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Aula 4 - A dinâmica das regiões metropolitanas no Brasil


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1
CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
CURSO: GEOGRAFIA______ DISCIPLINA: GEOGRAFIA URBANA DO BRASIL 
 
CONTEUDISTA: Marcelo Werner da Silva 
 
 
Aula 4 – A DINÂMICA DAS REGIÕES METROPOLITANAS NO BRASIL 
 
Meta 
 
As regiões metropolitanas são, atualmente, a forma mais comum que assume a 
urbanização brasileira, a metropolização do espaço. Veremos como essas regiões 
funcionam, em termos de legislação, articulação e funcionamento efetivo, usando 
alguns exemplos concretos para análise. 
 
 
Objetivos 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
1. Entender que existe um processo de metropolização do espaço brasileiro; 
2. Entender a dinâmica de formação de regiões metropolitanas pelos Estados; 
3. Entender a dinâmica de funcionamento de uma região metropolitana, no caso a 
Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 
 
 
 
 2
Introdução 
 
Nessa aula vamos entender um pouco mais sobre as regiões metropolitanas 
brasileiras. Além de uma discussão acadêmica sobre a metropolização do espaço, 
sobre o significado da expansão cada vez maior da vida urbana e de seus valores 
e significados, temos também uma discussão técnica, sobre como detalhar e 
delimitar as regiões metropolitanas. No caso das regiões metropolitanas 
brasileiras elas também são um meio de facilitar a administração do Estado, sendo 
portanto uma instância de organização do Estado. Soma-se a isso que após a 
Constituição de 1988, a formação de regiões metropolitanas passou a ser dos 
Estados e não mais do Governo Federal. Assim houve um descolamento da 
formação de regiões metropolitanas de critérios técnicos em prol de critérios 
eminentemente políticos. Essas questões são aqui abordadas, além do 
detalhamento de uma grande região metropolitana. 
Do exposto até agora podemos distinguir as escalas de análise possíveis para as 
regiões metropolitanas do país: 
1) A que diz respeito à dinâmica urbana nacional, à rede urbana brasileira 
como um todo; 
2) Aquela relacionada à escala estadual, tal qual definido pela Constituição, 
em que os critérios dizem respeito às realidades estaduais e também à 
dinâmica política desses estados. 
3) E a escala de análise de cada região metropolitana. 
 
A escala nacional será desenvolvida na aula 5, que trata da Rede Urbana 
Brasileira. Em relação à escala estadual, abordaremos a formação de regiões 
metropolitanas nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Já na escala 
metropolitana analisaremos o caso concreto da Região Metropolitana do Rio de 
Janeiro (RMRJ). 
 
 
 3
1. A METROPOLIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO 
 
Já falamos na aula anterior sobre o grande crescimento das cidades brasileiras. O 
Brasil já conta com 85% de população urbana. Essa situação parece ilustrar a 
hipótese da “urbanização completa da sociedade”, defendida por Henri Lefebvre 
no livro “A revolução urbana”. Nela o autor traça uma reta, com 0% de 
urbanização em uma ponta e estaríamos muito próximos da outra ponta, a de 
100% de urbanização (LEFEBVRE, 1999, p. 15-20). 
 
É uma ideia teórica, mas que já vemos acontecer, pois além das cidades hoje 
serem predominantes, temos também a urbanização do próprio campo. Os ritmos 
acelerados, antes exclusivos das cidades, invadem o campo, com a lógica do 
dinheiro comandando todas as ações. Nas palavras de Lencioni (2014, p. 1-2, 
grifo nosso), estamos diante de “uma nova fase da urbanização, uma etapa 
superior, um período pós urbanização. Estamos sob o domínio da 
metropolização do espaço”. Para Soares (2014, p. 3), a metropolização do 
espaço “...também é um processo de diferenciação espacial e pode ser um 
instrumento de política territorial. Significa concentração de população, de 
atividades econômicas, de atividades de gestão, equipamentos culturais”. 
 
Para esse autor a metropolização pode ser analisada sob três aspectos: como 
difusora regional da dinâmica metropolitana; visto como um processo de 
concentração de condições para a acumulação de capital, difundindo a dinâmica 
metropolitana para territórios contíguos; como mobilização de agentes políticos, 
econômicos e sociais regionais; em que tais regiões metropolitanas se constituem 
politicamente, em que alguns autores chamam de um “novo regionalismo” e 
finalmente em uma terceira abordagem a veem como como conexão dos espaços 
urbanos aos circuitos hegemônicos da economia globalizada, relacionando 
modelos territorializados de desenvolvimento com o processo de metropolização, 
 4
analisando como os sistemas produtivos regionalizados constituem aglomerações 
urbanas (SOARES, 2014, p. 3). 
 
Pode servir como um instrumento de desenvolvimento territorial definindo "funções 
públicas de uso comum", como transporte coletivo, destinação de resíduos 
sólidos, saneamento básico e, em alguns casos, política urbana e habitacional. 
Como ferramenta política a metropolização pode inclusive "forjar a região 
metropolitana", fazendo com que atores sociais, econômicos e políticos que agiam 
de forma descoordenada passem a utilizar a nova escala territorial da “região 
metropolitana” (SOARES, 2014, p. 3-4). 
 
“Portanto, é importante distinguir a metropolização (o fato, o processo), a 
metrópole (a forma socioespacial) e a região metropolitana (a ferramenta, o 
instrumento) definida a partir de uma decisão institucional (federal ou estadual), 
em teoria baseada em estudos e critérios técnicocientíficos bem definidos” 
(SOARES, 2014, p. 4) 
 
Se em uma abordagem mais tradicional para a delimitação da região 
metropolitana era importante a conurbação e a vinculação à uma “cidade 
milionária”, hoje a ênfase está nas funções urbanas e nas relações estabelecidas 
com o entorno da metrópole, como deslocamentos para trabalho, negócios, estudo 
e serviços, relações entre empresas, etc. (SOARES, 2014, p. 4). 
 
Como a delimitação oficial é um dado a ser considerado, é necessário distinguir 
ente um “espaço metropolitano” e a “região metropolitana” delimitada por lei 
estadual ou federal. Ao contrário da região metropolitana o espaço metropolitano 
considera as relações entre as cidades, mas não se prende à delimitação oficial. 
 
 
 
 5
Questão 1 (atende ao objetivo 1) 
 
Relacionar a metropolização, metrópole e região metropolitana. 
 
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
Resposta comentada 
 
A metropolização é um processo espacial, de acumulação de população e funções 
em áreas urbanas, geralmente em metrópoles. Já a metrópole é um tipo de forma 
espacial (ou socioespacial) característica, que se diferencia de pequenas e médias 
cidades, que também são formas espaciais. Já a região metropolitana é uma 
ferramenta ou instrumento institucional de gestão utilizado pelos Estados e pelo 
Governo Federal, para melhor gerenciar esses espaços que não se encerram nos 
limites de um só município. 
 
