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1. (CEFET - MG - TÉCNICO 2013) Sobre a poesia épica do Arcadismo, afirma-se: 
 I- A natureza apresenta-se como “pano de fundo” para as ações narradas. V 
 II- O índio é idealizado como herói nacional por libertar o povo brasileiro do domínio português. 
 III- Seus principais representantes são Basílio da Gama (o Uraguai) e Santa Rita Durão.(caramuru) V 
 Está correto o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
2. (UFV - PASES 2010) As mudanças contínuas dos Estilos Literários se caracterizam pela oposição 
ideológica e formal entre eles. Considerando tal afirmação, relacione a 1 a coluna com as características 
apresentadas na 2 a coluna. 
 1 – Arcadismo 
 2 – Romantismo 
 
 (2 ) Intuição e subjetivismo. 
 ( ) Atração pela noite e pelo mistério. 
 ( ) Imitação da cultura clássica greco-latina. 
 (1 ) Objetivismo e racionalismo. 
 ( ) Respeito às formas fixas na criação poética. 
 
 A sequência CORRETA é: 
a) 2, 2, 1, 1, 1. 
b) 2, 1, 2, 1, 2. 
c) 1, 2, 1, 2, 1. 
d) 1, 1, 2, 2, 2. 
3. (UEPG - PSS 2012) Sobre as estéticas literárias, Arcadismo e Barroco, assinale a alternativa correta. 
a) Nas poesias do Barroco há predominância da linguagem simples, que tratam do distanciamento da mulher 
amada, enquanto que na poesia do Arcadismo há predominância de figuras de linguagem, como antítese e 
paradoxo, e de versos da ordem indireta. 
b) A poesia lírico-amorosa do Padre Antônio Vieira é fortemente marcada pelo dualismo amoroso, carne/
espírito, que leva a um sentimento de culpa no plano espiritual. 
c) As poesias de Gregório de Matos possuem uma linguagem simples , direta e extremamente lírica. 
d) No Arcadismo brasileiro, há o abandono da linguagem pastoril, com valorização da vida urbana e crítica 
direta aos políticos do Brasil colônia. 
e) Gregório de Matos, também conhecido como Boca do Inferno por suas poesias satíricas, é autor do 
Barroco. 
4. (UFV - PASES 2012) Leia o poema a seguir: 
 Lira XIX 
 
 Enquanto pasta alegre o manso gado, 
 Minha bela Marília, nos sentemos 
 À sombra deste cedro levantado. 
 Um pouco meditemos 
 Na regular beleza, 
 Que em tudo quanto vive, nos descobre 
 A sábia natureza. 
 
 Atende, como aquela vaca preta 
 O novilhinho seu dos mais separa, 
 E o lambe, enquanto chupa a lisa teta. 
 Atende mais, ó cara, 
 Como a ruiva cadela 
 Suporta que lhe morda o filho o corpo, 
 E salte em cima dela. 
 
 Repara, como cheia de ternura 
 Entre as asas ao filho essa ave aquenta, 
 Como aquela esgravata a terra dura, 
 
 E os seus assim sustenta: 
 Como se encoleriza, 
 E salta sem receio a todo o vulto, 
 Que junto deles pisa. 
 
 Que gosto não terá a esposa amante, 
 Quando der ao filhinho o peito brando, 
 E refletir então no seu semblante! 
 Quando, Marília, quando 
 Disser consigo: “É esta 
 “De teu querido pai a mesma barba, 
 “A mesma boca, e testa.” 
 
 Que gosto não terá a mãe, que toca, 
 Quando o tem nos seus braços, c’o dedinho 
 Nas faces graciosas, e na boca 
 Do inocente filhinho! 
 Quando, Marília bela, 
 O tenro infante já com risos mudos 
 Começa a conhecê-la! 
 
 Que prazer não terão os pais ao verem 
 Com as mães um dos filhos abraçados; 
 Jogar outros a luta, outros correrem 
 Nos cordeiros montados! 
 Que estado de ventura! 
 Que até naquilo, que de peso serve, 
 Inspira Amor, doçura. 
 (GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Ediouro, Coleção Prestígio. s/d, p. 40 e 41.) 
 Marque a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a evidente relação dos versos da Lira XIX com as 
características recorrentes na produção literária do Arcadismo brasileiro: 
a) As interferências do eu lírico na tentativa de convencer a amada a aceitá-lo como amante que lhe dará o 
filho tão desejado e querido por todas as mulheres. 
b) A linguagem rebuscada, fruto de um pensamento antagônico, demonstrado pela aproximação dos bens 
terrenos, como o gosto pela terra e a abstração do amor materno. 
c) A tradução de um cenário bucólico e pastoril feita através de uma linguagem clara e de uma temática 
amorosa, plena de ternura e simplicidade. 
d) O enaltecimento dos aspectos urbanos e citadinos como cenário exemplar do desenvolvimento do Brasil, 
enquanto um projeto de construção nacional. 
5. (UEG 2015) 
 Observe a pintura e leia o fragmento a seguir para responder à(s) questão(ões). 
 
 
 Vinha logo de guardas rodeado 
 Fonte de crimes, militar tesouro, 
 Por quem deixa no rego o curto arado 
 O lavrador, que não conhece a glória; 
 E vendendo a vil preço o sangue e a vida 
 Move, e nem sabe por que move a guerra. 
 
 Embora O Uraguai seja considerado a melhor realização épica do Arcadismo brasileiro, nota-se, na obra, 
uma quebra do modelo da epopeia clássica. Em termos de conteúdo, tanto no trecho quanto na pintura 
apresentados, essa quebra se evidencia 
a) pela representação de situações tragicômicas. 
b) pelo retrato de episódios de bravura e heroísmo. 
c) pela alusão a heróis mitológicos da Grécia Antiga. 
d) pelo questionamento da guerra como algo positivo. 
6. (UFRR 2016) Sobre o Arcadismo, é correto afirmar que: 
a) é marcado pelo rebuscamento das formas, pela riqueza de detalhes e pelos contrastes. Influenciado pela 
Contrarreforma, foi concebido como uma reação ao Renascimento; 
b) é também chamado de Neoclassicismo, surge como uma releitura do Renascimento (ou Classicismo), 
preconizando uma arte pautada pela observância das formas clássicas e dos ideais humanistas. O bucolismo e 
o pastoralismo podem ser citados como características do Estilo no Brasil; 
c) expressa a sociedade medieval, teocêntrica, de caráter servil e fortemente religioso. Ao mesmo tempo, é 
marcado pelo surgimento de formas de expressões artísticas de caráter popular, vinculadas a classes sociais 
consideradas “inferiores” à época; 
d) surge como reação direta à arte e às concepções de mundo medievais, valorizando o passado greco-latino 
e a explicação científica do mundo; é teocêntrico, em contraponto ao antropocentrismo difundido pela Igreja; 
e) é marcado pelo rebuscamento das formas, pela riqueza de detalhes e pelos contrastes. Expressa a 
sociedade medieval, teocêntrica, de caráter servil e fortemente religioso. Surge como reação direta à arte e às 
concepções de mundo medievais e é marcado pelo surgimento de formas de expressões artísticas de caráter 
popular, vinculadas a classes sociais consideradas “inferiores” à época. 
7. (UNB - PAS 2013) Portugal, no século XVI, dispunha de uma produção literária de primeira grandeza, 
tendo como destaque o clássico Luís Vaz de Camões, o qual viria a influenciar a poesia épica brasileira 
tanto do início do Barroco como do Arcadismo. 
 
 Sobre isso, analise as afirmativas a seguir: 
 
 I. Não há relação formal entre a estrutura de Os Lusíadas, de Camões, e a Prosopopeia, de Bento Teixeira. 
Daí se deduzir que o poema brasileiro supera as qualidades estéticas do poema português. V 
 
 II. O Uraguai, de Basílio da Gama, apresenta uma sequência própria da epopeia clássica, o que confirma a 
dependência temática que mantém com Os Lusíadas. 
 
 III. Caramuru, escrito por Santa Rita Durão, reflete nítida influência de Os Lusíadas; além disso, a história 
de amor de Moema com Diogo Álvares Correia culmina com a morte da personagem feminina. 
 
 IV. Lindoia e Moema são, respectivamente, personagens femininas dos poemas narrativos O Uraguai e 
Caramuru, poemas épicos árcades, que retomam acontecimentos da época da colonização portuguesa no 
Brasil. F 
 
 V. Prosopopeia, de Bento Teixeira, é o marco do início do Barroco no Brasil. Nele o autor peca ao imitar 
Camões, dado que essa imitação não é característica de tal movimento literário. 
 
