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[Disciplina 9 - Módulo 2] Gestão de Comportamento II - Análise Funcional baseada em tentativas

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CBI of Miami 1 
 
 
 
CBI of Miami 2 
 
 
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CBI of Miami 3 
 
 
Análise Funcional Baseada em Tentativas 
Felipe Lemos 
 
 Alguns comportamentos-problema podem ser difíceis de se avaliar em 
ambiente simulado, ou até mesmo podem ser impossíveis devido à sua 
gravidade, como pode ocorrer em casos de comportamentos autolesivos e 
heterolesivos (Emerson, 2001). No entanto, é essencial que para esses tipos 
de comportamentos algumas medidas sejam tomadas. 
 As avaliações funcionais descritivas e indiretas, as quais avaliam 
hipóteses de comportamento-problema, mas não determinam função (Britto et 
al., 2020), não são recomendadas para comportamentos-problema severos 
(Cooper et al., 2019). De forma geral, recomenda-se que se utilize análise 
funcional experimental que é o padrão ouro quando se fala de comportamento-
problema (Hanley et al., 2003). No entanto, em pesquisa realizada por Oliver et 
al. (2015) e Roscoe et al. (2015) percebeu-se que em média somente 10% dos 
analistas do comportamento participantes realizavam sempre análise 
funcionais. 
 Uma das tecnologias desenvolvidas para se avaliar comportamentos-
problema, sem oferecer várias tentativas de reforço, com tempo reduzido e 
avaliação em ambiente natural foi a Análise Funcional Baseada em Tentativas 
(Trial-Based Functional Analysis) (Ferrari, 2016). O procedimento foi 
primeiramente descrito por Sigafoos e Saggers (1995) que realizaram o 
procedimento em uma sala de aula. O procedimento consistia em uma série de 
sondagens incorporadas às atividades em andamento da sala de aula, que 
foram distribuídas por 5 dias. Cada tentativa consistia em um bloco de 1 minuto 
durante o qual a operação estabelecedora (OE) e contingência para 
comportamento-problema eram apresentadas (teste), seguido por um bloco de 
1 minuto durante o qual o reforçador estava disponível continuamente 
(controle). Os blocos eram encerrados se e quando ocorresse o 
comportamento-problema. Por exemplo, as tarefas eram apresentadas durante 
o primeiro minuto de um teste de demanda e eram encerradas se ocorresse um 
comportamento-problema, ao passo que nenhuma tarefa era apresentada 
CBI of Miami 4 
 
 
durante o segundo minuto. Os resultados mostraram que o comportamento 
problema exibido por dois alunos foi mantido por reforço social-positivo. 
 Bloom et al. (2011) fizeram algumas modificações no procedimento 
testando se seria eficaz para encontra a função do comportamento-problema 
para 10 estudantes em escolas. O procedimento de análise funcional poderia 
ocorrer entre quatro e seis dias. Eram conduzidas entre 8 e 16 tentativas eram 
conduzidas por dia, sendo que eram necessárias 20 tentativas totais por 
condição. As oportunidades para testagens ocorriam em situações naturais ao 
longo do dia. Por exemplo, os testes de atenção e tangível foram conduzidos 
durante os períodos de atividades livre (como recreio ou atividades lúdicas), 
enquanto os testes de demanda foram realizados durante os períodos de 
tarefas escolares. Todos os sujeitos foram expostos a testes de atenção e 
demanda, mas apenas aqueles para os quais havia suspeita de uma função 
tangível foram expostos a testes de tangível. Indivíduos cujo comportamento-
alvo consistia em agressão não foram expostos a tentativas de ignorar 
(condição de teste) (porque a agressão requer a presença de outra pessoa, era 
improvável que fosse mantida por reforço automático). A ordem das aplicações 
foi alterada nesta pesquisa, eles preferiram utilizar um bloco de controle inicial, 
um de teste posterior e ainda acrescentaram um último bloco de controle. Além 
disso o tempo utilizado foi 2 minutos em cada um dos blocos. Assim como no 
estudo Sigafoos e Saggers a primeira ocorrência de um comportamento-
problema encerrava o bloco (exceto durante a condição de ignorar), além de 
um comportamento-problema não gerar delay para início do próximo bloco. E a 
última modificação foi a testagem da condição de ignorar, que visa verificar 
comportamentos mantidos por reforço automático. 
 Esse procedimento tem sido modificado ao longo do tempo, tanto com 
relação ao local de testagem, sendo também utilizado em casa (Gerow et al., 
2020), quanto com relação à duração das testagens podendo variar de 1 a 4 
minutos (Lambert et al., 2012; Schmidt et al., 2013) e também podem ter 
somente dois blocos, sendo o primeiro de controle e o último de teste 
(Kunnavatana et al., 2013). 
 Ruiz e Kubina (2017) realizaram revisão sistemática sobre o impacto 
gerado pelas pesquisas em análise funcional baseada em tentativas em 
CBI of Miami 5 
 
