Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Formação em terapia ortomolecular 1. Introdução a terapia ortomolecular tratamento dessas doenças, proporcionando melhores condições para o corpo se recuperar. O paciente é avaliado como um todo, considerando seus aspectos físicos, mentais e ambientais. Dessa forma, quanto mais cedo forem descobertos os níveis de estresse oxidativos, nas diferentes faixas etárias, maiores as chances do indivíduo evitar o surgimento de doenças agudas ou crônicas decorrentes disso. Antes de iniciar o tratamento é necessário avaliar quais desequilíbrios podem estar presentes no organismo. Alguns exames laboratoriais podem ajudar. Após os resultados, o médico pode elaborar o tratamento específico e individualizado, no qual o paciente fará uso das substâncias que faltam no seu organismo, como vitaminas, sais minerais, antioxidantes e outros. Benefícios da medicina ortomolecular A medicina ortomolecular tem como base a alimentação. Portanto, a nutrição será a sua melhor aliada na desintoxicação e equilíbrio do organismo. Os benefícios desse tipo de tratamento são muitos e trazem mais vitalidade para as células, mais rendimento metabólico, além de reduzir o uso de medicações. Veja a seguir, com mais detalhes, todos os benefícios da medicina ortomolecular. Benefícios para a pele Como a medicina ortomolecular usa antioxidantes, ela ajuda a melhorar o aspecto da pele, conferindo-lhe maior elasticidade. Isso faz com que as rugas e manchas se tornem menos visíveis, evitando o envelhecimento precoce. Benefícios para o emagrecimento O excesso de radicais livres presentes no organismo pode impedir que uma pessoa emagreça. Isso porque, as células inchadas impedem o correto funcionamento do organismo, favorecendo o acúmulo de líquidos por todo o corpo. Com uma ajudinha https://blog.drconsulta.com/8-alimentos-bons-para-a-saude-da-pele/ https://blog.drconsulta.com/8-alimentos-bons-para-a-saude-da-pele/ https://blog.drconsulta.com/como-combater-os-sinais-do-envelhecimento-na-pele-em-7-passos/ https://blog.drconsulta.com/como-combater-os-sinais-do-envelhecimento-na-pele-em-7-passos/ da medicina ortomolecular, é possível reduzir os radicais livres e emagrecer com mais saúde. Benefícios para a imunidade Observa-se nos pacientes que fazem o tratamento ortomolecular uma maior vitalidade das células, o que, consequentemente, melhora a imunidade. Com um maior rendimento metabólico, doenças respiratórias, por exemplo, têm uma melhora mais evidente, além da redução do tempo de recuperação da doença. Benefícios para a depressão A depressão é uma doença que apresenta causas muito variadas e pode ser difícil de tratar. A medicina ortomolecular pode ser uma excelente aliada nesse tratamento, através da reposição de vitaminas e outros nutrientes que ajudam a reequilibrar o organismo e promover bem-estar. Benefícios para tratar e prevenir doenças A medicina ortomolecular ainda atua e traz benefícios complementares aos tratamentos de câncer. Além disso, ela ainda tem ação preventiva de outras doenças, como https://blog.drconsulta.com/8-dicas-para-emagrecer-de-forma-saudavel/ https://blog.drconsulta.com/6-alimentos-que-fortalecem-o-sistema-imunologico/ https://blog.drconsulta.com/saude-mental-os-sintomas-e-as-formas-de-tratamento-da-depressao/ ansiedade, artrite, hipertensão, asma, infertilidade e problemas do aparelho digestivo. Benefícios nos efeitos colaterais Um dos melhores benefícios da medicina ortomolecular é baixa possibilidade efeitos . colaterais, sendo comumente bem tolerados os tratamentos. Enquanto outros tratamentos necessitam drogas variadas e controle de dosagens para melhora dos efeitos colaterais, a medicina ortomolecular ajuda o paciente na prevenção e tratamento de doenças sem debilitar o seu organismo. https://blog.drconsulta.com/8-alimentos-que-fazem-bem-para-a-saude-do-coracao/ Quem é o médico responsável? O curso de medicina ortomolecular é oferecido como pós-graduação lato sensu com aval do MEC. Sendo assim, médicos de várias especialidades, e muitos nutricionistas, atuam nesse setor. No Brasil, a formação do médico ortomolecular não é reconhecida pelo Conselho Regional de Medicina, pois não existe residência médica para a especialidade. Assim, os médicos que praticam a medicina ortomolecular não podem ser registrados como especialistas e a prática é chamada de Dieta Ortomolecular. Entretanto, como a abordagem ortomolecular é holística, e as condutas propostas são de modificações de hábitos de vida, através de dietas e exercícios reconhecidamente essenciais para prevenir e controlar a maioria das enfermidades, a prática ortomolecular não prevê danos para as pessoas quando praticada com seriedade, caráter clínico e científico. Como ela é aplicada? A medicina ortomolecular é aplicada através de dietas e suplementação com vitaminas. Para iniciar uma dieta ortomolecular, é necessário desintoxicar o organismo e, para isso, algumas recomendações básicas devem ser seguidas, como: • Evitar alimentos industrializados, condimentados e gordurosos; • Manter uma alimentação rica em triptofanos, magnésio, ferro, folato, vitaminas do complexo B e vitamina C; • Ingerir alimentos naturais como frutas e legumes; • Eliminar da dieta refrigerantes, bebidas alcoólicas e frituras; • Ingerir alimentos com fibras, como vegetais crus, em todas as refeições; • Tomar ômega 3 diariamente; • Evitar carne vermelha Além de eliminar o que não está fazendo bem para o organismo, a medicina ortomolecular também repõe o que está faltando. Por isso, o uso de vitaminas e sais minerais deve ser orientado conforme as necessidades detectadas pelo médico ortomolecular, a partir dos exames de sangue realizados previamente. Mesmo sendo uma terapia complementar, a medicina ortomolecular necessita de acompanhamento do médico responsável, pois cada pessoa é única e precisa ser avaliada de acordo com as suas necessidades. 2. Regras práticas do atendimento ortomolecular Estabelece normas técnicas para regulamentar o diagnóstico e procedimentos terapêuticos da prática ortomolecular e biomolecular, obedecendo aos postulados científicos oriundos de estudos clínico- epidemiológicos. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei n’ 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto n’ 44.045, de 19 de julho de 1958, respectiva e posteriormente alterados pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e Decreto nº 6.821, de 14 de abril de 2009; CONSIDERANDO que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional; CONSIDERANDO que ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão; CONSIDERANDO que é dever do médico guardar absoluto respeito pela saúde e vida do ser humano, sendo-lhe vedado realizar atos não consagrados nos meios acadêmicos ou ainda não aceitos pela comunidade científica; CONSIDERANDO que é vedado ao médico divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico; CONSIDERANDO que é vedado ao médico usar experimentalmente qualquer tipo de terapêutica ainda não liberada para uso em nosso país, sem a devida autorização dos órgãos competentes e sem o consentimento do paciente ou de seu responsável legal, devidamente informados da situação e das possíveis consequências; CONSIDERANDO a crescente divulgação, entre a população, de novos métodos terapêuticos baseados no emprego de substâncias visando o equilíbrio celular, e a insuficiente comprovação científica de algumas dessas propostas; CONSIDERANDO a existência de extensa literatura científica sobre radicais livres, substâncias antioxidantese nutrição humana; CONSIDERANDO a dificuldade da transposição de informações originadas de dados de experimentações realizadas em animais ou em sistemas, órgãos, tecidos e células isoladas para a prática clínica diária; CONSIDERANDO os riscos potenciais de doses inadequadas de produtos terapêuticos, tais como algumas vitaminas e certos sais minerais; CONSIDERANDO a necessidade de definir limites de emprego, indicações e critérios científicos para a aplicação de procedimentos associados à prática ortomolecular; CONSIDERANDO o que preceituam as Resoluções nos 196/96 e 251/97, do Conselho Nacional de Saúde, que, respectivamente, contém as diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos e dispõe sobre a pesquisa com novos fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos; Novo A homeopatia atua na saúde física, emocional e mental • Sobre • Áreas de atuação • Exames e Tratamentos • Dicas e orientações • Contato • Agende sua consulta https://christianefujii.com.br/a-homeopatia-atua-na-saude-fisica-emocional-e-mental/ https://christianefujii.com.br/a-homeopatia-atua-na-saude-fisica-emocional-e-mental/ https://christianefujii.com.br/sobre/ https://christianefujii.com.br/especialidades/ https://christianefujii.com.