Buscar

1 LINGUA PORTUGUESA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 
 
Para interpretar bem 
Todos têm dificuldades com interpretação de 
textos. Encare isso como algo normal, inevitável. 
Importante é enfrentar o problema e, com 
segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia 
com atenção os itens abaixo. 
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: 
jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas 
telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o 
que estiver ao seu alcance. Mas leia com 
atenção, tentando, pacientemente, apreender o 
sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar. 
2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários 
são amigos que precisamos consultar. Faça 
exercícios de sinônimos e antônimos. (Consulte 
o nosso Redação para Concursos, que tem uma 
seção dedicada a isso.) 
3) Não se deixe levar pela primeira impressão. 
Há textos que metem medo. Na realidade, eles 
nos oferecem um mundo de informações que 
nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua 
mente e seu coração para o que o texto lhe 
transmite, na qualidade de um amigo silencioso. 
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto 
duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar 
responder a qualquer pergunta. Primeiro, é 
preciso captar sua mensagem, entendê-lo como 
um todo, e isso não pode ser alcançado com 
uma simples leitura. Dessa forma, leia-o 
algumas vezes. A cada leitura, novas idéias 
serão assimiladas. Tenha a paciência 
necessária para agir assim. Só depois tente 
resolver as questões propostas. 
5) As questões de interpretação podem ser 
localizadas (por exemplo, voltadas só para um 
determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às 
idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não 
apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, 
mas todo o parágrafo em que ele se situa. 
Lembre-se: quanto mais você ler, mais 
entenderá o texto. Tudo é uma questão de 
costume, e você vai acostumar-se a agir dessa 
forma. Então - acredite nisso - alcançará seu 
objetivo. 
6) Há questões que pedem conhecimento fora 
do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma 
determinada personalidade da história ou da 
atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome 
dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é 
importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi 
dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas 
especializadas. 
Texto 
 
Em um cinema, um fugitivo corre 
desabaladamente por uma floresta fechada, fazendo 
ziguezagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se 
desvia de um espinheiro, lá transpõe um paredão de 
pedras ciclópicas, em seguida atravessa uma correnteza 
a fortes braçadas, mais adiante pula um regato e agora 
passa, em carreira vertiginosa, por pequena aldeia, onde 
pessoas se encontram em atividades rotineiras. 
 
Neste momento, o operador pára as máquinas e 
tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o 
fugitivo), com ambos os pés no ar, as pernas abertas em 
larguíssima passada como quem corre, um menino com 
um cachorro nos braços estendidos, o rosto contorcido 
pelo pranto, como quem oferece o animalzinho a uma 
senhora de olhar severo que aponta uma flecha para 
algum ponto fora do enquadramento da tela; um rapaz 
troncudo puxa, por uma corda, uma égua que se faz 
acompanhar de um potrinho tão inseguro quanto 
desajeitado; um pajé velho, acocorado perto de uma 
choça, tira baforadas de um longo e primitivo cachimbo; 
uma velha gorda e suja dorme em uma já bastante 
desfiada rede de embira fina, pendurada entre uma 
árvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma 
cabana recém construída, limpa, alta, de palhas de buriti 
muito bem amarradas... 
 
Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte: 
 
Narrar é contar uma história. A Narração é uma 
seqüência de ações que se desenrolam na linha do 
tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a 
existência de um personagem ou actante que a prática 
em determinado momento e em determinado lugar, por 
isso temos quatro dos seis componentes fundamentais 
de que um emissor ou narrador se serve para criar um 
ato narrativo: personagem, ação, espaço e tempo em 
desenvolvimento. Os outros dois componentes da 
narrativa são: narrador e enredo ou trama. 
 
Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um 
personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do 
narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com 
a seqüência das ações, com a sucessão dos momentos, 
com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou 
vários objetos, um ou vários personagens, uma ou 
várias ações, em um determinado momento, em um 
mesmo instante e em uma mesma fração da linha 
cronológica. É a foto de um instante. 
 
A descrição pode ser estática ou dinâmica. 
 
A descrição estática não envolve ação. 
Exemplos: "Uma velha gorda e suja." 
"Árvore seca de galhos grossos e retorcidos." 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 
A descrição dinâmica apresenta um 
conjunto de ações concomitantes, isto é, um 
conjunto de ações que acontecem todas ao 
mesmo tempo, como em uma fotografia. No 
texto, a partir do momento em que o operador 
pára as máquinas projetoras, todas as ações 
que se vêem na tela estão ocorrendo 
simultaneamente, ou seja, estão compondo uma 
descrição dinâmica. Descrição porque todas as 
ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica 
porque inclui ações. 
 
Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de 
idéias, de juízos, de pensamentos. 
Exemplos: 
"As circunstâncias externas determinam 
rigidamente a natureza dos seres vivos, 
inclusive o homem..." 
"Nem a vontade, nem a razão podem agir 
independentemente de seu condicionamento 
passado." 
 
Tipos de textos 
Partindo do conceito de texto como sendo um 
conjunto de palavras que formam um sentido 
relacionado a um contexto, podemos dividir os 
textos em dois grandes grupos: os textos 
literários e os textos não literários. 
Por que fazemos essa distinção? Para estudar 
os tipos de textos existentes em nossa 
sociedade, é importante compreender como 
podemos usá-los a fim de tornar nossa 
comunicação mais clara e aproveitarmos melhor 
a variedade de textos que temos a nosso dispor. 
Para isso, foi feita a distribuição dos textos por 
esses dois grupos. Isso equivale a dizer que a 
maioria dos textos que existem podem ser 
colocados em um desses grupos. 
Os textos literários são aqueles que possuem 
função estética, destinam-se ao entretenimento, 
ao belo, à arte, à ficção. Já os não literários são 
os textos com função utilitária, pois servem para 
informar, convencer, explicar, ordenar. 
Observe os exemplos a seguir. 
 
Textos literários e textos não literários 
(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira 
Diariamente, duas horas antes da chegada do 
caminhão da prefeitura, a gerência de uma das 
filiais do McDonald‟s deposita na calçada 
dezenas de sacos plásticos recheados de 
papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso 
acaba propiciando um lamentável banquete de 
mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o 
material e acabam deixando os restos espalhados pelo 
calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92) 
O primeiro texto – "Descuidar do lixo é sujeira" – se 
propõe a dar uma informação sobre o lixo despejado nas 
calçadas, bem como o que acontece com ele antes de o 
caminhão do lixo passar para recolhê-lo. É um texto 
informativo e, portanto, não literário. 
O texto não literário apresenta linguagem objetiva, clara, 
concisa, e pretende informar o leitor de determinado 
assunto. Para isso, quanto mais simples for o 
vocabulário e mais objetiva for a informação, mais fácil 
se dará a compreensão do conteúdo: foco do texto não 
literário. 
São exemplos de textos não literários: as notícias,os 
artigos jornalísticos, os textos didáticos, os verbetes de 
dicionários e enciclopédias, as propagandas 
publicitárias, os textos científicos, as receitas culinárias, 
os manuais, etc. 
(Texto 2) O bicho 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de 
Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) 
O segundo texto – “O bicho” – é um poema. Sabemos 
disso principalmente por sua forma. O poema é 
construído em versos e estrofes e apresenta uma 
linguagem carregada de significados, ao que chamamos 
de plurissignificação. Cada palavra pode apresentar um 
sentido diferente daquele que lhe é comum. 
No texto literário, a expressividade é o mais importante. 
O conteúdo, nesse caso, fica em segundo plano. O 
vocabulário bem selecionado transmite sensibilidade ao 
leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística. 
Podemos citar como exemplos de textos literários o 
conto, o poema, o romance, peças de teatro, novelas e 
crônicas. 
 
