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Análise Caso Henry Borel

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Caso Henry Borel (04 anos) – 08 mar. 2021
Inicial: Chega ao hospital já morto, 23 hematomas
Encontrado no quarto desacordado
Mae; Monique
	1ª versão: encontrou o filho por volta das 3h30
Padrasto: Jairo
	Encontraram o menino caído (há três versões)
Promotor: Fabio Vieira
Advogado: Claudio Dalledone
	Panico Nardoni: Criança que é encontrada falecida no ambiente domestico em que se conviver com madrasta ou padrasto, este já são culpabilizados
	Tratando sobre as acusações feitas a Jairo, de relacionamentos anteriores, ressalta que todas as denúncias feitas são posteriores ao caso do Henry, diz que é um caso de histeria coletiva, numa “nítida construção do monstro” 
Levam o menino Henry ao Barra D’Or, ZO – 4h10
Assistente técnico da defesa: Dr. Sami El Jundi – Art. 159, §§ 3º, 4º
	Diz que foi um grande erro médico
	Diz q a autópsia estava errada desde o início
	Diz q a perícia de local não diz nada, pois o quarto foi supostamente arrumado na manhã seguinte pela empregada do casal
	È uma perícia q foi feita no local do crime, mas q esse local não necessariamente reflete a disposição das coisas (móveis e etc) no momento do crime), mas ele supõe q não houve alteração, visto q “os móveis são grandes e pesados”
	Diz que apesar da mudança de narrativas, o núcleo se sustenta a todo tempo (o menino ser encontrado, as condições em q foi encontrado, a posição em q foi encontrado)
	Na última versão inclusive diz q o Jairo encontrou o menino, mas q quando ele acordou ela, o menino já tava na cama -> pra mim isso indica uma inclinação a culpabiliza-lo, pra mim ela foi coagida desde o início do processo a entrar na posição de “vítima” junto com Jairo, visando a não denúncia dela por outros crimes ou até por apego emocional. Porém, desde sempre, me parece q ela quer denuncia-lo, o que não foi capaz de fazê-lo no dia por um possível estado de choque, anestesiamento, causado pela conduta criminosa do Jairo.
Henry dá entrada em PCR, às 4h39 
Causa mortis: Laceração Hepática
Perita: Dra. Rosângela Monteiro
	Critica veementemente como o local foi encontrado “imaculado”
	“Uma casa que tem vida, que tem pessoas, não é algo imaculado”
	Diz que tá clara aí a necessidade de se arrumar o local
	No momento do elevador, Henry já tá hipotonia (diminuição do tônus muscular): está largado
	Menino branco: lividez (porque o sangue para de circular e vai para as partes mais baixas do corpo. Essa fase começa cerca de uma hora após a morte e dura até a marca de 9 a 12 horas): cor de cadáver
	Menino já está com a rigidez cadavérica no momento do elevador: processo iniciado pela rigidez na mandíbula, região cervical, membros superiores, tórax e membros inferiores
	Pode-se afirmar q ele já chegou morto, pois a reanimação é feita em um cadáver mesmo
	
Babá: Thayna
	Troca de msg intensa com Monique
	Na tarde do dia 12 de fevereiro, relata q Jairo maltratava o menino
		- Monique inclusive fala que queria instalar microcâmera 
		- Jairo apavora o mlk, dizendo q vai pegar ele, caso não obedeça a sua mãe
		- Babá manda um vídeo do garoto mancando
 
