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GUIA UNIDADE 4_Tópicos Integradores II_Biomedicina_SER

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UNIDADE IV
TÓPICOS INTEGRADORES II - 
BIOMEDICINA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_______________________________________________________________________
Gonçales, Juliana. 
Tópicos Integradores II – Biomedicina: Unidade 4
Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
_______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
Sumário
EXAmES LABorAToriAiS ComPLEmENTArES PArA DiAGNÓSTiCo DE 
ANEmiAS ...................................................................................................................... 5
Anemia ferropriva ............................................................................................................................... 5
DiABETES mELiTo ...................................................................................................... 6
Dosagem de glicemia em jejum ....................................................................................................... 6
DiSLiPiDEmiAS ............................................................................................................ 8
mArCADorES HEPáTiCoS ........................................................................................ 9
AVALiAÇÃo DAS ViAS BiLiArES .............................................................................. 10
PÂNCrEAS .................................................................................................................... 12
mArCADorES DE FuNÇÃo E LESÃo CArDÍACA ................................................. 13
TirEoiDE ....................................................................................................................... 14
PriNCiPAiS mArCADorES TumorAiS .................................................................. 15
mArCADorES DE FuNÇÃo rENAL ......................................................................... 17
4
TÓPiCoS iNTEGrADorES ii - BiomEDiCiNA
uNiDADE 4
PArA iNÍCio DE CoNVErSA
Olá estimado (a) estudante, como vai? Bem-vindo(a) ao quarto guia da disciplina de 
Tópicos Integradores II de Biomedicina. Neste guia iremos abordar sobre os aspectos 
bioquímicos e os principais marcadores utilizados para o diagnóstico laboratorial.
Para maximizar o conhecimento e consultar alguns conceitos já adquiridos em 
disciplinas anteriores, recomendo consultar o livro-texto da disciplina Bioquímica e 
Bioquímica Clínica. 
Vamos começar! 
oriENTAÇõES DA DiSCiPLiNA
Este guia de estudo irá abordar aspectos não estudados anteriormente, por esse motivo é importante que 
você acesse os materiais adicionais, bem como, consulte a bibliografia indicada. Não se esqueça que no 
ensino a distância, você é gestor(a) do seu progresso acadêmico e fundamental para que você consiga 
adquirir o conhecimento necessário para se tornar um excelente profissional. Sendo assim, organize seu 
tempo de estudo de acordo com sua disponibilidade e dificuldade. 
5
PALAVrAS Do ProFESSor
EXAmES LABorAToriAiS ComPLEmENTArES PArA DiAGNÓSTiCo DE ANEmiAS 
Caro(a) aluno(a), os índices do hemograma são os primeiros indicadores de um possível desenvolvimento 
de anemia carencial. Hemácias microcíticas (VCM diminuído) e hipocrômicas (HCM e CHCM reduzidos) são 
sugestivas de distúrbios relacionados à deficiência de ferro, bem como, as hemácias macrocíticas (VCM 
aumentado) e as normocrômicas podem indicar deficiência de vitamina B12 e/ou B9. Alguns resultados 
semelhantes aos de anemias podem ser encontrados em quadros como: gravidez, hidratação em excesso, 
retenção de líquido, entre outros. Por isso, frente a resultados alterados do hemograma, é necessário 
realizar outros exames bioquímicos complementares para garantir o diagnóstico das anemias.
Anemia ferropriva 
ü	 Ferritina
A ferritina é uma glicoproteína que desempenha a função de estocar ferro no interior das células. É 
essencialmente encontrada no fígado, mas pode estar presente em menores quantidades, em todas as 
células do organismo. 
Como grande parte da concentração de ferritina está estocada em tecidos, apenas uma pequena 
porção está presente no soro. A quantificação da ferritina sérica, mesmo que encontrada em pequenas 
quantidades, é um reflexo direto da concentração de ferro total estocado; por isso, a concentração de 
ferritina se encontra reduzida em anemias por deficiência de ferro.
ü	 Transferrina 
É uma glicoproteína produzida no fígado que possui a função de transportar o ferro presente no sistema 
gastrointestinal (resultado da ingestão de alimentos), bem como, o ferro obtido a partir do processo de 
degradação de hemoglobina, e conduzi-los para a medula óssea (onde serão utilizados pelas células 
precursoras da linhagem eritroide, na produção de novas hemoglobinas) ou para sítios de estocagem 
tecidual (ferritina). Os níveis de transferrina se encontram-se elevadas em anemias por deficiência de 
ferro, porém, com baixo percentual de saturação (a maioria do ferro encontrado no organismo está ligado 
à transferrina).
