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Aluna: Larissa Cristina Vieitas Munhoz (2914702)
O aprendizado em exames de imagem: As tecnologias de Inteligência Artificial tiveram um avanço proeminente nos últimos anos que, por consequência, acompanha sua crescente aplicação na assistência em saúde. O destaque, nesse contexto, é o uso de Aprendizado de Máquinas no diagnóstico por imagem, que, combina a capacidade de treinamento do desempenho do algoritmo, com o uso de grandes bases de dados de imagens médicas. Esse artigo tem o objetivo de apresentar conceitos sobre o tema, com explicações acessíveis sobre os fundamentos do aprendizado de máquinas, e de como é sua usabilidade em exames de imagem. Ainda, expor o estado da arte atual e levantar discussões relevantes sobre obstáculos, vantagens e desvantagens desta ferramenta para a prática médica, assistência e sistemas de saúde.
O aprendizado de máquinas consiste na capacidade do sistema em adquirir habilidades de maneira autônoma ao extrair padrões de grandes bancos de dados, conhecidos como big data. Na área da saúde, a quantidade de dados criados pode contribuir ainda mais com a acurácia de ferramentas que usam AM, um exemplo são os 2 bilhões de radiografias de tórax realizadas por ano. Assim, o crescimento do poder computacional e a informatização de processos, como bancos a partir de prontuários eletrônicos e sistemas de exames de imagem podem alimentar as bases de dados de imagens médicas.
A capacidade das IAs de processar enormes quantidades de dados aliado à capacidade dos algoritmos de aprendizado de máquinas tornou possível a criação de programas que realizam tarefas complexas como jogar xadrez ou dirigir um carro. Essas habilidades aprendidas seriam quase impossíveis de serem programadas, uma vez que cada decisão que a máquina deve fazer depende de uma grande quantidade de variáveis.
No entanto, apesar do grande avanço que está sendo proporcionado por esses novos tipos de tecnologias, ainda existem algumas limitações para seu desenvolvimento e utilização. Um dos principais entraves atuais do AM está no seu comportamento de caixa preta, que dificulta a compreensão de como ou porque um algoritmo chegou a determinado resultado.
Apesar de muitos autores indicarem que essas tecnologias não vieram para causar disrupção na profissão do radiologista, mas sim agregar valor, alguns ainda se mantêm céticos quanto à capacidade do ser humano de competir com a eficiência e eficácia do estudo de imagem, questionando em alguns casos se a profissão irá se perpetuar durante os próximos ou anos ou se estará fadada à extinção. Essa grande capacidade do estudo de maquinas e a grande expectativa criada ao seu redor faz com que profissões que exerçam reconhecimento de padrões como radiologistas e patologistas sejam cada vez mais substituídas por essa nova tecnologia.
Um dos medos dos profissionais de radiologia, são os chamados command centers.
O Command Center, também chamado de Telecomando ou de Central de Radiologia Remota, é uma tecnologia avançada que possibilita a operação remota de equipamentos de exames de imagem, como Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada. Essa operação à distância é viabilizada por uma plataforma digital que integra robótica, hardware e software, sendo compatível com diversos modelos e marcas de equipamentos disponíveis no mercado.
O funcionamento do Telecomando se dá por meio da instalação de um hardware, conhecido como robô, junto ao equipamento de aquisição de imagem, seja ele uma TC ou RM. Essa instalação permite a realização da operação remota em tempo real, eliminando a necessidade de um operador presente fisicamente na clínica ou hospital.
Além disso, o sistema disponibiliza recursos de comunicação, como chat, áudio e vídeo, para facilitar a interação entre as equipes de enfermagem local e a equipe remota de radiologia. Adicionalmente, os operadores remotos possuem especialização e amplo conhecimento das rotinas, o que permite oferecer orientações aos pacientes de maneira mais eficiente.
Principais benefícios do Telecomando na radiologia
Gestão de pessoas: A gestão de equipes na área da saúde apresenta desafios, como encontrar profissionais especializados, ampliar o horário de atendimento e administrar folgas e férias. O Telecomando na radiologia supera esses obstáculos, permitindo a divisão das demandas entre equipes internas e externas, ampliando a capacidade de atendimento e a disponibilidade dos equipamentos.
Aumento da produtividade: Com o controle remoto, é possível realizar ajustes e configurações no equipamento de radiologia de forma rápida e eficiente, sem a necessidade de interromper o procedimento ou se deslocar até o console de controle. Isso pode resultar em um fluxo de trabalho mais suave e eficaz, economizando tempo e aumentando a produtividade.
