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Unidade IV ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Prof. Alexandre Laurindo Utilizaremos os mesmos dados aplicados no método do valor presente líquido. O capital desembolsado no início do período é de $ 360.000, sendo: $ 180.000 de terceiros a uma taxa de juros de 9% ao ano; $ 180.000 dos acionistas (próprios) e a taxa desejada de retorno de 16% ao ano. Aplicação do método do EVA comparado ao VPL Os fluxos de caixa ou lucros que ocorrem do ano 1 ao ano 5 são: ano 1 = $ 51.000; ano 2 = $ 115.000; ano 3 = $ 264.000; ano 4 = $ 200.000; ano 5 = $ 250.000; Aplicação do método do EVA comparado ao VPL Organizando os dados: Os investimentos podem ser organizados na estrutura do balanço patrimonial, como a seguir, sobre investimento inicial: Aplicação do método do EVA comparado ao VPL Ativo Reais Passivo Reais Ativo circulante 180.000 Empréstimos 180.000 Ativo imobilizado 180.000 Capital próprio 180.000 Total (ou operacional) 360.000 Total 360.000 Após a organização no balanço patrimonial, demonstrando os valores aplicados e em que foram aplicados, agora podemos apurar a demonstração de receitas e despesas ou lucros anuais. Isso é possível confrontando receitas e despesas. Tabela DRE: Aplicação do método do EVA comparado ao VPL Itens Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Receitas 100.000 230.000 528.000 400.000 500.000 (-) Custos e despesas (49.000) (115.000) (264.000) (200.000) (250.000) (-) Depreciação (36.000) (36.000) (36.000) (36.000) (36.000) Lucro antes das despesas financeiras 15.000 79.000 228.000 164.000 214.000 (-) Despesas financeiras (16.200) (16.200) (16.200) (16.200) (16.200) (-) Lucro líquido (1.200) (62.800) 211.800 147.800 197.800 (-) Custo capital próprio (28.800) (23.040) (17.280) (11.520) (5.760) =EVA (30.000) 39.760 194.520 (136.280) 192.040 O custo do capital próprio foi assim calculado: aplicando-se a taxa de 16% sobre o capital próprio de $ 180.000. * Taxa de 16% aplicada sobre o capital líquido investido no início de cada ano. Aplicação do método do EVA comparado ao VPL Itens Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Capital próprio investido 180.000 180.000 180.000 180.000 180.000 180.000 (-) Depreciação acumulada (36.000) (72.000) (108.000) (144.000) (180.000) Capital líquida investido 180.000 144.000 108.000 72.000 36.000 Taxa de 16% ao ano 28.800 23.040 17.240 11.520 5.760 Cálculo do valor presente do EVA ou lucros econômicos: A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (1 + i)n. Também deve ser utilizada a taxa de desconto ou de custo de capital próprio, definida em 16% ao ano. Aplicação do método do EVA comparado ao VPL Existe outra maneira de se calcular o custo de capital próprio mais o de terceiros – por meio do custo médio de capital ponderado. Taxa de desconto Em que: CMCP = custo médio de capital ponderado; CCT = taxa de custo do capital de terceiros; CCA = taxa de custo do capital próprio; CT = valor do capital de terceiros; CA = valor do capital próprio. Taxa de desconto Cálculo para o ano 1: Passo 1: calcular o custo médio ponderado; o cálculo envolve as taxas de custo de capital de terceiros de 9% e custo do capital próprio de 16%, ponderado pela participação de cada capital sobre o total do capital à disposição da empresa. Solução de investimento CMCP = 9% x 0,5 + 16% x 0,5 CMCP = 0,045 + 0,08 CMCP = 0,125 Transformando em porcentagem: 12,5% Solução de investimento Passo 2: obter a taxa de retorno sobre os ativos. Veja a aplicação: Lucro do ano 1 antes das despesas financeiras = $ 15.000. Ativo operacional líquido = $ 360.000. Solução de investimento Passo 3: cálculo do EVA. EVA = AOL x (RSA – CMPC). Em que: AOL = ativo operacional líquido = 360.000. RSA = taxa de retorno sobre o ativo operacional = 4,17% (calculada acima, no passo dois). CMPC = taxa de média ponderada de capital = 12,50% (calculada no passo um). EVA ano 1 = 360.000 x (4,17% – 12,50%) = (30.000) (valor arredondado). Obs.: não se esqueça de que para