Fim da resposta comentada 
 
Questão 2 (atende ao objetivo 1) 
 
Diferenciar região metropolitana e espaço metropolitano. 
 
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
 6
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
Resposta comentada 
 
As regiões metropolitanas são criadas por Estados e também pelo Governo 
Federal como um mecanismo de gestão dessas áreas. Já o espaço metropolitano 
considera as relaçõesentre as cidades, não se prendendo às delimitações oficiais. 
 
Fim da resposta comentada 
 
 
1.2 A escala metropolitana estadual 
 
Como já visto em aulas anteriores a delimitação das regiões metropolitanas foi 
alterada na Constituição de 1988, passando a ser prerrogativa dos Estados a 
criação e delimitação de regiões metropolitanas. Como visto na aula 3, houve uma 
proliferação das mesmas, chegando à casa de 72 regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e RIDEs segundo o levantamento do IBGE de junho de 
2014. 
 
Essa enorme expansão, acaba colocando em cheque o que era entendido como 
região metropolitana. Essa criação de regiões metropolitanas, propiciada pelo 
texto constitucional, mas em confronto com as considerações acadêmicas, levou à 
dissociação entre o processo de metropolização e o de criação das regiões 
metropolitanas (FIRKOVSKI, 2012, p. 21). 
 
Essa expansão nos remete à dimensão legal, com as regiões metropolitanas 
passando a ser instâncias de organização dos estados, entrando, portanto, em 
conflito com o enfoque teórico-conceitual, que leva em consideração o conceito de 
 7
metrópole. Já no senso comum há certa confusão entre metrópole e região 
metropolitana. 
 
Portanto criam-se regiões metropolitanas que não se referem a metrópoles (a 
partir da definição acadêmica), mas a verdadeiras cidades médias. Cria-se uma 
tensão entre uma definição acadêmica e outra que leva em conta critérios 
políticos. 
 
Como exemplo podemos citar a determinação das regiões metropolitanas do 
Estado do Paraná. As regiões metropolitanas de Londrina e Maringá foram criadas 
em 1998. Em 2010 Londrina tinha 506.645 habitantes, sendo 493.457 em áreas 
urbanas. Já Maringá tinha, no mesmo ano, 357.117 habitantes, sendo 349.120 em 
áreas urbanas (FIRKOWSKI, 2012). Portanto percebe-se que essas cidades não 
se enquadram na definição de metrópole, estando melhor enquadradas como 
cidades médias. 
 
Posteriormente foi criada a região metropolitana de Umuarama (população de 
100.676 habitantes em 2010) e, agora em janeiro de 2015 as de Cascavel, com 
população de 286.205 habitantes, Toledo com 119.313 habitantes, Apucarana 
com 120.919 habitantes e Campo Mourão, com 87.194 habitantes (todos os dados 
de 2010). 
 
Já Soares (2014) analisa a determinação de regiões metropolitanas e 
aglomerações urbanas no Rio Grande do Sul. No caso desse estado, houve uma 
preocupação em diferenciar Regiões Metropolitanas de Aglomerações Urbanas. 
 
Na tabela 4.1 temos as regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do Rio 
Grande do Sul. Vemos que o estado tem duas regiões metropolitanas: a Região 
Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e a Região Metropolitana da Serra Gaúcha 
(RMSG), que gravita em torno da cidade de Caxias do Sul. As outras duas são 
 8
aglomerações urbanas. A Aglomeração Urbana do Sul (AUSUL) “...é um conjunto 
urbano com a presença de dois núcleos polarizadores, Pelotas (341 mil 
habitantes) e Rio Grande (206 mil habitantes), distantes 50 quilômetros, com 
fortes ligações históricas, mas que não constituem conurbação” (SOARES, 2014). 
Por último a Aglomeração Urbana do Litoral Norte (AULN), no eixo litorâneo de 
Torres à Palmares do Sul, passando por Osório. 
 
Tabela 4.1 - Rio Grande do Sul: regiões metropolitanas e aglomerações 
urbanas 
RM ou 
Aglomeração 
Municípios População 
(total) 
Participação 
(%) 
PIB 
(total) 
Participa- 
ção (%) 
PIB 
Per 
Capita 
RMPA 32 3.960 37,03 110.776 43,77 27.973 
RMSG 12 744 6,96 23.654 9,37 31.793 
AUSUL 5 578 5,41 12.973 5,14 22.444 
AULN 20 284 2,66 3.866 1,37 13.613 
RS 496 10.694 100 252.482 100 23.610 
Fonte: SOARES, 2014, p. 9, com dados de IBGE e FEE/RS. 
Obs.: População (1.000 habitantes), PIB (R$ milhões). PIB Per Capita (R$). 
 
Existem outras classificações baseadas em critérios técnicos, mas que não são 
institucionalizados como as Aglomerações Descontínuas e Eixos Articulados, 
tidas, juntamente com as regiões metropolitanas e aglomerações urbanas como 
“regiões aglomerativas” (FERREIRA et. al., 2013). 
 
A postura do Rio Grande do Sul em diferenciar regiões metropolitanas de 
aglomerações urbanas com o tempo foi sendo vista como prejudicial aos 
interesses do Estado, por prejudicar as Aglomerações Urbanas na habitação de 
financiamentos de programas específicos do governo federal (SOARES, 2014). 
 
Ao contrário do Rio Grande do Sul, outros estados têm optado por criar 
unicamente regiões metropolitanas, como o exemplo visto do Paraná. Já Santa 
Catarina, outro estado da região sul conta com dez regiões metropolitanas, 
 9
abrangendo 143 municípios do estado, que contam com características 
semelhantes às aglomerações urbanas do RS (SOARES, 2014). 
Para esse autor apesar de discordar teoricamente em denominar de 
“metropolitanas” esses espaços urbano-industriais, compreende-se as razões dos 
atores políticos regionais para a mudança de denominação. Motivações essas 
ligadas, por exemplo, a existências de linhas de crédito especiais para as áreas 
metropolitanas. 
 
Portanto como visto nesses dois casos, que pode-se estender a outras unidades 
da federação, há outras motivações para a determinação de regiões 
metropolitanas, ao invés de aglomerações urbanas, motivações ligadas a uma 
busca de diferenciação dentre de uma guerra de classificações: 
 
Porém, no dia em que todo ou a maior parte do território nacional for 
classificado como "metropolitano", esta categoria perderá a razão de ser 
e os grupos (ou regiões) de maior poder colocarão em campo o seu 
capital econômico, político, intelectual e cultural em favor de uma nova 
divisão, de uma nova forma de distinção (SOARES, 2014). 
 
