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ECOLOGIA

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A�L� 1 - CO����TO� �ÁSI��� DA ����OG��
A ecologia é importante na produção animal para buscar um sistema mais
sustentável.
● Conceito: é a ciência que estuda como os organismos interagem uns com os outros
e com o meio ambiente.
● O aumento do crescimento populacional leva a uma maior deterioração do meio
ambiente e aí entra a importância da ecologia: visa sustentar a qualidade de vida,
resolver e prevenir problemas ambientais, instruir novos pensamentos e práticas
econômicas, políticas e sociais.
● Autoecologia → estuda as relações de uma única espécie x meio
● Sinecologia → relação de diversas espécies x meio
❖ Níveis de organização ecológica: organismos, espécies, população, comunidade
e ecossistema.
● Organismos → são os seres(plantas, bactérias, animais ) …
● Espécies seres que partilham o mesmo fundo genético e podem cruzar entre si em
condições naturais, produzindo descendentes férteis, e estando isolados
reprodutivamente do indivíduos de outras espécies.
● População conjunto de organismos de uma mesma espécie que estão na mesma
área em espaço de tempo definido.
● Comunidade conjunto de seres vivos inter-relacionados que habitam o mesmo
lugar. Pode ser chamada também de biocenose, sendo a totalidade de organismos
vivos que fazem parte do mesmo ecossistema e interagem entre si.
● Ecossistema complexo sistema aberto de relações mútuas com transferência de
energia e matéria, entre o meio abiótico e biótico de determinada região.
● Abióticos fatores físico-químicos ambientais
● Bióticos organismos vivos
➢ Níveis tróficos e cadeia alimentar:
Componentes estruturais bióticos → produtores, consumidores e decompositores
● Produtores (autótrofos) tem a capacidade de produzir primariamente nutrientes,
através da fotossíntese ou quimiossíntese
● Consumidores consomem de outros organismos, já que eles mesmos não
conseguem produzir.
➔ Tipos de consumidores:
CONSUMIDOR 1º primeiro a consumir – a matéria orgânica produzida pelos
produtores(herbívoros)
CONSUMIDOR 2º se alimenta dos 1º –
CONSUMIDOR 3º se alimenta dos 2º –
CONSUMIDOR 4º se alimenta dos 3º –
OBS: Muitos consumidores possuem essas posições de forma variada, uma hora
podem ser 1º outras 2º, um exemplo são os onívoros.
● Decompositores(saprótofo): existem diversos tipos, eles decompõem a matéria
orgânica de dejetos e restos de outros organismos, restituindo os compostos
orgânicos ao meio.
● Cadeia alimentar é o caminho que segue a matéria indo desde os produtores até
decompositores, passando pelos consumidores.
● Teia alimentar → superposição de cadeias alimentares
Cadeia alimentar é linear, simples e unidirecional. Já a teia alimentar não, ela é mais
complexa e bem parecida até com uma teia de aranha, tendo a transferência de energia em
várias direções.
● Tipos de cadeia alimentar: temos a de pastagem, começa com a planta, passar para
o herbívoro e futuramente carnívoros(ex: m.o → minhoca galinha). Já a de detritos
é a matéria orgânica em decomposição, sendo processada por organismos
decompositores (ex: é igual ao processo de cima, apenas terminando nos
decompositores).
● Ecótono → região de transição entre dois ecossistemas. Neles se tem um grande
número de espécies, consequentemente um grande número de nichos ecológicos.
➔ Bioma: espaço geográfico cujas características específicas são definidas pelo
macroclima e fitofisionomia, solo e a altitude.
● Amazônia: clima distribuído de maneiras características em duas épocas distintas, a
da seca e a chuvosa. Possui a mata de terra firme, que são as partes não
inundadas. Mata de várzea, que são regiões parcialmente inundadas e a mata de
igapó, essas são totalmente inundadas. É de conhecimento geral que a atividade
agrícola e extração madeireira ainda são um problema.
● Caatinga: possui um clima semi-árido, um solo raso e pedregoso, com o passar do
tempo a região se adaptou a esse clima, um exemplo disso são as folhas que são
finas ou inexistentes.
● Mata atlântica: possui um clima tropical e subtropical, nesse bioma se tem três tipos
de floresta. A floresta tropical úmida, que é a região de planícies costeiras. Temos a
floresta tropical semi-decidual com planaltos, estão na região interior do país, e
serras. Por último, a floresta montanhesca baixa com altitudes maiores que 800m do
nível do mar. É o bioma que mais sofreu os impactos ambientais.
→ Mangue: estão aos longos dos estuários, aparecem em solos lodosos, com
decomposição de sedimentos nos fundos das baías.
● Cerrado: está basicamente no planalto central do Brasil, é o 2º bioma do país,
sendo superado apenas pela Floresta Amazônica. É caracterizado por savanas. É
considerado o “berço das águas”, pois tem as nascentes de importantes bacias
hidrográficas da América do Sul. Os impactos ambientais conhecidos são os
garimpos, conhecidos por contaminar as águas com mercúrio e provocam também
assoreamento dos cursos das águas.
● Pantanal: clima semi-úmido, agricultura provocando erosão do solo e contaminando
o mesmo, devido o uso de agrotóxicos. A destruição do solo é causada pelo
assoreamento dos rios.
● Pampas: possui um clima subtropical(frio e úmido), hoje em dia só temos 2% da
mata das araucárias, pois a região ficou muitos anos sendo explorada devido a
indústria madeireira. A expansão da agricultura e pecuária na região acabou
aumentando a erosão do solo.
● Zona costeira: na costa brasileira temos 8500 km
→ Manguezais → presentes em áreas de transição entre o amb aquático e
terrestre. O seu solo é lodoso, negro e profundo, ficando constantemente inundado.
→ Costões rochosos → localizados em rochas a beira mar, com o aterro dos
manguezais ameaça as sps animais e vegetais, destruindo um importante filtro das
impurezas lançadas na água. Os problemas atuais: superpopulação, atividades
agrícolas e industriais, lançamento de esgoto e petróleo no mar.
A�L� 2 - IN����ÇÕES:
Interações = relações
- Relações harmônicas: ninguém é prejudicado
- Relações desarmônicas: alguém é prejudicado
- Relações interespecíficas: entre espécies diferentes
- Relações intraespecíficas: dentro da mesma espécie
➢ Tipos de interações:
● COMPETIÇÃO (-/-):
- utilização de um mesmo recurso restrito
- maior gasto de energia na aquisição do recurso e menor energia disponível para
crescimento e reprodução
- pode ocorrer por 2 motivos:
→ por exploração (indireta): uma espécie torna o recurso menos disponível para a
outra
→ por interferência (direta): uma espécie impede ativamente a utilização de
recurso por uma outra (territorialidade, comportamento agressivo…)
● PREDAÇÃO (-/+):
- o predador mata ou explora a presa
- interação ecológica do tipo consumidor-recurso que envolve a ingestão total ou
parcial do recurso pelo consumidor.
- implicação negativa ou positiva (positiva no caso de seleção ou controle
demográfico)
→ Predadores verdadeiros: matam a presa logo após o ataque e removem os indivíduos da
população (carnívoros)
→ Pastadores: consomem alimento de origem vegetal, atuam como predadores verdadeiros
(morte) ou similar a parasitas (danos pelo consumo parcial) e podem ou não remover os
indivíduos da população.
→ Parasitóides: ex Hymnoptera/dipteras que parasitam outros insetos. Consomem tecidos
de hospedeiros vivos (ovos,larvas e pupas), atuando como parasitas ou causam morte do
hospedeiro, atuando como predadores verdadeiros.
● PROTOCOOPERAÇÃO E MUTUALISMO (+/+):
- a protocooperação é facultativa, não havendo prejuízo populacional na falta de
interação (ex: paguro e anêmona)
- o mutualismo é obrigatório, ou seja, a ausência de uma das populações dificulta ou
impossibilita a existência da outra (ex; líquens)
● COMENSALISMO (+/0)
- benefício unilateral, a outra não sofre alteração
- a espécie comensal se associa de forma bastante próxima ao hospedeiro (ex:
tubarão e rêmora)
➢ Dinâmica de populações: As populações tendem naturalmente a crescer e atingir
uma dimensão que as mantenha efetivamente em equilíbrio no ecossistema.
Mecanismos homeostáticos tendem a manter o equilíbrio na dinâmica das
populações.
1) Fatores intrínsecosa população:
● Competição intra-específica: ex: floresta de pinheiros - a queda de suas folhas
produz efeito alelopático em plantas de outras espécies, ou seja, inibe o crescimento
de outras plantas, diminuindo assim a competição por água, luz e nutrientes nas
florestaa de pinheiros.