Melhoria da ergonomia: O uso de um controle remoto na radiologia ajuda a melhorar a ergonomia do trabalho. Os técnicos e radiologistas podem ajustar as configurações e os parâmetros do equipamento de radiologia de forma confortável, evitando posturas desconfortáveis ​​e com risco de lesões relacionadas ao trabalho.
Especialização da equipe: Com a utilização do Telecomando, é possível contar com profissionais externos especializados em áreas específicas, como Tomografia e Ressonância Magnética. 
Planejamento e escalabilidade: Ao contar com equipes externas, é possível planejar as operações com mais previsibilidade, sem exigir novos investimentos. O Telecomando também possibilita a escalabilidade da operação, permitindo um aumento no número de atendimentos sem comprometer a qualidade e eficiência dos serviços.
Redução dos custos e aumento da qualidade: Por último, o Command Center proporciona uma diminuição nos gastos ao mesmo tempo em que aumenta a qualidade dos serviços, uma vez que possui uma equipe especializada disponível 24 horas por dia para atender às necessidades dos clientes. Isso otimiza os processos e evita os custos decorrentes da ociosidade dos profissionais. Com isso, a administração de custos em hospitais e clínicas se torna mais eficiente e eficaz, permitindo uma atenção mais dedicada à saúde dos pacientes.
Além disso, vale salientar que todo esse processo é regulamentado principalmente pela Resolução CONTER nº 04, de 31 de março de 2020. Essa resolução estabelece diretrizes fundamentais para o bom funcionamento e gestão das operações no centro de comando. Ela aborda questões cruciais relacionadas à organização, padronização e eficiência na tomada de decisões, garantindo a otimização dos recursos disponíveis. A Resolução CONTER nº 04 é um marco regulatório essencial para a promoção de um ambiente de controle operacional estratégico, confiante para a coordenação eficaz de ações e manutenção da segurança e ordem nos momentos de crises e situações emergenciais.
Já a RDC 611, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece requisitos para o funcionamento de serviços de telemedicina e teleconsulta no Brasil. Ela aborda aspectos relacionados à segurança do paciente, qualidade dos serviços, armazenamento e transmissão de dados, prescrição eletrônica, entre outros.
Essas normas visam regulamentar e orientar a prática da telemedicina, garantindo a segurança, a qualidade e a ética nos atendimentos à distância, bem como facilitando o acesso dos pacientes a serviços de saúde, especialmente em áreas remotas ou com dificuldade de acesso a profissionais médicos.
Nova técnica em Ressonancia Magnética: Nova técnica para visualizar osso em ressonância magnética. O objetivo deste estudo foi o de descrever uma técnica inovadora que fornece um melhor contraste do osso trabecular e cortical na RM. Vejam o nome desta técnica: FRACTURE!
A imagem do osso escuro (“Black Bone”) nesta técnica é diferente do UTE (ultra short TE) e ZTE (Zero TE), pois utiliza uma sequência gradiente eco rápida com ângulo de desvio otimizado, um conjunto de tempos de eco (TEs) e de tempo de repetição (TR) para reduzir o contraste entre os tecidos moles, produzindo um alto contraste entre o osso e otecido proximal.
Segue aqui um estudo que exemplifica a nossa abordagem: https://link.springer.com/article/10.1007/s00256-020-03659-7
Aquisição: Desta forma, não são necessárias sequências específicas ou mesmo hardware apropriado. A sequência é adaptada de um 3D Gradiente Eco comum, disponível em todos os aparelhos de RM, exigindo alguns ajustes e uma etapa de pós-processamento após a coleta das imagens. 
A sequência precisa ser ajustada para cinco ecos e todos em fase, ou seja, TEs com espaçamento de aproximadamente 4,6 ms a 1,5T ou 2,3 ms a 3,0T.
Reconstrução: Cada eco irá gerar uma imagem e vamos precisar somar todas as imagens (todos os ecos) em uma só imagem (imagem soma). Da imagem soma, teremos que subtrair a imagem do último eco e ter, assim, uma imagem final que ainda precisará ter sua escala de cinza invertida para ficar muito parecida com uma imagem de TC.
Benefícios: O contraste ósseo cortical e trabecular gerado pela FRATURA fornece informações clinicamente relevantes para o diagnóstico e tratamento de um subconjunto de pacientes nos quais pode potencialmente evitar a necessidade de uma tomografia computadorizada pré-operatória, evitando assim uma exposição á raios-x.
