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medicina e sociedade terceiro ciclo: AULAS: 24-05-23 Artigo a visão do homem de Victor Frankl Objetivo: Não se deve utilizar da visão reducionista na terapêutica do paciente, e sim a visão da totalidade (globalidade) alcançando um objetivo favorável. Apesar de tantos aspectos de pluralidade, o ser humano é único. ● Espiritual nesse contexto se difere de religiosidade e crenças, se aplica ao encontro máximo consigo mesmo. Capacidade de lidar com os desafios da vida buscando um sentido sem vitimização e sim reinventando a própria história. Pleno autoconhecimento, que facilita todo esse processo. ● O indivíduo que alcança o bio-psico-social-espiritual transcende: basicamente transcender significa mesmo em situações de extrema dificuldade, o ser conseguiu evoluir, traçando novos objetivos em busca de novo sentido (realizou novas releituras da vida se reinventando em busca de um sentido -> autotranscendente) ● Ser humano bio-psico-social-espiritual que transcendeu, é o ser noético. ● Noético é o ser sua existência é noodinâmica: estabeleceu novos objetivos e está em busca de novo sentido ● A Inquietação é necessária para tal processo. ¨Porque existir? ¨ as respostas encontradas acalmarão a inquietação ● A inquietação é necessária para vencer os obstáculos ● O ser que possui a existência noodinâmica não se vitimiza, ela se auto transcende ESTABELECEU NOVOS OBJETIVOS E ESTÁ EM BUSCA DO SENTIDO ● Mesmo em polo de tensão o indivíduo estabelece objetivos e vai atrás deles, sem se vitimizar ele se auto transcende alcançou o bio-psico-social-espiritual ● O homem contemporâneo sofre pela falta de sentido, é vazio existencialmente segundo Viktor Frankl. Frustrado pela falta de sentido, segundo Frankl todos são capazes de se auto transcender 31-05-23 Subjetividade: ● cada ser possui uma unicidade ● No âmbito da medicina o médico possui conhecimento da técnica, mas apenas o paciente que conhece sua individualidade ● Com o avanço tecnológico o médico perdeu o vínculo com o paciente, com isso também se perdeu a subjetividade ● Medicina como mercadoria, poder aquisitivo sobrepõe os valores ● Organização hierárquica: médico e equipe soberano paciente obedece ● Comunicação descendente: de cima para baixo, diferente de bidirecional, limitando a comunicação apenas do médico para o paciente. ● Gestão centralizada nos serviços: olhar voltado para os serviços e não para o colaborador e paciente. ● Dessubjetivação: não considerar o indivíduo na sua individualidade, focar apenas nas questões fisiológicas ● Visão da integralidade ● Aspectos psicossociais: dizem respeito às relações e consequências ● Aspectos psicológicos: ao indivíduo ● Gestão: estrutura física e subjetividade dos colaboradores. ● Adaptação ao contexto cultural de cada indivíduo, competência cultural ● O processo de subjetividade do indivíduo começa a partir do nascimento com relações no campo social, história, psíquica, religiosidade, cultural. Subjetividade resultado de processos relacionais que definem a particularidade ● Subjetividade individual: diz respeito ao indivíduo ● Subjetividade coletiva: comunga com as demais pessoas ● Dinâmica: construída em vários momentos, mutável a partir de experiências. ● Sistêmicas: pois o indivíduo está inserido em um sistema ● Dimensão subjetiva na área da saúde: subjetividade atrelada a saúde, estabelecendo vínculos positivos acessando assim a integralidade do indivíduo ● Relação terapêutica: começa a partir do momento que o paciente chega na consulta ● Corpo erógeno: possui traços, impressões a partir do momento que começa a estabelecer relações a partir do nascimento ● Corpo anatômico ● É preciso compreensão que no ambiente de trabalho o paciente possui corpo anatômico, a ser tratado com seriedade sem abertura, e ao mesmo tempo compreender que para o paciente ele possui um corpo erógeno que é sensível possui sua individualidade, marcas impressões adquiridas ao longo do tempo, existe uma história, é preciso um equilíbrio, em cada corpo existe uma história, questões psíquicas históricas e sociais ● Toque promove sensações e memórias, um ato asséptico. É necessária a empatia no atendimento, o cuidado para não violar a individualidade e principalmente o respeito, se colocar no lugar do paciente. ● Relação médico paciente simétrica e assimétrica ● Cada paciente vive a doença de uma forma única, depende de sua singularidade ● Compreender o lado oculto da queixa, aspectos psíquicos Regressão narcísica: mecanismo de defesa no qual o paciente no seu processo de adoecimento regride a vivências anteriores, geralmente apresenta comportamentos infantis para dar conta do processo de