2) Fatores extrínsecos: catástrofes naturais
● Densidade populacional: número de indivíduos de uma população em determinada
área ou volume.
- O crescimento populacional depende de 2 fatores:
→ aumento da densidade, do qual fazem parte a taxa de natalidade e a imigração
→ diminuição da densidade, do qual fazem parte a taxa de mortalidade e de
emigração.
● Crescimento populacional:
- por meio da análise de curvas pode-se ter uma noção da dinâmica do processo.
- curva S (sigmoidal): é a de crescimento populacional padrão e esperada para a
maioria das populações da natureza.
- curva J (exponencial): a densidade aumenta rapidamente de forma exponencial,
parando abruptamente quando a resistência ambiental se torna mais ou menos
efetiva repentinamente. Normalmente essa curva é mais encontrada em animais de
produção.
- quando a população atinge um valor numérico máximo permitido pelo ambiente este
fenômeno é denominado capacidade limite ou capacidade de carga.
● Taxa de natalidade: velocidade com que novos indivíduos são adicionados a
população po meio de reprodução.
● Taxa de mortalidade: velocidade com que indivíduos são eliminados da população
por meio de morte.
● Taxa de imigração e emigração: correspondem respectivamente ao número de
indivíduos que entram e saem de uma população em determinado tempo.
● Lei da tolerância: cada indivíduo apresenta, face aos diversos fatores ecológicos,
limites de tolerância, entre os quais se situa o ótimo ecológico.
→ Limites de tolerância:
- faixa na quantificação de cada fator abiótico suportável para os seres vivos
- testes de estresse: submissão de plantas ou animais a diferentes condições
ambientais para determinar os limites ecológicos desses organismos.
● Compensação de fatores: os seres podem se adaptar no ambiente no sentido de
diminuir os efeitos limitantes dos fatores abióticos
- principais fatores abióticos limitantes: luz, temperatura, umidade e salinidade
→ Luz:
- é o mais importante
- a radiação solar é constituída de uma grande faixa de comprimentos de onda
e os animais e plantas respondem a diversos deles (ex: crescimento e
reprodução)
→ Temperatura: estresse térmico em ruminantes e determinação sexual em
tartarugas
→ Umidade:
- quantidade de vapor de água presente na atmosfera
- quanto maior a UR, menor a capacidade da água se transformar em vapor e
se dissociar na atmosfera.
- maior UR: pneumonia, bronquite
- menor UR: ressecamento das vias aéreas, sangramento nasal
→ Salinidade:
- atividade vulcânica: formação de íons salinos
- parte dos minerais encontrados nos mares advém do resgate das rochas da
crosta terrestre (erosão) e das substâncias liberadas pelas erupções
vulcânicas, que são transportadas até os mares pelas chuvas e rios
- fendas geotermais, localizadas nas camadas mais profundas dos oceanos,
entrando em contato com o interior da crosta terrestre.
- em situações de extrema salinidade, como os manguezais, as plantas
secretam o excesso de sal atvés das folhas
- o processo de irrigação costuma introduzir nos solos grandes quantidades de
sais, levando a perda de produtividade
➢ Sucessão ecológica: é a sequência de mudanças pelas quais uma comunidade
passa ao longo do tempo. Durante esse processo, comunidades mais simples vão
sendo gradualmente substituídas por comunidades mais complexas até que se
estabeleça um equilíbrio entre comunidade e ambiente → comunidade clímax
→ Comunidade pioneira: são os primeiros organismos que se instalam no ambiente
(líquens, musgos, gramíneas e insetos)
→ Comunidade intermediária: representada por vegetação arbustiva e herbácea. Nessa
etapa ocorrem profundas alterações no ambiente e na diversidade das espécies.
→ Comunidade clímax: nessa fase a comunidade atinge estabilidade com elevado número
de espécies e de nichos ecológicos e apresenta grande biomassa.
● Sucessão autogência: é determinada por interações originadas no interior do
ecossitema
● Sucessão alogênica: determinada por forças externas como tempestade ou
incêndios
→ Ao longo de uma sucessão ecológica ocorre:
- aumento da produtividade bruta e do consumo
- aumento da biomassa
- aumento da diversidade de espécies
- extinção de algumas espécies e surgimento de outras
- Início (ecese): chegada de pioneiros
- Transição (sere): aparecimento, extinções e alterações na abundância de
populações
- Estabilidade (clímax): estabilidade na composição das comunidades
➔ Eutrofização: grande enriquecimento das águas por nutrientes provenientes de
esgotos ou escoamento de águas superficiais ricas em fertilizantes agrícolas,
causando crescimento excessivo de bactérias e falta de oxigênio para os outros
organismos do sistema
A�L� 3 - CO���R���EN�� ��IM�� � A�B�ÊN�I� DE ����A�S ��
P�O��ÇÃO:
O meio ambiente adequado é requisito indispensável para que os animais possam
expressar o seu máximo produtivo, associado a exigências crescentes de bem-estar
animal, biossegurança e sustentabilidade ambiental.
➢ Clima: é um conjunto de fenômenos meteorológicos que definem a atmosfera de
um determinado lugar
→ Elementos climáticos:
- agentes térmicos responsáveis pela diferenciação do clima
- são grandezas meteorológicas que variam com o tempo e espaço
- são eles: temperatura, umidade do ar, vento, chuva e radiação solar
● Temperatura:
- estado atmosférico do ar que dá sensação de frio ou calor
- elemento climático mais fácil de ser mensurado
- a temperatura ambiental pouco informa sobre a sensação térmica do animal
- deve-se trabalhar com a temperatura efetiva + outros elementos climáticos
- os termômetros devem sempre ser colocados em locais onde os animais são
mantidos e a meia altura do corpo dos animais
- monitoramento ao longo de 24h
● Umidade relativa:
- quanto maior a temperatura, menos a UR
- ideal: 40-70%
- UR baixa favorece a dissipação de calor por evaporação, resseca mucosas e vias
respiratórias e ocasiona o aumento de partículas sólidas em suspensão
- UR alta ocasiona a maior incidência de doenças no trato respiratório como
pneumonias e bronquites
● Vento:
- movimentação de massas de ar
- em períodos quentes pode melhorar a sensação térmica
- em períodos frios elimina gases nocivos
- velocidade ideal: 5-8km/h
● Chuva:
- possui direta influência na UR (pode ser prejudicial em ambientes de alta UR e alto
calor pois há exarcebação desses fatores após chuva (sensação de mormaço)
- animais molhados perdem calor para o meio
- a longo prazo aumenta a disponibilidade de pastagem
● Radiação solar:
- calor recebido de tudo oq rodeia o animal como sol, paredes, outros animais, solo
- a quantidade de radiação sobre os animais é importante para a manutenção da
homeotermia, principalmente em animais criados a campo
OBS: o termômetro de globo negro fornece uma estimativa dos efeitos combinados
de temp, radiação e vento (sensação térmica)
→ Fatores climáticos:
- características locais que influenciam os elementos climáticos (microclima)
- latitude, altitude e continentalidade
● Altitude:
- é inversamente proporcional a pressão atmosférica
- maior altitude, menor pressão e menos oxigênio disponível
- se for maior que 2.500: mal das montanhas (taquicardia, menor crescimento,
reprodução e produção)
➢ Bem-estar animal de produção:
- ambiente interno, alimentação e patógenos
- condições climáticas externas
- características das instalações (modificações primárias - edificações e modificações
secundárias - equipamentos de iluminação, refrigeração e aquecimento)
- interação animal x ambiente
● Ganho energético dos animais:
- Quimicamente: processos metabólicos
- Mecanicamente: ação de forças físicas pelos organismos
- Termicamente: troca de calor pelo ambiente
● Perda energética:
- termogênese (calor endógeno + exógeno)
- termólise
- condução,convecção, radiação e evaporação
→ Animais jovens (pintos, leitões e bezerros) ainda não apresentam o centro
termorregulador em funcionamento e precisam de cuidados especiais.
- Leitões: baixo sistema termorregulador = susceptível a frio
crescimento e terminação: alto teor de gordura
atividade reprodutiva: alto teor de gordura
- Pintos: susceptíveis a frio
- Frango: alto teor de gordura/ alcalose respiratória
➢ Dissipação do calor:
● Condução: meio de transferência de calor do animal para qualquer objeto ou
organismo com que ele possa ter contato (ex; piso,parede)
● Convecção: depende de um fluido, que pode ser líquido (água ou lama) ou gasoso
(vento).
