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Prévia do material em texto

'INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
A principal capacidade, sem a qual é impossível compreender e resolver uma questão interpretativa é a leitura. Tenha em mente que, uma leitura atenta é o ponto chave para o sucesso neste tipo de questão. Ela permite o entendimento do texto, especialmente do enunciado, o qual fornece as informações necessárias para que você encontre a alternativa correta, ou seja, aquela que soluciona o problema proposto na pergunta.
É necessário atingir três níveis de leitura: informativa (primeiro contato com o texto, extração de informações), de reconhecimento (assimilação do assunto tratado no texto) e interpretativa. (grifar palavras, passagens mais importantes, ligar palavras-chaves à ideia central)
As questões de interpretação de texto no Enem são muito recorrentes na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. 
1) PROCURE LER TODO O TEXTO, PROCURANDO TER UMA VISÃO GERAL DO ASSUNTO
· Leia no mínimo duas vezes o texto, pois a primeira leitura é de reconhecimento e a partir da segunda leitura é de compreensão.
· Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, leia até o fim.
· Voltar ao texto quantas vezes precisar. 
2) O ENEM QUER QUE VOCÊ ENTENDA AS ENTRELINHAS DO TEXTO (O QUE ESTÁ IMPLÍCITO). PARA ISSO É NECESSÁRIO QUE VOCÊ...
· Compreenda o que o autor quer dizer verdadeiramente.
· Tenha conhecimento de mundo.
· Leia tudo, não somente o texto em si, mas também as informações no rodapé (autor, publicação, ano, etc.).
· Se o texto vier com imagem ou gráfico avalie minuciosamente.
· Fique sempre atento aos sinônimos, antônimos e às formas ocultas que o vocábulo pode apresentar no texto.
3) DIVIDIR O TEXTO EM PEDAÇOS (PARÁGRAFOS E PARTES) DO TEXTO CORRESPONDENTE
· O texto é um todo, mas cada parágrafo tem um argumento, ou seja, ideias que vão formando um texto.
· O segredo de responder às questões é observar os parágrafos, pois a resposta, muitas vezes, depende daquilo que foi dito no parágrafo ou período anterior.
· Não permita que prevaleçam suas ideias. 
4) CUIDADO COM AS PALAVRAS DOS ENUNCIADOS
· Cuidado com os vocábulos: não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas.
· Às vezes, as perguntas dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu por conta destas palavras.
 
· Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa. A que se enquadre melhor no sentido do texto. 
	A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.
5) CUIDADO COM A GRAMÁTICA
Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto, por exemplo. 
Ex.: Ele morreu de fome. 
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte da pessoa).
 
Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu. 
Exercícios
TEXTO 1 
01) “Se pensarmos pequeno... coisas pequenas teremos, mas, se desejarmos fortemente o melhor, e, principalmente lutarmos pelo melhor... o melhor vai se instalar em nossa vida.” 
Carlos Drummond de Andrade 
O que Drummond quis nos transmitir através desses versos? 
a) Que devemos pensar sempre em coisas pequenas. 
b) Que seremos sempre pequenos, porque o melhor é difícil de ser instalado. 
c) Que, mediante muitas lutas e anseios pelo melhor, as coisas pequenas não terão espaço em nossa vida. 
d) Que o melhor em nossa vida será instalado mediante menor esforço. 
e) Que bastam lutas para que se instale, em nossa vida, o melhor. 
TEXTO 2
Fique tranquilo para se dedicar
A seu maior bem: seus filhos.
De todos os outros, a MAPFRE cuida.
MAPFRE Seguros
Asseguramos sua qualidade de vida.
In: TAM Magazine. São Paulo: Tam, ano 3, n. 30, ago. 2006. (Revista distribuída em aeronaves da Tam Linhas Aéreas; texto adaptado).
02) Considerando a compreensão global do texto, pode-se inferir que o público ao qual ele se dirige é formado por, primordialmente:
a) os filhos de pessoas abastadas.
b) pessoas que priorizam bens materiais.
c) funcionários da MAPFRE Seguros.
d) quem preza pela qualidade de vida.
e) leitores da Tam Magazine.
TEXTO 3
 
Raymond Kurzweil acredita que estará vivo para presenciar o “momento metamórfico”, quando computadores superarão a inteligência humana. É verdade que, aos 58 anos, talvez tenha de viver outro meio século ou mais – mas já está cuidando disso, com seu próprio método de longevidade. Nesse futuro não muito distante, robôs microscópicos percorrerão as veias humanas até chegar ao cérebro. Ali, serão capazes de ligar e desligar os cinco sentidos, conectar-se à internet e fazer download de novas habilidades. O mais incrível é que as previsões desse cientista e inventor americano, gênio profissional desde a infância, estão sendo ou possivelmente ainda serão confirmadas pelos fatos. Como uma espécie de Professor Pardal moderno, Kurzweil dedica mais da metade do seu tempo a prever o futuro da tecnologia e a criar máquinas a partir desses avanços. (...) 
Veja – Alguns pesquisadores temem o que pode acontecer com a humanidade quando os computadores se tornarem inteligentes demais. O senhor tem algum receio? 
Kurzweil – Nenhum. As máquinas inteligentes serão parte da nossa civilização. Vamos ficar cada vez mais próximos delas. Vamos carregá-las no bolso, elas estarão na nossa roupa – até no nosso corpo, expandindo a nossa própria inteligência. (...)
03) No texto, o “momento metamórfico” refere-se a um tempo 
 
a) atual, em que robôs microscópicos comandam o cérebro humano. 
b) futuro, em que as máquinas serão mentalmente superiores ao homem. 
c) presente, pois máquinas de bolso já melhoram o desempenho humano. 
d) futuro distante, quando computadores inteligentes dominarão o mundo. 
e) futuro próximo, em que o ser humano viverá mais de um século.
04) Identifique a alternativa em que os sentidos das duas expressões se identificam ou se aproximam. 
 
a) estar vivo/ momento metamórfico 
b) computadores/ inteligência humana 
c) viver outro meio século/ método de longevidade 
d) robôs microscópicos/ veias humanas 
e) conectar-se à internet/ futuro da tecnologia
TIPOLOGIA TEXTUAL e GÊNERO TEXTUAL
Podemos afirmar que a tipologia textual está relacionada com a forma como um texto apresenta-se e é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. Levam em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem regras gramaticais, algo mais formal.
É a forma como um texto se apresenta. Usamos a expressão tipo textual para designar sequências linguísticas e não textos materializados, a rigor, são modos textuais que têm em sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas}.
Em geral, os tipos textuais abrangem cinco categorias: narração, argumentação, exposição, descrição e injunção. O gênero privilegia a natureza funcional e interativa da língua, já o tipo textual se preocupa com o aspecto formal e estrutural. Entre as características básicas dos tipos textuais está o fato de eles serem definidos por seus traços linguísticos predominantes. 
O gênero textual exerce funções sociais específicas, que são pressentidas e vivenciadas pelos usuários da língua. Gêneros fazem referência a textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresenta características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica (tipos de texto).
Por isso, um tipo textual é dado por um conjunto de traços que formamuma sequência e não um texto. Como tais, os gêneros são uma espécie de armadura comunicativa geral preenchida por sequências tipológicas de base que podem ser bastante heterogêneas, mas relacionadas entre si. Quando se nomeia certo texto como "narrativo", "descritivo" ou "argumentativo", não se está nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de sequência de base. 
Eis as definições dos tipos textuais:
1) Narração
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. São apresentadas ações e personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. 
É um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. 
A Narração envolve:
I. Quem? Personagem;
II. Quê? Fatos, enredo;
III. Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;·.
IV. Onde? O lugar da ocorrência;
V. Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
VI. Por quê? A causa dos acontecimentos; 
Exemplo:
Minha vida de menina
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha e disse: "Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozinha que lhe quer tanto". As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela e vim desengasgar-me aqui no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de meus deveres e que eu não fui o que deveria ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora, que eu serei um anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai dizer: "Já estudou suas lições? Então vá se deitar, mas antes procure alguma coisa para comer. Vá com Deus". 
2) Descrição
A intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está sendo descrito. Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Podemos utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
a) A enumeração: Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma ideia de ausência de ações dentro do texto.
b) A comparação: Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que percebemos, podemos utilizar a comparação, pois este processo de comparação faz com que o leitor associe a imagem do que estamos descrevendo, já que desperta referências no leitor. 
Utilizamos comparações do tipo: o objeto tem a cor de ..., sua forma é como ..., tem um gosto que lembra ..., o cheiro parece com ..., etc.
c) Os cinco sentidos: Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos utilizando também os cinco sentidos: Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta imagem, proporcionando que o interlocutor visualize em sua mente o objeto, o local ou a pessoa descrita.
Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos numa praia. O que você perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua volta, o colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao redor, por você e pelos seus amigos, pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar também os outros sentidos para caracterizar o objeto que você quer descrever.
Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.
Dificilmente essa tipologia será predominante em um texto encontrado no cotidiano. O mais comum é trechos descritivos introduzidos em textos narrativos e dissertativos.
Exemplo:
Alguns dados sobre Rudy Steiner
“Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha pernas ossudas, dentes afiado, olhos azuis esbugalhados e cabelos cor de limão. Como um dos seis filhos dos Steiner, estava sempre com fome. Na rua Himmel, era considerado meio maluco ...”
3) Dissertação
Dissertar é falar sobre algo; expor os conhecimentos sobre determinado assunto; é debater. Este tipo de texto apresenta a defesa de uma opinião, de um ponto de vista por meio de argumentos, predomina a apresentação detalhada de determinados temas e conhecimentos. É um desenvolvimento ou explicação de um assunto, pois para a construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assunto/tema tratado. 
O texto dissertativo, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. 
O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no desenvolvimento de um tema. Para tanto, sua estrutura, dividida em três partes fundamentais, tese (introdução), antítese (desenvolvimento) e nova tese (conclusão), define o modelo básico para apresentar uma tese (ideia, tema, assunto), explorar argumentos contra e a favor (antítese) e, por fim, sugerir uma nova tese, ou seja, uma nova ideia para concluir sua fundamentação. Os textos dissertativos-argumentativos, além de ser um texto opinativo, busca persuadir o leitor.
Introdução: Apresentação do assunto sobre o qual se escreve (Apresentação da tese). Apresentação do assunto sobre o qual se escreve (apresentação da tese) e do ponto de vista assumido em relação a ele.
Desenvolvimento:	Exposição das informações e conhecimentos a respeito do assunto (é o momento da discussão da tese)	A fundamentação do ponto de vista e sua defesa com argumentos. (Defende-se a tese proposta)
Conclusão: Finalização do texto, com o encerramento do que foi dito	Retomada do ponto de vista para fechar o texto de modo mais persuasivo
Exemplo:
Redução da maioridade penal, grande falácia
O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que é contrário à mudança na maioridade penal.
Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado por um adolescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP, 104 do ECA e 228 da CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da maioridade penal, mas logo descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais discussão, para reduzir para 14 ou 12 anos. Analisando a legislação de 57 países, constatou-se que apenas 17% adotam idade menor de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, estamos admitindo que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e não lhes deu a proteção constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo infrator da sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, para depois reintegrá-lo. Com a redução da menoridade penal, o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam delitos contra o patrimônio ou por atuarem no tráfico de drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra a vida. Afirmar que os adolescentes não são punidos ou responsabilizados é permitir que a mentira, tantas vezes dita, transforme-se em verdade, pois não é o ECA que provoca a impunidade, mas a falta de ação do Estado. Ao contrário do que muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infratores são punidos com muito mais rigor do que os adultos.
Apresentarpropostas legislativas visando à redução da menoridade penal com a modificação do disposto no artigo 228 da Constituição Federal constitui uma grande falácia, pois o artigo 60, § 4º, inciso IV de nossa Carta Magna não admite que sejam objeto de deliberação de emenda à Constituição os direitos e garantias individuais, pois se trata de cláusula pétrea.
A prevenção à criminalidade está diretamente associada à existência de políticas sociais básicas e não à repressão, pois não é a severidade da pena que previne a criminalidade, mas sim a certeza de sua aplicação e sua capacidade de inclusão social.
 