multiplicar por %, deve-se considerar o valor dividido por 100, exemplo: 0,0417 e 0,125. Solução de investimento Cálculo para o ano 2: Passo 1: calcular o custo médio ponderado; o cálculo envolve as taxas de custo de capital de terceiros de 9% e custo do capital próprio de 16%, ponderado pela participação de cada capital sobre o total do capital à disposição da empresa. Solução de investimento Passo 2: obter a taxa de retorno sobre os ativos. Veja a aplicação: Lucro do ano 2 antes das despesas financeiras = $ 79.000. Ativo operacional líquido = $ 360.000 (obs.: no ano 2, temos que ajustar os valores, ou seja, abater a depreciação). Solução de investimento Passo 3: cálculo do EVA EVA = AOL x (RSA – CMPC) Em que: AOL = ativo operacional líquido = 360.000 – 36.000. RSA = taxa de retorno sobre o ativo operacional = 24,38%. CMPC = taxa de média ponderada de capital = 12,11%. EVA ano 2 = 324.000 x (24,38% – 12,1%) = 39.787,20. Solução de investimento No cálculo do valor presente do EVA, assinale a alternativa correta sobre a fórmula de cálculo da taxa de desconto: a) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (1 + i)n. b) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (1 + x)n. c) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (x + 1)n. d) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (a + b)n. e) Todas estão incorretas. Interatividade No cálculo do valor presente do EVA, assinale a alternativa correta sobre a fórmula de cálculo da taxa de desconto: a) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (1 + i)n. b) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (1 + x)n. c) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (x + 1)n. d) A taxa de desconto foi encontrada por meio da fórmula (a + b)n. e) Todas estão incorretas. Resposta Cálculo para o ano 3: Passo 1: calcular o custo médio ponderado; o cálculo envolve as taxas de custo de capital de terceiros de 9% e custo do capital próprio de 16%, ponderado pela participação de cada capital sobre o total do capital à disposição da empresa. CMCP = 9% x 0,6527 + 16% x 0,375 CMCP = 0,0587 + 0,06 = 0,1187 Multiplicando por 100 = 11,87% Solução de investimento Passo 2: obter a taxa de retorno sobre os ativos. Veja a aplicação: Lucro do ano 3 antes das despesas financeiras = $ 228.000. Ativo operacional líquido = $ 288.000 (324.000 – 36.000). Taxa de retorno sobre os ativos = lucro antes das despesas financeiras/ativo operacional ou ativo total x 100. Solução de investimento Passo 3: cálculo do EVA EVA = AOL x (RSA – CMPC) Em que: AOL = ativo operacional líquido = 288.000. RSA = taxa de retorno sobre o ativo operacional = 79,17%. CMPC = taxa de média ponderada de capital = 11,87%. EVA ano 3 = 288.000 x (79,17 % – 11,87%) = 193.824. Solução de investimento Cálculo para o ano 4: Passo 1: calcular o custo médio ponderado; o cálculo envolve as taxas de custo de capital de terceiros de 9% e custo do capital próprio de 16%, ponderado pela participação de cada capital sobre o total do capital à disposição da empresa. CMCP = 9% x 0,7142 + 16% x 0,2857 CMCP = 0,0642 + 0,0457 = 0,1099 Multiplicando por 100 = 10,99% Solução de investimento Passo 2: obter a taxa de retorno sobre os ativos. Veja a aplicação: Lucro do ano 4 antes das despesas financeiras = $ 164.000. Ativo operacional líquido = $ 252.000. Solução de investimento Passo 3: cálculo do EVA EVA = AOL x (RSA – CMPC) Em que: AOL = ativo operacional líquido = 252.000. RSA = taxa de retorno sobre o ativo operacional = 65,08%. CMPC = taxa de média ponderada de capital = 10.99%. EVA ano 4 = 252.000 x (65,08 % – 10,99%)= 136.306,80. Solução de investimento Cálculo para o ano 5: Passo 1: calcular o custo médio ponderado; o cálculo envolve as taxas de custo de capital de terceiros de 9% e custo do capital próprio de 16%, ponderado pela participação de cada capital sobre o total do capital à disposição da empresa. CMPC = 9% x 180.000/(180.000 + 36.000) + 16% x 36.000/(180.000 + 36.000) CMPC = 9% x 180.000/216.000 + 16% x 36.000/216.000 CMPC = 10,17% Solução de investimento CMCP = 9% x 0,8333 + 16% x 0,1666 CMCP = 0,0750 + 0,0266 = 0,1016 Multiplicando por 100 = 10,16% Solução de investimento Passo 2: obter a taxa de retorno sobre os ativos. Veja a aplicação: Lucro do ano 5 antes das despesas financeiras = $ 214.000. Ativo operacional líquido = $ 216.000. Solução de investimento Passo 3: cálculo do EVA. EVA = AOL x (RSA – CMPC) Em que: AOL = ativo operacional líquido = 216.000. RSA = taxa de retorno sobre o ativo operacional = 99,07%. CMPC = taxa de média ponderada de capital = 10,16%. EVA ano 5 = 216.000 x (99,07% – 10,16%) = 192.045,60. Solução de investimento Conclusão: O cálculo do lucro econômico pode ser feito aplicando-se a taxa do custo de capital próprio de 16% ao ano sobre o capital próprio, ou por meio da utilização da fórmula do custo médio de capital ponderado (CMCP), obtendo-se uma taxa média ponderada de custo de capital, deduzida da taxa de retorno dos ativos operacionais (RSA) e aplicada sobre o ativo operacional líquido, ou, nesse exemplo, o total do ativo. Solução de investimento Ativo operacional líquido é um conceito que se refere à soma do ativo total diminuído dos passivos operacionais (nesse exemplo dado, não temos o passivo operacional, somente o passivo financeiro), do que se conclui que o passivo ou capital de terceiros é composto por: passivo operacional; passivo financeiro. Solução de investimento Passivo operacional, ou seja, os passivos que se relacionam diretamente com atividades operacionais, tais como fornecedores, contas a pagar, salários a pagar etc. Passivo financeiro, também chamado passivo oneroso, que se refere ao capital de terceiros obtido na forma de empréstimos e financiamentos de instituições financeiras e bancárias. Solução de investimento O custo de capital é importante para decisões nos orçamentos de capital, isto é, na aquisição de investimentos em ativos imobilizados cuja finalidade principal é a produção dos bens e serviços que são necessários para a geração das receitas de vendas, lucros ou fluxos de caixas, tão necessários ao capital de giro das empresas. Solução de investimento Referente à fórmula do cálculo do EVA, assinale a alternativa correta: a) EVA = RSA x (AOL – CMPC) b) EVA = AOL x (RSA – CMPC) c) EVA = AOL x (CMPC – RSA) d) EVA = CMPC x (RSA – AOL) e) EVA = CMPC x (AOL – RSA) Interatividade Referente à fórmula do cálculo do EVA, assinale a alternativa correta: a) EVA = RSA x (AOL – CMPC) b) EVA = AOL x (RSA – CMPC) c) EVA = AOL x (CMPC – RSA) d) EVA = CMPC x (RSA – AOL) e) EVA = CMPC x (AOL – RSA) Resposta Como capital de giro, podemos entender simplificadamente que corresponde ao investimento no ativo circulante da empresa, nas contas de duplicatas a receber que se originam das vendas a prazo e da conta de estoques que são necessários à produção de novos produtos, quando se trata de uma indústria ou de mercadorias para revenda, no caso das empresas comerciais. Solução de investimento O custo de capital também é muito importante na determinação da alavancagem financeira e, como foi definido anteriormente, a alavancagem financeira refere-se ao grau de utilização do capital de terceiros que tem um custo explícito, representado pelas despesas financeiras, já que estas se originam das taxas de juros contratadas nos empréstimos e nos financiamentos bancários. Solução de investimento Fica evidente que o capital de terceiros, ou, como também é chamado, passivo com juros, quando ingressa na empresa, deve produzir um lucro maior ou pelo menos igual aos juros que serão pagos às instituições financeiras. Sendo maior o lucro, o excesso é adicionado ao lucro líquido, que também é produzido pelo capital próprio da empresa e, dessa forma, proporciona um maior ganho aos sócios ou acionistas da empresa. Podemos utilizar os dados EVA calculados desde o ano 1 ao 5 para explicar como a empresa está ou não se alavancando favoravelmente. Solução de investimento Para os anos 1 a 5, temos as seguintes informações: Ano 1 Solução de investimento Ano 