 
Questão 3 (atende ao objetivo 2) 
 
Por que alguns estados criam regiões metropolitanas que no máximo poderiam 
ser designadas como aglomerações urbanas? 
 
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
Resposta comentada 
 
 10
Porque há uma tensão entre os critérios técnicos para a delimitação de regiões 
metropolitanas e os critérios políticos adotados por vários estados. Isso porque há 
vantagens em criar regiões metropolitanas, pois assim essas regiões se habilitam 
a linhas de crédito, do governo federal, específicos para regiões metropolitanas. 
 
Fim da resposta comentada 
 
 
2. AS GRANDES REGIÕES METROPOLITANAS: O CASO DA REGIÃO 
METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO 
 
Cumpre assinalar que de acordo com a classificação do IBGE que detalharemos 
na próxima aula, o país conta com duas metrópoles nacionais, ou seja, cuja 
influência atinge o país com um todo. Devido a impossibilidade de analisar as 
duas detalhadamente, vamos nos concentrar no estudo da Região Metropolitana 
do Rio de Janeiro, mais próxima de nossa realidade. 
 
A região metropolitana do Rio de Janeiro não esteve na criação original das 
regiões metropolitanas do Brasil, implantadas pela Lei Complementar nº 14 de 
1973. Isso porque como o Rio de Janeiro foi a capital da república até 1960, ao 
ser transferida a capital para Brasília, foi criado o Estado da Guanabara, no que 
era o antigo Distrito Federal. Essa situação se manteve até a fusão dos dois 
estados, em 1974, através da Lei Complementar n. 20, que também criou a 
Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 
 
Em sua criação a Região Metropolitana do Rio de Janeiro era composta pelos 
seguintes municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Itaboraí, Itaguaí, 
Magé, Maricá, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, São Gonçalo, São 
João do Meriti e Mangaratiba. Atualmente os municípios são estes: Rio de Janeiro, 
Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, 
Highlight
 11
Mesquita,Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, 
São João de Meriti, Seropédica, Tanguá, Itaguaí, Rio Bonito e Cachoeiras de 
Macacu. Abaixo o mapa com a configuração atual da RM do Rio de Janeiro, 
conforme podemos visualizar na figura 4.1. 
 
Comparadas as duas situações vemos algumas mudanças. Dos novos municípios, 
alguns foram emancipados: Tanguá (de Itaboraí), Seropédica (de Itaguaí), Magé 
(de Guapimirim) e Japeri, Queimados, Belford Roxo e Mesquita (de Nova Iguaçu). 
Alguns se auto excluíram, como Itaguaí, Mangaratiba, Maricá e Petrópolis, 
segundo o Observatório das Metrópoles (2015) isso porque “Além das possíveis 
vantagens para a captação de investimentos no setor de turismo, se afastar da 
identificação de “município periférico” pode ter sido um critério relevante na 
estratégia territorial desses municípios, no sentido de uma mudança de status” 
 
 
Figura 4.1 – Região Metropolitana do Rio de Janeiro, 2014. 
Fonte: CEPERJ. 
Original em: http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info_territorios/RMRJ2013.pdf 
 12
 
Apesar de terem saído em 2002, Itaguaí e Marica acabaram retornando, por suas 
obvias relações com a região metropolitana. Essas relações também existem com 
Mangaratiba, que apesar de continuar fora da região metropolitana, tem sido 
incluído em estudos como o Plano Diretor de Transporte Urbano da RMRJ. 
 
Dos demais, Guapimirim foi desmembrado de Magé, em 1990, e Rio Bonito e 
Cachoeiras de Macacu foram integrados em 2013, para facilitar a participação na 
Área de Influência Direta (AID) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro 
(COMPERJ), em Itaboraí. 
 
Tabela 4.2 – Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Municípios 
e População Urbana e Rural(2010) 
População Residente Percentual 
 
TOTAL URBANA RURAL 
Pop. 
Urbana 
Belford Roxo 469 332 469 332 - 100,00 
Duque de Caxias 855 048 852 138 2 910 99,66 
Guapimirim 51 483 49 746 1 737 96,63 
Itaboraí 218 008 215 412 2 596 98,81 
Itaguaí 109 091 104 209 4 882 95,52 
Japeri 95 492 95 492 - 100,00 
Magé 227 322 215 236 12 086 94,68 
Maricá 127 461 125 491 1 970 98,45 
Mesquita 168 376 168 376 - 100,00 
Nilópolis 157 425 157 425 - 100,00 
Niterói 487 562 487 562 - 100,00 
Nova Iguaçu 796 257 787 563 8 694 98,91 
Paracambi 47 124 41 722 5 402 88,54 
Queimados 137 962 137 962 - 100,00 
Rio de Janeiro 6 320 446 6 320 446 - 100,00 
São Gonçalo 999 728 998 999 729 99,93 
São João de Meriti 458 673 458 673 - 100,00 
Seropédica 78 186 64 285 13 901 82,22 
Tanguá 30 732 27 428 3 304 89,25 
Rio Bonito 55 551 41 259 14 292 74,27 
Cachoeiras de Macacu 54 273 46 944 7 329 86,50 
RMRJ 11 945 532 11 865 700 79 832 99,33 
ESTADO DO RJ 15 989 929 15 464 239 525 690 96,71 
Fonte: Censo do IBGE, 2010. 
 13
 
Na tabela 4.2 vemos que a população da região metropolitana do Rio de Janeiro 
correspondia a 74,71% da população do Estado, o que é um percentual bastante 
expressivo. Em relação à região metropolitana são 52,91% os habitantes que 
vivem na cidade do Rio de Janeiro. 
 
Em relação à população urbana há uma grande concentração. Vários municípios 
têm 100% de população urbana e na RMRJ são 99,33% de população urbana. 
Mesmo no estado do Rio de Janeiro como um todo são 96,71% de população 
urbana. Assim, ganha sentido a afirmação de Pero e Mihessen (2012) de que a 
RMRJ tem como característica a de pertencer ao estado mais metropolitano da 
federação. 
 
Na tabela 4.3 temos os dados econômicos da região metropolitana, 
comparativamente ao Estado como um todo. Vemos a expressividade da 
concentração econômica na região metropolitana, já vista em termos de 
população. 
 