ü	 Ferro sérico
A dosagem de ferro sérico é um reflexo da quantidade de átomos de ferro que estão associados à 
transferrina. É um parâmetro utilizado para avaliar a presença de hemocromatose, caracterizada pela 
formação de depósitos de ferro que prejudicam a funcionalidade dos órgãos em que se acumulam. 
Também é importante para determinar o valor de saturação da transferrina.
6
ü	 Capacidade total de ligação ao ferro (TIBC)
É uma medida que sugere a quantidade de transferrina circulante. As concentrações normais de ferro 
circulante são suficientes para saturar parcialmente a capacidade total das transferrinas, por isso, quando 
existe um quadro de excesso de ferro, mais sítios de ligação são ocupados, e o TIBC diminui. Em quadros 
de deficiência de ferro ocorre o aumento da produção de transferrina, mas em decorrência da diminuição 
da concentração de ferro, os níveis de saturação são baixos, e o TIBC aumenta. O valor de saturação de 
transferrina é determinado pela divisão dos resultados do ferro sérico e do TIBIC.
DiABETES mELiTo 
Sabemos que o diabetes melito, prezado(a) aluno(a), é um grupo de doenças metabólicas, caracterizadas 
pela elevação dos níveis de glicose sanguínea, relacionadas à deficiência de secreção ou funcionalidade de 
insulina. Apesar da existência de diferentes metodologias diagnósticas, todas se baseiam essencialmente 
na avaliação das concentrações de glicose plasmática. As principais ferramentas diagnósticas são: 
dosagem de glicemia em jejum, o teste oral de tolerância a glicose (TOTG), frutosamina, hemoglobina 
glicada e dosagem de insulina.
Lembrando ainda que a glicosúria é um reflexo de altas concentrações de glicose na corrente sanguínea.
Dosagem de glicemia em jejum 
Baseia-se na dosagem de glicose plasmática de um paciente que permaneceu em jejum por, no mínimo, 
oito horas. Os resultados são expressos em miligramas por decilitro (mg/dL) e os valores normais são 
aqueles abaixo de 100mg/dL. Quadros de pré-diabetes ou risco aumentado de diabetes apresentam 
resultados entre 100 e 126mg/dL, e as diabetes estabelecidas exibem resultados acima de 126mg/dL.
ü	 Teste oral de tolerância a glicose (TOTG)
É um teste de sobrecarga glicêmica oral que se baseia em coletar o sangue de um paciente em jejum (oito 
horas), que deverá imediatamente ingerir uma solução de glicose (75g de glicose diluídas em 300mL de 
água para adultos), para posteriormente realizar outra coleta de sangue após duas horas.
É recomendado manter uma dieta sem restrições a carboidratos por, pelo menos, trêsdias antes da 
realização do teste. Os resultados são expressos em miligramas por decilitros (mg/dL) e os valores 
normais da amostra coletada após duas horas, devem ser abaixo de 140mg/dL. Quadros de pré-diabetes 
ou risco aumentado de diabetes entre 140 e 200mg/dL, bem como, as diabetes estabelecidas mostram 
resultados superiores a 200mg/dL.
ü	 Hemoglobina glicada (HbA1c)
É o parâmetro escolhido para acompanhar um controle de glicemia a longo prazo (2 a 3 meses). Hemoglobina 
glicada é um termo utilizado para definir o produto formado pela interação da hemoglobina A (HbA) com 
alguns açúcares, no qual, para a diabetes o mais importante é a fração HbA1c, por ser composta por um 
resíduo de glicose.
7
A membrana da hemácia é permeável a moléculas de glicose, independente da ação de insulina. Altas 
concentrações de glicose na corrente sanguínea favorecem o acúmulo de glicose intracelular nas hemácias, 
o que leva a formação de HbA1c, que passa a apresentar um tempo de meia-vida correspondente ao das 
células (120 dias).
Vamos entender como algumas condições podem interferir nos resultados de HbA1c!
Bem, as anemias hemolíticas ou processos hemorrágicos podem favorecer o aparecimento de resultados 
falsamente diminuídos, por reduzir o tempo de vida das hemácias. Os pacientes portadores de 
hemoglobinopatias geralmente apresentam resultados falsamente diminuídos, o que torna a frutosamina 
uma alternativa diagnóstica para essas condições.