Análise dos textos 
Os dois textos apresentam temática semelhante: 
pessoas que reviram o lixo em busca de comida. No 
entanto, o primeiro texto procura ressaltar o transtorno 
que causam os mendigos por deixarem o lixo 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 
esparramado pelo chão. A notícia procura 
denunciar dois fatos: o restaurante que deixa 
seu lixo na calçada com antecedência de duas 
horas, e a sujeira espalhada nas calçadas pelos 
mendigos que reviram o lixo. 
A única palavra nesse texto que pode denotar 
algum tipo de sentimentalismo do autor é 
“lamentável”. No entanto, ela perde sua carga 
significativa ao acompanhar a palavra 
“banquete”, revelando que o autor da notícia, na 
verdade, não está preocupado com as pessoas 
que se alimentam do lixo, mas com a sujeira 
causada pelo tal banquete. 
O título do texto também nos faz pensar: 
“Descuidar do lixo é sujeira”. Sujeira, no sentido 
de os mendigos deixarem tudo espalhado pela 
calçada, dificultando a limpeza das ruas; sujeira, 
no sentido de não ser uma atitude correta a falta 
de preocupação com o tempo que o lixo ficará 
na rua à espera do caminhão que irá recolhê-lo. 
De qualquer forma, o autor só demonstra 
preocupação com o lixo e a sujeira e não com a 
fome dos mendigos. 
Já o segundo texto apresenta preocupação com 
a forma: é um poema. A escolha das palavras e 
o suspense que causa no leitor levam a uma 
progressão de sentido que culmina com a 
revelação de que o bicho é um homem. O 
poema retrata a condição degradante a que um 
homem pode chegar quando atinge o ápice da 
miséria. 
O poeta mostra sua indignação com o fato de 
um homem se assemelhar a um bicho por 
buscar comida no lixo. Compara-o aos animais 
que têm por hábito revirar latas de lixo: cachorro, 
gato e rato. No último verso, declara sua 
inconformidade com o vocativo “meu Deus”, 
demonstrando sua emoção com a revelação de 
que o bicho era um homem, ou seja, o poeta 
não admite que um homem possa se comportar 
como um bicho. 
Ao lermos o poema, a carga emotiva das 
palavras escolhidas pelo poeta é transmitida 
para nós. Aí está a diferença fundamental entre 
um texto literário e um texto não literário: a 
expressividade. 
Exercício 
(UERJ – 2012) 
SOBRE A ORIGEM DA POESIA 
A origem da poesia se confunde com a origem 
da própria linguagem. 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a 
linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou:qual 
a origem do discurso não poético, já que , 
restituindo laços mais íntimos entre os signos e as 
coisas por eles designadas, a poesia aponta para um 
uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao 
perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas 
aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou 
telefonemas [...] 
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras 
intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo 
nosso contato direto com elas. A linguagem poética 
inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, 
coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto 
entre nós e o mundo [...] 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena 
assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim 
como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a 
criação se dasapegou da vida. Mas temos esses 
pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto 
de referencialidade. 
ARNALDO ANTUNES 
No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da 
linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição 
que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à 
linguagem referencial. 
Pela descrição apresentada, a linguagem referencial 
teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental: 
a) O desgaste da intuição 
b) A dissolução da memória 
c) A fragmentação da experiência 
d) O enfraquecimento da percepção 
Resolução 
A opção c é correta uma vez que a linguagem literária 
afasta-se das praticidades cotidianas. Isso significa 
afastar-se do referente, da linguagem do cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS DA FADESP: 
 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões de 01 a 09. 
 
 
 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 
01. O que esta em foco, no texto de Lucio Flavio 
Pinto, e o(a) 
(A) beleza da natureza urbana. 
(B) urbanizacao do mundo animal. 
(C) desmatamento no centro das cidades. 
(D) expulsao dos animais silvestres das areas 
urbanas. 
 
02. O jornalista manifesta, em “Natureza 
urbanizada”, um misto de 
(A) duvida e medo. 
(B) admiracao e preocupacao. 
(C) hostilidade e agressividade. 
(D) serenidade e estranhamento. 
 
03. A passagem do texto em que não ha um tom 
de denuncia e 
(A) “Mas ha um anticlima no cenario: pombos e 
ratos sao animais que causam danos a saude 
humana” (linhas 6 e 7). 
(B) “Passaros que bebem agua adocada vao ser 
prejudicados. O fato – evidente e crescente – e 
a multiplicacao dos animais” (linhas 14 e 15). 
(C) “As pessoas se habituam a alimentar os 
animais, especialmente as aves. Nao se 
apercebem dos males a que dao origem 
involuntariamente, a si e aos animais” (linhas 12 
e 13). 
(D) “Sua presenca nos igarapes e canais, mas 
principalmente o seu voar pela cidade ate as 
arvores da praca Batista Campos, ao 
amanhecer e entardecer, e um dos mais novos e 
bonitos espetaculos da cidade” (linhas 21 a 23). 
 
04. No final do texto, o jornalista faz um jogo de 
palavras com as locucoes “ao encontro (de)” e 
“de encontro (a)” (linha 28) com o proposito de 
(A) colocar em evidencia a complexa e 
maravilhosa natureza urbanizada. 
(B) alertar as autoridades para a ameaca que 
representa a situacao em foco. 
(C) chamar a atencao da populacao para a 
necessidade de respeitarmos os animais. 
(D) predizer um futuro em que a convivencia 
entre homem e animais, nas cidades, sera cada 
vez mais pacifica. 
 
05. Quanto ao genero, “Natureza urbanizada” 
pode ser classificado como um(a) 
(A) cronica sobre a cidade de Belem.(B) artigo de vulgarizacao cientifica sobre o 
desmatamento em Belem. 
(C) panfleto de uma campanha em defesa dos 
animais realizada em Belem. 
(D) editorial de cunho politico-economico sobre o 
abandono da cidade de Belem. 
 
06. Levando-se em consideracao as relacoes de 
sentido, e falso afirmar que 
(A) “espaco em torno” e “entorno” (linha 25) tem 
o mesmo sentido: circunvizinhanca, arredor, 
cercania. 
(B) o vocabulo “anticlima” (linha 6) indica que ha algo de 
errado, de nocivo na situacao descrita. 
(C) o enunciado “Melhor um arroz no papo do que dois 
pombos voando” (linha 5) foi construido com 
base em um proverbio. 
(D) a locucao “de encontro (a)” (linha 28) significa “em 
favor de; em atendimento a” e a expressao “ao 
encontro (de)” (linha 28), “no sentido contrario; em 
oposicao a”. 
 
07. A ideia expressa pela palavra em destaque esta 
corretamente indicada em 
(A) “... até as arvores da Praca...” (linha 22) → inclusao. 
(B) “... a que dao origem involuntariamente...” (linha 13) 
→ de forma intencional. 
(C) “Mesmo quando um rato de maior tamanho...” (linha 
9) → de igual identidade. 
(D) “Percebe-se menos esse aspecto da questao...” 
(linha 7) → com menos clareza. 
 
08. O conectivo que melhor expressa a relacao entre os 
enunciados “A certeza do alimento facil talvez 
o tenha feito desistir do alvo eventual e arisco” e “Melhor 
um arroz no papo do que dois pombos voando” (linhas 4 
e 5) e 
(A) ja que. 
(B) embora. 
(C) no entanto. 
(D) a medida que. 
 