2 Ano 3 Solução de investimento Ano 4 Ano 5 Solução de investimento Pela demonstração dos quadros dos anos 1 a 5, podemos verificar o quanto o capital de terceiros contribuiu para a formação do lucro ano a ano, o quanto foi pago de juros anualmente e as sobras ou faltas que se agregaram ao lucro produzido pelo capital próprio. No exemplo dado, não devemos nos esquecer de que o capital inicial é de 360.000,00; sendo metade de terceiros e metade próprio. Solução de investimento O capital próprio foi aplicado diretamente no ativo imobilizado, sendo depreciado durante os cinco anos à razão de $ 36.000 anuais, o que significa que a empresa vinha recuperando o seu capital próprio ano após ano e trabalhando continuamente com o capital de terceiros. Os quadros dos anos 1 a 5 nada mais são do que uma demonstração ou simulação de quanto cada parcela de capital próprio e de terceiros contribuiu para a formação do lucro. Solução de investimento Cálculo do VPL Fluxo de caixa (entradas de caixa) Solução de investimento Fluxo de caixa a valor presente * A taxa de desconto deve ser somente a taxa de custo de capital próprio; nesse caso, definida em 16% ao ano. Solução de investimento Pode-se observar que o valor presente líquido calculado pelo método do EVA – lucro econômico ou valor presente líquido (VPL) – oferece os mesmos resultados de $ 295.005,79; ou seja, a empresa investe de capital próprio, $ 180.000, e o valor presente líquido do fluxo de caixa ou dos lucros futuros a valor presente corresponde a um valor maior que o valor investido, então, a decisão é investir. Solução de investimento É outra técnica de se trazer a valor presente as entradas futuras de caixa. A TIR é definida como a taxa que iguala a zero as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). Taxa Interna de Retorno (TIR) Calculando-se a TIR por meio de uma calculadora financeira, ou manualmente, por tentativa e erro, temos que achar uma taxa de juros que, aplicada às cinco entradas nominais de caixa de $ 51.000, $ 115.000, $ 264.000, $ 200.000 e $ 250.000; igualará as entradas e as saídas a zero. Em outras palavras, temos que fazer o seguinte raciocínio: Qual é a taxa de juros que em cinco anos iguala a zero as cinco entradas de caixa com a saída de caixa de $ 360.000 na data zero? Taxa Interna de Retorno (TIR) Para resolver esse problema da TIR, temos duas saídas. Utilizando uma calculadora financeira: Fazendo uma série de cálculos (manuais), utilizando diversas taxas de juros, até que encontremos a taxa de juros desejada, ou seja, aquela que iguala ao valor atual líquido dos fluxos de caixa de um projeto a zero. Em outras palavras, a taxa que faz com que o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas. Taxa Interna de Retorno (TIR) O quadro a seguir pode auxiliar você a ter esse entendimento: Veja que os valores de entrada atualizados se igualam, ou quase, ao valor do capital investido. Taxa Interna de Retorno (TIR) Os fluxos de caixas nominais trazidos a valor presente, descontados a uma taxa de 30,55% ao ano, igualam a zero a saída e as entradas de caixa a valor presente. Para cálculoda TIR, por meio da HP 12C, são necessárias as seguintes informações: Taxa Interna de Retorno (TIR) Para calcular (IRR): Pressione a função f IRR – a taxa interna encontrada será de 30,55%. Sendo a TIR superior ao custo de capital desejado de 25%, então, a decisão é investir, porque a TIR é superior a 25%. Concluindo, quando estamos fazendo uma análise de investimentos ou aquisição de ativos, os métodos do VPL e a TIR podem ser usados com mais simplicidade se houver apenas o capital próprio envolvido na aquisição do ativo; contudo, a taxa de custo de capital é, geralmente, a taxa de retorno desejada pelos acionistas. Taxa Interna de Retorno (IRR) Referente à TIR, assinale a alternativa correta. a) É definida como a taxa que iguala a zero as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). b) É definida como a taxa que iguala a um as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). c) É