De acordo com o que dispõe o art. 64, §1º, apenas o Presidente da 
República poderá solicitar ao Congresso Nacional o regime de urgência constitucional para a apreciação de 
projetos de sua iniciativa. 
Gabarito: Errado 
[UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de Justiça] Em relação ao processo legislativo brasileiro, analise a 
afirmativa: 
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O Regime de urgência pode ser requerido por 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal e impõe um rito sumário ao processo legislativo. 
Comentário: 
Outro item falso! O requerimento de regime de urgência só poderá ser feito pelo Presidente da República 
(art. 64, §1º da CF/88), para projetos de lei que sejam de sua iniciativa. 
Gabarito: Errado 
 
(C.5) Leis delegadas 
As leis delegadas possuem um procedimento muito peculiar de elaboração, pois são o produto 
de uma delegação externa corporis do Poder Legislativo para que o Poder Executivo possa fazer uso 
de sua atribuição atípica legiferante. 
Fala-se em delegação externa justamente para contrapô-la à interna, que é aquela na qual o Poder 
Legislativo faculta às suas comissões permanentes tarefas inerentes ao plenário da Casa Legislativa 
respectiva, dando origem, nos termos do art. 58, § 2º, I, CF/88, ao procedimento legislativo abreviado (já 
tratamos deste tema nessa aula). Vê-se, pois, que o Poder Legislativo está habilitado a delegar o poder de 
editar normas jurídicas novas a uma comissão (delegação interna) e também ao chefe do Poder Executivo 
(delegação externa, que origina as leis delegadas). 
Em termos formais, as leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, que primeiro 
deverá apresentar solicitação ao Congresso Nacional (iniciativa solicitadora). Este irá avaliá-la e, se 
acatá-la, externará sua aceitação por meio de uma resolução, na qual deverá constar (de forma 
específica e explícita) o conteúdo e os termos de exercício da delegação. 
Isso porque a delegação feita pelo Congresso Nacional ao Presidente da República não pode ser 
genérica, precisa ser restrita e bem delineada, conforme exigência do art. 68, § 2º, CF/88. Não existe 
“delegação em branco”. 
Ademais, segundo o Supremo Tribunal Federal, a delegação legislativa externa só pode ser 
veiculada mediante resolução – saiba que seu examinador, para lhe confundir, vai trocar essa espécie 
normativa e colocar alguma outra, normalmente lei ordinária. 
Na própria resolução constará a necessidade, ou não, de o Poder Legislativo apreciar o projeto 
eventualmente elaborado pelo Poder Executivo, conforme art. 68, § 3º, CF/88. Isso quer dizer que ao 
elaborar a resolução autorizando o Presidente a editar a lei delegada, o Poder Legislativo estará 
determinando qual das duas modalidades de delegação será adotada, a de trâmitetípico ou atípico. 
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Vejamos cada uma delas: 
(1) Delegação típica (ou própria): é a que se presume, por ser a mais básica. Neste caso, o Congresso 
Nacional concede a autorização ao Presidente da República e este, atuando de acordo com o tema 
delimitado na resolução (que deve respeitar os limites materiais à edição de lei delegada – art. 68, § 1°, 
CF/88) a elabora, promulga e publica, sem que haja nenhum outro momento de participação do Poder 
Legislativo. Efetivada a delegação pelo Poder Legislativo, todo o processo de elaboração da lei delegada 
típica se esgota no âmbito do Poder Executivo, sem que tenhamos nova participação do Congresso. 
(2) Delegação atípica (ou imprópria): o Congresso Nacional autoriza o Presidente da República a editar 
a lei delegada, mas determina que, antes, ele elabore um projeto (de lei delegada) e o submeta à 
apreciação do próprio Congresso, que o avaliará em votação única, sendo vedada a apresentação de 
qualquer emenda – o Congresso Nacional somente poderá aprovar ou rejeitar o texto em sua 
totalidade42. Se aprovado o projeto da lei delegada, ela será encaminhada ao Presidente da República 
para que ele a promulgue e publique. Caso seja rejeitado o projeto da lei delegada, ele será arquivado 
(todavia, pode vir a ser reapresentado, na mesma sessão legislativa, desde que haja requer imento da 
maioria absoluta dos membros de qualquer uma das Casas do Congresso Nacional, conforme o art. 67, 
CF/88 – princípio da irrepetibilidade). 
Em resumo, e com outras palavras: 
- na lei delegada típica, o Presidente já pode editar a lei delegada, logo após a autorização do 
Congresso Nacional ser formalizada na resolução. Isso porque na resolução o Poder Legislativo não 
terá exigido que o Presidente da República edite, antes da lei delegada, um projeto; 
- já na lei delegada atípica, o Presidente obterá do Congresso Nacional a autorização para editar 
primeiro um projeto de lei delegada, que por ele será apreciado (em votação única, na qual é vedada a 
inserção de emendas). Caso o Congresso aprove o projeto, o Presidente poderá promulgar e publicar a 
lei delegada, caso o Congresso rejeite o projeto, o mesmo será enviado para o arquivo. 
No mais, é vedada a delegação de matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional, de 
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, matéria reservada à lei 
complementar; a legislação sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e 
a garantia de seus membros; a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; e os 
 
42. A doutrina fala que neste caso temos uma autêntica inversão do processo legislativo, pois a função do Poder Legislativo, 
ao aprovar ou rejeitar o projeto em sua totalidade, seria uma espécie de ‘sanção’ ou ‘veto’. Fala-se, pois, que a rejeição do 
projeto de lei delegada pelo Legislador seria uma espécie de ‘veto legislativo’. 
 
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planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos (o art. 68, § 1º, CF/88, enuncia esses limites 
materiais à edição de lei delegada). 
Para fixar melhor esse ponto, te convido para analisar o esquema43 posto abaixo: 
 
É isso aí meu caro aluno. Estamos quase encerrando esse tópico. Mas, antes, farei alguns últimos 
registros importantes para sua prova: 
(i) Diante da iniciativa solicitadora do Presidente da República, é o Congresso Nacional que decide, 
discricionariamente, se é cabível a delegação ou não. Em conclusão, não há direito público subjetivo 
para o Presidente da República em obter a autorização para a edição das leis delegadas, de forma que 
seu pedido pode ser validamente denegado. 
 
43. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 6ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2018, p. 978. 
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(ii) A permissão dada pelo Congresso Nacional, por resolução, ao Presidente da República para que este 
edite uma lei delegada sobre tema específico, não importa abandono de sua função legiferante. 
Exatamente por essa razão o Congresso poderá sustar a delegação a qualquer momento, se entender 
conveniente, bem como editar lei sobre o mesmo assunto objeto da delegação, mesmo durante o 
período em que esteja vigorando a autorização; 
(iii) O Presidente da República, ao receber a autorização congressual, devidamente formalizada em uma 
resolução, obtém uma faculdade para legislar sobre certo assunto por meio da lei delegada, não estando 
obrigado a editá-la. Pode, então, não editar a lei. 
(iv) Se por acaso o chefe do Poder Executivo extrapolar os limites da delegação legislativa, a parte da lei 
delegada em que ele se excedeu poderá ser suspensa pelo Poder Legislativo, conforme art. 49, V, CF/88, 
através de um decreto legislativo. Tal possibilidade demonstra que aquele que estabeleceu os limites (o 
Congresso Nacional) é o primeiro interessado em fiscalizar seu cumprimento, devendo possuir um 
instrumental capaz de corrigir eventuais desrespeitos. Ressalte-se que esta hipótese exemplifica uma 
excepcional modalidade de controle de constitucionalidade: o político-repressivo (‘político’ porque o 
controle de constitucionalidade estará sendo realizado por órgão externo ao Poder Judiciário; 
´repressivo’ porque atingirá espécie normativa já pronta e acabada, que está produzindo seus efeitos); 
Agora sim, para terminarmos nosso estudo das leis delegadas, quero lhe lembrar, futuro servidor, 
que essa espécie normativa quase não tem utilidade no atual ordenamento jurídico, estando o Presidente 
da República absolutamente desinteressado em utilizá-la, por já possuir um canal de comunicação 
aberto com a atividade legiferante mais sedutor, porque independente de autorização do Poder 
Legislativo: a possibilidade de editar medidas provisórias. Falaremos delas no próximo item. Mas fique 
com essa ideia em sua mente: quase não temos leis delegadas em âmbito federal em razão de o 
Presidente preferir, claro, usar um caminho mais fácil, que é o da edição de medidas provisórias. 
Questões para fixar 
[UFRRJ - 2015 - UFRRJ - Auxiliar em Administração] O ato normativo elaborado e editado pelo Presidente 
da República em virtude de autorização do Poder Legislativo, expedida mediante resolução e dentro dos 
limites nela traçados (Constituição, art. 68, caput e §§), segundo o Manual de Redação da Presidência da 
República (2002), é a definição de: 
A) lei ordinária. 
B) lei delegada. 
C) decreto. 
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D) medida provisória. 
E) portaria. 
Comentário: 
É claro que na hipótese apresentada pela questão estamos a falar da lei delegada, prevista no art. 68 da 
Constituição Federal! 
Gabarito: B 
[VUNESP - 2016 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada] Sobre o 
processo legislativo, julgue a assertiva: 
A elaboração de lei delegada pelo Presidente da República depende de decreto legislativo autorizativo, 
editado pelo Congresso Nacional e que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício, sem sujeição 
do projeto ao Congresso Nacional. 
Comentário: 
Eis uma armadilha comum que sua banca não hesitará em apresentar! Por força do que dispõe o art. 68, §2º, 
a delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução (e não decreto legislativo autorizativo) do 
Congresso Nacional, que deverá especificaro seu conteúdo e os termos de seu exercício. O item, portanto, 
é falso. 
Gabarito: Errado 
[IESES - 2016 - TJ-MA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] Quanto às leis delegadas 
previstas pela Constituição da República Federativa de 1988 é INCORRETO afirmar que: 
A) A lei delegada é elaborada pelo Presidente da República que deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional. 
B) A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que 
especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
C) Não é objeto de delegação de poderes legislações eleitorais. 
D) É objeto de delegação de poderes toda legislação que trata de diretrizes orçamentárias. 
Comentário: 
Veja que a banca pede para que seja marcado o único item incorreto! Devemos sempre ter atenção a esse 
específico pedido, já que, por vezes na ‘empolgação’, assinalamos logo a primeira alternativa correta que 
encontramos! Bom, no caso dessa questão, deveremos assinalar a letra ‘d’: conforme determina o art. 68, 
§1º, III, a legislação que trata de diretrizes orçamentárias não poderá ser objeto de delegação. 
Gabarito: D 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação - 
Adaptada] Em relação ao processo legislativo, à máxima da proporcionalidade e do sopesamento, aos 
direitos fundamentais, ao Ministério Público e ao Poder Constituinte, julgue o próximo item: 
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Na delegação legislativa própria, caberá ao Presidente da República elaborar lei a respeito de matéria que 
lhe tenha sido delegada pelo Congresso Nacional, devendo o Congresso Nacional apreciar a lei delegada 
elaborada pelo Presidente, aprovando-a ou rejeitando-a por completo. 
Comentário: 
Na delegação própria, que é a delegação típica (descrita no art. 68, § 2°, CF/88), a autorização dada pelo 
Congresso Nacional por meio de Resolução autoriza o Presidente a elaborar, editar e logo promulgar e 
publicar a lei delegada. Não haverá apreciação prévia por parte do Poder Legislativo. Não custa lembrar, 
todavia, que o Congresso poderá, posteriormente, controlar a constitucionalidade dessa lei delegada, 
consoante prevê o art. 49, V, CF/88 (aliás, essa é uma modalidade de controle político repressivo de 
constitucionalidade). 
Por fim, existe uma possibilidade de controle congressual prévio em se tratando de lei delegada: se 
apresenta quando o Presidente recebe do Congresso a autorização via resolução, estando obrigado a editar 
um projeto de lei delegada, que o Congresso avaliará previamente (aprovando ou rejeitando por completo), 
antes de ela entrar em vigor. Mas aí já não estamos falando de lei delegada típica, mas sim de lei delegada 
atípica, descrita no art. 68, § 3°, CF/88. 
Gabarito: Errado 
 
(C.6) Medidas Provisórias 
(C.6.1) Aspectos introdutórios 
A medida provisória (MP) foi introduzida na Constituição de 1988 em substituição ao antigo 
decreto-lei e está consagrada no texto constitucional enquanto espécie normativa primária e geral, 
com força de lei, desde a promulgação da Constituição em 1988. Passou por uma significativa reforma, 
feita pela EC nº 32/2001, que alterou seu regime de forma substancial, instituindo modificações que 
vigoram ainda hoje. 
(C.6.2) Legitimidade para a edição 
As medidas provisórias serão editadas pelo Presidente da República e, conforme apontam 
doutrina e a jurisprudência consolidada do STF44, se houver previsão expressa na Constituição do Estado 
(e desde que respeitada a simetria, isto é, desde que observada toda a sistemática constitucional) 
Governadores também poderão editar medidas provisórias, válidas na esfera estadual. Algumas 
 
44. De acordo com ADI 425-TO, STF. Rel. Min. Maurício Corrêa, noticiada no Informativo 280, STF. 
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Constituições estaduais, como, por exemplo, a do Acre45, a de Santa Catarina46 e a do Tocantins47, 
trouxeram em seus textos autorização para o Governador se valer desse instrumento normativo 
excepcional. 
O que justifica essa possibilidade para os Estados, além do argumento da simetria, é a redação 
do art. 25, § 2º, CF/88, quando indica uma competência estadual (para explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado) e determina o cumprimento por meio da 
edição de lei, jamais de medida provisória. Ora, caro aluno, não seria lógico impor essa restrição para o 
Presidente da República, pois se trata de atribuição estadual, tampouco impô-la aos Estados se o 
manuseio do instrumento a eles fosse completamente vedado. É exatamente dessa preocupação do 
poder constituinte originário em afastar a utilização da MP na específica hipótese, que extraímos o 
indicativo constitucional de cabimento dessa espécie normativa também na esfera estadual. 
Do mesmo modo, e também pelo ideal de simetria, compreende-se possível a edição de MP na 
esfera municipal. Neste caso, além da necessária obediência ao regramento básico imposto pela 
Constituição Federal, é preciso que haja previsão expressa do cabimento da espécie normativa na 
respectiva Constituição estadual e também na Lei Orgânica Municipal, para que os Prefeitos 
Municipais possam fazer uso das medidas. Aí você me questiona: mas por que tem que haver previsão 
também na Constituição do Estado? Isso ocorre em razão da necessidade de a Lei Orgânica observar os 
princípios estabelecidos tanto na Constituição Federal, quanto no documento estadual (art. 11, parágrafo 
único, ADCT). Deste modo, se neste último não há qualquer menção à possibilidade de edição de MP por 
parte do Governador, as Leis Orgânicas dos Municípios que compõem aquele Estado estarão proibidas 
de permitir aos Prefeitos a utilização do instrumento normativo, sob pena de desrespeitarem a previsão 
constitucional estadual. 
Te convido para analisar o esquema48 posto abaixo: 
 
45. Art. 52, V, Constituição do Estado Do Acre/1989: “O Processo Legislativo compreende a elaboração de medidas 
provisórias”. 
46. Art. 48, VI, Constituição do Estado De Santa Catarina/1989: “O processo legislativo compreende a elaboração de medidas 
provisórias”. 
47. Art. 25, V, Constituição do Estado do Tocantins/1989: “O processo legislativo compreende a elaboração de medidas 
provisórias”. 
48. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 6ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2018, p. 981. 
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Questões para fixar 
[CESPE - 2015 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais] Julgue o próximo item, 
relativo ao regime das leis e atos normativos previstos na CF: 
Os estados não são obrigados a prever medida provisória no seu processo legislativo. Entretanto, caso 
optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo legislativo estadual, eles devem observar os 
princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF. 
Comentário: 
Item correto por estar de acordo com o entendimento consolidado no STF! É perfeitamente possível que 
tenhamos MP em âmbito estadual, desde que: (i) a Constituição do Estado preveja expressamente este 
instrumento em seu texto para ser manejado pelo Governador; (ii) a simetria com o modelo federal seja 
observada. 
No mais, o texto do art. 25, § 2°, CF/88 só corrobora essa possibilidade, ao listar uma competência legislativa 
estadual expressa (para regulamentar, diretamente ou mediante concessão, o serviço de gás canalizado 
local) na qual é obrigatória a edição delei, sendo incabível a utilização de MP. 
Encerro os comentários dessa questão lhe trazendo uma decisão do STF, que vai reforçar o que já foi 
explicitado aqui: 
“É constitucional instituição de medida provisória estadual, desde que, primeiro, esse instrumento esteja 
expressamente previsto na Constituição do Estado e, segundo, sejam observados os princípios e as 
limitações impostas pelo modelo adotado pela Constituição Federal, tendo em vista a necessidade da 
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observância simétrica do processo legislativo federal.” (STF ADI 691, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 
19.06.92 e ADI 812-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 14.05.93) 
Gabarito: Certo 
[FUNDATEC - 2015 - PGE-RS - Procurador do Estado] A Constituição do Estado “X” estabelece a 
possibilidade de o Governador do Estado adotar medida provisória, em caso de relevância e urgência. Tal 
previsão é: 
A) Constitucional, porque o Poder Constituinte Derivado Decorrente autoriza o Estado a legislar plenamente 
para atender as suas peculiaridades. 
B) Constitucional, porque o Poder Constituinte Derivado Reformador autoriza o Estado a legislar 
concorrentemente, dotando-lhe de competência suplementar e supletiva. 
C) Inconstitucional, porque apenas o Presidente da República tem legitimidade ativa para a sua adoção, 
sendo este o atual entendimento jurisprudencial do STF. 
D) Constitucional, porque o Poder Constituinte Derivado Decorrente confere ao Estado capacidade de auto-
organização, mediante a qual rege-se pela constituição e leis que adotar, observados os princípios da 
Constituição Federal. 
E) Inconstitucional, porque a adoção de medidas provisórias pelo Governador do Estado está condicionada 
exclusivamente à hipótese de federalização de graves violações a direitos humanos. 
Comentário: 
Claro que nossa alternativa correta é a da letra ‘d’! Tal norma de Constituição Estadual será considerada 
constitucional, uma vez que os Estados podem prever a Medida Provisória em seus textos, desde que 
respeitados os limites e princípios adotados pelo texto constitucional federal, em homenagem à simetria. 
Gabarito: D 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré-SP - Procurador Jurídico] Com base nos caracteres gerais da Medida 
Provisória, julgue a assertiva: 
As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado. 
[Serctam - 2016 - Prefeitura de Quixadá-CE - Assistente Jurídico] Considerando as normas constitucionais 
sobre processo legislativo, julgue a assertiva: 
As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal. 
[TRT 8R - 2013 - TRT 8ªR-PA-AP - Juiz do Trabalho] Em relação às medidas provisórias, julgue a assertiva: 
As medidas provisórias terão sua votação iniciada, de forma alternada, na Câmara dos Deputados e no 
Senado Federal. 
Comentário: 
Três itens, todos com o mesmo erro! O texto constitucional é categórico ao dispor, no §8º do art. 62, que as 
medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. Afinal, se a MP é editada pelo 
Presidente da República, a Câmara tem que ser mesmo a Casa Iniciadora e o Senado a revisora. 
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Gabarito: Errado/Errado/Errado 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Agente de Polícia - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, julgue a 
assertiva: 
É de competência do Senado Federal examinar as medidas provisórias e emitir parecer sobre elas, antes que 
sejam apreciadas pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
[FAURGS - 2015 - TJ-RS - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] A questão refere-se à 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Sobre os atos normativos e seus respectivos 
processos legislativos, de acordo com os artigos 59 a 69, julgue a assertiva: 
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir 
parecer antes de serem apreciadas, em sessão conjunta, pelo Congresso Nacional. 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança-DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação] Quanto 
ao processo legislativo, julgue o item: 
Conforme posicionamento do STF, o exame prévio de medida provisória por comissão mista de deputados 
e senadores será facultativo desde que o projeto seja aprovado posteriormente em plenário. 
Comentário: 
Outra reunião de itens falsos! Por força do art. 62, §9º da CF/88, caberá à comissão mista de Deputados e 
Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em 
sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Esta é uma formalidade 
imprescindível, segundo o STF: 
(...) As comissões mistas e a magnitude das funções das mesmas no processo de conversão de medidas 
provisórias decorrem da necessidade, imposta pela Constituição, de assegurar uma reflexão mais detida 
sobre o ato normativo primário emanado pelo Executivo, evitando que a apreciação pelo Plenário seja feita 
de maneira inopinada, percebendo-se, assim, que o parecer desse Colegiado representa, em vez de 
formalidade desimportante, uma garantia de que o Legislativo fiscalize o exercício atípico da função 
legiferante pelo Executivo. [ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, j. 8-3-2012, P, DJE de 27-6-2012.] 
Gabarito: Errado/Errado/Errado 
 
(C.6.3) Pressupostos constitucionais legitimadores 
A edição constitucionalmente adequada da MP depende da obediência simultânea a dois 
pressupostos legitimadores: a relevância e a urgência. 
Isso porque a função legiferante é típica de outro Poder. Então, nossa Constituição só autoriza que o 
Presidente edite uma MP diante de uma situação urgente, que inviabilize a espera até mesmo do trâmite 
legislativo sumário, havendo necessidade imediata de regulamentação de um tema essencial para o Estado 
ou para a sociedade. Em conclusão, a urgência está ligada à necessária pressa para a regulamentação, ao 
passo que a relevância se materializa na essencialidade do tema. 
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Ainda quanto aos pressupostos, importante deixar assente que o STF estabilizou o entendimento49 
de que é viável o controle jurisdicional dos mesmos. Todavia, de modo absolutamente excepcional. Isso 
porque o controle da obediência aos dois pressupostos, que configuram conceitos revestidos de altíssima 
subjetividade, é feito primeiro pelo próprio Presidente da República, de maneira discricionária. Depois, pelas 
Casas Legislativas, conforme art. 62, § 5º, CF/88, que emitirão juízo prévio sobre o atendimento (ou não) dos 
dois requisitos. A interferência jurisdicional, portanto, ficará limitada àquelas circunstâncias em que tenha 
havido flagrante abuso de poder ou evidente inocorrência dos pressupostos. Nos termos utilizados pela 
Corte: 
Os pressupostos da urgência e da relevância, embora conceitos jurídicos relativamente 
indeterminados e fluidos, mesmo expondo-se, inicialmente, à avaliação discricionária do Presidente 
da República, estão sujeitos, ainda que excepcionalmente, ao controle do Poder Judiciário, porque 
compõem a própria estrutura constitucional que disciplina as medidas provisórias, qualificando-se 
como requisitos legitimadores e juridicamente condicionantes do exercício, pelo chefe do Poder 
Executivo, da competência normativa primária que lhe foi outorgada, extraordinariamente, pela CR. 
(...) A possibilidade de controle jurisdicional, mesmo sendo excepcional, apoia-se na necessidade de 
impedir que o Presidente da República, ao editar medidas provisórias, incida em excesso de poder ou 
em situação de manifesto abuso institucional, pois o sistema de limitação de poderes não permiteque 
práticas governamentais abusivas venham a prevalecer sobre os postulados constitucionais que 
informam a concepção democrática de Poder e de Estado, especialmente naquelas hipóteses em que 
se registrar o exercício anômalo e arbitrário das funções estatais.50 
Questões para fixar 
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área IX] Julgue o item 
seguinte, referente ao processo legislativo e ao controle preventivo de constitucionalidade: 
Se o presidente da República editar determinada medida provisória, os requisitos constitucionais de 
relevância e urgência apenas em caráter excepcional submeter-se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por força 
do princípio da separação dos poderes. 
[IBADE - 2017 - SEJUDH - MT - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, julgue a assertiva: 
O Poder Judiciário não pode controlar os requisitos formais da medida provisória, mesmo em caso de abuso 
manifesto, sob pena de invadir o caráter discricionário da avaliação política do ato normativo. F 
Comentário: 
 