Dalio Zippin Filho é advogado criminalista. 10/06/2013 
Texto publicado na edição impressa de 10 de junho de 2013
4) Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, informa, esclarece, avalia, reflete, (analisa ideias). Não faz defesa de uma ideia, pois esta é característica do texto dissertativo. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua opinião a respeito. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do indicativo. A mescla do texto expositivo com o texto narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato. 
O texto expositivo pretende apresentar um tema, a partir de recursos como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a informação e enumeração. Dessa forma, um relato de experiência uma palestra, uma aula, seminário ou entrevista são consideradas textos expositivos, cujo objetivo central do emissor é explanar, discutir, explicar sobre um assunto. Outros exemplos de textos expositivos são os verbetes de dicionários e as enciclopédias.
Exemplo:
O telefone celular
A história do celular é recente, mas remonta ao passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma
atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão
e Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.
5) Injunção
O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a realização de algo, indica como realizar uma ação. Temos como vários exemplos, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções e propagandas, previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, etc.. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, (“misture todos os ingredientes”; bula de remédio “tome duas cápsulas por dia”; manual de instruções “aperte a tecla amarela”; propagandas “vista essa camisa”), porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. 
Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como característica principal a utilização de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes 
Massa 
3 unidades de cenoura picadas 
3 unidades de ovo 
1 xícaras (chá) de óleo de soja 
3 xícaras (chá) de farinha de trigo 
2 xícaras (chá) de açúcar 
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó 
Cobertura 
1/2 xícara (chá) de leite 
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó 
4 colheres (sopa) de açúcar 
1 colher (sopa) de Margarina 
Como fazer 
Massa: Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha. 
Leve para assar em uma forma untada. 
Depois de assado cubra com a cobertura. 
Cobertura: Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
	
Gênero Textual
	
Modalidade Discursiva (Tipologia)
	
Suporte do texto
	
Ambiente Discursivo 
(Instituição)
	
Interação Verbal
(Enunciadores)
	
Novela
	
Narrar
	Televisão
	Mídia Televisiva
	Autores/ Telespectadores
	
Crônica
	Expor / Argumentar
	Seção coluna de jornal/Revista
	Mídia Impressa
Jornal/revista
	Escritor e Leitor de jornal/revista
	
Romance
	Narrar
	Livro
	Indústria Literária
	Escritor/Leitor
	
Entrevista
	Interativo/
Dialogal
	Jornal/Revista
	Mídia Escrita
	Jornalista e Entrevistado/Leitor
	
Carta Ofício
	Expor/
Argumentar
	Folha de papel timbrado e envelope
	Acadêmico Escolar/ Oficial
	Universidade/Escola/
Prefeituras
	
Biografia
	Relatar
	Livro
	Indústria Literária
	Escritor/Leitor
	Manual de Instrução de TV
	Instruir
	Folheto/Folder/
Livro Impresso
	Indústria/Comércio
(Mercantil)
	Empresa/Indústria/
Cliente
	
Cheque
	Expor/Instruir
	Talão de cheque
	Bancária
	Cliente/Banco
	
Editorial
	Argumentar/
Expor
	Jornal/Revista Impressos
	Mídia/Jornal Impresso
	Empresa (Jornal/revista)/Leitor
	Noticiário
	Relatar
	Jornal/TV/Rádio
	Mídia
	Apresentador/
Telespectador
	Narração de Jogo de Futebol
	Narrar
	Rádio/TV
	Mídia Esportiva
	Narrador/Ouvintes/
Telespectadores
	Classificados
	Descrever/
Relatar
	Jornal/Revistas
	Jornal impresso/Revista
	Anunciador/Leitor
Notações léxicas
Para representar fonemas muitas vezes há necessidade de recorrer a sinais gráficos denominados notações léxicas. As principais são:
» Acento agudo (’)- indica som aberto das vogais, ou destaca a sílaba tônica da palavra: vovó, porém.
» Acento circunflexo (^)- indica som fechado ou destaca a sílaba tônica entre as vogais a, e, o: trânsito, você
» Acento grave (`)- indica a fusão de dois as (a+a) denominada crase: vou a a feira= vou à feira.
» Til (~)- indica a nasalização de vogais (a e o): irmã, irmão.
» Cedilha (ç)- é usada no c antes de a, o, u, para indicar o fonema sê: cabeça, paçoca.
» Apóstrofo (´)- indica que uma letra foi retirada: copo d´água .
» Hífen (-)- é usado na ligação de palavras compostas: pão-de-ló. Na união do pronome ao verbo: amo-te. Na separação de sílabas: vo-vó. Na separação de sílaba em final de linha
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
MONOSSÍLABOS E OXÍTONOS
1. Devem ser acentuados os vocábulos oxítonos e os monossilábicos tônicos terminados em -a, -e, -o, seguidos ou não de -s.
Exemplos: aliás, atrás, chá, vatapá, através, três, mês, após, dominó, sós, pó, etc.
OBSERVAÇÃO: Devem ser acentuadas as formas verbais terminadas em -a, -e, -o, tônicas, seguidas de pronomes complementos -lo, -la, -los, -las.
Exemplos: amá-lo, levá-lo, fá-lo-ás, conhecê-lo, vê-lo, percebê-los, compô-lo, propô-los, repô-las, etc.
2. Devem ser acentuados os vocábulos oxítonos terminados por -em ou -ens, colocando-se sobre -e- o acento agudo.
Exemplos: além, alguém, desdém, também, armazém, parabéns, conténs, convés, etc.
OBSERVAÇÕES:
a) Devemos colocar acento circunflexo na sílaba tônica das formas verbais de terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos TER e VIR, e de seus derivados.
	Exemplo:
	TER
eles tem - eles têm
Derivados:
ele contém
eles contêm
ele retém
eles retêm
	SER:
ele vem - eles vêm
Derivados:
ele intervém
eles intervêm
ele sobrevém
eles sobrevêm
b) Devemos colocar acento circunflexo sobre o primeiro -e- da terminação -eem (3ª Pessoa do plural) dos verbos crer, dar, ler, ver, bem como de seus derivados.
Exemplos:
	CRER
Creem
Derivado:
descreem
	DAR
deem
Derivado:
desdeem
	LER
leem
Derivado:
releem
	VER
veem
Derivado:
reveem
Obs.: as formas acima são paroxítonas.
PAROXÍTONOS
3. Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminado em -us -r, -x, -n, -l, -i(s), -uns, -um, -ão,(s), -ei(s), -ps.
Exemplos: âmbar, açúcar, caráter, córtex,fênix, tórax, abdômen, hífen, pólen, amável, cônsul, solúvel, táxi, júri, tênis, bônus, vírus, vênus, álbum, médium, álbuns, médiuns, órfão, órgão, sótãos, órfã, ímã, afáveis, jóquei, fórceps, bíceps, bônus, fáceis etc.
4. Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em ditongos crescentes: -ea(s), -eo(s), -ia(s), -ie(s), -io(s), -os(s), ua(s), -ue(s), uo(s).
Exemplos: áurea, errôneo, terráqueos, ânsia, boêmia, calvície, espécie, colégio, ginásio, amêndoa, páscoa, água, planície, régua, tênue, bilíngue, árduo, contínuo, etc.
PROPAROXÍTONOS
5. Devem ser acentuados todos os vocábulos proparoxítonos.
Exemplos: álcool, ângulo, cálice, chácara, cônjuge, êxodo, hálito, hélice, vértice, etc.
Regras Especiais
1. Devem ser acentuados o -i- ou o -u-, tônicos quando:
a) Formarem sílaba sozinhos ou seguidos de "s";
b) Apresentarem sílaba em hiato com uma vogal anterior;
c) não seguidas de NH
Exemplos:
saída (sa-í-da)		saúva(sa-ú-va)
ateísmo (ate-ís-mo)	balaústre (ba-la-ús-tre)
baú (ba-ú)		Havaí (Ha-va-í)
juiz (ju-iz)		juízes (ju-í-zes)
raiz (ra-iz)		raízes (ra-í-zes)
rainha (ra-i-nha)	tainha (ta-i-nha)
2. Não deve ser acentuado mais, com acento circunflexo, o penúltimo -o- fechado do hiato -oo(s)-, nas palavras paroxítonas.
Exemplos: abençoo, atraiçoo, amaldiçoo, enjoos, moo, magoo, voos, etc.+
3. Não devem ser acentuadas as vogais, -e- ou -o-, tônicas e abertas, dos ditongos -ei-, -eu-, -oi- quando forem paroxítonas..
Exemplos: europeia, ideia, assembleia, alcaloide, apoio, joia, etc.
4. As palavras oxítonas e os monossílabos tônicos com ditongos abertos continuam sendo acentuadas.
Exemplos: anéis, papéis, céu, ilhéu, mausoléu, troféu, anzóis, corrói, chapéu, etc.
5. Perdem o acento gráfico as palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tônica aberta ou fechada, são homógrafas, de artigos, contrações, preposições e conjunções átonas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico:
Ex.: para(verbo parar) e para (preposição)
 pela(s)(subst. e flexão de pelar) e pela(s)
 (combinação de per + la)
6. Pelo (s) (substantivo) e combinação de per + lo (s). Polo(s) (substantivo) e polo(s) combinação antiga e popular de por+ lo.
Obs. Seguindo esta regra, perde o acento gráfico a forma para ( verbo parar) quando entra num composto separado por hífen: para-choques, para-quedas, para-lamas etc.. 
NÃO SE USARÁ MAIS ACENTO GRÁFICO PARA SE DISTINGUIR PALAVRAS HOMÓGRAFAS (AQUELAS QUE POSSUEM MESMA GRAFIA, MAS SIGNIFICADOS DIFERENTES).
EXCEÇÃO: pôr (verbo) e por (preposição) ; pôde (pret. perfeito) e pode (presente do indicativo)
7. Não serão mais acentuadas as vogais tônicas i e u das palavras paroxítonas, quando estas vogais estiverem precedidas de ditongo:
Ex.: baiuca, bocaiuva, feiura, saiinha, maoismo, taoismo.
ORTOGRAFIA
ORTHOS (correta) + GRAFIA (escrita) = escrita correta 
 A função da ortografia é o emprego correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita, ou seja, definir normas as quais as palavras devem ser escritas corretamente.
EMPREGO DA LETRA H
 
