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Doenças ocupacionais no ambiente hospitalar

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ESCOLA DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PUBLICA- ESESP
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
DOENÇAS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE HOSPITALAR
NOVA IGUAÇU-RJ
2023
DOENÇAS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Trabalho de pesquisa para composição parcial de nota da matéria de Biossegurança.
Orientador: Prof. Marco Aurélio
NOVA IGUAÇU-RJ
2023
Sumário
Introdução	4
1.	Definição de biossegurança e sua aplicação em ambientes hospitalares.	5
1.1.	Aplicação da biossegurança em ambientes hospitalares	5
1.2.	Tipos e causas de doenças ocupacionais	5
2.	Riscos e causas de doenças ocupacionais hospitalares	7
2.1.	Principais riscos no ambiente hospitalar	7
2.2 Falta de epis	9
3.	Normas e diretrizes de biossegurança em hospitais	10
4.	Estudo de caso	14
5.	Conclusão	22
Bibliografia	24
	
INTRODUÇÃO
 Etimologicamente, o termo biossegurança é composto pela raiz bios (grego) que significa vida e pelo termo segurança. A junção desses dois termos expressa a noção ou ideia de segurança da vida (COSTA, 2005).
 Os profissionais da área da saúde são os principais envolvidos em acidentes de trabalho com Material Biológico. Estes acidentes ocorrem pelo exercício do trabalho e provocam lesão corporal ou perturbação funcional causando morte, incapacidades e prejuízos nas relações sociais, familiares e laborais constituindo-se em importante problema de saúde pública, acarretando prejuízos econômicos e sociais aos profissionais envolvidos. Os acidentes muitas vezes ocorrem quando os profissionais não cumprem as normas de biossegurança, cujas medidas são relacionadas à prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades que podem comprometer a saúde do profissional. 
Diante do exposto, nota-se uma escassez de pesquisas nessa vertente, principalmente com o surgimento da pandemia da COVID-19, intensificando o número de casos de acidentes com material biológico. 
2
DEFINIÇÃO DE BIOSSEGURANÇA E SUA APLICAÇÃO EM AMBIENTES HOSPITALARES.
A biossegurança refere-se às medidas e procedimentos adotados para prevenir a exposição a agentes biológicos, químicos e outros riscos presentes em ambientes de saúde, como hospitais. É uma disciplina que visa proteger a saúde dos profissionais de saúde, pacientes e comunidade em geral.
Aplicação da biossegurança em ambientes hospitalares
Em ambientes hospitalares, a aplicação da biossegurança é de extrema importância devido à constante exposição a diversos agentes patogênicos. Isso inclui a implementação de protocolos para a prevenção de infecções, o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e a adoção de práticas de higiene rigorosas.
Tipos e causas de doenças ocupacionais 
As doenças ocupacionais mais comuns encontradas em hospitais estão relacionadas à exposição a agentes biológicos, riscos ergonômicos e químicos. A exposição a agentes biológicos pode resultar em doenças como a tuberculose, a covid-19, a meningite bacteriana, o HIV e a hepatite B.
Mycobacterium tuberculosis
Em decorrência do aumento de casos de tuberculose notificados em todo o mundo e diante de sua alta prevalência na população de pessoas infectadas pelo HIV21, 22, 23, voltou-se a discutir sua importância como risco ocupacional.
Sabe-se que o risco de aquisição de tuberculose é maior entre profissionais que realizam ou assistem necrópsias, em locais de procedimentos que estimulam a tosse (sala de inaloterapia, broncoscopia etc.) ou entre profissionais que trabalham com pacientes sintomáticos respiratórios (clínicas de pneumologia, infectologia) sem as devidas medidas de proteção.
Adicionalmente, dados dos EUA referem que no mínimo 20 casos de tuberculose ocupacional ocorreram devido a cepas resistentes a múltiplas drogas, ocasionando nove óbitos, dos quais sete em profissionais também infectados pelo HIV21. Em nosso meio, há também relatos de aquisição de tuberculose multirresistentes entre profissionais de saúde que geraram modificações na adoção de uso de equipamentos de proteção e no fluxo de atendimento dos pacientes. Diante disso, o Ministério da Saúde do Brasil e o Centro de Vigilância Epidemiológica–SP recomendam a aplicação da vacina BCG para profissionais com PPD não-reator ou fraco-reator e não imunodeprimidos. 
SARS-CoV-2
A covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e teve uma disseminação global significativa. Profissionais de saúde estão expostos ao vírus devido ao contato direto com os pacientes infectados.