09. Com relacao aos aspectos linguisticos, pode-se 
afirmar que a 
(A) oracao “Come tranquilamente do arroz ao lado dos 
pombos” (linha 2) apresenta desvio quanto a 
regencia verbal. 
(B) forma verbal “acaba sendo” (linha 11) poderia ser 
substituida por “torna-se”, sem qualquer alteração na 
correlacao temporal. 
(C) frase “O fato – evidente e crescente – e a 
multiplicacao dos animais” (linhas 14 e 15) admite 
transposicao para a voz passiva. 
(D) oracao “estao perdendo” (linha 17) poderia ser 
substituida, sem prejuizo do sentido e da correcao 
gramatical, por “que perdem”. 
 
GABARITO 
 
01 B 
02 B 
03 D 
04 B 
05 A 
06 D 
07 D 
08 A 
09 Retificado para “B” 
 
 
 
 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 
 
 
 
 
FENÔMENOS SEMÂNTICOS: 
 
SEMÂNTICA 
 
A semântica trata do significado das palavras 
através do tempo e do espaço. Nesse chão, 
estudam-se: 
 
1. Sinônimos 
 
São palavras relacionadas por um sentido 
comum, mas diferentes na forma. 
Os sinônimos são perfeitos, quando o 
sentido é igual: 
 
alfabeto = abecedário 
brado = grito 
extinguir = apagar 
adversário = antagonista 
contraveneno = antídoto 
 
Os sinônimos são imperfeitos, quando a 
significação é semelhante: 
 bela - formosa 
 livro - volume 
 caridade - bondade 
 
2. Antônimos 
 
São palavras de significação oposta: 
 ordem x anarquia 
 soberba x humildade 
 louvar x censurar 
 
A antonímia pode originar-se de um prefixo 
de sentido contrário ou negativo: 
 bendizer x maldizer 
 simpático x antipático 
 progredir x regredir 
 concórdia x discórdia 
 explícito x implícito 
 ativo x inativo 
 esperar x desesperar 
 simétrico x assimétrico 
 
3. Sentido Próprio 
 
Diz-se da palavra que é empregada na sua 
significação natural. É, em última análise, o 
sentido que a palavra tem originalmente. 
 
4. Sentido Figurado 
Ocorre quando a palavra está empregada em 
sentido translato, ou seja, quando, por um 
processo de analogia, é empregada em sentido 
diverso do próprio: 
A dama trazia uma flor nos cabelos. 
(sentido próprio) 
A dama pertence à flor da sociedade. 
(sentido figurado) 
À noite, no campo, podemos admirar as 
estrelas. (sentido próprio). 
“A lua (... ) salpicava de estrelas o nosso 
chão".(sentido figurado) 
 
 
 
 
5. Denotação e Conotação 
 
 
É conveniente guardar estas duas palavras: 
 
DENOTAÇÃO (= sentido próprio) e 
 
CONOTAÇÃO (= sentido figurado). 
 
Nos textos dissertativos (artigos, monografias e 
teses), narrativas de fatos (noticiários, reportagens) e 
livros científicos, predomina a linguagem denotativa, que 
é racional, lógica, objetiva. 
Já nos textos literários em geral, principalmente na 
poesia, o artista usa, com freqüência, linguagem 
figurada, subjetiva, sentimental, isto é, conotativa. 
 
5. Homônimos 
Se duas palavras de significados diferentes são 
iguais na grafia, ou na pronúncia, ou nas duas coisas, 
tais palavras são HOMÔNIMAS: 
o porto (substantivo) eu porto (verbo) 
cozer (cozinhar) - coser (costurar) 
ser (verbo) - o ser (substantivo) 
 
Relação de palavras homônimas: 
 
acender (atear fogo) ascender (elevar-se) 
acento (sinal gráfico) assento (banco) 
acerto (precisão) asserto (afirmação) 
apreçar (marcar o preço de) apressar (acelerar) 
caçar (apanhar, perseguir) cassar (animais) 
cegar (privar da visão) segar (ceifar) 
cela (cubículo) sela (arreio) 
censo (recenseamento) senso (juízo) 
cerrar (fechar) serrar (cortar) 
cessão (ato de ceder) seção/secção (parte, 
sessão (reunião) setor) 
concertar (harmonizar) consertar (remendar, 
arrumar) 
incipiente (principiante) insipiente (ignorante) 
tacha (prego) – taxa (imposto) 
 
 
6. Parônimas 
 São palavras apenas semelhantes, sem nenhuma 
igualdade, mas a semelhança faz com que a gente 
embarque na canoa de usar uma peja outra: 
retificar (corrigir) - ratificar (confirmar) 
imergir (submergir) - emergir (vir à tona) 
mal (contrário de "bem") - mau (contrário de "bom") 
 
 
Relação de palavras parônimas: 
 
acidente (desastre) 
incidente (acontecimento inesperado) 
atuar (agir) - autuar (processar) 
casual (ocasional) causal (relativo à causa) 
cavaleiro (homem que anda a cavalo cavalheiro 
(homem cortês) 
delatar (trair) - dilatar (aumentar) 
descrição (ato de descrerver 
discrição (qualidade de ser discreto) 
descriminar (inocentar) 
discriminar (diferenciar) 
despercebido (desatento) 
desapercebido (desprevenido) 
eminente (notável) 
iminente (imediato, prestes a) 
infligir (aplicar (pena) 
Infringir (violar) 
pleito (eleição) preito (homenagem, respeito) 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 7 
prever (antever)- prover (abastecer) 
ratificar (confirmar) retificar (corrigir) 
sortir (prover) surtir (produzir efeito) 
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilícito) 
vestiário (recinto para 
vestuário (traje) troca de roupa) 
vultoso (grande) vultuoso (inchado) 
 
 
TESTES 
 
1) Devemos alterar, ou seja, ............... 
agora este projeto, porque, após, não serão 
permitias ................ 
a) ratificar - ratificações 
b) retificar - retificações 
c) ratificar - retificações 
d) retificar - ratificações 
 
2) ............. as minhas palavras iniciais, pois 
não sou homem de fazer modificações no que 
está feito. Acho que tenho o equilíbrio suficiente 
para não ............ certas normas. 
a) Ratifico - infringir 
b) Ratifico - infligir 
c) Retifico - infringir 
d) Retifico - infligir 
 
3) No .......... do violoncelista ......... havia muitas 
pessoas, pois era uma ......... beneficente. 
a) conserto - eminente - sessão 
b) concerto - iminente - seção 
c) conserto - iminente - seção 
d) concerto - eminente - sessão 
 
4) O submarino .............. do mar. 
a) holandês imergiu 
b) holandez imergiu 
c) holandês emergiu 
d) holandez emergiu 
 
5) .......... sem licença; teve a licença 
............ 
a) Caçava - caçada 
b) Caçava - cassada 
c) Cassava - caçada 
d) Cassava - cassada 
 
6) Dê o sinônimo da palavra "propensão": 
a) vontade 
b) tendência 
c) indiferença 
d) firmeza 
e) indisposição 
 
7) Aponte o antônimodo vocábulo 
"sucinto": 
a) conciso 
b) inerente 
c) ampliado 
d) breve 
e) eficaz 
 
8) Assinale o homônimo de "censo": 
a) senço 
b) cenço 
c) sensso 
d) cenzo 
e) senso 
 
 
RESPOSTAS: 
1-B 2-A 3-D 4-C 5-B 6-B 7-C 8-E 
 
 
 
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim 
parabola, que por sua vez deriva do grego parabolé) 
pode ser definida como sendo um conjunto de letras ou 
sons de uma língua, juntamente com a ideia associada a 
este conjunto. 
 