adoecimento. Positiva quando o paciente permite ser cuidado, facilitando seu tratamento, no geral é um mecanismo positivo Papel de um cuidado: humanizado, ético Capacidade médica de identificar o que está além da queixa Transferência: acontece em qualquer relação. Caracterizada quando o paciente transfere para o profissional a imagem e lembranças de uma pessoa que ela conhece, acontece uma transferência podendo gerar diversos sentimentos e reações, pode também acontecer o oposto do profissional para o paciente essa transferência pode remeter sentimentos, vivências denominado contratransferência. Ambos são fenômenos na relação médico paciente ● Comunicação terapêutica alinhada às necessidades do paciente e iatrogênica resultado da ação PNH: centrada na gestão e humanização 07-06-23 Humanização: 07-06-23 Humanização é conceito e atitude: ferramenta de gestão para que o trabalho seja feito da melhor forma possível, voltar o foco para gestão, assistência integral Compaixão, humanização e empatia aliadas para resolução ● Ferramenta de gestão ● PNH vem para auxiliar na gestão desses profissionais, enfatizar a integração dos profissionais ● Equipe interdisciplinar para atendimento do paciente como um todo Compaixão, compromisso, empatia e atitude. ● Valorização da subjetividade pois as ações serão éticas trazendo assim resolutividade ao paciente ● Violência institucional: práticas institucionais dentro da área da saúde, filas etc. ● A política pública traz diretrizes para gestão do SUS, como integralidade- atender o indivíduo na sua existência, universalidade- todos têm esse direito, equidade- igualdade e justiça. ● Metodologia auxiliar: dessa forma o resultado é uma comunidade participativa em vários aspectos ● A humanização reconhece a subjetividade (escutar o paciente), prioriza a valorização da pessoa humana, além da importância das políticas públicas voltadas para esse benefício é fundamental colocar toda a teoria em prática. Ela prioriza valores como autonomia, responsabilidade, atitude e consequentemente o resultado melhor qualidade de atendimento e melhores condições de trabalho. ● Humanização e ética: recupera valores humanísticos, atingindo a necessidade do próximo, é importante a educação permanente para ética nas relações. Comunicação bidirecional, podendo ela ser reveladora e transformadora alcançando a terapêutica de sucesso, a escuta também é uma importante ferramenta. A ética se torna um importante instrumento contra a violência e a favor da humanização ● Humanização e violência institucional: na área da saúde é o contrário de aceitar a subjetividade- organização científica do trabalho pensar somente no que é seu -medicalização do viver humano medicaliza até as questões sociais- sucateamento dos serviços de saúde as filas, ausência de profissionais, pacientes mal atendidos, profissionais mal remunerados e desvalorizados ● PNH o resultado esperado é a valorização das pessoas em todas as práticas de atenção e gestão, integração, compromisso e responsabilidade com o bem comum ● Gestão participativa: criação de espaços de discussões, equipes transdisciplinares- multiprofissional, transdisciplinar, interdisciplinar, ouvidoria, conselho gestor de saúde, visitas abertas, equipes de referência (NASF). ● Educação permanente: caminho para humanização dos serviços, gestão participativadessa forma é efetiva. ● abismo criado pela tecnologia na relação médico- paciente – humanização e tecnologia do cuidado ● No ensino médico a humanização ainda é bem tímida, mas extremamente fundamental para formação desses profissionais. ¨ Conheça toda a teoria, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana¨ 14-06-23 Antropologia médica debatendo a cultura, papel do antropólogo médico Vídeo competência cultural: diversidade cultural, a partir de cada região do brasil é importante respeitar essas trocas para maior adesão do tratamento, fornecer cuidados a partir da adaptação de vários aspectos tanto linguístico quanto cultural. No debate da antropologia é importante falar sobre a cultura ● importância da coexistência para que não aconteça a incompetência cultural ● Médico antropólogo trabalha na área da atenção primária ● Todos são diferentes, sem nenhuma superioridade. Ao assistir o paciente deve-se levar em consideração a coexistência, adequando o atendimento. ● A ausência de competência cultural pode gerar uma iatrogenia: consequência de um ato médico, é inerente a condição do médico podendo ser ela intencionalmente ou não. ● Antropologia: estudo do homem inserido dentro da sociedade, estudo de forma global ● Antropologia social (direcionado para a individualidade, atento a sua singularidade- cultura e