Neisseria meningitidis
A meningite bacteriana é uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A exposição a pacientes com meningite bacteriana pode representar um risco significativo para os profissionais de saúde.
HIV e hepatite B
O HIV e a hepatite B são doenças transmitidas por meio do contato com fluidos corporais infectados. Profissionais de saúde estão sujeitos a riscos de exposição durante procedimentos médicos, como cirurgias, coleta de amostras de sangue e contato com materiais contaminados.
Para prevenir essas doenças ocupacionais em ambientes hospitalares, é essencial implementar práticas de biossegurança adequadas, como a vacinação dos profissionais de saúde, o uso de EPIs adequados, a adoção de técnicas assépticas, a higienização das mãos e a correta, gestão e descarte de resíduos biológicos e químicos. Além disso, a conscientização e o treinamento contínuo dos profissionais de saúde são fundamentais para garantir a segurança no ambiente hospitalar.
1. RISCOS E CAUSAS DE DOENÇAS OCUPACIONAIS HOSPITALARES
Profissionais que trabalham na linha de frente da saúde estão constantemente expostos a inúmeros riscos no ambiente hospitalar, de maior ou menor potencial. Por isso, é imprescindível escolher os EPIs corretos a serem usados para minimizar os danos do ofício. Nesse sentido, entra o conceito de biossegurança hospitalar, que consiste em um conjunto de normas, boas práticas e procedimentos que norteiam a rotina de trabalho dos profissionais que atuam em hospitais, clínicas ou postos de saúde, tendo como objetivo principal zelar pela proteção dos colaboradores da saúde.
Para que a biossegurança seja implementada da forma correta, é preciso haver iniciativas da gestão hospitalar. Já que cabe aos líderes determinar os riscos de cada atividade desempenhada, definir as medidas de segurança e distribuir os equipamentos de segurança e proteção para toda a equipe.
1. Principais riscos no ambiente hospitalar 
Riscos físicos
Os riscos de segurança hospitalar podem ser dos mais variados tipos e os principais deles são os riscos físicos, que, por si só, já podem ser causadores de acidentes.
Umidade
A umidade excessiva que pode gerar mofo e favorecer a proliferação de fungos, sendo um fator de risco capaz de causar doenças respiratórias a longo prazo, tais como coriza, tosse intensa, secreções, faringite e febre. Além disso podem ocorrer problemas de pele, caso haja contato com a superfície contaminada pelo mofo. Nesses casos o mecanismo de prevenção é o uso de máscaras, luvas e calçados especiais.
Ruídos
O excesso de ruídos que pode causar inúmeros prejuízos à saúde, como perda da capacidade auditiva, estresse, distúrbios do sono, labirintite irritabilidade, dores de cabeça, entre outros problemas. Um bom exemplo é o profissional da odontologia, que lida constantemente com o excesso de ruídos de seus equipamentos de trabalho, portanto, precisa ser usado adequadamente para proporcionar a proteção necessária.
Radiação e pressão
Profissionais que trabalham em condições hiperbáricas também estão sujeitos a riscos físicos e outras complicações, assim como aqueles que trabalham em ambientes onde ficam expostos à radiação, como os operadores de raio-X.
Temperaturas
Temperaturas mais baixas e adequadas para a conservação de medicamentos vacinas e outros componentes que, muitas vezes, são armazenados nas câmaras frias. Assim, o profissional que está em constante contato com esses produtos precisa usar as vestimentas adequadas, para não sofrer com as frequentes oscilações de temperatura.
QuímicosEm relação aos riscos químicos, os profissionais da saúde precisam se proteger do contato com agentes contaminantes, além de vapores e gases provenientes da reação de produtos químicos.
Vapores , gazes e poeira
As micropartículas presentes na poeira, além dos vapores e dos gases provenientes das reações químicas de algumas substâncias podem trazer riscos à saúde ocular dos colaboradores que atuam em hospitais. Assim, para evitar o contato e a inalação desses componentes, é necessário minimizar o risco com o uso de óculos de proteção e de máscaras descartáveis.
Produtos quimicos
O trabalho nos laboratórios químicos também expõe os trabalhadores da saúde ao contato com vários agentes químicos e biológicos, sendo recomendado o uso de equipamentos como máscaras, óculos de proteção, aventais e luvas de procedimento.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos estão relacionados ao contato com vírus, bactérias parasitas, protozoários, fungos e bacilos, o que pode provocar várias doenças e contaminações, sendo extremamente importante a adoção de medidas para evitar a infecção hospitalar.