1. Sentido Próprio e Figurado das Palavras 
 
Pela própria definição acima destacada podemos 
perceber que a palavra é composta por duas partes, 
uma delas relacionada a sua forma escrita e os seus 
sons (denominada significante) e a outra relacionada ao 
que ela (palavra) expressa, ao conceito que ela traz 
(denominada significado). 
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras se 
subdividem assim: 
Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido 
comum que costumamos dar a uma palavra. 
Sentido Figurado - é o sentido "simbólico", "figurado", 
que podemos dar a uma palavra. 
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes 
contextos: 
1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil 
peçonhento) 
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa 
desagradável, que adota condutas pouco apreciáveis) 
3. O cara é cobra e computador! (cobra = pessoa que 
conhece muito sobre alguma coisa, "expert") 
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido 
comum (ou literal). 
Nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido 
figurado. 
Podemos então concluir que um mesmo significante 
(parte concreta) pode ter vários significados 
(conceitos). 
2. Denotação e Conotação 
 
Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com 
o seu significado primitivo e original, com o sentido do 
dicionário; usada de modo automatizado; linguagem 
comum. 
Veja este exemplo: 
Cortaram as asas da ave para que não voasse mais. 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8 
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu 
sentido próprio, comum, usual, literal. 
DICA - Procure associar Denotação com 
Dicionário: trata-se de definição literal, quando o 
termo é utilizado em seu sentido dicionarístico. 
Conotação: verifica-se quando utilizamos a 
palavra com o seu significado secundário, com o 
sentido amplo (ou simbólico); usada de modo 
criativo, figurado, numa linguagem rica e 
expressiva. 
Veja este exemplo: 
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, 
antes que seja tarde mais. 
Já neste caso o termo (asas) é empregado de 
forma figurada, fazendo alusão à ideia de 
restrição e/ou controle de ações; disciplina, 
limitação de conduta e comportamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DA 
CRASE 
 
CRASE 
A palavra crase é de origem grega e significa 
"fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que 
se dá à "junção" de duas vogais idênticas. 
É de grande importância a crase da preposição 
"a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome 
demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes 
aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a 
qual (as quais). 
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para 
indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, 
depende da compreensão da fusão das duas vogais. É 
fundamental também, para o entendimento da crase, 
dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a 
preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, 
consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea 
de uma preposição e um artigo ou pronome. 
Observe: 
 
Vou a a igreja. 
Vou à igreja. 
 
No exemplo acima, temos a ocorrência da 
preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e 
a ocorrência do artigo "a" que está determinando o 
substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse 
encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas 
é indicada pelo acento grave. Observe os outros 
exemplos: 
Conheço a aluna. 
Refiro-me à aluna. 
 
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo 
(conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e 
a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo 
é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e 
exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, 
desde que o termo seguinte seja feminino e admita o 
artigo feminino "a" ou um dos pronomes já 
especificados. 
Há duas maneiras de verificar a existência de 
um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome 
demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a": 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9 
1- Colocar um termo masculino no lugar do 
termo feminino que se está em dúvida. Se surgir 
a forma ao, ocorrerá crase antes do termo 
feminino. 
Veja os exemplos: 
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno. 
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna. 
2- Trocar o termo regente acompanhado da 
preposição a por outro acompanhado de uma 
preposição diferente (para, em, de, por, sob, 
sobre). Se essas preposições não se contraírem 
com o artigo, ou seja, se não surgirem novas 
formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá 
crase. 
Veja os exemplos: 
- Penso na aluna. 
- Apaixonei-me pela aluna. 
- Começou a brigar. 
- Cansou de brigar. 
- Insiste em brigar. 
- Foi punido por brigar. 
- Optou por brigar. 
 
Atenção: lembre-se sempre de que não basta 
provar a existência da preposição "a" ou do 
artigo "a", é preciso provar que existem os dois. 
Evidentemente, se o termo regido não admitir a 
anteposição do artigo feminino "a" (s), não 
haverá crase. Veja os principais casos em que a 
crase NÃO ocorre: 
- Diante de substantivos masculinos: 
Andamos a cavalo. 
Fomos a pé. 
Passou a camisa a ferro. 
Fazer o exercício a lápis. 
Compramos os móveis a prazo. 
Assisitimos a espetáculos magníficos. 
- Diante de verbos no infinitivo: 
A criança começou a falar. 
Ela não tem nada a dizer. 
Estavam a correr pelo parque. 
Estou disposto a ajudar. 
Continuamos a observar as plantas. 
Voltamos a contemplar o céu. 
 
Obs.: como os verbos não admitem artigos, 
constatamos que o "a" dos exemplos acima 
é apenas preposição, logo não ocorrerá 
crase. 
- Diante da maioria dos pronomes e das 
expressões de tratamento, com exceção das 
formas senhora, senhorita e dona: 
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. 
Entreguei a todos os documentos necessários. 
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de 
ontem. 
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos. 
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho. 
 
Quero informar a algumas pessoas o que está 
acontecendo. 
Isso não interessa a nenhum de nós. 
Aonde você pretende ir a esta hora? 
Agradeci a ele, a quem tudo devo. 
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos 
pronomes podem ser identificados pelo método 
explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por 
uma masculina, caso na nova construção surgir a forma 
ao, ocorrerá crase. 
Por exemplo: 
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo 
indivíduo.) 
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao 
senhor.) 
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao 
próprio Cláudio para sair mais cedo.) 
- Diante de numerais cardinais: 
Chegou a duzentos o número de feridos. 
Daqui a uma semana começa o campeonato. 
 
Casos em que a crase SEMPRE ocorre: 
- Diante de palavras femininas: 
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. 
Sempre vamos à praia no verão. 
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. 
Sou grata à população. 
Fumar é prejudicial à saúde. 
Este aparelho é posterior à invenção do telefone. 
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda 
de"(mesmo que a expressão moda de fique 
subentendida): 
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. 
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. 
- Na indicação de horas: 
Acordei às sete horas da manhã. 
Elas chegaram às dez horas. 
Foram dormir à meia-noite. 
Ele saiu às duas horas. 
Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa. 
Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas. 
- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de 
que participam palavras femininas. 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10 
Por exemplo: 
à tarde às ocultas às pressas à medida que 
à noite às claras às escondidas à força 
à vontade à beça à larga à escuta 
às avessas à revelia à exceção de à imitação de 
à esquerda às turras às vezes à chave 
à direita à procura à deriva à toa 
à luz 
à sombra 
de 
à frente de à proporção que 
à semelhança 
de 
às ordens à beira de 
 
 
Crase diante de Nomes de Lugar 
Alguns nomes de lugar não admitem a 
anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, 
admitem o artigo, de modo que diante deles 
haverá crase, desde que o termo regente exija a 
preposição "a". Para saber se um nome de 
lugar admite ou não a anteposição do artigo 
feminino "a", deve-se substituir o termo regente 
por um verbo que peça a preposição "de" ou 
"em". A ocorrência da contração "da" ou "na" 
prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, 
por isso, haverá crase. 
Por exemplo: 
Vou à França. (Vim da França. Estou na 
França.) 
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na 
Grécia.) 
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) 
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou 
em Porto Alegre.) 
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. 
Estou em Pernambuco.) 
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. 
Estou em São Paulo.) 
 
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver 
especificado, ocorrerá crase. 
Veja: 
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. 
Irei à Salvador de Jorge Amado. 
 
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos 
Aquele (s), Aquela (s), Aquilo 
Haverá crase diante desses pronomes sempre 
que o termo regente exigir a preposição "a". Por 
exemplo: 
Refiro-me a aquele atentado. 
 