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-a-pratica-ortomolecular/#' https://christianefujii.com.br/blog/ https://christianefujii.com.br/contato/ https://christianefujii.com.br/agendar/ Home » Práticas integrativas complementares » Tudo que você precisa saber sobre a prática ortomolecular Tudo que você precisa saber sobre a prática ortomolecular 15/07/2021 A prática ortomolecular, é considerada complementar à medicina tradicional. Ela visa, através do uso de vitaminas, minerais e nutracêuticos adequados, corrigir alterações bioquímicas e atuar na prevenção de distúrbios que possam prejudicar a qualidade de vida do paciente. Apesar de não ser amplamente conhecida, a prática ortomolecular vem ganhando cada vez mais espaço por ser uma técnica complementar bastante eficiente para a desintoxicação do organismo. https://christianefujii.com.br/ https://christianefujii.com.br/category/praticas-integrativas-complementares/ https://christianefujii.com.br/category/praticas-integrativas-complementares/ https://christianefujii.com.br/ O que é prática ortomolecular? A origem da prática ortomolecular remonta ao início dos anos 1940, quando Linus Pauling, um renomado bioquímico e cientista, propôs abordagens sobre a importância de vitaminas e minerais para o correto equilíbrio do organismo e criou hipóteses de que os desequilíbrios químicos poderiam ser causas de diversos problemas de saúde. No entanto, somente em 1968 Linus publicou um artigo com o termo “ortomolecular”, cujo prefixo “orto” tem origem grega e significa “correto”. Dessa forma, a prática ortomolecular poderia ser definida como a “medida certa de moléculas”. Em outras palavras, a prática ortomolecular visa corrigir alterações no equilíbrio do organismo e garantir a quantidade ideal de radicais livres no nosso corpo. Os radicais livres, por sua vez, são essenciais para o funcionamento de diversas funções, mas seu excesso pode causar graves doenças, como câncer, AVC, artrite, etc. Como funciona a terapia ortomolecular? A terapia ortomolecular é uma terapêutica que tem como objetivo gerenciar a saúde mental e física através da prevenção. Para que isso aconteça, é preciso detectar e corrigir os desequilíbrios existentes nas funções celulares em nível bioquímico e molecular. Essa prática prega que um dos principais malefícios ao ser humano é o excesso de radicais livres, que são produzidos, em sua maioria, pelo próprio corpo. Eles possuem uma ação fisiológica importante, visto que bloqueiam agentes agressores, como vírus e bactérias. Porém, quando estão em excesso, causam desequilíbrio químico, sendo responsáveis pelo envelhecimento das células e inúmeras enfermidades, incluindo: https://christianefujii.com.br/5-doencas-causadas-por-metais-pesados-no-corpo/ • câncer; • doenças cardiovasculares – como o AVC; • doenças neurodegenerativas; • artrite e • asma. Como a prática ajuda a desintoxicar o organismo? A técnica inclui o consumo de alimentos antioxidantes ricos em vitaminas, minerais, ácidos graxos e aminoácidos, sempre de acordo com a necessidade de cada paciente após uma avaliação completa de seu organismo. Ao restabelecer o equilíbrio químico, o paciente apresenta benefícios notáveis para sua saúde física e emocional. É possível ganhar muito mais qualidade de vida e bem- estar, além de afastar diversas doenças crônicas e contribuir para o envelhecimento saudável. https://christianefujii.com.br/5-habitos-saudaveis-para-equilibrar-corpo-e-mente/ https://christianefujii.com.br/medicina-funcional-o-caminho-para-um-envelhecimento-saudavel/ https://christianefujii.com.br/medicina-funcional-o-caminho-para-um-envelhecimento-saudavel/ Prática ortomolecular X Longevidade Os radicais livres são um dos principais vilões do envelhecimento do corpo, sendo responsáveis pelo surgimento de várias patologias. Como a prática ortomolecular elimina o excesso de radicais livres, toxinas e metais pesados, tornando o organismo com menos suscetível à inflamação, é possível evitar uma série de doenças relacionadas ao envelhecimento, como: • câncer; • artroses; • diabetes; • Parkinson; • doenças cardíacas; • doenças inflamatórias e degenerativas. A prática promove o correto equilíbrio no funcionamento do organismo e traz uma grande mudança na qualidade de vida do paciente, não somente física, mas também mental e emocional. Dessa forma, quando https://christianefujii.com.br/inflamacao-do-corpo-como-identificar-e-evitar-o-problema/ iniciada na fase adulta, a prática ortomolecular aumenta as chances de proporcionar uma longevidade mais saudável e livre de doenças. Para quem é indicada? Qualquer paciente que deseje promover uma melhora em sua saúde pode buscar a prática ortomolecular. Ela pode ser realizada por pacientes que querem um tratamento preventivo ou que desejam um tratamento complementar para alguma patologia. A medicina ortomolecular também atua de maneira preventiva, buscando detectar e corrigir o desequilíbrio das funções celulares antes que as doenças se desenvolvam. É importante ressaltar que a prática ortomolecular não é indicada como o único tratamento para lidar com uma determinada condição de saúde. Isso porque a prática busca promover maior qualidade de vida ao paciente – por meio do combate do desequilíbrio de radicais livres, desintoxicação de metais pesados e reposição https://christianefujii.com.br/por-que-a-alimentacao-saudavel-e-a-chave-da-longevidade/ https://christianefujii.com.br/por-que-a-alimentacao-saudavel-e-a-chave-da-longevidade/ de antioxidantes, mas não é capaz de, sozinha, curar uma doença que já tenha se manifestado. Como a prática ortomolecular visa manter o organismo em constante equilíbrio químico e molecular, o tratamento não tem um período definido e pode ser realizado continuamente, desde que com o correto acompanhamento de um profissional. Por se tratar de uma terapia da medicina preventiva, o ideal é que ela seja realizada desde cedo e não após aparecer algum sintoma ou doença. Vale destacar que o papel dessa ferramenta é promover saúde e bem-estar e contribuir para uma longevidade muito mais saudável. Como determinar o tratamento para cada paciente? A prática ortomolecular deve ser orientada de maneira individual, após a realização de exames e análise completa do histórico médico do paciente, incluindo seus vícios, hábitos alimentares, dentre muitos outros fatores. A ampla compreensão do histórico do paciente é fundamental para que a prática seja bem-sucedida. Para investigar o organismo do paciente, o médico pode solicitar os seguintes exames: 1. mineralogramacapilar, que mostra se há carência ou excesso de minerais; 2. coprologia funcional, que consiste em analisar as fezes para detectar se há alterações de fermentação, enzimas digestivas e parasitas intestinais. Caso isso esteja ocorrendo, pode ser a causa da deficiência de nutrientes e aumento na absorção de metais tóxicos; 3. exames laboratoriais de sangue e urina, que realizam a dosagem de vitaminas e outros componentes que influenciam diretamente na saúde. A partir desses resultados, o médico pode recomendar a suplementação de determinados nutrientes ou então, caso eles https://christianefujii.com.br/por-que-a-alimentacao-saudavel-e-a-chave-da-longevidade/ estejam em excesso no organismo, orientar o paciente a reduzir o consumo de alimentos que forneçam uma grande quantidade delas. Quais substâncias são usadas no tratamento ortomolecular? O objetivo dessa prática é promover o equilíbrio bioquímico molecular e celular a fim de promover não somente a cura, mas evitar que as doenças surjam. Para isso, são utilizadas essencialmente: 1. vitaminas; 2. minerais; 3. ácidos graxos e 4. aminoácidos. A alternativa para diminuir a quantidade de radicais livres e evitar o estresse oxidativo, que é como é conhecido o seu efeito negativo, é aumentar o consumo de antioxidantes, que são justamente as vitaminas e minerais. Um estudo, realizado pela Cambridge Heart Antioxidant Study (CHAOS), com pacientes com cardiopatia isquêmica, por exemplo, https://christianefujii.com.br/de-a-a-z-como-suplementar-vitaminas/ https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X1997000700011 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11347112 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11347112 demonstrou que o uso de vitamina E reduz em 47% o risco de ocorrer um infarto fatal. Como é a formação do profissional que atua na área? Para atuar com a prática ortomolecular, o profissional médico deve ir muito além da graduação em Medicina. A técnica exige conhecimento especializado na área e em diversos aspectos da saúde humana que precisam ser adquiridos por meio de capacitação especializada Os radicais livres e a vitaminoterapia Muito se fala sobre radicais livres e antioxidantes. De como o desequilíbrio entre eles está ligado a uma série de doenças. Mas afinal, o que são os radicais livres? Como eles atuam? E os antioxidantes, para que servem? Onde podem ser encontrados? Esse texto explica essa dinâmica e suas consequências. O QUE SÃO RADICAIS LIVRES Radicais livres são moléculas cujos átomos possuem um número ímpar de elétrons. Esta molécula incompleta é capaz de capturar elétrons de proteínas que compõem a célula, para recuperar o número par. Assim se inicia uma reação em cadeia. A molécula desfalcada se torna um novo radical e vai em busca de um elétron da molécula vizinha, e assim por diante. O problema é que não se tira ou acrescenta elétrons em uma molécula sem alterar as suas características. Deste processo podem surgir produtos tóxicos para a célula. E esta célula “intoxicada” pode dar origem a males como Parkinson, catarata, senilidade, Alzheimer, degeneração muscular, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e até alguns tipos de câncer. De onde vêm os radicais livres Os radicais livres são produzidos o tempo todo pelo nosso organismo. Eles são produtos resultantes da conversão dos nutrientes dos alimentos em energia. Porém, nosso organismo possui enzimas protetoras, que controlam o nível desses radicais produzidos pelo nosso metabolismo. Há, no entanto, situações que podem aumentar consideravelmente a produção dos radicais livres, superando a capacidade natural do nosso corpo de lidar com eles. Entre elas estão a poluição do ar, a ingestão de alimentos com resíduos de pesticidas ou aditivos químicos, o estresse e o uso de cigarro e álcool. A este cenário se dá o nome de estresse oxidativo. O