● Evaporação: passagem do estado líquido para o gasoso,sendo esse processo
carreador de calor para fora do corpo do animal (trato respiratório ou evaporação
cutânea)
→ Trato respiratório:
- ocorre pelo aumento da FR (mais ou menos 26 graus em bovinos e suínos)
- o aumento do movimento respiratório aumenta a quantidade de ar quente expelida
pelo meio
- nas aves, o processo de enchimento e esvaziamento dos sacos aéreos promove a
dissipação por evaporação
→ Superfície cutânea:
- através da prespiração (difusão de água através da epiderme, não relacionado ao
suor. A água se difunde entre as células e se encaminha para a superfície corporal
para evaporação (ex: partes ausentes de penas nas aves como pernas e pescoço)
- através das glândulas sudoríparas
- porcos: poucas glândulas, afuncionais pois o canal excretor de suor é fechado
- aves: não possuem, usam ofegação
- bovinos: as glândulas são fundamentais
- as glândulas écrinas (+ comuns nos homens) são mais eficientes do que as apócrinas,
presentes nos animais
OBS: as glândulas apócrinas são fundamentais na adptação de bovinos nos trópicos (os
zebuínos são mais adaptados por possuírem glândulas mais volumosas que o gado
europeu)
● Ações de manejo que aumentam a produção de calor:
- distância percorrida
- alimentação com maior teor de fibra
- quantidade de alimentos consumidos
- tratamento agressivo (aumenta a agitação)
- horário de movimentação dos animais
- falta de controle de insetos, endo e ectoparasitas
- falta de sombreamento
A�L� 4 - ET����I� � AM��ÊN�I� �� P�O��ÇÃO DE ����:
Podem ser de corte para produção de carne ou poedeiras para colocação de ovo.
➢ Elementos climáticos:
- não resistem muito bem por um longo período a temperaturas > 5ºC de sua
temperatura corporal, resistem até 20ºC abaixo da sua temperatura corporal. Para
frango de corte a temperatura ideal é de 18-26ºC, frango de corte quando
aclimatados ao calor ficam ali até 28ºC.
- em estresse calórico as aves abrem muito as asas, batem as asas, ficam abrindo e
fechando o bico e bebem muita água ficam → muito agitadas
- o problema de beber muita água é que geralmente essa água transborda e cai na
cama que tem ali embaixo, assim, ao cair no material que tem ali começa a produzir
amônia, deixa o ambiente mais úmido e consequentemente trazendo problemas.
➢ Principais problemas do estresse na produção agrícola:
- pode diminuir a produção de ovos e atrapalhar o ganho de peso (temp amb até
10ºC), a temperatura ali nos 10-15ºC pode piorar a conversão alimentar, já de
15-25ºC em aves de porte tem melhor eficiência alimentar e ganho de peso já as de
postura melhora a produção. De 25-30ºC se tem problema na quantidade da
produção de ovos, acima de 30ºC diminui o consumo de ração, tamanho de ovos e
ganho de peso. Temperatura maior que 30ºC precisam de medidas emergenciais de
resfriamento e igual 40ºC se tem morte por hipertermia
- temperatura muito alta e umidade muito alta resulta em mormaço, o que é
prejudicial. Aumenta ofegação, perda de CO², respostas comportamentais, diminui
alimentação, pode resultar em desnutrição.
- cortinas no galpão estão ali para dissipar o calor e umidade da cama, controla
entrada e saída do ar na parte de dentro do galpão – para diminuir calor corpóreo
abre a cortina de cima para baixo e para saírem gases nocivos se abre de baixo
para cima
- Se tem tecnologia não precisa expor as aves a radiação solar, podendo dar vitamina
D sinteticamente com o alimento. O excesso de radiação pode levar a um estresse
térmico por aquecimento do galpão.
➢ Luz:
- precisam de um fotoperíodo positivo, onde a incidência de luz e ar é maior durante o
dia. Fazer o controle da necessidade de luz reflete na quantidade de ovos e nos
períodos que elas picam.
- Programa de luz → pode ser feito o uso de iluminação artificial(incandescente ou
fluorescente), essas luzes podem adiantar a idade de maturidade sexual das aves,
prolongar o pico da produção de ovos e evitar alguns tipos de doença.
- resfriamento externo é uma boa opção para amenizar a temperatura interna do
galpão.
ET����I� �NI��� � AM��ÊN�I� �� P�O��ÇÃO DE ����NO�
- se o bovino estiver fora da zona térmica de conforto dele ocorre vasodilatação
periférica, circulação mais rápida com aumento do fluxo sanguíneo para periferia do
corpo, aumento das taxas respiratórias, aumento da frequência cardíaca e sudação
- em situação de estresse calórico é usado borrifador de água, animais podem fazer o
uso de lagoas e rios (pode ser substituído por piscinas artificiais o que precisa tomar
cuidado, pois esses – animais defecam e urinam quando estão na água).
- o calor nas fêmeas diminui a produção de leite, influencia na reprodução, reduzindo
o cio e sua duração, aumentando a mortalidade embrionaria, aborto e fetos com
crescimento afetado. Em machos atrasa a puberdade, diminui o libido e aumenta
problemas na espermatogênese.
- Sombreamento pode ser natural (arborização) ou artificial (sombrite).
- Espécies indicadas para arborização: nativas do local, boa copa durante o ano,
permitam ventilação natural, raízes não expostas e frutos menores que 5cm.
- Os bovinos evitam o máximo ficarem expostos ao sol, devido as altas temperaturas.
→ Confinamento: tudo aquilo que é aplicado para animais livres → devem ser
intensificadas para eles, ficam em lugares mais fechados, baias com dimensão
adequada ao tamanho do animal, uso de camas vegetal ou areia, pé direito alto,
instalações devem ser limpas, secas e confortáveis, se preocupar com a questão
comportamental.
→ Free-stall: animais mais limpos e menor requerimento com material de cama. Animal
não consegue se locomover dentro da baia, só ir para frente e para trás para defecar.
Piso dos corredores é frisado, bom para fazer lavagem e evitar que os animais
escorreguem nesse ambiente.
→ Bezerros: normalmente existem instalações para eles, pois eles precisam de um
ambiente mais frio. Existem vários tipos: coletivos(mais tradicional, orientação norte-sul,
construção de alto custo, dificuldade de higienização) e casinhas (possuem mesmo
direcionamento, geralmente em locais bem drenados, pequeno declive, menor custo e
maior higienização)
A�L� 6 - CU����L�U��
Cunicultura é o ramo da zootecnia que trata da criação econômica e racional de coelhos
➢ A história da cunicultura:
- proveniente da espanha
- A domesticação foi iniciada pelos monges em conventos na idade média. Esses
difundiram a cunicultura em alojamentos e gaiolas por toda a Europa, principalmente
na Bélgica, França e Inglaterra, de onde a criação de coelho se espalhou pelo
mundo
- no Brasil, os imigrantes europeus trouxeram esse costume de consumo de carne de
coelho porém essa cultura não foi muito difundida
- se tornou uma alternativa para limitar a falta de proteína da população com renda
baixa
● Panorama mundial: china → itália → venezuela
● Panorama nacional: brasil em 32 (rio grande do sul → santa catarina → paraná)
❖ Por que a carne de coelho pode ser importante para o desenvolvimento sustentável?
- Criação racional de animais, elevada reprodução e produtividade em pequena área,
capacidade de reciclagem, baixo desperdício de insumos, aproveitamento de restos
culturais de outra área de produção, esterco para fertilização e pouca necessidade
de água
❖ Benefícios da produção para o produtor:
- o coelho pode ser explorado de diversas formas (bexigacheia de urina para
cosméticos, carne, cérebro para medicamento, esterco, mercado pet, olhos, orelha
como petisco para cães, pele, pelo e vísceras)
- alta proliferação e consequentemente, alta produtividade
- praticidade na criação e menor consumo de água
- fácil manejo
- rápido retorno financeiro (produção de grande quantidade de alimento de alta
qualidade nutricional em curto espaço de tempo)
❖ Benefícios para o consumidor:
- carne saudável rica em proteínas e com baixo índice de colesterol
- cardiologistas recomendam o consumo de carne branca para evitar problemas de
colesterol
- maior diversidade na escolha de carnes no mercado
❖ Benefícios para o país: possibilidade de exportação (ampliação do mercado),
desenvolvimento sustentável, mais produtores (fonte de renda), aumento do PIB e
maior desenvolvimento do mercado interno.