Os resultados de HbA1c são expressos em porcentagem (%), sendo os resultados normais abaixo de 5,7%, 
pré-diabetes ou risco aumentado de diabetes entre 5,7 e 6,5%, e diabetes estabelecida acima de 6,5%.
Vale ressaltar que a formação de HbA1c não é mediada por um sistema enzimático, o que torna a 
nomenclatura “glicosilada”, inadequada. O processo de interação entre HbA e glicose, que resulta na 
HbA1c, é denominado “glicação”.
ü	 Frutosamina 
É uma proteína glicada, formada basicamente por albumina, utilizada como medida alternativa para 
avaliar o controle glicêmico de pacientes portadores de hemoglobinopatias. Possui um potencial analítico 
menor do que a da hemoglobina glicada, por apresentar um tempo de meia-vida inferior, correspondente 
ao da albumina (14 a 20 dias).
ü	 Dosagem de insulina
Insulina é um hormônio produzido pelas células β das ilhotas de Langerhans, no pâncreas. Exerce a 
função de regular os níveis de glicose no sangue, permitindo a sua internalização nas células, em que, 
serão utilizadas para a produção de energia metabólica.
A dosagem de insulina se propõe a avaliar quadros de resistência à insulina, que consiste no aumento dos 
valores de insulina na corrente sanguínea, mas com pouca funcionalidade.
Lembrando que a reposição de insulina, utilizada como tratamento para pacientes insulinodependentes, 
é responsável por muitos quadros de hipoglicemia. 
 
8
DiSLiPiDEmiAS 
Por apresentar pouca solubilidade em água, moléculas de lipídeos são encontradas na corrente sanguínea 
como parte da estrutura de macromoléculas solúveis, denominadas lipoproteínas. As lipoproteínas são 
formadas basicamente por lipídeos: colesterol livre, o éster de colesterol (colesterol ligado a ácidos graxos), 
triglicerídeos, fosfolipídios e por apolipoproteínas, que constituem a porção proteica da macromolécula. 
As lipoproteínas podem ser compostas por diferentes variações de concentração entre lipídeos e proteínas, 
o que permite sua diferenciação a partir do tamanho da molécula, mobilidade eletroforética, mas 
principalmente, pela diferença de densidade (quanto mais proteína na composição, maior a densidade). 
As principais classes de lipoproteínas são: o HDL (high density lipoprotein), LDL (low density lipoprotein), 
VLDL (very low density lipoprotein) e quilomícron, não esquecendo que cada uma das classes é composta 
por um conjunto de proteínas que desempenham diferentes funções no metabolismo lipídico.
De modo geral, as lipoproteínas de baixa densidade desempenham o papel de transportar o colesterol e 
os triglicerídeos para os tecidos, enquanto as de alta densidade assumem a função de transporte reverso 
para o fígado, em que são excretados ou reaproveitados.
Dislipidemias são caracterizadas como distúrbios no metabolismo de lipídios que causam alterações nos 
níveis séricos das lipoproteínas. Podem ser avaliadas a partir do perfil lipídico do paciente, composto 
pela dosagem de colesterol total, HDL ligado ao colesterol, LDL ligado ao colesterol, VLDL ligado ao 
colesterol e triglicerídeos. As dislipidemias apresentam relação direta com a aterosclerose, descrita como 
uma doença que afeta as artérias, a partir da formação de lesões gordurosas (ateromas) que causam a 
obstrução do fluxo sanguíneo. 
ü	 HDL (high density lipoprotein)
É formada essencialmente por proteínas, colesterol, fosfolipídios e resquícios de triglicerídeos. É a 
lipoproteína responsável pelo transporte reverso do colesterol presente nos tecidos para o fígado, e, por 
isso, sua atividade é considerada como preventiva para o desenvolvimento de aterosclerose. Resultados 
baixos de HDL estão associados ao estilo de vida sedentário, diabetes, portadores de doenças renais, 
entre outros.
ü	 LDL (low density lipoprotein)
É formada basicamente por altas concentrações de colesterol, seguida de proteínas, fosfolipídios e 
resquícios de triglicerídeos. É a lipoproteína mais abundante da corrente sanguínea, e desempenha a 
função de transportar o colesterol para os tecidos. O aumento de sua concentração plasmática está 
diretamente associado à formação de aterosclerose.
9
ü	 VLDL (very low density lipoprotein)
É formada essencialmente por triglicerídeos, seguido de colesterol e poucas quantidades de proteínas. 
São responsáveis pela distribuição de triglicerídeos pelos tecidos, mas, as partículas de VLDL podem ser 
convertidas em LDL, tornando sua dosagem, um parâmetro utilizado para calcular os valores de LDL.