que poucos sabem, porém, é que a prática de atividades físicas intensas também pode levar a um aumento significativo na liberação de radicais livres em nosso organismo. Segundo pesquisas, isso se dá pelo aumento no consumo de oxigênio, pela aceleração do consumo de energia, pela elevação da temperatura corporal e em decorrência da deficiência na irrigação sanguínea durante a contração muscular. Como o corpo se defende Constantemente exposto à ação de radicais livres, o organismo desenvolve mecanismos de controle destas substâncias. Chamadas de antioxidantes, estas substâncias têm a função de evitar o estresse oxidativo. O QUE SÃO ANTIOXIDANTES Antioxidantes são vitaminas, minerais e outras substâncias químicas que têm a capacidade de “doar” um de seus elétrons aos radicais livres e ainda continuarem estáveis. Com isso, os radicais livres se tornam moléculas estáveis e acabam sendo eliminados, interrompendo o estresse oxidativo. Pesquisas apontam que, com as células saudáveis protegidas da oxidação, se dificulta o aparecimento de uma série de doenças. Tipos de antioxidantes Os mecanismos antioxidantes podem ser enzimáticos ou não enzimáticos. As defesas enzimáticas encontram-se espalhadas por todo o organismo, tanto no meio intracelular como no meio extracelular. Exemplo destas defesas são a superóxido dismutase, a catalase, a glutationa peroxidase, a glutationa redutase e outras. Entre as defesas antioxidantes não enzimáticas destacam-se a glutationa (considerada a “mãe de todos os antioxidantes”), a vitamina E, a vitamina C, o ácido lipoico, os carotenoides, os flavonoides, os curcuminoides e outros. COMO REFORÇAR OS ANTIOXIDANTES A força do sistema antioxidante depende, principalmente, de uma dieta adequada em micronutrientes. Vitaminas, minerais e aminoácidos nos fornecem antioxidantes não enzimáticos e possibilitam a produção de enzimas antioxidantes pelo organismo. Entre os alimentos capazes de reforçar o combate aos radicais livres estão o açafrão, o azeite de oliva, as frutas vermelhas, a linhaça, os peixes de águas frias, o pepino, a sálvia e a semente de abóbora. Mas e quem não consegue manter uma dieta tão variada, como pode manter a saúde de seu sistema antioxidante? Uma opção é fazer a suplementação com micronutrientes e, principalmente, com a “mãe de todos os antioxidantes”, a glutationa. É dela que tratamos na próxima postagem: O que é e como atua a glutationa. As vitaminas são substâncias que têm importantes ações nas milhões de reações químicas que ocorrem no nosso organismo. Verduras, frutas e leite são algumas principais fontes. Uma dieta equilibrada normalmente nos fornece as quantidades adequadas que necessitamos. A vitamina D existente em pequenas quantidades nos https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/a-mae-de-todos-os-antioxidantes-o-que-e-e-como-atua-a-glutationa/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/a-mae-de-todos-os-antioxidantes-o-que-e-e-como-atua-a-glutationa/ alimentos nos é fornecida principalmente pela ação do sol na nossa pele. Porém, quando existe um déficit vitamínico acentuado no nosso organismo, temos repercussões muito negativas na nossa saúde. Esta condição só ocorre em situações muito adversas da ingesta alimentar por pobreza ou incapacidade de acesso à alimentação, por problemas psicológicos (anorexia nervosa, por exemplo) ou doenças intestinais que prejudiquem a absorção alimentar. Dependendo do déficit de vitaminas predominantemente várias doenças, algumas graves podem surgir e, inclusive, acarretar a morte. Pelagra, raquitismo, beribéri, anemias e cegueira são alguns exemplos. É fundamental esclarecer que estas condições só aparecem quando na existência de grandes carências. Inquéritos alimentares em grande cidades revelam que partes importantes de suas populações são ingerem a quantidade desejavel de cada vitamina. Apesar da não ingestão adequada, não se detectam prejuízos detectáveis à saúdedestes indivíduos. O grande estímulo ao consumo de medicamentos vitamínicos veio por conta da descoberta de outras ações destas substâncias. As reações químicas que ocorrem constantemente no organismo, além de cumprirem a sua função específica, produzem substâncias que são lesivas aos tecidos. Os chamados radicais livres e a substâncias oxigênio reativas. Existem evidências de que estes dois produtos tóxicos, resultantes do nosso metabolismo, têm o papel importante no surgimento e agravamento das doenças cardiovasculares e do câncer. Ficou evidenciado em laboratórios que algumas vitaminas, por suas ações antioxidantes, minimizariam os efeitos deletérios destes resíduos. Imaginou-se, então, que a vitaminoterapia teria um papel importante na proteção, surgimento e evolução das doenças cardiovasculares e câncer - as duas mais importantes causas de mortalidade na população adulta. O consumo das vitaminas disparou. Mais de 30% da população adulta americana utiliza regularmente complexos multivitamínicos. Infelizmente isto não se confirmou. A quase totalidade das pesquisas tem demonstrado que estas ações não ocorrem. Até muito pelo contrário - o uso delas, ao invés de benefícios, podem trazer malefícios. Existem pesquisas que demonstraram que o uso das vitaminas A, C e E não só aumentam a incidência de infarto e câncer, mas também da mortalidade. Esses efeitos maléficos são mais constatados com a vitamina E e o betacaroteno, que é o precursor da vitamina A. A grande maioria da comunidade científica não mais duvida de que elas aumentam a possibilidade do surgimento do câncer de pulmão. Por conta disso, dois importantes documentos foram emitidos este ano. Um do Conselho Federal de Medicina do Brasil, que proíbe que os médicos anunciem e utilizem a vitaminoterapia para prevenção ao tratamento de qualquer doença. O outro foi do governo americano, em outubro próximo passado, em que afirma que a vitamina E e o betacaroteno aumentam a incidência de tumor de pulmão, e que inexiste comprovação científica de nenhum benefício do uso de vitaminas na prevenção e tratamento de nenhuma doença. Apesar destes conhecimentos, ainda existem os que estão sendo beneficiários dos complexos vitamínicos. Para os fabricantes, o faturamento de mais de 30 bilhões de dólares anuais. Radicais livres: o que são, como se formam e cuidados na alimentação Os radicais livres são moléculas instáveis, reativas, resultantes do metabolismo do organismo, que gera estresse oxidativo. São formados a todo o momento pelos processos naturais do metabolismo: inflamação, ativação de algumas enzimas, radiação ultravioleta, tabagismo, estilo de vida e dieta nadas saudáveis, e também com o estresse emocional. A exposição solar exagerada é a mais importante causa do envelhecimento, uma vez que a produção dos radicais livre dessa reação afeta principalmente o DNA, causando danos genéticos. Problemas dos radicais livres para a saúde Além de piorar o processo do envelhecimento, o estresse oxidativo causado pela geração de radicais livres pode: • Aumentar o risco de doenças cardiovasculares https://revistaabm.com.br/artigos/tabagismo-um-grave-fator-de-risco-e-a-principal-causa-de-mortes-evitaveis-no-mundo https://revistaabm.com.br/artigos/estresse-saiba-identificar-os-sinais-as-causas-e-como-evitar-1 https://www.revistaabm.com.br/artigos/cuidado-com-as-doencas-cardiovasculares-sao-a-principal-causa-de-morte-no-mundo-confira-os-fatores-de-risco-e-os-sintomas https://www.revistaabm.com.br/artigos/cuidado-com-as-doencas-cardiovasculares-sao-a-principal-causa-de-morte-no-mundo-confira-os-fatores-de-risco-e-os-sintomas • Aumentar o risco de complicações em indivíduos diabéticos • Alterar o sistema imunológico • Gerar problemas reumáticos, como artrite • Impactar no surgimento de câncer Além disso, antioxidantes em dosagens acima da recomendação diária também são contraindicados, pois podem ser transformados em uma substância pró- oxidante que favorece o estresse oxidativo, podendo promover até a carcinogênese. No entanto, os radicais livres não possuem apenas funções ruins. Quando produzido de forma equilibrada essas moléculas agem com atividade bactericida, o que é muito importante para a defesa do organismo. Como se prevenir contra os radicais livres O nosso organismo possui mecanismos próprios de neutralização dos radicais instáveis, quando estes são produzidos em quantidade habitual. Porém, esse mecanismo é reduzido com o processo de envelhecimento. https://www.revistaabm.com.br/artigos/diabetes-todo-cuidado-e-pouco-saiba-mais-sobre-os-riscos-e-a-prevencao https://www.revistaabm.com.br/artigos/fortalecer-a-imunidade-e-essencial-saiba-o-que-comer-e-o-que-evitar https://www.revistaabm.com.br/artigos/avancos-e-desafios-no-combate-ao-cancer Evitar o tabagismo, a radiação ultravioleta excessiva, situação de estresse mental, além de adotar hábitos de vida saudáveis, uma alimentação saudável, rica em vitaminas antioxidantes, praticar atividade física adequada, e o uso de antioxidantes orais e tópicos, quando indicados, podem prevenir a ação dos radicais livres. Como fazer da alimentação uma aliada A alimentação fornece nutrientes para a formação de enzimas, compostos fenólicos e antioxidantes, e quanto mais diversificada for a alimentação, melhor. Vitaminas como a C, E e A, e coenzima Q 10 são componentes antioxidantes encontrados nos alimentos, e possuem as seguintes funções: Vitamina A: carotenoides e licopeno encontrados na vitamina A possuem papel na prevenção do câncer por possuírem habilidades de extinguir um determinado tipo de radical livre. Vegetais e frutas fontes de vitamina A: mamão, cenoura, abóbora, suco de