❖ Empecilhos para o desenvolvimento: desconhecimento do produto, alto custo,
questão cultural e falta de incentivo e investimento
❖ PRODUÇÃO:
→ Sistema extensivo:
- densidade: 8-16 coelhos/m2
- não há monitoramento da criação (data de nascimento e paternidade)
- a taxa de mortalidade de láparos é mais elevada
- menor conversão alimentar e menor deposição de carne
- maior surgimento e dissipação de enfermidades
- 30-35 láparos desmamados por coelha/ano (desmame entre 5-6 semanas de idade)
→ Sistema semi intensivo:
- a criação pode ser livre mas a fase de terminação ocorre em gaiolas (confinamento)
- as matrizes e reprodutores são criados em confinamento
- densidade: 8-16 coelhos/m2 no pasto e 4-10 coelhos por gaiola
- maior fiscalização da criação em relação ao sistema extensivo
- aumenta a demanda de mão de obra
- 45-55 láparos desmamados por coelha/ano (desmame entre 4-5 semanas de idade)
→ Sistema intensivo:
- densidade: 6-10 animais/gaiola
- monitoramento mais severo sobre a criação
- controle da cobertura e monitoramento dos nascimentos e quantidade de láparos
(menor mortalidade dos láparos)
- maior seleção dos machos para reprodução
- maior praticidade do manejo e monitoramento da alimentação mais assertivo
- facilidade na desinfecção e limpeza dos ambientes de criação.
- mais lucro e rendimentos.
- 65 láparos desmamados por coelha/ano (desmame até 4 semanas de idade)
ET����I� � AM��ÊN�I�:
❖ Pontos importantes:
- coelhos são animais sensíveis ao meio e não possuem glândulas sudoríparas
- temp acima de 24 graus → aumento da FR e inapetência → perda de peso
- estresse → não realizará cecotrofia
- a tempertatura do galpão deve ser entre 18 e 22 graus e umidade de 70%
❖ Localização → boa ventilação, temperatura mais próxima da zona de conforto,
ambiente tranquilo e de fácil acesso, distância segura de outras produções
❖ GALPÃO:
- aberto ou fechado, sentido leste-oeste
- piso → precisa ser de fácil higiene e desinfecção, podendo ser levemente inclinado
na parte inferior
- telha → focada no conforto térmico como as de fibrocimento
- paredes → podem medir no mínimo 1,50m de altura
- janelas → devem ser teladas para evitar entrada de pragas e insetos
- medidas para melhorar o conforto do ambiente → pé direito alto, lanternin,
ventilação artificial, pintar telhas de cores claras e arborização entorno do galpão
❖ GAIOLAS:
- área mínima/animal: 800cm2 para animais em crescimento, 3200cm2 para
reprodutores, 4800cm2 para cada fêmea em idade reprodutiva
- material da gaiola → arame galvanizado, madeira, outros materiais (suspensas ao
solo por no mínimo 80cm)
- bebedouro → mamadeira, vaso de barro ou cimento, pressão, calha ou automático
- comedouro → potes de barro, calha, semiautomáticos
- devem possuir ninhos e enriquecimento ambiental
- sistema em baterias → gaiolas ficam sobrepostas, sendo colocadas em andares e
no máximo devem conter um coletor de dejetos. Permite melhor aproveitamento da
área
- sistema californiano → gaiolas instaladas umas sobre as outras em níveis
diferentes
- sistema flat deck → gaiolas estão em mesmo nível dispostas em fileiras e acima da
vala recolhedora de dejetos dos animais, sendo esse o sistema mais indicado.
- sistema alternativo → baixa escala e geralmente de subsistência, tecnologias não
tradicionais (geralmente adaptadas a realidade do cunicultor), o produtor faz suas
próprias gaiolas, comedouros e bebedouros com o material disponível em sua
propriedade
❖ RAÇAS:
→ Nova Zelândia: é a mais criada por possuir boa proporção corporal, com garupa
arredondada, região lombar musculosa e costelas com boa cobertura muscular, propiciando
carcaças de ótima qualidade e rendimento. São rústicos, precoces, fácil manejo, bastante
prolíferos e tamanho médio (peso adulto: 4,5kg). Aptidão: carne e pele
→ Califórnia: surgiu do cruzamento de chinchila, russa e nova zelândia branco. Menor
inserção de gordura, boa distribuição de massa muscular, tamanho médio (peso adulto
4kg). Aptidão: carne e pele
→ Bouscat Branca: cruzamento entre gigante de flandres, prateado de champanha e
angorá branco. Carcaça de qualidade, alta proliferação, tamanho gigante (peso médio 7kg),
temperamento calmo. Aptidão; usado para cruzamentos mistos, carne e pele.
→ Azul de Vienna: melhor raça de dupla aptidão. Rústico, precoce, prolífero, boa
quantidade de carne e pele bem valorizada, tamanho médio (peso adulto 4kg).
→ Gigante de flandres: crescimento lento, mais sensível as condições do meio, usados em
cuzamentos mistos, carne e pele e tamanho gigante (adulto 7kg)
→ Bélier: foram criados para produzir carne mas por serem pouco prolíferos e tardios estão
sendo dubstituídos por coelhos de outras raças. Atualmente são mais usados como raças
de companhia. Peso variável.
→ Borboleta ou mariposa: possui 3 variedades. A francesa se destaca por sua maior
dimensão, ser mais preococe, com boa carcaça e facilidade de engordar, atingindo 2kg com
4 meses de idade. Utilizada em cruzamentos com raças de médio porte, atuando como
linha paterna. Tamanho gigante. Aptidão: carne e cruzamentos
A�L� 7 - IM���T�� �A P���ÁRI� ��� SO���:
❖ Agroecossistema → simplificado, floristicamente pobre, incapaz de se
autossustentar, alta exploração da terra e degradação do solo (erosão)
❖ Tipos de erosão → por embate (impacto), em lençol ou laminar (arrastamento), em
sulcos ou ravina (arrastamento), voçorocas (estágio elevado do processo de erosão)
❖ Consequências da erosão → perda de nutrientes, perda da capacidade de reter
água, assoreamento dos cursos de água e formação da voçoroca
❖ Áreas acidentadas → pastagem em faixa com curvas de nível
❖ Influência dos animais no processo erosivo → pressão do pisoteio (compactação),
pastejo seletivo (diminui a diversidade de espécies), sobrepastejo (enfraquece as
raízes profundas)
❖ Adubação química e agrotóxicos: efeito residual (integrar na cadeia trófica),
lixiviação (eutrofização), acidificar o solo (biocidas)
● Queimadas:
- destruição do ecossistema →diminuição da biodiversidade
- menor fertilidade do solo → elimina matéria orgânica e microorganismos
- processo erosivo
- menos infiltração de água no solo
- poluição do ar → efeito estufa
- processo de desertificação
- queima controlada: solicitar ao INEA
➔ SOLUÇÕES:
❖ Pastejo rotacionado → aumenta a capacidade de suporte das pastagens, evita a
pressão do pisoteio, evita o sobre pastejo, rebrota as forragens e previne a
compactação do solo
❖ Sistema de integração lavoura/pecuária/floresta → alia maior produtividade com
conservação de recursos natuais, alternativa para recuperar áreas degradadas,
otimiza os ciclos biológicos de plantas e animais, mitigação das emissões de GEE
(produz a mesma quantidade de carne e reduz 44% os GEE), impacto
socioeconômico (geração de renda e emprego). Pode ser classificada em 4
modalidades
❖ Benefícios → arborização das pastagens (melhora as condições químicas do solo,
conforto térmico aos animais, proteção física contra erosão e previne compactação),
capacidade produtiva (utilização de leguminosas e maior quantidade de matéria
orgânica no solo)
➔ MODALIDADES;
❖ Sistema agropastoril (interação agrícola + pecuária) → desenvolvimento de váriasculturas no mesmo solo, evita o desgaste do solo e evita que apenas uma espécie
use o solo
❖ Sistema silvipastorial (floresta + pecuária) → intensifica a produção, evita
degradação do solo, recupera a capacidade produtiva, conforto térmico,
conservação da água e diminui a necessidade do uso de fertilizantes
❖ Sistema silviagtícola (floresta + agrícola) → aumento da eficiência no uso de
recursos naturais, preservação do meio ambiente, estabilidade na produção e renda
para o produtor
❖ Sistema agrossilvipastoril (floresta + agrícola + pecuária) → otimiza os ciclos
biológicos, repõe a cobertura florestal de forma parcial e ordenada em áreas de
pastagem, aumenta o BEA, maior conforto térmico e oferece suplementação
alimentar.