Além do mais, o colesterol total é obtido a partir da soma das frações de colesterol (HDL, LDL e VLDL).
ü	 Triglicerídeos
São os principais lipídios do corpo, utilizados como fonte reserva de energia. São transportados por 
moléculas de quilomícrons e VLDL, e sua dosagem pode ser feita com o objetivo de avaliar o metabolismo 
lipídico, calcular o VLDL, avaliar quadros de hipertrigliceridemia (normalmente associados a dietas 
inadequadas), entre outros.
mArCADorES HEPáTiCoS 
ü	 Avaliação de lesão hepatocelular 
Os níveis de lesão hepática são mensurados a partir da dosagem de enzimas intracelulares que estão 
distribuídas em locais específicos da célula, garantindo a possibilidade de diferenciação dos tipos de 
lesão, a partir do comportamento dos níveis séricos dessas enzimas. 
As principais enzimas citoplasmáticas utilizadas como marcadores são: a desidrogenase láctica (LDH), 
as transaminases (aminotransferases), a transaminase glutâmico oxalacética (TGO) e a transaminase 
glutâmico pirúvica (TGP).
ü	 Transaminase glutâmico pirúvica (TGP)
Também conhecida como alanina aminotransferase (ALT), é uma enzima que, apesar de estar presente 
nos rins e no coração, é encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma dos hepatócitos. Por 
isso, o aumento de TGP é um indicador sensível de lesão hepatocelular e rastreamento de hepatites, 
principalmente hepatites não alcoólicas.
ü	 Transaminase glutâmico oxalacética (TGO)
Também chamada de aspartato aminotransferase (AST). As altas concentrações de TGO nos hepatócitos 
estão localizadas especificamente nas mitocôndrias, mas diferente da TGP, a TGO não é utilizada 
exclusivamente como indicador de lesão hepática, já que existem concentrações significativas dessa 
enzima nos músculos esqueléticos, cardíacos, no pâncreas e rins. Por isso, a interpretação dos resultados 
de TGO deve ser feita a partir de uma análise simultânea dos resultados de TGP.
10
O aumento de TGO junto à TGP indicam que o dano ao hepatócito foi relevante o suficiente para causar 
lesão mitocondrial. Existe uma correlação diretaentre o aumento de TGO e quadros de hepatite aguda 
alcoólica, pois o álcool induz dano mitocondrial (aumento de TGO também pode ser visualizado em 
hepatites agudas virais).
ü	 Desidrogenase láctica 
É uma enzima encontrada no tecido cardíaco e esquelético, fígado, pulmões, entre outras. Apresenta 
menos especificidade do que o TGO e TGP, sendo solicitado junto a outros marcadores mais específicos, 
como teste complementar.
AVALiAÇÃo DAS ViAS BiLiArES 
ü	 Ciclo fisiológico da bilirrubina
O processo de formação da bilirrubina se inicia com a destruição fisiológica das hemácias, que ocorre 
principalmente no baço, resultando na liberação de hemoglobina. Após a captação da hemoglobina pelas 
células que compõem o sistema reticulo endotelial, as mesmas, são convertidas em biliverdina pela ação 
da hemeoxigenase, para posterior conversão em bilirrubina indireta (ou não conjugada), pela ação da 
biliverdina redutase.
A bilirrubina indireta se liga à albumina sérica e é transportada até o fígado, para a etapa de conjugação a 
moléculas de ácido glicurônico, realizadas nos hepatócitos, formando a bilirrubina direta (ou conjugada). A 
forma conjugada é conduzida ao duodeno, sofrendo ação de enzimas, que as converte em urobilinogênio. 
As moléculas de urobilinogênio são eliminadas principalmente nas fezes, mas, uma pequena porção é 
reabsorvida pela mucosa intestinal e excretada pelo sistema urinário.
As dosagens das frações de bilirrubina são utilizadas para avaliar quadros de icterícia (determinam o nível 
e a origem do quadro) e síndromes que causam hiperbilirrubinemia.
ü	 Causas do aumento dos níveis de bilirrubina indireta (causas pré-hepáticas)
Anemias hemolíticas proporcionam uma elevação anormal dos níveis de hemoglobina (derivadas das 
hemácias que sofrem lise), o que leva a uma produção exacerbada de bilirrubina. Quando a proporção 
da formação de bilirrubina supera a capacidade de conjugação dos hepatócitos, ocorre o aumento das 
concentrações de bilirrubina indireta.