laranja, tomate, pitanga, goiaba, espinafre e couve. Vitamina C: a vitamina C é antioxidante por sua propriedade redox que a habilita como doadora de elétrons para algumas enzimas e alguns hormônios. Tem o papel de evitar a formação de carcinógenos, e pode inibir a carcinogênese. Alguns alimentos fontes de vitamina C: kiwi, acerola, caju, goiaba, laranja, morango e folhosos verde-escuros. Vitamina E: a vitamina E inclui oito compostos com ação antioxidante e o maior deles é o alfatocoferol. Fontes de vitamina E: óleos vegetais e óleos de sementes, oleaginosas como nozes, amêndoas, grãos integrais e gérmen de trigo. Compostos fenólicos: possuem atividade anticancerígena, que pode ser atividade antioxidante ou por ação anti-inflamatória. Alimentos fontes de compostos fenólicos: ácido clorogênico (café), ligninas, (presente na linhaça), flavonoides (frutas, hortaliças, chás, cacau e soja), antocianinas (cereja, morango, uvas) e flavononas (frutas cítricas, como laranja e tangerina). https://www.revistaabm.com.br/artigos/todos-os-motivos-para-consumir-mais-folhas-verdes-escuras-sua-saude-agradece https://www.revistaabm.com.br/artigos/saiba-por-que-as-oleaginosas-sao-excelentes-para-a-saude https://www.revistaabm.com.br/artigos/cafe-vilao-ou-mocinho https://revistaabm.com.br/artigos/fruta-e-saude-tem-que-comer-todos-os-dias Quando é necessário usar suplemento É recomendada a suplementação com antioxidantes em indivíduos com dietas restritivas, que façam exposição excessiva ao sol, tabagistas, esportistas, pessoas expostas à poluição, e, principalmente, aqueles que queiram melhorar ou prevenir os sinais do envelhecimento. Porém, a dose recomendada depende do consumo alimentar, peso, estilo de vida e real necessidade da suplementação para cada indivíduo, por isso o ideal é procurar uma consulta nutricional para avaliação. De acordo com os especialistas, uma alimentação balanceada consegue suprir uma boa quantidade de nutrientes que vai agir no combate aos radicais livres. A suplementação de determinados nutrientes, como as vitaminas C, E, A, o ômega 3, a astaxantinae a COQ10, que possuem uma capacidade antioxidante elevada, também podem ser utilizadas em casos de deficiência, ou para determinadas situações clínicas. Terapia do oxigênio tração de oxigênio no sangue, podem precisar de suplementação. Para isso é usada a oxigenoterapia. A função desta técnica é garantir que os níveis de oxigênio no sangue permaneçam seguros, de modo que o paciente se mantenha saudável. https://www.revistaabm.com.br/artigos/entenda-porque-o-omega-3-e-essencial-para-a-saude O que é a oxigenoterapia A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio para suprir uma deficiência do paciente, que pode ocorrer por diversos motivos. O oxigênio é somente (21%) do ar ambiente que respiramos. Isso é suficiente para pessoas em condições físicas normais, mas para aquelas que possuem alguma deficiência pulmonar não é. ção) através da respiração normal, causando falta de ar. As doenças que causam essa deficiência – e para as quais a oxigenoterapia é indicada – são: • Doença pulmonar obstrutiva crônica; • Fibrose pulmonar; • Apneia do sono; • Displasia broncopulmonar; • Síndrome respiratória aguda grave. Exceto pela síndrome respiratória aguda grave, todas elas são caracterizadas pela insuficiência respiratória crônica. O oxigênio extra permite que elas tenham melhor qualidade de vida e que seu corpo tenha a quantidade necessária de oxigênio para o funcionamento saudável dos órgãos. Existem diferentes tipos de oxigenoterapia e elas são classificadas de acordo com a necessidade do paciente. As mais comuns são: • Sistema de baixo fluxo: fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de até 8 l/min. Como o fluxo http://blog.somiti.org.br/conheca-os-principais-aspectos-sobre-a-sindrome-respiratoria-aguda-grave/?utm_source=blog&utm_medium=referral inspiratório de um indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável; • Sistema de alto fluxo: Os sistemas de alto fluxo fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim asseguram uma FiO2 precisa e estável. • Ventilação não invasiva: consiste em um suporte ventilatório com utilização de pressão positiva empregado em pacientes que não estejam fazendo uso de qualquer tipo de via aérea artificiais (tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia). A conexão entre o dispositivo ventilatório e o paciente é realizada através de uma máscara nasal ou facial. O diagnóstico é feito através da medição da oxigenação sanguínea e também pelo uso do oxímetro de pulso (forma não invasiva). https://sbpt.org.br/portal/publico-geral/doencas/oximetria-de-pulso/ Como é feito o procedimento A administração de oxigênio pode ser feita através do concentrador de oxigênio, que é o oxigênio pressurizado em um cilindro de metal ou pelo sistema líquido. A escolha da modalidade é feita de acordo com o estilo de vida do paciente. Ou seja, de quanto e de quando ele irá precisar, quais são suas atividades diárias, onde ele mora, os custos, etc. Mas atenção: essa avaliação deverá ser feita por um médico especializado. Alguns cuidados também devem ser tomados durante a utilização deles, como manter os cilindros longe de chamas e armazenados em lugar espaçoso e arejado. Conclusão A oxigenoterapia pode melhorar – e muito – a qualidade de vida daqueles que possuem baixa oxigenação do sangue, fazendo com que o paciente tenha mais energia e disposição. A influência glaciação submitilação https://www.cpapvital.com.br/blog/concentrador-de-oxigenio-o-que-e/ Os produtos de glicação avançada (AGEs, do inglês, advanced glycation end-products) são formados por meio da reação de glicação não enzimática de escurecimento, também conhecida como reação de Maillard. Trata-se de uma grande variedade de substâncias formadas a partir de interações amino carbonilo, entre açúcares redutores ou lipídios oxidados e proteínas, aminofosfolipídeos ou ácidos nucléicos. Os principais AGEs formados no organismo são: carboximetil- lisina, carboxietil-lisina, pentosidina, pirralhinha e dímeros de glioxal e metilglioxal. A formação endógena de AGEs envolve mecanismos do “estresse carbonílico”, em que a oxidação de lipídios ou de açúcares gera compostos dicarbonílicos intermediários altamente reativos. Durante algumas das reações que levam à formação de AGEs são geradas espécies reativas do oxigênio (EROs), levando ao estresse oxidativo e com consequente danos estruturais e funcionais às macromoléculas. Em pacientes com diabetes mellitus (DM), a hiperglicemia crônica ou picos de glicemia no período pós-prandial promovem a modificação não enzimática de diversas macromoléculas, propiciando a geração de AGEs. A elevada concentração sérica de AGE está relacionada com o desenvolvimento de doença vascular aterosclerótica e favorece o aumento do estresse oxidativo celular. Esse estresse oxidativo é apontado como um dos mecanismos fisiopatológicos das complicações tardias do DM, como nefropatia, retinopatia, neuropatia e aterosclerose. As concentrações de AGEs encontram-se aumentadas não só na hiperglicemia, mas também em outras situações clínicas como insuficiência renal crônica, doenças inflamatórias e autoimunes. Os AGEs circulantes na corrente sanguínea se ligam em receptores para AGE (RAGE) presentes na superfície celular e promovem a geração de EROs, com ativação do fator nuclear kappa B (NF-kB). Este último promove o aumento de expressão de marcadores inflamatórios e moléculas de adesão, que agravam o dano vascular. A expressão de RAGE encontra-se especialmente aumentada em paciente com DM e a sua atenuação reduz o desenvolvimento de lesão aterosclerótica. A dieta é a principal fonte exógena de AGEs, que podem ser absorvidos no trato gastrintestinal e transportados pela albumina e por partículas de LDL-c (lipoproteína de baixa densidade). Os alimentos que têm sido descritos com altas concentrações de AGEs são aquelesricos em gorduras, como manteiga e margarina, carnes e queijos (especialmente o queijo parmesão), produtos industrializados, como cereais matinais, biscoitos e batatas do tipo chips ou fast food. As técnicas de processamento empregadas pela indústria podem promover a formação de AGEs nos alimentos, especialmente a desidratação e o aquecimento a altas temperaturas. A utilização de temperaturas superiores a 170°C, como fritar, assar e grelhar, potencializam a formação de AGEs, enquanto que a cocção em temperaturas mais brandas (em torno de 100°C) na presença de umidade, como o cozimento em água ou em vapor, contribui para o menor conteúdo de AGEs. Estudos em humanos comprovaram a associação entre o consumo de alimentos fritos, assados ou grelhados e aumento das concentrações séricas de AGEs, bem como de marcadores inflamatórios. Embora nenhum alimento ou algum composto bioativo tenha comprovadamente efeito em reduzir os níveis de AGEs, as seguintes substâncias têm demonstrado efeitos anti-AGE, como a vitamina B6, alilcisteína (componente do extrato de alho), compostos fenólicos, vitaminas C e E, tiamina (vitamina B1) e taurina. Entretanto, são necessários mais estudos para essa comprovação. O que são produtos de glicação e como afetam a nossa saúde? Publicado em 11 de fevereiro de 2021. A reação de glicação, também conhecida como reação de Maillard, é um conceito descrito pela primeira vez pelo químico Louis Camille Maillard, no início do século passado, com o intuito de explicar os motivos pelos quais os alimentos apresentavam mudanças de cor e de odor após serem submetidos ao processo de cozimento. Neste contexto, Maillard demonstrou que durante o cozimento, os