Não há valor fonético para esta letra, seja no início ou no fim das palavras. Empregamos o H nos seguintes casos:
 
I – inicial, quando etimológico.
 
Exemplo: homem, hélice, hérnia, Horácio.
 
II – dígrafos ch, lh, nh.
 
Exemplo: chaveiro, mochila, chuva, ninho, palhaço, telhado, galho, minhoca, companhia, manhã.
 
III – nas interjeições.
 
Exemplo: Ih! Ah! Hum! Hem? Oh! Eh! Etc.
 
IV – no segundo elemento dos substantivos compostos unidos por hífen, se etimológico:
 
Exemplo: pré-histórico, anti-higiênico, super-homem.
 
V – no substantivo próprio Bahia. Nos derivados não se grafa o H.
 
Exemplo: baiana, baiano, baião.
EMPREGO DAS LETRAS E, I, O e U.
 
Escrevemos com a letra E:
 
I – na última sílaba dos verbos terminados em –uar:
 
Exemplo: continue, habitue, perpetue, pontue, efetue.
 
II – na última sílaba dos verbos terminados em –oar:
 
Exemplo: abençoe, magoe, perdoe.
 
III – palavras formadas com o prefixo ANTE.
 
Exemplo: antebraço, anteontem, antevéspera, antecipar.
 
IV – Os seguintes vocábulos:
 
Exemplo: arrepiar, cadeado, candeeiro, cemitério, confete, desperdiçar, desperdício, disenteria, empecilho, encarnar, mimeógrafo, orquídea, sequer, seringa, umedecer, etc.
Escrevemos com a letra I:
 
I – na última sílaba  dos verbos terminados em –uir:
 
Exemplo: diminui, possui, retribui, usufrui.
 
II – palavras formadas pelo prefixo ANTI
 
Exemplo: antitetânica, anticristo, antibiótico.
III – Os seguintes vocábulos:
 
Exemplo: aborígine, artifício, artimanha, chefiar, cimento, crânio, displicência, erisipela, inclinar, incinerar, lampião, pátio, pontiagudo, privilégio, requisito, etc.
Escrevemos com a letra O:
Os seguintes vocábulos: abolir, boate, bolacha, boletim, botequim, costume, engolir, goela, mágoa, moela, moleque, mosquito, nódoa, etc.
Escrevemos com a letra U:
Os seguintes vocábulos: bússola, buliçoso, bulir, camundongo, cutucar, entupir, jabuti, tábua, tabuada, trégua, urtiga, etc.
EMPREGO DAS LETRAS X e CH
Na língua portuguesa o X é representado pelos seguintes fonemas: CH, CS, Z, SS, S
 
CH: vexame, enxada, enxurrada, xarope, xampu, xícara, etc.
 
CS: sexo, táxi, tóxico, sexologia, toxicologia, etc.
 
Z: exílio, exame, êxodo, exato, exatamente, exercício, examinar, etc.
 
SS: auxílio, máxima, proximidade, próximo, Auxiliadora.
 
S: sexta-feira, expectativa, extenso, extensão, extensivo, expansivo, etc.
OBS: Não soa nos grupos internos –XCE e –XCI-: exceção, excelente, exceder, excitar, excessivo, etc.
 
Escrevemos com X e não com S: êxtase, expoente, exponencial, têxtil, texto, textura, expiação, expiar (pagar), expectativa, experiente, expirar (morrer), extrair, etc.
 
Escrevemos com X e não com CH:
 
I – depois de ditongo.
 
Exemplo: feixe, peixe, baixo, baixela, ameixa, queixo, caixa, trouxa, eixo, encaixar, paixão, frouxo etc.
 
II – em palavras iniciadas por –EN e –ME :
 
Exemplo: enxurrada, enxame, enxuto, enxugar, enxugamento, enxada, enxoval, mexer, mexerico, mexicano, etc.
 
Observação: Palavras como enchente e encharcar, são escritas com CH.
EXCEÇÃO: Em relação à regra da sílaba "me", uma exceção é O SUBSTANTIVO "mecha"; não confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer que deve ser grafada com x. 
III – nas palavras de origem africana ou indígena e nas palavras aportuguesadas.
 
Ex.: Abacaxi, Xingu, orixá, caxumba, xavante, xingar, xará, xampu, xerife etc.
 
IV – os seguintes vocábulos: bexiga, praxe, xingar, mexido, lixeira, lixo, puxada, xenofobia, bruxa, coaxar, faxina, graxa, xarope, xadrez, Oxalá, xale, laxante, maxixe, muxoxo, rixa, xereta, xucro, capixaba, faxina, relaxar, roxo, praxe, caxumba, etc.
 
Escrevemos com CH as seguintes palavras:
 
Ex.: mochila, fachada, pechincha, salsicha, chinelo, chocolate, flecha, chuveiro, chaveiro, chave, colcha, concha, chupeta, machucado, machucar, chuchu, cachimbo, charque, chimarrão, cochicho, cochichar, fantoche, inchar, inchada, broche, bochecha, brecha, chope, debochar, fachada, linchar, piche, pichar, tchau, colcha etc.
EMPREGO DAS LETRAS G e J
 
Escrevem-se com g:
1. Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Ex.: pedágio, colégio, prodígio, relógio, refúgio.
2. Nas palavras terminadas em -agem, -igem, - ugem.
Ex.: ferrugem, massagem selvagem, origem
 
3. Nas palavras derivadas de outras que já contenham g: 
Ex.: faringite (faringe), ferrugento (ferrugem)
 engessar (gesso), selvageria (selvagem)
 massagista (massagem), faringite (faringe)
4. Os seguintes vocábulos: algema, apogeu, auge, gengiva, gesto, gibi, gilete, gíria, hegemonia, estrangeiro, herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela, etc.
Escrevem-se com j:
1. Nas palavras derivadas de outras terminadas em -já:
Ex.: laranja: laranjinha, laranjeira.
 loja: lojista, lojinha.
 granja: granjeiro, granjinha.
 cereja: cerejeira.
2. Nos verbos terminados em –jar ou –jear: 
Ex.: viajar: viajei, viajemos.
 arranjar: arranje, arranjei. 
 despejar:despeje, despejemos.
 gorjear: gorjeiam, gorjeiam.
3. Vocábulos derivados de outros que tem J: 
Ex.: laje: lajedo.
 nojo: nojeira, nojento.
 jeito: jeitoso, ajeitar, desajeitado.
 varejo: varejista, 
 laje: lajeado
4. O j é usado nas palavras de origem tupi (indígena) e africana: 
Ex.: biju, canjica, jabuticaba, jacaré, pajé, jerimum, canjerê, jenipapo, jequitibá, jiboia, jiló, Pajeú, jeca, pajem, etc.
 
