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Ciência dos Mateaaaariais Parte III – Direções Cristalográficas, solidificação e difusão E-mail: everton.araujo@unama.br 1 Direções e planos cristalográficos Devido a anisotropia de alguns materiais, é utilizada uma notação para definição de direções e planos nos cristais em uma rede de bravais chamado de índice de Miller. Direções = [u v w] Planos = (h k l)aaaaaaa Família = <u v w> ou <h k l> 2 Direções cristalográficas As direções cristalográficas são representadas por vetores, baseado no sistema de coordenadas em 3 dimensões (x, y z). Assim adota-se uma origem em um ponto (0, 0, 0 ) e verifica-se uma direção em uma célula unitária formada por dois pontos, no qual as propriedades podem mudar. 3 Direções cristalográficas Quando a direção do vetor for negativa, expressa-se o índice no qual se tem isto por uma barra acima do valor. Se o vetor não for um número inteiro deve-se então multiplicar ou dividir por um fator comum para obtenção de números inteiros. Exemplos: 4 Exemplos: Determine os índices de Miller para as direções cristalográficas mostradas nas células cristalinas abaixo: 5 Planos cristalográficas Em todos os sistemas cristalinos com exceção da rede hexagonal, os planos cristalográficos são especificados por três índices de Miller na forma (hkl). Esses planos determinam por exemplo a difração de raios x, a propagação de deformações, etc e são muito importantes para o estudo de ciência dos materiais. 6 Planos cristalográficas Para determinar os índices de Miller adota-se os seguintes procedimentos: 1- Se o plano passa através da origem que foi selecionada, um outro plano paralelo deve ser construído no interior da célula unitária mediante uma translação apropriada, ou uma nova origem deve ser estabelecida no vértice de outra célula unitária. 2- Determinação dos pontos de interseção do plano com o eixo x, y e z. 3- Obtenção dos inversos das interceptações. Um plano paralelo a um eixo pode ser considerado como tendo uma interseção no infinito. 4- Obtenção do índice de Miller com os menores números possíveis inteiros para representação do plano. 7 Planos cristalográficas Este plano corta o eixo y em 1 mas não os eixos x e Z, portanto: (h k l ) = ( ∞ 1 ∞ ) Inverso das interceptações: Portanto o plano mostrado é: (0 1 0) 8 Exemplos planos cristalográficas Plano (0 2 0) Plano (1 1 0) Plano (1 2 1) 9 DISTÂNCIA INTERPLANAR (dhkl) É uma função dos índices de Miller e do parâmetro de rede dhkl= a (h2+k2+l2)1/2 10 Direções e planos cristalográficos Considerando que as redes são imperfeitas pode-se observar: 11 Mecanismos de Solidificação A solidificação de um metal ou liga divide-se em duas etapas: (a) Nucleação (formação de núcleos estáveis); (b) Crescimento (núcleos - cristais - estrutura de grão). 12 Mecanismos de Solidificação NUCLEAÇÃO Classificação da nucleação: - Heterogênea Ocorre sem a interferência de agentes - Homogênea externos (ideal); Ocorre com a interferência de agentes externos (mais comum na prática). 13 Mecanismos de Solidificação NUCLEAÇÃO Heterogênea Presença de elementos estranhos ao líquido > ação catalizadora da nucleação; Agentes: Partículas em suspensão; Paredes do molde; Óxidos; Elementos/Compostos; 14 Mecanismos de Solidificação NUCLEAÇÃO DINÂMICA Estímulo dinâmico: vibração mecânica e/ou eletromagnética; Formação de núcleos sólidos mesmo na presença de superresfriamentos mais baixos que os normalmente exigidos. 15 Mecanismos de Difusão É o fenômeno de transporte de matéria por movimento atômico; ❑ Fluxo de átomos ou outras espécies químicas devido ao gradiente de concentração, sendo dependente da temperatura ❑ O sistema sempre vai buscar a estabilidade termodinâmica. A difusão para ocorrer necessita de: ❑ Possuir uma posição adjacente vazia; ❑ Possuir energia para quebrar as ligações atômicas com seu vizinho; 16 Mecanismos de Difusão Interdifusão (ou difusão de impurezas) é o processo pelo qual os átomos de um metal se difundem para o interior de outro metal. 17 Mecanismos de Difusão ❑ Difusão por lacunas: Um átomo deixa seu ponto da rede para preencher uma lacuna (vazio); ❑ Difusão Intersticial: Átomos que migram de uma posição intersticial para outro ponto intersticial vazio; 18 Mecanismos de Difusão O fluxo difusional (J), é definido como a massa M que se difunde através e perpendicular a uma área de seção transversal unitária A, por unidade de tempo t 1° LEI DE FICK FLUXO DIFUSIONAL 19 Mecanismos de Difusão 1° LEI DE FICK FLUXO DIFUSIONAL 20 Mecanismos de Difusão 1° LEI DE FICK FLUXO DIFUSIONAL 21 Mecanismos de Difusão 2° LEI DE FICK O fluxo de difusão e o gradiente de concentração em algum ponto particular em um sólido variam com o tempo, resultando em um acúmulo ou esgotamento líquido das espécies em difusão 22 Mecanismos de Difusão 23 Mecanismos de Difusão 24 Mecanismos de Difusão Quando a difusão depender do tempo, adota-se a segunda lei de Fick 25 Mecanismos de Difusão 26 Mecanismos de Difusão 27 Mecanismos de Difusão 28 Mecanismos de Difusão 29 Mecanismos de Difusão 30 ¥ ¥ 1 , 1 1 , 1 ) ( )) ( ) (( 2 1 0 0 2 2 z erf z t D x erf C C C Cx x C D t C s = ÷ ÷ ø ö ç ç è æ × × - = - - ¶ ¶ × = ¶ ¶
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