açúcares e aminoácidos presentesnos alimentos reagiam entre si, escurecendo a porção superficial e liberando um odor característico. Anos mais tarde foi demonstrado que essa reação, embora em condições diferentes, também ocorre naturalmente nos seres humanos e está intimamente envolvida com o processo de envelhecimento.1 No organismo humano, a glicação consiste em uma reação espontânea entre moléculas de açúcares (glicose) e compostos como proteínas, lipídios e ácidos nucleicos (DNA e RNA), formando os “produtos de glicação avançada” (AGEs, do inglês Advanced glycation End-Products). A formação dos AGEs ocorre lentamente em todos os tecidos e fluidos corporais, afetando predominantemente moléculas de meia-vida longa (como a hemoglobina, a albumina e o colágeno). Na pele, por exemplo, a glicação é um dos principais responsáveis pelo aspecto de envelhecimento. Neste contexto, os AGEs – formados a partir da glicação das moléculas de colágeno e elastina – promovem o enrijecimento e a degradação das fibras dérmicas, reduzindo a elasticidade do tecido e formando rugas e linhas de expressão. Ainda, ao modificar as propriedades químicas e funcionais destas moléculas, os AGEs provocam o aumento do estresse oxidativo, da inflamação e do dano tecidual.2 Embora seja um processo de ocorrência natural, você sabia que níveis elevados de AGEs também estão envolvidos com o desenvolvimento e agravo de doenças metabólicas? A diabetes, por exemplo, é uma síndrome metabólica decorrente da falta e/ou incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos, resultando no aumento da concentração sérica de glicose (hiperglicemia). Com isso, a glicose em excesso promove o aumento da concentração de AGEs na corrente sanguínea e provoca diferentes danos ao organismo. Nestas condições, os AGEs podem ser produzidos por três diferentes maneiras: Os efeitos benéficos observados após a suplementação com benfotiamina podem ser atribuídos a diversos mecanismos moleculares, incluindo a regulação de diferentes vias e mediadores envolvidos na sinalização celular, tais como fator de transcrição nuclear κB (NF-κB) e ácido araquidônico. Além disso, a benfotiamina inibe a formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs) e reduz o estresse metabólico induzido pela hiperglicemia, auxiliando na proteção contra danos microvasculares em pacientes diabéticos. Dessa forma, ao modular a atividade dos complexos enzimáticos envolvidos na formação de AGEs (tais como piruvato desidrogenase, 2- oxoglutarato desidrogenase, aldose redutase e proteína quinase C), a benfotiamina auxilia na prevenção contra danos celulares e teciduais característicos da diabetes, incluindo microangiopatia, retinopatia, nefropatia, neuropatia e comprometimento do processo de cicatrização. Após a difusão através das membranas dos enterócitos, a benfotiamina inibe a formação de produtos finais de glicação avançada (AGEs), conferindo proteção contra danos microvasculares em pacientes diabéticos. Além disso, a benfotiamina regula diferentes vias e mediadores envolvidos na sinalização celular e processos inflamatórios. Popularmente conhecido como melão de São Caetano ou melão amargo (Bitter Melon, em inglês), Momordica charantia L. é uma planta frequentemente encontrada em países de clima tropical e subtropical, incluindo o Brasil. Às folhas, frutos e sementes desta planta são atribuídas diversas propriedades terapêuticas, https://activepharmaceutica.com.br/produto/bitter-melon-extrato-15-charantina https://activepharmaceutica.com.br/produto/bitter-melon-extrato-15-charantina https://activepharmaceutica.com.br/produto/bitter-melon-extrato-15-charantina principalmente hipoglicemiante, antioxidante e anti-inflamatória. Você sabia que o consumo exagerado de açúcar é um grande vilão para a pele? Isso porque ele favorece a glicação, o qual é responsável pela formação de “Advanced Glycation End Products (A.G.Es)”. A glicação ocorre quando temos um excesso de açúcar no nosso organismo oriundo de açúcares e outros carboidratos que geram alto índice glicêmico, causando danos a proteínas (colágeno e elastina) por meio de ligações cruzadas, ou seja, açúcar é responsável por reagir com as fibras de colágeno e elastina da pele e isso pode causar um dano importante, principalmente ligado à flacidez e rugas. Como combater este problema? Graças aos estudos e avanços tecnológicos na área, existem no mercado produtos que agem como antiglicante e desglicante (revertendo o processo de glicação). O nutracêutico Glycoxil é um peptídeo biomimético da carcinina que atua como antioxidante, antiglicante e desglicante, possui a capacidade de bloquear o açúcar excedente, impedindo que se liguem as proteínas ao colágeno. Ele também desliga o açúcar que se ligou ao colágeno revertendo o processo. Dessa forma, devolvemos as proteínas as suas características iniciais e funcionais. E também por proteger da ação dos raios UVB, protege o DNA celular dos danos oxidativos. A associação com silício orgânico biodisponível Exsynutriment age melhorando o aspecto da pele, dando mais firmeza. Para potencializar, o uso tópico é fundamental: Alistin é a opção tópica do Glycoxil, também impedindo essa reação de glicação. Indicações - Anti-idade; - Reverte rugas já formadas; - Antiglicante; - Desglicante; - Antioxiglicante; - Previne a aterosclerose, doença de Alzheimer, diabetes, etc. A dieta genomica e estratégias de emagrecimento A medicina ortomolecular tem conquistado cada vez mais adeptos ao longo dos últimos anos graças aos seus benefícios para o corpo. O tratamento, que começou a ganhar força na década de 1950, visa equilibrar e restabelecer o nível de nutrientes no organismo, resultando em inúmeras vantagens para a saúde física e mental do paciente. A medicina ortomolecular é indicada para pessoas de todas as idades e até mesmo para gestantes. Por esse motivo, ela é uma importante aliada de jovens, adultos ou idosos que buscam https://dralarissadiniz.com.br/ um estilo de vida mais saudável e querem prevenir doenças. Com o auxílio e as orientações de um médico ortomolecular, os pacientes conseguem fazer reposição de vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento do organismo, além de eliminar os radicais livres, que são responsáveis por causar o envelhecimento das células do corpo. O tratamento, que precisa do empenho do paciente, geralmente é feito por meio do uso de substâncias mais naturais na alimentação, reeducação alimentar e uso de suplementos. É possível perder peso com a medicina ortomolecular Com o avanço da tecnologia e o acesso mais frequente a canais de informações, a busca por um estilo de vida mais natural ganhou força em todo o mundo. Isso se reflete no estilo de vida, nos hábitos alimentares e na busca por tratamentos alternativos para o cuidado com a saúde. É justamente nesse contexto que a medicina ortomolecular tem ganhado mais destaque e https://dralarissadiniz.com.br/ https://dralarissadiniz.com.br/ sido cada vez mais procurada por homens e mulheres de diferentes idades ou classes sociais. Até mesmo celebridades do mundo inteiro já aderiram ao tratamento. Como já foi explicado acima, a medicina ortomolecular atua na investigação de diversas anormalidades do corpo, sendo elas orgânicas ou psíquicas. Os especialistas nessa área acreditam que muitos problemas do nosso corpo estão relacionados à ausência de vitaminas, nutrientes ou outras substâncias fundamentais para a saúde. Após a realização de exames específicos com cada paciente, o médico vai indicar um tratamento ortomolecular voltado para tratar essas disfunções no organismo, trazendo mais qualidade de vida para a pessoa e prevenindo o aparecimento de doenças mais graves no futuro. Normalmente, os pacientes são orientados a fazer suplementação com vitaminas,aminoácidos, minerais e outras substâncias antioxidantes. Em outras palavras, a terapia ortomolecular analisa e identifica ou nutrientes que estão em falta no corpo ou aqueles que precisam ser https://dralarissadiniz.com.br/tratamentos/ repostos. Vale lembrar que os outros tratamentos padrões da medicina não devem ser deixados de lado e continuam sendo de grande importância para diversas doenças. O objetivo do tratamento ortomolecular é ser um aliado na busca por mais saúde e bem-estar. Mas afinal, como funciona o emagrecimento com o tratamento ortomolecular? Um dos grandes benefícios da medicina ortomolecular é que ela prevê o reequilíbrio do organismo de uma forma geral, sem focar apenas em uma parte específica do corpo. Ao contrário, o tratamento avalia todo o funcionamento do organismo, ajustando as desordens existentes para que o paciente conquiste mais saúde. Muito além de prevenir doenças e levar a perda de peso, o tratamento ortomolecular traz mais disposição para o indivíduo e ajuda a retardar o envelhecimento. Os resultados podem ser vistos no dia a dia quando aliados a mudanças no estilo de vida. Os benefícios da dieta ortomolecular A busca por um corpo mais bonito se tornou mais comum nos últimos anos, mas não podemos esquecer que beleza também deve ser aliada da saúde. Se o paciente quer perder peso, ele deve fazer isso de forma consciente e sempre com a ajuda de um bom profissional. sempre válido ter em mente que o excesso de peso não é apenas uma questão estética. Diversos especialistas confirmam que muitos problemas de saúde podem se agravar e levar a complicações em pessoas obesas. O excesso de peso pode trazer complicações como diabetes, câncer, hipertensão etc. Para emagrecer com a dieta ortomolecular e ter uma vida mais saudável, é importante que os pacientes tenham uma