49. Conforme decidido pelo STF na ADI 2.527-MC, Min. Rel. Ellen Gracie. 
50. ADI 2.213-MC, Rel. Min. Celso de Mello, noticiada no Informativo 240, STF. 
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A primeira assertiva está correta e a segunda é falsa. Afinal, sabemos que os pressupostos legitimadores da 
edição de MP só excepcionalmente poderão ser controlados pelo Poder Judiciário. Nesse sentido, somente 
em caso de abuso manifesto, ou de evidente inocorrência dos pressupostos é que nossa Suprema Corte 
somente admite o exame jurisdicional do mérito dos requisitos de relevância e urgência na edição de medida 
provisória. Vê-se, pois, que tal controle só é possível em casos excepcionalíssimos. São didáticas as palavras 
do STF: 
“IV – A verificação pelo Judiciário dos requisitos de relevância e urgência para a adoção de medida provisória 
só é possível em caráter excepcional, quando estiver patente o excesso de discricionariedade por parte do 
Chefe do Poder Executivo. V – Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 550652 AgR, Relator(a): 
Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 17/12/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
029 DIVULG 11-02-2014 PUBLIC 12-02-2014). 
Gabarito: Certo/Errado 
[CESPE - 2016 - TCE-PA - Conhecimentos Básicos- Cargos 4, 5 e de 8 a 17] Considerando as disposições 
constitucionais sobre o Poder Legislativo e o processo legislativo, julgue o item a seguir: 
As medidas provisórias vigoram pelo prazo improrrogável de sessenta dias e devem ser votadas em sessão 
conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
[CEPERJ - 2010 - Rioprevidência - Assistente Previdenciário] A inércia do Poder Legislativo em analisar a 
medida provisória no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar de sua publicação, acarreta: 
A) a perda definitiva de sua eficácia 
B) a sua aprovação imediata por decurso de prazo 
C) a sua rejeição tácita, sem possibilidade de prorrogação de sua vigência 
D) uma única prorrogação de sua vigência pelo prazo de 60 (sessenta) dias 
E) a perda de sua eficácia por decurso de prazo, com possibilidade de reedição, na mesma sessão legislativa 
Comentário: 
Como a própria terminologia sugere, as medidas provisórias são espécies normativas de caráter temporário. 
Deste modo, conforme dispõem os §§ 3º e 7º do art. 62, caso a MP não seja convertida em lei no prazo de 60 
dias, prorrogável uma única vez, por igual período, perderá sua eficácia desde a edição. Deste modo, a 
primeira assertiva é falsa e a alternativa ‘d’, na segunda questão, deverá ser assinalada. 
Gabarito: Errado/D 
[FAUEL - 2015 - Câmara Municipal de Marialva - PR - Oficial Legislativo] A Medida Provisória é uma norma 
legislativa adotada pelo Presidente da República e, que pela sua definição, deve ser adotada somente em 
casos relevantes e de urgência. A Medida Provisória, conforme art. 62 da Constituição Federal de 1988, tem 
um tempo determinado para sua conversão em lei, que, caso não obedecido, promoverá a perda de sua 
eficácia. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo 
de: 
A) 60 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
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B) 120 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
C) 30 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
D) 45 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
Comentário: 
Por força do disposto no §3º do art. 62, será de 60 dias o prazo de conversão das medidas provisórias em lei, 
prazo este que poderá ser prorrogável por igual período, uma única vez. Sendo assim, a letra ‘a’ apresenta 
nossa alternativa correta! 
Gabarito: A 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Com base nos caracteres gerais 
da Medida Provisória, julgue a assertiva: 
Caso a medida provisória não seja deliberada no prazo de 120 dias, ocorrerá sua rejeição tácita e perderá sua 
eficácia desde a edição. 
Comentário: 
O prazo de eficácia da MP, como bem sabemos, é de 60 dias (art. 62, §3º da CF/88), prorrogável uma única 
vez, por igual período (art. 62, §7° da CF/88), o que nos dá um lapso temporal de produção de efeitos de 120 
dias. Assim, podemos marcar este item como verdadeiro. 
Gabarito: Certo 
[UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia - Adaptada] Em relação às medidas provisórias, julgue a 
assertiva: 
Se a medida provisória não for apreciada em até trinta dias contados de sua publicação, entrará em regime 
de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até 
que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
Comentário: 
Perceba como os prazos atinentes às medidas provisórias é tema recorrente nas questões de prova! Neste 
caso, estamos diante de um item, claramente, falso! O prazo para que a Medida Provisória entre em regime 
de urgência na Casa Legislativa em que estiver tramitando é de 45 dias (art. 62, §6º da CF/88). 
Ainda sobre este prazo, precisamos sempre recordar a decisão tomada pelo STF no MS 27.931, acerca da 
interpretação correta da expressão “ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais 
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando” constante da parte final do § 6° do art. 62. 
Segundo a Corte, o regime de urgência previsto no referido dispositivo constitucional – que impõe o 
sobrestamento das deliberações legislativas das Casas do Congresso Nacional – refere-se apenas às 
matérias passíveis de regramento por medida provisória. 
Vale a leitura da decisão do STF: 
“O STF (...) denegou a ordem em mandado de segurança impetrado por parlamentares contra decisão do 
presidente da Câmara dos Deputados em questão de ordem. No ato coator, foi fixada a orientação de que a 
interpretação adequada do art. 62, § 6º, da CF implicaria o sobrestamento apenas dos projetos de lei 
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ordinária, apesar de o dispositivo prever o sobrestamento de todas as deliberações legislativas da Casa em 
que estiver tramitando medida provisória não seja apreciada em 45 dias (...). O Colegiado entendeu que a 
interpretação emanada do presidente da Câmara dos Deputados reflete, com fidelidade, solução jurídica 
plenamente compatível com o modelo teórico da separação de poderes. Tal interpretação revela fórmula 
hermenêutica capaz de assegurar, pormeio da preservação de adequada relação de equilíbrio entre 
instâncias governamentais (o Poder Executivo e o Poder Legislativo), a própria integridade da cláusula 
pertinente à divisão do poder. Nesse contexto, deu interpretação conforme ao § 6º do art. 62 da CF, na 
redação resultante da EC 32/2001, para, sem redução de texto, restringir-lhe a exegese. Assim, afastada 
qualquer outra possibilidade interpretativa, fixou-se entendimento de que o regime de urgência previsto no 
referido dispositivo constitucional – que impõe o sobrestamento das deliberações legislativas das Casas do 
Congresso Nacional – refere-se apenas às matérias passíveis de regramento por medida provisória. 
Excluem-se do bloqueio, em consequência, as propostas de emenda à Constituição e os projetos de lei 
complementar, de decreto legislativo, de resolução e, até mesmo, de lei ordinária, desde que veiculem 
temas pré-excluídos do âmbito de incidência das medidas provisórias (...)” [MS 27.931, rel. min. Celso de 
Mello, j. 29-6-2017, P, Informativo 870.]. 
Gabarito: Errado 
[IBADE - 2017 - IPERON - RO - Analista em Previdência - Assistente Social] Nos termos do art. 62 da 
Constituição da República Federativa do Brasil: 
A medida provisória pode ser reeditada na mesma sessão legislativa, ainda que rejeitada ou destituída de 
eficácia pelo decurso do tempo. 
[Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - Direito] Julgue o próximo item com relação ao Direito Constitucional: 
O princípio da irrepetibilidade é aplicável ao processo de edição de medidas provisórias, já que é vedada a 
reedição de medida provisória na mesma sessão legislativa em que tenha sido rejeitada ou perdido sua 
eficácia por decurso de prazo. 
Comentário: 
Por força do §10 do art. 62 da CF/88, é constitucionalmente vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, 
de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. Sendo 
assim, a primeira assertiva é falsa e a segunda verdadeira. 
Gabarito: Errado/Certo 
 
(C.6.4) Limites materiais à edição 
A válida edição de MP exige, além da observância estrita dos pressupostos constitucionais, que a 
espécie normativa não trate de temas que estão constitucionalmente vedados, por constituírem limites 
materiais à sua incidência. 
Referidos limites não estavam presentes no texto originário da Constituição, pois só foram 
introduzidos pela EC nº 32/2001 no art. 62, § 1º, CF/88. Determinam os assuntos que não podem ser 
regulados por medida provisória. Vamos relembrar quais são? 
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– nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos, direito eleitoral; 
– direito penal, direito processual penal, direito processual civil; 
– organização do Judiciário e do Ministério Público, a carreira e as garantias dos seus membros; 
– planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º, CF/88, que dispõe sobre a abertura de crédito extraordinário para o 
atendimento das despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública; 
– detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; 
– matéria reservada à lei complementar; 
– matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou 
veto do Presidente da República. 
Quanto à matéria tributária, pode-se dizer que, em geral, não representa uma vedação material 
à edição de medida provisória. O STF entende ser perfeitamente possível a regulamentação de matéria 
tributária através de MP – exceto nas hipóteses em que a própria Constituição exigiu a edição de lei 
complementar para regular o tema (ex: art. 146, CF/88) –, devendo, contudo, ser observado o princípio 
da anterioridade tributária (nos casos em que ele se aplica). E, em respeito a este princípio 
constitucional51, um imposto instituído ou majorado através de MP só poderá ser cobrado a partir do 
próximo exercício financeiro. Entenda-se como “próximo exercício financeiro” o seguinte àquele em que 
tenha havido a conversão da medida provisória em lei, e não aquele posterior ao que tenha havido a 
edição da medida. Para exemplificar: MP1 editada em 2017 e convertida em lei no ano de 2018: cobrança 
possível a partir do exercício financeiro de 2019. 
Exceções a este regramento são aquelas ocasionadas pela edição de MP que majora ou institui 
impostos que não se submetem à anterioridade tributária, nos termos do art. 150, § 1°, CF/88 (Imposto 
de Importação – II; Imposto de Exportação – IE; Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI; Imposto 
sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF; e 
Imposto Extraordinário de Guerra – IEG). 
Outros limites materiais expressos à edição de medida provisória estão espalhados no texto 
constitucional, são eles: 
 
51. Previsto no art. 150, III, ‘b’, CF/88, o STF decidiu, na ADI 939-DF, que é uma garantia individual do contribuinte, portanto, 
cláusula pétrea. 
 
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– art. 25, § 2º, CF/88: impossibilidade de uma MP estadual regulamentar a exploração, direta ou mediante 
concessão, os serviços locais de gás canalizado; 
– art. 246, CF/88: vedação para regulamentar artigos da Constituição cuja redação tenha sido alterada 
por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação da EC nº 32/2001, 
inclusive). 
Temos também limites implícitos, a saber, os artigos 49, 51 e 52, todos da CF/88, que veiculam 
as matérias que são de competência exclusiva do Congresso e competência privativa das Casas 
Legislativas. Isso porque são vedadas MPs que disciplinem matérias para as quais a iniciativa tenha sido 
reservada a órgãos ou autoridades específicas, pois nestes casos a apresentação do projeto depende de 
os titulares da iniciativa entenderem-na conveniente. 
Outro limite implícito à edição de MP foi confirmado pelo STF na ADI 4717, em abril de 2018, e 
refere-se à matéria ambiental. Em que pese não haver restrição expressa no art. 62, § 1°, CF/88, nossa 
Corte Suprema informou que a MP pode veicular normas referentes ao tema, mas desde que sejam 
favoráveis ao meio ambiente. Destarte, normas que importem em diminuição da proteção ao meio 
ambiente equilibrado só podem ser editadas por meio de lei formal, com amplo debate parlamentar 
e participação da sociedade civil e dos órgãos e instituições de proteção ambiental, no intuito de 
assegurar o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Em conclusão, e nas palavras 
do STF: “a proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à edição de medida provisória”. 
Por fim, estimado aluno, seguem duas últimas considerações importantes para nosso estudo: 
(i) Como a medida provisória é um ato normativo primário (que extrai seu fundamento de validade 
diretamente do texto da Constituição), esses limites materiais poderão ter sua constitucionalidade 
discutida no controle (difuso e concentrado) realizado pelo Poder Judiciário, bem como no excepcional 
controle repressivo realizado pelo Poder Legislativo, que pode não converter a MP em lei, ao argumento 
de que ela é inconstitucional. 
(ii) Ainda sobre os limites materiais, veja a tabela abaixo, estimado aluno, que nos permite comparar os 
temas que expressamente não podem ser reguladas por MP e os que não podem ser objeto de lei 
delegada52: 
 
52. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 967. 
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(C.6.5) Produção de efeitos (eficácia da medida) 
Sabia, prezado aluno, que tão logo é editada, a medida provisória já começa, imediatamente, a 
produzir seus efeitos? Isso acontece pois ela é um ato normativo pronto e acabado, elaborado pelo 
Presidente da República e que possui força de lei. 
Como sua produção de efeitos é imediata, a medida provisória deve, logo após sua edição, ser 
encaminhada para apreciação e posterior manifestação do Congresso Nacional, que pode aprová-la (e 
convertê-la em lei ordinária) ou rejeitá-la (quando então seu texto será encaminhado para o arquivo e 
não poderá constituir objeto de nova medida provisória na mesma sessão legislativa, nos termos do art. 
62, § 10, CF/88). 
A eficácia da MP, de acordo com o § 3º, do art. 62, é de sessenta dias, prorrogáveis, nos termos 
do § 7º do mesmo artigo, uma única vez, por igual período. O prazo, pois, em que a MP produz efeitos é 
usualmente de cento e vinte dias, podendo, todavia, ser mais amplo que isso se ocorrerem as hipóteses 
dos §§ 4º, 11 e 12, do art. 62, CF/88. 
Nestes casos, estende-se o prazo de produção de efeitos da medida em razão da: 
(i) Recesso parlamentar (art. 62, § 4º, CF/88): durante o recesso, o funcionamento das Casas do 
Congresso Nacional é descontinuado e as votações suspensas, aguardando o retorno às atividades 
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legislativas. Mas a MP continua a produzir seus efeitos. No entanto, mesmo com a eficácia intacta, a 
contagem do seu prazo de eficácia fica suspensa, isto é, paralisada enquanto durar o período do recesso 
parlamentar. 
(ii) Não edição do decreto legislativo a que se refere o § 3º (caso de rejeição da MP) em até sessenta dias 
após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, uma vez que nessa situação as relações 
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da MP conservar-se-ão por ela 
regidas, conforme preceitua o art. 62, § 11, CF/88; 
(iii) Aprovação de um projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, pois 
nesse caso a MP manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto, 
mesmo que durante esse período da deliberação executiva (que dura, no máximo, 15 dias úteis – art. 66, 
§ 1º, CF/88) vença o prazo de eficácia (de 60 + 60 dias) da MP, por força da autorização do art. 62, § 12, 
CF/88. 
(C.6.6) Procedimento 
Por veicular matéria de lei ordinária, a medida provisória é apreciada pelo Poder Legislativo 
segundo os mesmos trâmites verificados na deliberação parlamentar do processo ordinário. 
A Casa iniciadora será sempre a Câmara dos Deputados e a Casa revisora o Senado Federal (art. 
62, § 8º, CF/88), já que quem apresenta a medida ao mundo normativo é, necessariamente, o Presidente 
da República. 
Ao contrário dos projetos de lei de ordinária, para as medidas provisórias não há possibilidade de 
delegação interna corporis, ou seja, a MP não pode ser objeto de deliberação e votação pelas comissões 
internas das Casas Legislativas, devendo ir a plenário. 
Antes mesmo de chegar à Casa iniciadora, no entanto, a medida provisória passa pela apreciação 
e parecer de uma Comissão mista, composta por 12 Deputados Federais e 12 Senadores, que irá verificar 
o cumprimento dos pressupostos constitucionais da medida emitindo, assim, um parecer opinativo (art. 
62, § 9º, CF/88). 
Sobre a atuação da comissão mista, vale frisar a magnitude das funções da mesma no processo de 
conversão de medidas provisórias. Segundo determinou o STF53, a análise decorre 
da necessidade, imposta pela Constituição, de assegurar uma reflexão mais detida sobre o ato 
normativo primário emanado pelo Executivo, evitando que a apreciação pelo Plenário seja feita de 
maneira inopinada, percebendo-se, assim, que o parecer desse colegiado representa, em vez de 
 
53. ADI 4.029-AM, STF, Rel. Min. Luiz Fux, noticiada no Informativo 657, STF. 
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formalidade desimportante, uma garantia de que o Legislativo fiscalize o exercício atípico da função 
legiferante pelo Executivo. 
Depois de ser dado o parecer da Comissão Mista, a medida provisória é encaminhada para análise, 
discussão e votação em cada Casa Legislativa (sendo a Câmara, frise-se novamente, a Casa iniciadora). 
A apreciação da medida será feita, pois, primeiro no plenário da Câmara dos Deputados e, 
posteriormente, pelo plenário do Senado Federal, exceto se a medida tiver perdido sua eficácia antes do 
encaminhamento ao Senado (por decurso de prazo, isto é, tacitamente) ou se já tiver sido rejeitada 
expressamente na análise feita pelos Deputados Federais. 
Sobre a possibilidade de serem feitas emendas parlamentares ao texto originário da MP: elas podem 
ser apresentadas mas, por óbvio, elas deverão guardar relação de pertinência temática com a MP que está 
sendo apreciada. O fato de a Constituição não ter expressamente disposta no art. 62 a impossibilidade de se 
transbordar a temática da medida provisória não significa que o poder de emendar do Congresso seja 
incondicionado. Destarte, é possível a apresentação de emenda parlamentar ao projeto de conversão, desde 
que observada a devida pertinência lógico-temática. Esse é o teor do art. 4°, da Res. nº 1/2002 do Congresso 
Nacional54, que visa evitar o chamado “contrabando legislativo”, consistente na inserção, por emenda 
parlamentar, de assunto distinto daquele tratado na MP. 
A propósito, na ADI 5127-DF (julgada em outubro de 2015) o STF confirmou que o “contrabando 
legislativo” é vedado pela CF/88. Todavia, como essa prática sempre foi muito comum, nossa Corte 
Suprema determinou que referido entendimento somente valeria para as próximas MPs (ou seja, todas 
as leis aprovadas até 15/10/2015 são consideradas como válidas ainda que tenham sido fruto de uma 
conversão de MP feita com “contrabando legislativo”, isto é, com inserção no texto da MP de assuntos 
desconexos com o tema da medida). 
O STF, portanto, decidiu cientificar ao Poder Legislativo que não é compatível com a Constituição 
a apresentação de emendas sem relação de pertinência temática com medida provisória submetida à 
sua apreciação, mas o fez por meio de uma decisão dotada de efeitos ex nunc (válidos da data da decisão 
em diante). 
Ainda sobre a verificação da medida pelo Legislativo, o ideal é que a discussão e a votação nas 
duas Casas sejam feitas no prazo de quarenta e cinco dias, contados da data da publicação da MP, prazo 
 
54. Art. 4º, § 4°, Res. nº 1/2002 do Congresso Nacional: “É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria 
estranha àquela tratada na Medida Provisória, cabendo ao Presidente da Comissão o seu indeferimento liminar”. 
 
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este estipulado para que o processamento ocorra sem que haja o trancamento da pauta de nenhuma das 
duas Casas. 
Referido trancamento (ou obstrução da pauta) significa a paralisação das demais proposições 
legislativas na Casa em que a MP estiver tramitando (art. 62, § 6º, CF/88), o que importa num forte apelo 
para o legislador atuar, pois este se vê na difícil situação de só poder votar os demais projetos de lei se 
liberar a pauta da sua Casa Legislativa – o que só acontece quando há a votação da MP (ou se esta perder 
sua eficácia por decurso de prazo, o que libera a pauta imediatamente). 
Em conclusão,caso a MP não seja apreciada em até quarenta e cinco dias da data da sua 
publicação, passará a tramitar em regime de urgência constitucional, trancando a pauta da Casa na qual 
estiver tramitando, ficando sobrestadas as demais deliberações até que se ultime a sua votação. 
Percebe-se, pois, que a votação é feita pelas Casas Legislativas em separado, e o prazo ideal55 
para sua efetivação é conjunto e é de quarenta e cinco dias. Findo este prazo, a votação ainda poderá 
acontecer enquanto a MP ainda estiver produzindo efeitos (isto é, possuir eficácia). Mas se a apreciação 
da medida é feita depois dos 45 dias, certamente terá havido o trancamento de pauta de uma Casa 
Legislativa. Observe-se que a obstrução de pauta sempre ocorre em uma Casa de cada vez, nunca nas 
duas simultaneamente, vez que atinge a pauta da Casa onde a MP está em trâmite. 
Ainda no que se refere à obstrução da pauta, o texto da Constituição Federal, se interpretado em 
sua literalidade, parece determinar a suspensão de todas as demais deliberações legislativas da Casa 
em que a medida provisória estiver tramitando (a redação do § 6º, do art. 62 enuncia: ”...ficando 
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que 
estiver tramitando” – grifo nosso). 
No entanto, o STF entende que tal trancamento só atinge os projetos de lei ordinária passíveis de 
serem tratados por MP, nunca as demais proposições, uma vez que MP somente pode tratar de matérias 
reservadas à legislação ordinária, nunca à legislação complementar ou à resolução ou decreto legislativo. 
Assim, em junho de 2017 o MS 27.931 (que tratava da questão) foi pautado e decidido. Por 
maioria56, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu que o trancamento da pauta da Câmara dos 
Deputados por conta de Medidas Provisórias não analisadas no prazo de 45 dias, contados de sua 
publicação, só alcança os projetos de lei sobre temas passíveis de serem tratados por MP. 
 