5. Os seguintes vocábulos: alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, jegue, jerico, majestade, manjedoura, ojeriza, sujeira, traje, etc.
 
REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /S/
a) C, Ç: Ex.: acetona, açafrão, anoitecer, censura, cimento, dança, contorção, maçarico, muçulmano, paçoca, pança, pinça, etc. 
b) S: Ex.: ânsia, ansioso, ansiedade, cansado, descanso, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, pretensioso, remorso, tenso, sebo, utensílio, etc.
c) SS: Ex.: acesso, acessório, acessível, assar, asseio, carrossel, concessão, discussão, escassez, essencial, expressão, fracasso, impressão, massagista, necessário, obsessão, opressão, pêssego, procissão, ressurreição, sessenta, sossego, submissão, sucessivo, etc.
d) SC, SÇ: Ex.: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, consciente, crescer, cresça, descer, desça, disciplina, discípulo, discernir, fascinar, fascinante, florescer, imprescindível, oscilar, piscina, ressuscitar, seiscentos, suscitar, víscera, etc.
e) X: Ex.: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo, trouxe, trouxeram, etc. 
f) XC: Ex.: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente, excêntrico excepcional, excesso, excessivo, exceto, excitar, etc.
EMPREGO DO /S/ COM VALOR DE /Z/
1. Adjetivos com os sufixos -oso, -osa:
Ex.: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc.
2. Adjetivos pátrios com os sufixos -ês, -esa:
Ex.: português, portuguesa, inglês, inglesa, libanês, libanesa, etc.
3. Substantivos e adjetivos terminados em -ês, feminino
 -esa:
Ex.: burguês, burguesa, camponês, camponesa, freguês, freguesa, marquês, marquesa, etc.
4. Substantivos com os sufixos gregos -ese, -isa, -ose:
Ex.: catequese, diocese, poetisa, sacerdotisa, glicose, virose, metamorfose, etc.
5. Verbos derivados de palavras cujo radical termina em -s:
Ex.: análise: analisar	 atrás: atrasar 
 brasa: abrasar	 êxtase: extasiar
 francês: afrancesar liso: alisar 
 
6. Formas dos verbos PÔR e QUERER e seus derivados:
Ex.: pus, pôs, pusemos, puseram, puser, compôs, quis, quisemos, quiseram, quiser, quiséssemos, etc.
7. Os seguintes vocábulos: aliás, através, avisar, besouro, colisão, cortesia, despesa, esplêndido, esplendor, espontâneo, evasivo, freguesia, fusível, gás, hesitar, obséquio, paisagem, paraíso, pêsames, presa, pesquisa, represa, requisito, revés, surpresa, tesouro, tesoura, usina, vasilha, etc.
EMPREGO DA LETRA Z
1. Os derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita:
Ex.: cafezal, cafezeiro, cafezinho, mãezinha, cãozito, avezita, etc.
2. Os derivados de palavras cujo radical termina em -z:
Ex.: cruz: cruzinha	 
 raiz: enraizar 
 vazio: esvaziar, vazão, vazar.	
3. Os verbos formados com o sufixo -izar e palavras cognatas:
Ex.: fertilizar: fertilizante		 civilizar: civilização
 cicatrizar: cicatriz
4. Substantivos abstratos em -eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral:
Ex.: pobre: pobreza	 limpo: limpeza
 esperto: esperteza	 frio: frieza
 rico: riqueza		 leve: leveza
5. Os seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, aprazível, baliza, buzina, bazar, chafariz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vazamento, vazão, xadrez, etc.
S ou Z?
I. Sufixos –ÊS e –EZ:
1. O sufixo –ês forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos concretos:
Ex.: cortês (de corte)	 burguês (de burgo) 
 montanhês (de montanha) francês (de França)
 chinês (de China)
2. O sufixo –êz forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos:
Ex.: aridez (de árido)	 acidez (de ácido) 
 rapidez (de rápido) estupidez (de estúpido)
 mudez (de mudo) palidez (de pálido)
II. Sufixos –ESA e -EZA
Usa-se –esa (com s)
1. Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ENDER:
Ex.: defesa (defender)	 presa (prender) 
 empresa (empreender) surpresa (surpreender)
2. Nos substantivos femininos designativos de títulos nobres:
Ex.: baronesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, etc.
3. Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês:
Ex.: burguesa (de burguês)	 francesa (de francês) 
 camponesa (de camponês) holandesa (de holandesa) 
Usa-se –eza (com z)
1. Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando qualidades, estado, condição ou condição:
Ex.: beleza (de belo)	 franqueza (de franco) 
 pobreza (de pobre) leveza (de leve)
III. Verbos terminados em –ISAR e –IZAR 
1. Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-se –izar (com z):
Ex.: visar (aviso) 		analisar (análise)
alisar (liso)		improvisar (improviso)
paralisar (paralisia)	pesquisar (pesquisa)
frisar (friso)		pisar (piso)
anarquizar (anarquia)	civilizar (civil)
canalizar (canal)		colonizar (colono)
vulgarizar (vulgar)	escravizar (escravo)
cicatrizar (cicatriz)	deslizar (deslize)
REGRAS DE ORTOGRAFIA: S, SS e Ç
1. Verbos que contêm em seus radicais as letras rt, rg e nd transformam-se em substantivos grafados com a letra S.
divertir: diversão compreender: compreensão
distender: distensão repreender: repreensão
inverter: inversão apreender: apreensão
suspender: suspensão pretender: pretensão
 expandir: expansão converter: conversão
aspergir: aspersão imergir: imersão
2. Se o verbo for formado a partir do verbo TER, o substantivo corresponde será grafado com Ç
deter: detenção conter: contenção
manter: manutenção obter: obtenção
reter: retenção
3. Se o verbo apresenta –ced–, –gred–, ou –prim–, o substantivo correspondente será grafado com SS
Agredir: agressão Ceder: cessão
Progredir: progressão Conceder: concessão
Deprimir: depressão Interceder: intercessão
Reprimir: repressão Transgredir: transgressão
Comprimir: compressão Exprimir: expressão
Ortografia
a) POR QUE
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":
Exemplos:
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
Por que você comprou este casaco?
Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
Exemplos:
Estes são os direitos por que estamos lutando.
O túnel por que passamos existe há muitos anos.
b) POR QUÊ
	
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.
Exemplos:
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
Será deselegante se você perguntar novamente por quê!
c) PORQUE
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.
Exemplos:
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?
d) PORQUÊ
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).
Exemplos:
Não consigo entender o porquê de sua ausência.
Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.b) onde / aonde 
1) Emprega-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a para onde. 
Ex.:
Aonde você vai? 
Aonde nos leva com tal rapidez? 
2) Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de movimento, emprega-se onde. Onde estão os livros? Não sei onde te encontrar. 
c) mau / mal 
1) Mau é sempre um adjetivo (seu antônimo é bom); refere-se, pois, a um substantivo. 
Ex.:
Escolheu um mau momento. 
Era um mau aluno. 
Mal pode ser: 
advérbio de modo (antônimo de bem). 
Ex.:
Ele se comportou mal. 
Seu argumento está mal estruturado. 
conjunção temporal (equivale a assim que). 
Ex.:
Mal chegou, saiu. 
d) mas / mais / más 
1) Mas é uma conjunção adversativa, indicando, obviamente, uma contrariedade. Pode ser substituída por outra conjunção adversativa (porém, contudo, todavia, entretanto, etc.). 
Ex.:
Ninguém esperava, mas ele acabou aparecendo. Eles trabalham muito, mas ganham pouco. 
2) Mais é um advérbio de intensidade; também pode dar ideia de adição. Se invertermos o significado da frase, podemos substituí-lo por menos: 
Ex.:
Sem dúvida, é a garota mais simpática da sala! Dois mais dois, às vezes dá cinco. 
3) Más é a forma feminina plural do adjetivo mau. 
Ex.:
Elas são mulheres más.
e) está / estar 
a) Está – é o verbo “estar” conjugado na terceira pessoa do singular (ele/ela) do presente do modo indicativo – tempo verbal que serve para falar de um hábito ou de fatos que ocorrem frequentemente; para descrever uma ação que está ocorrendo:
Ex.:
Ele está internado.
Ela está felicíssima com o novo emprego.
O pai (ele) está na roça.
A enfermeira (ela) está de folga.
b) Estar – ação de encontrar-se em certo estado, condição, ou situação no tempo ou no espaço – é verbo no infinitivo – uma forma nominal do verbo que exprime apenas o estado ou a ação sem designar tempo, modo, número ou pessoa.
Usa-se infinitivo nos seguintes casos:
1) Em locuções verbais [dois verbos que representam uma única ação verbal]:
Ex.:
O investigado diz estar tranquilo sobre o caso.
(“diz estar” forma uma locução verbal).
 