alimentação equilibrada, com refeições que englobem os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo. Praticar atividade física, pelo menos, três vezes por semana, também traz benefícios para a saúde e contribui para a redução das taxas de gordura. O principal objetivo do tratamento ortomolecular é fazer com que a pessoa, seja ela homem ou mulher, emagreça sem perder nutrientes e sem prejudicar a saúde. Não existe milagres para emagrecer! Somente com uma alimentação equilibrada, exercícios e acompanhamento de um médico ortomolecular, o paciente conquistará um melhor funcionamento metabólico. Isso fará com que ele perca de peso de forma saudável e fique mais satisfeito com a aparência. E não é só isso! Ao seguir corretamente as orientações de um médico ortomolecular, o paciente também percebe melhoras em sua imunidade, na retenção de líquidos, na disposição e até mesmo nos sintomas da TPM. Há ainda benefícios para pacientes em tratamento de depressão, ansiedade, pressão alta ou com distúrbios digestivos. Vale a pena cuidar mais da sua saúde com o auxílio da medicina ortomolecular. Marque sua consulta e conheça outros benefícios do tratamento! Por que procurar um médico ortomolecular? Agora que você já conhece todos os benefícios da medicina ortomolecular, é hora de marcar uma consulta e corrigir os desequilíbrios na constituição molecular do organismo. Durante a consulta, o profissional poderá solicitar alguns exames clínicos e laboratoriais para checar o estado geral do paciente. Em alguns casos, o especialista solicita a realização de ultrassonografia, Raio X e outros exames mais específicos. Os pedidos variam de acordo com cada pessoa e com as queixas ou objetivos dela. Após avaliar as taxas e os resultados dos exames, o médico fará orientações relacionadas à reeducação alimentar, consumo de bebidas alcóolicas, redução de peso, mudança no estilo de vida, prática de exercícios estresse, tabagismo etc. O tratamento ortomolecular é individual e leva em conta as particularidades de cada pessoa. Não existe uma regra ou fórmulas mágicas. Só o olhar especializado do médico poderá indicar o melhor caminho para o tratamento. O valor da consulta sofre variações de acordo com o currículo do profissional, local de atendimento e a estrutura do consultório. Os exames não estão incluídos no valor da consulta e precisam ser feitos à parte. Suplementação ortomolecular e aminoacidoterapia A Terapia Ortomolecular aparece como forma de olhar cada pessoa de fora para dentro, analisando o bloqueio de energias que pode gerar o desequilíbrio metabólico e possíveis lesões do organismo. Trata-se de um método de equilíbrio que preconiza os tratamentos individualizados levando em conta que cada pessoa tem um metabolismo diferente e cuja regra áurea é prevenir para não remediar. É uma maneira inovadora de cuidar do organismo humano, pois enxerga o indivíduo por inteiro, buscando tratar a causa do problema e devolver o equilíbrio a este organismo doente.⠀ Através de uma alimentação específica, com suplementos nutricionais e micro- nutricionais apropriados, faz com que cada um atinja e permaneça no melhor de sua forma e saúde, permitindo também uma ação preventiva ou auxiliar na terapia de problemas mais específicos ou difíceis de tratar. Essa suplementação é, geralmente, de vitaminas e de oligoelementos. Estes são primordiais para o bom funcionamento do organismo, já que desempenham diversas funções metabólicas no organismo, principalmente na formação de enzimas vitais aos mais diversos processos bioquímicos realizados pelas células. Eles podem ser extraídos da natureza para consumo farmacológico e cosmetológico. OLIGOELEMENTOS Os oligoelementos são minerais que se encontram no nosso organismo em quantidades ínfimas (menos de 100mg) e que são os responsáveis pela nossa https://academiadeterapias.com.br/blog/o-que-s%C3%A3o-os-oligoelementos Força Vital. Eles também são primordiais para o bom funcionamento do corpo, intervindo no nosso metabolismo. ⠀ Alguns dos mais importantes são: . Cobalto: um dos componentes da vitamina B12, essencial para a produção das hemácias. . Cobre: presente em várias enzimas, essencial para a síntese de hemoglobina, e para o sistema imunológico. . Ferro: componente da hemoglobina, mioglobina e enzimas respiratórias; é fundamental para o processo de respiração celular. . Iodo: presente nos hormônios da tireoide, os quais estimulam o metabolismo. . Manganês, necessário para a ativação de diversas enzimas. ⠀ A principal via de ingestão dos oligoelementos é através da alimentação. Porém, em casos em que é necessária uma suplementação, eles podem ser administrados da seguinte forma:⠀ ⠀ ➡ Via Oral:⠀ . Diretamente sublingual;⠀ . Misturado com mel;⠀ . No chá. ⠀ ➡ Via Tópica - Derme:⠀ . Géis; . Produtos ionizados;⠀ . Sais e bandagem;⠀ . Corrente elétrica galvanizada; . Digitopuntura. A triagem para aminoacidopatias teve significativa melhora com a tecnologia da espectrometria de massas em tandem (MS/MS), especialmente para fenilcetonúria (PKU), doença da urina de xarope de bordo (MSUD) e homocistinúria. A análise dos aminoácidos neutros (com exceção da glicina) e ácidos pode ser feita concomitante à das acilcarnitinas, utilizando um tipo especial de triagem. O perfil dos aminoácidos neutros e ácidos, obtido de uma amostra de sangue em papel-filtro de um recém-nascido normal pode ser visto na fig. 4. Chace et al. compararam a espectrometria de massas em tandem com o método fluorimétrico na triagem de PKU, e encontraram uma taxa de falso-positivos 100 vezes menor pela MS/ MS, devido à maior exatidão e precisão na mensuração da fenilalanina e à possibilidade de confirmação pela determinação da razão molar fenilalanina/tirosina. Os autores também constataram a utilidade do método na triagem neonatal de PKU em amostras coletadas precocemente (antes de 24 horas ou a partir de 8 horas). O nível de corte utilizado para fenilalaninana MS/MS é mais baixo que no método fluorimétrico, o que pode ser atribuído à presença de interferentes neste último, o que eleva a concentração de fenilalanina. Fig. 4 Perfil de aminoácidos neutros, com exceção de glicina, e ácidos, após butilação ácida de extrato metanólico de amostra de sangue em papel-filtro de recém-nascido normal. Ala: alanina; Val: valina; Leu/Ile: leucina/ isoleucina; Met: metionina; Phe: fenilalanina; Tyr: tirosina; Asp: ácido aspártico; Glu: ácido glutâmico. A MS/ MS também pode ser aplicada na triagem da MSUD através da mensuração de dois analitos (leucina + isoleucina e valina) e duas razões molares (leucina + isoleucina/ fenilalanina e valina/ fenilalanina). Deve-se aqui ser mencionada uma limitação da MS/ MS, que é a incapacidade de diferenciar compostos de mesma massa, o que é particularmente importante para a leucina, que tem três formas isoméricas principais (leucina, isoleucina e aloisoleucina) e também é isobárica com a hidroxiprolina. Isto não parece diminuir a utilidade da MS/ MS na triagem da MSUD, muito embora o potencial diagnóstico da aloisoleucina seja bastante expressivo. triagem de homocistinúria e de outras hipermetioninemias também pode ser feita por MS/ MS, através da avaliação da metionina e da razão molar metionina/ leucina + isoleucina. O ciclo da uréia consiste em uma série de reações enzimáticas que convertem a amônia, liberada durante o catabolismo das proteínas, em uréia. A uréia, a principal escória nitrogenada, é então excretada na urina. Há cinco enzimas envolvidas no ciclo da uréia: carbamil- fosfato sintetase (CPS), ornitina-transcarbamilase (OTC), arginino-succinato sintetase (AS), arginino-succinato liase (AL), e arginase. Todos os distúrbios do ciclo da uréia resultam na hiperamonemia. Os níveis elevados de amônia plasmática são altamente neurotóxicos aos seres humanos. Os pacientes com deficiência de AS têm níveis acentuadamente elevados de citrulina plasmática, enquanto os pacientes com deficiência de AL têm níveis moderadamente elevados de citrulina e um aumento de ácido arginino-succínico plasmático. Os pacientes com deficiência de CPS e OTC possuem níveis baixos ou indetectáveis de citrulina plasmática, mas na deficiência de OTC ocorre um aumento do ácido orótico urinário. O ácido orótico resulta do transbordamento do excesso de carbamil-fosfato do ciclo da uréia para a via das pirimidinas. Estima-se que os distúrbios do ciclo da uréia ocorram em 1 caso em 30.000 nascidos vivos, todos são herdados como traços autossômicos recessivos à exceção da deficiência da ornitina- transcarbamilase (OTC), que é herdada como um traço ligado ao X. As famílias dos pacientes com distúrbios do ciclo da uréia devem receber aconselhamento genético, porque a detecção do portador e o diagnóstico pré-natal estão disponíveis para a maioria dos distúrbios. Quase sempre o quadro clínico se apresenta durante o período neonatal por uma deterioração neurológica rapidamente progressiva que começa após um período de 1-2 dias de normalidade aparente. À medida que os níveis de amônia aumentam, os pacientes afetados desenvolvem recusa alimentar, anorexia, alterações do comportamento, irritabilidade, vômitos, letargia, ataxia, convulsões, coma, edema cerebral, e finalmente colapso circulatório. As formas menos severas podem apresentar-se em qualquer idade, até mesmo na fase adulta, e os pacientes apresentam sintomas intermitentes de hiperamonemia, transtornos do comportamento, ou disfunção neurológica. Quando da apresentação inicial, devem ser coletadas amostras para perfil de aminoácidos quantitativo do plasma, análise de ácidos orgânicos urinários e dosagem do ácido orótico na