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UNESA Aluno: Matheus Costa Gomes Matricula: 201703173813 Professor: Marcelo Garcia Atividade 03 – NP4 EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA JOÃO, brasileiro, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na Rua, Bairro, Florianópolis / SC, com endereço eletrônico, por seu advogado infra assinado, com procuração anexo, com endereço profissional na Rua, Bairro, Cidade, UF, com endereço eletrônico profissional, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 5º, inc. LXXIII da CRFB/88 e da Lei nº 4.717/65, ajuizar AÇÃO POPULAR COM PEDIDOS DE LIMINAR Em face do Senador da República, com domicilio profissional no Prédio do Senado Federal, Esplanada dos Ministérios, Brasília/DF, nos termos do art. 6º da Lei nº 4.717/65, pelos motivos a seguir expostos: I - DOS FATOS A parte autora se indignou em saber, por meio da imprensa, que no mês de abril de 2009, o Senador devidamente qualificado acima, determinou a reforma completa de seu gabinete, usufruindo de orçamento acima de R$1.000.000,00, sendo custeada pelo Senado Federal. UM ABSURDO! A reforma incluiu aquecimento e resfriamento com controle individual e ainda a instalação de ambiente físico para projetar filmes em DVD. Ao se posicionar em entrevistas, o Senador justificou que os gastos com a reforma seriam essenciais para garantir que fosse mantida a representação à altura do cargo que exerce. Assim que tomou conhecimento do encerramento do processo de licitação sem o início da obra e, temendo que nenhum ente público tomasse providência a fim de impedir a reforma, o autor se dirigiu a uma delegacia de polícia civil, recebendo a orientação de que procurasse a Polícia Federal. Dessa maneira, o autor preferiu buscar auxílio de um profissional de ciências jurídicas para orientação quanto à melhor providência a ser tomada, que, no caso em tela, vem a ser o ajuizamento da presente Ação Popular. II – DO DIREITO Conforme apresentado nos fatos, o referido Senador se encontra lesando o patrimônio público, por meio de tal reforma em seu gabinete, desta forma, o autor possui legitimidade para ingressar com tal ação, haja vista, qualquer cidadão é parte legitima para propor a ação popular, objetivando anular um ato lesivo ao patrimônio público, como preleciona o art. 5º, LXXIII da Constituição Federal, bem como preenche os requisitos necessários para seu ajuizamento, nos termos do art. 1º da Lei 4.717/65, sendo a ação popular o meio constitucional posto a disposição de qualquer cidadão, para obter tal invalidação dos atos ou contratos administrativos ilegais e lesivos ao patrimônio público. Destaca-se, que a lesão ao patrimônio publico, se vê evidenciada por causa da utilização de quantia do Senado Federal para beneficiar um agente publico, visando o seu interesse pessoal e não o interesse publico, tendo em vista que o Senador utilizou de tal dinheiro para a reforma de seu gabinete, sendo este ato vedado pelas constituição, nos moldes do art. 37 da Constituição Federal, assim, violando o principio da moralidade administrativa, haja vista, O DINHEIRO PÚBLICO FOI GASTO PARA ATENDER INTERESSE PRÓPRIO. Dessa forma, estamos perante da necessidade de invalidação do ato administrativo ilegal, tendo em vista contraria normas especificas e se desviam dos princípios norteadores da Administração Pública. Dessa maneira, conforme estabelece o art. 2º, alíneas “d”, “e”, da Lei 4.717/65, são nulos os atos lesivos aos patrimônios das entidades públicas em casos de inexistência de motivos e desvio de finalidade. Tal inexistência de motivo motivos se evidência quando a fundamentação do ato é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado pretendido, como preleciona parágrafo único da mesma Lei, posto isto, o Senador utilizou-se de verba pública para satisfazer interesse próprio, sendo o meio totalmente inadequado para tal. Ainda, nesse diapasão, destaca-se que o autor possui legitimidade ativa para ajuizar a presente demanda, por ser cidadão e esta de pleno gozo com seus direitos eleitorais, como comprovado através de seu titulo de eleitor anexado nos autos, como também sua pretensão é devidamente amparada pelo art. 11 da Lei 4.717/65, AO POSTULAR A INVALIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO E CONDENAÇÃO DOS RÉUS A REPARAÇÃO EM PERDAS E DANOS. Assim, por todo o exposto, verifica-se que pelo iminente prejuízo ao erário, bem como a violação ao principio da moralidade, faz-se necessário o ajuizamento de tal ação, buscando invalidar tal ato lesivo ao nosso patrimônio publico. III – DA MEDIDA LIMINAR Cabe no caso em questão a suspensão liminar do ato lesivo impugnado, nos termos do art. 5º, §4º da Lei 4.717/65, haja vista a violação do principio da moralidade e impessoalidade, demonstrando assim a presença do fumus boni iuris. Evidencia-se também, que o processo licitatório já se encerrou, restando comprovado o periculum in mora, mesmo que as obras não tenham começado tendo em vista que seria praticamente inviável o reembolso de tais gastos. ASSIM, REQUER A CONCESSÃO DA LIMINAR, TENDO EM VISTA ESTAREM PRESENTES TODOS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA SUA OBTENÇÃO. IV – DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: 1. Deferimento da medida liminar, para suspensão de quaisquer atos das licitações cujo objeto atenderão as despesas objeto desta ação popular, bem como a suspensão de qualquer ato que se digne a pagar tais despesas com recursos públicos; 2. Citação do réu, no prazo e nos termos do art. 7º, inc. IV da Lei 4.717/65, com cópia da presente ação e documentos acostados; 3. Oitiva do representante do Ministério Público Federal; 4. Intimação da União para se manifestar, nos termos do art. 6º, §3º da Lei 4.717/65; 5. Seja JULGADO PROCEDENTE o pedido para declarar a nulidade de quaisquer atos administrativos realizados pelo demandado na presente ação visando às despesas objeto da presente ação popular, bem como, caso já tenha havido alguma defesa, o ressarcimento por parte do réu, com a comunicação ao Ministério Público para as devidas ações penais e de improbidade que entender cabíveis; 6. Condenação do réu na sucumbência e custas, a ser fixada pelo juízo, conforme art. 12 da Lei 4.717/65. V- DAS PROVAS Requer a produção todas as provas admitidas em direito, em especial prova documental, testemunhal e depoimento pessoal, em conformidade ao art. 369 do CPC. Dá-se a causa do valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Termos em que, pede deferimento. Cidade/Data Advogado OAB/UF
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