Preposição Pronome 
 
Refiro-me àquele atentado. 
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo 
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige 
preposição, portanto, ocorre a crase. 
Observe este outro exemplo: 
Aluguei aquela casa. 
O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não 
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. 
Veja outros exemplos: 
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. 
Quero agradecer àqueles que me socorreram. 
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai. 
Não obedecerei àquele sujeito. 
Assisti àquele filme três vezes. 
Espero aquele rapaz. 
Fiz aquilo que você disse. 
Comprei aquela caneta. 
 
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais 
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual 
e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege 
esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. 
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, 
utilizando a substituição do termo regido feminino por 
um termo regido masculino. Por exemplo: 
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. 
O monumento ao qual me refiro fica no centro da 
cidade. 
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a 
crase. 
Veja outros exemplos: 
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. 
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. 
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam 
responder nenhuma das questões. 
A sessão à qual assisti estava vazia. 
 
Crase com o Pronome Demonstrativo "a" 
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" 
também pode ser detectada pela substituição do termo 
regente feminino por um termo regido masculino. 
Veja: 
 
Minha revolta é ligada à do meu país. 
Meu luto é ligado ao do meu país. 
As orações são semelhantes às de antes. 
Os exemplos são semelhantes aos de antes. 
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. 
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa. 
Suas perguntas são superiores às dele. 
Seus argumentos são superiores aos dele. 
Sua blusa é idêntica à de minha colega. 
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11 
 
A Palavra Distância 
Se a palavra distância estiver especificada, 
determinada, a crase deve ocorrer. Por 
exemplo: 
Sua casa fica à distância de 100 
quilômetros daqui. (A palavra está 
determinada.) 
Todos devem ficar à distância de 50 
metros do palco. (A palavra está 
especificada.) 
Se a palavra distância não estiver especificada, 
a crase não pode ocorrer. 
Por exemplo: 
Os militares ficaram a distância. 
Gostava de fotografar a distância. 
Ensinou a distância. 
Dizem que aquele médico cura a distância. 
Reconheci o menino a distância. 
Observação: por motivo de clareza, para evitar 
ambiguidade, pode-se usar a crase. 
Veja: 
Gostava de fotografar à distância. 
Ensinou à distância. 
Dizem que aquele médico cura à distância. 
 
Casos em que a ocorrência da crase é 
FACULTATIVA 
- Diante de nomes próprios femininos: 
Observação: é facultativo o uso da crase diante 
de nomes próprios femininos porque é 
facultativo o uso do artigo. Observe: 
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. 
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. 
Como podemos constatar, é facultativo o uso 
do artigo feminino diante de nomes próprios 
femininos, então podemos escrever as frases 
abaixo das seguintes formas: 
Entreguei o cartão a 
Paula. 
Entreguei o cartão a 
Roberto. 
Entreguei o cartão à 
Paula. 
Entreguei o cartão ao 
Roberto. 
Contei a Laura o que havia 
ocorrido na noite passada. 
Contei a Pedro o 
que havia ocorrido 
na noite passada. 
Contei à Laura o que havia 
ocorrido na noite passada. 
Contei ao Pedro o 
que havia ocorrido 
na noite passada. 
- Diante de pronome possessivo feminino: 
Observação: é facultativo o uso da crase diante de 
pronomes possessivos femininos porque é facultativo o 
uso do artigo. 
Observe: 
Minha avó tem setenta 
anos. 
Minha irmã está 
esperando por você. 
A minha avó tem 
setenta anos. 
A minha irmã está 
esperando por você. 
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de 
pronomes possessivos femininos, então podemos 
escrever as frases abaixo das seguintes formas: 
Cedi o lugar a minha 
avó. 
Cedi o lugar a meu avô. 
Cedi o lugar à minha 
avó. 
Cedi o lugar ao meu 
avô. 
 
Diga a sua irmã que 
estou esperando por 
ela. 
 
Diga a seu irmão que 
estou esperando por 
ele. 
Diga à sua irmã que 
estou esperando por 
ela. 
Diga ao seu irmão que 
estou esperando por 
ele. 
- Depois da preposição até: 
Fui até a praia. ou Fui até à praia. 
Acompanhe-o até a 
porta. 
ou 
Acompanhe-o até à 
porta. 
A palestra vai até as 
cinco horas da tarde. 
ou 
A palestra vai até às 
cinco horas da tarde. 
 
EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Assinale como Falso (F) ou Verdadeiro (V): 
1. ( ) A assistência às aulas é indispensável. 
2. ( ) Esta novela nem se compara a que assistimos. 
3. ( ) Obedecerei àquilo que me for determinado 
4. ( ) O professor foi a Taguatinga comprar pinga. 
5. ( ) Chegou a casa e logo se jogou na cama. 
6. ( ) Os turistas foram à terra comprar flores. 
7. ( ) Via-se, a distância de cem metros, uma luz. 
8. ( ) Diga a Adriana que a estamos esperando. 
9. ( ) Ela fez alusões a sua classe e não a minha. 
10. ( ) O conselheiro jamais perdoou a Dona Margarida. 
11. ( ) Esta alameda vai até à chácara de meu pai. 
12.( ) Os meninos cheiravam a cola. 
13. ( ) Eles andavam à toa, sempre à procura de 
dinheiro, vivendo e comendo à medida que 
podiam. 
Múltipla escolha 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12 
14. Assinale a alternativa em que o acento 
indicativo da crase é obrigatório nas duas 
ocorrências. 
 
a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. 
As leis estão subordinadas a Lei-Mãe. 
b) Obedecer aqueles princípios é necessário. É 
direito que assiste a autora rever a emenda. 
c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de 
emenda. Agiram contra a lei. 
d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários 
a lei. 
e) O Presidente atendeu a reivindicação do 
ministro. Procurou-se assistir as populações 
atingidas pela 
seca. 
 
15. Não sei ________ quem devo dirigir-me: se 
______ funcionária desta seção, ou _____ da 
seção 
de protocolo. 
a) a-a-a; c) a-à-à; e) à-à-à. 
b) a-à-a; d) à-a-à; 
 
16. Assinale a alternativa em que a crase está 
indicada corretamente. 
a) Não se esqueça de chegar à casa cedo. 
b) Prefiro isto aquilo, já que ao se fazer o bem 
não se olha à quem. 
c) Já que pagaste àquelas dívidas, à que 
situação aspiras? 
d) Chegaram até à região marcada e daí 
avançaram até à praia. 
e) É um perigo andar a pé, sozinho, a uma hora 
da madrugada. 
 
17. Daqui _____ vinte quilômetros, o viajante 
encontrará, logo _____ entrada do grande 
bosque, uma 
estátua que _____ séculos foi erigida em 
homenagem deusa da mata. 
a) a-à-há-à; d) a-à-à-à; 
b) há -a-à-a; e) há -a-há-a. 
c) à-há-à-à; 
 
18. O progresso chegou inesperadamente 
_____ subúrbio. Daqui ________ poucos anos, 
nenhum dos 
seus moradores se lembrará mais das casinhas 
que, _______ tão pouco tempo, marcavam a 
paisagem familiar. 
a) aquele - a - a; d) àquele - a - há; 
b) àquele - à - há; e) aquele - à - há. 
c) àquele - à - à; 
 
19. O fenômeno _______ que aludi é visível 
_______ noite e olho nu. 
a) a-a-a; c) a-à-a; e) à-à-a. 
b) a-à-à; d) a-à-à; 
 
20. Já estavam _______ poucos metros da clareira 
_________ qual foram ter por um atalho aberto 
_______ facão. 
a) à-à-a; c) a-a-à; e) à-à-à. 
b) a-à-a; d) à-a-à; 
 
21. Assinale a opção incorreta no que se refere ao 
emprego do acento grave indicativo de crase. 
a) Há cinco anos vivendo em São Paulo, um cidadão 
inglês foi constrangido a abandonar a tradicional 
pontualidade britânica. Para ir à casa de seus alunos, 
ele enfrenta horas de trânsito congestionado. 
b) Assustado com os efeitos do trânsito sobre os índices 
de poluição, o secretário estadual de Meio 
Ambiente pregou a necessidade de restringir à 
circulação de carros na capital paulista. 
c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do 
País, a prefeitura recorreu à parceria com a 
iniciativa privada para alargar as avenidas mais 
importantes. 
d) O motorista entregou a documentação a uma das 
funcionárias do Departamento e ficou à espera do 
resultado, a fim de que pudesse resolver o seu problema 
a curto prazo. 
e) Quanto àquele problema de falta de verbas para o 
Departamento, o diretor resolveu dirigir-se 
diretamente a Sua Excelência, de modo a deixar os 
funcionários mais tranqüilos. 
 