Tabela 4.3 - Valor adicionado bruto por atividade econômica, Produto Interno 
Bruto e Impostos sobre produtos, Estado do Rio de Janeiro e Região 
Metropolitana - 2011 
Regiões de Governo e 
municípios 
Valor (1000 R$) 
Valor adicionado bruto Impostos 
sobre 
produtos 
PIB a preços 
de mercado Total Agropecuária Indústria Serviços (1) 
Administração 
Pública 
Estado 395 073 169 1 718 349 120 061 193 273 293 626 71 599 015 67 303 040 462 376 208 
 Rio de Janeiro 163 778 890 60 598 23 578 494 140 139 798 28 598 739 45 597 518 209 376 409 
 Belford Roxo 4 587 023 1 864 1 021 672 3 563 487 1 868 235 336 687 4 923 710 
 Duque de Caxias 23 428 587 7 866 7 615 678 15 805 043 3 841 718 3 194 509 26 623 097 
 Guapimirim 477 153 5 558 74 703 396 892 217 226 34 820 511 973 
 Itaboraí 2 414 232 7 679 428 337 1 978 216 912 174 202 790 2 617 022 
 Itaguaí 2 273 188 16 792 358 532 1 897 864 557 914 1 533 770 3 806 958 
 Japeri 916 357 2 298 98 628 815 431 392 727 61 671 978 029 
 Magé 2 211 850 23 122 295 417 1 893 311 959 778 119 348 2 331 198 
 Maricá 2 610 898 4 498 1 385 540 1 220 861 566 358 70 425 2 681 324 
 14
 Mesquita 1 510 357 215 184 191 1 325 952 639 905 91 780 1 602 137 
 Nilópolis 1 713 298 - 202 401 1 510 898 636 889 99 604 1 812 902 
 Niterói 12 662 418 14 821 2 728 666 9 918 931 2 341 639 1 904 298 14 566 715 
 Nova Iguaçu 9 272 581 7 383 1 313 048 7 952 151 3 173 230 971 594 10 244 175 
 Paracambi 502 755 2 388 64 434 435 933 206 465 26 839 529 594 
 Queimados 1 705 340 1 352 530 375 1 173 613 567 882 174 237 1 879 577 
 São Gonçalo 10 807 789 26 568 1 636 972 9 144 250 3 837 549 770 399 11 578 188 
 São João de Meriti 5 342 285 877 556 890 4 784 518 1 805 756 496 552 5 838 837 
 Seropédica 863 788 10 462 217 944 635 382 336 793 75 165 938 953 
 Tanguá 316 976 2 669 52 304 262 004 139 311 20 712 337 688 
Região Metropolitana 
em 2011 247 395 766 197 008 42 344 224 204 854 534 51 600 287 55 782 719 303 178 485 
 Rio Bonito 786 466 5 330 134 910 646 226 250 029 78 277 864 744 
 Cachoeiras de 
Macacu 780 938 19 842 191 939 569 157 248 867 98 711 879 649 
Região Metropolitana 
com os municípios 
incluídos em 2013 248 963 170 222 180 42 671 073 206 069 918 52 099 183 55 959 707 304 922 878 
Fonte: Adaptado de CEPERJ, 2012. 
 
Nela vemos que do total das atividades econômicas, 63,02% concentram-se na 
região metropolitana. Dos serviços, 75,4% estão na região metropolitana, assim 
como 72,77% da administração pública. Em relação à indústria já se observa uma 
melhor distribuição com a maior parte estando no interior do estado e apenas 
35,54% na região metropolitana. Obviamente a agropecuária encontra-se 
concentrada no interior do estado, com apenas 12,93% na região metropolitana, 
área intensamente urbanizada. Para finalizar vemos que do PIB a preços de 
mercado, 65,95% encontra-se na região metropolitana. Já quanto aos impostos 
arrecadados, 72,77% provem da região metropolitana. 
 
Estes dados são significativos quando vemos que a área total da região 
metropolitana é de 6 736,4 km2, ou seja, somente 15,39% da área total do Estado, 
que é de 43.766,6 km2. 
 
2.1 A gestão metropolitana 
 
Como já vimos a região metropolitana é um mecanismo institucional par enfrentar 
os desafios comuns dos municípios que a compõem. Esses problemas comuns 
 15
geralmente são chamados de Funções Públicas de Interesse Comum – FPIC. 
Essa gestão apresentou altos e baixos na região metropolitana do Rio de Janeiro, 
com a criação de órgãos que depois foram extintos. 
 
Em 2011 foi criado, pelo Governo do Estado, o Comitê Executivo de Estratégias 
Metropolitanas (Comitê Metropolitano), para integrar esforços relativos à gestão da 
região metropolitana. Esse órgão agrupou em cinco grandes grupos as FPIC:1º) Territoriais: planejamento regional e ordenamento do território, englobando o 
uso do solo metropolitano, mobilidade, transporte, habitação, saneamento 
ambiental, macro e mesodrenagem e resíduos sólidos, produção e distribuição de 
gás canalizado; 
2º) Ambientais: uso sustentável dos recursos naturais e dos recursos hídricos; 
combate à poluição e gerenciamento de riscos; 
3º) Econômicas: planejamento integrado do desenvolvimento econômico e social, 
economia e finanças, emprego e renda, logística e infraestrutura 
4º) Sociais: política de atendimento social; atendimento regional à saúde 
(extrapolando portanto o município) e segurança pública; 
5º) Institucionais: cartografia; Sistema de Informações Geográficas; e assistência 
técnica aos municípios. 
 
Como se pode perceber, são várias as atribuições e tentativas de resolução para 
os problemas comuns dos municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, 
da mesma forma que em outras regiões metropolitanas do país. 
 
Especial atenção tem sido dada, nas reuniões do Comitê Metropolitano, aos 
grandes empreendimentos em implantação na RMRJ, como o Arco Metropolitano, 
o COMPERJ, o Complexo Siderúrgico-Portuário da CSA e os grandes eventos 
como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, por dinamizarem o 
espaço metropolitano e envolverem a RMRJ como um todo (IPEAa, 2013, p. 29). 
 
 16
Na figura 4.2 está representado o Arco Metropolitano, que quando totalmente 
concluído desviará muito do tráfego que hoje circula pelo interior das cidades da 
RMRJ e ligará o COMPERJ, que está sendo construído em Itaboraí (início do 
segmento A) e o porto de Itaguaí, onde está localizada o Complexo Siderúrgico-
Portuário da CSA (final do segmento B). 
 
Figura 4.2 - Arco Metropolitano do Rio de Janeiro 
Fonte: RIO DE JANEIRO, 2007, p. 6. 
Original em: http://www.dnit.gov.br/meio-ambiente/acoes-e-
atividades/estudos-ambientais/br-493-rj/br-493-rj.pdf 
 
O Comitê Metropolitano funciona conjuntamente com outras instituições que 
também tem abrangência metropolitana, como o Fórum COMPERJ, responsável 
pela discussão específica do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, que está 
sendo construído pela Petrobrás em Itaboraí, a Agência Metropolitana de 
Transportes Urbanos do Estado do Rio de Janeiro – AMTU e os Comitês de 
Bacias Hidrográficas. 
 