Exposição a bacterias vírus e fungos 
Nos hospitais, existem diversas opções de equipamentos de segurança para enfermagem, que têm a finalidade de proteger os profissionais que lidam diariamente com materiais de alto risco biológico, como toucas, sapatos especiais, óculos de proteção e máscaras descartáveis.
EPIs com defeito
Outro risco é o de adquirir equipamentos de proteção individual que vêm com defeito e acabam não cumprindo a sua função, que é justamente a de proteger os profissionais da saúde. Óculos que se quebram facilmente, máscaras que não proporcionam a devida proteção, botas cujo solado antiderrapante vem com defeito ou luvas que estragam à toa são sinais de alerta de que você pode ter cometido algum erro na escolha dos fornecedores de EPI.
2.2 Falta de EPIs
A própria falta de uso dos EPIs já expõe o profissional da saúde aos riscos de contaminação. Uma vez que, nesse segmento, o uso dos equipamentos de proteção individual é obrigatório, justamente pelos inúmeros riscos aos quais o profissional está exposto. Portanto, a falta de EPIs é um risco que o profissional não deve estar disposto a correr.
2.3 Dados Estatísticos
Segundo os dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho analisados, entre 2012 e 2021 foram registradas 6,2 milhões de comunicações de acidentes de trabalho (CATs) e 22.954 óbitos. Por conta disso, o INSS disponibilizou um total de 2,5 milhões de benefícios previdenciários acidentários.
A enfermagem é considerada uma profissão de risco. Durante suas atividades os profissionais estão expostos a vários fatores que, somados, podem provocar acidentes: exposição a materiais biológicos e a ferramentas cortantes, lesões excesso de trabalho, entre outros. No relatório de dados foi possível ver o crescimento dessas ocorrências. O setor da saúde, em especial a enfermagem, ficou em primeiro lugar, com o maior número de acidentes de trabalho.
Para ser mais claro, o aumento total de notificações gerais em enfermagem foi de 11% em relação ao biênio anterior: de 105.278 entre 2018 e 2019 para 116.456 entre os anos de 2020 e 2021.
1. NORMAS E DIRETRIZES DE BIOSSEGURANÇA EM HOSPITAIS
No cotidiano do trabalho, profissionais da saúde são expostos a uma série de ameaças potenciais, e entre elas estão os riscos biológicos. Além de serem prejudiciais e afetarem diretamente a saúde dos trabalhadores, também tornam o ambiente vulnerável, podendo causar danos a terceiros.
Portanto, ações para mitigar tais riscos tornam-se obrigatórias. E as normas de biossegurança são os meios de prevenção adotados para proteger esses profissionais.
A partir disso, a NR 32, norma regulamentadora publicada em 2005 pelo Ministério do Trabalho, traz as diretrizes para implementar as medidas necessárias, a norma serve para proteger e garantir a segurança dos profissionais da área da saúde, e também de todos os que exercem atividades de assistência à saúde, de modo geral.
Como os riscos biológicos são classificados?
De forma geral, os riscos biológicos são aqueles que têm relação com a manipulação de ativos que possuem algum agente biológico patogênico, ou seja, que podem causar doenças. Os agentes biológicos são enumerados de acordo com o potencial de risco à saúde, divididos na seguinte ordem: 
Baixo; Moderado; Elevado e Alto.
Já em relação ao potencial de contenção e controle, a partir das medidas de biossegurança, a classificação se inverte: 
Alto; Elevado; Moderado e Baixo.
No entanto, para tornar as medidas de prevenção mais eficientes, os riscos biológicos são classificados a partir de três fatores:
· Possível dano que a infecção pode causar;
· Tratamento existente para a infecção causada pelo agente biológico;
· Risco de uma propagação coletiva, baseado no tipo de vetor do agente.
3.2 Classificações de riscos biológicos em níveis de periculosidade e insalubridade pela Anvisa 
Classe de Risco 1
São os agentes com menor grau de riscos biológicos, apresentando baixa ou nenhuma capacidade de gerar danos. Seu risco de propagação é baixo incluindo agentes que não causam doenças em pessoas ou animais adultos sadios.
Classe de Risco 2
Classificação de risco moderado, onde os agentes biológicos apresentam alguma capacidade de gerar danos ao trabalhador, porém com risco baixo de propagação no ambiente. Como exemplo, podemos citar o vírus da rubéola, que pode causar uma doença, mas possui tratamento.
Classe de Risco 3
Os riscos biológicos são considerados elevados, pois os agentes podem causar sérios danos ao trabalhador, com risco de propagação moderado. 