2) Em orações reduzidas [orações abreviadas, sem conectivo (conjunção ou pronome relativo) e com o verbo numa das formas nominais (gerúndio, particípio e infinitivo)]:
Ex.:
É importante estar preparado financeiramente para ter um filho.
(“estar” introduz uma oração / oração reduzida de infinitivo).
3) Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado:
Ex.:
Estar apaixonado é uma coisa louca.
4) Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior:
Ex.:
Temos a obrigação de estar contentes com o presente. (“estar” complementa o substantivo “obrigação”)
CLASSES DE PALAVRAS
A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome.
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas características. 
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA  (morfo = forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-la, mas somente a forma da palavra.
Há  discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras:
SUBSTANTIVO  – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
SUBSTANTIVO
É palavra que usamos par nomear seres, coisas e ideias. Como palavra variável, apresenta flexões de gênero, número e grau.
Além de nomear os seres propriamente ditos (livro, árvore), o substantivo também nomeia ações (beijo), conceitos físicos (velocidade), afetivos (saudade, dor, raiva) e socioculturais (beleza, dignidade), entre outros, que não podem, é claro, ser considerados "seres" no sentido usual da palavra.
Atenção: Se for levado em consideração apenas o aspecto semântico, em algumas situações a identificação contextual de um substantivo pode ficar mais complexa. Sugere-se antepor à palavra um artigo (definido ou indefinido) ou pronome (possessivo, demonstrativo ou indefinido). Aceitando a palavra uma dessas determinações, ela será interpretada como substantivo. Assim, tem-se:
artigo + substantivo: o dia, os dias, um dia, uns dias
pronome + substantivo: meu dia, este dia, algum dia.
Classificação Geral dos Substantivos
O substantivo, dependendo do ponto de vista segundo o qual é analisado apresenta diferentes classificações. Veja o quadro abaixo: Substantivo é a classe variável que nomeia objetos, pessoas, sentimentos, lugares...
FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
	Primitivos
	
São aqueles que dão origens a outras palavras. 
Ex.: terra, casa.
	Derivados
	
São criados a partir de outras palavras. 
Ex.: terreiro, terreno; casebre, casinha.
	Simples
	
Formados por apenas um radical. Ex.: cabra, tempo.
	Compostos
	
Formados por mais de um radical. 
Ex.: cabra-cega, passatempo.
	Comuns
	
São aqueles que indicam nomes comuns a todos os seres da mesma espécie. 
Ex.: rua, praça, mulher.
	Próprios
	
É aquele que particulariza um ser da espécie. Principalmente nomes próprios: pessoas, cidades, estados, países, rios, fatos históricos, animais domésticos ...
Ex.: rua Rio de Janeiro, praça Duque de Caxias, Isabela, Revolução Russa, Recife, Rex.
	Concretos
	
São aqueles que nomeiam seres reais ou imaginários de existência independente de outros seres.
Ex.: Carmem, mesa, urso, cidade, alma, vampiro, vento, lobisomem, chão.
	Abstratos
	
São aqueles que indicam seres cuja existência depende de outros seres. Nomeiam ações, estados,sentimentos, qualidades Não é possível visualizá-los. 
Ex.: alegria, tristeza, amor, fuga, rapidez, beleza, solidariedade, acidez, dor, fome.
	Coletivos
	
Os substantivos coletivos transmitem a noção de plural, embora sejam grafados no singular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma espécie. 
Ex.: álbum (de fotografias, de selos), alcateia (de lobos, de feras), banca (de examinadores), biblioteca (de livros), caravana (de viajantes, de peregrinos), cardume (de peixes), código (de leis), enxame (de abelhas, de insetos), enxoval (de roupas e complementos), esquadrilha (de aviões).
Flexão do Substantivo
O substantivo pode flexionar-se em número, gênero e grau.
Flexão de Gênero
Os substantivos apresentam dois gêneros: masculino e feminino.
 Masculino: os nomes que são antecedidos pelo artigo o: o menino, o sol, o mar, o trem.
 Feminino: os nomes que são antecedidos pelo artigo a: a carta, a menina, a caneta, a lua.
Flexão do gênero do substantivo
	Biformes
	
Possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino. 
Ex.: gato/gata, cabra/bode
» Substantivos terminados em –o mudam para –a.
Ex.: menino – menina gato – gata
 
» Substantivos terminados em –ão mudam para –ã, -oa, -ona.
 
Ex.: irmão – irmã leão – leoa
 chorão – chorona
 
» Substantivos terminados em –or formam o feminino com o acréscimo de –a.
 
Ex.: doutor – doutora corretor – corretora
 professor – professora
  
» Pela troca da terminação -e por -a.
 
Ex.: parente – parenta mestre – mestra
 presidente – presidenta
 
» Pelo acréscimo de -a aos substantivos terminados em –ês, -l, e –z.
Ex.: freguês – freguesa oficial – oficiala
 juiz – juíza
 
» Por meio de –esa, -essa e –isa aos substantivos indicadores de ocupações especiais e de títulos.
 
Ex.: cônsul – consulesa poeta – poetisa
 visconde – viscondessa
 
» Formação de feminino com palavras diferentes (heterônimos).
 
Ex.: bode – cabra boi – vaca
 burro – besta cão – cadela
 carneiro – ovelha cavaleiro – amazona
 frade – freira zangão – abelha
 
» Por formações irregulares.
 
Ex.: ateu – ateia ator – atriz
 avô – avó judeu – judia
 maestro – maestrina réu – ré
 embaixador – embaixatriz
 
	Uniformes
	
Possuem apenas uma palavra para os dois gêneros. Os substantivos uniformes se subdividem em:
1) Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavras macho e fêmea.
Ex.: formiga macho/formiga fêmea, 
 cobra macho/cobra fêmea.
 mamoeiro macho/mamoeiro fêmea.
2) Comuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...). 
Ex.: a pianista / o pianista, 
 belo colega / bela colega.
 esse estudante / essa estudante
3) Sobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer a distinção pelos determinantes. A distinção pode ser feita pelo contexto: do sexo masculino/ do sexo feminino. 
Ex.: a pessoa, a criatura, a criança, o cônjuge.
Substantivos podem ter significados diferentes dependendo do gênero:
 
Ex.: A cabeça – parte do corpo
 O cabeça – o chefe
 
 A caixa – objeto
 O caixa – pessoa
 A rádio – estação
  O rádio – o aparelho
  A capital – cidade principal
 O capital – dinheiro
 A guia – documento
  O guia – pessoa que orienta
Particularidades
OBS: Os nomes de rios, mares, montes, pontos cardeais, letras do alfabeto e meses são masculinos.
Há substantivos que geram dúvida quanto ao gênero:
	São masculinos
	São femininos
	O alvará
	a alface
	O dó (compaixão)
	a omoplata
	O lança-perfume
	a dinamite
	O grama (peso)
	a cal
	O champanha
	a sentinela (vigia)
	O gengibre
	a apendicite
	O formicida
	a libido (instinto sexual)
Observações:
1) Substantivo tido como de gênero duvidoso ou livre: o / a personagem.
2) Substantivos de origem grega terminados em -EMA ou -OMA são masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema etc.
Flexão de Grau
É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia. Os substantivos podem estar em três graus: normal - aumentativo – diminutivo
Aumentativo » é quando o tamanho do ser aumenta. 
Diminutivo » é quando o tamanho do ser diminui. 
	NORMAL 
	AUMENTATIVO 
	DIMINUTIVO 
	Gato 
	Gatão 
	Gatinho 
	Livro 
	Livrão 
	Livrinho 
As variações de grau podem ser feitas de duas formas:
GRAU AUMENTATIVO
Analítico » é feito com o auxílio de palavras que dão ideia de ampliação de tamanho. 
  
Exemplo: Buraco enorme       planície imensa
  
Sintético » é feito como o auxílio de sufixos. 
  
Exemplo: Buracão		 fogaréu
  
Abaixo alguns sufixos com sentido aumentativo. 
  
ÃO – casarão 			AÇA- barcaça 
AÇO – corpaço 		ONA – mulherona 
ÁZIO – copázio 
  
GRAU DIMINUTIVO
  
Analítico » é formado com o auxílio de palavras que dão ideia de diminuição. 
  
Exemplo: Casa pequena      chip minúsculo
  
Sintético » é feito com o auxílio de sufixos. 
  
Exemplo: Menininho      riacho      folheto 
  
Abaixo alguns sufixos com sentido diminutivo. 
  