 17
Gostaria de convida-los a refletir sobre a complexidade das dinâmicas envolvidas 
nas discussões sobre a RMRJ. Há muita diluição de iniciativas, concentradas, 
muitas vezes, nas secretarias estaduais, sem a necessária articulação entre elas e 
nem com as gestões municipais. Para exemplificar, citamos abaixo a composição 
da AMTU: 
 
1. Governo do Estado do Rio de Janeiro (o Governador é Presidente de honra e 
o Secretário de Estado de Transportes é o Presidente da AMTU) 
2. Representante da Fundação DER/RJ (Departamento de Estradas de 
Rodagem do Rio de Janeiro) 
3. Representante do DETRO/RJ (Departamento de Transportes Rodoviários do 
Estado do Rio de Janeiro) 
4. Representante da CENTRAL (Companhia Estadual de Engenharia de 
Transporte e Logística) 
5. Representante da RIOTRILHOS (Companhia de Transportes sobre Trilhos 
do Estado do Rio de Janeiro) 
6. Representantes dos 21 municípios da RMRJ (IPEA, 2013a, p. 42). 
 
Esses dados colocados não encerram o assunto, muito pelo contrário. São um 
convite para que, sabendo da complexidade do assunto, busquem por mais dados 
nos documentos aqui citado e em outros disponíveis pela internet. 
 
 
2.2 Alguns dados sobre a Dinâmica da Região Metropolitana do Rio de 
Janeiro 
 
Para entendermos o funcionamento da RMRJ, destacaremos alguns elementos de 
sua dinâmica territorial. É necessário destacar que não esgotaremos nos limites 
desta aula toda a complexidade da RMRJ. Mas os elementos escolhidos aportam 
caminhos para a sua compreensão. 
 18
2.2.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal da RMRJ 
 
Para analisarmos questões sociais relacionadas à educação, renda e 
características da população utilizaremos o Índice de Desenvolvimento Humano 
Municipal (IDHM), que tem sido utilizado para medir o “progresso” social ou 
qualidade de vida. Iniciou sendo calculado para os países (IDH) e mais 
recentemente tem sido utilizado também para os municípios. Os fatores que 
considera são Educação, Longevidade (Esperança de Vida ao Nascer) e Renda. 
Com isso podemos traçar um painel amplo das condições de vida da população. 
 
É realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pela Fundação João 
Pinheiro (FJP). Encontra-se disponível em um site (http://www.atlasbrasil.org.br/), 
onde encontram-se disponíveis as informações para todos os municípios 
brasileiros, bem como para as 20 principais regiões metropolitanas. Na figura 4.3 
aparece a metodologia de cálculo do IDHM. 
 
 
Figura 4.3 – Como é calculado o IDHM 
 19
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. 
Original em: 
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/publicacao_atlas_municipal.pdf 
 
Desta maneira e com os dados apresentados na tabela 4.4, foi calculado um 
IDHM para a RMRJ de 0,771 em 2010, sendo que era de 0,686 em 2000. Esse 
índice coloca a RMRJ na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 
0,700 e 0,799). Os demais dados que compõe o IDHM da RMRJ serão 
detalhados, tópico por tópico, para um melhor entendimento de sua composição e 
da situação social da região metropolitana. 
 
Tabela 4.4 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus 
componentes - RMRJ 
IDHM e componentes 2000 2010 
IDHM Educação 0,548 0,686 
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 54,53 67,33 
% de 5 a 6 anos frequentando a escola 80,01 93,01 
% de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino 
fundamental 62,44 84,01 
% de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 46,42 56,64 
% de 18 a 20 anos com ensino médio completo 30,70 43,53 
IDHM Longevidade 0,775 0,839 
Esperança de vida ao nascer (em anos) 71,51 75,31 
IDHM Renda 0,759 0,796 
Renda per capita (em R$) 900,81 1.130,75 
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras 
 
 
2.2.1.1 Estrutura etária 
 
Os dados utilizados para avaliar a estrutura etária aparecem na tabela 4.5. Para 
tanto é calculado a razão de dependência, que é o percentual da população de 
 20
menos de 15 anos ou mais de 65 anos (população dependente) em relação à 
população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa) Entre 2000 e 2010, a 
razão de dependência na RMRJ passou de 47,79% para 42,85% e a taxa de 
envelhecimento, de 7,64% para 9,12%. No Brasil como um todo, a razão de 
dependência passou de 54,94% em 2000 para 45,92% em 2010; enquanto a taxa 
de envelhecimento passou de 5,83% para 7,36%, respectivamente. A taxa de 
envelhecimento representa a razão entre a população de 65 anos ou mais de 
idade em relação à população total, indicando, portanto, um envelhecimento da 
população (ATLAS..., 2013). 
 
Tabela 4.5 - Estrutura Etária da População - RMRJ 
Estrutura Etária 
População 
(2000) 
% do Total 
(2000) 
População 
(2010) 
% do Total 
(2010) 
Menos de 15 anos 24,70 2.493.971 20,88 
15 a 64 anos 7.418.809 67,66 8.362.823 70,01 
65 anos ou mais 837.457 7,64 1.089.182 9,12 
Razão de dependência 47,79 - 42,85 - 
Índice de 
envelhecimento 
7,64 - 9,12 - 
Fonte: ATLAS..., 2013. 
 
 
2.2.1.2 Longevidade, mortalidade e fecundidade 
 
Na tabela 4.6 vemos os dados de longevidade, mortalidade e fecundidade na 
RMRJ. Vemos uma diminuição na mortalidade infantil até um ano de idade, de 
23,7 por mil nascidos vivos para 13,7 por mil nascidos vivos. Para efeito de 
comparação no país como um todo, essa taxa caiu de 30,6 por mil nascidos vivos 
para 16,7 por mil nascidos vivos. Essas taxas fazem o país cumprir uma das 
metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas,que é 
 21
diminuir a mortalidade infantil para índices inferiores a 17,9 óbitos por mil em 2015 
(ATLAS..., 2013). 
 
Tabela 4.6 - Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - RMRJ 
 2000 2010 
Esperança de vida ao nascer (em anos) 71,5 75,3 
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 23,7 13,7 
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 27,7 16,0 
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,0 1,7 
Fonte: ATLAS..., 2013. 
 
Já a esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão 
Longevidade do IDHM. Na RM, a esperança de vida ao nascer passou de 71,5 
anos (2000), para 75,3 anos (2010). No Brasil, a esperança de vida ao nascer em 
2010 foi de 73,9 anos (ATLAS..., 2013). 
 
2.2.1.3 Educação 
 
Em relação à educação, o IDHM considera a proporção de crianças e jovens 
frequentando ou tendo completado determinados ciclos Na RMRJ, 93,01% das 
crianças de 5 a 6 anos estavam na escola, em 2010. Já na faixa de 11 a 13 anos a 
proporção de crianças frequentando a escola é de 84,01% (2010). Já a proporção 
de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 56,64%; e a 
proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 43,53% 
(dados de 2010). Esses últimos dados apresentaram melhoras em relação a 2000, 
mas demonstram que ainda há um longo caminho a percorrera para a inclusão de 
todos os jovens na escola (ATLAS..., 2013). 
 