Algumas síndromes genéticas (Gilbert e Crigler-Najjar) causam a deficiência da enzima glicuronil 
transferase e essa condição leva ao aumento das concentrações de bilirrubina indireta, em decorrência 
da falha de conjugação ao ácido glicurônico. 
11
???
ü	 Causas do aumento dos níveis de bilirrubina direta (causas pós-hepáticas)
A formação de cálculos na vesícula biliar (colelitíase) ou diretamente nos ductos biliares (coledocolitíase 
são as principais causas do aumento de concentrações de bilirrubina direta, por acarretar a obstrução 
parcial ou completa do fluxo biliar. A obstrução também pode estar relacionada a tumores nos ductos, 
a tumores ou inflamações pancreáticas, que atuam comprimindo os ductos. Em quadros de lesão 
hepatocelular (seja por causa infecciosa, química, traumática ou necrótica), a conjugação e excreção das 
bilirrubinas são comprometidas, levando ao aumento das concentrações de bilirrubina direta.
Salientamos que em ambas as causas pode ocorrer o aumento simultâneo das frações direta e indireta, 
mas com predominância da direta.
VoCê SABiA?
Querido(a) estudante, você sabia que alguns recém-nascidos apresentam baixo desempenho da atividade 
de glicuronil transferase?
Sim, é verdade! O que leva a um quadro de icterícia, causado pelo aumento das concentrações de 
bilirrubina indireta. A bilirrubina indireta é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e causar danos 
no sistema nervoso; como a bilirrubina é fotossensível, os recém-nascidos ictéricos são submetidos a 
fototerapia, que consiste na emissão de luz com uma frequência específica capaz de degradar a bilirrubina 
(veja a figura 1).
 
Figura 1- Fototerapia para o tratamento de icterícia em recém nascidos 
Fonte: https://hepcentro.com/ictericia/
http://
12
ü	 Gama glutamiltransferase (GGT)
É uma enzima que está presente no pâncreas, rins, próstata, entre outros órgãos, mas tem sua dosagem 
utilizada para avaliar função hepática e as condições das vias biliares. A GGT pode estar elevada 
principalmente em três casos: consumo elevado de álcool, na obstrução das vias biliares e em quadros 
de esteatose hepática.
PÂNCrEAS 
A análise de função pancreática é feita a partir da dosagem de duas enzimas produzidas pelo órgão, a 
amilase e a lipase.
Vamos conhecê-las!
ü	 Amilase 
São enzimas que podem ser encontradas tanto no soro como na urina dos pacientes, que desempenham 
a função de hidrolisar as moléculas de amido. A amilase encontrada no soro/urina pode ser de origem 
pancreática ou salivar, por isso, o seu aumento sérico, também pode estar relacionado com lesões das 
glândulas salivares. As causas de elevação da concentração de amilase, podem estar ligadas a processos 
patológicos envolvendo os locais onde são produzidas (pâncreas e glândulas salivares), ou pela diminuição 
da capacidade dos rins em realizar sua excreção (insuficiência renal).
A elevação da amilase é sugestiva de pancreatite aguda, mas deve sempre ser analisada junto aos níveis 
de lipase. Apesar dos níveis de amilase aumentarem antes que os da lipase, raros casos de pancreatite 
agudam podem cursar com os níveis de amilase normal ou pouco alterada. Esse comportamento também se 
repete em pancreatites crônicas e no desenvolvimento de carcinoma pancreático, a amilase, geralmente, 
só se eleva em estágios avançados.
ü	 Lipase 
Diferente das amilases que possuem duas origens de produção diferentes, as lipases apresentam o 
pâncreas como principal órgão produtor. Sua função é hidrolisar gorduras emulsionadas pela ação da bile.
A dosagem de lipase é mais específica para patologias pancreáticas, permanecendo elevadas por mais 
tempo na corrente sanguínea. O aumento de suas concentrações está associado à pancreatite aguda, 
traumas, carcinomas pancreáticos, obstrução de ductos pancreáticos, entre outros.
13
mArCADorES DE FuNÇÃo E LESÃo CArDÍACA 
ü	 Creatinoquinase (CK)
São enzimas encontradas em diversos tecidos, como os músculos esqueléticos, coração, cérebro, entre 
outros. As CK apresentam uma conformação dimérica, formada por diferentes combinações entre duas 
subunidades chamadas M (referente a palavra em inglês “muscle”, que significa músculo) e B (referente 
a palavra em inglês “brain”, que significa cérebro). As diferentes possibilidades combinatórias, geram três 
isoenzimas diferentes, a CK-MM (encontrada nos músculos esqueléticos e no coração), CK-BB (encontrado 
em maiores concentrações no cérebro) e CK-MB (encontrado em maiores concentrações no coração).