A capacidade de transmissão entre indivíduos está presente, podendo ocasionar doenças graves e fatais como febre amarela e HIV.
Classe de Risco 4
Nesta classe estão os agentes biológicos de alta periculosidade e que não possuem tratamento eficaz. Além de apresentarem risco elevado para a sociedade devido ao alto nível de propagação, podendo levar ao óbito. O Sars-Cov-2, responsável por causar a COVID-19, está entre os riscos biológicos de maior grau.
Desta forma concluímos que os profissionais de saúde são os que mais dependem da estratégia de biossegurança em ambiente de trabalho. 
Podemos destacar algumas atividades que expõem o trabalhador em saúde aos agentes de risco: contato com paciente em isolamento decorrente de doenças contagiosas ou com seus objetos de uso não esterilizados; manipulação de agentes biológicos em laboratório; limpeza e manutenção em clinicas, unidades de saúde e hospitais e atendimento hospitalar em geral.
Todos os trabalhadores em ambiente hospitalar e laboratorial, desde os responsáveis pela manutenção até o atendimento ao publico são amparados pelas normas de biossegurança e pela NR 32. 
3.3 NR 32 e a biossegurança nos serviços de saúde
Entre muitas normas, a NR 32 foi criada para estabelecer medidas de proteção aos trabalhadores em serviços de saúde. Contudo, além dos riscos biológicos a norma também aborda os riscos físicos, químicos, ergonômicos e por acidentes.
Para os empregadores, a norma surge com o papel de reduzir os danos e consequentemente, os gastos previdenciários. Mas para os profissionais, as medidas de biossegurança vêm para tornar o ambiente laboral mais agradável, facilitando, inclusive, o desempenho das atividades.
Entretanto, incorporada à NR 32 estão duas correntes: 
a) das diretrizes básicas de proteção à saúde e segurança e; 
b) a que considera os riscos pela exposição aos agentes biológicos.
A partir das medidas de prevenção relacionadas aos riscos biológicos, a norma estabelece que as instituições adotem o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Esse documento deve conter dados que identifiquem os riscos mais prováveis, em função da característica do serviço, localização e setores. Além de considerar:
· Fontes de exposição e reservatórios; Vias de transmissão e de entrada;
· Grau transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente;
· Nível de persistência do agente biológicono ambiente;
Junto ao PPRA, o empregador também deve manter o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Nesse documento, devem constar a identificação dos trabalhadores expostos aos riscos biológicos, incluindo função e local das atividades desempenhadas, vigilância médica dos profissionais e programa de vacinação.
3.3.1 Principais medidas de biossegurança na área da saúde
Chamamos de biossegurança o conjunto de medidas e normas utilizadas na proteção dos trabalhadores frente aos riscos biológicos. Desse modo, é possível criar barreiras e evitar acidentes de trabalho que envolvam os agentes nocivos ao qual os profissionais estão expostos.
Principalmente em ambientes hospitalares, farmacêuticos e laboratoriais, a biossegurança é fundamental para garantir que as atividades laborais sejam desempenhadas de forma segura e salubre. Para tanto, é necessário estabelecer critério e seguir algumas regras, como:
Elaborar Procedimentos Operacionais Padrão (Pops);
Fazer uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); 
Realizar o descarte adequado dos materiais e resíduos; 
Adotar mecanismos de orientação contínua.
Sobretudo, a biossegurança requer práticas e tecnologias que ajudem a evitar os riscos biológicos, diminuindo a exposição do trabalhador aos agentes. Para isso, são necessárias estratégias que contribuam, entre outras medidas, com a redução de acidentes envolvendo elementos tóxicos.
Assim, utilizando como base o contexto da NR 32, fica nítido que os riscos potenciais se tornam mais próximos quando o trabalhador não está preparado e orientado para as medidas de segurança necessárias.
Portanto, é imprescindível que os gestores e líderes de instituições se preparem para melhorar suas estruturas. E, consequentemente, apliquem de modo correto todas normas que orientam para a segurança e saúde dos profissionais que se dedicam às atividades em saúde.
1. ESTUDO DE CASO
Objetivo
Relatar sobre acidentes com exposição a material biológico em um Hospital de Campanha durante a pandemia de COVID-19 na cidade de Salvador, Bahia, Brasil.
Método
Trata-se de um relato da experiência vivenciado pela Enfermeira do Trabalho de um hospital de campanha por causa da COVID-19 do município de Salvador, Bahia, Brasil.