❖ Desvantagens do sistema ILPF: custos de implantação e manutenção, falta de mão
de obra, mal manejado pode ocorrer competição e assim prejudicar as pastagens,
pouca árvore pode gerar competição por sombra e compactação do solo.
❖ Plano ABC estratégias: recuperação de pastagens degradadas, integração ILPF e
sistemas agroflorestais, sistema plantio direto (SPD), fixação biológica de nitrogênio
(FBN), florestas plantadas, tratamento de dejetos animais e adaptação às mudanças
climáticas.
IM���T�� �A P���ÁRI� �� AT���F��A
❖ Sistema climático da terra → o clima da terra é regulado por diversos elementos e
processos que envolvem o fluxo de radiação solar, a atmosfera e a superfície
terrestre. São cinco os componentes principais:
1. Atmosfera: camada fina dividida em 7 faixas que circunda circunda o planeta
planeta Terra;
2. Hidrosfera: representada pelas águas oceânicas e continentais;
3. Criosfera: constituída pelas camadas de gelo e neve.
4. Superfície Terrestre: superfície onde se encontram os seres vivos;
5. Radiação Solar: incide sobre a atmosfera e superfície terrestre.
❖ Mudanças climáticas globais → é a mudança de clima atribuída direta ou
indiretamente a atividade humana que altera a composição da atmosfera mundial e
que se acrescenta a variação natural do clima observada durante períodos de tempo
comparáveis.
- é um dos maiores desafios da humanidade (problema global)
- inovações tecnológicas, crescimento populacional e empobrecimento
❖ Efeito estufa → fenômeno natural gerado por gases causadores de efeito estufa
(GEE), os quais absorvem luz infravermelha térmica que deveria ser direcionada ao
espaço, aquecendo a atmosfera e garantindo vida no planeta. Porém, o efeito estufa
intensificado é causado pelo aumento das concentrações de GEE, alterando as
condições de temperatura naturais e prejudicando fauna e flora.
- GEE: vapor dágua, CO2, CH4, N2O e CFC
- CO2: é emitido na queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, o gás
natural e o petróleo), desmatamento e atividades industriais como a
produção de cimento. É responsável por cerca de 60% do efeito-estufa
- CH4 (metano): é originado em processos biológicos, tratamento de efluentes
líquidos e em aterros sanitários, e nas atividades agropecuárias,
principalmente na produção de ruminantes. A extração e refino de petróleo
também é grande emissora de metano. Responsável por 15 a 20% do efeito
estufa
- N2O (óxido nitroso): pode ser emitido em processos industriais e na
agricultura (fertilizantes). N2O podem decorrer de processos biológicos de
nitrificação e denitrificação, em sistemas de tratamento de esgoto ou no solo.
Participa com cerca de 6% do efeito estufa
- CFC: Responsáveis por até 20% do efeito estufa, os clorofluorcarbonos são
utilizados em geladeiras, aparelhos de ar condicionado, isolamento térmico e
espumas, como propelentes de aerossóis, além de outros usos comerciais e
industriais.
OBS: As emissões de metano e amoníaco, procedentes do setor pecuário dos países em
desenvolvimento, segundo a FAO: daqui à ± 30 anos serão 60% maiores que na atualidade.
❖ Das bilhões de toneladas emitidas anualmente, + da metade ficam acumuladas na
atm criando um cobertor de gases que impede que o calor refletido escape para o
espaço, dando origem ao chamado efeito estufa, responsável pelo aquecimento do
planeta.
➔ A alteração da [ ] de GEE poderá desencadear T global: 1,4 a 5,8 °C que
poderá resultar em:
1. Aumento do nível do mar → deslocamento de pessoas, inundações em
zonas costeiras e ilhas, agravamento das erosões costeiras, invasão da água
salgada em reservas costeiras de água doce e ameaça de ecossistemas.
→ Impactos negativos: diminuição da capacidade de formar conchas de
organismos calcificadores (mariscos, algas, corais, plânctons e moluscos - levando
ao seu desaparecimento), tolerância a mudanças de temperatura das águas
oceânicas, erosão de plataformas continentais. OBS: os recifes de corais são muito
vulneráveis. São importantes não apenas na diversidade de espécies mas também
servem como barreiras de proteção contra ondas e tempestades
2. Aumento dos vetores de doenças → o aquecimento global favorece o ciclo
de vida de vetores como o Aedes aegypti. Com isso, o número de casos das
diversas doenças transmitidas por ele pode aumentar nos países já atingidos
e ainda migrar para locais onde a temperatura está aumentando. Além disso,
com mais chuvas e inundações, doenças como cólera, esquistossomose,
leptospirose e diarreias infecciosas em geral tendem a ficar mais comuns.
3. Extinção de animais e plantas
4. Aumento da desertificação → ao empobrecer o solo ele se torna estéril tal
qual num deserto, transformando-se assim, numa terra infértil e improdutiva.
As regiões mais afetadas pelo processo de desertificação são geralmente as
zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas.
5. Aumento das ondas de calor, tormentas e furacões
6. Diminuição das calotas polares
7. Diminuição da produtividade agrícola
8. Menor disponibilidade de H2O
9. Diminuição da atividade pesqueira → a elevação do nível do mar e o
aumento na frequência e intensidade das tempestades atrapalham a pesca
artesanal, pois as condições climáticas são um fator limitante da atividade
pesqueira. Exemplos: alterações na reprodução ou migração das espécies;
enfermidades; alteração nos padrões de distribuição; tamanho das
populações e na composição da comunidades.
❖ Estudos epidemiológicos apontam que existe uma relação consistente entre a
exposição a fumaça da queima de biomassa e o aumento dos sintomas
respiratórios, doenças respiratórias e diminuição da função pulmonar
❖ Alguns estudos indicam também uma ligação entre a queima de biomassa e
aumento dos atendimentos emergenciais em hospitais
➔ Algumas soluções para a agropecuária:
- Aprimoramento do manejo das culturas e dos solos agrícolas e do pastoreio e
manejo dos rebanhos e dos dejetos animais;
- Plantio direto, fixação biológica de nitrogênio (a partir do plantio de leguminosas e
outras plantas que fixam o nitrogênio no solo) e florestas plantadas.
- práticas agrícolas sustentáveis (as 4 modalidades do sistema de integração)
A�L� 8 - IM���T�� �A P���ÁRI� NO� ��C���OS �ÍD�I��S:
❖ Lei das águas → instituiu a politica nacional de recursos hídricos, criou o sistema
nacional de gerenciamento de recursos hídricos. A PNRH tem como objetivo
assegurar a atual e futuras gerações a necessária disponibilidade de água em
padrões de qualidade adequados ao uso e a utilização racional e integrada dos
recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento
sustentável
❖ A gestão das águas → visa garantir o uso múltiplo deste recurso (ex: em uma bacia
hidrográfica a utilização da água de um rio para irrigação não pode comprometer o
abastecimento urbano)
❖ Destruição de matas ciliares ;
→ Mata Ciliar:
- porção vegetal que protege os cursos dágua
- sistema que funciona como tampão, regulando o fluxo de água, sedimentos e
nutrientes entre os terrenos do alto da bacia hidrográfica e o ecossistema aquático
- estabiliza as margens dos cursos pelo emaranhado radicular
- filtra o escoamento superficial, impedindo o carreamento de sedimentos para o curso
dágua
- proporciona cobertura e alimentação para peixes e outros organismos aquáticos
- intercepta e absorve radiaçãosolar, contribuindo para estabilidade térmica dos
cursos dágua de menor tamanho
OBS: A lei 4771/1965, que instituía o Código Florestal foi revogada pela lei 12651/2012.
Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, APP e as áreas de
Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da
origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê
instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.
❖ APP (área de preservação permanente) → é segundo o código florestal brasileiro,
toda área enquadrada nos artigos 2 e 3 da Lei no4.771, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. O código
florestal define APP áreas situadas:
1. ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água, desde o seu nível mais alto, em
faixa marginal cuja largura mínima será: de 30m para os cursos dágua com menos
de 10m de largura, de 50m para os cursos com 10-50m de largura, de 100m para os
cursos com 50-200m de largura, de 200m para os cursos com 200-600m de largura
e de 500m para os cursos com +600m de largura
2. ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais, em faixa com largura
mínima de: 100m em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20ha de
superfície, cuja faixa marginal será de 50m e 30m em zonas urbanas;
3. as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais,decorrentes de barramento
ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença licença
ambiental do empreendimento;
4. as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que
seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 m;
5. as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°
6. nas restingas e manguezais;
7. no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura min de 100m e
inclinação média >25°
8. em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação
9. não será exigida APP no entorno de reservatórios artificiais de água que não
decorram de barramento de cursos d’água naturais;
10. nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a
1ha fica dispensada a reserva de faixa de proteção
11. é admitido para a pequena propriedade ou posse rural familiar, o plantio de
culturas temporárias e sazonais de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no
período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de novas
áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja
protegida a fauna silvestre.