A dosagem de CK total é pouco específica para avaliar lesões miocárdicas, em decorrência da sua ampla 
distribuição em diferentes tecidos, por isso, a dosagem da isoenzima CK-MB é mais indicada, e se 
encontra aumentada em infartos do miocárdio. Os testes que envolvem a CK-MB são divididos a partir da 
análise de sua atividade enzimática ou de suas concentrações totais (CK-MB massa).
A CK-MB massa, é mais sensível do que os testes de atividade, por indicar a concentração total de 
enzimas, incluindo as ativas e inativas.
ü	 Troponina (Tn)
É um complexo proteico que participa do processo de contração de músculos esqueléticos e cardíacos. 
Esse complexo é formado por três proteína, a TnT (que interage com moléculas de tropomiosina), TnC 
(que interage com cálcio) e TnI (possui atividade inibidora), onde as frações TnT e TnI possuem uma 
forma específica encontradas apenas no coração, e por isso são utilizadas como marcadores de infarto do 
miocárdio (a TnC cardíaca é idêntica à TnC presentes nas fibras dos músculos esqueléticos).
Por estar ligada as fibras musculares, os níveis de troponina são liberados de maneira lenta e gradual, 
após uma lesão miocárdica. Em decorrência disso, os níveis de troponina permanecem elevados por um 
longo período de tempo, o que exige uma interpretação conjunta com outros marcadores, para que sua 
elevação prolongada não seja confundida com outro episódio de infarto.
ü	 Mioglobina
É uma proteína encontrada em músculos esqueléticose cardíacos, desempenhando a função de transporte 
de oxigênio. Por apresentar baixo peso molecular, são as primeiras proteínas liberadas após uma lesão 
cardíaca, favorecendo que o seu aumento sérico aconteça em poucas horas.
As mioglobinas presentes em ambos os músculos, são iguais, o que torna sua especificidade baixa. 
Apesar disso, seu rápido aumento de concentrações pode ser uma vantagem, permitindo que a dosagem 
de mioglobina seja utilizada para descartar a possibilidade de infarto, em um paciente que se queixa de 
desconforto no peito.
14
TirEoiDE 
A avaliação de função tireoidiana é feita basicamente a partir da dosagem dos hormônios tiroxina (T4), 
triiodotironina (T3) e do hormônio tireoestimulante (TSH).
O ciclo de produção hormonal se inicia com a secreção do hormônio liberador de tireotrofina (TRH), que 
atua sobre a hipófise, através da estimulação de secreção do hormônio TSH. Esse hormônio estimula a 
tireoide a formar T3 e T4 (a partir de interações entre tireoglobulinas e moléculas de iodo, provenientes da 
dieta), que em quantidades suficientes, exercem feedback negativo na hipófise, interrompendo a excreção 
de TSH.
Na corrente sanguínea, as concentrações dos hormônios tireoidianos estão quase que completamente 
associadas às proteínas plasmáticas, e apenas uma pequena parte circulam na forma livre. Considerando 
que as formas livres são as biologicamente ativas, a análise laboratorial consiste em dosar as frações totais 
e livres desses hormônios, garantindo maior percepção sobre o desempenho das funções tireoidianas. 
Nos casos de hipotireoidismo existem poucos hormônios tireoidianos sendo produzidos (T3 e T4), o 
que leva a hipófise a produzir mais TSH, na tentativa de corrigir a situação; enquanto os quadros de 
hipertireoidismo apresentam concentrações exacerbadas de hormônios tireoidianos, que levam a menor 
produção de TSH, por parte da hipófise. 
Sabe-se que apesar da possibilidade de dosagem dos níveis de concentração das frações de T3 e T4, 
durante a rotina de avaliação de tireoide, geralmente são solicitados, a dosagem de TSH e T4 livre. Em 
casos de hipotireoidismo, os níveis de TSH estão altos e os de T4 livre baixos (caso dosado, o T3 também 
está diminuído), enquanto, no hipertireoidismo o TSH se encontra diminuído, e o T4 aumentado. 
Os níveis de concentração de T4 na corrente sanguínea, são consideravelmente superiores aos de T3.