 Estão CORRETAS, apenas, 
a) I, II e III. 
b) I e III. 
c) III e IV. 
d) II e V. 
e) III, IV e V. 
8. (ESPCEX - AMAN 2015) A temática do Arcadismo presente nos versos abaixo é o 
 
 “Se o bem desta choupana(casa de fazenda)pode tanto, 
 Que chega a ter mais preço, e mais valia, 
 Que da Cidade o lisonjeiro encanto” 
a) “carpe diem”. 
b) paganismo. 
c) “fugere urbem”. 
d) fingimento poético. 
e) louvor histórico. 
9. (MACKENZIE 2015) Soneto VI 
 
 Brandas ribeiras, quanto estou contente 
 De ver-vos outra vez, se isto é verdade! 
 Quanto me alegra ouvir a suavidade, 
 Com que Fílis entoa a voz cadente! 
 
 Os rebanhos, o gado, o campo, a gente, 
 Tudo me está causando novidade: 
 Oh! como é certo que a cruel saudade Faz tudo, do que foi, mui diferente! 
 
 Recebi (eu vos peço) um desgraçado, 
 Que andou até agora por incerto giro, 
 Correndo sempre atrás do seu cuidado: 
 
 Este pranto, estes ais com que respiro, 
 Podendo comover o vosso agrado, 
 Façam digno de vós o meu suspiro. 
 Cláudio Manoel da Costa 
 
 
 Soneto 
 
 Estes os olhos são da minha amada, 
 Que belos, que gentis e que formosos! 
 Não são para os mortais tão preciosos 
 Os doces frutos da estação dourada. 
 
 Por eles a alegria derramada 
 Tornam-se os campos de prazer gostosos. 
 Em zéfiros suaves e mimosos 
 Toda esta região se vê banhada. 
 
 Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo 
 Do rosto do meu bem as prendas belas, 
 Dai alívio ao mal que estou gemendo. 
 
 Mas ah! delírio meu que me atropelas! 
 Os olhos que eu cuidei que estava vendo, 
 Eram (quem crera tal!) duas estrelas. 
 Cláudio Manoel da Costa 
 
 
 A respeito do momento histórico-literário brasileiro, à época do Arcadismo, pode-se afirmar que: 
a) ocorre a transferência do centro econômico do Nordeste para a região Sudeste, com destaque para Minas 
Gerais, onde os poetas mantêm uma relação com sua geografia, sua política e sua história. 
b) as invasões holandesas foram o maior conflito político-militar ocorrido no período, que estimularam o 
engajamento político-literário e a confecção das Cartas Chilenas. 
c) a utilização do ouro, do aço e do petróleo impulsionaram o avanço científico da colônia, possibilitando a 
criação da Arcádia acadêmica, fonte de cultura para toda uma geração de poetas. 
d) o nacionalismo ufanista e o irracionalismo alimentaram os primeiros momentos da Inconfidência Mineira, 
estabelecendo a permanência de uma literatura libertária no aspecto formal. 
e) o lucro obtido com a extração do ouro e com a economia cafeeira estimularam as manifestações de 
independência, representada literariamente pela utilização constante dos versos livres. 
10. (UCS 2014) Sabendo que o gênero lírico se caracteriza pela expressão subjetiva, representando a 
interioridade do sujeito poético, enquanto o gênero épico é objetivo, expressando predominantemente, sob 
forma narrativa, um episódio heroico, pode-se dizer que são épicas as seguintes obras do Arcadismo no 
Brasil: 
a) Vila Rica, de Claudio Manuel da Costa, Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, e Glaura, de Silva 
Alvarenga. 
b) Marília de Dirceu e Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, e Caramuru, de Santa Rita Durão. 
c) O Uraguai, de Basílio da Gama, Prosopopeia, de Bento Teixeira, e Caramuru, de Santa Rita Durão. 
d) Obras poéticas e Vila Rica, de Cláudio Manuel da Costa, e Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga. 
e) O Uraguai, de Basílio da Gama, Caramuru, de Santa Rita Durão, e Vila Rica, de Cláudio Manuel da 
Costa. 
11. (UPE - SSA 2016) Sobre a produção do Arcadismo no Brasil, analise as afirmativas a seguir e coloque V 
nas verdadeiras e F nas falsas. 
 
 ( V ) Tomás Antônio Gonzaga é considerado, ao lado de Cláudio Manuel da Costa, ícone da Literatura 
Árcade. Contudo, os dois iniciaram suas produções poéticas de modo diverso: o primeiro como poeta árcade 
e o segundo ainda dentro dos preceitos do Barroco. 
 ( V ) Tomás Antônio Gonzaga tem a obra poética pertencente a duas fases: a primeira é árcade, e a segunda 
tem traços românticos. Além disso, foi poeta satírico em As Cartas Chilenas, e lírico, em Marília de Dirceu. 
 ( ) Como poeta árcade, o autor de As Cartas Chilenas utiliza o pseudônimo de Dirceu, que nutre amor pela 
musa Marília. Envolvido com o movimento dos inconfidentes, é degredado para a África, apenas 
regressando ao Brasil no final da vida. 
 ( ) O autor de Liras de Dirceu revela sentimentalismo e emotividade em seus poemas, apontando, assim, 
para o pré-romantismo, que antecede o Arcadismo. 
 ( ) Tendo Tomás Antônio Gonzaga sido preso como inconfidente, continuou a escrever poemas mais 
emotivos e pessimistas, passando a falar de si mesmo e lastimando sua condição de prisioneiro. A poesia que 
produz nesse período é a que mais contém características do Romantismo. 
 Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. 
a) F - F - V - V - V 
b) F - V - F - V - F 
c) V - F - V - V - F 
d) V - V - F - F - V 
e) V - F - V - F - V 
12. (UNESP 2012) A questão toma por base um poema de Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810). 
 
 18 
 Não vês aquele velho respeitável, 
 que à muleta encostado, 
 apenas mal se move e mal se arrasta? 
 Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo, 
 o tempo arrebatado, 
 que o mesmo bronze gasta! 
 
 Enrugaram-se as faces e perderam 
 seus olhos a viveza: 
 voltou-se o seu cabelo em branca neve; 
 já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo, 
 nem tem uma beleza 
 das belezas que teve. 
 
 Assim também serei, minha Marília, 
 daqui a poucos anos, 
 que o ímpio tempo para todos corre. 
 Os dentes cairão e os meus cabelos. 
 Ah! sentirei os danos, 
 que evita só quem morre. 
 
 Mas sempre passarei uma velhice 
 muito menos penosa. 
 Não trarei a muleta carregada, 
 descansarei o já vergado corpo 
 na tua mão piedosa, 
 na tua mão nevada. 
 
 As frias tardes, em que negra nuvem 
 os chuveiros não lance, 
 irei contigo ao prado florescente: 
 aqui me buscarás um sítio ameno, 
 onde os membros descanse, 
 e ao brando sol me aquente. 
 
 Apenas me sentar, então, movendo 
 os olhos por aquela 
 vistosa parte, que ficar fronteira, 
 apontando direi: — Ali falamos, 
 ali, ó minha bela, 
 te vi a vez primeira. 
 
 Verterão os meus olhos duas fontes, 
nascidas de alegria; 
 farão teus olhos ternos outro tanto; 
 então darei, Marília, frios beijos 
 na mão formosa e pia, 
 que me limpar o pranto. 
 
 Assim irá, Marília, docemente 
 meu corpo suportando 
 do tempo desumano a dura guerra. 
 Contente morrerei, por ser Marília 
 quem, sentida, chorando 
 meus baços olhos cerra. 
 (Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu e mais poesias. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1982.) 
 
