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RESUMO DO MARCO LEGAL UE15 Você sabe quais são os principais marcos da educação brasileira no âmbito legal e como elas se relacionam com a educação municipal? Os direitos humanos possuem o objetivo de garantir a todos o respeito à vida, à liberdade, à dignidade e ao pleno desenvolvimento da personalidade humana. Fornecê-los aos cidadãos é uma obrigação do Estado. 01 Hoje, também chamados de direitos fundamentais ou de cidadania, cinco dimensões de direitos huma- nos definidas por especialistas, são elas: São aqueles que visam preservar a liberdade dos indivíduos e os proteger contra eventuais desmandos do Estado. Isso significa que esses direitos exigem a abstenção e a não intervenção ou ações negativas do Estado. Esse tipo de direito ultrapassa o interesse do indivíduo como um só, olhando para o quadro como um todo e protegendo o gênero humano. São envolvidos: solidariedade, fraternidade, humanismo e universalidade. São exemplos de direitos transindividuais o direito ao desenvolvimento, à paz, proteger o meio ambiente, entre outros. CIVIS E POLÍTICOS TRANSINDIVIDUAIS 02 Buscam a defesa da igualdade em diversos âmbitos, como: saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados. Para garanti-los, o Estado precisa possuir uma posição positiva. Também derivados da modernidade da população e a forma como as pessoas utilizam os meios tecnológicos de comunicação, os direitos virtuais englobam respeito à honra, à imagem e têm a finalidade de proteger não só as pessoas naturais, mas também as pessoas jurídicas frente ao uso irresponsável dos meios de comunicação eletrônica. Com a mudança da sociedade, novas demandas jurídicas surgiram, assim como novos tipos de conflito. São abordados o direito de morrer com dignidade, e mudança de sexo e também a contrariedade à manipulação genética. SOCIAIS VIRTUAIS CONFLITOS JURÍDICOS FRUTOS DA CONTEMPORANEIDADE Mesmo com uma legislação tão clara em relação ao direito educacional, esse ainda não se pode conside- rar cumprido no Brasil, já que nem todas as crianças e adolescentes têm acesso ou completam a educa- ção básica. Para que o País avance neste quesito, o Dirigente Municipal, deve desenvolver ações que resultem na inclusão, na igualdade e na qualidade da educação para todos. Lembre-se: é dever do Estado de- senvolver políticas públicas que garantam estes direitos a todos os indivíduos. Para isso, você dispõe de diversos marcos legais voltados ao tema, como: Constituição de 1988; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Estatuto da Criança e do Adolescente; Diretrizes curriculares nacionais. CONSTITUIÇÃO DE 1988 O artigo 208 responsabiliza o Estado pela “Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive a sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade pró- pria”. E, mesmo com quase 100% das crianças brasi- leiras matriculadas no primeiro ano do ensino funda- mental, muitas não chegam ao fim deste ciclo ou não concluem o Ensino Médio. A constituição é clara e também evidencia a necessi- dade da colaboração entre várias partes para atingir este objetivo, são elas: União, estados, Distrito Federal e os municípios. M U N IC ÍP IO S EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO • Pré-escola • Creche • Séries finais • Séries iniciais E S TA D O S Atente-se a dois parágrafos do mesmo artigo, que reforçam o conceito de dever do Estado: § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratui- to é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigató- rio pelo Poder Público, ou sua oferta irregu- lar, importa responsabilidade da autoridade competente. Essa parceria oferece uma visão sistêmica da educação da sua cidade. Mantenha em mente que, ao oferecer uma boa alfabetização, a criança terá bons resultados ao longo do ensino fundamental e, consequentemente, no ensino médio. 03 LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS Promulgada em 1996, a LDB tem o objetivo de reafir- mar o direito à educação, e você, como responsável pela educação em seu município, deve estar atento às alterações e fazer consultas rotineiras em fontes segu- ras e confiáveis, como o site do Planalto. Ao estabelecer os deveres do Estado, a LDB também dá maior abrangência no texto constitucional, confira um exemplo sobre o atendimento educacional espe- cializado aos portadores de deficiência: O ECA, criado em 1990, oferece algumas definições em relação ao direito à educação, como a definição entre os dois grupos de alunos, crianças e adolescentes: Crianças: até 12 anos; Adolescentes: entre 12 e 18 anos. As orientações dadas pelo estatuto devem ser aplica- das de forma igualitária, sem nenhum tipo de discrimi- nação por qualquer que seja. As DCNs são um conjunto de definições para a Educa- ção Básica, que é responsável por orientar o sistema de ensino, desde a organização, até a avaliação das propostas pedagógicas. A autonomia das redes e es- colas não é ferida pelas DCNs pois há liberdade para trabalhar os conteúdos e definir metodologias, levan- do em conta a realidade de cada região. Como DME, você precisa ter conhecimento sobre quantas crianças e jovens do seu município estão fora da escola para, se necessário, pedir a colaboração do conselho tutelar e garantir o direito à educação que eles possuem. Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; Atendimento educacional especializado gratui- to aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; II III O ECA deixa claro que, assegurar os direitos destes dois públicos é dever da comunidade, sociedade em geral, família e poder público. Torne sua cidade uma referência no cumpri- mento destes direitos fundamentais!
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