12. nos imóveis rurais com até 15 módulos fiscais, é admitida nas áreas de que
tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a
infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos
recursos hídricos, garantindo garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de
recursos hídricos;
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental;
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR.
13. Consideram-se ainda APP, quando declaradas de interesse social por ato do
Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de
vegetação destinadas a:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e
de rocha;
II - proteger as restingas ou veredas; proteger várzeas;
III - abrigar abrigar fauna ou da flora ameaçados ameaçados de extinção extinção e
proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
IV - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e
ferrovias;
V - assegurar condições de bem-estar público e auxiliar a defesa do território
nacional, a critério das autoridades militares.
❖ Principais atividades da pecuária sobre as águas:
1. Calagem → correção do pH do solo através do uso de calcário. Pode liberar
carbonatos, bicarbonatos, cálcio e magnésio para o lençol freático. Excesso de Ca e
Mg na água de consumo pode originar cálculos renais na população.
2. Fertilização → pode contaminar o lençol freático com nitrato (nitrificação), que pode
ocasionar doenças na população, como câncer gástrico.
3. Poluição por dejetos animais → os dejetos bovinos e principalmente suínos tem
altas concentrações de NPK, gerando eutrofização de corpos hídricos (crescimento
de algas, redução do oxigênio disponível e morte de organismos aquáticos). Os
dejetos podem ser resproveitados como fertilizantes e também pra geração de
energia através de biodigestores
4. Poluição por produtos químicos → os agrotóxicos podem alcançar o corpo hídrico
através da aplicação direta, de escorrimento e de percolação no solo, alcançando os
lençóis freáticos. Uma vez no corpo hídrico os agrotóxicos podem: contaminar a
água de abastecimento, morte de organismos aquáticos, intoxicar a população e
contaminar alimentos. Os pesticidas costumam cair no curso dágua por
escorrimento superficial, infiltração nos solos e ação dos ventos
5. Irrigação → tem como objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas
em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e
sobrevivência da plantação. Os processos de irrigação quando mal planejados
podem causar efeitos como: salinização do solo, encharcamento, disseminação de
doenças de transmissão ligadas a recursos hídricos (cólera, diarreias…).
- a salinização é mais frequente em áreas de pouca chuva e calor forte
(plantas transpiram e solo perde água por evaporação). Ela depende da
qualidade de H2O, nível de drenagem do solo, profundidade do lençol
freático e concentração de sais no perfil do solo
❖ Técnicas para recuperação do solo:
1. Lavagem → diminui a concentração de sal
2. Melhoramento químico → + solos sódicos
3. Drenagem
4. Sistematização e nivelamento → práticas para boa disponibilidade de água
5. Aplicação de resíduos orgânicos
6. Escolha da cultura
7. Cobertura do solo → palhada de milho e soja
❖ Cultivos de elevada evapotranspiração:
- provocam o abaixamento do lençol freático, facilitando a lixiviação de sais
- a sombra produzida pelos cultivos reduz a evaporação pela superfície do solo
- culturas como alfafa ou outras forrageiras, cana de açúcar e eucalipto
A�L� 9 - T�A��M���O D� ���ÍDU�� �� P�O��ÇÃO AN����:
1) MANEJO DAS ÁGUAS RESIDUÁRIAS DA AQUICULTURA:
❖ Principais impactos da aquicultura → eutrofização, sedimentação, alteração da
vazão e temperatura da água, contaminação (produtos químicos e veterinários),
maior dissipação de doenças e menor diversidade de espécies (favorecimento de
espécies invasoras)
❖ Motivos de esvaziamento dos tanques de aquicultura → manutenção da qualidade
da água, despesca, remoção de matéria orgânica
❖ Mecanismos de poluição por alimentos → a alta quantidade de alimentos nas águas
aumentam a poluição, ração peletizada vai para o fundo e acumula matéria orgânica
e a decomposição de matéria orgânica aumenta a [ ] N e P → AMÔNIA (letal)
❖ Resíduos químicos e medicamentos veterinários:
- Desinfetantes: verde de malaquita, formalina, hipoclorito de sódio (eliminação de
parasitas, bactérias e fungos)
- Organofosforados: diclorvós
- Antimicrobianos: tetraciclinas, quinolinas, eritromicinas
➔ Métodos de tratamento de água residuária:
- são divididos em: preliminar, 1, 2 e 3
- a água tratada pode ser usada na recirculação (tanques ou lagoas de decantação),
pode ser lançada em corpos receptores ou depositada no solo
❖ Tratamento preliminar → visa remoção de sólidos grosseiros para proteger
bombas, tubulações e unidades de tratamento com o uso de grades, telas e
peneiras (remove até 90% dos sólidos). As peneiras podem ser: estática e dinâmica
(vibratória e rotativa)
1. ESTÁTICA:
- vantagens: não dependemde energia motora, são mais baratas e fáceis de construir
- desvantagens: requer constante limpeza
2. DINÂMICA:
- vantagens: menor tendência e entupimento, possibilidade de remoção de partículas
mais finas e operção de forma contínua
- desvantagens: necessita de manutenção e energia
❖ Tratamento primário → remove sólidos em suspensão, sedimentáveis e sólidos
flutuantes, pode atuar como etapa intermediária de tratamento complexo ou como
etapa final de água residuária no solo. Pode remover 60-70% dos sólidos em
suspensão.
- tanques de sedimentação ou decantação (lagoas anaeróbias: menores e mais
profundas): tem função de reter o material sólido durante o percurso dágua)
- lagoas aneróbias são mais empregadas para estabilização de maiores cargas
orgânicas aplicadas)
- lagoa anaeróbia: é indicada que seja implantada longe de áreas residenciais (alto
risco de exalação de odores - gás sulfídrico).
❖ Tratamento secundário ou biológico → ação de microorganismos ou remoção de
resíduos pelo sistema solo-planta e wetlands e que reralmente requer tratamento
preliminar, podendo ou não sofrer o primário
- método que usa + lagoas facultativas: operam com menos carga orgânica (corpo
hídrico + amplo e menos profundo, favorecendo luz e algas)
1. Lagoas facultativas: M.O é decomposta por bactérias facultativas, fotossíntese
intensificada na superfície, áreas mais profundas favorecem bactérias anaeróbias e
a estabilização do material biológico é lenta (20 dias)
- VANTAGENS: facilidade construção, operação e manutenção e requisito energético
nulo
- DESVANTAGENS: necessidade de grande área e desempenho variável com
dependência climática (temperatura e insolação)
2. Lagoas aeradas ou de oxidação: esse sitema consiste no uso de compressores ou
aeradores acelerando o processo de estabilização do material em suspensão →
decomposição aeróbia dos efluentes
- VANTAGENS: construção, operação e manutenção simples, exigem áreas menores,
são independentes de condições climáticas e geram pouco odor
- DESVANTAGENS: necessidade de equipamentos, alto nível de sofisticação do
processo e alto requisito de energia
3. Sistemas alagados (wetlands): é uma tecnologia baseada em processos bióticos
onde microrganismos que crescem aderidos ao substrato e raíz das plantas
mineralizam a M.O e transformam substâncias químicas, sendo os nutrientes
absorvidos pelas plantas. Algumas plantas podem promover a fitodegradação de
poluentes (+ orgânicos), absorvendo-os e metabolizando-os. Podem ser tanques
com macrófitas flutuantes ou emergentes
- VANTAGENS: custo moderado, baixo custo energético e manutenção, estética
paisagística e grande habitat
❖ Tratamento solo-planta → alternativa de tratamento ou disposição final dos
efluentes de tanques de sedimentação ou de lagoas facultativas ou aeróbias
- PROBLEMÁTICA: alta taxa de resíduos, aumentando a carga de poluentes nos
solos, águas superficiais e lençóis freáticos.