INHO – pratinho, patinho. 	CULO – partícula. 
EJO – lugarejo. 		OTA – ilhota. 
OTE – velhote, meninote. 	ULO – fórmula, célula. 
Aumentativos e diminutivos formais (ou aparentes)
Ex.: cartão, portão, caldeirão, ...
O grau com valor afetivo ou pejorativo 
Ex.: paizinho, mãezinha (afetivo)
 gentinha (pejorativo)
Formação do diminutivo plural:
Ex.: bar: bares (plural) - bare + s: barezinhos
 flor: flores (plural) - flore + s: florezinhas
Flexão de número
Formação do plural nos substantivos simples
a) os terminados em vogal, ditongo oral e N fazem o plural pelo acréscimo de S.
Ex.: casa – casas (vogal)
 ímã - ímãs (vogal)
 troféu - troféus (ditongo)
 pônei – pôneis (ditongo)
 elétron - elétrons (n)
 próton - prótons (n)
Casos particulares:
cânon e cânones
hífen (hifens ou hífenes)
pólen (polens ou pólenes)
líquen (liquens ou líquenes)
b) os terminados em AL, EL, OL e UL fazem o plural trocando o L por IS
Ex.: canal – canais
 pincel – pincéis
 anzol – anzóis
 azul - azuis
c) os terminados em IL fazem o plural de duas maneiras:
1) Quando oxítonos, em IS.
Ex.: canil – canis
 funil - funis
2) Quando paroxítonos, em “EIS”.
Ex.: míssil - mísseis 
 fóssil - fósseis
Observação:
1) réptil (répteis) ou reptil (reptis)
 projétil (projéteis) ou projetil (projetis)
2) mal (males), mel (méis ou meles), 
 gel (géis ou geles), cônsul (cônsules)
d) os terminados em “S” fazem o plural de duas maneiras:
1) Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de “ES”.
Ex.: ás - ases, revés - reveses,
 gás - gases, português - portugueses
2) Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis.
Ex.: o lápis - os lápis, o ônibus - os ônibus,
 o atlas - os atlas, o pires - os pires
Observação: Cais e cós são invariáveis.
e) os terminados em M fazem o plural trocando o M por NS.
Ex.: jovem - jovens, álbum - álbuns
f) os terminados em “ÃO” fazem o plural de três
maneiras: - ÕES, - ÃOS e ÃES.
Ex.: avião - aviões
 ilusão - ilusões
 melão - melões 
 alemão – alemães
 pão - pães
 cidadão - cidadãos
 cristão – cristãos
Observação: Muitos substantivos terminados em ão admitem mais de uma forma de plural. Alguns deles:
alazão – alazões e alazães 
aldeão – aldeãos, aldeões e aldeães
ancião – anciãos, anciões e anciães
corrimão – corrimãos e corrimões
guardião – guardiães e guardiões
verão – verãos e verões
vilão – vilãos, vilões e vilães
vulcão – vulcões e vulcãos
g) os terminados em “X” apresentam duas formas.
1) Monossílabo – Ex.: o fax - os fax ou faxes
2) Dissílabo – Ex.: o tórax - os tórax (invariáveis)
Vejamos outros casos:
Ex.: caráter - caracteres (té)
 júnior - juniores (ô)
 sênior - seniores (ô)
OBSERVAÇÕES:1) Substantivos estrangeiros aportuguesados: 
o chope – os chopes; o drope – os dropes; 
o clipe – os clipes); 
Para os não aportuguesados, também se acrescenta o -s: o show – os shows.
2) Mudança de número com mudança de sentido:
bem (felicidade, virtude, benefício) / bens
(propriedades), costa (litoral) / costas (dorso)...
3) Alguns Plurais Metafônicos: corpo (ô) / corpos
(ó); esforço (ô) / esforços (ó); osso (ô) / ossos (ó);
povo (ô) / povos (ó); olho (ô) / olhos (ó) ...
4) Substantivos só usados no Plural: as cócegas,
os parabéns, as fezes, as núpcias, os óculos ...
5) Os substantivos mal e cônsul não seguem regra. 
Ex.: o mal – os males; o cônsul – os cônsules. 
Formação do plural nos substantivos compostos
NÃO SEPARADOS POR HÍFEN:
Acrescenta-se o “-s”.
Ex.: pernilongos, pontapés, passatempos etc.
SEPARADOS POR HÍFEN:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando for:
· substantivo + substantivo - couves-flores
· substantivo + adjetivo - amores-perfeitos
· adjetivo + substantivo - gentis-homens
· numeral + substantivo - quintas-feiras
b) Flexiona-se somente o 2º elemento, quando
for:
· verbo + substantivo - guarda-roupas, tira-dúvidas, beija-flores, arranha-céus ...
· palavra invariável + palavra variável - contra-ataques, vice-diretores, sempre-vivas ...
· grão, grã e bel seguidos de substantivos - grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres ...
· palavras repetidas ou imitativas - reco-recos, tique-taques, pingue-pongues ...
Observações:
1) Se os elementos repetidos forem verbos:
Ex.: corre(s)-corres, pisca(s)-piscas ...
2) Só devem ir para o plural os elementos representados por substantivos, adjetivos e numerais. Verbos, advérbios e prefixos (co-, ex-, vice-, etc.) ficam invariáveis.
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:
· substantivo + preposição clara + substantivo - pés-de-moleque, fogões-a-gás, mulas-sem-cabeça ...
· substantivo + preposição oculta + substantivo - cavalos-vapor ...
· um segundo elemento limitando (ou determinando) a ideia do primeiro, indicando tipo, espécie ou finalidade - bananas-maçã, tatus-bola, canetas-tinteiro, mangas-rosa, canetas-tinteiro, navios-escola ...
Observação: No padrão culto, também é lícita a pluralização de ambos os elementos “bananas-maçãs”, “canetas-tinteiros”... Fonte: HOUAISS.
d) permanecem invariáveis, quando formados de:
· verbo + advérbio - os bota-fora, os pisa-mansinho...
· verbo + substantivo no plural - os porta-lápis...
· verbos opostos - os leva-e-traz, os ganha-perde...
Observações:
1) Outros plurais: pores-do-sol, os sem-terra, capitães-mores; os arco-íris, os louva-a-deus, os diz-que-diz, os maria-vai-com-as-outras; bem-te-vis, bem-me-queres;
2) Duas formas de plural: guardas-marinha(s), padre(s)-nossos, salvo(s)-condutos, terra(s)-novas, salários-família(s), máquinas-caixão (caixões);
ARTIGO
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, simultaneamente, gênero e número. Dividem-se os artigos em: 
DEFINIDOS: o, a, os, as 
INDEFINIDOS: um, uma, uns, umas. 
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Quando o ser ou o objeto que se quer situar é conhecido ou já foi mencionado anteriormente: 
Ex.: Viajei com o médico. 
 Esse é o funcionário de que lhe falei.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral. Quando o ser ou o objeto de que se fala não é do conhecimento do falante nem do ouvinte.
Ex.: Viajei com um médico. 
 Ele disse que iria trazer um funcionário mais competente para o nosso setor.
O artigo pode ser usado:
a) imediatamente antes do substantivo a que se refere.
Ex.: a fera, uma caçada ...
b) antes de outros termos que também se referem ao substantivo.
Ex.: as duas mãos.
Além de indicar o gênero e o número das palavras, o artigo serve para substantivar qualquer palavra ou expressão:
Ex.: o sim, um não-sei-quê ...
USO DO ARTIGO DEFINIDO
EMPREGA-SE O ARTIGO DEFINIDO:
a) Antes de certos nomes de lugar (países, estados, cidades...), além de regiões, continentes, montanhas, vulcões, lagos, oceanos e rios.
Ex.: a Inglaterra, o norte, os Andes, o Capibaribe etc.
b) Antes de nomes de pessoas, quando utilizados
no plural.
Ex.: os Almeidas, os Fernandos, os Joões ...
Observação: O emprego do artigo definido antes de nome de pessoa confere um certo tom de familiaridade ou afetividade à frase.
Ex.: - De onde você desenterrou esse seu amigo?
 - O Walter? Por quê?
c) Depois das palavras ‘ambos’ ou ‘ambas’, quando essas funcionarem como modificadores de outro termo.
Ex.: Ambos os jogadores levaram o terceiro cartão amarelo.
d) Depois das palavras ‘todas’ ou ‘todos’, quando essas vierem acompanhadas de numeral seguido de substantivo expresso.
Ex.: Todos os quatro alunos chegaram cedo.
Observação: Há casos em que a presença do artigo definido provoca alteração semântica no período.
Ex.: Todo carro tem seus defeitos.
 (sem artigo = “todos os carros, qualquer carro...”)
 Todo o carro tem seus defeitos.
(com artigo = “este carro, único, inteiro...”)
NÃO SE USA O ARTIGO DEFINIDO:
a) Antes de substantivos usados indeterminadamente.
Ex.: Faz anos que não vou a teatro. (= qualquer teatro)
Obedeço a leis que respeitamos direitos humanos. (= quaisquer leis)
b) Depois do pronome relativo cujo (e variações).
Ex.: Este é o carro cuja porta está com defeito.
c) Antes de pronomes de tratamento
Ex.: Gostaria de falar com Sua Majestade. (e não, ‘com a Sua Majestade’)
Exceções: o senhor, a senhora, a senhorita, a dona.
d) Antes de certos nomes de lugar e de meses, a não ser que venham seguidos de adjetivos ou locuções adjetivas.
Ex.: Vou viajar para Roma.
Vou viajar para a Roma dos Césares.
Outubro é o mês das crianças.
Não se esqueça!
Ex.: Vou a Roma.
 (Voltei ‘de’ Roma – não admite artigo)
 Vou à Bélgica.
(Voltei ‘da’ Bélgica – admite artigo)
CONTRAÇÃO: ARTIGO X PREPOSIÇÃO
Ex.: Publicou o anúncio em O Globo.
(e não, “no” Globo)
 VALOR QUALIFICATIVO
Ex.: Ele não é um amigo, mas o amigo!
(determinação específica, nível de importância)
NUMERAL
1) DEFINIÇÃO - Palavra variável que indica uma quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa série. Refere-se ao substantivo, dando-lhe ideia de número.