valores) maneira pela qual o indivíduo vivencia a sua cultura e sociologia (macro) ● Cultura e alteridade (observa aquilo que é diferente e único de cada indivíduo) · Antropologia médica: ● Conhecimento prévio da cultura dos indivíduos ● Observa os seguintes pontos: as causas dos problemas de saúde, os tipos de tratamentos que acreditam, o que fazem quando adoecem, a quem recorrem quando adoecem. ● trabalha na rede primária ● Como tudo isso reflete psicologicamente e socialmente na vida do indivíduo, no processo de saúde e adoecimento ● Questões religiosas que implicam positivamente ou negativamente a partir da doutrina seguida ● Estuda o sofrimento humano e compreende o processo de adoecimento humano. ● Uma das principais tarefas da antropologia médica é como os indivíduos percebem, reagem, vivem ao processo de adoecimento. ● Antropologia social e cultural: a social enfatiza as dimensões da vida humana, como encaram o mundo em que vivem (como o membro vivencia dentro da sociedade); antropologia cultural os modos pelos quais o homem organiza sua sociedade (como funciona o ambiente que adere o social). As duas visões que o antropólogo deve estar atento, como o ser humano vivencia e suas particularidades. Cultura: crença, valores, costumes Complexidade integral Ideacional: sistema de ideias compartilhadas Conjunto de orientações explícitas e implícitas, pois em alguns aspectos como quando já está inserido algumas coisas não são necessárias serem ditas (implícito), aos demais que não estão inseridos é o oposto só é conhecido o explícito, Cultura: amplo, geral Subcultura: uma subdivisão no interior da cultura (vários segmentos) Enculturação: aprende- se suas especificidades, costumes e princípios. Aculturação: conjunto das mudanças resultantes do contato; capaz de repassar o aprendizado. Origem cultural: tem grande influência em vários aspectos, inclusive na saúde. ● incompetência cultural, Mau uso da cultura -> generalizações (compreensões contraditórias), cada ser vivencia a doença de uma forma única pelos aspectos individuais. ● olhar singular valorização dos aspectos individuais, subjetividade e individualidade. Generalizações levam a estereótipos- preconceitos e discriminação dessa forma é importante levar em consideração a cultura em seu contexto particular COMPETÊNCIA CULTURAL: compreender a cultura que o indivíduo pertence. Compreende e responde efetivamente às necessidades culturais e linguísticas trazidas pelos pacientes às situações de cuidado de saúde. Uso adequado de recursos médicos. No entanto não é substituto para competência clínica ambas andam lado a lado, a qual exige reflexão, cuidado, respeito e empatia, examinar honestamente a própria ̈ bagagem ̈ cultural, para que dessa forma desenvolva um bom trabalho. De maneira alguma pode ser preconceituosa. A competência cultural diminui as barreiras institucionais/ organizacionais e não existe barreira com o sistema. Promove adesão, benefício, vínculo positivo qualidade na terapêutica Desigualdade em saúde: são fatores que implicam diretamente na má saúde diretamente relacionado com o processo de terapêutica. Ausência da flexibilidade do sistema de saúde no seu atendimento ● Ciclo vital humano: cada faixa etária não é somente um estágio de vida, seu início e fim também são definidos pela cultura (desenvolvimento biológico e social). Se difere perante a cultura inserida. Importância de considerar cada faixa etária, igual para as três fases a compreensão do que é saúde doença e formas terapêuticas. ● Infância: período que não é fixo (diversidades construídas culturalmente de como é definido esse período). Cada cultura tem a sua diversidade de definições, ou seja, são construídas socialmente. A maneira como é educada implica na forma como a criança adere a terapêutica. De maneira alguma ignorar a existência da criança. ● Velhice: gerontologia transcultural- conhecimento do cronicimento da doença(estudo do envelhecimento), o envelhecimento cronológico não é o único ponto que define a velhice. Voltar o tratamento para prolongar a vida do indivíduo, tratar as doenças crônicas com qualidade de vida- mudança de curar para cuidar. ● mudar o paradigma do tratamento agudo para o cuidado a longo prazo (doenças crônicas com qualidade de vida) ● Antropologia médica clinicamente aplicada: dentro do ambiente hospitalar possui a missão de orientar sobre as especificidades das questões culturais e ter competência cultural. Na atenção primária ele se insere nas comunidades e cuida de projetos, voltado para planejamento familiar. Observando a adesão daqueles usuários, caso seja necessário inserir novas estratégias.
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