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A) Localização: Começa no piloro no lado direito e termina na junção duodenojejunal no lado esquerdo (ao nível de LII), fazendo um trajeto em C ao redor da cabeça do pâncreas. Está relativamente fixado em sua posição, porque apenas a parte superior se encontra em uma localização intraperitoneal, sendo aqui fixada pelo fígado pelo ligamento hepatoduodenal, enquanto as demais partes estão em posição retroperitoneal secundária, sendo envolvidas por um tecido conjuntivo. Porções e relações anatômicas: 1° Porção: superior -> ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio cobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente, com exceção da ampola. A parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal (parte do omento menor) fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente - 2cm iniciais: ampola ou bulbo duodenal, tem mesentério e é móvel - 3 cm finais e restante do duodeno: não tem mesentério, fixas, retroperitoneais 2° Porção: descendente -> segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Inicialmente, situa-se à direita da VCI. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial, os quais geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre em uma eminência, a papila maior do duodeno, localizada posteromedialmente na parte descendente do duodeno. A parte descendente do duodeno é totalmente retroperitoneal. A face anterior de seus terços proximal e distal é coberta por peritônio; entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio para formar o mesentério duplo do colo transverso, o mesocolo transverso. 3° Porção: horizontal -> segue transversalmente para a esquerda, passando sobre a VCI, a aorta e a vértebra L III. É cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores e pela raiz do mesentério do jejuno e íleo. Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado. A face anterior da parte inferior é coberta por peritônio, exceto na parte em que é cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério. Posteriormente, é separada da coluna vertebral pelo músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou ováricos direitos. 4° Porção: ascendente -> segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pela inserção do músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz), o qual é formado por uma alça de músculo esquelético do diafragma e uma faixa fibromuscular de músculo liso da terceira e quarta partes do duodeno. A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal. O músculo suspensor do duodeno passa posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica e anteriormente à veia renal esquerda. Delimitação externa: 1° Porção: curta (5 cm), situada anterolateralmente ao corpo da vértebra L I; geralmente dilatada na ampola 2 ° Porção: mais longa (7 a 10 cm), desce ao longo das faces direitas das vértebras L I a L III 3° Porção: (6 a 8 cm), cruza a vértebra L III 4° Porção: curta (5 cm), começa à esquerda da vértebra L III e segue superiormente até a margem superior da vértebra L II B) Embora o sangramento nas úlceras duodenais seja comum, a erosão da artéria gastroduodenal (uma relação posterior da parte superior do duodeno) por uma úlcera duodenal resulta em hemorragia grave para a cavidade peritoneal e subsequente peritonite. *imagem na letra C* C) Territórios vasculares artérias de acordo com a flexura duodenojejunal As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica superior. O tronco celíaco, por intermédio da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal superior, supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco na parte descendente do duodeno. A artéria mesentérica superior, por meio de seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o duodeno distal à entrada do ducto colédoco. As artérias pancreaticoduodenais situam-se na curvatura entre o duodeno e a cabeça do pâncreas e irrigam as duas estruturas. A anastomose das artérias pancreaticoduodenais superior e inferior (entre o tronco celíaco e a artéria mesentérica superior) ocorre entre a entrada do ducto colédoco e a junção das partes descendente e inferior do duodeno. Aqui ocorre uma importante transição na irrigação do sistema digestório: na parte proximal, estendendo- se oralmente até inclusive a parte abdominal do esôfago, o sistema digestório é irrigado pelo tronco celíaco; na região distal, estendendo-se aboralmente (afastando-se da boca) até a flexura esquerda do colo, o sangue provém da AMS. * De forma geral: antes da flexura irrigação provém do tronco celíaco e da mesentérica superior, depois da flexura apenas da mesentérica. D) As relações anatômicas e a vascularização da cabeça do pâncreas, ducto colédoco e duodeno tornam impossível retirar toda a cabeça do pâncreas. Em geral, conserva-se a margem do pâncreas ao longo da margem medial do duodeno para preservar a vascularização duodenal. E) A perfuração posterior do antro gástrico pode levar ao acúmulo de secreção na bolsa omental. Sendo que a secreção pode ficar retida nesse local porque ele é limitado da seguinte forma: Anterior: lobo quadrado do fígado, limite gastrocólico e omento menor; Esquerda: rim esquerdo e glândula adrenal esquerda; Posterior: pâncreas; Direita: forame omental (comunicação com a cavidade peritoneal) e omento menor. Posteriormente, o estômago relaciona-se com a bolsa omental e o pâncreas; a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental. O colo transverso tem relação inferior e lateral com o estômago e segue ao longo da curvatura maior do estômago até a flexura esquerda do colo. F) Diferenças macroscópicas das mucosas * esôfago: tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso não-queratinizado * estômago: epitélio de revestimento simples cilíndrico * duodeno: epitélio de revestimento simples colunar com borda em escova e células caliciformes Estruturas na segunda porção do duodeno: Papila maior: ducto colédoco + ducto pancreático principal, podem formar a ampola hepatopancreática. Papila menor: ducto pancreático acessório