 
 No conteúdo da quinta estrofe do poema, encontramos uma das características mais marcantes do 
Arcadismo: 
a) paisagem bucólica. 
b) pessimismo irônico. 
c) conflito dos elementos naturais. 
d) filosofia moral. 
e) desencanto com o amor. 
13.(UMCP-SP) O culto do contraste, pessimismo, acumulação de elementos, 
niilismo(pessimismo extremado) temático, tendência para a descrição e preferência pelos 
aspectos cruéis, dolorosos, sangrentos e repugnantes, são características do: 
a. Barroco 
b. Realismo 
c. Rococó 
d. Naturalismo 
e. Romantismo 
14. (F.C. Chagas-BA) Assinale o texto que, pela linguagem e pelas ideias, pode ser 
considerado como representante da corrente barroca. 
a. "Brando e meigo sorriso se deslizava em seus lábios; os negros caracóis de suas belas madeixas 
brincavam, mercê do Zéfiro, sobre suas faces... e ela também suspirava." 
b. "Estiadas amáveis iluminavam instantes de céus sobre ruas molhadas de pipilos nos arbustos dos 
squares. Mas a abóbada de garoa desabava os quarteirões." 
c. "Os sinos repicavam numa impaciência alegre. Padre Antônio continuou a caminhar lentamente, 
pensando que cem vezes estivera a cair, cedendo à fatalidade da herança e à influência do meio que 
o arrastavam para o pecado." 
d. "De súbito, porém, as lancinantes incertezas, as brumosas noites pesadas de tanta agonia, de tanto 
pavor de morte, desfaziam-se, desapareciam completamente como os tênues vapores de umletargo..." 
e. "Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa natural irregularidade! A vossa bruteza é melhor que o 
meu alvedrio. Eu falo, mas vós não ofendeis a Deus com as palavras: eu lembro-me, mas vós não 
ofendeis a Deus com a memória: eu discorro, mas vós não ofendeis a Deus com o entendimento: eu 
quero, mas vós não ofendeis a Deus com a vontade." 
15. (FUVEST-SP) 
"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia. 
Depois da luz, se segue a noite escura, 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas a alegria." 
Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de Matos Guerra, a principal característica do 
Barroco é: 
a. culto da Natureza 
b. a utilização de rimas alternadas 
c. a forte presença de antíteses 
d. culto do amor cortês 
e. uso de aliterações (repetição de consoantes para ter melodia - trava-língua) 
16. (FUVEST-SP) O bifrontismo do homem (=dualismo,paradoxo,antítese), santo e pecador; o 
impulso pessoal prevalecendo sobre normas ditadas por modelos; o culto do contraste; a 
riqueza de pormenores – são traços constantes da: 
a. composição poética parnasiana 
b. poesia simbolista 
c. produção poética arcádica de inspiração bucólica 
d. poesia barroca 
e. poesia condoreirista 
17. (PUCC-SP) 
"Que falta nesta cidade? Verdade. 
Que mais por sua desonra? Honra. 
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha. 
O demo a viver se exponha, 
Por mais que a fama a exalta, 
Numa cidade onde falta 
Verdade, honra, vergonha." 
Pode-se reconhecer nos versos acima, de Gregório de Matos: 
a. caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço de uma crítica, em tom de sátira, do perfil 
moral da cidade da Bahia. 
b. caráter de jogo verbal próprio da poesia religiosa do século XVI, sustentando piedosa lamentação 
pela falta de fé do gentio. 
c. estilo pedagógico da poesia neoclássica=arcadismo, por meio da qual o poeta se investe das funções 
de um autêntico moralizador. 
d. caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço da expressão lírica do arrependimento do 
poeta pecador. 
e. estilo pedagógico da poesia neoclássica, sustentando em tom lírico as reflexões do poeta sobre o 
perfil moral da cidade da Bahia. 
18. (FUVEST-SP) 
"Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem 
sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam 
sem sair são os que se contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem 
sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a 
seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura, e hão-lhes de contar os passos. Ah! dia do 
juízo! Ah! pregadores! Os de cá, achar-vos-ei com mais paço; os de lá, com mais passos..." 
Essa passagem é representativa de uma das tendências estéticas típicas da prosa seiscentista, 
a saber: 
a. Sebastianismo, isto é, a celebração do mito da volta de D.Sebastião, rei de Portugal, 
morto na batalha de Alcácer-Quibir. 
b. a busca do exotismo e da aventura ultramarina, presentes nas crônicas e narrativas de 
viagem. 
c. a exaltação do heroico e do épico, por meio das metáforas grandiloquentes da epopeia. 
d. lirismo trovadoresco, caracterizado por figuras de estilo passionais e místicas. 
e. Conceptismo, caracterizado pela utilização constante dos recursos da dialética. 
19. (UFBA) Assinale a proposição ou proposições em que o poeta Gregório de Matos, 
afastando-se da proposta estética do Barroco, assume uma postura crítico-satírica ante a 
realidade e, depois, some os valores. 
(01) "Sol de justiça divino/ sois Amor onipotente,/ porque estais continuamente/ no luzimento 
mais fino:/ porém, Senhor; se o contínuo/ resplandecer se vos deve,/ fazendo um reparo 
breve/ desse sol no luzimento,/ sois sol, mas no Sacramento/ Com razão divina neve." 
(02) "E que justiça a resguarda? .................... Bastarda 
É grátis distribuída? ............................. Vendida 
Que tem, que a todos assusta? ............. Injusta 
Valha-nos Deus, o que custa,/ o que El-Rei nos dá de graça,/ que anda a justiça na praça/ 
Bastarda, Vendida, Injusta." 
(04) "Valha-me Deus, que será/ desta minha triste vida,/ que assim mal logro perdida./ onde, 
Senhor, parará?/ que conta se me fará/ lá no fim, onde se apura/ o mal, que sempre em mim 
dura,/ o bem, que nunca abracei,/ os gozos, que desprezei, por uma eterna amargura." 
(08) "Entre os nascidos só vós/ por privilégio na vida/ fostes, Senhora, nascida/ isenta da 
culpa atroz:/ mas se Deus (sabemos nós)/ que pode tudo, o que quer,/ e vos chegou a eleger/ 
para Mãe sua tão alta,/ impureza, mancha, ou falta/ nunca em vós podia haver." 
duzentos por cento:/ não é ele tão jumento,/ que não sabia, que em Lisboa/ se lhe há de dar 
na gamboa,/ mas comido já o dinheiro/ diz, que a honra está primeiro,/ e que honrado a toda 
Lei:/ esta é a justiça, que manda El-Rei." 
(32) "Senhor Antão de Souza de Meneses,/ Quem sobe a alto lugar, que não merece,/ Homem 
sobe, asno vai, burro parece,/ Que o subir é desgraça muitas vezes./ A fortunilha autora de 
entremezes/ Transpõem em burro o Herói, que indigno cresce:/ Desanda a roda, e logo o 
homem desce,/ Que é discreta a fortuna em seus reveses." 
(64) "De um barro frágil, e vil,/ Senhor, o homem formastes,/ cuja obra exagerastes/ por 
engenhosa, e sutil:/ graças vos dou mil a mil,/ pois em conhecido aumento/; tem meu ser o 
fundamento/ na razão, em que se estriba,/ se infundis alma viva,/ que muito, que vivo alento." 
20. (FUVEST-SP) A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se afirmar: 
a. Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana não se ocupou de problemas locais. 
b. Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. 
c. Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. 
d. Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-o para justificar todos os acontecimentos políticos e 
sociais. 
e. Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos. 
21. (FEBASP-SP) 
"Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em 
uma armada, sois imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o 
roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres... O ladrão que 
furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas que levam, de que eu 
trato, são os outros - ladrões de maior calibre e de mais alta esfera... Os outros ladrões 
roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, 
estes, sem temor nem perigo; os outros se furtam, são enforcados, estes furtam e 