22. "Hoje deve haver menos gente por lá, conjeturou; 
ótimo, porque assim trabalho à vontade." 
Assinale a alternativa em que também deve ocorrer o 
acento grave indicador da crase. 
a) O dia 28 de outubro é consagrado a todas as pessoas 
que trabalham no serviço público. 
b) O ponto era facultativo somente a funcionárias do 
ING. 
c) João Brandão foi a tarde ao ING. 
d) Ele galgava a parede quando o vigia o encontrou. 
 
23. Assinale a frase em que o acento indicador da crase 
foi usado incorretamente. 
a) A obsessão à qual sacrificou a juventude não o 
persegue mais. 
b) Sentavam-se nas pedras do caminho à espera da 
comitiva do peão. 
c) Na imaginação, porém, ele voltava àquele mundo de 
sonho e fantasia. 
d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, à casa de 
meu amigo. 
e) Tenho certeza de que os documentos não fazem 
referência à nada do que dizes. 
 
24. Assinale o emprego incorreto de "a" e "à". 
a) "Os detritos cósmicos viajam a mais de 3.200 km por 
hora, 2,6 vezes a velocidade do som. 
b) A essa velocidade, uma esfera de metal do tamanho 
de uma unha que se chocar contra um objeto 
maior ... 
c) ... libera energia equivalente a explosão de uma 
granada. O futuro desses objetos é um dia 
precipitarem-se sobre a Terra. 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13 
d) Os menores devem desintegrar-se. Os 
maiores podem chegar à superfície quase 
intactos. 
e) Na prática, isso já vem ocorrendo em escala 
menor: em algumas de suas missões, também o 
ônibus espacial já retornou à Terra com avarias 
provocadas por colisões em órbita." 
(VEJA, 22/3/95 - adaptado) 
 
25. Indique a letra em que os termos preenchem 
corretamente, pela ordem, as lacunas do trecho 
dado. 
"Assustada _____ família com os versos em que 
o via sempre ocupado, foi reclamar ao grande 
mestre 
que não o via estudar em casa, ao que lhe foi 
respondido que _____ sua assiduidade e 
aplicação 
_____ aulas nada deixavam _____ desejar. Era 
o que bastava e daí por diante continuou 
tranqüilo a 
ler e fazer versos..." (Francisco Venâncio Filho) 
a) à-a-as-à; d) à-a-as-à; 
b) a-à-às-a; e) à-à-às-a. 
c) a-a-às-a; 
 
GABARITO: 
 
1. V 6. F 11. V 16. D 21. B 
2. F 7. F 12. V 17. A 22. C 
3. V 8. V 13. V 18. D 23. E 
4. V 9. F 14. B 19. C 24. C 
5. V 10. V 15. C 20. B 25. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14 
 
 
substantivo, adjetivo, numeral, pronome, 
verbo, advérbio, preposição e conjunção: 
emprego e sentido que imprimem às 
relações que estabelecem. 
 
Consultando a gramática, descobrimos 
que dentre as partes que a constituem há uma 
que, por excelência, permite-nos tornar 
conhecedores da forma como se estruturam as 
palavras, levando em conta aspectos 
específicos, como é caso das flexões, por 
exemplo. Estamos fazendo referência à 
morfologia, obviamente, aquela responsável 
por nos apresentar acerca das dez classes 
gramaticais. 
Em se tratando delas, das classes gramaticais, 
um dos aspectos que lhes são inerentes diz 
respeito à flexão e não flexão das palavras, que, 
por sua vez, traduz os nossos objetivos ao travar 
essa importante discussão, por isso, iremos falar 
um pouco mais acerca das palavras variáveis 
e das palavras invariáveis. 
 
Essas classes podem ser: 
 Variáveis – São as que apresentam 
variações ou flexões em sua forma. 
 
 Invariáveis – São as que se apresentam 
sempre com a mesma forma. 
Observe, no quadro a seguir, a classificação 
geral das classes de palavras: 
 
Cabe, portanto, ressaltar que as palavras 
variáveis são aquelas que sofrem variações em 
sua forma, o que resulta nas chamadas 
desinências nominais de gênero e de número, 
bem como nas desinências verbais, de modo, 
tempo, número e pessoa. 
Assim, ao revelarmos acerca das 
desinências nominais, já que estamos fazendo 
referência à morfologia, equivale afirmar que 
elas se aplicam às classes gramaticais 
representadas pelo substantivo, artigo, adjetivo, 
pronome e numeral, haja vista que se 
classificam, gramaticalmente dizendo, como 
nomes. Dessa forma, nada melhor que 
analisarmos alguns exemplos, tornando nosso 
aprendizado ainda mais efetivo: 
Ele é um meninoesperto – gênero masculino, o que 
nos permite concluir que há a ausência de desinência. 
Ela é uma garota esperta – Constatamos agora o 
gênero feminino e a desinência “a”. 
Mário é um rapaz educado – Em se tratando do 
número, afirmamos ser tal elemento demarcado no 
singular, bem como constatamos a ausência de 
desinência. 
Eles são uns rapazes educados – constatamos se 
tratar de um número plural associado à presença da 
desinência “s”. 
Agora, referindo-nos às desinências verbais, constata-
se que elas são representadas pelas desinências de 
modo e tempo (DMT) e pelas desinências de número e 
pessoa (DNP). Observemos então o exemplo que 
segue: 
Estávamos com muita saudade de todos vocês. 
Assim, infere-se que: 
- va – DMT - desinência modo-temporal indicando o 
pretérito imperfeito do modo indicativo. 
- mos – DNP – desinência número-pessoal indicando a 
primeira pessoa do plural (nós). 
Diante de tais elucidações, afirmamos que elas se 
aplicam às chamadas palavras variáveis. 
Para completar nossos estudos acerca do caso em 
questão cumpre afirmar que palavras invariáveis, como 
nos revela o próprio nome, são aquelas que não sofrem 
flexão nenhuma, demarcadas pelos advérbios, 
preposições, conjunções e interjeições. 
 