 22
Dados de 2010 também mostram que 81,99% da população de 6 a 17 anos da 
RMRJ cursavam o ensino básico regular com até dois anos de defasagem para a 
série ideal de acordo com a idade. Em 2000 eram 77,80% (ATLAS..., 2013). 
 
Em relação aos jovens adultos entre 18 e 24 anos, 16,15% cursavam o ensino 
superior em 2010, representando um aumento em relação a 2000, que eram 
apenas 11,04% (ATLAS..., 2013). 
 
Outro indicador utilizado para o IDHM é a Expectativa de Anos de Estudo, que 
indica o número de anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no 
ano de referência deverá cursar ao completar 18 anos de idade. Entre 2000 e 
2010, a expectativa de anos de estudo passou de 9,11 anos para 9,56 anos na 
RMRJ, enquanto no Brasil esse índice passou de 8,76 anos para 9,54 anos 
(ATLAS..., 2013). 
 
Também compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da população 
adulta, o percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino fundamental 
completo. Esse índice passou de 54,53% em 2000 para 67,33% em 2010. No 
Brasil esse índice passou de 39,76% (2000) para 54,92% (2010) (ATLAS..., 2013). 
 
Já quanto à população de 25 anos ou mais de idade, “...4,22% eram analfabetos, 
65,05% tinham o ensino fundamental completo, 47,03% possuíam o ensino médio 
completo e 15,60%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são, 
respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%” (ATLAS..., 2013). 
 
 
2.2.1.4 Trabalho e Renda 
 
Na tabela 4.7 vemos que a renda per capita média da RMRJ cresceu 25,53% 
entre 2000 e 2010, passando de R$ 900,81 para R$ 1.130,75. “A taxa média anual 
 23
de crescimento foi de 2,30%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, 
ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto 
de 2010), passou de 12,42%, em 2000, para 6,76%, em 2010” (ATLAS..., 2013). 
Já para a medir a evolução da desigualdade de renda, utiliza-se o Índice de Gini, 
que passou de 0,61, em 2000, para 0,60, em 2010, representando um pequena 
redução da desigualdade (ATLAS..., 2013). 
 
Tabela 4.7 - Renda, Pobreza e Desigualdade - Rio de Janeiro 
 
2000 2010 
Renda per capita (em R$) 900,81 1.130,75 
% de extremamente pobres 3,33 1,87 
% de pobres 12,42 6,76 
Índice de Gini 0,61 0,60 
Fonte: PNUD, Ipea e FJP 
 
Verbete 
 
O que é Índice de Gini? 
 
É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta 
a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. 
Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total 
igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa 
desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar 
(ATLAS..., 2013). 
 
Fim do verbete 
 
 24
Na tabela 4.8 vemos a taxa de ocupação (atividade) da população da região 
metropolitana. “Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos 
ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) 
da RM passou de 64,20% para 64,58%. Ao mesmo tempo, a taxa de desocupação 
nessa faixa etária (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que 
estava desocupada) passou de 16,80% para 8,51%” (ATLAS..., 2013). 
 
Tabela 4.8 - Ocupação da população de 18 anos ou mais - RMRJ 
 
2000 2010 
Taxa de atividade 64,20 64,58 
Taxa de desocupação 16,80 8,51 
Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 62,84 68,14 
Nível educacional dos ocupados 
 
% dos ocupados com fundamental completo 62,47 73,76 
% dos ocupados com médio completo 43,01 55,31 
Rendimento médio 
 
% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 27,42 10,16 
% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 60,87 60,73 
Percentual dos ocupados com rendimento de até 5 salários 
mínimo 
85,60 85,56 
Fonte: ATLAS..., 2013. 
 
Já para o tipo de atividade exercida da população economicamente ativa, em 
2010, 0,64% trabalhavam no setor agropecuário, 0,75% na indústria extrativa, 
7,70% na indústria de transformação, 7,55% no setor de construção, 1,12% nos 
setores de utilidade pública, 16,99% no comércio e 58,28% no setor de serviços 
(ATLAS..., 2013). 
 
 25
2.2.1.5 Habitação 
 
Na tabela 4.9 aparecem os índices de habitação da RMRJ. Os índices utilizados 
são altos em relação à água encanada, energia elétrica e coleta de lixo. Porém em 
relação ao saneamento esses dados não são tão altos e não foram considerados 
no levantamento do IDHM. 
 
Tabela 4.9 - Indicadores de Habitação - RMRJ 
 
2000 2010 
% da população em domicílios com água encanada 97,41 95,05 
% da população em domicílios com energia elétrica 99,87 99,95 
% da população em domicílios com coleta de lixo (Somente 
população urbana) 
94,12 97,22 
Fonte: ATLAS..., 2013. 
 
 
2.2.1.6 Vulnerabilidade Social 
 
Já na tabela 4.10 aparecem os índices de vulnerabilidade social. A vulnerabilidade 
social se refere a situações que coloquem em risco certas populações que assim 
correm maior risco de desagregação social. Particularmente nas regiões 
metropolitanas esse risco se acentua com a segregação residencial e a 
impossibilidade, que existe por exemplo em regiões rurais, de uma produção de 
alimentos para auto consumo (configurando uma renda não monetária). Os 
critérios para a determinação da vulnerabilidade social no IDHM, aparecem na 
tabela. Para maiores informações dos critérios adotados, veja o verbete abaixo 
sobre vulnerabilidade social. 
 
 26
Tabela 4.10 - Vulnerabilidade Social - RMRJ 
Crianças e Jovens 2000 2010 
Mortalidade infantil 23,70 13,70 
% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola 68,48 52,39 
% de crianças de 6 a 14 fora da escola 4,99 3,25 
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não 
trabalham e são vulneráveis, na população dessa faixa 
11,42 8,28 
% de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos 3,50 2,56 
Taxa de atividade - 10 a 14 anos 3,55 3,83 
Família 
 
% de mães chefes de família sem fundamental e com filho 
menor, no total de mães chefes de família 
50,15 35,04 
 
% de vulneráveis e dependentes de idosos 1,83 1,43 
 
% de crianças com até 14 anos de idade que têm renda 
domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 70,00 mensais 
6,49 3,88 
 
Trabalho e Renda 
 
% de vulneráveis à pobreza 30,23 21,06 
 
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental 
completo e em ocupação informal 
35,21 24,17 
 
Condição de Moradia 
 
% da população em domicílios com banheiro e água 
encanada 
92,28 94,69 
 
Fonte: ATLAS..., 2013. 
 