Ex.: Compramos três livros novos.
 Éramos seis em nossa casa.
2) CLASSIFICAÇÃO - De acordo com que indica, o numeral pode ser:
· CARDINAL - Indica quantidade determinada
de seres.
Ex.: um, dois, três, treze, cem, mil...
· ORDINAL - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
Ex.: primeiro, segundo, terceiro, centésimo, milésimo ...
· MULTIPLICATIVO - Expressa ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada.
Ex.: dobro, triplo, quádruplo...
· FRACIONÁRIO - Expressa ideia de divisão (fração), indicando em quantas partes a quantidade foi dividida.
Ex.: meio, terço, quarto...
DISTINÇÃO ENTRE NUMERAL E ARTIGO:
Um(a) é numeral quando indica quantidade, e artigo quando se antepõe ao substantivo indicando-o de forma indefinida.
Ex.: - Quantas flores você ganhou?
 - Ganhei uma. (numeral)
 - Que flor era?
 - Era uma margarida. (artigo indefinido)
Observação: O numeral um(a) pode aparecer em lugar de substantivo; o artigo indefinido “um (a)” sempre acompanha o substantivo.
Ex.: Um(a) é pouco, três é demais!
3) FLEXÃO DO NUMERAL - Varia em gênero e número.
GÊNERO - Variam em gênero:
· os cardinais: um, dois; e os de duzentos a novecentos.
Ex.: um (a); dois (duas); trezentos (as)
· todos os ordinais: primeiro(a), segundo(a) etc.
· os multiplicativos e os fracionários: quando expressam uma ideia adjetiva em relação ao substantivo.
Ex.: Ele saiu ao meio-dia e meia. (hora)
NÚMERO - Variam em número:
· os cardinais terminados em 'ão':
Ex.: um milhão – dois milhões etc.
·todos os ordinais:
Ex.: primeiro – primeiros
 milésimo – milésimos etc.
·os multiplicativos: quando têm função adjetiva.
Ex.: Tomei dois copos duplos de leite.
·os fracionários: dependendodo cardinal que o antecede.
Ex.: Gastou dois terços do salário em remédios.
Observações:
a) Os cardinais, quando substantivados, vão para o plural se terminarem por som vocálico.
Ex.: Eu consegui dois setes e três oitos nas provas.
b) Ficam invariáveis se terminarem por som consonantal.
Ex.: Eu consegui dois seis e três dez.
4) EMPREGO DO NUMERAL
a) NUMERAIS ORDINAIS
·“gésimo” - dezenas
Ex.: 30º (trigésimo), 40º (quadragésimo)
·“centésimo” ou “ingentésimo” - centenas
Ex.: 200º(ducentésimo),400º(quadringentésimo)
b) NUMERAIS COLETIVOS - Designam conjunto de seres, com número delimitado
Ex.: bíduo (período de dois dias), tríduo (período de três dias), década / decênio (período de dez anos),grosa (doze dúzias ou cento e quarenta e quatro), lustro (período de cinco anos), novena (período de nove dias), quarentena (período de quarenta dias), quinquênio (período de cinco anos), século / centúria (período de cem anos), hectare (dez mil m2).
3) TEXTOS OFICIAIS - Na enumeração de leis, artigos, decretos, portarias, parágrafos, circulares, avisos e outros textos oficiais, usa-se o ordinal até nove, e o cardinal de dez em diante.
Ex.: artigo 9º (nono), parágrafo 21 (vinte e um)
4) DIANTE DE ALGARISMOS ROMANOS
· Quando vem DEPOIS do substantivo:
a) Lê-se como ordinal até dez:
Ex.: D. João VI (sexto), Carlos X (décimo), etc.
b) Lê-se como cardinal quando acima de dez:
Ex.: Papa Pio XII (doze), Século XX (vinte), etc.
· Quando vem ANTES do substantivo, a leitura será sempre como ordinal:
Ex.: VII Caminhada pela Paz (sétima)
5) OUTRAS INDICAÇÕES COMUNS - Na indicação de páginas, folhas, casas, apartamentos, etc., empregam-se os cardinais que devem concordar coma palavra (número).
Ex.: Página 202 (duzentos e dois), folha 121 (cento e vinte e um), casa 502 (quinhentos e dois).
Observação:
1) Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: “a folhas vinte e uma” “a folhas trinta e duas”.
2) Os cardinais quatorze e bilhão admitem a forma “catorze” e “bilião”; porém, são erradas as formas “cincoenta” (50) e “hum” (1).
SEMÂNTICA:
1) Sentido indefinido
Ex.: Já falei mais de mil vezes!
(referência hiperbólica)
Deveria haver umas quinhentas pessoas lá.
(referência indeterminada)
2) Alguns numerais podem sofrer derivação de grau, por meio de adjetivos ou substantivos com sufixos. Nesse caso, o numeral acresce-se de coloquialidade, ênfase, ironia, humor, conforme o contexto.
Ex.: Chegou em primeiríssimo lugar.
Há times que não conseguem sair da segundona.
Apesar de ser cinquentão, conserva sua elegância.
ADJETIVO
1) DEFINIÇÃO - Palavra variável (gênero, número e grau) que exprime qualidade, defeito, origem, estado do ser.
2) CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS
. Primitivo - não vem de outra palavra.
Ex.: bom, mau etc.
. Derivado - tem origem em outra palavra.
Ex.: bondoso, maldoso etc.
. SIMPLES - formado de um só radical.
Ex.: brasileiro, belo, rápido ...
. COMPOSTO ð formado de mais de um radical.
Ex.: franco-brasileiro, cívico-religioso ...
EXPLICATIVO - exprime qualidade própria do ser.
Ex.: neve fria, luz clara ...
. RESTRITIVO - exprime qualidade que não é própria do ser.
Ex.: fruta madura, água límpida ...
. PÁTRIO ð é o adjetivo que indica a naturalidade
ou a nacionalidade do ser.
Ex.: brasileiro, mato-grossense, sino-alemão...
3) LOCUÇÃO ADJETIVA - É toda expressão formada de uma preposição mais um substantivo, equivalente a um adjetivo.
Ex.: homens com aptidão (aptos)
 bandeira da Irlanda (irlandesa)
 mesa de madeira, prosperou
 A região de indústrias do Curado precisa de mais incentivos. 
As árvores sem flores simbolizam o outono. 
4) FLEXÃO DOS ADJETIVOS
FLEXÃO DE GÊNERO
A) Uniforme - Tem uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo, homem feliz ou cruel e mulher feliz ou cruel. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. 
Ex.: conflito político-social e desavença político-social.
b) Biforme - Tem duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. 
Ex.: mau e má, judeu e judia. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. 
Ex.: o motivo sócio-literário e a causa sócio-literária.
Casos particulares: surdo-mudo e surda-muda.
FLEXÃO DE NÚMERO
1) ADJETIVOS SIMPLES:
· Seguem a mesma forma dos substantivos simples.
Ex.: pessoas amigas, cães ferozes,
crianças amáveis...
· Substantivo usado como adjetivo fica invariável.
Ex.: calças vinho, cursos relâmpago...
2) ADJETIVOS COMPOSTOS:
REGRA GERAL: Somente o último elemento varia em gênero e número.
Ex.: pastas verde-claras, acordos luso-brasileiros...
Casos Específicos:
a) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto mantém no plural a mesma forma do singular.
Ex.: pastas verde-abacate, blusas azul-safira...
b) Azul-marinho e azul-celeste são invariáveis, assim como os compostos formados por locuções adjetivas (na cor de, da cor de, cor de, de cor) e a expressão rosa-choque.
Ex.: camisas azul-marinho, calças azul-celeste, sapatos cor de azul (da cor da terra), pulseiras cor de rosa .
c) Os componentes sendo palavra (ou elemento) invariável + adjetivo, somente esse último se flexionará.
Ex.: garotos mal-educados, povos semisselvagens, esforços sobre-humanos, crianças recém-nascidas.
d) Casos particulares: surdos-mudos; surdas-mudas.
FLEXÃO DE GRAU
Comparativo – Pode ser:
a) de igualdade: tão + adjetivo + quanto (ou como)
Ex.: Ela é tão inteligente quanto eu.
b) de superioridade: mais + adjetivo + (do) que
Ex.: Ela é mais inteligente (do) que eu.
c) de inferioridade: menos + adjetivo + (do) que
Ex.: Ela é menos inteligente (do) que eu.
Observações:
1) Quando houver duas qualidades para um mesmo ser, emprega-se a forma analítica.
Ex.: Ele é mais bom que inteligente.
2) Quando houver dois seres, mas uma só qualidade, emprega-se a forma sintética.
Ex.: Ela é melhor que você.
Superlativo – Pode ser:
a) ABSOLUTO: a qualidade expressa não é posta em relação a outros elementos.
· Analítico (duas ou mais palavras)
Ex.: Este assunto é muito fácil.
· Sintético (uma palavra)
Ex.: Este assunto é facílimo.
b) RELATIVO: a qualidade expressa é posta em relação a outros elementos.
· de superioridade
Ex.: Cláudia é a mais inteligente.
· de inferioridade
Ex.: Eles são os menos inteligentes.
5) SEMÂNTICA
a) Alguns adjetivos podem assumir significação variada de acordo com a posição em que aparecem.
Ex.: grande homem (bom, correto...)
 homem grande (proporções físicas destacadas)
 o cético Marx (adjunto adnominal)
 Marx, o cético (aposto, título)
b) O contexto é determinante para se determinar o valor semântico de algumas locuções adjetivas.
Ex.: água de chuva (pluvial)
 dia de chuva (chuvoso)
 problema de coração (cardíaco)
 atendimento de coração (cordial)
PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso ou situando-o no espaço e no tempo.
Pronome Substantivo X Pronome Adjetivo
a) Pronome substantivo: quando substitui o nome.
Ex.: Todos chegaram.
 Eu tenho estudado muito.
b) Pronome Adjetivo: quando acompanha o nome.
Ex.: Minha esposa é maravilhosa.
 Essa camisa parece confortável.
Flexão do Pronome
Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa:
	