CLASSES DE PALAVRAS CLASSIFICAÇÃO E 
EMPREGO: 
 
As palavras são classificadas de acordo com as 
funções exercidas nas orações. 
Na língua portuguesa podemos classificar as 
palavras em: 
 Substantivo 
 Adjetivo 
 Pronome 
 Verbo 
 Artigo 
 Numeral 
 Advérbio 
 Preposição 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15 
 Interjeição 
 Conjunção 
 
 
 
É a palavra variável que denomina 
qualidades, sentimentos, sensações, ações, 
estados e seres em geral. 
Quanto a sua formação, o substantivo 
pode ser primitivo (jornal) ou derivado 
(jornalista), simples (alface) ou composto 
(guarda-chuva). 
Já quanto a sua classificação, ele pode 
ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), 
concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). 
Os substantivos concretos designam 
seres de existência real ou que a imaginação 
apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os 
substantivos abstratos designam qualidade, 
sentimento, ação e estado dos seres: beleza, 
cegueira, dor, fuga. 
Os substantivos próprios são sempre 
concretos e devem ser grafados com iniciais 
maiúsculas. 
Certos substantivos próprios podem 
tornar-se comuns, pelo processo de derivação 
imprópria (um judas = traidor / um panamá = 
chapéu). 
Os substantivos abstratos têm existência 
independente e podem ser reais ou não, 
materiais ou não. Quando esses substantivos 
abstratos são de qualidade tornam-se concretos 
no plural (riqueza X riquezas). 
Muitos substantivos podem ser 
variavelmente abstratos ou concretos, conforme 
o sentido em que se empregam (a redação das 
leis requer clareza / na redação do aluno, 
assinalei vários erros). 
Já no tocante ao gênero (masculino X 
feminino) os substantivos podem ser: 
 biformes: quando apresentam 
uma forma para o masculino e outra para o 
feminino. (rato, rata ou conde X condessa). 
 uniformes: quando apresentam 
uma única forma para ambos os gêneros. Nesse 
caso, eles estão divididos em: 
 epicenos: usados para animais 
de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, 
badejo, besouro, codorniz; 
 comum de dois gêneros: 
aqueles que designam pessoas, fazendo a 
distinção dos sexos por palavras determinantes - 
aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, 
médium, silvícola; 
 sobrecomuns - apresentam um só 
gênero gramatical para designar pessoas de ambos os 
sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, 
verdugo; 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, 
mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta X a 
corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X 
a guia / o lente X a lente / o língua X a língua / o moral X 
a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga X a 
voga). 
Os nomes terminados em -ão fazem feminino 
em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, valentona). 
Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, 
entretanto a maioria é invariável (monge X monja, 
infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante). 
Quanto ao número (singular X plural), os 
substantivos simples formam o plural em função do final 
da palavra. 
 vogal ou ditongo (exceto -ÃO): 
acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus); 
 ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, 
variando em cada palavra (pagãos, cidadãos, cortesãos, 
escrivães, sacristães, capitães, capelães, tabeliães, 
deães, faisães, guardiães). 
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão 
fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos). Alguns 
gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e 
artesão (adorno arquitetônico) - artesões. 
 -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -NS 
(jardim X jardins); 
 -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X 
raízes); 
-S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X 
países). Os não-oxítonos terminados em -S são 
invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os 
lápis, os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis; 
-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X 
hifens ou hífenes), cânon > cânones; 
-X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax X os 
tórax); 
-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, 
barril X barris). Exceto mal por males, cônsul por 
cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou meles; 
IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -
IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis). 
Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / 
projetil por projéteis / projetis; 
sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a 
palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o 
sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, 
SUBSTANTIVO 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16 
mulherezinhas). Observação: palavras com 
esses sufixos não recebem acento gráfico. 
metafonia: -o tônico fechado no singular muda 
para o timbre aberto no plural, também variando 
em função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X 
bolos). 
Observação: avôs (avô paterno + avô materno), 
avós (avó + avó ou avô + avó). 
Os substantivos podem apresentar diferentes 
graus, porém grau não é uma flexão nominal. 
São três graus: normal, aumentativo e diminutivo 
e podem ser formados através de dois 
processos: 
analítico: associando os adjetivos (grande ou 
pequeno, ou similar) ao substantivo; 
sintético: anexando-se ao substantivo sufixos 
indicadores de grau (meninão X menininho). 
Certos substantivos, apesar da forma, não 
expressam a noção aumentativa ou diminutiva. 
(cartão, cartilha). 
alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -
az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; 
alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -
ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é 
obrigatório quando o substantivo terminar em 
vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho); 
O aumentativo pode exprimir desprezo 
(sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade 
(amigão); enquanto o diminutivo pode indicar 
carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, 
casebre). 
Algumas curiosidades sobre os substantivos: 
Palavras masculinas: 
ágape (refeição dos primitivos cristãos); 
anátema (excomungação); 
axioma (premissa verdadeira); 
caudal (cachoeira); 
carcinoma (tumor maligno); 
champanha, clã, clarinete, contralto, coma, 
diabete/diabetes (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); 
herpes, hosana (hino); 
jângal (floresta da Índia); 
lhama, praça (soldado raso); 
praça (soldado raso); 
proclama, sabiá, soprano (FeM classificamcomo 
gênero vacilante); 
suéter, tapa (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
teiró (parte de arma de fogo ou arado); 
telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). 
Palavras femininas: 
abusão (engano); 
alcíone (ave doa antigos); 
aluvião, araquã (ave); 
áspide (reptil peçonhento); 
baitaca (ave); 
cataplasma, cal, clâmide (manto grego); 
cólera (doença); 
derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); 
filoxera (inseto e doença); 
gênese, guriatã (ave); 
hélice (FeM classificam como gênero vacilante); 
jaçanã (ave); 
juriti (tipo de aves); 
libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); 
sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); 
usucapião (FeM classificam como gênero vacilante); 
xerox (cópia). 
Gênero vacilante: 
acauã (falcão); 
inambu (ave); 
laringe, personagem (Ceg. fala que é usada 
indistintamente nos dois gêneros, mas que há 
preferência de autores pelo masculino); 
víspora. 
 
Alguns femininos: 
abade - abadessa; 
abegão (feitor) - abegoa; 
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina; 
aldeão - aldeã; 
anfitrião - anfitrioa, anfitriã; 
beirão (natural da Beira) - beiroa; 
besuntão (porcalhão) - besuntona; 
bonachão - bonachona; 
bretão - bretoa, bretã; 
cantador - cantadeira; 
cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz; 
castelão (dono do castelo) - castelã; 
catalão - catalã; 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17 
cavaleiro - cavaleira, amazona; 
charlatão - charlatã; 
coimbrão - coimbrã; 
cônsul - consulesa; 
comarcão - comarcã; 
cônego - canonisa; 
czar - czarina; 
deus - deusa, déia; 
diácono (clérigo) - diaconisa; 
doge (antigo magistrado) - dogesa; 
druida - druidesa; 
elefante - elefanta e aliá (Ceilão); 
embaixador - embaixadora e embaixatriz; 
ermitão - ermitoa, ermitã; 
faisão - faisoa (Cegalla), faisã; 
hortelão (trata da horta) - horteloa; 
javali - javalina; 
ladrão - ladra, ladroa, ladrona; 
felá (camponês) - felaína; 
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; 
frade - freira; 
frei - sóror; 
gigante - giganta; 
grou - grua; 
lebrão - lebre; 
maestro - maestrina; 
maganão (malicioso) - magana; 
melro - mélroa; 
mocetão - mocetona; 
oficial - oficiala; 
padre - madre; 
papa - papisa; 
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; 
parvo - párvoa; 
peão - peã, peona; 
perdigão - perdiz; 
prior - prioresa, priora; 
mu ou mulo - mula; 
rajá - rani; 
rapaz - rapariga; 
rascão (desleixado) - rascoa; 
sandeu - sandia; 
sintrão - sintrã; 
sultão - sultana; 
tabaréu - tabaroa; 
varão - matrona, mulher; 
veado - veada; 
vilão - viloa, vilã. 
Substantivos em -ÃO e seus plurais: 
alão - alões, alãos, alães; 
aldeão - aldeãos, aldeões; 
capelão - capelães; 
castelão - castelãos, castelões; 
cidadão - cidadãos; 
cortesão - cortesãos; 
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; 
escrivão - escrivães; 
folião - foliões; 
hortelão - hortelões, hortelãos; 
pagão - pagãos; 
sacristão - sacristães; 
tabelião - tabeliães; 
tecelão - tecelões; 
verão - verãos, verões; 
vilão - vilões, vilãos; 
vulcão - vulcões, vulcãos. 
 