VerbeteVULNERABILIDADE 
 27
 
Este bloco reúne indicadores de vulnerabilidade por dimensão, selecionados dos 
demais blocos de indicadores, e de vulnerabilidade multidimensional, que 
conjugam vulnerabilidades simultâneas em diferentes dimensões: 
 
1. Percentual de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de 
idosos. Representa a razão entre as pessoas que vivem em domicílios vulneráveis 
à pobreza (com renda per capita inferior a 1/2 salário mínimo de agosto de 2010) e 
nos quais pelo menos metade da renda domiciliar provém de moradores com 65 
anos ou mais de idade e a população total que reside em domicílios vulneráveis à 
pobreza e com pelo menos uma pessoa idosa, multiplicado por 100. São 
considerados apenas os domicílios particulares permanentes. 
2. Percentual de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são 
vulneráveis à pobreza. Representa a razão entre as pessoas de 15 a 24 anos que 
não estudam, não trabalham e são vulneráveis à pobreza e a população 
vulnerável à pobreza nessa mesma faixa etária (15 a 24 anos), multiplicado por 
100. Define-se como vulnerável à pobreza a pessoa que mora em domicílio com 
renda per capita inferior a 1/2 salário mínimo de agosto de 2010. São 
considerados apenas os domicílios particulares permanentes. 
3. Percentual de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos 
menores de 15 anos, representado pela razão entre o número de mulheres que 
são responsáveis pelo domicílio, não têm o ensino fundamental completo e têm 
pelo menos 1 filho de idade inferior a 15 anos morando no domicílio e o número 
total de mulheres chefes de família com filho menor de 15 anos de idade, 
multiplicado por 100. São considerados apenas os domicílios particulares 
permanentes. 
4. Percentual de pessoas vulneráveis à pobreza e que gastam mais de uma hora 
até o trabalho, que é a razão entre as pessoas ocupadas de 10 anos ou mais de 
idade que vivem em domicílios vulneráveis à pobreza (com renda per capita 
inferior a 1/2 salário mínimo de agosto de 2010) e que gastam mais de uma hora 
 28
em deslocamento até o local de trabalho e o total de pessoas ocupadas nessa 
faixa etária que vivem em domicílios vulneráveis à pobreza e que retornam 
diariamente do trabalho, multiplicado por 100 (Atlas...2013). 
 
Fim de verbete 
 
Com base nesses indicadores é calculado o IDHM de todos os municípios 
brasileiros (ver ranking em http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking) e foram 
realizados os mapas abaixo (figuras 4.4 e 4.5) que condensam as informações 
sobre o IDHM da RMRJ em 2000 e 2010. Veja que no mapa já aparecem os 
municípios de Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, incorporados à região 
metropolitana em 2013. 
 
Analisando os mapas abaixo observa-se que os índices da RMRJ são altos devido 
à concentração na capital, porém há vastas porções municipais com índices 
baixos e até muito baixos. Há uma melhora acentuada de 2000 para 2010, o que 
sugere critérios metodológicos que ainda devem ser aperfeiçoados, pois em dez 
anos não é possível que os índices tenham melhorado assim tão decisivamente. 
 
Porém, por esse índice ser calculado por instituições sérias e com dados dos 
censos do IBGE, acredita-se em aperfeiçoamentos que melhorem a aplicabilidade 
desses índices. Todos sabemos que, por exemplo, as crianças estarem na escola 
é uma coisa. Outra, bem diferente, é o aproveitamento que obtém desse estudo. O 
que sugere que talvez, nesse quesito, fosse importante incorporar índices como a 
Prova Brasil, que mede o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). 
 
Porém destaca-se nesses mapas a possibilidade de visualizar, espacialmente, as 
diferenças de IDHM e de qualidade de vida, entre os municípios que compõe a 
Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 
 29
Figura 4.4 – IDHM da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2000 
Fonte: ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NAS REGIÕES 
METROPOLITANAS BRASILEIRAS: RM DO RIO DE JANEIRO, 2014. 
 30
 
Figura 4.5 – IDHM da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 
Fonte: ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NAS REGIÕES 
METROPOLITANAS BRASILEIRAS: RM DO RIO DE JANEIRO, 2014. 
 
 
2.2.2 Transporte e mobilidade na RMRJ 
 
Um dos principais problemas comuns das regiões metropolitanas (ver FPIC acima) 
é a questão do transporte e do deslocamento casa-trabalho, pois é próprio da 
dinâmica metropolitana a interligação econômica que faz com que os 
trabalhadores residam em municípios distintos de seu local de moradia. Isso faz 
também com que a população da RMRJ seja das que mais gastam tempo no 
deslocamento casa-trabalho. 
 
 31
Na tabela 4.11 vemos o tempo de deslocamento de casa ao trabalho na RMRJ, 
tanto na capital como na periferia, comparada com os tempos da região 
metropolitana de São Paulo. Em geral os tempos de deslocamento são maiores na 
RMRJ do que em São Paulo. Ademais “Verifica-se ainda um padrão diferenciado 
entre as regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo, uma vez que as 
proporções de trabalhadores nas faixas com maior tempo de deslocamento são 
maiores na capital, enquanto que no Rio encontram-se na periferia. Assim, a 
desigualdade intra-região metropolitana fluminense é mais expressiva que a 
paulistana” (PERO E MIHESSEN, 2012, p. 9). 
 
Tabela 4.11 - Proporção de trabalhadores por faixa de tempo de 
deslocamento casa ao trabalho no Rio de Janeiro em 2010 
Tempo de Deslocamento RMSP 
Capital 
RMSP 
Periferia 
RMRJ 
Capital 
RMRJ 
Periferia 
Até 5 minutos 5,0% 5,3% 5,8% 5,8% 
De 06 minutos até meia hora 28,4% 35,7% 32,5% 31,6% 
Mais de meia hora até uma hora 35,5% 33,6% 36,4% 30,1% 
Mais de uma hora até duas horas 25,3% 20,9% 21,4% 25,2% 
Mais de 2 horas 5,9% 4,6% 4,0% 7,2% 
Fonte: Pero e Mihessen, 2012, p. 9. 
 
Outro fator a destacar é que na RMRJ os gastos de transporte são maiores. “O 
cidadão fluminense não somente perde mais horas no transporte como também 
gasta parcela maior do orçamento familiar com ele. São tempo e dinheiro que 
poderiam estar sendo gastos de outra maneira que não no trânsito” (PERO E 
MIHESSEN, 2012, p. 10). As possiblidades de transbordo na RMRJ também são 
menores, mesmo com a introdução do bilhete único. 
 
Na figura 4.6 temos a rede metropolitana de transporte que dá conta desses 
deslocamentos na RMRJ, compreendendo os sistemas de trens, metrô, barcas, 
 32
ônibus intermunicipais, ônibus municipais e vans regulares das diversas cidades 
que compõem a RMRJ. 
 