- VANTAGENS: fertilização do solo, irrigação, baixo custo de implantação, operação e
energia
- podem ser: infiltração (percolação), escoamento superficial e fertirrigação
1. Infiltração (percolação): o solo funciona como filtro e a água abastece o lençol
freático. O esgoto fica disposto em bacias ou tubos construídos em terra rasa,
favorecendo a percolação e tratamenti
2. Escoamento superficial: a depuração depende da vegetação cultivada na rampa.
Terrenos inclinados com vegetação rasteira (feno, silagem, alimentação animal e
adubação verde)
3. Fertirrigação: prioriza o aproveitamento dos nutrientes existentes nas águas
residuárias como fertilizantes de plantas, é indicado o monitoramento das
características físico-químicas do solo para que se possa corrigir desvios de
fertilidade. São indicadas plantas com crescimento anual: capineiras, trigo, oliveiras,
hortaliças, frutas e árvores de reflorestamento.
❖ Tratamento terciário ou químico → objetiva a remoção de poluentes específicos
(P, N, metais pesados…) ou a remoção complementar de poluentes não
suficientemente removidos no tratamento secundário (detergentes, pesticidas….)
- exemplo: sulfato de alumínio ou sais de ferro, cálcio ou zinco
2) MANEJO DE DEJETOS NA AGROPECUÁRIA:
❖ Dejetos → compostos por dejeções (fezes e urina, água desperdiçada de
bebedouros e resíduos de rações)
❖ Esterco → fezes dos animais, em forma sólida ou pastosa
❖ Manejo de dejetos sólidos → compostagem: processo de decomposição aeróbia
onde a ação de microorganismos depende de condições favoráveis (T <50, umidade
entre 40-60% e aeração)
- emprega-se pilhas de no máximo 2m de largura X 1,5m de altura X 3m de comp.
- realizado em piso compacto que permita varredura e raspagem, sendo urina e água
armazenadas em tanques adequados
- sistema mais indicado pro manejo de esterco de bovinos
❖ Manejo de desejtos líquidos → bioesterqueira: sistema de degradação anaeróbica
com bactérias metanogênicas, mas sem armazenamento de biogás. Em esterco
suíno inocula-se essas bactérias (desnecessário em bovinos).
- câmara de digestão: 45 dias
- depósito de biofertilizantes: 90-120 dias
- total: 135-165 dias
- bioesterqueira é indêntica ao biodigestor, porém sem o gasômetro para
aproveitamento de gás
- é recomendada pra pequenos e médios produtores rurais
A�L� 10 - IM���T�� �A P���ÁRI� �� BI����ER����DE:
❖ Biodiversidade → total de genes, espécies e ecossistemas de uma região
❖ Estima-se que existam 5-30 milhões de espécies no mundo mas apenas 1,7 milhões
são identificadas. Desse total, 74-86% das espécies encontram-se nas florestas
tropicais úmidas.
❖ Brasil → país da Biodiversidade em função dos ecossistemas no Bioma da Mata
Atlântica e no sudeste da Amazônia: 10% dos organismos existentes no mundo,
30% das florestas tropicais e 2% das superfícies legalmente preservadas
❖ A baixa diversidade de um ecossistema acarreta a menor absorção da poluição,
diminui a fertilidade do solo e depuração das águas e diminui as espécies de apoio
(polinizadores, predadores, dispersores de sementes e bact fixadoras de N2.
❖ Causas da diminuição da biodiversidade relacionadas a agropecuária → maior
grau de seleção das espécies, introdução de espécies, desmatamento e queimadas.
1) DESMATAMENTO E QUEIMADAS:
❖ O desmatamento diminui a biodiversidade e causa efeitos adversos à área
circunvizinha como alteração da velocidade dos ventos, assoreamento de cursos
dágua, erosão e deterioração da qualidade das águas
❖ É o principal responsável pela perda de biodiversidade mundial
❖ Fragmentação de habitats → fragmentação de áreas, formando ilhas de vegetação
nativa (florestal ou não) muitas vezes com tamanho insuficiente para a perpetuação
das espécies existentes (ex: formação de pastos ou represas)
❖ Estratégias vitais para a manutenção ecológica → manejo correto dos
fragmentos, reflorestamento, formação e manutenção de corredores ecológicos para
a ampliação do fluxo gênico
❖ Existe um alto grau de relação entre a biodiversidade e a diversidade cultural →
populações tradicionais de pescadores, coletores e indígenas são mantenedores +
eficazes da biodiversidade, pois dependem diretamente dela para sobreviver.
❖ Mata atlântica:
- se estendia originalmente do RS ao RN ocupando +- 15% do território brasileiro, na
costa leste
- se interiorizava 100km ao norte, alargando-se a 500km no sul
- atualmente existe menos de 8% da área original
- é o segundo bioma mais ameaçado do mundo
- entre 1990-1995 a área de desmatamento dela chegou a 500 mil ha (atualmente
- esses n. vem caindo). Uma das principais causas de destruição é a formação de
pastagens para a pecuária
❖ Floresta amazônica:
- amazônia legal (conceito político e não geográfico)
- 5 milhões de km2 e 61% do território brasileiro (área desmatada 13%)
- houve menor desmatamento nos últimos anos (- 52%) mas a partir de 2007 esses n.
voltaram a crescer
- mato grosso: estado que mais vem desmatando nos últimos anos
- pará e rondônia: estados com maiores áreas desmatadas
- tocantins: estado com menor porção desmatada
❖ Arco do Desmatamento / Arco do Fogo → áreaque vai do sudeste do maranhão
ao norte do tocantins, sul do pará, norte de mato grosso, rondônia, sul do amazonas
e sudeste do acre.
❖ Principais causas do desmatamento na região → crescimento da população e da
indústria madeireira, ampliação da rede viária, queimadas (incentivo oficial à
instalação de matadouros/ frigoríficos - financiamento público pelo BNDES.
❖ Historicamente, a pecuária brasileira desenvolveu-se com a expansão da fronteira
agrícola, incorporando ao sistema extensivo de produção novas áreas, em regiões
desprovidas de infra-estrutura, e com a utilização de terras esgotadas pela produção
de grãos, principalmente a soja.
❖ Na amazônia também há grilagem de terras
❖ Necessita de menor infraestrutura e investimento inicial para derrubada e abertura
de pastagens é amortizada com a venda de madeira para serrarias locais
❖ Geralmente nenhuma benfeitoria é realizada em áreas novas, com excessão de
cercas. A presença de gado significa a posse da terra
❖ A expansão da pecuária na amazônia legal tem sido impulsionada pelos baixos
preços da terra e da mão de obra.
❖ A contribuição da Amazônia legal para o rebanho brasileiro passou de 10% a 30%
entre 1980 e 2000.
❖ Os principais produtores de pecuária de corte na mazônia legal são os estados do
Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins.
❖ Etapas do modelo tradicional da amazônia legal → abertura de estradas,
extração seletiva de madeiras nobres, pecuária extensiva, agricultura tradicional ou
mecânica.
❖ As áreas protegidas são de grande importância para conter ou diminuir o processo
de desmatamento na amzônia legal
❖ Cerrado:
- quase toda a área desmatada do cerrado está ocupada por pastagens e plantações
- é um bioma dividido entre aptidões agrícolas e ecológicas (porém com mts fatores
pressionando os recursos naturais)
- cerrado é considerado a válvula de escape do agronegócio
- é o maior laboratório de prospecção de genes do mundo (espécies que nem foram
estudadas já estão sendo mortas)
- 41% dele já não existe mais e ele não é protegido pela constituição brasileira.
❖ Constituição (cap do meio ambiente) → todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
❖ Código florestal brasileiro → desde 1965 as florestas e demais formações
vegetais brasileiras são consideradas áreas de interesse comum a todos os
brasileiros (uso restrito).
❖ Reserva legal → área reservada em cada propriedade rural para preservação da
floresta nativa, primitiva ou regenerada. Ela varia de acordo com o bioma e tamanho
da propriedade (80% em área de floresta localizada na amazônia legal, 35% em
área de cerrado na amazônia legal e 20% em área de floresta ou outras formas de
vegetação nativa localizada nas demais regiões do país).
2) INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES:
❖ É o segundo maior responsável pela perda de biodiversidade mundial
❖ Pode diminuir ou levar a ausência de pragas e predadores
❖ As espécies não nativas que se adaptam ao ecossistema e causam danos de
alguma forma são chamadas de contaminantes biológicos.
❖ Os contaminantes biológicos tendem a se multiplicar e se disseminar
gradativamente, dificultando a auto-regeneração de ecossitemas
❖ As espécies exóticas utilizadas em processos de recuperação, além de impedirem a
sucessão por não estabelecerem interações interespecíficas nos ecossistemas
brasileiros, tendem a ser invasoras altamente agressivas não somente nas áreas
onde foram empregadas, constituindo um risco para as populações nativas, o que
consiste em crime ambiental.