Gênero (masculino/feminino)
	
Ele saiu / Ela saiu. Meu carro / Minha casa
	
Pessoa (1ª/2ª/3ª)
	
Eu saí / Tu saíste Ele saiu 
Meu carro / Teu carro / Seu carro
	
Número (singular/plural)
	
Eu saí / Nós saímos
Minha casa / Minhas casas
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES 
Há seis tipos de pronomes: 
Pessoais; 
- pessoais do caso reto; 
- pessoais do caso oblíquo. 
- tratamento 
Possessivos; 
Demonstrativos; 
Indefinidos; 
Interrogativos; 
Relativos. 
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os nomes (substantivos) e representam as pessoas do discurso. 
· 1ª pessoa - aquele que fala;
· 2ª pessoa - aquele com quem se fala;
· 3ª pessoa - aquele dequem (ou de que) se fala.
Observe as palavras destacadas deste exemplo: 
Mauro havia deitado tarde. Ele ainda dormia quando a mãe o chamou.
As palavras ele e o substituem o nome Mauro, que é a 3ª pessoa do discurso, ou seja, a pessoa de quem se fala. Por isso, ele e o, nessa frase, são pronomes pessoais. 
Os pronomes pessoais podem ser classificados em três categorias (ou subgrupos):
Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo na oração. São eles: eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.
Ex.: Eu tenho estudado bastante.
 Vós tendes que entender a orientação.
 O espião é ele.
Pronomes pessoais oblíquos: Exercem a função sintática de complementos (nominal, verbal, etc.).
Ex.: Entregou-me a encomenda. (complemento do verbo ‘entregar’)
 Tenho simpatia por ele. (complemento do substantivo ‘simpatia’)
Exemplos:
Sujeito	 Objeto 	 Verbo 
Eu	 	 te 		ajudei.
Nós		 o 		ajudamos.
Ela	 	 me 		chamou.
Eles	 	 lhe		 bateram
Estes podem ser ainda átonos (não antecedidos por preposição) ou tônicos (precedidos por preposição).
São átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
São tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Ex.: Enviou-me a encomenda. (átono)
 Enviou a encomenda a mim. (tônico)
	
 Pronomes pessoais
	
Pronomes pessoais retos
	Pronomes pessoais oblíquos
	Singular
	 Eu
Tu
Ele/ela
	
Me, mim, comigo
Te, te, ti, contigo
Se, si, consigo, o, a, lhe
	Plural
	
Nós
Vós
Eles/elas
	
nos, conosco
vos, convosco
se, os, as, lhes, si, consigo
Pronomes de tratamento: Entre os pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento, também chamados formas de tratamento, que se usam no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, título, idade, dignidade, o tratamento será familiar ou cerimonioso. Eis os principais pronomes de tratamentos:
	
Pronomes de Tratamento
	Forma de Uso
	
você (v.)
	
tratamento familiar
	
senhor (Sr.), senhora (Srª.)
	
tratamento de respeito
	
senhorita (Srta.)
	
moças solteiras
	
Vossa Senhoria (V.Sª.)
	
para pessoa de cerimônia
	
Vossa Excelência (V.Exª.)
	
para altas autoridades
	
Vossa Santidade (V.S.)
	
para o Papa
	
Vossa Eminência (V. Ema.)
	
para cardeais
	
Vossa Reverendíssima (V. Verma.)
	
para sacerdotes
	
Vossa Magnificência
(V. M.)
	
para Reitores de Universidades, instituições de ensino superior.
	
Vossa Majestade (V.M.)
	
para reis e rainhas
	
Vossa Paternidade (V.P. (VV.PP.)
	
Para superiores de ordem religiosa
É importante destacar ainda que os pronomes de tratamento devem iniciar com ‘vossa’, quando nos dirigimos diretamente à pessoa representada pelo pronome, e por ‘sua’, quando fazemos referência a essa pessoa.
Ex.1: Vossa Excelência é honesta. (fala-se diretamente com a pessoa)
Ex.2: Sua Excelência é honesta. (fala-se a respeito da pessoa)
Emprego dos pronomes pessoais oblíquos
1) Os pronomes que se referem ao sujeito da oração, sendo da mesma pessoa que esse, são chamados de pronomes reflexivos. 
Ex.: Vera só pensa em si.
 O menino feriu-se numa queda.
 A mãe trouxe um filho consigo.
 Eu não consegui controlar-me diante do público.
OBS: Pronomes reflexivo-recíprocos
Ex.: Os meninos abraçaram-se. 
 Os amigos beijaram-se na praça.
OBS: Pronomes reflexivos si e consigo, para serem usados de acordo com a norma culta da língua, devem referir-se ao sujeito da oração.
Exemplos:
O egoísta só pensa em si. [si refere-se ao sujeito egoísta] 
Marcos levou a filha consigo. [consigo refere-se ao sujeito Marcos]
Os chefes reservaram os melhores lugares para si. 
Você deve é cuidar de si e deixar os outros em paz. 
O criminoso prejudica os outros e a si próprio. 
O senhor guarde o recibo consigo. 
O vento traz consigo a tempestade. 
São consideradas incorretas frases em que si e consigo não se referem ao sujeito de oração, como estas:
Eu tenho um recado para si, Regina. [eu: 1ª pessoa; si: 2ª pessoa] 
Mestre, nós queremos falar consigo. [nós: 1ª pessoa; consigo: 2ª pessoa] 
Segundo o padrão culto, as construções corretas são:
Eu tenho um recado para você, Regina. 
Mestre, nós queremos falar com o senhor. 
2) Os pronomes oblíquos o, a, os, as; quando se juntam a formas verbais terminadas em – r, – s ou –z transformam-se em lo, la, los, las.
Ex.: Gostaria de entender o problema melhor: 
 Gostaria de entendê-lo melhor.
 
 Encontramos a caneta rapidamente: 
 Encontramo-la rapidamente.
 Fizemos as tarefas conforme pediu:
 Fizemo-la conforme pediu.  
3) Quando o pronomes oblíquos mencionados no item anterior juntam-se a verbos terminados em som nasal tomam a forma no, na, nos, nas.
 
Ex.: Os meninos limparam a garagem muito bem. 
 Os meninos limparam-na muito bem.
 
 Na feira, escolhiam as frutas com cuidado
 Na feira, escolhiam-nas com cuidado. 
4) Não confundir os pronomes oblíquos o, a, os, s (que substituem o substantivo) com os artigos definidos (que antecedem o substantivo dando ideia de gênero e número).
Ex.: Aquelas flores são minhas, eu as recebi de um amigo. 
  As flores que chegaram ontem são minhas. 
5) Conosco / convosco x com nós / com vós
Ex.: O patrão falará conosco / convosco
O patrão falará com nós / com vós mesmos (...todos, próprios, duas, cinco...)
Emprego dos pronomes pessoais retos
1) As formas “eu” e “tu” não podem vir precedidas de preposição, funcionando como complementos. Usam-se as formas oblíquas correspondentes “mim” e “ti”.
Ex.: Não há segredos entre mim e ti.
 Chegaram duas encomendas para mim.
 Ele deu o livro para mim.
 Ela chegou até mim.
 Não vou sem ti.
 Não é difícil, para mim, ir lá. 
2) Os pronomes “eu” e “tu” funcionam sempre como sujeito. Quando precedidos de preposição, eles representam o sujeito de um verbo no infinitivo (r, res, rmos, rdes, rem)
Relembrando...
Infinitivo Pessoal (flexionado)
ler eu
leres tu
ler ele
lermos nós
lerdes vós
lerem eles
Ex.: Recomendaram para eu não sair hoje.
 Há novas mensagens para tu leres.
 Ele dera o livro para eu guardar. 
 Fizeram tudo para eu ir lá. 
 Não vá sem eu lhe ensinar a minha filosofia da miséria. 
3) Os pronomes ele(s), ela(s), quando empregados como pronomes oblíquos, são sempre precedidos de preposição.
Ex.: Você nunca concordou com eles.
OBS: Agora, se não houver preposição, empregam-se nas formas o(s), a(s).
Ex.: Sempre os critiquei.
4) Quando exercer a função de sujeito, o pronome não sofrerá contração.
Ex.: Apesar de ela não querer, nós viajaremos hoje.
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa
gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). O pronome possessivo concorda em pessoa com o possuidor e em gênero e número com a coisa possuída.
Ex.: Meu relógio estava atrasado.
A palavra meu informa que o relógio pertence à 1ª pessoa (eu). Meu, portanto, é um pronome possessivo. Veja o quadro:
	Pessoa do Discurso
	Pronome Pessoal
	
Pronome Possessivo
	
1ª pessoa singular
	
Eu
	
meu, minha, meus, minhas
	
2ª pessoa singular
	
Tu
	
teu, tua, teus, tuas
	
3ª pessoa singular
	
Ele
	
seu, sua, seus, suas
	
1ª pessoa plural
	
Nós
	
nosso, nossa, nossos, nossas
	
2ª pessoa plural
	
Vós
	
vosso, vossa, vossos, vossas
	
3ª pessoa plural
	
Eles
	
seu, sua, seus, suas
Observações: 
1) Os pronomes possessivos concordam em gênero e em número com os substantivos a que se referem.
Ex.: Quer trocar seu carro pela minha moto? 
2) Os possessivos seu, sua, seus, suas podem causar ambiguidade em frases. Para evitá-la, usamos as formas dele, dela, deles, delas ou reconstruímos a frase.
Ex.: O Caio saiu com o Tiago em sua bicicleta. (?)
 O Caio saiu em sua bicicleta com o Tiago.
 O Caio saiu com o Tiago na bicicleta deste.
 O pai repreendeu a filha porque ela bateu

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