ü	 Doenças autoimunes da tireoide
 
As doenças autoimunes correspondem a maioria dos casos relacionados ao desenvolvimento de 
hipotireoidismo e hipertireoidismo. A tireoidite de Hashimoto é a representante dos quadros de 
hipotireoidismo autoimune, enquanto a doença de Graves representa as causas de hipertireoidismo 
autoimune; ambas são diagnosticadas a partir da dosagem de autoanticorpos específicos.
15
Vamos conhecê-las, caro(a) aluno(a): 
a) Tireoidite de Hashimoto 
Quando o exame de TSH e T4 indicam a existência de hipotireoidismo, deve-se solicitar a dosagem dos 
anticorpos anti-tireoglobulina (anti-Tg) e anti-tireoperoxidades (anti-TPO), para investigar uma possível 
causa autoimune, o que caracteriza a tireoidite de Hashimoto. 
§	 Anti-Tg: as tireoglobulinas são proteínas produzidas na tireoide, que atuam como precursoras dos 
hormônios tireoidianos T3 e T4. A presença de anticorpos que neutralizam essas proteínas, impedem a 
conclusão do processo de formação dos hormônios, resultando na baixa de seus valores.
§	 Anti-TPO: a peroxidase tireoidiana é uma enzima responsável pela oxidação das moléculas de 
iodo, e sua incorporação nas tireoglobulinas, promovendo a catálise da formação dos hormônios tireoi-
dianos. Anticorpos que interferem no desempenho da peroxidase, reduzem os níveis de produção dos 
hormônios.
 
b) Doença de Graves
Quando os resultados de TSH e T4 livre sugerem um quadro de hipertireoidismo, é solicitado a dosagem 
de autoanticorpos específicos, para investigar a possibilidade de doença autoimune. A doença de Graves é 
caracterizada pela hiperatividade da glândula tireoide, como consequência da presença de autoanticorpos 
chamados de anticorpos do receptor de TSH (TRAb). O mecanismo de ação desses anticorpos, é a sua 
ligação aos receptores de TSH da tireoide, seguida de uma estimulação que resulta na produção excessiva 
dos hormônios tireoidianos.
PriNCiPAiS mArCADorES TumorAiS
Marcadores tumorais são moléculas que tem o seu aparecimento ou aumento de concentrações, atribuídas 
ao surgimento de um processo neoplásico. Algumas enzimas e hormônios podem ser utilizados como 
marcadores tumorais, tanto na detecção, quanto para o monitoramento da evolução dos tumores.
ü	 Alfa fetoproteína (AFP)
É uma proteína produzida no fígado, no intestino, no saco vitelino do feto, após o nascimento, e tem os 
seus níveis drasticamente reduzidos no primeiro ano de vida. A dosagem desse marcador é normalmente 
associada ao carcinoma hepático e a tumores de células germinativas (carcinoma testicular), mas pode 
estar presente em tumores gastrointestinais, cirroses, hepatites e em tumores primários de outros órgãos, 
que causaram metástase para o fígado.
16
???
ü	 CA 125 
É uma glicoproteína que pode estar elevada em diversas situações patológicas, mas tem a sua maior 
aplicabilidade clínica voltada para o acompanhamento da resposta a tratamentos utilizados no câncer 
ovariano, permitindo a partir de sua análise, avaliar possíveis quadros de melhora ou recaída. Pode ser 
utilizada como parte do rastreamento de tumores ovarianos ainda não diagnosticados. 
ü	 CA 15.3
É o marcador mais sensível e específico para o acompanhamento do câncer de mama. O aumento de suas 
concentrações está associado ao avanço gradual da doença, enquanto a diminuição significa a regressão 
do tumor. Uma das principais aplicações da dosagem de CA 15.3 é a indicação precoce do surgimento de 
um quadro recidivo, em que seus níveis se elevam antes do aparecimento dos sintomas.
ü	 Antígeno prostático específico (PSA)
É uma substância produzida pelas células prostáticas, e possui a função de promover a liquefação de 
coágulos seminais. Possui alta eficiência quando utilizado como marcador de tumor prostático, mas a sua 
dosagem deve ser complementada pelo exame do toque retal. Sua dosagem também permite avaliar o 
grau de estadiamento do tumor, cujas elevações discretas sugerem um tumor limitado a próstata, e altas 
elevações podem significar atividade metastática.
ü	 Antígeno carcinoembrionário (CEA)
 É uma glicoproteína produzida pelas células da mucosa gastrointestinal. Seus níveis elevados podem 
ser encontrados em algumas neoplasias e em distúrbios como: cirrose, hepatopatias, tabagismo, entre 
outros. Mas, a sua dosagem está intimamente relacionada à investigação de câncer colorretal ou de 
pulmão, bem como a avaliação de processos recidivos.