enforcam." (Sermão do bom ladrão, Vieira) 
Em relação ao estilo empregado por Vieira neste trecho pode-se afirmar: 
a. autor recorre ao Cultismo da linguagem com o intuito de convencer o ouvinte e por isto cria um jogo 
de imagens(descrição do lugar e cria na imaginação como seria o local). 
b. Vieira recorre ao preciosismo da linguagem, isto é, através de fatos corriqueiros, cotidianos, procura 
converter o ouvinte. 
c. Padre vieira emprega, principalmente, o Conceptismo, ou seja, o predomínio das ideias, da lógica, 
do raciocínio. 
d. pregador procura ensinar preceitos religiosos ao ouvinte, o que era prática comum entre os escritores 
gongóricos. 
22. (USF-SP) 
"Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, 
Te lembra hoje Deus por sua Igreja; 
De pó te fez espelho, em que se veja 
A vil matéria, de que quis formar-te". 
Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa: 
a. medo de ser infeliz; uma imensa angústia em face da vida, a que não consegue dar sentido; a 
desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos. 
b. a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder 
divino. 
c. a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça 
espiritual. 
d. a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas consequências o 
lado materialda vida. 
e. a revolta contra os aspectos fatais que os deuses imprimem a seu destino e à vida na terra. 
23. (F.Objetivo-SP) Sobre cultismo e conceptismo, os dois aspectos construtivos do Barroco, 
assinale a única alternativa incorreta. 
a. o cultismo opera através de analogias sensoriais, valorizando a identificação dos seres por 
metáforas. O conceptismo valoriza a atitude intelectual, a argumentação. 
b. cultismo e conceptismo são partes construtivas do Barroco que não se excluem. É possível localizar 
no mesmo autor e até no mesmo texto os dois elementos. 
c. cultismo é perceptível no rebuscamento da linguagem, pelo abuso no emprego de figuras 
semânticas, sintáticas e sonoras. O conceptismo valoriza a atitude intelectual, o que se concretiza no 
discurso pelo emprego de sofismas, silogismos, paradoxos. 
d. cultismo na Espanha, Portugal e Brasil é também conhecido como Gongorismo e seu mais ardente 
defensor, entre nós, foi o Pe. Antônio Vieira, que, no Sermão da sexagésima, propõe a 
primazia da palavra sobre a ideia. 
e. Os métodos cultistas mais seguidos por nossos poetas foram os de Gôngora e Marini, e o 
conceptismo de Quevedo foi o que maiores influências deixou em Gregório de Matos. 
24. (UFRN) A obra de Gregório de Matos – autor que se destaca na literatura barroca 
brasileira – compreende: 
a. poesia épico-amorosa e obras dramáticas. 
b. poesia satírica e contos burlescos. 
c. poesia lírica, de caráter religioso e amoroso, e poesia satírica. 
d. poesia confessional e autos religiosos. 
e. poesia lírica e teatro de costumes. 
25. (MACK-SP) Assinale a alternativa incorreta. 
a. Julgada em bloco, a literatura brasileira do quinhentismo é uma típica manifestação barroca. 
b. Na poesia de Gregório de Matos, percebe-se o dualismo barroco: mistura de religiosidade e 
sensualismo, misticismo e erotismo, valores terrenos e aspirações espirituais. 
c. A literatura no Brasil colonial é clássica, tendo nascido pela mão dos jesuítas, com uma intenção 
doutrinária. 
d. Com Antônio Vieira, a estética barroca atinge o seu ponto alto em prosa no Brasil. 
e. Não se deve dizer que a literatura seiscentista brasileira seja inferior por ser barroca, 
mas sim que é uma literatura barroca de qualidade inferior, com exceções raras. 
26. (MACK-SP) Ao Barroco brasileiro pertencem: 
a. Camões e Gil Vicente. 
b. Manoel B. Oliveira e Gregório de Matos. 
c. Sóror Mariana Alcoforado e Gregório de Matos. 
d. Gandavo e Camões. 
e. Gil Vicente e Manoel B. Oliveira. 
27. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre o Barroco brasileiro: 
I. A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades, conflitos, paradoxos e contrastes, 
que convivem tensamente na unidade da obra. 
II. O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca, apresentam um imaginário 
bucólico, sempre povoado de pastoras e ninfas. 
III. A oposição entre Reforma e Contrarreforma expressa, no plano religioso, os mesmos 
dilemas de que o Barroco se ocupa. 
Quais estão corretas: 
a. Apenas I. 
b. Apenas II. 
c. Apenas III. 
d. Apenas I e III. 
e. I, II e III. 
28. (UFRS) Com relação ao Barroco brasileiro, assinale a alternativa incorreta. 
a. Os Sermões, do Padre Antônio Vieira, elaborados numa linguagem conceptista, 
refletiram as preocupações do autor com problemas brasileiros da época, por exemplo, 
a escravidão. 
b. Os conflitos éticos vividos pelo homem do Barroco corresponderam, na forma literária, 
ao uso exagerado de paradoxos e inversões sintáticas. 
c. A poesia barroca foi a confirmação, no plano estético, dos preceitos renascentistas de 
harmonia e equilíbrio, vigentes na Europa no século XVI, que chegaram ao Brasil no 
século XVII, adaptados, então, à realidade nacional. 
d. Um dos temas principais do Barroco é a efemeridade da vida, questão que foi tratada 
no dilema de viver o momento presente e, ao mesmo tempo, preocupar-se com a vida 
eterna. 
e. A escultura barroca teve no Brasil o nome de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 
que, no século XVII, elaborou uma arte de tema religioso com traços nacionais e 
populares, numa mescla representativa do Barroco. 
29. (E. A.LAVRAS) A opção que não apresenta características do Barroco é: 
a. sentimento trágico da existência, desengano, desespero; 
b. gosto pela grandiosidade, pela pompa, pela exuberância e pelo luxo; 
c. gosto de cenas e descrições horripilantes, monstruosas, cruéis; arte da morte e dos 
túmulos; 
d. tentativa de conciliar polos opostos: o ideal cristão medieval e os valores pagãos do 
renascimento; 
e. a natureza é a fonte perene de alegria, de beleza e de perfeição; retorno aos modelos 
greco-latinos. 
30. (PUC) 
"Anjo no nome, Angélica na cara! 
Isso é ser flor, e Anjo juntamente: 
Ser Angélica flor e Anjo florente, 
Em quem, senão em vós, se uniformara?" 
Na estrofe acima, o jogo de palavras: 
a. é recurso de que se serve o poeta para satirizar os desmandos dos governantes de seu 
tempo; 
b. retrata o conflito vivido pelo homem barroco, dividido entre o senso do pecado e o 
desejo de perdão; 
c. expressa a consciência de que o poeta tem do efêmero da existência e o horror pela 
morte; 
d. revela a busca da unidade, por um espírito dividido entre o idealismo e o apelo dos 
sentidos; 
e. permite a manifestação do erotismo do homem, provocado pela crença na efemeridade 
dos predicados físicos da natureza humana. 
31. (VUNESP-SP) 
Ardor em firme coração nascido; 
Pranto por belos olhos derramado; 
Incêndio em mares de água disfarçado; 
Rio de neve em fogo convertido: 
Tu, que em um peito abrasas escondido; 
Tu, que em um rosto corres desatado; 
Quando fogo, em cristais aprisionado; 
Quando cristal em chamas derretido. 
O texto pertence a Gregório de Matos e apresenta todas as características seguintes: 
a. trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da 
sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem indireta. 
b. sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo que o autor buscava imitar, predomínio 
das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida. 
c. dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por 
simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que 
tendem para o paradoxo. 
d. temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre 
a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo. 
e. versificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das 
sínquises, dos anacolutos e das alegorias, construção assimétrica. 
32. (Santa Casa) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir 