55. Ideal porque evita a obstrução da pauta. 
56. Único ministro a divergir, Marco Aurélio votou pela concessão do mandado de segurança, ao entender que o dispositivo 
constitucional é claro no sentido de que a não aprovação de medida provisória após 45 dias deve, sim, paralisar toda a pauta, 
de forma a compelir a Casa Legislativa a se pronunciar sobre o texto, seja para aprovar ou rejeitar a MP. 
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Assim, fez a Corte uma interpretação conforme ao artigo 62, parágrafo 6º, CF para assentar que 
o regime de urgência previsto no dispositivo que impõe o sobrestamento das deliberações legislativas às 
Casas do Congresso Nacional refere-se apenas às matérias que se mostrem passíveis de regramento 
por medida provisória, excluídas do bloqueio, em consequência, as propostas de emenda à 
Constituição, os projetos de lei complementar, de decreto legislativo, de resolução e até mesmo os 
projetos de lei ordinária que veiculem temas pré-excluídos do âmbito de incidência das medidas 
provisórias. 
Como consequência desse entendimento, se houver uma Medida Provisória trancando a pauta da 
Casa Legislativa (da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal) em razão de não ter tido sua votação 
concluída no prazo de 45 dias (art. 62, § 6º), mesmo assim a Casa poderá dar seguimento ao trâmite de 
diversas proposições legislativas: propostas de emenda constitucional, projetos de lei complementar, 
projetos de resolução, projetos de decreto legislativo, bem como dos projetos de lei ordinária que tratem 
sobre temas enunciados no art. 62, § 1º, da CF/88 (que não podem ser regulados por MP) não serão 
atingidos pelo trancamento da pauta. 
Por último, lembremos que ao processo especial de edição das medidas provisórias também é 
aplicado o princípio da irrepetibilidade (art. 62, § 10, CF/88), já que é vedada a reedição de medida 
provisória na mesma sessão legislativa em que tenha sido rejeitada (expressamente) ou perdido sua 
eficácia por decurso de prazo (rejeição tácita). Nota-se, pois, que a reedição de uma MP que tenha sido 
rejeitada só é possível em sessão legislativa posterior, nunca na mesma. 
(C.6.7) Rejeição e conversão da MP em lei 
A medida provisória pode ser convertida em lei, com ou sem alterações de seu texto, ou rejeitada, 
expressa ou tacitamente (isto é, por decurso de prazo). Observe o esquema57 abaixo: 
 
57. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 989. 
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Vamos tratar de cada um desses cenários: 
(i) A conversão da MP em lei sem alterações do texto significa que tivemos a aprovação da medida nas 
duas Casas Legislativas sem a incidência de nenhuma modificação engendrada na Câmara ou no Senado. 
Neste caso, depois de aprovado, o texto será encaminhado ao Presidente da Mesa do Congresso 
Nacional para que ele promova a promulgação da lei, por autorização do art. 12 da Resolução nº 1/2002-
CN. Perceba que neste caso não haverá a deliberação executiva, isto é, o Presidente não será acionado 
para sancionar ou vetar a proposição. Isso porque podemos supor que ele concorda com o texto final 
dessa lei, afinal, foi ele mesmo que o editou e não tivemos nenhuma modificação no Congresso Nacional. 
(ii) A conversão da MP em lei com alterações do texto ocorrerá se qualquer das Casas Legislativas 
apresentar emendas ao texto da medida provisória, promovendo modificações no mesmo – o que é 
perfeitamente possível, tendo em vista a faculdade que existe para o Parlamento em ampliar ou reduzir 
o conteúdo do ato normativo por meio de seu poder de emendar. 
Neste caso, a medida provisória se tornará um projeto de lei de conversão, que seguirá o trâmite 
legislativo ordinário. O texto da medida, agora modificado por emendas parlamentares, será encaminhado 
para o Presidente da República, que terá quinze dias úteis para vetar ou sancionar o projeto de lei de 
conversão. Em havendo sanção presidencial ou, em caso de veto, se este for derrubado, a promulgação e a 
publicação da lei serão feitas pelo Presidente da República (tudo em conformidade com o que determina o 
art. 66 em seus parágrafos). 
Ainda sobre a conversão da MP em lei com alterações de seu conteúdo, vale apresentar duas 
considerações: 
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(1) a regra constante do art. 62, § 12, CF/88, determina que se for aprovado o projeto de lei de conversão 
alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor, até que seja 
sancionado ou vetado o projeto; 
(2) quanto aos trechos da MP que sofreram alteração, ou seja, que ficaram distintos daquilo que previa o 
texto original, pode-se dizer que terão seus efeitos regulamentados por um decreto legislativo, pois a MP 
perderá, no ponto em que tiver sido alterada, sua eficácia desde a edição, conforme preceitua o art. 62, 
§ 3º, CF/88. 
(iii) A medida provisória também pode ser rejeitada. Expressamente quando qualquer das duas Casas 
do Congresso Nacional deixar de convertê-la em lei durante o prazo em que ela está produzindo seus 
efeitos. Tacitamente (ou em razão do decurso do prazo) quando seu prazo de eficácia (sessenta dias, 
prorrogável uma única vez por igual período) se esgota sem que o Legislativo a tenha convertido em lei 
ou rejeitado expressamente. 
Em ambos os casos de rejeição, a MP perderá sua eficácia desde a edição (nos termos do art. 62, § 
3º, CF/88), o que nos permite concluir que seus efeitos só são válidos se ela for convertidaem lei. Não 
havendo referida conversão, os efeitos da MP são nulos ex tunc, devendo o Congresso Nacional editar um 
decreto legislativo, em até sessenta dias, para regular as relações jurídicas constituídas e decorrentes de 
atos praticados durante a vigência da medida provisória. 
Se referido decreto legislativo não for editado, prevê a Constituição (art. 62, § 11, CF/88) que essas 
relações jurídicas (constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida provisória) 
conservar-se-ão pela MP regidas. Ou seja, a MP rejeitada (expressa ou tacitamente) vai adquirir 
ultraeficácia e passará a reger, definitivamente, as relações jurídicas formadas e decorrentes de atos 
praticados durante o tempo em que ela vigorou. O intuito dessa norma (de constitucionalidade bastante 
duvidosa) é indiscutível: evitar o possível vácuo normativo decorrente da não feitura do decreto 
legislativo, impedindo assim que as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados 
durante a vigência da medida provisória fiquem sem regulamentação. 
No intuito de ilustrar a incidência do § 11 do art. 62, insta comentar uma interessante decisão que 
o STF proferiu, em março de 2018 (ADPF 216). 
Entenda o caso: em agosto de 2006, foi editada a MP 320, tratando da movimentação e 
armazenamento de mercadorias importadas ou que serão despachadas para exportação. A medida 
reconhecia a regra de que as movimentações e a armazenagem de mercadorias importadas ou que serão 
despachadas para exportação são atividades que devem ser realizadas em um local sob a supervisão da 
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Receita Federal58. Estabeleceu, entretanto, a possibilidade de isso ser também feito em um recinto de 
estabelecimento empresarial licenciado pela Receita Federal. A este local, o art. 1°, § 3° da MP 320 deu o 
nome de “Centro Logístico e Industrial Aduaneiro” (CLIA). 
Nos artigos 6º a 12, colocados sob a rubrica “Do Licenciamento e do Alfandegamento de CLIA”, a 
MP estabeleceu os requisitos a serem cumpridos pela eventual empresa interessada em requerer licença 
da Receita Federal para explorar uma CLIA. Durante o período em que a MP 320 esteve vigente, 43 
empresas apresentaram requerimento à Receita Federal para a instalação de CLIA. Destes, o Fisco 
examinou e acatou 5 pedidos. Eis que em dezembro de 2016, sem que a Receita tivesse concluído o 
exame de todos os requerimentos (38 ficaram sem resposta), o Plenário do Senado Federal rejeitou a 
medida e determinou o seu arquivamento, ao argumento de que os pressupostos constitucionais (de 
relevância e urgência) que legitimariam o uso da MP não estavam presentes. 
Com a rejeição determinada pela Casa Legislativa, a MP perdeu sua eficácia desde a edição. 
Passou-se a aguardar que o Congresso Nacional editasse, em 60 dias, o decreto legislativo de que trata 
o art. 62, § 3°, para disciplinar as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante 
a vigência da medida provisória. 
Como o Congresso não editou o decreto legislativo, a Receita Federal simplesmente declarou que 
os 38 requerimentos que tinham sido feitos (mas não avaliados) estariam prejudicados e, por isso, sequer 
seriam avaliados. No entanto, as empresas que apresentaram os requerimentos que não foram 
apreciados, ingressaram com ações no Poder Judiciário, exigindo que os pedidos protocolados ainda na 
vigência da MP fossem analisados. O art. 62, § 11 foi utilizado como tese central: ora, se o Congresso 
Nacional não elaborou o decreto legislativo, as situações ocorridas durante a vigência da MP, dentre as 
quais se enquadram os requerimentos apresentados e pendentes de apreciação, seguem sendo regidos 
pela referida MP mesmo que ela tenha sido rejeitada. 
O fato é que algumas dessas empresas obtiveram na Justiça o direito ao processamento dos 
pedidos de licenciamento do “Centro Logístico Industrial Aduaneiro” (CLIA), previsto na Medida 
Provisória, pela Receita Federal. Foi então que entidades do setor aduaneiro ajuizaram a ADPF 216, sob 
o fundamento de que tais decisões judiciais configuravam uma interpretação equivocada do art. 62, 
CF/8859. 
 
58. O art. 1° da MP 320 dizia: “A movimentação e a armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação e a prestação 
de serviços conexos serão feitas sob controle aduaneiro, em locais e recintos alfandegado”. 
59. Lembre-se, caro aluno, que a ADPF é cabível diante de controvérsia jurídica relevante e interpretações judiciais que ferem princípios 
constitucionais fundamentais. Vale dizer, a ADPF pode ser manejada para questionar perante o STF a interpretação que está sendo feita 
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O STF conheceu a ADPF e entendeu que as decisões judiciais (que permitiam o processamento 
dos pedidos de licenciamento dos centros aduaneiros) eram ofensivas ao art. 62, §11, CF/88 e aos 
princípios da separação de Poderes e da segurança jurídica. 
Segundo a maioria dos integrantes da Corte, o mero protocolo do pedido não constitui uma 
“relação jurídica constituída”. A Ministra Cármen Lúcia, relatora da ADPF, disse em seu voto: “Não havia 
relação jurídica constituída que tornasse possível a invocação do parágrafo 11 do artigo 62 da 
Constituição Federal para justificar a aplicação da MP rejeitada após o prazo de sua vigência”. Para ela, 
uma intepretação diferente postergaria indefinidamente a vigência e a produção de efeitos da medida 
provisória rejeitada pelo Congresso Nacional, “o que ofenderia não apenas o artigo 11 da Constituição 
Federal, mas o princípio da separação de poderes e o princípio da segurança jurídica”. 
Questões para fixar 
[MPE-GO - 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto] Em relação às medidas provisórias, aponte o 
item que corresponde à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal: 
A) Em processo legislativo de conversão de medida provisória em lei, não é possível a apresentação de 
emenda parlamentar sem pertinência lógico-temática com o objeto da mesma medida provisória. Sendo 
esta última espécie normativa de competência exclusiva do Presidente da República, não é permitido ao 
Poder Legislativo tratar de temas diversos daqueles fixados como relevantes e urgentes, sob pena de 
enfraquecimento de sua legitimidade democrática. 
B) Por se tratar a medida provisória de espécie normativa marcada pela excepcionalidade, e, por isso 
mesmo, submetida a amplo controle do Legislativo, é compatível com a Constituição a realização de 
emenda parlamentar sem relação de pertinência temática com a medida provisória submetida ao crivo da 
casa legislativa. 
C) O Supremo Tribunal Federal assentou a necessidade de as emendas parlamentares guardarem 
pertinência temática com a medida provisória sob análise da casa legislativa, mas apenas quando a matéria 
versada for uma daquelas que, em tese, reclamariam iniciativa exclusiva do Presidente da República no 
processo legislativo ordinário. 
D) Segundo o Supremo Tribunal Federal, não há possibilidade de emenda parlamentar no processo 
legislativo de conversão de medida provisória em lei, sob pena de se consagrar o chamado “oportunismo 
legislativo”. Do contrário, o Parlamento, aproveitando o ensejo criado pela medida provisória, introduziria 
e aprovaria matérias por meio de um processo legislativo de natureza peculiar e de tramitação mais célere. 
Comentário: 
 
por juízes e Tribunais a respeito de determinado dispositivo constitucional, ao argumento de que tal interpretação é equivocada e afronta 
algum preceito fundamental. 
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Meu caro aluno, sabemos que as emendas parlamentares podem ser apresentadas em sede de MP, desde 
que haja pertinência temática entre o assunto tratado pela medida provisória e a emenda parlamentar. 
Segundo o STF, “é evidente que é possível emenda parlamentar ao projeto de conversão, desde que se 
observe a devida pertinência lógico-temática”. 
Vamos marcar a letra ‘a’ como nossa resposta e, na sequência, sugiro a leitura da decisão do STF da qual foi 
extraída o trecho acima citado: 
“Se a medida provisória é espécie normativa de competência exclusiva do presidente da República e 
excepcional, pois sujeita às exigências de relevância e urgência – critérios esses de juízo político prévio do 
presidente da República –, não é possível tratar de temas diversos daqueles fixados como relevantes e 
urgentes. Uma vez estabelecido o tema relevante e urgente, toda e qualquer emenda parlamentar em 
projeto de conversão de medida provisória em lei se limita e circunscreve ao tema definido como urgente e 
relevante. Vale dizer, é evidente que é possível emenda parlamentar ao projeto de conversão, desde que se 
observe a devida pertinência lógico-temática” [ADI 5.127, voto do rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 15-10-
2015, P, DJE de 11-5-2016]. 
Gabarito: A 
[FCC - 2015 - TJ-SC - Juiz Substituto] A medida provisória que, no processo de conversão em lei, for aprovada 
pelo Congresso Nacional sem alterações: 
A) manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionada ou vetada. 
B) enseja vedação a que nova medida provisória seja editada sobre a mesma matéria por ela disciplinada 
enquanto estiver pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
C) é passível de ser promulgada diretamente pelo Presidente do Senado Federal, caso o Presidente da 
República não o faça no prazo de quarenta e oito horas após a sanção ou a rejeição do veto. 
D) não cabe ser submetida à sanção ou veto do Presidente da República, diferentemente do que ocorre com 
os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República aprovados, sem modificações, pelo Congresso 
Nacional. 
E) cabe ser alterada pelo Presidente da República mediante mensagem aditiva, ensejando seu reexame pelo 
Congresso Nacional. 
Comentário: 
Nessa questão deveremos marcar como correta a letra ‘d’, uma vez que, de fato, não há que se falar em 
deliberação executiva (sanção ou veto do Presidente da República) em se tratando de medidas provisórias 
que tenham sido aprovadas sem qualquer modificação substancial, conforme nos indica o art. 12 da 
Resolução nº 1/2002 do Congresso Nacional. O mesmo não se passa com os projetos de lei de iniciativa do 
Chefe do Executivo: ainda que o texto seja integralmente aprovado, sem qualquer modificação digna de 
destaque, teremos o ato da deliberação executiva para fechar a fase constitutiva, por expressa 
determinação constitucional. 
Gabarito: D 
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[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio - SP - Procurador Jurídico] É permitida a edição de medida 
provisória sobre matéria: 
A) relativa a abertura de crédito extraordinário para atendimento a despesas imprevisíveis e urgentes. 
B) relativa a direito processual civil. 
C) reservada a lei complementar 
D) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do 
Presidente da República. 
E) relativa a partidos políticos. 
Comentário: 
Com exceção da alternativa apresentada pela letra ‘a’, todas as demais trazem vedações materiais 
constitucionalmente previstas para a edição de medida provisória (consoante prevê o art. 62, §1º, I, ‘a’ e 
incisos III e IV. 
Gabarito: A 
[FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário – Informática] A medida provisória pode dispor acerca de 
matéria de: 
A) natureza processual. 
B) organização do Poder Judiciário. 
C) detenção de poupança popular. 
D) estruturação de partidos políticos. 
E) majoração de tributos. 
Comentário: 
Sim, é possível que MP trate de matéria tributária, inclusive para determinar a majoração de tributos, 
conforme prevê o art. 62, § 2°, CF/88. Todas as demais alternativas trazem vedações materiais expressas à 
edição de MP, descritas no art. 62, § 1°, CF/88. 
Gabarito: E 
[CESPE - 2017 - SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária] É permitida a edição de medida provisória 
que verse sobre: 
A) retenção de bens de poupança ou de ativo financeiro. 
B) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público. 
C) direitos políticos e partidos políticos. 
D) instituição e majoração de impostos. 
E) nacionalidade, cidadania e direito eleitoral. 
Comentário: 
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A instituição e majoração de tributos não é matéria cuja regulamentação via medida provisória seja vedada 
pelo art. 62 do texto constitucional. Sendo assim, a letras ‘d’ deverá ser marcada. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] A Constituição Federal 
de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que: 
A) verse sobre a seguridade social. 
B) trate das diretrizes e bases da educação nacional. 
C) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado. 
D) implique a instituição ou majoração de impostos. 
E) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a letra ‘c’! Tal vedação encontra-se expressa no art. 25, §2º da CF/88. 
Gabarito: C 
[CESPE - 2016 - PC-GO - Agente de Polícia Substituto] Acerca do processo legislativo pertinente a medidas 
provisórias, julgue o próximo item: 
Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser retirada pelo presidente da 
República da apreciação do Congresso Nacional, nada obsta que seja editada uma segunda medida 
provisória que ab-rogue a primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia. 
[TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva: 
As Medidas Provisórias possuem força de lei e eficácia imediata desde a sua publicação. Após editadas, o 
Presidente da República não pode meramente cancelá-las e, assim, retirá-las da apreciação do Poder 
Legislativo, impedindo que este examine plena e integralmente seus efeitos, o que não impede que uma MP 
revogue outra ainda não convertida em lei. 
Comentário: 
Ambas assertivas são verdadeiras. Afinal, porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua 
publicação, a medida provisória não pode ser "retirada" pelo Presidente da República à apreciação do 
Congresso Nacional. Mas, como qualquer outro ato legislativo, a medida provisória é passível de ab-rogação 
mediante diploma de igual ou superior hierarquia. Diz o STF: “(...) A revogação da medida provisória por 
outra apenas suspende a eficácia da norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para 
apreciação, caso caduque ou seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato 
revocatório não subtrai ao Congresso Nacional o exame da matéria contida na medida provisória revogada” 
[ADI 2.984 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-9-2003, P, DJ de 14-5-2004]. 
Gabarito: Certo/Certo 
[FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública] Nos termos da Constituição Federal brasileira, no que 
concerne às medidas provisórias, está INCORRETO o que consta em: 
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A) Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de trinta 
dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerradanas duas Casas do Congresso Nacional. 
B) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo 
Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
C) Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará 
em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando 
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver 
tramitando. 
D) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que 
tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
E) Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á 
integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. 
Comentário: 
Veja que a banca pede, de forma categórica, que a alternativa incorreta seja marcada. Sendo assim, é claro 
que deveremos assinalar a letra ‘a’! afinal, prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de 
medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação 
encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (art. 62, 7º da CF/88). 
Gabarito: A 
[FCC - 2015 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho Substituto] O processo de conversão em lei das medidas 
provisórias: 
A) exige que o texto aprovado no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado pelo 
Presidente da República. 
B) exige, como condição para a deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito 
das medidas provisórias, que comissão mista de Deputados e Senadores, no exercício de competência 
privativa, promova juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 
C) exige que, do texto aprovado, somente a parte alterada pelo Congresso Nacional seja submetida à sanção 
presidencial. 
D) exige que o texto aprovado no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado pelo 
Presidente do Congresso Nacional. 
E) dispensa o encaminhamento à sanção presidencial do texto aprovado, caso não tenha sofrido alterações 
no âmbito do Congresso Nacional. 
Comentário: 
Como sabemos, não há necessidade de encaminhar para à sanção presidencial o texto de medida provisória 
aprovado sem alterações pelo Congresso Nacional. Sendo assim, a nossa alternativa é a da letra ‘e’. 
Gabarito: E 
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[FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de Polícia Civil] Tendo em vista o tema “medida provisória", a 
alternativa correta é: 
A) Medida provisória pode dispor sobre matéria reservada à lei complementar. 
B) Medida provisória não pode instituir crime ou fixar pena. 
C) Medida provisória pode disciplinar sobre matéria referente a processo penal. 
D) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal. 
E) Não é possível a abertura de crédito extraordinário por meio de medida provisória. 
Comentário: 
Conforme disposto no art. 62 do texto constitucional, no que se refere às limitações materiais impostas ao 
Chefe do Executivo no momento de editar uma medida provisória, a alternativa que deveremos marcar é a 
apresentada pela letra ‘b’, uma vez que, de fato, é impossível a edição de medida provisória que verse sobre 
direito penal (art. 62, § 1°, I, ‘b’). 
Gabarito: B 
[FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Analista Legislativo - Administrador] No que diz respeito ao regime jurídico 
das medidas provisórias previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a alternativa 
correta: 
A) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal. 
B) Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de cento e 
vinte dias, contado de sua edição, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 
C) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa a cidadania, direitos políticos e direito 
eleitoral, salvo partidos políticos. 
D) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada à lei complementar. 
E) É vedada a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha 
perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
Comentário: 
Aqui, nossa alternativa correta é a da letra ‘d’, pois, conforme disposto no art. 62, III da CF/88, é vedada a 
edição de MP sobre matéria reservada à lei complementar. Vejamos o porquê de as outras alternativas não 
merecerem ser marcadas: 
- Letra ‘a’: a votação se inicia na Câmara dos Deputados (art. 62, §8º da CF/88); 
- Letra ‘b’: o prazo é de 60 dias e não 120 (art. 62, §3º da CF/88) 
- Letra ‘c’: ‘partidos políticos’ é tema que também apresenta-se como uma vedação material à edição de 
medidas provisórias (art. 62, § 1°, I, ‘a’ da CF/88) 
- Letra ‘e’: será vedada a reedição na mesma sessão legislativa (art. 62, §10 da CF/88). 
Gabarito: D 
 
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(C.6.8) Últimas observações sobre as medidas provisórias 
Neste item, trarei alguns últimos apontamentos sobre esta espécie normativa que considero de 
acentuada importância para sua completa preparação no que se refere ao tema: 
(i) O Presidente da República não pode retirar da apreciação do Congresso Nacional uma medida 
provisória editada e já em vigor, afinal ele não mais tem ingerência sobre ela após a edição. Assim, tão 
logo a MP seja editada pelo Presidente, ela é submetida, imediatamente, à apreciação do Congresso 
Nacional, privando o chefe do Executivo de qualquer disposição sobre a espécie normativa; 
(ii) nada obstante a anotação anterior, existe uma alternativa para o Presidente paralisar a produção de 
efeitos de uma MP já editada, em vigor, e sob análise do Congresso Nacional. Basta que ele edite uma 
segunda MP (MP2) visando ab-rogar a MP anterior (MP1). Em outras palavras: o Presidente, a quem não 
é permitido retirar da apreciação do Congresso Nacional uma MP já editada, pode editar a MP2 que 
suspenderá a MP1. Como a MP2 é que está em vigor (pois a MP1 está suspensa), ela será analisada pelo 
Congresso Nacional, onde duas coisas podem acontecer: 
(1) se ela for aprovada, a MP1 é retirada do ordenamento jurídico; 
(2) se ela for rejeitada, a MP1 volta a produzir efeitos pelo tempo que lhe resta de eficácia, isto é, pelo 
período restante para a conclusão de seu prazo constitucional de eficácia, devendo agora a MP1 ser 
analisada pelo Poder Legislativo. Segundo o STF, 
Porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a medida provisória não pode 
ser “retirada” pelo presidente da República à apreciação do Congresso Nacional. (...). Como qualquer 
outro ato legislativo, a medida provisória é passível de ab-rogação mediante diploma de igual ou 
superior hierarquia. (...). A revogação da medida provisória por outra apenas suspende a eficácia da 
norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para apreciação, caso caduque ou 
seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato revocatório não subtrai ao 
Congresso Nacional o exame da matéria contida na medida provisória revogada.60 
Para fixar melhor esse ponto, te convido para analisar o esquema61 posto abaixo: 
 
60. ADI 2.984-DF, STF, Rel. Min. Ellen Gracie, noticiada no Informativo 319, STF. 
61. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 993. 
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(iii) Um inconveniente acordo políticoresultou na formulação do infeliz art. 2º da EC nº 32/2001, que 
determina que as medidas provisórias editadas em data anterior à da publicação da EC nº 32/2001 
continuam em vigor até que uma medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até que haja 
deliberação definitiva do Congresso Nacional. 
Esse dispositivo retirou das MPs que estavam em vigor até o dia 12.11.2001 (data da publicação 
da EC nº 32/2001) a possibilidade de revogação tácita, por decurso de prazo, exigindo deliberação 
expressa do Congresso Nacional ou ato normativo posterior (de igual hierarquia e que disponha sobre a 
matéria em sentido contrário), para que sejam extirpadas do ordenamento jurídico. 
Em conclusão, as MPs que estavam em vigor até o dia 12.11.2001 continuarão produzindo efeitos, 
numa vergonhosa vigência indeterminada, até que: 
– o Congresso Nacional resolva deliberar definitivamente sobre elas, revogando-as ou convertendo-as 
em lei (sendo necessário observar, claro, o procedimento que vigorava a época da edição, isto é, o 
anterior à EC nº 32/2001, regido pela Res. nº 1/1989-CN, alterada pela Res. nº 2/1989-CN)62; 
– algum ato normativo posterior, de igual hierarquia, as revogue, expressa ou tacitamente. 
(iv) Em março de 2016, o STF, por maioria, mediante a conversão da Súmula nº 651, aprovou a edição da 
Súmula Vinculante nº 54, com o seguinte teor: “A medida provisória não apreciada pelo Congresso 
 
62. Acerca dessa possibilidade de apreciação do Congresso Nacional das Medidas Provisórias antigas (editadas sob a égide do 
regime anterior à EC 32), disse, ironicamente, o Min. Marco Aurélio, em sessão do dia 17.03.2016, em que se discutia a edição da 
Súmula vinculante 54: “As medidas provisórias apanhadas pela Emenda nº 32/2001 passaram a viger por prazo indeterminado. 
Até hoje, passados cerca de quinze anos, o Congresso não teve tempo para apreciá-las”. 
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Nacional podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de 
trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição”. 
Alguns Ministros (Ministros Marco Aurélio e Teori Zavascki) ficaram vencidos na conversão do 
enunciado, argumentando que (1) o verbete vinculante deve ser reservado a situações excepcionais, 
especialmente a fim de evitar o aumento da competência originária do Supremo mediante o uso da 
reclamação; e (2) o verbete novo alcança casos residuais, vez que regulamenta atos jurídicos praticados há 
quase quinze anos – já que, após a Emenda nº 32/2001, houve regência diversa quanto à edição e 
submissão, ao Congresso Nacional, das medidas provisórias. 
Ao meu sentir, assiste razão aos votos divergentes: a conversão era desnecessária, já que o 
enunciado 651 da súmula do STF já estava pacificado e, de fato, o número de casos regulados pelo 
verbete é pequeno. 
C.7. Decretos legislativos 
O decreto legislativo é a espécie normativa primária utilizada pelo Congresso Nacional no uso de 
suas atribuições exclusivas constantes do art. 49, CF/88, para regulamentação dos assuntos ali 
dispostos. 
Segundo a doutrina, os decretos legislativos são “atos destinados a regular matérias de 
competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49) que tenham efeitos externos a ele”.63 
Em que pese ser ato normativo inscrito no art. 59, CF/88 (primário, portanto) a disciplina de seu 
trâmite de elaboração é determinada no Regimento Interno do Congresso Nacional. Três pontos 
procedimentais, todavia, são interessantes e merecem destaque: 
(i) em regra, seguindo os termos do art. 47, CF/88, os decretos legislativos são aprovados por maioria 
simples; no entanto, é de 2/5 o quórum necessário para desautorização da renovação de concessão ou 
permissão de serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens (art. 223, § 2º, CF/88); 
(ii) os decretos legislativos são promulgados pelo Presidente do Senado Federal que, em sendo o 
Presidente do Congresso Nacional, é o responsável, também, pela publicação; 
(iii) inexiste sanção ou veto presidencial para a formação dessa espécie normativa, já que é um 
instrumento normativo que traduz competências que são exclusivas do Congresso Nacional, vale dizer, 
fora do campo de ingerência do Presidente da República. 
Por fim, e pela importância, há que se dar destaque ao decreto legislativo que: 
 
63. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 33ª ed. atual. São Paulo. Malheiros, 2010, p. 525. 
 