Detalhamento da experiência
Trata-se de um relato de experiência vivenciado pela Enfermeira do Trabalho de um hospital de campanha por causa da COVID-19 do município de Salvador, Bahia, Brasil. Em Fevereiro de 2021,o Ministério da Saúde, emitiu uma nota técnica sobre a nova variante e a segunda onda do SARS CoV-2 identificada no Brasil, com o intuito de servir de alerta para a população não deixar de lado as medidas preventivas e não farmacológicas de enfrentamento à doença, como por exemplo: a lavagem das mãos ou uso de álcool em gel utilizar máscara e manter o distanciamento social.
Porém, houve um aumento significativo de casos em todas as regiões do Brasil, sendo necessário a abertura de Hospitais de Campanha para atender a população suspeita e/ou confirmada para os casos de COVID-19. 
Em 2021 foi inaugurado um dos hospitais de campanha em Salvador, cujo objetivo era atender a população com casos suspeitos e/ou confirmados para COVID-19 em caso crítico, devido ao aumento de pessoas infectadas e ausência de leitos em hospitais da Bahia. Com isso, foi necessário a organização juntamente com a gestão de pessoas para montagem da equipe de profissionais de saúde para atuação nesse hospital, desde a seleção, exames admissionais, contratação e informação do regime de escala. Também foram necessárias adaptações em leitos na enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para atender aos pacientes internados. Várias empresas que gerenciam hospitais em Salvador firmaram contratos com a Prefeitura e o Governo do estado para administrar esses hospitais, com solicitação de abertura para atender a esses pacientes, pois o número de casos só aumentava. 
Desse modo, a equipe de gestão de pessoas realizou uma reunião estratégica para elaborar um plano de ação com o intuito de traçar o quantitativo e perfil de colaboradores a serem admitidos a curto prazo, para abertura do novo hospital de campanha. No que compete ao Serviço de Medicina Ocupacional, coube o processo dos exames para admissão dos profissionais de saúde selecionados para atuar nesse hospital. Como havia um tempo reduzido para a sua abertura, foi solicitado comprovante de vacinação e nele deveria constar as vacinas contra hepatite B, antitetânica e COVID-19, juntamente com a consulta ocupacional, que é o atendimento com o médico do trabalho. Para além era solicitado exames laboratoriais recentes (até três meses), e o preenchimento de uma ficha de declaração de saúde, onde constavam algumas perguntas como se possuía alguma comorbidade, alergia, realização de algum procedimento cirúrgico e a última ida ao médico. Portanto, essa organização de admissões de novos funcionários durou dois dias, logo após ocorreu a abertura oficial do hospital de campanha. Após a composição da escala desses profissionais e admissão de pacientes surgiram outras situações referente a acidentes com os profissionais por exposição ao material biológico. Existia um contrato firmado com um determinado laboratório em atender as demandas referentes aos pacientes ali internados, o qual um técnico de laboratório juntamente com a supervisão de um farmacêutico bioquímico realizava a coleta e encaminhava as amostras para este laboratório de apoio. Após uma semana de abertura, houve o primeiro caso de um profissional se contaminar, porém neste contrato não havia especificado que em casos de acidente com material biológico por funcionários poderia seguir o mesmo trâmite. 
Em vista dessa brecha, o laboratório não fez o atendimento, dessa forma, a equipe de medicina ocupacional foi acionada para resolução desse caso. Porém ao chegar na unidade não havia uma sala específica para coleta para exames laboratoriais. Com isso, a equipe de medicina ocupacional, analisou que a coleta de pacientes ali internados poderia continuar no leito e solicitou um espaço para realização dos exames dos profissionais de saúde que sofreram acidentes com exposição a material biológico, no qual foi atendido.
Como o serviço de medicina ocupacional gerenciava outras unidades hospitalares, já havia um fluxo específico de procedimentos em casos de acidentes com exposição a material biológico, sendo que cada unidade contava com o apoio do laboratório para a realização de conduta. E no caso desse hospital de campanha, foi solicitado à Secretária da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) a entrega de testes rápidos para realização dos exames em casos de acidente com material biológico no próprio hospital. 