uma atitude que: 
a. descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião; 
b. desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza; 
c. se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos; 
d. se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus; 
e. quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura. 
33. (CENTEC-BA) Não é característica do Barroco a: 
a. preferência pelos aspectos científicos da vida. 
b. tentativa de reunir, num todo, realidades contraditórias. 
c. angústia diante da transitoriedade da vida. 
d. preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos e sangrentos do mundo, numa tentativa de 
mostrar ao homem a sua miséria. 
e. intenção de exprimir intensamente o sentido da existência, expressa no abuso da 
hipérbole. 
34. (FEI-SP) O soneto abaixo transcrito pertence à obra de Gregório de Matos Guerra. Leia-o 
com atenção: 
"Ofendi-vos, meu Deus, bem é verdade, 
É verdade, Senhor, que hei delinquido, 
Delinquido vos tenho e ofendido, 
Ofendido vos tem minha maldade. 
Maldade, que encaminha a vaidade, 
Vaidade, que todo me há vencido; 
Vencido quero ver-me e arrependido, 
Arrependido a tanta enormidade. 
Arrependido estou de coração, 
De coração vos busco, dai-me os braços, 
Abraços, que me rendem vossa luz. 
Luz, que claro me mostra a salvação, 
Asalvação, pretendo em tais abraços, 
Misericórdia, amor, Jesus, Jesus. 
Agora, responda: Gregório de Matos Guerra escreveu: 
a. apenas poesia sacra 
b. poesia lírica, religiosa e amorosa e sátiras 
c. poesia lírica e satírica 
d. apenas poesia satírica 
e. apenas poesia lírica 
35. (MACK-SP) Sobre a obra de Bocage, é correto afirmar que: 
a. pode ser colocada como o ponto máximo da poesia romântica portuguesa. 
b. a sátira ocupa o lugar de maior importância em seu desenvolvimento. 
c. basicamente se faz de anedotas, todas se aproximando da obscenidade grosseira. 
d. não supera as regras e as coerções literárias e sociais ligadas ao movimento arcádico. 
e. seus sonetos contêm o mais alto sopro de seu talento lírico, sendo considerado um dos 
maiores sonetistas da Língua. 
36. (CEFET-MG) Ardoroso defensor da liberdade do homem, lutou contra a escravização do 
índio e a desumanidade com que eram tratados os escravos. Considerado, pela crítica literária, 
o maior exemplo de conceptismo em Língua Portuguesa. Trata-se de: 
a. Padre José de Anchieta. 
b. Gregório de matos. 
c. Padre Antônio Vieira. 
d. Padre Eusébio de Matos. 
e. Bento Teixeira. 
37. (CEFET-MG) Das alternativas abaixo, apenas uma não apresenta características da obra 
do poeta barroco Gregório de Matos. Assinale-a: 
a. Sentido vivo de pecado aliado à busca do perdão e da pureza espiritual. 
b. Poesia com força crítica poderosa, pessoal e social, chegando à irreverência e à 
obscenidade. 
c. Destaca a beleza física da amada e a sua transitoriedade. 
d. Realça a beleza da flora, fauna e da paisagem brasileiras, em manifestação nativista. 
e. Tentativa de conciliar elementos contraditórios, busca da unidade sob a diversidade. 
38. (VUNESP) Leia atentamente o texto abaixo e assinale a alternativa incorreta: 
"Não permitiu o Céu que alguns influxos, que devi às águas do Mondego, se prosperassem por 
muito tempo; e destinado a buscar a Pátria, que por espaço de cinco anos havia deixado, aqui, 
entre a grosseria dos seus gênios, que menos pudera eu fazer que entregar-me ao ócio, e 
sepultar-me na ignorância! Que menos, do que abandonar as fingidas Ninfas destes rios, e no 
centro deles adorar a preciosidade daqueles metais, que têm atraído a este clima os corações 
de toda a Europa! Não são estas as venturosas praias da Arcádia, onde o som das águas 
inspirava a harmonia dos versos. Turva e feia, a corrente destes ribeiros, primeiro que arrebate 
as idéias de um Poeta, deixa ponderar a ambiciosa fadiga de minerar a terra, que lhes tem 
pervertido as cores." (Cláudio Manuel da Costa, fragmento do "Prólogo ao Leitor".) 
a. poeta estabelece uma conexão entre as diferenças ambientais e o seu reflexo na 
produção literária; 
b. Cláudio Manuel da Costa manifesta, no texto, a sua formação intelectual 
européia, mas que deseja exprimir a realidade tosca de seu país; 
c. depreende-se do texto uma forma de conflito entre o Academicismo Árcade 
europeu e a realidade brasileira que passaria a ser a nova matéria-prima do 
poeta; 
d. apesar dos índices do Arcadismo presentes no texto, há um questionamento do 
contexto sobre a validade de adotar esse modelo literário no Brasil; 
e. poeta sofre mediante o fato de não mais poder, na Europa, contemplar as praias 
da Arcádia de onde retirava suas inspirações poéticas. 
39. (AFA) O Arcadismo alcançou, no Brasil, sua representação máxima com: 
a. Santa Rita Durão e Basílio da Gama. 
b. Santa Rita Durão e Tomás Antônio Gonzaga. 
c. Basílio da Gama e Cláudio Manuel da Costa. 
d. Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa. 
40. (U.FORTALEZA) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase 
apresentada. 
Texto I 
"É a vaidade, Fábio, nesta vida 
Rosa que, da manhã lisonjeada, 
Púrpuras mil, com ambição dourada, 
Airosa rompe, arrasta presumida." 
Texto II 
"Fatigado de calma se acolhia 
Junto o rebanho à sombra dos salgueiros, 
E o sol, queimando os ásperos oiteiros, 
Com violência maior no campo ardia." 
A natureza para os poetas ..., era fonte de símbolos (rosa, cristal, água), que transcendiam do 
material para o espiritual (Texto I); para os poetas ..., era sobretudo o cenário idealizado, 
dentro do qual se podia ser feliz (Texto II). 
a. românticos - parnasianos; 
b. parnasianos - simbolistas; 
c. árcades - românticos; 
d. simbolistas - barrocos; 
e. barrocos - árcades. 
41. (VUNESP) Leia com atenção: 
"O ser herói, Marília, não consiste 
Em queimar os impérios: move a guerra, 
Espalha o sangue humano, 
E despovoa a terra 
Também o ma tirano. 
Consiste o ser herói em viver justo: 
E tanto pode ser herói o pobre, 
Como o maior augusto". 
O trecho acima exemplifica uma das características do homem ilustrado do século XVIII e 
pertence a um dos poetas que conseguiu aliar a ideologia do Iluminismo com a sensibilidade 
poética própria do Arcadismo. O autor do trecho e a característica aí patente são, 
respectivamente: 
a. Cláudio Manuel da Costa e o repúdio do poder militar representado por César 
Augusto e por Alexandre, o Grande, presentes em outras estrofes do poema. 
b. Silva Alvarenga e o elogio do homem comum que, por sua bondade inata e sua 
vida justa, contrasta com os grandes conquistadores militares. 
c. Alvarenga Peixoto e o louvor do homem que consegue assimilar o social ao 
natural. 
d. Tomás Antônio Gonzaga e a exaltação do homem comum que se forma e se 
constrói segundo um ideal de bondade inata e de urbanidade. 
e. Tomás Antônio Gonzaga e a construção ideal de um homem heróico cuja medida 
seria a bondade inata, base de uma vida harmonizadora das disposições 
individuais e das vicissitudes sociais. 
42. (FATEC) Sobre o Arcadismo brasileiro só não se pode afirmar que: 
a. tem suas fontes nos antigos autores gregos e latinos, dos quais imita os motivos 
e as formas; 
b. teve em Cláudio Manuel da Costa o representante que, de forma original, recusa 
a motivação bucólica e os modelos camonianos da lírica amorosa; 
c. nos legou os poemas de feição épica Caramuru (de Frei José de Santa Rita 
Durão) e O Uraguai (de Basílio da Gama), no qual se reconhece qualidade 
literária destacada em relação ao primeiro; 
d. norteou, em termos dos valores estéticos básicos, a produção dos versos de 
Marília de Dirceu, obra que celebrizou Tomás Antônio Gonzaga e que destaca a 
originalidade de estilo e de tratamento local dos temas pelo autor: 
e. apresentou uma corrente de conotação ideológica, envolvida com as questões 
sociais do seu tempo, com a crítica aos abusos do poder da Coroa Portuguesa. 
