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LITERATURA BRASILEIRA I 8a aula Lupa Vídeo PPT MP3 Exercício: CEL0637_EX_A8_201701274248_V1 17/10/2019 Aluno(a): FABIANA CARVALHO DE SOUZA NICHELLI 2019.3 EAD Disciplina: CEL0637 - LITERATURA BRASILEIRA I 201701274248 1a Questão (Cescem) - Alguém há de cuidar que é frase inchada Daquela que lá se usa entre essa gente Que julga, que diz muito, e não diz nada. O nosso humilde gênio não consente, Que outra coisa se diga mais, que aquilo Que só convém ao espírito inocente. Os versos de Cláudio Manuel da Costa lembram o fato de que: o Romantismo negou os rigores da expressão clássica e lusitana, mas incorporou a tradição literária da poesia colonial. o Romantismo, embora tenha refugado os rigores do formalismo neo-clássico, tomou por base o sentimentalismo originário desse movimento estético. a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, é traço da literatura colonial brasileira e dos primeiros movimentos estéticos pós-Independência. o Barroco se esforçou por alcançar uma expressão rigorosa e comedida, a fim de espelhar os grandes conflitos do homem. o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à expressão intrincada a aos excessos do cultismo do Barroco. Respondido em 17/10/2019 04:08:00 Explicação: O Arcadismo, bebendo da fonte clássica, prega a simplicidade da linguagem e sua objetividade na expressão dos sentimentos do poeta. Gabarito Coment. 2a Questão Assinale a alternativa que aponta um traço temático do arcadismo presente no poema de Cláudio Manoel da Costa abaixo transcrito: XIV Quem deixa o trato pastoril amado Pela ingrata, civil correspondência, Ou desconhece o rosto da violência, Ou do retiro a paz não tem provado. Que bem é ver nos campos transladado No gênio do pastor, o da inocência! E que mal é no trato, e na aparência Ver sempre o cortesão dissimulado! Ali respira amor sinceridade; Aqui sempre a traição seu rosto encobre; Um só trata a mentira, outro a verdade. Ali não há fortuna, que soçobre; Aqui quanto se observa, é variedade: Oh ventura do rico! Oh bem do pobre! O poema discute o tema da transitoriedade da vida, acentuando seus aspectos espirituais. O poema narra um idílio amoroso, enfatizando a paixão e a sensualidade. O poema apresenta a temática da existência equilibrada, característica da vida urbana. O poema desenvolve o tema da vida campesina equilibrada, em oposição às agruras da vida citadina. O poema discute a temática da tensão entre os aspectos espirituais e materiais da vida humana. Respondido em 17/10/2019 04:09:43 Explicação: Observe as duas primeiras estrofes: Quem deixa o trato pastoril amado Pela ingrata, civil correspondência, Ou desconhece o rosto da violência, Ou do retiro a paz não tem provado. Que bem é ver nos campos transladado No gênio do pastor, o da inocência! E que mal é no trato, e na aparência Ver sempre o cortesão dissimulado! Nelas, podemos identificar o tema explorado no poema:a diferença entre a vida no campo e a vida na cidade. Esse traço aparece nos seguintes trechos: "trato pastoril amado" e "civil correspondência"; "pastor" e " cortesão". Note que tudo que se refere à vida no campo e a seus habitantes, identificado pela figura do pastor, é descrito como positivo; já a vida na cidade e o seus habitantes, o cortesão, são apresentados como falsos e a vida na cidade, violenta. Gabarito Coment. 3a Questão "Os prados e os rios, os montes e os vales servem não só de pano de fundo às inquietações amorosas de Glauceste como também de seus confidentes" ( BOSI, A. Historia concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994. p.62) Esse trecho se refere ao autor do Arcadismo mineiro. José de Alencar Basílio da Gama Tomás Antônio Gonzaga Cláudio Manuel da Costa Silva Alvarenga Respondido em 17/10/2019 04:11:56 Explicação: Cláudio Manuel da Costa tinha por pseudônimo Glauceste Satúrnio. Sua obra se caracteriza particularmente pelo gosto da contraposição entre os elementos da natureza rústica e os sentimentos arcádicos. 4a Questão Segundo Luciana Stegagno-Picchio, "como poeta barroco e o bardo romântico, o árcade brasileiro sente a oposição da natureza como projeção externa de um conflito íntimo" ( História da literatura brasileira. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 2004. p. 129) Ela se refere a Silva Alvarenga Frei Santa Rita Durão Basílio da Gama Cláudio Manuel da Costa Tomás Antônio Gonzaga Respondido em 17/10/2019 04:15:13 Explicação: Cláudio Manuel da Costa produziu em sua obra poemas que apresentavam grandes contrastes, como a rocha e o sentimento de pureza, chegadas e partidas, a vida da cidade e a tranquilidade do campo. Na verdade, esses contrastes evidenciam a comparação que o poeta realiza entre a pátria cultural e a pátria natural. 