Em primeira instância, caso houvesse acidente no hospital de campanha, era realizado imediatamente a coleta de sangue do paciente fonte e do profissional pelos técnicos de laboratório, supervisionados pelo farmacêutico bioquímico do próprio hospital e posteriormente, encaminhado para o laboratório para verificação de sorologias como Vírus da Hepatite B (HBV), Vírus da Hepatite C (HCV) e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), conforme fluxo existente. Com o aumento considerável desses acidentes no ambiente de trabalho, esse laboratório de apoio discutiu com o serviço de medicina ocupacional sobre os riscos dessas coletas serem encaminhadas para eles e o risco desses exames não serem fidedignos devido anão supervisão por parte do laboratório, podendo gerar erros pré-analíticos. Dessa forma, a fim de garantir os resultados confiáveis, foi sugerido a inserção de testes rápidos no Hospital de Campanha sob a orientação do serviço de medicina ocupacional e do farmacêutico bioquímico local. 
Antes de iniciar esse processo, essas questões foram apresentadas e discutidas junto ao setor de Medicina Ocupacional onde concluiu-se que assim minimizaria os índices de acidentes com material biológico, além de atender da melhor maneira esse profissional acidentado, obtendo uma melhor qualidade nos exames realizados.
Resultadose discussão
Com a exigência da abertura de um Hospital de Campanha, o foco principal foi em captar recursos humanos, materiais e equipamentos hospitalares, com intuito de salvar vidas, desse modo, não foi priorizado um fluxo de atendimento para acidentes com material biológico. Contudo, caso necessitasse, o suporte era oferecido pelo laboratório de apoio. Como o próprio nome diz, o Hospital é de Campanha, dessa forma, não possuía tantos recursos como hospitais de grande porte, a exemplo de coleta e análise de exames laboratoriais.
Ressalta-se que conforme a Lei nº 8.213, de24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, a definição de acidente de trabalho descrita em seu artigo 19 é “aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, ou ainda pelo serviço de trabalho de segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou redução da capacidade do trabalho, permanente ou temporária” (BRASIL, 1991). 
Portanto, a instituição necessita oferecer assistência necessária ao funcionário com a finalidade de promoção da saúde, proteção e prevenção de doenças. Se a coleta não for realizada de forma correta pode comprometer a qualidade da análise e induzir a possíveis erros. Uma boa prática de coleta e armazenamento das amostras é de suma importância para a garantia de resultados confiáveis dos exames realizados. O laboratório é o local fundamental do sistema de saúde, uma vez que a maioria das decisões e procedimentos médicos são baseados em resultados laboratoriais (SANTOS et al., 2020). 
Outrossim, os erros pré-analíticos podem ser cometidos no processo bioquímico que levam à emissão de resultados espúrios com impacto direto na segurança do paciente bem como na fase pré-analítica que ocorre a maior proporção deles, sendo evidente a importância da identificação dessas não conformidades para a aplicação de ações corretivas e preventivas como parte do controle de qualidade nesta fase (SOUSA; JUNIOR, 2021).
Dessa maneira, com o registro inadequado de dados do paciente, os resultados emitidos podem ser equivocados interferindo na conduta médica ou destinados para pessoas erradas. Receber um resultado de laboratório com qualquer uma dessas características, implica uma alta probabilidade de que uma decisão médica imprópria (SANTOS et al., 2020).
Como a análise das coletas dos acidentes com material biológico, não eram feitas no próprio Hospital de Campanha, notou-se vários erros pré-analíticos, destacados pelos bioquímicos do laboratório de apoio, como amostras de volume insuficiente, inadequada proporção de anticoagulante e hemólise. Portanto, há diferentes fatores envolvidos nos erros de laboratório clínico, principalmente na fase pré-analítica, etapa mais suscetível aos erros de processos, sobretudo aqueles executados fora do laboratório clínico e envolvem diretamente tarefas manuais (MUKHOPADHYAY et al., 2021). 
Importante salientar, que devido a urgência da abertura de Hospitais de Campanha, foram contratados profissionais sem experiência, sendo que para muitos era o primeiro emprego. Contudo, alguns destes se contaminaram com exposição a material biológico, o que pode estar relacionado não apenas a inexperiência, mas também o medo com o “desconhecido”, o novo coronavírus assim como a ausência de uma carga horária específica de treinamento voltado a segurança dentro da graduação ou especialização para a realização das atividades de forma mais segura e concisa. Assim, com o surgimento de uma nova variante aumentando os casos geravam incertezas e preocupação, acarretando o acréscimo de acidentes com material biológico (DANTAS, 2021).
Os hospitais destinados ao tratamento de pacientes com COVID-19 trouxeram um elevado risco de contaminação relacionado à alta carga viral, complexidade de uma doença inicialmente desconhecida e condições insalubres de trabalho (SOUZA et al., 2015). Estudo alerta que neste período muitos profissionais de saúde sentem-se ansiosos, estressados, com redução dos níveis de atenção, fadiga, cefaleia, contraturas musculares, aumento da pressão arterial, insônia além do medo de adoecer e de contaminar colegas e familiares (LINS et al., 2022). 