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(A) trata dos efeitos de medida provisória rejeitada, expressa ou tacitamente, nos termos do art. 62, §§ 
3º e 11, CF/88; 
(B) resolve definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do art. 49, I, CF/88; 
(C) susta os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa, num autêntico controle repressivo (e político) de constitucionalidade, conforme 
art. 49, V, CF/88 (ver item 4.4, do cap. 17). 
C.8. Resoluções 
As resoluções são espécies normativas primárias, editadas pelo Poder Legislativo (em âmbito 
federal, tanto pelo Congresso Nacional, quanto pelas duas Casas Legislativas – Senado Federal e 
Câmara dos Deputados) no uso de suas atribuições fixadas pela Constituição. Em regra, possuem 
efeitos internos, frisando-se a existência de exceções, em que a resolução é editada com efeitos 
externos (como é o caso da resolução editada pelo Congresso Nacional para delegar ao Presidente da 
República poderes para editar leis delegadas, nos termos do art. 68, § 3º, CF/88). 
As resoluções, assim como os decretos legislativos, também não possuem procedimento 
legislativo fixado na Constituição, mas alguns aspectos da tramitação estão definidos no texto 
constitucional, como a aprovação (que se dá por maioria relativa, seguindo a regra genérica do art. 47, 
CF/88). Exige-se, no entanto, o quórum qualificado de 2/3 para aprovação: 
(i) da resolução da Casa Legislativa (Câmara dos Deputados ou Senado Federal) que aprova a suspensão 
das imunidades parlamentares no curso do estado de sítio, nos termos do art. 53, § 7º, CF/88; 
(ii) da resolução da Câmara dos Deputados que autoriza o processamento do Presidente da República, 
conforme art. 51, I, CF/88; 
(iii) da resolução do Senado Federal que aprova a condenação do Presidente da República (ou outras 
autoridades) pela prática de infração política administrativa, de acordo com o art. 52, I, II e parágrafo 
único, CF/88; 
(iv) da resolução do Senado Federal que fixa as alíquotas máximas nas operações internas com a 
finalidade de resolver o conflito específico que envolva interesse de Estados e do Distrito Federal (art. 
155, § 2º, V, “b”, CF/88). 
Como as resoluções veiculam matérias privativas das Casas Legislativas e do Congresso Nacional, 
não há que se falar em manifestação presidencial (para sanção ou veto), assim como a promulgação e a 
publicação são efetivadas pela própria Casa Legislativa que expediu o ato (se a Resolução é do Congresso 
Nacional temos que a Mesa do Senado Federal é a responsável pela promulgação e publicação). 
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Em virtude da acentuada relevância do assunto, vale destacar a resolução editada pelo Senado 
Federal no uso de sua atribuição contida no art. 52, X, CF/88. Nessa hipótese, atuará após decisão 
definitiva do STF pela inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (federal, estadual,distrital ou 
municipal), proferida no controle difuso de constitucionalidade. 
Essa atuação do Senado, suspendendo a execução da lei, que permitirá que o efeito meramente 
inter partes da decisão do STF (próprio do controle difuso), possa se alargar, tornando-se erga omnes – 
afinal, se o Senado suspender a execução da lei, referida suspensão operar-se-á para todos. 
No mais, deve-se salientar que o Senado Federal: 
(A) não está obrigado a atuar; 
(B) sequer possui prazo para tanto; 
(C) acaso edite a referida resolução, excepcionalmente de efeitos externos, sua decisão será irretratável; 
(D) deverá observar estritamente a decisão judicial, suspendendo exatamente aquilo que foi declarado 
inconstitucional pelo STF (nem indo além, para alcançar outros dispositivos, nem ficando aquém, deixando 
de suspender artigos que a Corte tenha declarado inconstitucional); e, 
(E) nada obstante à divergência doutrinária, para a corrente majoritária a suspensão da norma pelo 
Senado opera efeitos ex nunc, ou seja, dali em diante (exceto na situação prevista no Decreto nº 
2.346/1997, aplicável à Administração Federal, em que o efeito será ex tunc). 
 