 
comportamentos-problema e no treinamento de profissionais. Eles informam 
que esse tipo de análise funcional se mostra bastante eficaz quando não é 
possível realizar uma análise funcional experimental, auxiliando na redução de 
comportamentos-problema severos. 
 É possível concluir que a Análise Funcional Baseada em Tentativas se 
tornou um recurso valioso ao analista do comportamento nos últimos anos, 
permitindo que ele possa realizar avaliações mais fidedignas em ambientes 
naturais, com menos tempo, e com menor probabilidade de reforçar 
comportamentos-problema severos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CBI of Miami 6 
 
 
Referências Bibliográficas 
BLOOM, S. E., IWA, FRITZ, J. N., ROSCOE, E. M., CARREAU, A. B., IWATA, 
B. A., FRITZ, J. N., ROSCOE, E. M., & CARREAU, A. B. Classroom 
Application of a Trial-Based Functional Analysis. Journal of Applied 
Behavior Analysis, 44(1), 19–31. (2011). https://doi.org/10.1901/jaba.2011.44-
19 
BRITTO, I. A. G. DE S., MARCON, R. M., & OLIVEIRA, I. J. S. Avaliação 
Funcional e a sua Prática em Contextos Aplicados. Revista Brasileira de 
Terapia Comportamental e Cognitiva, 22, 1–14. (2020). 
COOPER, J. O., HERON, T. E., & HEWARD, W. L. Applied Behavior 
Analysis (3a). (2019). 
EMERSON, E. Challenging Behaviour (Second). Cambridge University Press. 
(2001). 
FERRARI, I. P. Treinamento docente para aplicação de Análise Funcional 
Baseada em Tentativas na avaliação de comportamentos inadequados. 
UFSCar. (2016). 
GEROW, S., RADHAKRISHNAN, S., DAVIS, T. N., ZAMBRANO, J., AVERY, 
S., COSOTTILE, D. W., & EXLINE, E. Parent-implemented brief functional 
analysis and treatment with coaching via telehealth. Journal of Applied 
Behavior Analysis, 9999(9999), 1–16. (2020). https://doi.org/10.1002/jaba.801 
HANLEY, G. P., IWATA, B. A., & MCCORD, B. E. Functional analysis of 
problem behavior: a review. Journal of Applied Behavior Analysis, 36(2), 147–
185.(2003).https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1284431/pdf/128589
83.pdf 
KUNNAVATANA, S. S., BLOOM, S. E., SAMAHA, A. L., KRAFT, B. L., 
DAYTON, E., & HARRIS, S. K. Using a Modified Pyramidal Training Model 
to Teach Special Education Teachers to Conduct Trial-Based Functional 
Analyses. Teacher Education and Special Education, 36(4), 267–285. (2013). 
https://doi.org/10.1177/0888406413500152 
LAMBERT, J. M., BLOOM, S. E., & IRVIN, J. Trial-Based Functional Analysis 
and FunctionalCommunication Training in an Early Childhood Setting. 
Journal of Applied Behavior Analysis, 45(3), 579–584. (2012). 
OLIVER, A. C., PRATT, L. A., & NORMAND, M. P. A survey of functional 
behavior assessment methods used by behavior analystis in practive. 
Journal of Applied Behavior Analysis, 4(4), 817–829. (2015). 
https://doi.org/10.1002/jaba.256 
ROSCOE, E. M., SCHLICHENMEYER, K. J., & DUBE, W. V. Functional 
Analysis of Problem Behavior: A Systematic Approach for Identifying 
Idiosyncratic Variables HHS Public Access. J Appl Behav Anal, 48(2), 289–314. 
(2015). https://doi.org/10.1002/jaba.201 
CBI of Miami 7 
 
 
RUIZ, S., & KUBINA JR., R. M. Impact of trial-based functional analysis on 
challenging behavior and training: A review of the literature. Behavior 
Analysis: Research and Practice, 17(4), 347–356. (2017). 
https://doi.org/10.1037/bar0000079 
SCHMIDT, J. D., DRASGOW, E., HALLE, J. W., MARTIN, C. A., & BLISS, S. A. 
Discrete-Trial Functional Analysis and Functional Communication 
Training With Three Individuals With Autism and Severe Problem 
Behavior: Http://Dx.Doi.Org/10.1177/1098300712470519, 16(1), 44–55. 
(2013). https://doi.org/10.1177/1098300712470519 
SIGAFOOS, J., & SAGGERS, E. A Discrete-trial approach to the functional 
analysis of aggressive behaviour in two boys with autism. Australia and 
New Zealand Journal of Developmental Disabilities, 20(4), 287–297. (1995). 
https://doi.org/10.1080/07263869500035621

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