Além desses fatores estressores, há absenteísmo dos profissionais de saúde devido ao aumento considerável de atestados médicos, gerando dobras e jornadas exaustivas de trabalho, trazendo meios que perpetuam a prevalência de acidentes de trabalho. Sendo que a predominância era do sexo feminino e profissionais técnicos de enfermagem, em razão da unanimidade dessa caracterização na categoria de enfermagem (SILVA et al., 2022).
 Após a decisão de que o laboratório vinculado ao hospital de campanha não realizaria os testes devido a prevalência dos erros pré-analíticos, foi sugerido pela coordenação deste respectivo laboratório, a adoção de testes rápidos para sorologias de HIV, HBV e HCV como fluxo de atendimento aos acidentados, visto que são de fácil execução, leitura e interpretação do resultado em curto período de tempo e, não necessitam de estrutura laboratorial. 
Os acidentes com material biológico expõem os profissionais de saúde a diversos tipos de riscos ocupacionais que afetam principalmente a sua integridade física e mental. Dentre os principais fatores de risco, pode-se citar o contato com materiais perfurocortantes como agulhas, bisturis e lancetas; contaminação por fluidos corporais orgânicos a exemplo do sangue, visto que essas substâncias possuem elevada probabilidade de transmissão de moléstias infectocontagiosas como HBV, HCV e HIV; e o contágio de agentes biológicos patogênicos oriundos do próprio ambiente hospitalar (FOREKEVICZ et al., 2021).
Dessa forma, foi adquirido pelo Hospital de Campanha testes rápidos, alinhado com a farmacêutica bioquímica e os técnicos de laboratório, como proceder na ocorrência de acidentes com material biológico. Desta forma, eram solicitados os testes rápidos para o profissional e o paciente fonte (se houvesse), após era necessário apresentar-se na Medicina Ocupacional para registro e encaminhamento para a Segurança do Trabalho para emissão do Registro de Ocorrência e posteriormente da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e comparecimento na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) (NASCIMENTO et al., 2020).
Estudo sinaliza a grande dificuldade desses profissionais que foram acidentados comparecerem na Medicina Ocupacional, Segurança do Trabalho e CCIH devido os setores serem distantes do Hospital de Campanha, e muitos desses profissionais, dirigiam-se para o outro vínculo (MACHADO et al., 2020). Dessa forma, não era possível fechar o fluxo de acidente com material biológico de forma adequada e eficaz. Portanto, utilizou-se como estratégia para os profissionais que não compareciam para os trâmites pós-contaminação a alocação de um técnico de segurança do trabalho no Hospital de Campanha para apoio e registro dos acidentes, juntamente com criação de diálogos de segurança com os profissionais de linha de frente. 
O hospital de campanha teve seu funcionamento de março até julho de 2021 e foram notificados nove acidentes com exposição a material biológico, sendo realizada a coleta do funcionário e fonte (todos conhecidos), com apenas um profissional de saúde com resultado reagente para VHB. A partir daí, era realizada uma avaliação com a Médica do Trabalho, além da realização de exames complementares para melhor elucidação do caso e encaminhamento para as unidades de referência nesses tipos de caso. 
Importante frisar, que a equipe de coleta no Hospital de Campanha era composta por quatro técnicos de laboratório plantonistas e um farmacêutico bioquímico, sendo a principal função realizar coleta de pacientes para encaminhamento ao laboratório de apoio, firmado em contrato. E com o aumento dos acidentes com material biológico, a Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Salvador, Bahia, todo mês até o quinto dia útil, solicitavaum relatório do quantitativo de acidentes nesse Hospital de Campanha, juntamente com os exames sorológicos para comprovação desses acidentes.
Importante ressaltar, que no processo de admissão dos profissionais de saúde no Hospital de Campanha, todos apresentaram o cartão de vacina contendo todas as vacinas necessária para o processo de admissão, pois estes profissionais de saúde manipulariam materiais perfurocortantes e biológicos, com risco elevado de contaminação. Uma das melhores profilaxias pré-exposição (esquema vacinal de três doses) é a vacina como da Hepatite B, sendo esta eficaz para a prevenção da doença, a qual é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (LOPES et al., 2019). A vacina é a principal medida de proteção e no Brasil é recomendado um esquema completo, garantindo uma imunização gratuita, graças ao Plano Nacional de Humanização por meio dos calendários vacinais (SOUZA; ARAUJO, 2018). 