43. (USC) Por sua temática, O Uraguai, de Basílio da Gama, pode ser considerado um poema: 
a. épico; 
b. lírico; 
c. satírico; 
d. de escárnio; 
e. de profecia. 
44. (VUNESP) 
"Quem vê girar a serpe da irmã no casto seio, 
Pasma, e de ira e temor ao mesmo tempo cheio 
Resolve, espera, teme, vacila, gela e cora, 
Consulta o seu amor e o seu dever ignora. 
Voa a farpada seta da mão, que não se engana; 
Mas aí, que já não vives, ó mísera indiana!" 
Nestes versos de Silva Alvarenga, poeta árcade e ilustrado, faz-se alusão ao episódio de uma 
obra em que a heroína morre. Assinale a alternativa correta em que se mencionam o nome da 
heroína (1), o título da obra (2) e o nome do autor (3): 
a. Moema; (2) Caramuru; (3) Santa Rita Durão; 
b. Marabá; (2) Marabá; (3) Gonçalves Dias; 
c. Lindóia; (2) O Uraguai; (3) Basílio da Gama; 
d. Iracema; (2) Iracema; (3) José de Alencar; 
e. Marília; (2) Marília de Dirceu; (3) Tomás A. Gonzaga. 
45. (UFRN) 
"Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, 
Que viva de guardar alheio gado, 
De tosco trato, de expressões grosseiro, 
Dos frios gelos e dos sóis queimado. 
Das brasas ovelhinhas tiro o leite, 
E mais as finas lãs e que me visto." 
Pelas características de estilo, o texto acima deve ser atribuído a autor 
a. naturalista. 
b. simbolista. 
c. romântico. 
d. moderno. 
e. arcádico. 
46. (UEL-PR) Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamenteas 
lacunas do trecho apresentado 
Simplificando a linguagem lírica de Cláudio Manuel da Costa, mas evitando igualmente a 
diluição dos valores poéticos no sentimentalismo, as ... mais densas, dedicadas a ... fizeram de 
... uma figura central do nosso Arcadismo. 
a. crônicas - Marília - Dirceu 
b. crônicas - Gonzaga - Dirceu 
c. sátiras - Dirceu - Gonzaga 
d. liras - Gonzaga - Dirceu 
e. liras - Marília - Gonzaga 
47. (MACK-SP) Assinale a alternativa em que aparece uma característica imprópria do 
Arcadismo. 
a. Bucolismo. 
b. Presença de entidades mitológicas. 
c. Exaltação da natureza. 
d. Tranqüilidade no relacionamento amoroso. 
e. Evasão na morte. 
48. (PUCC-SP) 
"Acaso são estes 
os sítios formosos, 
aonde passava 
os anos gostosos? 
São estes os prados, 
aonde brincava, 
enquanto pastava, 
o manso rebanho 
que Alceu me deixou?" 
Os versos acima, de Tomás Antônio Gonzaga, são expressão de um momento estético em que 
o poeta: 
a. buscava expressão para o sentimento religioso associado à natureza, revestindo 
freqüentemente o poema do tom solene da meditação. 
b. tentava exprimir a insatisfação do mundo contemporâneo, dava grande ênfase à 
vida sentimental, tornando o coração a medida mais exata de sua existência. 
c. buscava a "naturalidade". O que havia de mais simples, mais "natural", que a 
vida dos pastores e a contemplação direta da natureza; 
d. tinha predileção pelo soneto, exercitando a precisão descritiva e dissertativa, o 
jogo intelectual, a famosa "chave de ouro"; 
e. acentuava a busca da elegância e do requinte formal, perdendo-se na minúcia 
descritiva dos objetos raros: vasos, taças, leques. 
49. (UFPB) Das afirmações abaixo, em torno do Barroco e do Arcadismo no Brasil, 
IX. cultismo (jogo de palavras) e o conceptismo (jogo de idéias) são típicos do 
Arcadismo brasileiro, preso a uma concepção neoclássica de arte. 
X. Pessimismo, gosto pelo paradoxo e pelas antíteses, culto do contraste são 
algumas das características do estilo barroco. 
XI. Profundamente relacionado com a Contra-Reforma, o estilo barroco procura a 
síntese entre o teocentrismo e o antropocentrismo. 
XII. Os poetas Gregório de Matos, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama são 
representantes típicos do Arcadismo no Brasil. 
são corretas, apenas, 
a. I e II. 
b. II e III 
c. III e IV 
d. I, II e III 
e. II, III e IV 
50. (UM-SP) Entende-se por literatura árcade: 
a. a linha européia de produção literária com linguagem rebuscada. 
b. a linha européia de produção literária que volta aos padrões clássicos. 
c. a produção de poesia lírico-amorosa da geração byroniana. 
d. a produção de poesia lírica nacional com retórica aprimorada. 
e. a linha européia que prega a "arte pela arte". 
51. (F.C.CHAGAS-BA) 
"A ciência e o racionalismo constituem as 'luzes' com que se costuma caracterizar o século. 
Razão que 'ilumina', que ilustra, que esclarece os homens, que os conduz ao progresso. Daí as 
palavras 'Iluminismo' e 'Ilustração', que caracterizam as manifestações culturais do momento, 
o conjunto de tendências características do século." 
O texto refere-se: 
a. ao século XVI, correspondente ao florescimento da literatura informativa no 
Brasil. 
b. ao século XVII, momento em que se cultiva a literatura barroca. 
c. ao século XVIII, época que se identifica com o Neoclassicismo. 
d. às primeiras décadas do século XIX, quando se instaura o Realismo na literatura 
brasileira. 
e. à última década do século XIX, correspondente à vigência da literatura 
simbolista. 
52. (CESESP-PE) 
IX. "O momento ideológico, na literatura do Setecentos, traduz a crítica da 
burguesia culta aos abusos da nobreza e do clero." 
X. "O momento poético, na literatura do Setecentos, nasce de um encontro, 
embora ainda amaneirado, com a natureza e os afetos comuns do homem." 
XI. "Façamos, sim, façamos, doce amada./ Os nossos breves dias mais ditosos" A 
característica que está presente nestes versos é o carpe diem ("gozar a vida"). 
I. Só a proposição I é correta. 
II. só a proposição II é correta. 
III. Só a proposição III é correta. 
IV. São corretas as proposições I e II. 
V. Todas as proposições são corretas. 
53. (FUVEST-SP) 
"Por fim, acentua o polimorfismo cultural desta época o fato de se desenrolarem 
acontecimentos historicamente relevantes, como a Inconfidência Mineira e a transladação da 
corte de D.João VI para o Rio de Janeiro." (Massaud Moisés) 
A época histórica a que se refere o crítico é a do: 
a. Simbolismo 
b. Arcadismo 
c. Parnasianismo 
d. Realismo 
e. Romantismo 
54. (UFPA) A pastora Marília, conforme nos é apresentada nas liras de Tomás Antônio 
Gonzaga, carece de unidade de enfoques; por isso é muito difícil precisar, por exemplo, seu 
tipo físico. Esta imprecisão da pastora: 
a. é suficiente para seu autor ser apontado como pré-romântico. 
b. é fundamental para situar o leitor dentro do drama amoroso do autor. 
c. reflete o caráter genérico e impessoal que a poesia neoclássica deveria assumir. 
d. é responsável pela atmosfera de mistério, essencial para a poesia neoclássica. 
e. mostra a intenção do autor em não revelar o objeto do seu amor. 
55. (VUNESP-SP) Há no Arcadismo brasileiro uma obra satírica de forma epistolar que 
suscitou dúvidas de autoria durante mais de um século. Assinale abaixo a alternativa que 
apresente o nome correto dessa obra e seu autor mais provável. 
a. reino da estupidez e Francisco de Melo Franco 
b. Viola de Gereno e Domingos Caldas Barbosa 
c. desertor e Manuel Inácio da Silva Alvarenga 
d. Cartas chilenas e Tomás Antônio Gonzaga 
e. os Bruzundangas e Lima Barreto 
56. (UM-SP) Sobre o poema O Uraguai, é correto afirmar que: 
a. herói do poema é Diogo Álvares, responsável pela primeira ação colonizadora na 
Bahia. 
b. índio Cacambo, ao saber da morte de sua amada, Lindóia, suicida-se. 
c. escrito em plena vigência do Barroco, filiou-se à corrente cultista. 
d. os jesuítas aparecem como vilões, enganadores dos índios. 
e. segue a estrutura épica camoniana, com versos decassílabos e estrofes em 
oitava rima. 
57. (UFPE) 
"Tanto a busca da simplicidade formal quanto a da clareza e eficácia das idéias se ligam ao 
grande valor dado à natureza, como base da harmonia e da sabedoria. Daí o apreço pela 
convenção pastoral, isto é, pelos gêneros bucólicos que visam representar a inocência e a 
sadia rusticidade pelos costumes rurais, sobretudo dos pastores." (A. Candido & A. Castello) 