Inteligência artificial e Ressonância Magnética:
Outro caso interessante envolve a inteligência artificial em ressonância magnética é o "deep learning", um algoritimo inovador que melhora o sinal ruido e a qualidade da imagem em tempos curtos. Atualmente apenas em sequências 2D e difusão.
Vantagens para o paciente: 
Redução de tempo: Com o uso da IA, os exames de RM são realizados de forma mais rápida, reduzindo o tempo total necessário para a aquisição das imagens. Isso significa menos tempo dentro da máquina. Com exames mais rápidos e com menor tempo dentro do equipamento, há redução do desconforto, da ansiedade e da claustrofobia associados à realização de exames de RM. Os tempos de aquisição mais curtos e a possibilidade de maior conforto durante o procedimento contribuem para uma experiência mais agradável para o cliente. 
Acessibilidade: Este talvez seja o tópico mais importante e ainda subestimado. A aplicação da IA na aceleração dos exames de RM torna os serviços de imagem mais acessíveis. Com redução do tempo de exame, menor desconforto e uma maior eficiência geral, o procedimento se torna mais viável e acessível para um maior número de pacientes. Como exemplo, pacientes que não eram elegíveis ao exame devido à dor, ansiedade ou claustrofobia, agora podem se beneficiar desta tecnologia, graças à redução da tensão física e mental. Temos que levar em conta também, que com tempos semelhantes a outros métodos de imagem axiais como a tomografia, todo o protocolo de exames a serem solicitados no pronto atendimento pode ser revisto e a RM passará a ser mais considerada nas urgências.
Esta inovação promove a igualdade no acesso aos cuidados de saúde e possibilita que mais pessoas se beneficiem das tecnologias avançadas de imagem. 
Redução de artefatos de movimento: Os algoritmos de IA são capazes de reduzir artefatos de movimento nas imagens de RM. Isso resulta em uma menor necessidade de repetição de sequências e, consequentemente, diminui o tempo total do exame. 
Melhora da qualidade da imagem: Com o uso da IA, a qualidade das imagens de RM é aprimorada. Isso torna as lesões mais conspícuas, permitindo uma detecção mais precoce de anormalidades e aumentando a acurácia diagnóstica.
 
Vantagens para o setor de imagem: 
Aumento da produtividade: A IA acelera o processo de aquisição e reconstrução de imagens, aumentando o número de exames que podem ser realizados em um determinado período com a mesma capacidade instalada. Isso resulta em uma maior produtividade para o setor de imagem e reduz o tempo de espera dos pacientes para agendamento. 
Aumento da eficiência do fluxo de trabalho: Com a IA, há otimização do fluxo de trabalho e aumento da taxa de utilização e ocupação do equipamento de RM. 
Alocação inteligente de recursos: O uso da IA na prática de RM reduz a necessidade de equipamentos adicionais, o que resulta em uma melhor alocação de recursos. Além disso, a redução do tempo de exame contribui para a economia de energia. 
Melhora da jornada do paciente dentro da instituição: Com exames mais rápidos e simplificados, a jornada do paciente dentro da instituição se torna mais fluida. Menos atraso, menos conflitos entre exames e uma experiência global aprimorada resultam em uma maior satisfação dos pacientes. 
Melhora da qualidade de imagem: Redução de ruídos e artefatos, correção de distorções e compensação de movimentos do paciente, além da reconstrução de imagens de alta resolução. Essas melhorias resultam em uma visualização mais nítida e precisa das estruturas anatômicas, facilitando a detecção precoce de anormalidades e aumentando a confiabilidade dos diagnósticos. 
Potencial de pesquisa e inovação: A implantação da IA na RM impulsiona a pesquisa e a inovação nessa área. O avanço da IA abre caminho para colaborações, publicações e outras oportunidades de inovações que promovem o campo da imagem médica. 
Em resumo, o uso da IA na prática de um grande serviço de Ressonância Magnética vai além da mera aceleração dos exames. Além de reduzir o tempo total do atendimento, a IA melhora a experiência do paciente e aumenta a acessibilidade aos serviços de imagem. Com essa abordagem inovadora, mais pessoas podem se beneficiar da tecnologia de RM, recebendo diagnósticos mais rápidos e precisos, além de uma experiência mais confortável e acessível.

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