Tiago Pavinatto
	Professor Mestre e Doutor pela faculdade de Direito da USP
	Diz, já na parte final, que, apesar de o assistente técnico ter a mesma conclusão de causa mortis do perito oficial, o que ele faz é armar uma linha de argumentação, na busca de tentar jogar a morte para o erro médico, com vistas a escusar Jairo e Monique da culpa
	E, quanto à lesão cerebral, a defesa joga ela para o pai, isto é, dizem que ela ocorreu enquanto a criança estava com o pai
Pai: Leniel
	Entrega o filho à Monique, às 20h do mesmo dia
	Inclusive o assistente da defesa diz q o pai já o havia entregado com o menino não se sentindo muito bem, e que por isso até mesmo o menino estava dormindo na suíte do casal
DAS LESÕES
	Assistente:
		Diz q 20 das lesões são decorrentes da tentativa de reanimação do garoto
		Intervalo perimortem
		Diz q houve um pneumotórax (bolha de ar em decorrência de um furo no pulmão q comprime este) bilateral em decorrência da má colocação do tubo
		Do lado direito, havia um pneumotórax hipertensivo, cuja bolha de ar exercia pressão dentro do tórax
		Laceração hepática: tipicamente lesão de reanimação
		Diz q Henry morreu por erro médico 
	
Peritos: 
		Comentam bastante sobre as equimoses, inclusive uma violácea arredondada de 10mm de diâmetro e uma arroxeada de 40x35mm com bordas irregulares em regiões próximas ao fígado
		Perita diz q são lesões decorrentes de contenção, isto é, de defesa
		Existem, ainda, equimoses nas regiões palmares e antebraço
Celebrização do momento de morte: 	O diretor do documentário questiona sobre a “frieza” da Monique
	O advogado diz até q isso é expressão da sua condição de inocente	
Eu discordo
	1º: dessensibilização 	2º: Caso do incêndio no rj		3º: Meu caso
	
PONTO IMPORTANTE: 	Jairo tentou que o corpo do garoto fosse liberado sem que o corpo tivesse que passar pelo IML
	Enquanto a defesa bate muito no ponto de q a perícia do IML foi mal feita
	Ou seja, aqui há uma contradição, de um lado o réu NÃO QUER NEM Q SEJA FEITA A PERÍCIA e depois a defesa vem CRITICANDO ESSA MESMA PERÍCIA. Pq colocar dúvida num laudo q ele não queria q fosse feito?
	Pq assim, se vc não quer o laudo e consegue não ter o laudo, tem-se q NA FALTA DO EXAME DE CORPO DE DELITO o PROCESSO É NULO e ele não responde – Art. 564, III, b) declarada a nulidade por falta de exame de c d nos crimes q deixam vestígio
DA ACUSAÇÃO
		MP intitula o réu como um comportamento sádico	++++	Conduta com dolo eventual, ou seja, ele vislumbra a possibilidade do Henry morrer, mas pra ele tanto faz se ele eventualmente morrer ou não
			Se matar, matou. É o foda-se. Aqui é preciso mesmo analisar o dolo, pra não cair como preterdolo, ou seja, aquele em q tem o dolo no antecedente e culpa no consequente 
	Monique de omissão-comissiva	 - Art. 13, §2º
		A mãe percebe q a criança está sendo maltratada, torturada, mas ainda assim não faz nada, é como se ela própria estivesse fazendo aquilo. 		Sendo q ela poderia e deveria agir contra isso, pois tem a posição de garante
	Talvez eles entrem na qualificadora do art. 121, §2º, III – que é por meio de tortura ou meio insidioso ou cruel
DEFESA tá endereçando HC ao STJ
LEI 14.344
Art. 2º Configura violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano patrimonial:
Art. 7º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, para a criança e o adolescente em situação de violência doméstica e familiar, no limite das respectivas competências e de acordo com o art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente): centros de atendimento, espaços para acolhimento, programas e campanhas de enfretamento e até centros de educação e de reabilitação para os agressores 
Art. 14. Verificada a ocorrência de ação ou omissão que implique a ameaça ou a prática de violência doméstica e familiar, com a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da criança e do adolescente, ou de seus familiares, o agressor será imediatamente afastado do lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima:
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca;
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia.
Art. 25. Descumprir decisão judicial que defere medida protetiva de urgência prevista nesta Lei:
Art. 26. Deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de tratamento cruel ou degradante ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina contra criança ou adolescente ou o abandono de incapaz:

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