Esse excerto relaciona-se a um determinado estilo literário. Assinale, então, o autor 
que não pertence ao estilo em questão. 
a. Tomás Antônio Gonzaga. 
b. Cláudio M. da Costa 
c. Santa Rita Durão 
d. Manuel Botelho de Oliveira 
e. Basílio da Gama. 
58. (UnB-DF) Marque a opção que identifica autor, obra e escola a que pertence o seguinte 
trecho. 
"Inda conserva o pálido semblante 
Um não sei quê de magoado e triste, 
Que os corações mais duros enternece. 
Tanto era bela no seu rosto a morte!" 
a. Gonçalves Dias/ I-Juca Pirama/ Romantismo 
b. Castro Alves/ vozes d'África/ Romantismo 
c. Santa Rita Durão/ Caramuru/ Arcadismo 
d. Basílio da Gama/ O Uraguai/ Arcadismo 
e. n.d.a. 
59. (ESAN-SP) Assinale a alternativa correta quanto a autores e obras neoclássicas ou 
arcádicas: 
a) Vila Rica (1839), poema épico que trata da descoberta do ouro em Minas Gerais e a 
fundação de Vila Rica. 
Autoria: Cláudio Manuel da Costa. 
b) "Minha bela Marília, tudo passa: 
A sorte deste mundo é mal segura; 
Se vem depois dos males a ventura, 
Vem depois dos prazeres a desgraça." 
Fragmento de Marília de Dirceu (1792). 
Autoria: Tomás Antônio Gonzaga. 
c) Frei Santa Rita Durão, a exemplo de Os Lusíadas, de Camões, compõe Caramuru (1781), 
em dez cantos, em oitava rima, observando as unidades tradicionais: proposição, invocação, 
dedicatória, narrativa e epílogo. 
d) O Uraguai (1769) é poema épico escrito por Basílio da Gama. rompe o modelo camoniano, 
pois está dividido em cinco cantos, com estrofação livre e versosbrancos. 
e) Todas são corretas. 
60. (PUCC-SP) Pode-se afirmar que Marília de Dirceu e as Cartas chilenas são, 
respectivamente: 
a. altas expressões do lirismo amoroso e da sátira política, na literatura do século 
XVIII. 
b. exemplos da poesia biográfica e da literatura epistolar cultivadas no século XVII. 
c. exemplos do lirismo amoroso e da poesia de combate, cultivados sobretudo 
pelos poetas românticos da chamada "terceira geração". 
d. altas expressões do lirismo e da sátira da nossa poesia barroca. 
e. expressões menores da prosa e da poesia de nosso Arcadismo, cultivadas no 
interior das Academias. 
61. (UFRS) Os fragmentos abaixo referem-se à questão abaixo: 
1- Nise? Nise? onde estás? Aonde espera 
Achar-te uma alma, que por ti suspira (...) 
2- Glaura! Glaura! não respondes? 
E te escondes nestas brenhas? 
Dou às penhas meu lamento; 
Ó tormento sem igual! 
3- Minha bela Marília, tudo passa; 
A sorte deste mundo é mal segura; 
Se vem depois dos males a ventura, 
Vem depois dos prazeres a desgraça. 
Os poetas árcades brasileiros tinham as suas musas inspiradoras, a quem se dirigiam 
freqüentemente em seus poemas. Pelas musas evocadas nos versos acima, pode-se dizer que 
os seus autores são, respectivamente, 
a. Cláudio Manoel da Costa, Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga 
b. José Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto. 
c. Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto. 
d. Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Frei Santa Rita Durão. 
62. (UNIFAP) 
"Já no calado monumento escuro 
Em cinzas se desfez teu corpo brando; 
E onde eu ver, oh Nise, o doce, o puro 
Lume dos olhos teus ir-se apagando! 
Hórridas brenhas, solidões procuro, 
Grutas sem luz frenético demando, 
Onde maldigo o fado acerbo e duro 
Teu riso, teus afagos suspirando: 
Darei da minha dor contínua prova, 
Em sombras cevarei minha saudade, 
Insaciável sempre, e sempre nova. 
No texto acima, de Manoel Maria Barbosa du Bocage, os versos refletem aproximação do autor 
com princípios das estéticas: 
a. árcade e parnasiana. 
b. árcade e barroca. 
c. romântica e simbolista. 
d. árcade e pré-romântica. 
e. parnasiana e pré-romântica. 
63. (MACK-SP) Obra que apresentou os maiores ideais da poesia árcade brasileira, expondo 
aspectos bucólicos, relacionados, em boa parte, ao carpe diem, foi: 
a. Uraguai. 
b. Caramuru 
c. vila Rica 
d. Liras de Marília de Dirceu 
e. Mocidade e Morte. 
64. (FESP) Aponte a alternativa cujo conteúdo não se aplica ao Arcadismo. 
a. Desenvolvimento do gênero épico, registrando o início da corrente indianista na 
poesia brasileira. 
b. Presença da mitologia grega na poesia de alguns poetas desse período. 
c. Propagação do gênero lírico em que os poetas assumem a postura de pastores e 
transformam a realidade num quadro idealizado. 
d. Circulação de manuscritos anônimos de teor satírico e conteúdo político. 
e. Penetração da tendência mística e religiosa, vinculada a expressão de ter ou não 
fé. 
65. (CENTEC-BA) Quando o poeta neoclássico pinta uma paisagem como um "estado de 
alma", podemos dizer que estamos diante de uma paisagem: 
a. tipicamente neoclássica. 
b. sugestivamente simbolista. 
c. rebuscadamente barroca. 
d. prenunciadora do Parnasianismo. 
e. antecipadamente romântica. 
66. (PUCCAMP-SP) A poesia pastoral não terá grande encanto se for tão grosseira quanto o 
natural ou limitar-se minuciosamente às coisas rurais. Falar de cabras e carneiros e dos 
cuidados que requerem nada tem de agradável em si; o que agrada é a idéia de tranqüilidade, 
ligada à vida dos que cuidam das cabras e dos carneiros. A busca do "encanto" acima referido, 
num momento em que a arte busca uma linguagem racional e simples, e o poeta tenta 
dissolver qualquer notação subjetiva, encontra-se nos versos: 
a) Se tu viesses, donzela, 
Verias que a vida é bela 
No deserto do sertão! 
Lá têm mais aromas as flores 
E mais amor os amores 
Que falam no coração! 
b) E sonho-me eu também me meio dos pastores. 
Menalcas é o meu nome, ou Hano, ou Tirses. Canto 
E cajado e surrão às plantas te deponho. 
Enastrado por ti o meu rabel de flores, 
Em contendas me travo a celebrar-te o encanto. 
Oh! tempos que lá vão! oh! vida antiga... oh! sonho! 
c) Longe, a tarde es estorce, em violácea agonia. 
Essas horas de susto e de melancolia, 
como é triste ao pastor transviado compreendê-las! 
d) Enquanto a luta jogam os Pastores, 
E emparelhados correm nas campinas, 
Toucarei teus cabelos de boninas, 
Nos troncos gravarei os teus louvores. 
e) Esta a imagem da vaca, a mais pura e singela 
que do fundo do sonho eu às vezes esposo 
e confunde-se à noite à outra imagem daquela 
que ama me amamentou e jaz no último pouso. 
67. (VUNESP-SP) Leia atentamente o seguinte texto: 
Correi de leite e mel, 
Ó Pátrio cio, 
E abri dos seios o metal guardado; 
Os borbotões de prata, e de oiro os cios 
Saiam de Luso a enriquecer o estado. 
Esses versos do árcade, admirador de Pombal, Cláudio Manuel da Costa: 
a. mostram a revolta do poeta contra a corte portuguesa. 
b. usam o fingimento poético para exaltar a natureza pátria. 
c. desejam que surjam o ouro e a prata dos rios da pátria para enriquecer 
Portugal. 
d. fazem uma associação poética entre prata e leite, mel e oiro. 
e. desejam que Portugal devolva o oiro ao Brasil. 
68. (UFJR-adaptada) Leia com atenção o texto de Manuel Maria Barbosa du Bocage, a 
seguir: 
Chorosos versos meus desentoados, 
Sem arte, sem beleza e sem brandura, 
Urdidos pela mão da Desventura. 
Pela baça Tristeza envenenados: 
Vede a luz, não busqueis, desesperados, 
No mundo esquecimento e sepultura: 
Se os ditosos vos lerem sem ternura, 
Ler-vos-ão com ternura os desgraçados. 
Não vos inspire, ó versos, cobardia, 
Da sátira mordaz o furor louco, 
De maldizente voz a tirania: 
Desculpa tendes, se valeis tão pouco, 
Que não pode cantar com melodia 
Um peito, de gemer cansado e rouco. 
Sobre o soneto acima é correto afirmar 
a. amor é apresentado de maneira controlada, de acordo com os princípios do 
racionalismo e equilíbrio que orientavam a criação poética do Arcadismo. 
b. texto demonstra que Bocage, apesar de pertencer à Arcádia Lusitana, ultrapassa 
os limites do Arcadismo e antecipa características da inspiração poética do 
Romantismo. 
c. poeta se identifica com os bem-aventurados e solicita a piedade do leitor para 