Observa-se que as redes de alta capacidade, bem como os principais eixos 
rodoviários são radiais em direção à Capital, ocasionando impactos no padrão de 
ocupação da região. Devido a isso o uso do solo se desenvolveu ao longo dos 
eixos, iniciando no passado com as linhas e estações ferroviárias e agora nos 
eixos rodoviários ou de trem e metrô. 
 
A falta de implantação de vias ou sistemas de transporte que orientassem o 
desenvolvimento, fez com que o solo fosse ocupado onde já havia infraestrutura, 
mesmo sem capacidade de transporte de massa, levando a mais custos urbanos e 
ampliação a ocupação de áreas cada vez mais distantes, não valorizando áreas 
que teriam maior potencial de acessibilidade (PLANO DIRETOR DE 
TRANSPORTE URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO 
2013, p. 61). 
 
Box multimídia 
 
Para saber mais sobre transporte na Região Metropolitana do Rio de Janeiro 
consulte o Plano Diretor de Transporte Urbano da Região Metropolitana do Rio de 
Janeiro 2013, que contém inúmeras análises e também projeções e apresenta os 
planos para o futuro da RMRJ. 
No link abaixo é possível acessar todos os documentos do plano: 
http://www.rj.gov.br/web/setrans/exibeconteudo?article-id=626280 
 
fim do box multimídia 
 
 33
 
Figura 4.6 - Transporte de massa e principais eixos rodoviários 
Fonte: PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO 
DE JANEIRO 2013, p. 62. 
Obs.: O Plano Diretorde Transporte Urbano da RMRJ de 2013, não considera ainda os municípios 
de Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, incorporados à RMRJ em 2013. Mas incorpora 
Mangaratiba, que como já apontado não pertence à RMRJ apesar das ligações que realiza com a 
metrópole carioca. 
 
Já na tabela 4.12 temos o quantitativo de viagens diárias originadas em cada 
município da RMRJ, dando um panorama da divisão por município dessas 
viagens. 
 
 
 
 
 34
Tabela 4.12- Viagens originadas por município, em milhares, para a RMRJ 
Município da RMRJ 
 
Viagens diárias em milhares 
 
% 
Belford Roxo 730 3,2 
Duque de Caxias 1.363 6,0 
Guapimirim 44 0,2 
Itaboraí 250 1,1 
Itaguaí 242 1,1 
Japeri 121 0,5 
Magé 221 1,0 
Mangaratiba 75 0,3 
Maricá 172 0,8 
Mesquita 197 0,9 
Nilópolis 282 1,2 
Niterói 1.254 5,6 
Nova Iguaçu 1.437 6,4 
Paracambi 86 0,4 
Queimados 230 1,0 
Rio de Janeiro 13.853 61,3 
São Gonçalo 1.012 4,5 
São João de Meriti 837 3,7 
Seropédica 126 0,6 
Tanguá 36 0,2 
Fora RMRJ 27 0,1 
TOTAL GERAL 22.595 100 
Fonte: PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE URBANO DA REGIÃO 
METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO 2013, p. 119. 
 
Deste modo vemos que são grandes os desafios a enfrentar nas questões 
relativas à mobilidade e ao transporte na RMRJ. Dentro do projeto para a Copa do 
Mundo e Olimpíadas alguns grandes sistemas de transporte estão sendo 
 35
implantados na RMRJ, tais como o BRT (Bus Rapid Transit). A verificar o impacto 
desses projetos na mobilidade da região metropolitana. 
 
 2.3 Considerações sobre a RMRJ 
 
Apresentamos aqui alguns aspectos sobre a RMRJ. Haveria mais informações a 
incluir, porém devido ao espaço disponível isso não foi possível. Lembre-se 
sempre que a partir dos links apresentados, você pode pesquisar e descobrir 
novas relações para a RMRJ, assim como para outras regiões metropolitanas do 
país. Você também poderá identificar os principais dados para a sua cidade, caso 
ela esteja na RMRJ. Em caso contrário, você sempre poderá identificar as 
principais relações de sua cidade com a RMRJ. 
 
Questão 4 (atende ao objetivo 3) 
 
Analise a figura 4.6 e relacione o padrão de ocupação urbana com os principais 
eixos de transporte da RMRJ. 
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
Resposta comentada 
Observa-se na figura 4.6 que as maiores densidades de ocupação estão ao longo 
das principais redes de transporte, saturando esses eixos de transporte. Em 
contrapartida há outras áreas, mais próximas do núcleo da RMRJ que poderiam 
ser ocupadas e não o foram por não contarem com grandes sistemas de 
transporte de massa. 
Fim da resposta comentada 
 36
 
Atividade Final (atende aos objetivos 1 e 3) 
 
Como podemos relacionar a concentração urbana gerada pela metropolização do 
espaço com a situação particular da Região Metropolitana do Rio de Janeiro? 
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
Resposta comentada 
 
A região metropolitana do Rio de Janeiro tem como característica a de pertencer 
ao estado mais metropolitano da federação, pela extrema concentração na RMRJ. 
Essa grande metropolização pode ser vista pela concentração da população 
urbana em relação à rural. Vários municípios têm 100% de população urbana e na 
RMRJ são 99,33% de população urbana. Mesmo no estado do Rio de Janeiro 
como um todo são 96,71% de população urbana. 
 
Final da resposta comentada 
 
 
 37
Conclusão 
 
Como vimos o processo de metropolização do espaço se expande de maneira 
decisiva pelo Brasil. Há um grande percentual de população urbana, que no caso 
da Região Metropolitana do Rio de Janeiro chega a 100% em alguns municípios. 
Vimos também que o mecanismo institucional das Regiões Metropolitanas tem 
sido utilizado politicamente, fazendo que que hoje existam muitas Regiões 
Metropolitanas que não o seriam se os critérios de determinação fossem técnicos 
e não políticos. Analisamos os casos dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, 
mas tal cenário projeta-se para o Brasil como um todo. 
Por fim analisamos uma região metropolitana próxima de nossa realidade, a 
Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um belo exemplo do conceito de 
metropolização do Espaço, pela grande concentração da população do Estado 
nas áreas urbanas, chegando a mais de 96% de população nessa condição. 
 
Resumo 
 
Estudo sobre a metropolização do espaço e sobre a dinâmica das regiões 
metropolitanas. A determinação dessas regiões pode seguir critérios acadêmicos 
e técnicos, mas desde a Constituição de 1988, em que sua criação foi delegada 
aos Estados, tem prevalecido critérios técnicos em sua delimitação. Por fim 
analisamos a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como um exemplo de uma 
grande concentração urbana e próxima de nossa realidade. 
 
 
 
 38
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METROPOLITANAS BRASILEIRAS: RM DO RIO DE JANEIRO. Brasília: Ipea, 
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