urina. O padrão de alterações aponta geralmente a um distúrbio específico. A confirmação da deficiência enzimática suspeitada para muitos dos distúrbios, pode ser feita com eritrócitos periféricos ou com fibroblastos cultivados da pele; outros distúrbios requerem a biópsia hepática. Alguns dos distúrbios podem ser confirmados por estudos genéticos moleculares. O principal diagnóstico diferencial dos distúrbios do ciclo da uréia num neonato com hiperamonemia são: a hiperamonemia transitória do recém-nascido e as acidemias orgânicas. A hiperamonemia transitória do recém-nascido, acomete bebês prematuros nas primeiras 24h de vida, enquanto que os neonatos com acidemias orgânicas classicamente se apresentam com acidose metabólica, “anion gap” elevado e cetonúria. Aspectos Clínicos de Algumas das mais Importantes Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia • Hiperfenilalaninemias • elevação dos níveis de fenilalanina na triagem neonatal (Phe > 4,0 mg%) requer o diagnóstico diferencial entre as seguintes patologias: Fenilcetonúria clássica (PKU) Deficiência grave da enzima fenilalanina-hidroxilase levando ao acúmulo de fenilalanina no sangue com graves sequelas neurológicas caso o tratamento não seja instituído precocemente. Os níveis de fenilalanina são muito elevados (> 10 mg%) e os de tirosina muito baixos. Hiperfenilalaninemia Benigna Deficiência menos acentuada da enzima fenilalanina-hidroxilase com elevação moderada dos níveis de fenilalanina (4,0 a 10mg%). Não há necessidade de tratamento dietoterápico. Deficiência da Tetrahidrobiopterina (BH4) BH4 é um cofator para as enzimas fenilalanina-hidroxilase, tirosina- hidroxilase e triptofano- hidroxilase. A deficiência deste cofator leva à deficiência na produção de neurotransmissores (DOPA e serotonina) com conseqüente lesão neurológica grave independente do tratamento dietoterápico. Os níveis de fenilalanina podem ser tão elevados quanto na fenilcetonúria clássica. Tirosinemia Ocorre elevação tanto da fenilalanina quanto da tirosina. A forma mais comum é a Tirosinemia transitória do recém- nascido que está freqüentemente relacionada à introdução precoce de leite de vaca, sendo também comum em prematuros e gemelares. Apesar de rara, deve- se incluir no diagnóstico diferencial a Tirosinemia tipo I que é uma doença grave que se manifesta geralmente nas primeiras semanas de vida com um quadro progressivo de insuficiência hepática, diátese hemorrágica, lesão renal (Síndrome de Fanconi), podendo levar ao óbito os casos não tratados. Hiperfenilalaninemia secundária a lesão hepática de diversas causas. Ocorre elevação da fenilalanina e da tirosina • Doença da urina de xarope de bordo (MSUD) MSUD é causada por metabolismo anormal de três aminoácidos de cadeia ramificada. A incidência é de 1 em 200.000 nascidos vivos. Os sintomas incluem um odor de xarope de bordo na urina, recusa alimentar, letargia, coma e retardo mental. A morte comumente ocorre nos três primeiros meses de vida. O tratamento requer restrição dietética de aminoácidos de cadeia ramificada, necessitando de uma fórmula complexa e acompanhamento médico rigoroso da criança. • Hiperglicinemia não-cetótica (NKH) É uma doença metabólica autossômica recessiva que se apresenta no período neonatal como um quadro neurológico grave, quase sempre fatal. Os sobreviventes apresentam déficit neurológico grave, retardo psicomotor e convulsões de difícil controle. A lesão metabólica da NKH deve-se à incapacidade do sistema de clivagem da glicina (GCS), em proceder a descarboxilação oxidativa da glicina, levando a um acúmulo deste aminoácido neurotransmissor, que resulta numa estimulação excessiva dos receptores N-metil-D- aspartato (NMDA) cerebrais. O tratamento inclui redução da sobrecarga de glicina e o uso de antagonistas dos efeitos neurotransmissores da glicina (antagonistas NMDA). • Hipermetioninemia Níveis sangüíneos elevados de metionina são encontrados na hipermetioninemia, na homocistinúria,e na tirosinemia tipo I. Na hipermetioninemia não é observado o aumento de tirosina encontrada na tirosinemia tipo I e nem o aumento de homocisteína observado na homocistinúria. A maior parte dos casos de hipermetioninemia é devida a uma deficiência de metionina-adenosiltransferase (MAT) I/III causada por mutações no gene MAT1A. Os efeitos clínicos e metabólicos destas mutações são muito variáveis. A maioria dos indivíduos são heterozigotos para uma mutação dominante, apresentando níveis plasmáticos moderadamente elevados de metionina e um quadro clínico benigno e assintomático. No entanto um pequeno grupo de indivíduos são homozigotos para mutações recessivas, apresentando uma redução significativa da atividade da MAT, níveis muito elevados de metionina plasmática e sintomas neurológicos, incluindo alterações da substância cinzenta e desmielinização cerebral. • Homocistinúria A causa mais comum de homocistinúria é uma deficiência da enzima cistationina sintetase. A incidência é de 1em 200.000 nascidos vivos. Entre os sintomas se encontram tromboembolismo, deslocamento do cristalino (que pode ocorrer mesmo com tratamento regular), escoliose, osteoporose, retardo mental, convulsões e distúrbios psiquiátricos. Aproximadamente 50 por cento dos indivíduos não tratados morrem antes de 25 anos de idade. O tratamento pode incluir uma dieta restrita de metionina, suplementada de cistina, assim como altas doses de Vitamina B6. • Tirosinemia É uma doença metabólica que causa elevação dos níveis sangüíneos de tirosina, um aminoácido presente na maioria das proteínas. A incidência é 1:100.000 nascidos vivos, com ambos os sexos igualmente afetados. Os sintomas incluem déficit ponderal, vômitos, diarréia, e um odor como de repolho. Outros sintomas incluem fígado aumentado, edema e risco de doença hemorrágica. Se não tratada, a tirosinemia é fatal dentro do primeiro ano de vida. O tratamento inclui restrições dietéticas. Detoxicação quelação e desparasitação terapia de quelação com EDTA é utilizada desde a década de 1950 para o tratamento de intoxicação por metais pesados como o chumbo e mercúrio. A quelação ocorre graças à propriedade química do EDTA (Ácido Etileno Diamino Tetra Acético) de pinçar ou “quelar” os metais tóxicos presentes na circulação sanguínea, transformando-os em compostos possíveis de serem eliminados pelos rins. Quais são os metais pesados que podem ser absorvidos pelo corpo humano? A poluição ambiental, agrotóxicos e pesticidas, produtos cosméticos como esmaltes, batons e tintas para cabelo, além de amálgamas dentárias, são algumas das fontes de intoxicação a que estamos frequentemente expostos. Alguns exemplos de metais pesados capazes de intoxicar o corpo humano são: • Chumbo • Mercúrio • Arsênio • Alumínio • Níquel • Cádmio Contudo, até metais importantes para o corpo, como o zinco e o cromo, diante de uma suplementação excessiva, podem se acumular e trazer prejuízo para a saúde. Atualmente, isso é bem fácil de acontecer, com o consumo indiscriminado de suplementos alimentares. Agora, se isso é tão importante, por que quase nenhum médico fala a respeito? Será este mais um boato para assustar a todos nós? Meu intuito com esse post não é alarmar, mas sim trazer a atenção e compartilhar com você minha opinião sobre um tema de fundamental importância que contribui para o adoecimento do corpo humano. Quais as doenças relacionadas aos metais pesados? Ao decorrer da vida, os metais pesados se acumulam nos tecidos do corpo humano. Com a sobrecarga destes elementos, o correto funcionamento dos órgãos é prejudicado, já que os metais pesados passam a agir como toxinas que predispõem ao surgimento de doenças. Apenas para exemplificar, a presença do arsênio no organismo interfere no mecanismo de reparo do DNA e no metabolismo energético mitocondrial. Ambos são processos biológicos que, se defeituosos, são associados a doenças crônicas. São crescentes as informações em literatura médica sobre a intoxicação por metais pesados e doenças como a hipertensão arterial, diabetes e Alzheimer: as concentrações sanguíneas de chumbo, mercúrio e arsênio estão mais aumentados na população com hipertensão arterial do que na população saudável. Já sobre o Alzheimer, cientistas produzem alterações em cobaias ao intoxicá-las com alumínio. À medida que vamos avançando em conhecimento, é importante desenvolver tecnologias para minimizar a exposição crônica a esses metais, bem como pesquisar https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1247478/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1247478/ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30813622 formas eficientes de reduzir a sobrecarga atual. Terapia ortomolecular anti envelhecimento Então, por que não envelhecer? Por que tantas terapias antienvelhecimento? O alerta foi feito por especialistas brasileiros e estrangeiros na abertura do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado no Rio de Janeiro: “Terapias que prometem combater os efeitos do envelhecimento, usando vitaminas, antioxidantes e hormônios, não têm comprovação científica de sua eficácia e podem aumentar os riscos de diabetes e câncer”. O objetivo comum do grupo é a elaboração de um documento que subsidie o CFM (Conselho Federal de Medicina) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na formulação de novas regras que coíbam a prática da chamada “medicina antiaging” no país. No entanto, essa iniciativa gerou controvérsias entre os associados presentes no Congresso, pois achavam que a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) deveria se preocupar mais com o crescente número de pessoas que