com os seus versos. 
d. a emoção não interfere na elaboração artística. 
e. sabe-se que Bocage foi um árcade rebelde; pertenceu à Nova Arcádia, mas foi 
expulso dela. O soneto em questão apresenta características formais neo-
clássicas e, quanto ao conteúdo, antecipa o sentimentalismo romântico. 
69. (CEETPS) Bucolismo; vida simples; refúgio na natureza; pastores, retomada de valores da 
antigüidade clássica greco-latina. Essas expressões caracterizam: 
a. a poesia romântica, cuja expressão primeira no Brasil, está na "Canção do Exílio" 
de Gonçalves Dias. 
b. a prosa naturalista, representada pelas obras de Aluísio Azevedo. 
c. a prosa modernista, especialmente o romance Macunaíma, de Mário de Andrade. 
d. Parnasianismo, cuja expressão máxima está na poesia de Olavo Bilac. 
e. a poesia do Arcadismo, de que são representantes Cláudio Manuel da Costa e 
Thomás Antônio Gonzaga. 
70. (CENTEC-BAHIA) Assinale a alternativa correta. 
"Minha bela Marília, tudo passa; 
a sorte deste mundo é mal segura; 
se vem depois dos males a ventura, 
vem depois dos prazeres a desgraça. 
Estão os mesmos deuses 
sujeitos ao poder do ímpio fado: 
Apolo já fugiu do céu brilhante, 
já foi pastor de gado." 
A única idéia não expressa pelo poeta, nesse texto, é: 
a. a vida é breve e a felicidade inconstante. 
b. os prazeres da vida vêm, sempre, seguidos da desventura. 
c. os homens e os deuses estão sujeitos às mesmas leis. 
d. destino determina a existência humana. 
e. a existência é considerada sob o prisma da religiosidade. 
71. (UFRS) Considereas seguintes afirmações. 
Sua obra foge dos artificialismos pastoris comuns ao Arcadismo, destacando-se nela o poema 
épico "O Uraguai", que trata da guerra entre portugueses, espanhóis e indígenas nos Sete 
Povos das Missões. 
é considerado um poeta de transição por realizar uma síntese entre a herança barroca, os 
ideais arcádicos e as solicitações do sentimento nativista, como acontece na "Fábula do 
Ribeirão do Carmo" e, posteriormente, no poema épico "Vila Rica". 
Sua produção poética demonstra sintonia com a tradição árcade da vida simples, apego à vida 
pastoril e divinização da mulher, sobretudo nas "Liras", que retratam o seu amor pela noiva 
Maria Joaquina. 
As afirmações referem-se, respectivamente a 
a. Thomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e Cláudio Manuel da Costa. 
b. Basílio da Gama, Manuel Botelho de Oliveira, Thomás Antônio Gonzaga 
c. Frei Santa Rita durão, Cláudio Manuel da Costa e Thomás Antônio Gonzaga 
d. Cláudio Manuel da Costa, Manuel Botelho de Oliveira e Basílio da Gama. 
e. Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Thomás Antônio Gonzaga. 
72. (UFMG) Todas as alternativas, sobre Marília de Dirceu, estão corretas, EXCETO 
a. Em alguns poemas, contrapõe-se um passado feliz a um presente doloroso. 
b. Em determinados poemas, Gonzaga mescla à sua desgraça alguns elementos de 
humor. 
c. Na obra, a intensidade de sentimentos convive com um forte sentido de 
realidade. 
d. No conjunto da obra, Gonzaga tematiza tanto o seu amor por Marília quanto a 
infidelidade dela. 
e. No livro, uma das temáticas recorrentes é o amor inabalável do poeta por sua 
musa. 
73. (FUVEST) Os sonetos de Bocage que transpõem poeticamente a experiência do autor na 
região colonial de Goa apresentam alguns traços semelhantes aos dos poemas em que, 
anteriormente, Gregório de Matos enfocara a sociedade colonial da Bahia. sob esse aspecto, 
são traços comuns a ambos os poemas: 
a. presunção de superioridade, crítica da vaidade, preconceito de cor. 
b. sensualidade, crítica da presunção, elogio da mestiçagem. 
c. presunção de superioridade, elogio da nobreza local, sátira da mestiçagem. 
d. sensualismo, crítica da nobreza antiga, preconceito de cor. 
e. estilo tropical, crítica da vaidade, elogio da mestiçagem. 
74. (UFJF) Leia atentamente o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage, a seguir. 
"Incultas produções da mocidade 
Exponho a vossos olhos, ó leitores. 
Vede-as com mágoas, vede-as com piedade, 
Que elas buscam piedade e não louvores. 
Ponderai da Fortuna a variedade 
Nos meus suspiros, lágrimas e amores; 
Notai dos males seus a imensidade, 
A curta duração dos seus favores. 
E se entre versos mil de sentimento 
Encontrardes alguns, cuja aparência 
Indique festival contentamento. 
Crede, ó mortais, que foram com violência 
Escritos pela mão do fingimento, 
Cantados pela voz da Dependência." 
Considerando o soneto acima e a relação do poeta com o arcadismo português, é correto 
afirmar: 
a. Criticamente pode-se dividir a obra poética de Bocage em duas fases: uma 
árcade – quando a obediência do autor à normas da escola neoclássica é 
observada - e a outra pré-romântica – quando a individualidade, o pessimismo e 
o sentimentalismo levam o autor a discordar dos ideais seguidos na fase 
anterior. 
b. Criticamente pode-se considerar a obra poética de Bocage integralmente árcade, 
com o poeta revelando pleno domínio das técnicas propostas pela escola 
neoclássica e demonstrando uma atitude de conformismo com o conteúdo 
dessas propostas. 
c. Criticamente pode-se dizer que Bocage representa o mais autêntico estilo 
romântico na totalidade de sua produção, com o poeta ultrapassando as normas 
estéticas do Arcadismo do século XVIII. 
d. Criticamente a obra poética de Bocage é vista como um divisor de águas entre a 
estética da poesia do Renascimento e os propósitos de valorização do 
individualismo no movimento do Realismo. 
e. Nenhuma das reflexões acima está correta. 
75. (UFU) 
"Tem pesado semblante, a cor é baça 
O corpo de estatura um tanto esbelta, 
Feições compridas e olhadura feia, 
Tem grossas sombrancelhas, testa curta, 
Nariz direito e grande, fala pouco 
Em rouco baixo som de mau falsete. 
Sem ser velho, já tem cabelo ruço 
E cobre este defeito a fria calva 
À força do polvilho, que lhe deita." 
O trecho acima pertence a uma obra importante de certo período da literatura brasileira, e 
descreve com impiedade o tirano Luís da Cunha Menezes, que governou a cidade na época em 
que fervilhava uma vida cultural com traços cosmopolitas e impulsos de liberdade. Aponte 
dentre as alternativas abaixo aquela que explicita o título da obra, o período a que pertence e 
a cidade em questão. 
a. Cartas chilenas, Arcadismo, Vila Rica. 
b. Uraguai, Indianismo, Rio de Janeiro. 
c. Cartas persas, Realismo, Ouro Preto. 
d. Cartas mineiras, Romantismo, Ouro Preto. 
e. Caramuru, Simbolismo, Vila Rita. 
76. (UEL) 
"Fumam ainda nas desertas praias 
Lagos de sangue, tépidos e impuros, 
Em que ondeiam cadáveres despidos, 
Pasto de corvos." 
Os versos acima são excerto do poema que concilia louvações dirigidas ao Marquês de Pombal 
e exaltação de heroísmo indígena. Trata-se da obra: 
a. Caramuru, de Santa Rita Durão. 
b. Uraguai, de Basílio da Gama. 
c. Vila Rica, de Cláudio Manuel da Costa. 
d. Glaura, de Silva Alvarenga. 
e. Cartas chilenas, de Thomás Antônio Gonzaga 
77. (FUVEST) As chamadas Cartas Chilenas são obra anônima porque: 
a. os originais, assinados pelo autor, perderam-se em um terremoto do Chile. 
b. a ditadura que dominou o Brasil, entre 1937 e 1945, tornava perigosa a 
divulgação do nome de seu autor. 
c. seu conteúdo pornográfico, pouco condizente com a moral da época, 
desaconselhava a relação da autoria. 
d. contendo severas críticas ao governador de uma Província, seria imprudente a 
divulgação do nome de seu autor. 
e. nome do autor é substituído pelo pseudônimo Fanfarrão Minésio, que os críticos 
ainda não conseguiram identificar. 
Gabarito: 
1. B 
2. A 
3. E 
4. C 
5. D 
6. B 
7. E 
8. C 
9. A 
10. E 
11. D 
12. A 
13.A 
14.E 
15.C 
16.D 
17.A 
18.E 
19.2+16+32=50 
20.B 
21.B 
22.A 
23.D 
24.C 
25.A 
26.B 
27.D 
28.C 
29.E 
30.D 
31.C 
32.E 
33.A 
34.C 
35.E 
36.C 
37.D

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