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(2) Questões resolvidas em aula 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2015 - TCM-RJ - Auditor-Substituto de Conselheiro - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Lei ordinária e lei complementar guardam relação de hierarquia entre si, porque a primeira subordina-se 
à segunda. 
QUESTÃO 02 
[MPE-BA - 2015 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto - Adaptada] No que tange à disciplina 
normativo-constitucional expressa do processo legislativo (artigo 59 e seguintes da Constituição Federal 
de 1988), julgue a assertiva: 
Existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária, bem como entre lei federal e estadual. 
QUESTÃO 03 
[CETRO - 2013 - ANVISA - Técnico Administrativo - Área 1 - Adaptada] Sobre o previsto na Constituição 
Federal acerca do processo legislativo, julgue a assertiva: 
As leis complementares, assim como as leis ordinárias, são aprovadas por maioria simples dos presentes 
em sessão da Câmara dos Deputados. 
QUESTÃO 04 
[FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal] Em relação ao processo legislativo, julgue o item: 
As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
QUESTÃO 05 
[VUNESP - 2016 - IPSMI - Procurador - Adaptada] Julgue a assertiva: 
No processo legislativo, as leis complementares serão aprovadas por dois terços dos membros do 
Congresso Nacional. 
QUESTÃO 06 
[CONSULPLAN - 2017 - Câmara de Nova Friburgo-RJ - Agente Legislativo - Adaptada] Sobre o Processo 
Legislativo previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, julgue a assertiva: 
As leis complementares serão aprovadas por maioria relativa. 
QUESTÃO 07 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio – SP - Procurador Jurídico - Adaptada] No que se refere ao 
processo legislativo, julgue a assertiva: 
Lei complementar deve ser aprovada por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus 
membros. 
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QUESTÃO 08 
[FCC - 2017 - ARTESP - Especialista em Regulação de Transporte III - Direito] Dentre as espécies 
normativas passíveis de serem manejadas no ordenamento jurídico brasileiro estão a lei ordinária e a lei 
complementar. Como semelhança ou distinção, dentre outras, pode-se mencionar: 
A) Assemelham-se em razão da necessidade de tramitação pelo Legislativo competente em dois turnos, 
exigindo-se quórum de maioria simples, para posterior submissão à sanção. 
B) Distinguem-se em razão das matérias que devem ser objeto de cada uma dessas espécies normativas, 
sendo portanto, critério material, não havendo hierarquia entre os atos normativos. 
C) A necessidade de quórum qualificado de aprovação mais rígido para a lei ordinária, em razão de sua 
tramitação mais ágil, exigindo-se menos horas de debate na fase de deliberação. 
D) A necessidade de quórum diferenciado para aprovação da lei complementar, exigido apenas a 
depender da iniciativa dessa espécie normativa. 
E) São semelhantes porque o processo de tramitação legislativo observa exatamente as mesmas 
formalidades, à exceção da sanção, que demanda ato complexo entre Presidência da Câmara do 
Legislativo e Chefe do Executivo no caso da lei complementar. 
QUESTÃO 09 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Sertãozinho-SP - Procurador Municipal - Adaptada] A respeito do 
processo legislativo brasileiro, julgue a assertiva: 
O sistema jurídico brasileiro não contempla hipótese de projeto de lei cuja iniciativa é vinculada. 
QUESTÃO 10 
[CESPE - 2013 - DPF - Delegado] Em relação ao processo legislativo e ao sistema de governo adotado no 
Brasil, julgue o seguinte item: 
A iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal ou do Congresso Nacional, bem como ao Presidente da República, ao STF, aos Tribunais 
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos. No que tange às leis complementares, a 
CF não autoriza a iniciativa popular de lei. 
QUESTÃO 11 
[TRT 16R - 2015 - TRT - 16ªR-MA - Juiz do Trabalho Substituto – Adaptada] Sobre o processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
A iniciativa do Presidente da República, parlamentares e cidadãos é geral (salvo a matéria de iniciativa 
reservada); as do Procurador Geral da República e do Poder Judiciário são restritas a determinadas 
matérias. 
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QUESTÃO 12 
[VUNESP - 2016 - Câmara de Taquaritinga – SP - Técnico Legislativo] Assinale a alternativa que 
corretamente discorre sobre a iniciativa do processo legislativo: 
a) A iniciativa reservada é a regra, competindo a iniciativa do processo legislativo concorrentemente ao 
Executivo, ao Legislativo, ou ao povo. 
b) A Constituição reserva a iniciativa de certas matérias a titular determinado, como o Chefe do Poder 
Executivo ou aos Tribunais, o que é denominado poder geral de iniciativa. 
c) A iniciativa popular, por meio de apresentação de projeto de lei, não é contemplada pelo processo 
legislativo previsto na Constituição Federal de 1988. 
d) Diz-se vinculada a iniciativa quando a apresentação do projeto de lei sobre determinada questão é 
exigida pela Constituição, em data ou em prazo certo. 
QUESTÃO 13 
[ESAF - 2015 - PGFN - Procurador da Fazenda Nacional – Adaptada - Adaptada] Sobre o processo 
legislativo, analise o item: 
No âmbito do Poder Judiciário, a competência para apresentar projeto de lei é exclusiva do Supremo 
Tribunal Federal. 
QUESTÃO 14 
[CESPE - 2018 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária] Com relação à organização dos poderes e às 
funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir: 
Situação hipotética: Por iniciativa de deputado federal, tramitou e foi aprovado, no Congresso Nacional, 
projeto de lei que trata de regime jurídico dos militares das Forças Armadas. Assertiva: Nessa situação, 
o projeto deverá ser vetado pelo presidente da República, porque existe vício de constitucionalidade 
formal. 
QUESTÃO 15 
[FCC - 2015 - TRT 1ªR-RJ - Juiz do Trabalho Substituto - Adaptada] Após várias audiências públicas e 
intensos debates parlamentares, determinado Senador da República tomou a iniciativa de propor 
Projeto de Lei Complementar dispondo sobre as férias dos juízes, a fim de reduzi-las para um único 
período de 30 dias por ano. Depois de aprovado por ambas as Casas do Congresso Nacional, com o 
quórum qualificado de maioria absoluta, foi sancionado e promulgado pelo Presidente da República. 
No caso hipotético, considere: 
I) A Lei Complementar aprovada padece de vício de inconstitucionalidade formal,uma vez que não 
obedeceu ao quórum qualificado de 2/3. 
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II) A Lei Complementar aprovada padece de vício de inconstitucionalidade formal, uma vez que, além de 
o Projeto ser de iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal, sua tramitação deveria ter começado 
pela Câmara dos Deputados. 
QUESTÃO 16 
[FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo Legislativo - Adaptada] Algumas matérias 
são de iniciativa reservada, isto é, o Legislativo só pode normatizá‐las depois de a autoridade titular da 
competência formular um juízo de conveniência e oportunidade sobre o debate. A propósito da 
deflagração do processo legislativo, julgue a assertiva abaixo: 
A sanção presidencial supre o vício de projeto de lei em que não tenha sido observada a iniciativa privativa 
do Presidente da República. 
QUESTÃO 17 
[CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico - Administrativo] No que se refere à organização político-
administrativa do Estado e ao Poder Legislativo, julgue o próximo item: 
Se um projeto de lei ordinária de iniciativa parlamentar invadir a iniciativa privativa do presidente da 
República, a sanção desse projeto pelo chefe do Poder Executivo federal sanará o vício deflagrado no 
processo legislativo. 
QUESTÃO 18 
[CESPE - 2016 - TRT 8ªR-PA e AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Acerca do 
processo legislativo, julgue a assertiva de acordo com as disposições da CF: 
A sanção e promulgação de projeto de lei de iniciativa privativa do presidente da República, mas 
apresentado por parlamentar, sana o vício de iniciativa, por convalidação. 
QUESTÃO 19 
 [FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público - Adaptada] Acerca da participação do Poder Executivo no 
Processo Legislativo, julgue a assertiva: 
Segundo a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, o processo legislativo de lei de iniciativa 
exclusiva do Presidente da República, inaugurado pelo Congresso Nacional, poderá ser aproveitado, caso 
haja sanção. 
QUESTÃO 20 
[FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo] Entendendo que os vencimentos de 
uma determinada carreira de servidores públicos integrante dos quadros da Administração direta 
estadual encontram-se fixados em patamar muito inferior àquele praticado no âmbito da iniciativa 
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privada, João, deputado estadual, apresenta projeto de lei perante a Assembleia Legislativa de 
determinado Estado, aumentando os vencimentos da referida carreira. O projeto em questão: 
a) apresenta vício de iniciativa, uma vez que a propositura de projeto de lei dessa natureza, quando 
realizada por integrante do Poder Legislativo, depende da existência de autorização concedida ao 
parlamentar autor do projeto, pelo Secretário de Estado responsável pela Secretaria a que se vincula a 
carreira beneficiada. 
b) não apresenta vício de iniciativa, uma vez que a Constituição da República prevê que a remuneração 
dos servidores públicos e o subsídio daqueles submetidos a esse regime somente poderão ser fixados ou 
alterados por lei específica, atribuindo assim ao Poder Legislativo a iniciativa geral de leis que concedam 
aumento para servidores integrantes da administração direta. 
c) apresenta vício de iniciativa, uma vez que a Constituição da República, em norma de reprodução 
obrigatória pelos Estados, prevê que as leis que disponham sobre criação de cargos na Administração 
direta ou aumento de sua remuneração são de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. 
d) não apresenta vício de iniciativa, já que, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, ao 
assegurar aos servidores públicos o direito à revisão anual, a Constituição da República atribuiu aos 
integrantes do Poder Legislativo a faculdade de, em caso de mora do Poder Executivo, propor projetos 
de lei que concedam aumentos aos servidores públicos da administração direta. 
e) apresenta vício de iniciativa, o qual, no entanto, conforme entendimento pacífico no Supremo Tribunal 
Federal, poderá ser sanado caso, uma vez aprovado o projeto de lei pela Assembleia Legislativa, venha 
ele a ser sancionado pelo Governador do Estado. 
QUESTÃO 21 
[FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública - Adaptada] O processo legislativo é o 
conjunto de regras procedimentais tendentes a regulamentar a elaboração das espécies normativas. A 
soberania popular é exercida de várias formas, como através da iniciativa popular. Sobre o instituto, a 
Constituição Federal prevê: 
Que a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, um por cento da população nacional. 
QUESTÃO 22 
[TRF 2ªR - 2017 - TRF 2ªR - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Quanto ao Legislativo no Brasil, julgue a 
assertiva: 
O instituto da iniciativa popular pode ser exercido pela apresentação ao Poder Legislativo Federal de 
projeto de lei subscrito por não menos do que 2% (dois por cento) do eleitorado nacional, distribuído pelo 
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menos por dez dos Estados, com não menos de 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada um 
deles. 
QUESTÃO 23 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Agente de Polícia - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, julgue a 
assertiva: 
A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação ao Congresso Nacional de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, nove estados da 
Federação. 
QUESTÃO 24 
[NC-UFPR - 2015 - Prefeitura de Curitiba-PR - Procurador - Adaptada] Sobre o processo legislativo 
constitucional, julgue a assertiva: 
A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal 
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos 
por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
QUESTÃO 25 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio - SP/Procurador Jurídico - Adaptada] No que se refere ao 
processo legislativo, julgue a assertiva: 
A discussão dos projetos de lei de iniciativa do Supremo Tribunal Federal terá início no Senado Federal. 
QUESTÃO 26 
[CESPE - 2017 - TRT 7ªR-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva, 
conforme as disposições constitucionais acerca do processo legislativo: 
A discussão sobre projeto de lei de iniciativa do presidente da República ou do Supremo Tribunal Federal 
(STF) terá início ordinariamente no Senado Federal. F 
QUESTÃO 27 
[MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina] Julgue a assertiva: 
A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores terão início no Senado Federal. 
QUESTÃO 28 
[FCC - 2018 - ALESE - Analista Legislativo - Processo Legislativo - Adaptada] Considere a seguinte 
proposição: 
A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República terão início na Câmara 
dos Deputados. 
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QUESTÃO 29 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação] 
Julgue a assertiva: 
No sistema constitucional brasileiro, não se admite a assim chamada delegação interna, sendo vedado a 
uma comissão discutir e votar, em caráter terminativo, um projeto de lei. 
QUESTÃO 30 
[FUNIVERSA - 2009 - SEPLAG-DF- Analista - Planejamento e Orçamento - Adaptada] Na divisão de 
funções entre os Poderes da República, tocam ao Legislativo as tarefas precípuas de legislar e fiscalizar. 
No que tange às peculiaridades desse Poder, julgue a assertiva: 
Junto ao Congresso Nacional, funcionam as Comissões, que podem ser temporárias ou permanentes. É 
impossível, porém, que um projeto de lei seja aprovado com votação apenas nessas Comissões, ou seja, 
sem passar pelo Plenário da Câmara ou do Senado. 
QUESTÃO 31 
[FAUEL - 2017 - Câmara de Maria Helena - PR/Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na 
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas 
do Congresso Nacional. 
QUESTÃO 32 
[CESPE - 2017 - TRF 1ªR - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal] À luz das disposições 
constitucionais acerca do Poder Legislativo, julgue o item seguinte: 
Em nenhuma hipótese matéria consignada em projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de novo projeto 
na mesma sessão legislativa. 
QUESTÃO 33 
[CESPE - 2013 - ANTT - Conhecimentos Básicos - Cargos 1,2,3,4,5,7 e 8] À luz da CF, julgue o próximo 
item, referente à administração pública e ao processo legislativo: 
A matéria constante de projeto de emenda à CF rejeitada ou havida por prejudicada pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa, desde que subscrita por um terço, no mínimo, dos membros 
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
QUESTÃO 34 
[FUNCAB - 2015 - PC-AC - Perito Criminal] Em relação ao processo legislativo, julgue o item: 
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A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada não pode 
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
QUESTÃO 35 
[FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público - Adaptada] Acerca da participação do Poder Executivo no 
Processo Legislativo, julgue a assertiva: 
As emendas parlamentares, que são proposições apresentadas como acessórios a projetos e propostas, 
devem ser apresentadas na fase constitutiva do processo legislativo, havendo retorno para a outra Casa 
quando ocorrer alteração substancial no projeto de lei, devendo-se respeitar, apenas, a pertinência 
temática quando se tratar de projetos de iniciativa do Poder Executivo. 
QUESTÃO 36 
[FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo Legislativo- Adaptada] Algumas matérias 
são de iniciativa reservada, isto é, o Legislativo só pode normatizá‐las depois de a autoridade titular da 
competência formular um juízo de conveniência e oportunidade sobre o debate. A propósito da 
deflagração do processo legislativo, julgue a assertiva abaixo: 
Lei de iniciativa privativa do Presidente da República não pode ser objeto de emenda parlamentar. 
QUESTÃO 37 
[FCC - 2016 - PGE-MT - Procurador do Estado] Projeto de Lei de Iniciativa do Chefe de Poder Executivo 
Estadual versando sobre vencimentos de servidores da Administração Pública direta foi objeto de 
emenda parlamentar para majorar vencimentos iniciais de uma determinada categoria. No caso em tela, 
a norma resultante da emenda parlamentar é: 
a) constitucional. 
b) inconstitucional por acarretar aumento de despesa. 
c) inconstitucional, uma vez que projeto de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo não 
poderia ser objeto de emenda parlamentar em hipótese alguma. 
d) inconstitucional se o projeto de lei já com a emenda parlamentar não for aprovado em um único turno 
de votação, por no mínimo dois terços dos membros da Assembleia Legislativa. 
e) inconstitucional se o projeto de lei já com a emenda parlamentar não for aprovado, em dois turnos de 
votação, por no mínimo dois terços dos membros da Assembleia Legislativa. 
QUESTÃO 38 
[ESAF - 2015 - PGFN - Procurador da Fazenda Nacional - Adaptada] Sobre o processo legislativo, analise 
o item: 
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Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao 
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do 
recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara dos Deputados 
os motivos do veto. 
QUESTÃO 39 
[NC-UFPR - 2015 - Prefeitura de Curitiba - PR - Procurador - Adaptada] Sobre o processo legislativo 
constitucional, julgue a assertiva: 
Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao 
interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, independentemente de motivação, no prazo de 
quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará a decisão, dentro de quarenta e oito 
horas, ao Presidente do Senado Federal. 
QUESTÃO 40 
[FAUEL - 2017 - Câmara de Maria Helena - PR - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
O Presidente da República não pode vetar o projeto de lei por entendê-lo no todo ou em parte 
inconstitucional, pois esta análise é exclusiva do Supremo Tribunal Federal (STF). 
QUESTÃO 41 
[CESPE - 2017 - TRT 7ªR-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva, 
conforme as disposições constitucionais acerca do processo legislativo: 
O silêncio do presidente da República quanto a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
encaminhado a ele para veto ou sanção importará em veto ao texto. 
QUESTÃO 42 
[CESPE - 2016 - TRT 8ªR-PA e AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Acerca do 
processo legislativo, julgue a assertiva de acordo com as disposições da CF: 
Compete ao presidente da República o esclarecimento sobre em que consiste a contrariedade ao 
interesse público no veto político a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. 
QUESTÃO 43 
[CESPE - 2011 - TRF 5ªR - Juiz Federal] No que se refere ao Poder Legislativo, julgue a assertiva: 
Apesar de não admitir o veto presidencial tácito, a CF admite o denominado veto sem motivação, 
resguardando ao presidente da República a prerrogativa de simplesmente vetar, sem explicar os motivos 
de seu ato. 
QUESTÃO 44 
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[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Sertãozinho-SP - Procurador Municipal - Adaptada] A respeito do 
processo legislativo brasileiro, julgue a assertiva: 
O veto do chefe do Poder Executivo deve ser expresso. A exposição da sua motivação, contudo, é 
dispensada, uma vez que se trata de ato de natureza política. 
QUESTÃO 45 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Agente de Polícia - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, julgue a 
assertiva: 
Leis ordinárias e complementares são espécies do processo legislativo federal que, aprovadas pelo 
Congresso Nacional, prescindem da sanção do presidente da República. 
QUESTÃO 46 
[CESPE - 2016 - TRT 8ªR - PA e AP - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação - Adaptada] Acerca 
do processo legislativo, julgue a assertiva de acordo com as disposições da CF: 
A aprovação, sem nenhuma emenda ou modificação, de projeto de lei apresentado pelo presidente da 
República dispensa a sanção. 
QUESTÃO 47 
[FAUEL - 2017 - Câmara de Maria Helena-PR - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
A emenda constitucional, após ser aprovada em dois turnos, por três quintos dos membros de cada uma 
das casas do Congresso Nacional, deve ser encaminhada para a sanção presidencial. 
QUESTÃO 48 
[ESAF - 2015 - PGFN - Procurador da FazendaNacional - Adaptada] Sobre o processo legislativo, analise 
o item: 
O Presidente da República dispõe de prazo de 15 dias para sancionar ou vetar Proposta de Emenda à 
Constituição. 
QUESTÃO 49 
[CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia - Adaptada] No que concerne ao processo legislativo, julgue 
o item: 
A emenda à CF será promulgada após a sanção do presidente da República. 
QUESTÃO 50 
[FUNIVERSA - 2015 - PC-DF - Perito Médico-Legista - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, 
julgue a assertiva: 
A aprovação de proposta de emenda à CF prescinde de sanção presidencial. 
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QUESTÃO 51 
[NC-UFPR - 2015 - Prefeitura de Curitiba - PR - Procurador - Adaptada] Sobre o processo legislativo 
constitucional, julgue a assertiva: 
O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo 
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. 
QUESTÃO 52 
[CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI] A respeito dos Poderes 
Executivo e Legislativo, julgue o item a seguir: 
O veto do presidente da República a projeto de lei será apreciado em sessão unicameral, somente 
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos congressistas. 
QUESTÃO 53 
[Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ - 2011 - TCM-RJ - Técnico de Controle Externo - Adaptada] O Processo 
Legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, 
leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. As normas constitucionais 
estabelecem que: 
O veto realizado pelo Presidente da República pode ser rejeitado pelo voto de no mínimo 2/3 dos 
membros do Congresso. 
QUESTÃO 54 
[FGV - 2018 - Câmara de Salvador-BA - Analista Legislativo Municipal - Área Legislativa] O Presidente da 
República apresentou projeto de lei ordinária cuja discussão se iniciou no Senado Federal, que o aprovou, 
seguindo para a Câmara dos Deputados. Com a aprovação nesta última Casa, a Mesa do Congresso 
Nacional promulgou a Lei X. Um grupo de Deputados de oposição divulgou nota afirmando que o 
processo legislativo descumpriu a disciplina traçada na Constituição da República de 1988. 
À luz da sistemática constitucional, o grupo de Deputados está correto, já que o projeto apresenta o(s) 
seguinte(s) vício(s): 
a) o Presidente da República não tem legitimidade para apresentar projetos de lei ordinária fora do 
regime de urgência constitucional; 
b) a discussão do projeto de lei ordinária deveria ter sido iniciada na Câmara dos Deputados, não no 
Senado Federal, que seria a Casa Revisora; 
c) o Presidente da República não poderia apresentar o projeto e a análise deveria ser realizada em sessão 
conjunta das Casas Legislativas; 
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d) após aprovação do projeto pelas Casas Legislativas, ele deveria ser encaminhado ao Presidente da 
República, não à Mesa do Congresso Nacional; 
e) a discussão deveria ser iniciada na Câmara e o projeto encaminhado ao Presidente da República, não 
à Mesa do Congresso. 
QUESTÃO 55 
[FCC - 2017 - DPE-PR - Defensor Público - Adaptada] Acerca da participação do Poder Executivo no 
Processo Legislativo, julgue a assertiva: 
A promulgação é o ato pelo qual se atesta a existência da lei. O Chefe do Poder Executivo, por meio da 
promulgação, ordena a aplicação e o cumprimento da lei, exceto nos casos onde houve rejeição do veto, 
quando a promulgação é tácita pelo Congresso Nacional. 
[CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito] Acerca do processo legislativo, julgue o seguinte item: 
Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do 
ordenamento jurídico. 
QUESTÃO 56 
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo - Conhecimentos 
Básicos] Com base nas normas constitucionais relativas aos poderes do presidente da República, julgue 
o seguinte item: 
Compete exclusivamente ao presidente da República a promulgação de leis federais. 
QUESTÃO 57 
[FCC - 2017 - PC-AP - Delegado de Polícia - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Havendo sanção tácita, descabe o ato de promulgação da lei pelo Chefe do Poder Executivo, devendo a 
lei ser promulgada pelo Presidente do Senado em 48 horas, sendo que se este não o fizer em igual prazo, 
caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. 
QUESTÃO 58 
[CESPE - 2014 - ANTAQ - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 a 4] Acerca das atribuições do Congresso 
Nacional e do presidente da República, bem como a respeito do processo legislativo, julgue o item 
subsecutivo: 
A Constituição autoriza o presidente da República, o STF, os tribunais superiores e o Procurador-Geral 
da República a solicitar, ao Congresso Nacional, regime de urgência para apreciação de projetos de sua 
iniciativa. 
QUESTÃO 59 
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[UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de Justiça] Em relação ao processo legislativo brasileiro, analise a 
afirmativa: 
O Regime de urgência pode ser requerido por 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal e impõe um rito sumário ao processo legislativo. 
QUESTÃO 60 
[UFRRJ - 2015 - UFRRJ - Auxiliar em Administração] O ato normativo elaborado e editado pelo Presidente 
da República em virtude de autorização do Poder Legislativo, expedida mediante resolução e dentro dos 
limites nela traçados (Constituição, art. 68, caput e §§), segundo o Manual de Redação da Presidência da 
República (2002), é a definição de: 
A) lei ordinária. 
B) lei delegada. 
C) decreto. 
D) medida provisória. 
E) portaria. 
QUESTÃO 61 
[VUNESP - 2016 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada] Sobre o 
processo legislativo, julgue a assertiva: 
A elaboração de lei delegada pelo Presidente da República depende de decreto legislativo autorizativo, 
editado pelo Congresso Nacional e que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício, sem 
sujeição do projeto ao Congresso Nacional. 
QUESTÃO 62 
[IESES - 2016 - TJ-MA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] Quanto às leis 
delegadas previstas pela Constituição da República Federativa de 1988 é INCORRETO afirmar que: 
A) A lei delegada é elaborada pelo Presidente da República que deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional. 
B) A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que 
especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
C) Não é objeto de delegação de poderes legislações eleitorais. 
D) É objeto de delegação de poderes toda legislação que trata de diretrizes orçamentárias. 
QUESTÃO 63 
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[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança - DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação - 
Adaptada] Em relação ao processo legislativo, à máxima da proporcionalidade e do sopesamento, aos 
direitos fundamentais, ao Ministério Público e ao Poder Constituinte, julgue o próximo item: 
Na delegação legislativa própria, caberá ao Presidente da República elaborar lei a respeito de matéria 
que lhe tenha sido delegada pelo Congresso Nacional, devendo o Congresso Nacional apreciar a lei 
delegada elaborada pelo Presidente, aprovando-a ou rejeitando-a por completo. 
QUESTÃO 64 
[CESPE - 2015 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais] Julgue o próximo 
item, relativo ao regime das leis e atos normativos previstos na CF:Os estados não são obrigados a prever medida provisória no seu processo legislativo. Entretanto, caso 
optem por incluir tal medida entre os instrumentos do processo legislativo estadual, eles devem observar 
os princípios e limites estabelecidos a esse respeito na CF. 
QUESTÃO 65 
[FUNDATEC - 2015 - PGE-RS - Procurador do Estado] A Constituição do Estado “X” estabelece a 
possibilidade de o Governador do Estado adotar medida provisória, em caso de relevância e urgência. 
Tal previsão é: 
A) Constitucional, porque o Poder Constituinte Derivado Decorrente autoriza o Estado a legislar 
plenamente para atender as suas peculiaridades. 
B) Constitucional, porque o Poder Constituinte Derivado Reformador autoriza o Estado a legislar 
concorrentemente, dotando-lhe de competência suplementar e supletiva. 
C) Inconstitucional, porque apenas o Presidente da República tem legitimidade ativa para a sua adoção, 
sendo este o atual entendimento jurisprudencial do STF. 
D) Constitucional, porque o Poder Constituinte Derivado Decorrente confere ao Estado capacidade de 
auto-organização, mediante a qual rege-se pela constituição e leis que adotar, observados os princípios 
da Constituição Federal. 
E) Inconstitucional, porque a adoção de medidas provisórias pelo Governador do Estado está 
condicionada exclusivamente à hipótese de federalização de graves violações a direitos humanos. 
QUESTÃO 66 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré-SP - Procurador Jurídico] Com base nos caracteres gerais da 
Medida Provisória, julgue a assertiva: 
As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado. 
QUESTÃO 67 
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[Serctam - 2016 - Prefeitura de Quixadá-CE - Assistente Jurídico] Considerando as normas 
constitucionais sobre processo legislativo, julgue a assertiva: 
As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal. 
QUESTÃO 68 
[TRT 8R - 2013 - TRT 8ªR-PA-AP - Juiz do Trabalho] Em relação às medidas provisórias, julgue a assertiva: 
As medidas provisórias terão sua votação iniciada, de forma alternada, na Câmara dos Deputados e no 
Senado Federal. 
QUESTÃO 69 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Agente de Polícia - Adaptada] No que se refere ao processo legislativo, julgue a 
assertiva: 
É de competência do Senado Federal examinar as medidas provisórias e emitir parecer sobre elas, antes 
que sejam apreciadas pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
QUESTÃO 70 
[FAURGS - 2015 - TJ-RS - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento] A questão refere-se 
à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Sobre os atos normativos e seus respectivos 
processos legislativos, de acordo com os artigos 59 a 69, julgue a assertiva: 
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir 
parecer antes de serem apreciadas, em sessão conjunta, pelo Congresso Nacional. 
QUESTÃO 71 
[FUNIVERSA - 2015 - Secretaria da Criança-DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação] 
Quanto ao processo legislativo, julgue o item: 
Conforme posicionamento do STF, o exame prévio de medida provisória por comissão mista de 
deputados e senadores será facultativo desde que o projeto seja aprovado posteriormente em plenário. 
QUESTÃO 72 
[CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área IX] Julgue o 
item seguinte, referente ao processo legislativo e ao controle preventivo de constitucionalidade: 
Se o presidente da República editar determinada medida provisória, os requisitos constitucionais de 
relevância e urgência apenas em caráter excepcional submeter-se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por 
força do princípio da separação dos poderes. 
QUESTÃO 73 
[IBADE - 2017 - SEJUDH - MT - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, julgue a assertiva: 
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O Poder Judiciário não pode controlar os requisitos formais da medida provisória, mesmo em caso de 
abuso manifesto, sob pena de invadir o caráter discricionário da avaliação política do ato normativo. 
QUESTÃO 74 
[CESPE - 2016 - TCE-PA - Conhecimentos Básicos- Cargos 4, 5 e de 8 a 17] Considerando as disposições 
constitucionais sobre o Poder Legislativo e o processo legislativo, julgue o item a seguir: 
As medidas provisórias vigoram pelo prazo improrrogável de sessenta dias e devem ser votadas em 
sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
QUESTÃO 75 
[CEPERJ - 2010 - Rioprevidência - Assistente Previdenciário] A inércia do Poder Legislativo em analisar a 
medida provisória no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar de sua publicação, acarreta: 
A) a perda definitiva de sua eficácia 
B) a sua aprovação imediata por decurso de prazo 
C) a sua rejeição tácita, sem possibilidade de prorrogação de sua vigência 
D) uma única prorrogação de sua vigência pelo prazo de 60 (sessenta) dias 
E) a perda de sua eficácia por decurso de prazo, com possibilidade de reedição, na mesma sessão 
legislativa 
QUESTÃO 76 
[FAUEL - 2015 - Câmara Municipal de Marialva - PR - Oficial Legislativo] A Medida Provisória é uma 
norma legislativa adotada pelo Presidente da República e, que pela sua definição, deve ser adotada 
somente em casos relevantes e de urgência. A Medida Provisória, conforme art. 62 da Constituição 
Federal de 1988, tem um tempo determinado para sua conversão em lei, que, caso não obedecido, 
promoverá a perda de sua eficácia. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não 
forem convertidas em lei no prazo de: 
A) 60 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
B) 120 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
C) 30 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
D) 45 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período. 
QUESTÃO 77 
[VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Com base nos caracteres 
gerais da Medida Provisória, julgue a assertiva: 
Caso a medida provisória não seja deliberada no prazo de 120 dias, ocorrerá sua rejeição tácita e perderá 
sua eficácia desde a edição. 
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QUESTÃO 78 
[UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia - Adaptada] Em relação às medidas provisórias, julgue a 
assertiva: 
Se a medida provisória não for apreciada em até trinta dias contados de sua publicação, entrará em 
regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando 
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que 
estiver tramitando. 
QUESTÃO 79 
[IBADE - 2017 - IPERON - RO - Analista em Previdência - Assistente Social] Nos termos do art. 62 da 
Constituição da República Federativa do Brasil: 
A medida provisória pode ser reeditada na mesma sessão legislativa, ainda que rejeitada ou destituída 
de eficácia pelo decurso do tempo. 
QUESTÃO 80 
[Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - Direito] Julgue o próximo item com relação ao Direito Constitucional: 
O princípio da irrepetibilidade é aplicável ao processo de edição de medidas provisórias, já que é vedada 
a reedição de medida provisória na mesma sessão legislativa em que tenha sido rejeitada ou perdido sua 
eficácia por decurso de prazo. 
QUESTÃO 81 
[MPE-GO - 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto] Em relação às medidas provisórias, aponte 
o item que corresponde à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal: 
A) Em processo legislativo de conversão de medida provisória emlei, não é possível a apresentação de 
emenda parlamentar sem pertinência lógico-temática com o objeto da mesma medida provisória. Sendo 
esta última espécie normativa de competência exclusiva do Presidente da República, não é permitido ao 
Poder Legislativo tratar de temas diversos daqueles fixados como relevantes e urgentes, sob pena de 
enfraquecimento de sua legitimidade democrática. 
B) Por se tratar a medida provisória de espécie normativa marcada pela excepcionalidade, e, por isso 
mesmo, submetida a amplo controle do Legislativo, é compatível com a Constituição a realização de 
emenda parlamentar sem relação de pertinência temática com a medida provisória submetida ao crivo 
da casa legislativa. 
C) O Supremo Tribunal Federal assentou a necessidade de as emendas parlamentares guardarem 
pertinência temática com a medida provisória sob análise da casa legislativa, mas apenas quando a 
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matéria versada for uma daquelas que, em tese, reclamariam iniciativa exclusiva do Presidente da 
República no processo legislativo ordinário. 
D) Segundo o Supremo Tribunal Federal, não há possibilidade de emenda parlamentar no processo 
legislativo de conversão de medida provisória em lei, sob pena de se consagrar o chamado “oportunismo 
legislativo”. Do contrário, o Parlamento, aproveitando o ensejo criado pela medida provisória, 
introduziria e aprovaria matérias por meio de um processo legislativo de natureza peculiar e de 
tramitação mais célere. 
QUESTÃO 82 
[FCC - 2015 - TJ-SC - Juiz Substituto] A medida provisória que, no processo de conversão em lei, for 
aprovada pelo Congresso Nacional sem alterações: 
A) manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionada ou vetada. 
B) enseja vedação a que nova medida provisória seja editada sobre a mesma matéria por ela disciplinada 
enquanto estiver pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
C) é passível de ser promulgada diretamente pelo Presidente do Senado Federal, caso o Presidente da 
República não o faça no prazo de quarenta e oito horas após a sanção ou a rejeição do veto. 
D) não cabe ser submetida à sanção ou veto do Presidente da República, diferentemente do que ocorre 
com os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República aprovados, sem modificações, pelo 
Congresso Nacional. 
E) cabe ser alterada pelo Presidente da República mediante mensagem aditiva, ensejando seu reexame 
pelo Congresso Nacional. 
QUESTÃO 83 
[VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio - SP - Procurador Jurídico] É permitida a edição de medida 
provisória sobre matéria: 
A) relativa a abertura de crédito extraordinário para atendimento a despesas imprevisíveis e urgentes. 
B) relativa a direito processual civil. 
C) reservada a lei complementar 
D) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do 
Presidente da República. 
E) relativa a partidos políticos. 
QUESTÃO 84 
[FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário – Informática] A medida provisória pode dispor acerca 
de matéria de: 
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A) natureza processual. 
B) organização do Poder Judiciário. 
C) detenção de poupança popular. 
D) estruturação de partidos políticos. 
E) majoração de tributos. 
QUESTÃO 85 
[CESPE - 2017 - SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária] É permitida a edição de medida 
provisória que verse sobre: 
A) retenção de bens de poupança ou de ativo financeiro. 
B) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público. 
C) direitos políticos e partidos políticos. 
D) instituição e majoração de impostos. 
E) nacionalidade, cidadania e direito eleitoral. 
QUESTÃO 86 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] A Constituição 
Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que: 
A) verse sobre a seguridade social. 
B) trate das diretrizes e bases da educação nacional. 
C) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado. 
D) implique a instituição ou majoração de impostos. 
E) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial. 
QUESTÃO 87 
[CESPE - 2016 - PC-GO - Agente de Polícia Substituto] Acerca do processo legislativo pertinente a 
medidas provisórias, julgue o próximo item: 
Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser retirada pelo presidente da 
República da apreciação do Congresso Nacional, nada obsta que seja editada uma segunda medida 
provisória que ab-rogue a primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia. 
QUESTÃO 88 
[TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva: 
As Medidas Provisórias possuem força de lei e eficácia imediata desde a sua publicação. Após editadas, 
o Presidente da República não pode meramente cancelá-las e, assim, retirá-las da apreciação do Poder 
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Legislativo, impedindo que este examine plena e integralmente seus efeitos, o que não impede que uma 
MP revogue outra ainda não convertida em lei. 
QUESTÃO 89 
[FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública] Nos termos da Constituição Federal brasileira, no 
que concerne às medidas provisórias, está INCORRETO o que consta em: 
A) Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de trinta 
dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional. 
B) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado 
pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
C) Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, 
entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, 
ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em 
que estiver tramitando. 
D) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou 
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
E) Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-
á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. 
QUESTÃO 90 
[FCC - 2015 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho Substituto] O processo de conversão em lei das 
medidas provisórias: 
A) exige que o texto aprovado no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado 
pelo Presidente da República. 
B) exige, como condição para a deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito 
das medidas provisórias, que comissão mista de Deputados e Senadores, no exercício de competência 
privativa, promova juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 
C) exige que, do texto aprovado, somente a parte alterada pelo Congresso Nacional seja submetida à 
sanção presidencial. 
D) exige que o texto aprovado no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado 
pelo Presidente do Congresso Nacional. 
E) dispensa o encaminhamento à sanção presidencial do texto aprovado, caso não tenha sofrido 
alterações no âmbito do Congresso Nacional. 
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QUESTÃO 91 
[FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de Polícia Civil] Tendo em vista o tema “medida provisória", a 
alternativa correta é: 
A) Medida provisóriapode dispor sobre matéria reservada à lei complementar. 
B) Medida provisória não pode instituir crime ou fixar pena. 
C) Medida provisória pode disciplinar sobre matéria referente a processo penal. 
D) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal. 
E) Não é possível a abertura de crédito extraordinário por meio de medida provisória. 
QUESTÃO 92 
[FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Analista Legislativo - Administrador] No que diz respeito ao regime jurídico 
das medidas provisórias previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a alternativa 
correta: 
A) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal. 
B) Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de cento 
e vinte dias, contado de sua edição, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional. 
C) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa a cidadania, direitos políticos e direito 
eleitoral, salvo partidos políticos. 
D) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada à lei complementar. 
E) É vedada a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha 
perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 – F 
2 – F 
3 – F 
4 – V 
5 – F 
6 – F 
7 – F 
8 – B 
9 – F 
10 – F 
11 – V 
12 – D 
13 – F 
14 – V 
15 – F V 
16 – F 
17 – F 
18 – F 
19 –F 
20 – C 
21 – F 
22 –F 
23 – F 
24 – F 
25 – F 
26 – F 
27 – F 
28 – V 
29 – F 
30 – F 
31 – V 
32 – F 
33 – F 
34 – V 
35 – F 
36 – F 
37 – B 
38 – F 
39 – F 
40 – F 
41 – F 
42 – V 
43 – F 
44 – F 
45 – F 
46 – F 
47 – F 
48 – F 
49 – F 
50 – V 
51 – V 
52 – F 
53 – F 
54 – E 
55 – F F 
56 – F 
57 – F 
58 – F 
59 – FF 
60 – B 
61 – F 
62 – D 
63 – F 
64 – V 
65 – D 
66 – F 
67 – F 
68 – F 
69 – F 
70 – F 
71 – F 
72 – V 
73 – F 
74 – F 
75 – D 
76 – A 
77 – V 
78 – F 
79 – F 
80 – V 
81 – A 
82 – D 
83 – A 
84 – E 
85 – D 
86 – C 
87 – V 
88 – V 
89 – A 
90 – E 
91 – B 
92 – D 
 
 
 