Mesmo com o fechamento do Hospital de Campanha houvera funcionários que não compareceram para realização da emissão da CAT. Desse modo, foi elaborado, em parceria com os recursos humanos, o encaminhamento dos profissionais à medicina ocupacional para emissão da CAT e registro no processo demissional para respaldo de todos.
O estudo nacional realizado com 506 profissionais de saúde alerta para a importância de estes terem o cartão de vacina atualizado, devido a sua vulnerabilidade por trabalhar na área hospitalar, vigilância em saúde para com o funcionário e ações que estejam inseridas no cotidiano das equipes de saúde, sendo uma condição obrigatória na construção da integralidade na atenção (SOUZA et al., 2015). Assim, se faz necessário, que estes profissionais, principalmente no contexto pandêmico, se cuidem, a de fim prevenir a contaminação dos acidentes com material biológico. 
Considerações finais do estudo de caso
O estudo concluiu que os acidentes com exposição a material biológico em um Hospital de Campanha durante a pandemia de COVID-19 evidenciaram que muitos profissionais além de pouca experiência profissional, não tinham conhecimento sobre os riscos de acidentes. Os serviços de saúde devem adotar medidas preventivas, com o intuito de evitar a ocorrência deste tipo de acidente e estimular a sua notificação. Com isso, haverá o devido conhecimento sobre esse acidente e, consequentemente, melhores condições de trabalho e diminuição dos acidentes com exposição a materiais biológicos. Os profissionais de saúde devem estar preparados para realizar o autocuidado, como por exemplo o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), garantindo a sua própria segurança, seja ela por meio de ações educativas, orientações e/ou treinamentos. O ambiente de trabalho seguro visa o reconhecimento dos riscos que estão expostos e a importância da prevenção de acidentes. Como limitação, o estudo foi realizado em um único hospital de campanha, sendo assim, os resultados não podem ser generalizados, pois cada hospital possui suas particularidades, além das condições clínicas e sociais. Este estudo irá contribuir para a segurança do profissional de saúde, sinalizando a importância do uso adequado de EPI’s, já que os acidentes com exposição a material biológico ainda representam um grande problema de saúde pública. Para além, poderá auxiliar, juntamente com uma equipe qualificada, na elaboração de um plano de ação adequado, a fim de evitar acidentes com exposição a material biológico e assim, menos custos para os cofres públicos.
1. CONCLUSÃO
No decorrer deste estudo, exploramos a vital importância de implementar estratégias eficazes para prevenir doenças ocupacionais em ambiente hospitalar. As conclusões extraídas evidenciam a relevância crítica de priorizar a saúde dos profissionais de saúde, que diariamente dedicam-se ao cuidado dos pacientes, muitas vezes às custas de sua própria saúde. 
Ao discutir a estratégia de treinamento, fica claro que a capacitação adequada dos profissionais é o alicerce fundamental para um ambiente de trabalho seguro. Ao fornecer conhecimentos sobre práticas seguras, uso de equipamentos de proteção e técnicas ergonômicas, o treinamento não só previne acidentes, mas também cultiva uma cultura de precaução. 
A abordagem de rodízio de tarefas demonstrou ser uma solução prática para mitigar os riscos de lesões ocupacionais. Ao distribuir as tarefas de forma equilibrada entre os profissionais, reduz-se a exposição prolongada a movimentos repetitivos, promovendo a manutenção da saúde músculo- esquelética. O monitoramento da saúde dos profissionais emerge como um catalisador da prevenção. Exames médicos periódicos e avaliações de saúde mental permitem identificar precocemente os sinais de desgaste físico e emocional, possibilitando intervenções oportunas. 
A implementação dessas estratégias não é isenta de desafios, como custos e resistência à mudança. No entanto, os resultados positivos observados em organizações que as adotaram demonstram a sua eficácia. Redução de afastamentos melhoria do ambiente de trabalho e promoção da qualidade do atendimento são benefícios tangíveis. 
Portanto, concluímos que as estratégias de treinamento, rodízio de tarefas e monitoramento da saúde são pilares indispensáveis na prevenção de doenças ocupacionais em ambiente hospitalar. A interconexão dessas abordagens não só protege a saúde dos profissionais, mas também contribui para a excelência dos serviços de saúde oferecidos. Enquanto avançamos em direção a um futuro de saúde ocupacional mais robusta, é imperativo que organizações hospitalares adotem uma mentalidade proativa para garantir um ambiente laboral seguro, saudável e sustentável para todos os envolvidos.
BIBLIOGRAFIA
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