Uma observação a ser feita é que como o tabagismo eleva os níveis de CEA, existe um valor de referência 
específico para indivíduos fumantes, a fim de diferenciar uma elevação habitual, de um processo maligno.
VoCê SABiA?
A fração beta do hormônio gonadotrofina coriônica humana é rotineiramente utilizada como um teste de 
gravidez. A sua dosagem pode ser feita em pacientes do sexo masculino, no intuito de avaliar um possível 
quadro de tumor testicular.
17
GuArDE ESSA iDEiA!
A proteína C reativa (PCR) é uma glicoproteína produzida no fígado, se mostrando um marcador sensível 
de processos inflamatórios ou infecciosos que possam estar acometendo o organismo. Por ser um exame 
inespecífico, é geralmente solicitado junto a outros exames, e pode encontrar-se elevado em processos 
infecciosos bacterianos e virais, lesões cardiovasculares, pancreatite, febre reumática, entre outros.
Continuando...
mArCADorES DE FuNÇÃo rENAL 
A determinação da taxa de filtração glomerular (TFG) é considerada o melhor indicador de desempenho 
funcional dos rins. Ela se baseia na análise da depuração (relação entre a proporção que uma substância 
é excretada na urina e a sua concentração plasmática)de moléculas que tem toda a sua concentração 
filtrada pelos glomérulos, sem passar por processos de reabsorção e secreção. Na rotina laboratorial, a 
estimação da TFG é feita a partir da dosagem de creatinina, ureia e cistatina C.
ü	 Creatinina 
É uma substância derivada do metabolismo muscular ou da ingestão de carne, e é o marcador mais 
utilizado para TFG na rotina laboratorial. Alguns fatores tornam a creatinina o principal marcador de 
escolha para avaliar a TFG, entre eles está a constância de sua produção, o fato de não se ligar a 
proteínas plasmáticas, o que garante a facilidade na filtração glomerular, não sofrer reabsorção tubular e 
ter pequenas porções secretadas. 
O clearence de creatinina (depuração) se baseia na comparação entre a quantidade de creatinina que está 
sendo produzida (obtida pela sua dosagem sanguínea) e a quantidade que está sendo excretada (obtida 
pela sua dosagem na urina). Normalmente, as concentrações de creatinina na urina são ligeiramente 
menores do que as concentrações sanguíneas. Mas, quando existem condições que comprometem 
a capacidade de filtração glomerular, a depuração da creatinina é prejudicada e a diferença entre as 
concentrações aumentam, de forma que, ocorre a elevação da concentração sanguínea e diminuição dos 
níveis urinários.
Prezado(a) estudante, o valor é expresso pela fórmula matemática Cockcroft-Gault é:
Depuração de creatinina = (140 – idade) x Massa (em quilogramas) / 72 x creatinina plasmática (em mg/
dL), e caso for um paciente do sexo feminino, acrescentasse: x 0,85.
Existem algumas desvantagens quanto ao uso da creatinina, como a variação da taxa de produção entre 
indivíduos (por conta da diferença de massa muscular) e a quantidade de carne ingerida.
18
ü	 Ureia 
Apesar de ser utilizada como marcador de função renal, a ureia não é o melhor parâmetro para a avaliação 
de TFG. Alguns dos fatores que tornam a ureia pouco utilizada para estimar TFG são: concentrações que 
variam dependendo dos níveis de proteínas ingeridos nas dietas e processos de reabsorção tubular.
As dosagens de ureia são úteis para a determinação da relação ureia/creatinina, que servem para avaliar 
quedas repentinas da TFG. A reabsorção de ureia é mediada pela reabsorção de água, de forma que 
condições que estimulem a reabsorção de sódio (seguida de água), aumentam as concentrações de ureia 
no sangue (aumentando a relação ureia/creatinina).
ü	 Cistatina C
É uma proteína que diferente da creatinina e ureia, suas concentrações não são interferidas por dieta, 
sexo ou massa muscular. Graças ao seu tamanho reduzido, é livremente filtrada pelo sistema glomerular, 
e totalmente reabsorvida nos túbulos proximais. Por ser totalmente reabsorvida, o seu aparecimento na 
urina, indica falha na capacidade de filtração glomerular. 
A cistatina C é possivelmente mais sensível do que a creatinina para avaliação da TFG.
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