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(3) Outras questões: para treinar 
(A) QUESTÕES CESPE 
QUESTÃO 01 
[CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] No que tange aos direitos e garantias 
fundamentais e ao processo legislativo, conforme disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue 
(C ou E) o item subsequente: 
A Câmara dos Deputados é a casa onde se devem iniciar todos os projetos de lei de iniciativa do 
presidente da República, do STF ou de tribunal superior, cabendo ao Senado o papel de casa revisora. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio] No que se refere à organização 
dos poderes, julgue o item que segue: 
Medida provisória que perca sua eficácia por decurso de prazo somente poderá ser reeditada na mesma 
sessão legislativa, em caso de interesse público relevante. 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis] Julgue o item: 
As leis delegadas, elaboradas pelo presidente da República, são medidas que terão a forma de resolução 
do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
QUESTÃO 04 
[CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] Considerando as disposições constitucionais 
sobre o processo legislativo brasileiro e as competências da União e dos estados, julgue (C ou E) o item a 
seguir: 
Como a Constituição não faz referência à iniciativa popular de lei ao dispor sobre o processo legislativo 
no âmbito estadual, o Supremo Tribunal Federal não reconhece esse instrumento como modalidade 
explícita de democracia direta. 
QUESTÃO 05 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa] Com relação aos Poderes 
Legislativo e Executivo, julgue o seguinte item: 
Nas situações de relevância e urgência, o chefe do Poder Executivo federal poderá editar medida 
provisória que trate de matéria relativa à organização do Poder Judiciário. 
QUESTÃO 06 
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[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Conhecimentos Específicos] Julgue 
o item a seguir, relativo à organização político-administrativa do Estado brasileiro, às disposições gerais 
dos servidores públicos e ao processo legislativo: 
Embora a CF permita ao ocupante da Presidência da República a adoção de medidas provisórias com 
força de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe a edição desse tipo de 
instrumento com relação ao direito eleitoral. 
QUESTÃO 07 
[CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2] A respeito do processo legislativo e dos 
direitos e garantias fundamentais, conforme disposto na Constituição Federal de 1988, julgue (C ou E) o 
item subsequente: 
Dispõem de competência para apresentar projetos de lei complementar ou ordinária qualquer membro 
ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, o presidente da 
República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores, o procurador-geral da República e os 
cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição. 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] À luz do 
disposto na CF, julgue o item: 
Se não for apreciada em sessenta dias, a medida provisória será automaticamente prorrogada uma única 
vez, de modo que seu prazo máximo de vigência será de cento e vinte dias, após o qual ela perde sua 
eficácia. 
QUESTÃO 09 
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário - Administrativa - Adaptada] A respeito das espécies 
normativas e do processo legislativo, julgue o item: 
A edição de medidas provisórias é de competência exclusiva do presidente da República, podendo versar 
sobre quaisquer matérias que possam ser reguladas por lei ordinária. 
QUESTÃO 10 
[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa] Julgue o item conforme 
as disposições constitucionais acerca do processo legislativo: 
A rejeição de projeto de lei impede que a matéria seja objeto de novo projeto na mesma sessão 
legislativa, salvo mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do 
Congresso Nacional. 
QUESTÃO 11 
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[CESPE - 2015 - Telebras - Advogado] Julgue o item seguinte, referente ao habeas data, aos mecanismos 
de freios e contrapesos, ao processo legislativo, bem como à ação direta de inconstitucionalidade: 
Considere que uma proposta de emenda constitucional tenha sido rejeitada em junho de 2015. Nesse 
caso, nova proposta de emenda versando sobre a mesma matéria pode ser proposta, ainda no ano de 
2015, se for de iniciativa da maioria do Senado e da Câmara dos Deputados. 
QUESTÃO 12 
[CESPE - 2016 - PC-GO - Escrivão de Polícia Substituto - Adaptada] A respeito do Poder Legislativo, 
julgue a assertiva: 
No âmbito do processo legislativo, é permitido ao presidente da República vetar em parte um projeto de 
lei, podendo o veto parcial abranger fragmento de texto de artigo. 
QUESTÃO 13 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia - Adaptada] Julgue o item acerca do processo legiferante e 
das garantias e atribuições do Poder Legislativo: 
Se um projeto de lei for rejeitado no Congresso Nacional, outro projeto do mesmo teor só poderá ser 
reapresentado, na mesma sessão legislativa,mediante proposta da maioria absoluta dos membros da 
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
QUESTÃO 14 
[CESPE - 2015 - TRE-RS - Técnico Judiciário - Administrativa - Adaptada] Acerca do Poder Legislativo e 
do Poder Executivo julgue o item: 
As leis delegadas são elaboradas pelo presidente da República mediante solicitação de delegação ao 
Congresso Nacional, não podendo ser objeto de delegação lei relacionada a direitos eleitorais. 
QUESTÃO 15 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio - BÁSICOS] Julgue 
o item: 
A apreciação de veto presidencial a projetos de lei deve ocorrer, obrigatoriamente, em sessão conjunta 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
 
 
 
 
 
 
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(B) QUESTÕES FCC 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2018 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária] À luz do que disciplina a 
Constituição Federal quanto ao processo legislativo: 
A) prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de 
sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional. 
B) o Presidente da República, em caso de urgência e relevância, pode editar medida provisória relativa a 
direito eleitoral. 
C) caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas 
emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão conjunta do Congresso Nacional. 
D) aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta deixará de 
viger imediatamente. 
E) é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada, 
sendo possível, contudo, sua reedição, no caso da perda de sua eficácia por decurso de prazo. 
QUESTÃO 02 
[FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Administrativo] A iniciativa popular é uma forma de participação 
popular e um direito político consistente na possibilidade de: 
A) opinar sobre projetos de lei a serem votados pelo Congresso Nacional em matérias polêmicas, assim 
consideradas as que obtenham aprovação por quórum qualificado em ambas as casas legislativas. 
B) decidir, de forma vinculante, sobre lei já aprovada pelo Congresso Nacional, desde que aprovada por 
dois terços dos senadores. 
C) apresentar, à Câmara dos Deputados, projeto de lei, desde que subscrito por, no mínimo, um por cento 
do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
D) revogar mandato eletivo de parlamentar, federal ou estadual, desde que não tenha havido 
procedimento relativo a falta por ele praticada na casa legislativa de origem. 
E) apresentar, ao Senado Federal, projeto de lei ordinária ou complementar subscrito por, no mínimo, 
cinco décimos por cento do eleitorado nacional. 
QUESTÃO 03 
[FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público] Segundo o texto da Constituição Federal: 
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A) se a medida provisória não for apreciada em até 30 (trinta) dias contados de sua publicação, entrará 
em regime de urgência, subsequentemente em cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
B) é possível editar medida provisória que trate sobre nacionalidade, a fim de acolher indivíduos que 
solicitam asilo político 
C) a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto 
de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
D) o veto parcial poderá abranger texto parcial de artigo, mas não de inciso, parágrafo ou alínea, quando 
deverá ser necessariamente total. 
QUESTÃO 04 
[FCC - 2018 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo] O 
Presidente da República editou medida provisória pela qual aumentou as penas previstas para o crime 
de furto e alterou o processo penal aplicável aos crimes hediondos, permitindo que a prisão temporária 
do réu seja fixada por prazo superior ao vigente. A medida provisória teve seus efeitos prorrogados por 
60 dias, vindo a ser rejeitada pelo Congresso Nacional, o que ensejou sua reedição na mesma sessão 
legislativa. Considerando essa situação à luz da Constituição Federal, a medida provisória: 
I. poderia ter aumentado a pena para o crime de furto. 
II. poderia ter alterado o processo penal aplicável aos crimes hediondos. 
III. poderia ter sido prorrogada pelo prazo de 60 dias. 
IV. não poderia ter sido reeditada. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
A) I, II e IV. 
B) I e III. 
C) III e IV. 
D) II e IV. 
E) I, II e III. 
QUESTÃO 05 
[FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Administrativa] NÃO serão objeto de 
delegação, para efeito de processo legislativo, dentre outros: 
A) as leis relacionadas à nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; matéria 
relacionada a direito tributário, financeiro e atividades policiais. 
B) as leis de organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros; matéria relacionada a direito ambiental e do consumidor. 
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C) os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre planos 
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
D) a matéria reservada à lei complementar, as leis relacionadas à organização do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, da Defensoria Pública, da atividade policial e direito urbanístico. 
E) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos; carreiras de Estado e serviço público em 
geral. 
QUESTÃO 06 
[FCC - 2014 - DPE-CE - Defensor Público de Entrância Inicial-Adaptada] Projeto de lei ordinária, de 
iniciativa do Presidente da República, pretende introduzir modificações na estrutura da Defensoria 
Pública da União, bem como autorizar os Estados a prescreverem normas gerais próprias para 
organização das respectivas Defensorias Públicas. A proposição legislativa em questão é incompatível 
com a Constituição da República, uma vez que: 
I. possui vício de iniciativa. 
II. a organização da Defensoria Pública da União, assim como as normas gerais para organização das 
Defensorias Públicas do Estado, são matérias reservadas à lei complementar. 
III. o estabelecimento de normas gerais para organização das Defensorias Públicas dos Estados é de 
competência da União. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
A) II. 
B) III. 
C) I e II. 
D) II e III. 
E) I e III. 
QUESTÃO 07 
[FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Tributário, Financeiro e Cidadania] Deputado Federal 
apresentou projeto de lei que aumenta o número de cargos públicos na Administração pública federal 
direta, aumenta os respectivos vencimentos e ainda dispõe sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos federais. O projeto, aprovado pelas Casas do Congresso Nacional, foi encaminhado para sanção 
ou veto presidencial. Considerando as disposições da Constituição Federal a respeito da iniciativa 
legislativa, o projeto foi aprovado: 
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A) irregularmente, uma vez que as matérias contidas no projeto de lei são de iniciativa privativa do 
Presidente da República que, por essa razão, poderá vetá-lo integralmente. 
B) irregularmente, uma vez que apenas projeto de lei de iniciativa do Presidente da República pode 
aumentar o número de cargos públicosna Administração pública direta, ainda que o regime jurídico dos 
servidores públicos e o aumento dos seus vencimentos possam constar de projeto de lei de iniciativa 
parlamentar, podendo o Presidente da República vetar parcialmente o referido projeto de lei por motivo 
de inconstitucionalidade. 
C) irregularmente, uma vez que apenas projeto de lei de iniciativa do Presidente da República pode 
aumentar os vencimentos dos servidores públicos, ainda que o aumento do número de cargos públicos e 
o regime jurídico dos servidores públicos possam constar de projeto de lei de iniciativa parlamentar, 
podendo o Presidente da República vetar parcialmente o referido projeto de lei por motivo de 
inconstitucionalidade. 
D) irregularmente, uma vez que apenas projeto de lei de iniciativa do Presidente da República pode 
dispor sobre o regime jurídico dos servidores públicos, ainda que o aumento do número de cargos 
públicos e o aumento dos respectivos vencimentos possam constar de projeto de lei de iniciativa 
parlamentar, podendo o Presidente da República vetar parcialmente o referido projeto por motivo de 
inconstitucionalidade. 
E) regularmente, não havendo qualquer vício de iniciativa legislativa que o torne inconstitucional e que 
possa ensejar o veto presidencial por esse motivo. 
QUESTÃO 08 
[FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto] Projeto de lei ordinária, de iniciativa do 
Presidente da República, que pretende introduzir alterações no regime jurídico dos servidores públicos 
federais, tramita em regime de urgência, a requerimento do próprio proponente. Passados quarenta e 
cinco dias, não tendo havido deliberação sobre a proposição na Câmara dos Deputados, foram 
sobrestadas todas as demais deliberações legislativas da Casa, exceto as com prazo constitucional 
determinado. Ultimada a votação, dez dias mais tarde, o texto foi aprovado, acrescido de emendas. 
Seguiu, então, para o Senado, onde foi aprovado, sem modificações, ao cabo de quinze dias, após o quê 
foi submetido à sanção presidencial. Nessa hipótese, referido projeto de lei: 
A) tramitou em conformidade com as regras constitucionais atinentes ao processo legislativo. 
B) não poderia ter sido submetido à sanção presidencial, sem que antes o projeto tivesse voltado à Casa 
iniciadora. 
C) possui vício de iniciativa, não passível de convalidação pela eventual sanção presidencial. 
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D) versa sobre matéria reservada à lei complementar. 
E) versa sobre matéria que não pode ser sujeita a regime de urgência. 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Jurídica - Adaptada] Julgue o item: 
O regime de urgência para a tramitação de projetos de lei pode sobrestar as deliberações legislativas da 
Casa Legislativa em que estiver, com exceção daquelas que possuem prazo constitucional estabelecido. 
QUESTÃO 10 
[FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Possui previsão constitucional expressa a regra do processo legislativo segundo a qual a matéria 
constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada somente poderá constituir objeto de novo 
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante requerimento da maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
QUESTÃO 11 
[FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Básicos] Na hipótese 
de o Governador de determinado Estado da federação editar medida provisória para regulamentar a 
exploração dos serviços locais de gás canalizado, tal regulamentação: 
A) deverá, nos termos da Constituição da República, contemplar as hipóteses de exploração do serviço 
diretamente pelo Estado ou mediante concessão. 
B) será inconstitucional, uma vez que a edição de medida provisória é competência exclusiva do 
Presidente da República, não reconhecida aos chefes do Poder Executivo dos demais entes da federação. 
C) será compatível com a Constituição da República, desde que presentes motivos de urgência e 
relevância para a edição de medida provisória. 
D) será inconstitucional, por se tratar de matéria reservada à lei complementar, sendo vedada, portanto, 
a edição de medida provisória para esse fim. 
E) será inconstitucional, uma vez que é expressamente vedada a edição de medida provisória para esse 
fim específico. 
QUESTÃO 12 
[FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral - Adaptada] 
Julgue o item: 
Projeto de lei complementar de iniciativa de Deputado Federal, a fim de regulamentar o direito à 
percepção de seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário de empregado doméstico, é 
aprovado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e encaminhado ao 
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Senado Federal, onde é rejeitado e arquivado. Nessa hipótese, a matéria somente poderá ser objeto de 
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
QUESTÃO 13 
[FCC - 2017 - TRE-PR - Técnico Judiciário - Área Administrativa] O Presidente da República editou, 
durante o recesso parlamentar, medida provisória alterando a legislação sobre partidos políticos. O 
Congresso Nacional, por suas Casas Legislativas, rejeitou-a no 60° dia após o fim do recesso. Nessa 
situação, considere as afirmações abaixo: 
I. A medida provisória foi editada em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que não 
pode dispor em matéria de partidos políticos. 
II. O Poder Legislativo rejeitou-a dentro do prazo constitucional. 
III. As relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida 
provisória conservar-se-ão por ela regidas se não for editado o decreto legislativo regulando a matéria 
em até 60 dias após a rejeição da medida provisória. 
Está correto o que se afirma em: 
A) III, apenas. 
B) I e III, apenas. 
C) I e II, apenas. 
D) II, apenas. 
E) I, II e III. 
QUESTÃO 14 
[FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto - Adaptada] Sobre a competência do Poder Legislativo e 
sobre a edição de medidas provisórias, julgue o item: 
É constitucional a edição de medidas provisórias relativas a partidos políticos e a direito eleitoral. 
QUESTÃO 15 
[FCC - 2018 - Prefeitura de Caruaru - PE - Procurador do Município] No processo de conversão em lei de 
medida provisória, após a aprovação do texto pelas Casas do Congresso Nacional: 
A) não será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a 
sanção ou veto caso o texto não tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, cabendo ao 
Presidente do Congresso Nacional promover diretamente a sua promulgação como lei ordinária. 
B) não será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a 
sanção ou veto caso o texto não tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, cabendo 
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conjuntamente às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promover diretamente a sua 
promulgação como lei ordinária. 
C) será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a sanção 
ou veto, sendo incabível ao STF, após a conclusão da deliberação legislativa, determinar, em sede de 
mandado de segurança contra vício no processo de conversão em lei, a reapreciação da matéria ou de 
parte dela pelo Poder Legislativo, estendendo o prazo de vigência da medida provisória. 
D) será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da Repúblicapara que decida sobre a sanção 
ou veto somente se o texto tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, ficando o poder de veto 
restrito aos dispositivos acrescidos ou alterados no âmbito do Poder Legislativo. 
E) será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a sanção 
ou veto, ainda que o texto não tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, pois cuida-se de 
competência exclusiva e inafastável do chefe do Poder Executivo. 
 
 
 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
(A) QUESTÕES CESPE 
QUESTÃO 01 
[CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] No que tange aos direitos e garantias 
fundamentais e ao processo legislativo, conforme disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue 
(C ou E) o item subsequente: 
A Câmara dos Deputados é a casa onde se devem iniciar todos os projetos de lei de iniciativa do 
presidente da República, do STF ou de tribunal superior, cabendo ao Senado o papel de casa revisora. 
Comentário: 
Item verdadeiro! Conforme dispõe o art. 64 do texto constitucional, a discussão e votação dos projetos 
de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores 
terão início na Câmara dos Deputados, cabendo ao Senado o papel de casa revisora. 
QUESTÃO 02 
[CESPE - 2018 - EMAP - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Médio] No que se refere à organização 
dos poderes, julgue o item que segue: 
Medida provisória que perca sua eficácia por decurso de prazo somente poderá ser reeditada na mesma 
sessão legislativa, em caso de interesse público relevante. 
Comentário: 
Por força do disposto no art. 62, §10 do texto constitucional, será vedada a reedição, na mesma sessão 
legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso 
de prazo. Perceba que o dispositivo constitucional não realiza nenhuma ressalva e, sendo assim, o item 
deverá ser marcado como falso. 
QUESTÃO 03 
[CESPE - 2018 - TCE-MG - Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis] Julgue o item: 
As leis delegadas, elaboradas pelo presidente da República, são medidas que terão a forma de resolução 
do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
Comentário: 
Por força do art. 68, §2º da CF/88, a delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do 
Congresso Nacional, que especificará o seu conteúdo e os termos de seu exercício. O item, deste modo, 
é verdadeiro! 
QUESTÃO 04 
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[CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] Considerando as disposições constitucionais 
sobre o processo legislativo brasileiro e as competências da União e dos estados, julgue (C ou E) o item a 
seguir: 
Como a Constituição não faz referência à iniciativa popular de lei ao dispor sobre o processo legislativo 
no âmbito estadual, o Supremo Tribunal Federal não reconhece esse instrumento como modalidade 
explícita de democracia direta. 
Comentário: 
Claramente um item falso, já que o texto constitucional prevê, de forma explícita, a iniciativa popular em 
âmbito estadual para a apresentação de projetos de lei (art. 27, §4º da CF/88). 
QUESTÃO 05 
[CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa] Com relação aos Poderes 
Legislativo e Executivo, julgue o seguinte item: 
Nas situações de relevância e urgência, o chefe do Poder Executivo federal poderá editar medida 
provisória que trate de matéria relativa à organização do Poder Judiciário. 
Comentário: 
Item falso! Por força do art. 62, I, ‘c’, da CF/88, é vedada a edição de medida provisória sobre matéria 
relativa à organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros. 
QUESTÃO 06 
[CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Administrativa - Conhecimentos Específicos] Julgue 
o item a seguir, relativo à organização político-administrativa do Estado brasileiro, às disposições gerais 
dos servidores públicos e ao processo legislativo: 
Embora a CF permita ao ocupante da Presidência da República a adoção de medidas provisórias com 
força de lei em casos de relevância e urgência, o texto constitucional proíbe a edição desse tipo de 
instrumento com relação ao direito eleitoral. 
Comentário: 
Item correto, pois está em plena sintonia com o disposto no art. 62, I, alínea ‘a’ do texto constitucional. 
QUESTÃO 07 
[CESPE - 2015 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2] A respeito do processo legislativo e dos 
direitos e garantias fundamentais, conforme disposto na Constituição Federal de 1988, julgue (C ou E) o 
item subsequente: 
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Dispõem de competência para apresentar projetos de lei complementar ou ordinária qualquer membro 
ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, o presidente da 
República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores, o procurador-geral da República e os 
cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição. 
Comentário: 
O item merece ser marcado como verdadeiro! Trata-se da previsão do art. 61, caput da CF/88, que dispõe 
que a iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara 
dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo 
Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos 
QUESTÃO 08 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] À luz do 
disposto na CF, julgue o item: 
Se não for apreciada em sessenta dias, a medida provisória será automaticamente prorrogada uma única 
vez, de modo que seu prazo máximo de vigência será de cento e vinte dias, após o qual ela perde sua 
eficácia. 
Comentário: 
A assertiva apresentada deverá ser marcada como incorreta por mesclar o disposto nos §§ 6º e 7º do art. 
62 da CF/88. O § 6º de tal dispositivo prevê que, caso a MP não seja apreciada em até 45 dias contados 
de sua publicação, entrará em regime de urgência em cada uma das Casas do Congresso Nacional. Já o § 
7º dispõe que há a possibilidade de que a vigência da MP seja prorrogada pelo prazo de sessenta dias 
caso a sua votação não tenha sido encerrada nas duas Casas do Congresso. 
QUESTÃO 09 
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Analista Judiciário - Administrativa - Adaptada] A respeito das espécies 
normativas e do processo legislativo, julgue o item: 
A edição de medidas provisórias é de competência exclusiva do presidente da República, podendo versar 
sobre quaisquer matérias que possam ser reguladas por lei ordinária. 
Comentário: 
Mais um item falso trazido pelo CESPE, uma vez que as MPs não podem tratar de qualquer matéria que 
possa ser regulada por lei ordinária. Afinal, existem vários limites materiais que devem ser respeitados 
(veja o art. 62, § 2º, CF/88). 
QUESTÃO 10 
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[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa] Julgue o item conforme 
as disposições constitucionais acerca do processo legislativo: 
A rejeição de projeto de lei impede que a matéria seja objeto de novo projeto na mesma sessão 
legislativa, salvo mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do 
Congresso Nacional. 
Comentário: 
Pode marcar o item como correto! Conforme previsão do art. 67 do texto constitucional,a matéria 
constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão 
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso 
Nacional. É o chamado princípio da “irrepetibilidade”. 
QUESTÃO 11 
[CESPE - 2015 - Telebras - Advogado] Julgue o item seguinte, referente ao habeas data, aos mecanismos 
de freios e contrapesos, ao processo legislativo, bem como à ação direta de inconstitucionalidade: 
Considere que uma proposta de emenda constitucional tenha sido rejeitada em junho de 2015. Nesse 
caso, nova proposta de emenda versando sobre a mesma matéria pode ser proposta, ainda no ano de 
2015, se for de iniciativa da maioria do Senado e da Câmara dos Deputados. 
Comentário: 
Ao contrário do que acontece com os projetos de lei, a proposta de emenda constitucional que tenha 
sido rejeitada não poderá ser reapresentada, em nenhuma hipótese, na mesma sessão legislativa, só na 
próxima (art. 60, § 5º, CF/88). 
QUESTÃO 12 
[CESPE - 2016 - PC-GO - Escrivão de Polícia Substituto - Adaptada] A respeito do Poder Legislativo, 
julgue a assertiva: 
No âmbito do processo legislativo, é permitido ao presidente da República vetar em parte um projeto de 
lei, podendo o veto parcial abranger fragmento de texto de artigo. 
Comentário: 
Mais um item que poderá ser marcado como falso, vez que, por força do art. 66, §2º, o veto parcial oposto 
pelo Presidente da República somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de 
alínea. 
QUESTÃO 13 
[CESPE - 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia - Adaptada] Julgue o item acerca do processo legiferante e 
das garantias e atribuições do Poder Legislativo: 
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Se um projeto de lei for rejeitado no Congresso Nacional, outro projeto do mesmo teor só poderá ser 
reapresentado, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da 
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
Comentário: 
Consoante prevê o art. 67 do texto constitucional, a matéria constante de projeto de lei rejeitado 
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da 
maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. Deste modo, pode marcar 
o item como verdadeiro! 
QUESTÃO 14 
[CESPE - 2015 - TRE-RS - Técnico Judiciário - Administrativa - Adaptada] Acerca do Poder Legislativo e 
do Poder Executivo julgue o item: 
As leis delegadas são elaboradas pelo presidente da República mediante solicitação de delegação ao 
Congresso Nacional, não podendo ser objeto de delegação lei relacionada a direitos eleitorais. 
Comentário: 
A previsão do art. 68 da CF/88 é clara: as leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, 
que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Ademais, consoante prevê o art. 68, § 1º, II, a 
matéria referente ao “Direito Eleitoral” não pode ser objeto de delegação. Sendo assim, o item trazido 
pelo CESPE deverá ser marcado como verdadeiro! 
QUESTÃO 15 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio - BÁSICOS] Julgue 
o item: 
A apreciação de veto presidencial a projetos de lei deve ocorrer, obrigatoriamente, em sessão conjunta 
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Comentário: 
Pode marcar esse item como verdadeiro! Por força da previsão do art. 57, § 3º, IV, do texto constitucional, 
a atividade de conhecer do veto e sobre ele deliberar deverá ocorrer em sessão legislativa conjunta. 
 