❖ Ao ocupar e dominar ecossistemas ao redor do mundo, os contaminantes biológicos
promovem a homogeneização da flora mundial, ameaçando a biodiversidade global
devido ao seu poder expansivo e degradante de ambientes naturais.
❖ Diversas espécies contaminantes tem sido observadas no brasil, como Brachiaria
spp. e Panicum maximum (capim colonião). Essas espécies podem invadir
rapidamente unidades de conservação situadas ao longo de estradas
❖ Este tipo de contaminação é causado por técnicas de recuperação precariamente
concebidas, uma vez que impedem o processo regenerativo natural das sps, além
de se expandirem para áreas vizinhas.
❖ Na Lei 9.605/1998, em seu artigo 55, ,há imputação de pena de detenção por 6
meses a um ano e multa para quem deixar de recuperar a área pesquisada ou
explorada. Na prática a recuperação, com uso de Brachiaria spp. e Pinus spp. é
entendido como agente legítimo (desconhecimento dos riscos que eles geram).
Assim, contraria a constituição de 88 que proíbe o uso de espécies contaminantes,
❖ Floresta de Pinheiros → a queda de suas folhas (acículas) produz efeito
alelópatico em plantas de outras sps, ou seja as folhas inibem o crescimento de
outras plantas, o que provoca competição por água, luz e nutrientes nas florestas de
pinheiros.
3) PROCESSO DE EXPANSÃO DA PECUÁRIA NO MUNDO:
❖ O processo de domesticação dos bovinos é milenar
❖ A vaca era adorada e ordenhada 9 mil anos A.C
❖ Há indícios da fabricação de queijos e manteiga 3.500 anos A.C
❖ Brasil tem o segundo maior rebanho bovino do mundo (+200 milhões de cabeças)
❖ Bovinos são exemplos de organismos introduzidos, visando fontes de alimento
(carne vermelha). Atualmente são animais "naturalizados/adaptados”. Seus impactos
a nivel mundial são: liberação de metano a atm gerado pelo rumem; pisoteio sobre o
solo e fezes.
❖ A produção brasileira de bovinos está diretamente relacionada ao melhoramento
dos índices de produtividade e ao início da contribuição da Amazônia ao setor.
4) ALTO GRAU DE SELEÇÃO DE ESPÉCIES:
❖ Causa homogeneização genética e as torna mais vulneráveis a pragas e doenças.
❖ Os animais selvagens não são as únicas criaturas que enfrentam a extinção
iminente. Muitas variedades de gado estão em risco de desaparecer totalmente na
❖ América Latina, África e Ásia. (nações unidas, 2007)
❖ Estudos sobre “Situação dos recursos zoogenéticos mundiais para a alimentação e
a agricultura”(FAO/ONU) detectaram a dependência excessiva de algumas raças
importadas dos EUA e Europa → vacas Holstein, galinhas poedeiras Leghorn
brancas, suínos brancos grandes.
❖ Esta tendência implica na ameaça de perda de pelo menos, uma variedade de gado
autóctone/mês.
❖ 90% do gado dos países industrializados procedem de apenas 6 variedades muito
específicas.
❖ Isso retrata a necessidade de uma criação urgente de bancos genéticos.
LI���C�A���T� A����N�A� N� P�O��ÇÃO �N��A�:
❖ Lei 6.983/1981 (política nacional do meio ambiente - pnma) → tem como objetivo
geral a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar no país condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
❖ Objetivos específicos da PNMA:
1. compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
2. definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao
equilíbrio ecológico.
3. estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas
ao uso e manejo de recursos ambientais
4. desenvolvimento de pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso
racional de recursos naturais
5. difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, divulgação de dados e
informações ambientais e formação de uma consciência pública sobre a
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
6. preservação e restauração dos recursos ambientais ambientais com vistas à sua
utilização utilização racional racional e disponibilidade permanente;
7. imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os
danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos
ambientais com fins econômicos.
❖ Instrumentos da PNMA → estabelecimento de padrões de qualidadeambiental,
zoneamento ambiental, avaliação de impactos ambientais, licenciamento de
atividades poluidoras, cadastro técnico de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais, incentivos a produção e instalação de
eqeuipamentos voltados para a melhoria da qualidade ambiental, criação de
espaços territoriais protegidos pelo poder público, penalidades disciplinares ou
compensatórias e garantia da prestação de informações relativas ao meio amb.
❖ A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e
potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental dependerão de licenciamento ambiental.
❖ Resolução conama 001 (23/01/86) → Impacto Ambiental é qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam: saúde, segurança e bem estar da população, as atividades
sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente
e a qualidade dos recursos ambientais.
❖ A análise do impacto ambiental dependerá de elaboração de estudo de impacto
ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem
submetidos à aprovação do órgão competente, o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente.
❖ O EIA tende a desenvolver as seguintes atividades: diagnosticar a área de influência
do projeto, analisar impactos presentes e possíveis impactos futuros, entender o
ambiente biogeofísico e/ou socioeconômico, definição das medidas mitigatórias dos
impactos negativos e divulgação de resultados.
❖ EIA será realizado por equipe multidisciplinar, não dependente direta ou
indiretamente do proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos
resultados apresentados. Correrão por conta do proponente do projeto todas as
despesas e custos referentes à realização do EIA.
❖ Problemática do EIA → baixa qualidade do EIA. Aceito por entidades do meio
ambiente, o que figura obstáculo-chave. Existe negligência por parte dos estados
que não adaptaram o sistema de gerenciamento ambiental as exigência de lei.
❖ O RIMA refletirá as conclusões do EIA e conterá → objetivos, justificativas e
descrição do projeto, síntese dos resultados dos diagnósticos ambientais da área de
influência do projeto, descrição dos prováveis impactos da implantação e operação
da atividade, caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência,
recomendação quanto a alternativa mais favorável.
❖ Lei estadual 1356 → Empreendimentos com obrigatoriedade na elaboração de EIA/
RIMA: Projetos agropecuários em áreas superiores a 200 ha, ou menores quando
situados total ou parcialmente em áreas de interesse especial ambiental, definidas
pela legislação em vigor. Poderá ser determinada a elaboração do EIA/RIMA para o
licenciamento de projetos não relacionados a essa lei, com justificativa adequada.
❖ Resolução 237 → Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual
o órgão ambiental licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, poluidoras ou
causadoras de degradação ambiental.
❖ Licença ambiental → ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão
ser obedecidas. Pode haver suspensão ou cancelamento.
❖ Competências para o licenciamento ambiental:
1. IBAMA: licenciamento ambiental de empreendimentos com significativo impacto
ambiental de âmbito nacional ou regional.
- localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar
territorial; na plataforma continental; em terras indígenas.
- localizadas ou desenvolvidas em dois ou + estados;
- cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do país;
- relativos a material radioativo ou que utilizem energia nuclear.
- bases ou empreendimentos militares, quando couber.
- O IBAMA poderá delegar aos Estados o licenciamento de atividades com
significativo impacto ambiental de âmbito regional.
2. ÓRGÃO ESTADUAL: licenciamento ambiental de empreendimentos/atividades
localizados ou desenvolvidos em + de um município ou em unidades de
conservação de domínio estadual;
3. ÓRGÃO AMBIENTAL MUNICIPAL: licenciamento ambiental de empreendimentos e
atvs de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado.
❖ Estado do RJ → IBAMA (órgão federal), INEA (órgão estadual) e secretaria
municipal do meio ambiente
❖ Licenças ambientais:
1. Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar de planejamento do
empreendimento, aprovando sua localização e atestando a viabilidade ambiental
(validade não superior a 5 anos).
2. Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento (validade não
superior a 6 anos).
3. Licença de Operação (LO) - autoriza a operação do empreendimento (10 anos).
❖ Atividades sujeitas a licenciamento ambiental → mineração, indústrias, obras
civis, produção e transmissão de energia, estações de tratamento de água e esgoto,
turismo, transporte e depósitos (cargas perigosas, marinas, aeroportos).
❖ De interesse dos veterinários:
1. Indústrias de produtos alimentares ou bebidas
- matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal;
- fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais;
- fabricação de conservas
- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados;
- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação;
- preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivados;
2. Indústria de couro e peles
3. Atividades agropecuárias: proejto agrícola, criação de animais e proejtos de
assentamento e colonização
4. Uso de recursos naturais:
- atividades de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre
- utilização do patrimônio genético natural
- manejo de recursos aquáticos vivos;
- introdução de sps exóticas e/ou geneticamente modificadas

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