chegam à velhice sem nenhuma proteção, exigindo junto ao setor público a aplicação das leis existentes em relação ao segmento idoso. Isto é, exigiam um posicionamento político em relação à qualidade de vida da maioria dos velhos deste país e não ocupar um tempo “precioso” do Congresso para falar sobre o combate dos efeitos do envelhecimento. Medicina antiaging A “medicina antiaging” se propõe a reverter ou retardar o processo de envelhecimento através de um programa médico que se denomina personalizado e global. Oficialmente, ela não é reconhecida como especialidade médica, mas não há punição para quem a pratica e muito menos fiscalização sistematizada. Dizem os especialistas que “um dos vilões dessa terapia é o hormônio do crescimento (GH), que tem indicações muito restritas (pessoas com nanismo, pacientes renais crônicos e portadores de HIV, por exemplo), mas que hoje é prescrito com o objetivo de ganho de músculos e queima de gordura”. A geriatra Elisa Franco, da Câmara Técnica de Geriatria do CFM, afirma que “60% das indicações desses hormônios são off label, ou seja, por conta e risco do médico que os indicam, sem amparo científico de que sejam eficazes”. “Os estudos mostram que essas drogas dobram o risco de tumores de fígado e aumentam em quatro vezes as chances de a pessoa ter diabetes. Também há relatos de acromegalia (crescimento de órgãos, inclusive o coração)”, denunciam os especialistas. O geriatra Thomas Perls (foto), professor da Escola de Medicina da Universidade de Boston (EUA), alerta que os médicos que estão propondo essa terapia com o propósito de retardar o envelhecimento são “antiéticos e antiprofissionais”: “Nos EUA, não conseguimos muita coisa ao tentar coibir essa prática. Espero que vocês tenham mais sorte”. Não se trata de sorte e sim de denunciar práticas falsas e perigosas que expõe as pessoas a riscos incalculáveis e alguns até irreversíveis. Com relação ao perigo na venda dos chamados hormônios bioidênticos (supostamente também retardariam a velocidade do envelhecimento), Silvia Pereira,presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia explica: “Não há nenhum estudo científico sério que ateste algum benefício desses hormônios”. Os especialistas chamam atenção para outros hormônios (testosterona e o tireoidiano) e vitaminas (E, C e betacaroteno) que também têm sido indicados contra o envelhecimento, entretanto tais medicamentos não têm respaldo científico. Os riscos são muitos. Um deles é a ingestão desnecessária de vitaminas que pode provocar a sobrecarga dos rins. Pesquisas recentes também associaram a vitamina E a um risco maior de câncer de próstata: “Em geral, quem tem acesso a essa tal de medicina ‘antiaging’ é a elite. São pessoas que têm acesso ao conhecimento, mas preferem se iludir”, diz Silvia Pereira. O outro lado O presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, Edson Luiz Peracchi rebate: “Não entendo por que o alarde. Os bioidênticos são produzidos e registrados no mundo todo”. Ele lembra que, em 2010, o Conselho Federal de Medicina publicou normas para as práticas da ortomolecular, que incluem a prescrição de suplementos de vitaminas, minerais e hormônios em caso de deficiência. Indignado, ele diz: “Esse assunto já foi discutido, a normalização científica já existe. Tentar negar a importância de suplementos de vitaminas e minerais chega ao absurdo”. Peracchi complementa: “a publicação dessa resolução agora é falta de assunto. Isso é para gerar constrangimento ao exercício profissional, assustar médicos menos avisados. É uma forma de terrorismo mental”. Segundo Olszewer, especialista em ortomolecular, o rótulo “antienvelhecimento” não é adequado e acaba usado como chamariz: “O que existe é melhorar a qualidade de vida. O único tratamento antienvelhecimento que eu conheço é morrer jovem”. Envelhecer…jamais? Enquanto o conhecimento representa um bem valioso, ele, ao mesmo tempo, pode trabalhar como um importante vilão, uma espécie de Dorian Gray atualizado (romance de Oscar Wilde) que tudo faz pela juventude eterna: Ao ver-se em seu retrato finalmente pronto, o inconformado herói desabafa: “Eu ficarei velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho… Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!… Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!” O cérebro enterico e a saúde cerebral • Últimos Posts • Harvard Health Publishing • Longevidade • Esportes • Hábitos saudáveis • Imunidade • Infantil https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/hhp/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/longevidade/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/esportes/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/habitos-saudaveis/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/imunidade/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/infantil/ • Nutrição • Receitas saudáveis • Suplementação • Vegano https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/nutricao/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/receitas-saudaveis/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/suplementacao/ https://www.essentialnutrition.com.br/conteudos/cat/vegano/ HÁBITOS SAUDÁVEISIMUNIDADELONGEVIDADE INTESTINO: SEGUNDO CÉREBRO E SUAS INCRÍVEIS CONEXÕES Sabemos sobre os básicos passos para manter um cérebro jovem e saudável: ter uma dieta balanceada, praticar exercícios e ter uma boa noite de sono. Somado a isso, a saúde cerebral também pode ser influenciada por uma fonte inesperada: o intestino, nosso segundo cérebro. O intestino é chamado de “segundo cérebro” porque nele existem cerca de 500 milhões de neurônios, mais de 30 neurotransmissores e bactérias que podem ajudar a moldar a nossa estrutura cerebral, possivelmente, influenciar o nosso humor, comportamento e saúde mental, tal como a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer. Entenda como funciona essa incrível conexão entre os órgãos e os motivos que fazem do intestino o segundo cérebro. javascript:; javascript:; O SISTEMA NERVOSO DO INTESTINO: SEGUNDO CÉREBRO EM AÇÃO Talvez você não saiba, mas o intestino é um órgão que atua com uma certa independência no seu funcionamento. Isso porque ele não precisa do cérebro para dar comandos nas suas atividades. Ele conta com a ação de neurônios que integram o sistema digestivo e que formam a sua própria rede nervosa, chamada de sistema nervoso entérico (SNE), a qual atua nos órgãos relacionados às atividades gastrointestinais e está presente no tecido que reveste o sistema digestivo. Mas, por mais que apresente atuação independente, o sistema nervoso do intestino se comunica constantemente com o sistema nervoso central, responsável por receber e processar informações, formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, localizados no crânio e coluna, respectivamente. Sim! Há neurotransmissores no seu intestino É no intestino que acontece a produção de neurotransmissores e hormônios importantes para o funcionamento do nosso corpo e que são fundamentais para a sensação de saciedade, bem-estar e felicidade. Para contextualizar, um exemplo é a serotonina, que tem 90% da sua produção feita pelo intestino. A serotonina é um neurotransmissor produzido a partir do triptofano, aminoácido que está associado à regulação do sono, do humor, da cognição e até mesmo, da temperatura corporal. Além disso, é importante para o movimento involuntário do intestino que conduz o bolo alimentar no processo de digestão. Nervo vago, o canal de comunicação entre intestino e cérebro O intestino se comunica com o cérebro através do nervo vago – um nervo craniano que se estende a partir do tronco cerebral até o abdômen, através do coração, esôfago e pulmão – conhecido como o eixo intestino-cérebro. Sequencialmente, as fibras no nervo vago transportam informação do intestino para o cérebro. Essa comunicação acontece através de moléculas que são produzidas por bactérias intestinais que, em seguida, entram na corrente sanguínea. Logo, o sangue libera compostos neuroativos e hormônios que vão para o cérebro. EI, CÉREBRO. TEM ALGO DE ERRADO AQUI! Quando pensamos em órgãos que estão expostos aos fatores externos e que apresentam atividades “sensitivas”, logo lembramos da pele, por exemplo. A verdade é que o intestino, por mais que esteja protegido dentro do nosso corpo, tem funções que ajudam a detectar adversidades e a preparar o cérebro e, consequentemente, o organismo para responder a elas. Sistema imune: ativar! Uma pesquisa evidenciou que os neurônios do intestino são capazes de ativar as células do sistema imune em situações de “perigo” e avisam o cérebro. Para ilustrar, o alerta pode acontecer diante de bactérias maléficas presentes em alimentos ingeridos. Assim, os neurônios intestinais ativam os macrófagos (células de defesa) sobre a presença de possíveis causadores de doenças. Resumidamente, os neurônios do intestino potencializam a ação das respostas imunológicas. https://www.cell.com/fulltext/S0092-8674(15)01687-6 Emoções da cabeça ao intestino O caminho inverso também acontece, ou seja, o cérebro também ocasiona reações no processo gastrointestinal. Quem nunca sentiu o famoso “frio na barriga” diante de momentos de nervosismo ou ansiedade? Ou a “água na boca” ao sentir o cheiro de uma comida apetitosa? Tudo indica que as sensações e pensamentos também influenciam o sistema digestivo, ocasionando a produção de hormônios, de secreções e de respostas imunológicas. Assim, reforça a importância e dá este significado ao intestino: segundo cérebro. A RELAÇÃO DAS BACTÉRIAS INTESTINAIS COM O CÉREBRO A microbiota
Compartilhar