 
 
 
 
 
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(B) QUESTÕES FCC 
QUESTÃO 01 
[FCC - 2018 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária] À luz do que disciplina a 
Constituição Federal quanto ao processo legislativo: 
A) prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de 
sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional. 
B) o Presidente da República, em caso de urgência e relevância, pode editar medida provisória relativa a 
direito eleitoral. 
C) caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas 
emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão conjunta do Congresso Nacional. 
D) aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta deixará de 
viger imediatamente. 
E) é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada, 
sendo possível, contudo, sua reedição, no caso da perda de sua eficácia por decurso de prazo. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘a’, uma vez que o prazo de eficácia da medida provisória só poderá 
ser prorrogado uma única vez, por igual período, ou seja, por 60 dias, contados da data de sua publicação, 
conforme dispõe o art. 62, §7º da CF/88. 
A letra ‘b’ está equivocada pois matéria referente ao direito eleitoral não poderá ser veiculada via medida 
provisória, consoante determina o art. 62, §1º, I, ‘a’ do texto constitucional. 
Considerando que as medidas provisórias terão a sua votação iniciada na Câmara dos Deputados e 
caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir 
parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional (art. 62, §§8º e 9º da CF/88), a letra ‘c’ não poderá ser marcada. 
Caso seja aprovado o projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta 
seguirá vigorando até que seja sancionado ou vetado o projeto (art. 62, §12 da CF/88). Sendo assim, a 
letra ‘d’ não poderá ser marcada. 
Por fim, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada 
ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo, conforme §10 do art. 62 da CF/88 (princípio da 
irrepetibilidade), que não possui qualquer ressalva. Deste modo, a letra ‘e’ é falsa. 
QUESTÃO 02 
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[FCC - 2018 - SEAD-AP - Analista Administrativo] A iniciativa popular é uma forma de participação 
popular e um direito político consistente na possibilidade de: 
A) opinar sobre projetos de lei a serem votados pelo Congresso Nacional em matérias polêmicas, assim 
consideradas as que obtenham aprovação por quórum qualificado em ambas as casas legislativas. 
B) decidir, de forma vinculante, sobre lei já aprovada pelo Congresso Nacional, desde que aprovada por 
dois terços dos senadores. 
C) apresentar, à Câmara dos Deputados, projeto de lei, desde que subscrito por, no mínimo, um por cento 
do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
D) revogar mandato eletivo de parlamentar, federal ou estadual, desde que não tenha havido 
procedimento relativo a falta por ele praticada na casa legislativa de origem. 
E) apresentar, ao Senado Federal, projeto de lei ordinária ou complementar subscrito por, no mínimo, 
cinco décimos por cento do eleitorado nacional. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘c’! De fato, por força do disposto no art. 61, §2º da CF/88, a iniciativa 
popular consiste na possibilidade de apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito 
por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não 
menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
QUESTÃO 03 
[FCC - 2018 - DPE-MA - Defensor Público] Segundoo texto da Constituição Federal: 
A) se a medida provisória não for apreciada em até 30 (trinta) dias contados de sua publicação, entrará 
em regime de urgência, subsequentemente em cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
B) é possível editar medida provisória que trate sobre nacionalidade, a fim de acolher indivíduos que 
solicitam asilo político 
C) a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto 
de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
D) o veto parcial poderá abranger texto parcial de artigo, mas não de inciso, parágrafo ou alínea, quando 
deverá ser necessariamente total. 
Comentário: 
Aqui, nossa alternativa correta é a da letra ‘c’, pois está em consonância com o disposto pelo art. 60, §5º 
da CF/88! Vejamos, agora, o porquê das demais alternativas estarem equivocadas: 
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- Letra ‘a’: por força do art. 62, §6º, será de 45 dias, contados de sua publicação, o prazo para a medida 
provisória entrar em regime de urgência. 
- Letra ‘b’: errado, pois é vedada a edição de medida provisória que trate do tema nacionalidade, 
conforme nos ensina o art. 62, §1º, I, alínea ‘a’ da CF/88. 
- Letra ‘d’: errado, pois o veto pode ser parcial, e, em sendo parcial, necessariamente abrangerá o texto 
integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea (§ 2º do artigo 66 da CF). 
QUESTÃO 04 
[FCC - 2018 - DPE-AM - Assistente Técnico de Defensoria - Assistente Técnico Administrativo] O 
Presidente da República editou medida provisória pela qual aumentou as penas previstas para o crime 
de furto e alterou o processo penal aplicável aos crimes hediondos, permitindo que a prisão temporária 
do réu seja fixada por prazo superior ao vigente. A medida provisória teve seus efeitos prorrogados por 
60 dias, vindo a ser rejeitada pelo Congresso Nacional, o que ensejou sua reedição na mesma sessão 
legislativa. Considerando essa situação à luz da Constituição Federal, a medida provisória: 
I. poderia ter aumentado a pena para o crime de furto. 
II. poderia ter alterado o processo penal aplicável aos crimes hediondos. 
III. poderia ter sido prorrogada pelo prazo de 60 dias. 
IV. não poderia ter sido reeditada. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
A) I, II e IV. 
B) I e III. 
C) III e IV. 
D) II e IV. 
E) I, II e III. 
Comentário: 
Considerando que as medidas provisórias não poderão tratar de temas referentes ao direito penal e ao 
processo penal (art. 62, §1º, inciso I, alínea ‘b’ da CF/88), os itens I e II são falsos. Todavia, por força do §7º 
do mesmo artigo, seus efeitos poderiam ter sido prorrogados pelo prazo de 60 dias, razão pela qual o 
item III é verdadeiro. Por fim, o item IV está correto, pois a medida provisória não poderia ter sido 
reeditada na mesma sessão legislativa, por força da vedação imposta pelo art. 62, §10 da CF/88 (princípio 
da irrepetibildiade). 
QUESTÃO 05 
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[FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Administrativa] NÃO serão objeto de 
delegação, para efeito de processo legislativo, dentre outros: 
A) as leis relacionadas à nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; matéria 
relacionada a direito tributário, financeiro e atividades policiais. 
B) as leis de organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus 
membros; matéria relacionada a direito ambiental e do consumidor. 
C) os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre planos 
plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
D) a matéria reservada à lei complementar, as leis relacionadas à organização do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, da Defensoria Pública, da atividade policial e direito urbanístico. 
E) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos; carreiras de Estado e serviço público em 
geral. 
Comentário: 
A letra ‘c’ é a correta, por prever exatamente o que dispõe o art. 68, §1º, inciso III da CF/88. Tal dispositivo 
prevê que não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os 
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
QUESTÃO 06 
[FCC - 2014 - DPE-CE - Defensor Público de Entrância Inicial-Adaptada] Projeto de lei ordinária, de 
iniciativa do Presidente da República, pretende introduzir modificações na estrutura da Defensoria 
Pública da União, bem como autorizar os Estados a prescreverem normas gerais próprias para 
organização das respectivas Defensorias Públicas. A proposição legislativa em questão é incompatível 
com a Constituição da República, uma vez que: 
I. possui vício de iniciativa. 
II. a organização da Defensoria Pública da União, assim como as normas gerais para organização das 
Defensorias Públicas do Estado, são matérias reservadas à lei complementar. 
III. o estabelecimento de normas gerais para organização das Defensorias Públicas dos Estados é de 
competência da União. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
A) II. 
B) III. 
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C) I e II. 
D) II e III. 
E) I e III. 
Comentários: 
Vamos assinalar a letra ‘d’, pois os itens II e III são verdadeiros, ao passo que o item I está equivocado. 
Vejamos o porquê: 
I - Item falso. O art. 61, § 1º, II, d, do texto constitucional dita que será de iniciativa privativa do Presidente 
da República leis que disponham sobre a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da 
União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Logo, não há qualquer vício formal subjetivo (também 
chamado de vício de iniciativa). 
II - Item correto, pois está de acordo com o art. 134, § 1º da CF/88 (“Art. 134, § 1º- Lei complementar 
organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas 
gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e 
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais”). 
III – Item correto, uma vez que a iniciativa é do Presidente da República apresentar um projeto de lei 
complementar que traga normas gerais para a organização da Defensoria Pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Territórios (“Art. 61, § 1°, ‘d’: organização do Ministério Público e da Defensoria 
Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria 
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”). 
QUESTÃO 07 
[FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Tributário, Financeiro e Cidadania] Deputado Federal 
apresentou projeto de lei que aumenta o número de cargos públicos na Administração pública federal 
direta, aumenta os respectivos vencimentos e ainda dispõe sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos federais. O projeto, aprovado pelas Casas do Congresso Nacional, foi encaminhado para sanção 
ou veto presidencial. Considerando as disposições da Constituição Federal a respeito da iniciativa 
legislativa, o projeto foi aprovado: 
A) irregularmente, uma vez que as matérias contidas no projeto de lei são de iniciativa privativa do 
Presidente da Repúblicaque, por essa razão, poderá vetá-lo integralmente. 
B) irregularmente, uma vez que apenas projeto de lei de iniciativa do Presidente da República pode 
aumentar o número de cargos públicos na Administração pública direta, ainda que o regime jurídico dos 
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servidores públicos e o aumento dos seus vencimentos possam constar de projeto de lei de iniciativa 
parlamentar, podendo o Presidente da República vetar parcialmente o referido projeto de lei por motivo 
de inconstitucionalidade. 
C) irregularmente, uma vez que apenas projeto de lei de iniciativa do Presidente da República pode 
aumentar os vencimentos dos servidores públicos, ainda que o aumento do número de cargos públicos e 
o regime jurídico dos servidores públicos possam constar de projeto de lei de iniciativa parlamentar, 
podendo o Presidente da República vetar parcialmente o referido projeto de lei por motivo de 
inconstitucionalidade. 
D) irregularmente, uma vez que apenas projeto de lei de iniciativa do Presidente da República pode 
dispor sobre o regime jurídico dos servidores públicos, ainda que o aumento do número de cargos 
públicos e o aumento dos respectivos vencimentos possam constar de projeto de lei de iniciativa 
parlamentar, podendo o Presidente da República vetar parcialmente o referido projeto por motivo de 
inconstitucionalidade. 
E) regularmente, não havendo qualquer vício de iniciativa legislativa que o torne inconstitucional e que 
possa ensejar o veto presidencial por esse motivo. 
Comentário: 
Por força do que dispõe o art. 61, § 1º, II, a, do texto constitucional, é de iniciativa privativa do Presidente 
da República apresentar projetos de lei que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos 
públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração. Sendo assim, Deputado 
Federal não poderia propor tal projeto de lei, que está, portanto, eivado por vício de iniciativa. Tal vício, 
vale complementar, sequer poderá ser sanado diante de eventual sanção presidencial. 
Portanto, nossa alternativa correta é a da letra ‘a’. 
QUESTÃO 08 
[FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto] Projeto de lei ordinária, de iniciativa do 
Presidente da República, que pretende introduzir alterações no regime jurídico dos servidores públicos 
federais, tramita em regime de urgência, a requerimento do próprio proponente. Passados quarenta e 
cinco dias, não tendo havido deliberação sobre a proposição na Câmara dos Deputados, foram 
sobrestadas todas as demais deliberações legislativas da Casa, exceto as com prazo constitucional 
determinado. Ultimada a votação, dez dias mais tarde, o texto foi aprovado, acrescido de emendas. 
Seguiu, então, para o Senado, onde foi aprovado, sem modificações, ao cabo de quinze dias, após o quê 
foi submetido à sanção presidencial. Nessa hipótese, referido projeto de lei: 
A) tramitou em conformidade com as regras constitucionais atinentes ao processo legislativo. 
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B) não poderia ter sido submetido à sanção presidencial, sem que antes o projeto tivesse voltado à Casa 
iniciadora. 
C) possui vício de iniciativa, não passível de convalidação pela eventual sanção presidencial. 
D) versa sobre matéria reservada à lei complementar. 
E) versa sobre matéria que não pode ser sujeita a regime de urgência. 
Comentário: 
Não há que se falar em vício na apresentação do projeto de lei por parte do Presidente da República, uma 
vez que são de sua iniciativa leis que disponham sobre servidores públicos da União e Territórios, seu 
regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria, consoante dispõe o art. 61, § 1º, II, 
alínea ‘c’ da CF/88. O Presidente poderá, ainda, solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua 
iniciativa, não realizando o dispositivo constitucional qualquer ressalva, de acordo com o art. 64, § 1º, 
CF/88. Podemos assinalar a letra ‘a’ como nossa resposta, pois o procedimento descrito pelo enunciado 
da questão, está em plena sintonia com os §§ do art. 64, CF/88. 
QUESTÃO 09 
[FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Jurídica - Adaptada] Julgue o item: 
O regime de urgência para a tramitação de projetos de lei pode sobrestar as deliberações legislativas da 
Casa Legislativa em que estiver, com exceção daquelas que possuem prazo constitucional estabelecido. 
Comentário: 
Item verdadeiro. De acordo com o que prevê o art. 64, § 2º do texto constitucional, caso o Presidente da 
República solicite regime de urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa e a Câmara dos 
Deputados e o Senado Federal não se manifestem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até 
quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com 
exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. 
QUESTÃO 10 
[FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Julgue a assertiva: 
Possui previsão constitucional expressa a regra do processo legislativo segundo a qual a matéria 
constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada somente poderá constituir objeto de novo 
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante requerimento da maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
Comentário: 
Item falso! Por força do art. 60, § 5º do texto constitucional, a matéria constante de proposta de emenda 
à Constituição rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (só a partir 
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de uma próxima sessão legislativa). não custa lembrar que se estivéssemos falando de um projeto de lei 
rejeitado, existiria sim a possibilidade de a matéria nele constante ser objeto de um novo projeto, na 
mesma sessão legislativa, desde que houvesse um requerimento apresentado pela maioria absoluta dos 
membros ou da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal) – art. 67, CF/88). 
QUESTÃO 11 
[FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Básicos] Na hipótese 
de o Governador de determinado Estado da federação editar medida provisória para regulamentar a 
exploração dos serviços locais de gás canalizado, tal regulamentação: 
A) deverá, nos termos da Constituição da República, contemplar as hipóteses de exploração do serviço 
diretamente pelo Estado ou mediante concessão. 
B) será inconstitucional, uma vez que a edição de medida provisória é competência exclusiva do 
Presidente da República, não reconhecida aos chefes do Poder Executivo dos demais entes da federação. 
C) será compatível com a Constituição da República, desde que presentes motivos de urgência e 
relevância para a edição de medida provisória. 
D) será inconstitucional, por se tratar de matéria reservada à lei complementar, sendo vedada, portanto, 
a edição de medida provisória para esse fim. 
E) será inconstitucional, uma vez que é expressamente vedada a edição de medida provisória para esse 
fim específico. 
Comentário: 
O texto constitucional veda, de forma expressa, em seu art. 25, § 2º, que os Estados editem medida 
provisória para a regulamentação dos serviços locais de gás canalizado. Este é um tema que, 
necessariamente, deverá ser regulado via lei (configurando um limite material para edição de MP). 
QUESTÃO 12 
[FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral - Adaptada] 
Julgue o item: 
Projeto de lei complementar de iniciativa de Deputado Federal, a fim de regulamentar o direito à 
percepçãode seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário de empregado doméstico, é 
aprovado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e encaminhado ao 
Senado Federal, onde é rejeitado e arquivado. Nessa hipótese, a matéria somente poderá ser objeto de 
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
Comentário: 
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Item verdadeiro. A matéria constante de um projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de 
um novo projeto na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional, conforme prevê o art. 67 da CF/88. 
QUESTÃO 13 
[FCC - 2017 - TRE-PR - Técnico Judiciário - Área Administrativa] O Presidente da República editou, 
durante o recesso parlamentar, medida provisória alterando a legislação sobre partidos políticos. O 
Congresso Nacional, por suas Casas Legislativas, rejeitou-a no 60° dia após o fim do recesso. Nessa 
situação, considere as afirmações abaixo: 
I. A medida provisória foi editada em desconformidade com a Constituição Federal, uma vez que não 
pode dispor em matéria de partidos políticos. 
II. O Poder Legislativo rejeitou-a dentro do prazo constitucional. 
III. As relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida 
provisória conservar-se-ão por ela regidas se não for editado o decreto legislativo regulando a matéria 
em até 60 dias após a rejeição da medida provisória. 
Está correto o que se afirma em: 
A) III, apenas. 
B) I e III, apenas. 
C) I e II, apenas. 
D) II, apenas. 
E) I, II e III. 
Comentários: 
Todos os itens apresentados estão corretos! 
O art. 62, § 1º, inciso I, alínea ‘a’, veda expressamente a edição de medidas provisórias que versem sobre 
a matéria ‘partidos políticos’. 
Enquanto isso, o § 3º do mesmo dispositivo dita que o prazo para o Poder Legislativo rejeitá-la ou 
convertê-la em lei será de 60 dias, prorrogável por igual período, nos moldes do § 7º, sob pena de perda 
de eficácia. 
Por fim, o § 11 do art. 62, CF/88, prevê que não editado o decreto legislativo a que se refere o §3º até 
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas 
e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
QUESTÃO 14 
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[FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto - Adaptada] Sobre a competência do Poder Legislativo e 
sobre a edição de medidas provisórias, julgue o item: 
É constitucional a edição de medidas provisórias relativas a partidos políticos e a direito eleitoral. 
Comentário: 
Item claramente falso, pois é constitucionalmente vedada a edição de medida provisória que tenha por 
objeto tais temas (‘partidos políticos’ e ‘direito eleitoral’ – art. 62, § 1º, I, ‘a’, da CF/88). 
QUESTÃO 15 
[FCC - 2018 - Prefeitura de Caruaru - PE - Procurador do Município] No processo de conversão em lei de 
medida provisória, após a aprovação do texto pelas Casas do Congresso Nacional: 
A) não será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a 
sanção ou veto caso o texto não tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, cabendo ao 
Presidente do Congresso Nacional promover diretamente a sua promulgação como lei ordinária. 
B) não será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a 
sanção ou veto caso o texto não tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, cabendo 
conjuntamente às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promover diretamente a sua 
promulgação como lei ordinária. 
C) será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a sanção 
ou veto, sendo incabível ao STF, após a conclusão da deliberação legislativa, determinar, em sede de 
mandado de segurança contra vício no processo de conversão em lei, a reapreciação da matéria ou de 
parte dela pelo Poder Legislativo, estendendo o prazo de vigência da medida provisória. 
D) será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a sanção 
ou veto somente se o texto tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, ficando o poder de veto 
restrito aos dispositivos acrescidos ou alterados no âmbito do Poder Legislativo. 
E) será encaminhada a proposição aprovada ao Presidente da República para que decida sobre a sanção 
ou veto, ainda que o texto não tenha sofrido modificação durante o iter legislativo, pois cuida-se de 
competência exclusiva e inafastável do chefe do Poder Executivo. 
Comentário: 
Nossa alternativa correta é a da letra ‘a’! Caso a aprovação da MP seja feita sem incidência de nenhuma 
modificação significativa por parte da Câmara ou do Senado, o texto deverá ser encaminhado ao 
Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para que ele promova a promulgação da lei fruto da 
conversão, por autorização do art. 12 da Resolução nº 1/2002. 
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Importante que você relembre, caro aluno, que não haverá deliberação executiva nesse caso, uma vez 
que há a suposição de que o Chefe do Poder Executivo concorda com o texto final da lei (que ele mesmo 
escreveu!). 
Por outro lado, caso haja modificações no texto, a medida provisória se tornará um projeto de lei de 
conversão, que seguirá o trâmite legislativo ordinário e que deverá ser encaminhado para o Presidente 
da República (que terá quinze dias úteis para vetar ou sancionar o projeto de lei de conversão). Em 
havendo sanção presidencial ou caso o veto seja derrubado, a promulgação e a publicação da lei serão 
feitas pelo Presidente da República (tudo em conformidade com o que determina o art. 66 em seus 
parágrafos). 
 
 
 
 
 
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(4) Resumo direcionado 
 Processo Legislativo 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- “Processo legislativo” é uma expressão que designa um conjunto de atos pré-ordenados 
tendentes à elaboração das espécies normativas primárias, descritas pelo art. 59, CF/88. 
- A atividade legiferante (de produção normativa) é exercida com primazia, mas não com 
exclusividade, pelo Poder Legislativo. Por essa razão, podemos identificar em nosso 
ordenamento jurídico situações nas quais outro Poder exerce função de natureza 
legislativa – como, por exemplo, a edição de medida provisória ou de lei delegada pelo 
Presidente da República. 
- Por incidência do princípio da Simetria, as linhas básicas do modelo constitucional federal 
referente ao processo legislativo são de absorção compulsória pelas constituições 
estaduais e leis orgânicas municipais, conforme entendimento do STF. Da mesma forma, 
as matérias nas quais a iniciativa pertencer de forma reservada ao Presidente da República 
deverão ser atribuídas aos Governadores e Prefeitos, no que couber. 
- O processo legislativo pode ser classificado, quanto às fases procedimentais, em: (a) 
ordinário; (b) sumário; (c) especial. 
- Iniciamos nossa aula trabalhando com o processo legislativo ordinário, tendente a 
elaboração das leis ordinárias. No entanto, já estudamos em conjunto o procedimento 
de elaboração das leis complementares, pois, em termos constitucionais, ele segue o 
mesmo processo de formação das leis ordinárias, só havendo uma únicadiferença formal 
constitucionalmente estabelecida: a maioria de aprovação. Lembremos, no entanto, de 
três coisas importantes: 
(i) Essa diferença é suficiente para tornar especial o procedimento, porque específico em 
face daquele previsto para a legislatura ordinária; 
(ii) Existem outras diferenças formais estabelecidas nos regimentos internos das Casas 
Legislativas; 
(iii) A CF/88 também traz uma diferença entre LO e LC de cunho material (dissociada, 
portanto, do processo legislativo): LC tem matéria reservada ou taxativa, enquanto LO 
tem matéria residual. 
 
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 Leis ordinárias – processo legislativo ordinário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fase Introdutória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiras 
palavras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- “Processo legislativo ordinário” é aquele que deve ser observado na elaboração das leis ordinárias. 
Trata-se do procedimento mais básico e completo; caracteriza-se pela ausência de prazos para a 
realização dos atos de deliberação e votação. Apesar de mais demorado, este procedimento comporta 
uma maior oportunidade para o exame, o estudo e a discussão do projeto. 
- Divide-se em três fases, quais sejam: (A) introdutória; (B) constitutiva; e (C) complementar. Vamos 
revisar cada uma delas. Mas antes, lembre-se que a cada fase correspondem certos atos: na fase 
introdutória temos o ato de inciativa; na fase constitutiva temos três atos: deliberação, votação e 
deliberação executiva; na fase complementar (por alguns também chamada de fase de integração de 
eficácia), temos dois atos: promulgação e publicação. 
- A fase introdutória é a que inaugura o processo de elaboração das leis ordinárias, por 
meio do ato “iniciativa”. 
- A Constituição Federal estabelece um rol amplo daqueles que são legitimados a estrear 
o processo legislativo ordinário, afinal, a prerrogativa foi atribuída a qualquer membro ou 
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao 
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao 
Procurador-Geral da República e aos cidadãos (art. 61, CF/88). 
- O art. 61 não nos avisa, mas uma leitura global do texto constitucional nos permite 
concluir que alguns dos legitimados nele listados são detentores de iniciativa geral, 
enquanto outros possuem iniciativa reservada. 
- Os possuidores de iniciativa geral são: os membros e as comissões da CD, do SF e do 
CN, o Presidente da República e os cidadãos. Isso significa que eles podem apresentar 
projetos de lei sobre temas variados/indeterminados (mas não sobre todo e qualquer 
assunto, justamente para não violarmos as regras referentes à iniciativa reservada, que 
separam certos temas a específicas autoridades ou entidades). 
- Por outro lado, o STF, os Tribunais Superiores e o PGR são detentores de iniciativa 
reservada. Isso significa que eles só podem apresentar projetos de lei sobre temas que já 
estejam previamente listados pelo texto constitucional, ou seja, eles não podem 
apresentar projetos de lei sobre todo e qualquer assunto, só sobre os poucos temas 
enunciados e delimitados pela Constituição (ver art. 93; art. 96, II e art. 128, § 5°). 
 
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Iniciativa 
privativa do 
Presidente da 
República 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iniciativa de lei do 
Poder Judiciário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Nossa Constituição Federal reservou algumas matérias à iniciativa privativa do 
Presidente da República, de modo a colocar a regulamentação dos assuntos na sua 
dependência única e exclusiva, não podendo haver, em nenhuma hipótese, 
regulamentação destas matérias por iniciativa de outras autoridades ou órgãos. Tais 
temas estão listados no art. 61, § 1°, CF/88, um dos parágrafos com mais incidência em 
prova; merecedor, portanto, de sua leitura cuidadosa. 
- Em homenagem ao princípio da simetria, o dispositivo que agrega as matérias que são 
de iniciativa privativa do Presidente da República é de repetição obrigatória para os 
demais entes federados. Cita-se, a título de exemplo, a iniciativa de projeto de lei que cria 
cargos, funções ou empregos públicos na administração federal direta e autárquica ou 
promove o aumento de sua remuneração. Como em âmbito federal a iniciativa é 
presidencial, o poder decorrente deverá, necessariamente, reservar essa mesma 
iniciativa em âmbito estadual ao Governador do Estado-membro. 
 