definida como a taxa que desiguala as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). d) É definida como a taxa que iguala a zero as saídas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). e) NDA. Interatividade Referente à TIR, assinale a alternativa correta. a) É definida como a taxa que iguala a zero as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). b) É definida como a taxa que iguala a um as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). c) É definida como a taxa que desiguala as entradas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). d) É definida como a taxa que iguala a zero as saídas futuras de caixa com as saídas de caixa na data do investimento ou do desembolso de caixa (data zero). e) NDA. Resposta Cada ramo de atividade tem um padrão de retorno, então, para defini-lo, basta verificar qual é a taxa para o ramo de negócio pretendido e, dessa forma, estimando-se as possibilidades de vendas, custos e despesas, determinando o fluxo de caixa nominal trazido ao valor presente pela taxa de desconto definida. Taxa Interna de Retorno (IRR) Basta verificar, no caso do modelo do VPL, se o fluxo descontado é igual ou maior que o valor inicial investido. Se o modelo eleito para ajuda na tomada de decisão for a TIR, basta comparar a taxa de retorno interna calculada a partir dos fluxos nominais de caixa. Sendo a taxa interna calculada igual ou maior que a taxa desejada, então, a decisão é investir. Taxa Interna de Retorno (IRR) Geralmente, a TIR apresenta-se maior que a taxa de retorno desejada, porque há uma suposição de que os fluxos gerados ano a ano são também reaplicados à taxa de retorno desejada. Por essas razões é que o VPL apresenta um excedente em reais, enquanto a TIR, um indicador de rentabilidade do projeto, deve ser comparada com a taxa mínima de atratividade do investidor. Taxa Interna de Retorno (IRR) Se a decisão for mais complexa e se pode existir capitais de terceiros envolvidos com o capital próprio, um dos caminhos é eleger uma taxa de custo de médio ponderado de capital (CMCP). O CMCP proporciona verificar se a empresa está alavancando favoravelmente quando utiliza o capital de terceiros ou empréstimos e financiamentos bancários, que também são chamados de passivos com juros ou passivos financeiros, diferentemente dos passivos operacionais, como a conta de fornecedores, que tem custos financeiros embutidos no seu preço e é de difícil determinação. Taxa Interna de Retorno (IRR) E também os passivos operacionais, como fornecedores, surgem naturalmente; a empresa, quando compra, necessariamente não precisa implorar prazos de pagamentos e créditos. Com as instituições financeiras, é necessário implorar por créditos e ficar sujeito a taxas de juros sobre as quais normalmente não se tem controle algum e, como sabemos, as taxas de juros em nosso país atingem patamares inimagináveis. Taxa Interna de Retorno (IRR) Existem as técnicas de demonstração de fluxos de caixa de natureza contábil, que a maioria das sociedades tem por obrigação elaborar e publicar para os diversos usuários da informação contábil e financeira; a Lei Societária faz essa exigência. Outras técnicas de fluxos de caixa Observe que os legisladores e os usuários das informações contábeis e financeiras deram grande importância à demonstração de fluxos de caixa, pois o seu objetivo principal é mostrar, entre um ano anterior e um ano atual, como a empresa alterou (diminuiu ou aumentou) o seu saldo de caixa. Outras técnicas de fluxos de caixa O balanço patrimonial, que é publicado comparativamente em dois anos consecutivos, mostra somente o saldo das disponibilidades ou de caixa no final do ano anterior e no final do ano atual. Porém, não mostra como as disponibilidades aumentaram ou diminuíram de um ano para o outro. O papel de mostrar essas variações é da demonstração dos fluxos de caixa. Outras técnicas de fluxos de caixa De maneira geral, a estrutura da demonstração de fluxos de caixa está dividida em: a geração de caixa das atividades operacionais; a geração de caixas não operacionais. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa A geração de caixa das atividades operacionais, que decorrem do lucro obtido em cada ano, pode até se apresentar negativa, o que significa que a empresa não está conseguindo gerar uma das principais fontes de recursos, que são os lucros que decorrem das atividades operacionais principais, pelas quais a empresa se organizou e que são necessárias para a sua manutenção. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa O lucro das empresas, basicamente, destina-se a: pagar dividendos; pagar empréstimos bancários; uma parcela ainda deve sobrar para o atendimento das necessidades de capital de giro. Uma empresa necessita cada vez mais de capital de giro, ou seja, para financiar o ativo circulante, para manter o nível atual de atividades, ou para aumentar o seu volume de atividade, participando cada vez mais no mercado. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa Dessa forma, a empresa necessitará de quantias crescentes de capital de giro, principalmente para financiar os seus estoques e os investimentos em contas a receber. Em outras palavras, como dissemos anteriormente, necessita compatibilizar as vendas com o crescente aumento do ativo circulante, ou do ativo total. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa Geração de caixas não operacionais, que se referem às entradas e às saídas de dinheiro, que se originaram de outras fontes não operacionais, tais como novos aumentos do capital próprio em dinheiro, empréstimos e financiamentos bancários de curto e longo prazos, vendas de ativos imobilizados. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa As saídas não operacionais são as relativas à aquisição de novos ativos de longa duração, tais como o imobilizado, novas aquisições de ações de outras empresas, aplicações de recursos em projetos de pesquisas e desenvolvimentos de novos produtos ou novos processos de fabricação, pagamento de dividendos ou distribuição de lucros aos sócios ou acionistas etc. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa Como podemos observar, a demonstração dos fluxos de caixa mostra como a empresa está obtendo dinheiro e como está gastando ou aplicando os seus recursos de caixa. Importante observar que, às vezes, uma empresa apresenta, de um ano para outro, uma variação positiva no saldo de caixa, ou um aumento. A estruturada demonstração de fluxos de caixa O fluxo de caixa pode demonstrar que o aumento não decorreu das atividades operacionais ou do lucro; pode ter decorrido de empréstimos bancários de curto ou longo prazo e, em momentos especiais, essa situação pode ser até encarada como normal; porém, ao se analisar uma série maior de anos, ainda que a tendência seja de um aumento constante do saldo de caixa, mas advindo de empréstimos de instituições financeiras, poderá significar o seu crescente endividamento e a sua falência. Algumas empresas comprometem a sua continuidade por não cuidar do seu fluxo de caixa. A estrutura da demonstração de fluxos de caixa Quando falamos sobre o lucro das empresas, basicamente, destina-se a: I. Pagar dividendos. II. Pagar empréstimos bancários. III. Uma parcela ainda deve sobrar para o atendimento das necessidades de capital de giro. Assinale a alternativa de garantia correta. a) Apenas a afirmação I está incorreta. b) Apenas a afirmação III está incorreta. c) Somente a afirmação II está correta. d) Todas estão incorretas. e) Todas estão corretas. Interatividade Quando falamos sobre o lucro das empresas, basicamente, destina-se a: I. Pagar dividendos. II. Pagar empréstimos bancários. III. Uma parcela ainda deve sobrar para o atendimento das necessidades de capital de giro. Assinale a alternativa de garantia correta. a) Apenas a afirmação I está incorreta. b) Apenas a afirmação III está incorreta. c) Somente a afirmação II está correta. d) Todas estão incorretas. e) Todas estão corretas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!