5a Questão (UFSM 2014/1) Na literatura, os alimentos são empregados com frequência de forma figurada. É o que se vê no poema de Cláudio Manuel da Costa: LXVII Não te cases com Gil, bela serrana; Que é um vil, um infame, um desastrado; Bem que ele tenha mais devesa, e gado, A minha condição é mais humana. Que mais te pode dar sua cabana, Que eu aqui te não tenha aparelhado? O leite, a fruta, o queijo, o mel dourado; Tudo aqui acharás nesta choupana: Bem que ele tange o seu rabil grosseiro, Bem que te louve assim, bem que te adore, Eu sou mais extremoso, e verdadeiro. Eu tenho mais razão, que te enamore: E se não, diga o mesmo Gil vaqueiro: Se é mais, que ele te cante, ou que eu te chore. Fonte: IGLESIA, Francisco (org.). Melhores poemas de Cláudio Manuel da Costa. São Paulo: Global, 2012, p. 96. Sobre o poema, assinale a alternativa INCORRETA. O uso anafórico de ¿bem¿, no primeiro terceto do poema, reforça a ideia de que o adversário do eu-lírico pelo amor da ¿bela serrana¿ também possui virtudes, ainda que não sejam tão intensas. O poema apresenta rimas externas, interpoladas nos quartetos e alternadas nos tercetos, mas também apresenta rima interna, o que assinala uma das características da lírica: a musicalidade. O poema apresenta uma situação de conflito entre dois vaqueiros que, segundo o eu-lírico, apresentam condições econômicas idênticas, mas sentimentais opostas. Tendo como cenário o campo e, como personagens, vaqueiros, o poema pode ser caracterizado como bucólico, o que vai ao encontro de uma tendência da poesia do período em que foi composto. O último verso do poema apresenta uma antítese como forma de representação de que a disputa retratada não poderá apresentar o mesmo final feliz para todas as partes envolvidas. Respondido em 17/10/2019 04:18:14 Explicação: Observa-se nos versos seguintes que os rivais não têm condições semelhantes Bem que ele tenha mais devesa, e gado, A minha condição é mais humana. 6a Questão (ENEM-2008) Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1) Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4) Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7) Atrás de seu cansado desatino. Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10) Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto, Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto (verso 13) Se converta em afetos de alegria. Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9. Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.A relação de vantagem da ¿choupana¿ sobre a ¿Cidade¿, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole. Os montes e outeiros, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje rico e fino. O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional. A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia. A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria. Respondido em 17/10/2019 04:21:38 Explicação: Cláudio Manuel da Costa, em seus poemas, apresenta a dualidade entre a terra natal e a realidade da metrópole. 7a Questão (FUVEST-SP) Assinale a alternativa que apresenta dois poetas que participaram da Inconfidência Mineira. Castro Alves e Tomás Antônio Gonzaga. Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães. Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Gonçalves Dias e Cláudio Manuel da Costa. Gonçalves de Magalhães e Castro Alves. Respondido em 17/10/2019 04:21:57 Explicação: Cláudio Manuel da Costa foi um dos principais articuladores da Inconfidência Mineira, ao lado de Tomás Antônio Gonzaga. O primeiro se suicidou na prisão; o segundo foi preso e deportado. 8a Questão Bem creio que te não faltará que censurar nas minhas Obras, principalmente nas Pastoris onde (...) te não há de agradar a elegância de que são ornadas. O trecho foi extraído do Prólogo ao Leitor do livro Obras Poéticas de Glauceste Satúrnio. Assinale a alternativa que apresenta a explicação para as desculpas antecipadas do autor: Cláudio Manuel da Costa prepara o espírito do leitor para a emotividade romântica presente em seus poemas Tomás Antônio Gonzaga se esquiva da autoria das Cartas Tomás Antônio Gonzaga ironiza os padrões estéticos árcades. Cláudio Manuel da Costa admite a influência barroca em alguns de seus poemas. Cláudio Manuel da Costa se justifica pela ausência de referências à natureza brasileira Respondido em 17/10/2019 04:23:36 Explicação: No prólogo de seu livro, Claúdio Manoel da Costa admite a presença de certos traços do Barroco em seus poemas, indicando um excesso de ornatos, isso porque a estética árcade privilegiava a simplicidade. Gabarito Coment.
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