- Nos casos listados abaixo, o processo legislativo somente poderá ser exercido por 
iniciativa dos órgãos integrantes do Poder Judiciário (ver art. 93; 96, II e 125, § 1°): 
(i) a Constituição reservou aos Tribunais em geral a proposta de criação de novas varas; 
(ii) separou para o STF a iniciativa para apresentar o projeto de lei complementar que 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura; 
(iii) ressalvou, para o STF, Tribunais Superiores e Tribunais de Justiça: 
– a alteração do número de membros dos Tribunais inferiores; 
– a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos 
que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, 
inclusive dos Tribunais inferiores, onde houver; 
– a criação ou extinção dos Tribunais inferiores; 
– a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
(iv) por fim, a Constituição outorgou aos Tribunais de Justiça a iniciativa de elaboração de 
lei que regulamenta a organização judiciária em âmbito estadual. 
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Iniciativa Popular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerações 
finais sobre 
iniciativa 
 
 
 
 
 
 
 Fase Constitutiva (atos de deliberação legislativa, votação e deliberação executiva – sanção ou veto 
presidencial) 
 
 
 
Introdução – a 
Casa Iniciadora 
 
 
- Em razão do bicameralismo federativo, no processo legislativo desenvolvido em âmbito 
federal teremos a apreciação do projeto de lei por duas Casas Legislativas, a Câmara dos 
Deputados e o Senado Federal. 
- O caput do art. 64, CF/88 nos indica que, regra geral, a Câmara dos Deputados é a Casa 
iniciadora e o Senado a revisora. O Senado Federal só será a primeira Casa a apreciar o 
projeto de lei quando este for apresentado por um membro seu ou por uma comissão 
sua. Nestes dois casos a Câmara dos Deputados fará a análise revisional do projeto de lei. 
- De acordo com nossa Constituição, o projeto de lei (ordinária ou complementar) de 
iniciativa popular será apresentado na Câmara dos Deputados e deve ser subscrito por 
pelo menos um por cento do eleitorado nacional (só cidadãos podem assinar), 
distribuídos em pelo menos cinco Estados-membros sendo que, em cada um dos 
Estados-membros participantes, não se pode reunir menos que três décimos por cento 
do número total de eleitores de cada um deles. 
- Por simetria, diga-se que o poder decorrente, ao elaborar as Constituições estaduais, 
deve prever a iniciativa popular de lei em âmbito estadual (art. 27 § 4°, CF/88). E, pelo 
mesmo princípio, existe também iniciativa popular em âmbito municipal, com a 
apresentação de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de 
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado (art. 29, 
XIII, CF/88). 
 
- Discute-se se a sanção presidencial dada a um projeto de lei é capaz de sanar o vício 
de iniciativa. 
- Em que pese termos autores partidários da tese da convalidação a doutrina 
majoritária discorda dessa possibilidade. O argumento que é apresentado, e que nos 
parece irrefutável, é a supremacia da Constituição,que torna nula (e não 
simplesmente anulável) qualquer lei elaborada em desacordo com o documento 
constitucional. E como todo ato nulo, essa lei terá por característica fundamental a 
impossibilidade de ser convalidada. 
- Nesse contexto, se um projeto de lei apresentado por um parlamentar tratar de tema 
para o qual a Constituição reservou iniciativa exclusiva para o Presidente da República, 
a inconstitucionalidade já terá contaminado a espécie normativa; nem mesmo a 
sanção será capaz de corrigir o vício formal de iniciativa. 
- Em conclusão: se houver vício de iniciativa, a sanção não será capaz de corrigi-lo, 
sendo tal projeto (ou a lei dele resultante) inconstitucional. 
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Deliberação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Votação 
plenária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Por meio da deliberação, submete-se a propositura à discussão. Como o projeto de lei 
ordinária federal será sempre apreciado por ambas as Casas do Congresso Nacional, em 
cada uma delas, antes da votação, realizar-se-á uma análise prévia do projeto pelas 
comissões. 
- Ambas as Casas submeterão a proposição normativa a um exame temático, no qual o 
mérito da proposta poderá ser verificado (nas comissões temáticas), bem como a um exame 
de constitucionalidade (na respectiva Comissão de Constituição e Justiça). 
- Sobre a atuação da CCJ, lembremos que a comissão pode determinar o arquivamento do 
projeto de lei ao argumento de que ele é inconstitucional, realizando, com isso, controle 
político preventivo de constitucionalidade. 
- Sobre a atuação das comissões temáticas, vale frisar uma importante possibilidade 
constitucional que autoriza que o projeto de lei, a depender do tema tratado, seja votado no 
âmbito interno de uma comissão temática, caracterizando o que se denomina de delegação 
interna corporis. A autorização constitucional para que isso ocorra encontra-se no art. 58, § 
2°, I, CF/88. 
- No plenário, para início da votação, deve ser observado o quórum de instalação da sessão, 
que é de maioria. Uma vez instalada a sessão, há que se observar a maioria de aprovação 
que, em se tratando de lei ordinária, será a maioria simples (art. 47, CF/88); e, se tratando 
de lei complementar, será de maioria absoluta (art. 69, CF/88). 
- Na votação em plenário, a Casa Iniciadora poderá rejeitar ou aprovar o projeto (com ou 
sem alterações ao seu texto inicial). 
- Havendo aprovação, o projeto deve ser encaminhado à Casa revisora que irá realizar a 
deliberação e a votação. 
- Na Casa revisora, três coisas podem acontecer: 
(i) Se a Casa revisora rejeitar o projeto, ele será encaminhado ao arquivo, aplicando-se o 
princípio da irrepetibilidade, ou seja, não poderá ser novamente apresentado na mesma 
sessão legislativa, salvo mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer 
das Casas do Congresso Nacional – conforme dispõe o art. 67, CF/88. 
(ii) Se a Casa revisora aprovar o projeto, mas tiver elaborado emendas que o tenham 
alterado significativamente, estas deverão ser avaliadas pela Casa iniciadora. Vale 
destacar, contudo, que as emendas produzidas pela Casa revisora não serão avaliadas pela 
Casa iniciadora quando simplesmente promoverem correções redacionais do projeto ou se 
elas não modificarem o sentido e alcance da proposição jurídica. 
(iii) Se o projeto for aprovado pela Casa revisora sem emendas, será encaminhado ao chefe 
do Executivo, para sanção ou veto (deliberação executiva). 
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 Deliberação executiva (sanção ou veto presidencial) 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sanção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Para finalizar a fase constitutiva do processo legislativo, o projeto de lei discutido/ 
votado/aprovado pelas duas Casas Legislativas deve ser encaminhado ao Presidente da 
República para sua apreciação. O chefe do Poder Executivo terá o prazo máximo de 
quinze dias úteis, contados da data do recebimento do projeto de lei, para analisar a 
proposição normativa e ofertar sua resposta. 
- A sanção é a manifestação de aquiescência (da concordância) presidencial ao texto do 
projeto, convertendo-o em lei. 
- Pode ser de dois tipos: 
(i) expressa, quando o Presidente opinar explícita e formalmente a favor do projeto de 
lei, durante os quinze dias úteis destinados à sua manifestação; 
(ii) tácita, quando o Presidente da República se mantiver em silêncio durante o período 
destinado à sua manifestação. 
- Ainda sobre a sanção, vale lembrar que ela pode ser total, quando o Presidente da 
República concorda com a integralidade do texto do projeto de lei, ou parcial, quando 
sua aquiescência é dada apenas à parte do texto e, portanto, terá ele sancionado 
parcialmente e vetado parcialmente o projeto submetido à sua apreciação. 
- A sanção tácita é sempre total; a sanção expressa pode ser total ou parcial. 
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Veto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fase Complementar (ou de integração de eficácia) 
 
 
 
 
Promulgação 
 
 
 
 
 
 
- A promulgação é o ato que atesta formalmente a existência da lei, sendo, pois, a 
certificação categórica de que o diploma legislativo existe, é executável e 
potencialmente obrigatório. Incide sobre a própria lei (e não sobre o projeto, como 
erroneamente indica o art. 66, § 5°). 
- A promulgação é ato que compete, em princípio, ao Presidente da República que, nos 
termos do art. 66, § 7º, CF/88, deve promulgar a lei em até quarenta e oito horas. Se não 
o fizer dentro deste prazo, caberá ao Presidente do Senado federal fazê-lo, em igual 
prazo. Se este último também não promulgar a lei no prazo constitucionalmente 
estipulado, o Vice-Presidente do Senado deverá promulgá-la, imediatamente. 
- O veto é o poder de desaprovação (de discordância) total ou parcial exercido pelo 
Poder Executivo sobre o projeto de lei aprovado no Poder Legislativo. 
- A recusa presidencial ao projeto deve ser apresentada no prazo fatal de quinze dias 
úteis e deve ser fundamentada, podendo o veto justificar-se pela 
inconstitucionalidade do projeto de lei ou pela contrariedade ao interesse público. No 
primeiro caso, a razão do veto é jurídica, no segundo, política. 
- Não nos esqueçamos que quando o Presidente veta um projeto de lei ao argumento 
de que ele é inconstitucional (veto jurídico), ele está realizando controle político 
preventivo de constitucionalidade. 
- Quanto ao alcance do veto, são duas as modalidades possíveis: o veto total e o veto 
parcial. 
- Em sendo total ou parcial, uma coisa é certa: o veto será sempre expresso, pois do 
silêncio, já sabemos, resulta sanção tácita. 
- Também podemos considerar o veto supressivo, afinal é impossível que o Presidente 
dele se utilize para acrescentar algum termo ao projeto de lei. 
- Deverá ser também motivado, afinal precisam ser explicitadas as razões que 
conduziram à discordância. Por isso, determina a Constituição que o veto, com suas 
razões, seja comunicado ao Presidente do Senado Federal no prazo de quarenta e oito 
horas. 
- Outra importante característica do veto que deve ser noticiada é sua irretratabilidade. 
- Por fim, o veto não significa o arquivamento definitivo do projeto de lei, pois sua 
reapreciação pelo Poder Legislativo é possível. Isso significa que o veto não é absoluto, é 
relativo e pode ser superado. Nesse sentido, o veto será apreciado em sessão conjunta, 
dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado (isto é, 
derrubado) pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Federaise Senadores, em 
escrutínio secreto. 
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Publicação 
 
 
 
 
 Procedimento legislativo sumário ou Regime de urgência constitucional (art. 64, §§1º ao 4º da CF/88) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- À promulgação segue-se, no direito pátrio, a publicação. Como o ato é uma condição de 
eficácia para a lei, é requisito necessário para que o diploma legislativo passe a gozar de 
obrigatoriedade. 
- Muito embora não haja nenhuma previsão constitucional, entende-se que a publicação 
compete à autoridade que efetivou a promulgação, sendo crime de responsabilidade a 
circunstância de o chefe do executivo omitir ou retardar dolosamente a publicação das 
leis. 
- O procedimento legislativo sumário se desenvolve a partir das mesmas fases e mesmos atos previstos para 
o processo legislativo ordinário, porém com prazo delimitado para que os atos de deliberação e votação 
sejam realizados. Isso o tornará mais célere. 
- São dois os pressupostos para que o regime denominado “urgência constitucional” seja utilizado: 
(i) o projeto de lei deve ser de iniciativa do Presidente da República, e 
(ii) este deve expressamente solicitar ao Congresso Nacional urgência na apreciação. 
- A Casa Legislativa iniciadora será, obrigatoriamente, a Câmara dos Deputados e a Casa Revisora, o Senado 
Federal. Terão, cada qual, sucessivamente, o prazo de quarenta e cinco dias para deliberarem e votarem o 
projeto encaminhado pelo Presidente da República. Perceba, pois, que são 45 dias para cada Casa (os prazos 
são autônomos). 
- Finalizado o prazo de quarenta e cinco dias sem qualquer manifestação conclusiva da Casa Legislativa, a 
pauta da Casa em que o prazo se esgotou será trancada e todas as demais deliberações sobrestadas 
(suspensas), com exceção das que tiverem prazo constitucional determinado até que se ultime a votação do 
projeto de lei que tramita no procedimento sumário. 
- Como os prazos são sucessivos e, portanto, contados em separado, cada uma das Casas é responsável por 
acarretar o trancamento de sua própria pauta. 
- Se a Casa Legislativa revisora (necessariamente o Senado Federal) criar emendas que efetivamente 
modifiquem o projeto de lei, referidas alterações serão apreciadas pela Câmara dos Deputados no prazo de 
dez dias. 
- Por último, vale relembrar que os prazos estipulados para reger o procedimento sumário não correm nos 
períodos de recesso do Congresso Nacional (ficam suspensos), não se aplicam aos projetos de código, mas 
se aplicam aos atos de outorga e concessão de emissoras de rádio e TV. 
 
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 Leis delegadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Medidas Provisórias 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
- As leis delegadas são elaboradas pelo Presidente da República, que primeiro deverá apresentar solicitação 
ao Congresso Nacional (iniciativa solicitadora). Este irá avaliá-la e, se acatá-la, externará sua aceitação por 
meio de uma resolução, na qual deverá constar (de forma específica e explícita) o conteúdo e os termos de 
exercício da delegação (art. 68, § 2°). Autorizado, o Presidente poderá elaborar, editar, promulgar e publicar 
a lei delegada. Note que: 
(i) O Presidente não fica obrigado a editar a LD só porque o Congresso autorizou 9ele recebe uma faculdade, 
não uma ordem); 
(ii) O Congresso deve fixar os termos e limites na resolução, uma vez que não existe delegação “em branco”; 
(iii) Essa é a delegação típica, também chamada de própria; 
(iv) Na delegação atípica, descrita no art. 68, § 3°, o Congresso exige que o Presidente elabore um projeto 
de LD, que será apreciado pelo Legislativo em votação única, sendo vedada qualquer emenda. 
- No mais, nos termos do art. 68, §1°, é vedada a delegação de matéria de competência exclusiva do 
Congresso Nacional, de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, matéria 
reservada à lei complementar; a legislação sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, 
a carreira e a garantia de seus membros; a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e 
eleitorais; e os planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
- A espécie normativa medida provisória foi introduzida na Constituição de 1988 em 
substituição ao antigo decreto-lei. Sua fonte inspiradora foi o sistema italiano 
parlamentarista, que prevê a edição de “provvedimenti provisori” pelo Governo (1º 
Ministro). 
- Foi muito criticada a inserção das MPs no art. 59, CF/88, que trata do processo legislativo, 
haja vista ela ser uma espécie normativa monocrática/unipessoal: o Presidente edita 
sozinho e a produção de efeitos já se inicia. Em verdade, não temos processo legislativo 
para a edição de MP mas, sim, processo legislativo para sua conversão em lei. 
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Legitimidade 
para edição 
 
 
 
 
 
 
 
Pressupostos 
constitucionais 
legitimadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limites materias 
à edição 
 
 
 
 
 
 
 
- As medidas provisórias serão editadas pelo Presidente da República e, se houver previsão 
expressa na Constituição do Estado (e desde que respeitada a simetria, isto é, desde que 
observada toda a sistemática constitucional) Governadores também poderão editar 
medidas provisórias, válidas na esfera estadual. 
- Do mesmo modo, e também pelo ideal de simetria, compreende-se possível a edição de 
MP na esfera municipal. Neste caso, ademais da estrita obediência ao regramento básico 
imposto pela Constituição Federal, é preciso que haja previsão expressa do cabimento da 
espécie normativa na respectiva Constituição estadual e também na Lei Orgânica 
Municipal, para que os Prefeitos Municipais possam fazer uso das medidas. 
 
- O manejo constitucionalmente adequado da MP depende da obediência simultânea a 
dois pressupostos legitimadores da sua edição: a relevância e a urgência. 
- A urgência está ligada à inafastável premência da regulamentação, ao passo que a 
relevância se materializa na essencialidade do tema. 
- Importante deixar assente que o STF estabilizou o entendimento de que é viável o 
controle jurisdicional dos mesmos. Todavia, de modo absolutamente excepcional, isto 
é, somente quando for evidente o abuso do poder de legislar ou então em razão de 
estarmos diante de uma flagrante inocorrência dos pressupostos. 
- Em desfecho ao item, registre-se a percepção do STF que compreende que a lei de 
conversão não é capaz de sanar os vícios formais existentes na MP. 
- Para que seja válida a edição de MP, a Constituição exige, além da observância estrita 
dos pressupostos constitucionais, que a espécie normativa não verse sobre temas que 
estão constitucionalmente vedados, por constituírem limites materiais à sua incidência. 
- Tais limites foram introduzidos pela EC nº 32/2001 no art. 62, § 1º, CF/88, que delineia os 
assuntos que não podem ser regulados por meio de uma medida provisória. Eis um 
parágrafo muito importante e sempre explorado em provas. A leitura muita atenta é, 
pois, essencial. 
- Quanto à matéria tributária, pode-se dizer que, em geral, não representa uma vedação 
material à edição de medida provisória, exceto nas hipóteses em que a própria 
Constituição exigiu a edição de lei complementar (ex: art. 146, CF/88), devendo, contudo, 
ser observado o princípio da anterioridade tributária (nos casos em que ele se aplica). 
Outros limites materiais expressos à edição de MP estão espalhados no texto 
constitucional, são eles: art. 25, § 2º, CF/88; art. 246, CF/88; e,por fim, art. 73 do ADCT. 
- Temos também limites implícitos, a saber, os artigos 49, 51 e 52, todos da CF/88, que 
veiculam as matérias que são de competência exclusiva do Congresso e competência 
privativa das Casas Legislativas. 
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Produção de 
efeitos (eficácia 
da medida) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Tão logo é editada, a MP já começa, imediatamente, a produzir efeitos, pois é um ato 
normativo pronto e acabado, elaborado pelo Presidente da República e que possui força 
de lei. 
- A eficácia da MP é de sessenta dias, prorrogáveis uma única vez por igual período. O 
prazo, pois, em que a MP produz efeitos é usualmente de cento e vinte dias. 
 
- Por veicular matéria de lei ordinária, a medida provisória é apreciada pelo Poder 
Legislativo segundo os mesmos trâmites verificados na deliberação parlamentar do 
processo ordinário. 
- A Casa iniciadora será sempre a Câmara dos Deputados e a Casa revisora o Senado 
Federal, já que quem apresenta a medida ao mundo normativo é, necessariamente, o 
Presidente da República. A votação da medida deve ser feita no plenário, nunca nas 
comissões internas das Casas Legislativas. 
- Antes de chegar à Casa iniciadora a MP passa pela apreciação e parecer de uma 
Comissão mista, que irá verificar o cumprimento dos pressupostos constitucionais da 
medida provisória emitindo, assim, um parecer opinativo. 
- Na verificação da medida pelo Poder Legislativo, o ideal é que a discussão e a votação 
nas duas Casas sejam feitas no prazo de quarenta e cinco dias, contados da data da 
publicação da MP, prazo este estipulado para que o processamento ocorra sem que haja 
o trancamento da pauta de nenhuma das duas Casas. Referida obstrução da pauta 
significa a paralisação de algumas proposições legislativas na Casa em que a MP estiver 
tramitando. Lembre-se da importante decisão do STF, no sentido de que o regime de 
urgência previsto art. 62, § 6° – que impõe o sobrestamento das deliberações legislativas 
das Casas do Congresso Nacional – refere-se apenas às matérias passíveis de regramento 
por medida provisória. Excluem-se do bloqueio, em consequência, as propostas de 
emenda à Constituição e os projetos de lei complementar, de decreto legislativo, de 
resolução e, até mesmo, de lei ordinária, desde que veiculem temas pré-excluídos do 
âmbito de incidência das medidas provisórias. 
- No mais, perceba que a votação é feita pelas Casas Legislativas em separado, e o prazo 
ideal para sua efetivação é conjunto e é de quarenta e cinco dias. 
 
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Rejeição e 
conversão da MP 
em lei 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Últimas 
observações 
sobre as medidas 
provisórias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A MP pode ser convertida em lei, com ou sem alterações de seu texto, ou 
rejeitada, expressa ou tacitamente (isto é, por decurso de prazo). 
- No processo de conversão em lei, se o Congresso Nacional apresentar emendas 
ao texto originário da MP, ela passará a tramitar como se fosse um projeto de lei: 
depois da aprovação com emendas nas Casas Legislativas, será encaminhada ao 
Presidente da República, para a deliberação executiva (sanção ou veto 
presidencial). Vale destacar que na conversão em lei os parlamentares podem 
apresentar emendas ao texto da medida, desde que haja pertinência temática (é 
vedado o chamado “contrabando legislativo”). 
- Por outro lado, se o Congresso Nacional não apresentar qualquer emenda 
relevante ao texto originário da MP, depois da aprovação sem emendas nas Casas 
Legislativas, ela não será encaminhada ao Presidente da República, para a 
deliberação executiva (não existirá sanção ou veto presidencial). Depois de o texto 
ter sido aprovado, ele será diretamente encaminhado ao Presidente do Congresso 
Nacional, para a promulgação. Afinal, neste caso, vamos pressupor o seguinte: se 
o texto originário da MP foi aprovado sem emendas, é factível que o Presidente, 
que o editou, o aprove, razão pela qual dispensa-se a deliberação executiva nesta 
hipótese (art. 12, Resolução 1/2002 do Congresso Nacional). 
- Alguns apontamentos finais sobre esta espécie normativa: 
(i) o Presidente da República não pode retirar da apreciação do Congresso Nacional 
uma medida provisória editada e já em vigor, afinal ele não mais tem ingerência sobre 
ela após a edição; 
(ii) nada obstante a anotação anterior, existe uma alternativa para o Presidente 
paralisar a produção de efeitos de uma MP já editada, em vigor, e sob análise do 
Congresso Nacional. Basta que ele edite uma segunda MP (MP2) visando ab-rogar a MP 
anterior (MP1); 
(iii) um inconveniente acordo político resultou na formulação do infeliz art. 2º da EC nº 
32/2001, que determina que as medidas provisórias editadas em data anterior à da 
publicação da EC nº 32/2001 continuam em vigor até que uma MP ulterior as revogue 
explicitamente ou até que haja deliberação definitiva do Congresso Nacional. 
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 Decretos Legislativos 
 
 
 
 
 
 
 
 Resoluções 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O decreto legislativo é a espécie normativa primária utilizada pelo Congresso Nacional no uso de suas 
atribuições exclusivas constantes do art. 49, CF/88, para regulamentação dos assuntos ali dispostos. 
- Em que pese ser ato normativo primário, que extrai sua validade diretamente do texto constitucional a 
disciplina de seu trâmite de elaboração é determinada pelo Congresso Nacional (e não expressamente no 
texto da nossa Constituição). 
- As resoluções são espécies normativas primárias, editadas pelo Poder Legislativo (em âmbito federal, 
tanto pelo Congresso Nacional, quanto pelo Senado Federal e Câmara dos Deputados) no uso de suas 
atribuições fixadas pela Constituição. 
- Em regra, possuem efeitos internos, frisando-se a existência de exceções, em que a resolução é editada com 
efeitos externos (como é o caso da resolução editada pelo Congresso Nacional para delegar ao Presidente da 
República poderes para editar leis delegadas. 
- As resoluções não possuem procedimento legislativo de confecção fixado na Constituição, mas alguns 
aspectos da tramitação estão definidos no texto constitucional, como a aprovação, que se dá por maioria 
relativa, seguindo a regra genérica do art. 47, CF/88. Exige-se, no entanto, o quórum qualificado de 2/3 para 
aprovação de algumas resoluções. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2017. 
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019. 
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de 
Direito Constitucional. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 41ª ed. atual. São Paulo: Malheiros, 
2018. 
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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