Alguns substantivos que sofrem metafonia no 
plural: 
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, 
destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, forro, fosso, 
imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, 
socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco. 
 
Substantivos só usados no plural: 
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), 
calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), 
cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças 
(solenidades religiosas), esponsais (contrato de 
casamento ou noivado), esposórios (presente de 
núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), 
férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de 
orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias 
(começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., 
além dos nomes de naipes. 
 
Coletivos: 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18 
 
alavão - ovelhas leiteiras; 
armento - gado grande (búfalos, elefantes); 
assembléia (parlamentares, membros de 
associações); 
atilho - espigas; 
baixela - utensílios de mesa; 
banca - de examinadores, advogados; 
bandeira - garimpeiros, exploradores de 
minérios; 
bando - aves, ciganos, crianças, salteadores; 
boana - peixes miúdos; 
cabido - cônegos (conselheiros de bispo); 
cáfila - camelos; 
cainçalha - cães; 
cambada - caranguejos, malvados, chaves; 
cancioneiro - poesias, canções; 
caterva - desordeiros, vadios; 
choldra, joldra - assassinos, malfeitores; 
chusma - populares, criados; 
conselho - vereadores, diretores, juízes 
militares; 
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; 
concílio - bispos; 
canzoada - cães; 
conclave - cardeais; 
congregação - professores, religiosos; 
consistório - cardeais; 
fato - cabras; 
feixe - capim, lenha; 
junta - bois, médicos, credores, examinadores; 
girândola - foguetes, fogos de artifício; 
grei - gado miúdo, políticos; 
hemeroteca - jornais, revistas; 
legião - anjos, soldados, demônios; 
malta - desordeiros; 
matula - desordeiros, vagabundos; 
miríade - estrelas, insetos; 
nuvem - gafanhotos, pó; 
panapaná - borboletas migratórias; 
penca - bananas, chaves; 
récua - cavalgaduras (bestas de carga); 
renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas; 
réstia - alho, cebola; 
ror - grande quantidade de coisas; 
súcia - pessoas desonestas, patifes; 
talha -lenha; 
tertúlia - amigos, intelectuais; 
tropilha - cavalos; 
vara - porcos. 
 
Substantivos compostos: 
Os substantivos compostos formam o plural da seguinte 
maneira: 
sem hífen formam o plural como os simples 
(pontapé/pontapés); 
caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade 
das palavras que compõem o substantivo para pluralizá-
los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, 
numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: 
verbo, preposição, advérbio, prefixo; 
em elementos repetidos, muito parecidos ou 
onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-
ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues); 
com elementos ligados por preposição, apenas o 
primeiro se flexiona (pés-de-moleque); 
são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-
duques, grã-cruzes, bel-prazeres); 
só variará o primeiro elemento nos compostos formados 
por dois substantivos, onde o segundo limita o primeiro 
elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade 
deste (sambas-enredo, bananas-maçã) 
nenhum dos elementos vai para o plural se formado por 
verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os 
leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-
abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-
me-diz); 
compostos cujo segundo elemento já está no plural não 
variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-
canivetes); 
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por 
ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não 
pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas). 
 
Questões de concursos comentadas 
 
1. (UFV-MG) Assinale a alternativa em que a palavra 
destacada pertence à classe dos substantivos. 
a) O médico louco disse que no hospício não havia 
telefone. 
b) De médico e de louco, todo mundo tem um pouco. 
c) “Sou louco por ti, América!” 
d) Ele parecia completamente louco. 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 19 
e) A cidade julgava o prefeito louco. 
 
 Comentário: 
 
Na alternativa B, “De médicoe de louco, todo 
mundo 
tem um pouco”, a palavra “louco” nomeia o ser, 
sendo, 
portanto, um substantivo. 
 
Nas demais frases, a palavra “louco” pertence à 
classe dos adjetivos. 
Gabarito: B 
 
2. (FESP-SP) Assinale a alternativa que 
contenha 
substantivos, respectivamente, abstrato, 
concreto e 
concreto. 
a) fada, fé, menino. 
b) fé, fada, beijo. 
c) beijo, fada, menino. 
d) amor, pulo, menino. 
e) menino, amor, pulo. 
 
 
 Comentário: 
 
a) Errado: fada (concreto), fé (abstrato) e 
menino (concreto). 
b) Errado: fé (abstrato), fada (concreto) e beijo 
(abstrato). 
c) Correto: beijo (abstrato), fada (concreto) e 
menino (concreto). 
d) Errado: amor (abstrato), pulo (abstrato) e 
menino (concreto). 
e) Errado: menino (concreto), amor (abstrato) e 
pulo (abstrato). 
Gabarito: C 
 
Questão de concurso comentada 
1. (TRT-RJ) Escolha a alternativa cujos gêneros, 
pela ordem, correspondem aos seguintes 
vocábulos: alface, grama (peso), dó e 
telefonema. 
 
a) masculino - feminino - masculino - feminino. 
b) feminino - feminino - masculino - feminino. 
c) masculino - feminino - masculino - masculino. 
d) feminino - masculino - masculino - masculino. 
e) feminino - feminino - masculino - masculino. 
 
 Comentário: 
 
Apenas o substantivo alface é feminino. Grama 
(unidade da massa), dó (sentimento de pena, 
nota musical) e telefonema são substantivos 
masculinos. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
É a palavra variável que restringe a significação 
do substantivo, indicando qualidades e características 
deste. Mantém com o substantivo que determina relação 
de concordância de gênero e número. 
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem 
geográfica, normalmente são formados pelo acréscimo 
de um sufixo ao substantivo de que se originam 
(Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou 
compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades 
ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma 
reduzida e erudita, com exceção do último elemento 
(franco-ítalo-brasileiro). 
locuções adjetivas: expressões formadas por 
preposição e substantivo e com significado equivalente a 
adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima 
= andar superior / estar com fome = estar faminto). 
São adjetivos eruditos: 
açúcar - sacarino; 
águia - aquilino; 
anel - anular; 
astro - sideral; 
bexiga - vesical; 
bispo - episcopal; 
cabeça - cefálico; 
chumbo - plúmbeo; 
chuva - pluvial; 
cinza - cinéreo; 
cobra - colubrino, ofídico; 
dinheiro - pecuniário; 
estômago - gástrico; 
fábrica - fabril; 
fígado - hepático; 
fogo - ígneo; 
guerra - bélico; 
homem - viril; 
inverno - hibernal; 
lago - lacustre; 
lebre - leporino; 
lobo - lupino; 
marfim - ebúrneo, ebóreo; 
memória - mnemônico; 
moeda - monetário, numismático; 
ADJETIVO 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 20 
neve - níveo; 
pedra - pétreo; 
prata - argênteo, argentino, argírico; 
raposa - vulpino; 
rio - fluvial, potâmico; 
rocha - rupestre; 
sonho - onírico; 
sul - meridional, austral; 
tarde - vespertino; 
velho, velhice - senil; 
vidro - vítreo, hialino. 
Quanto à variação dos adjetivos, eles 
apresentam as seguintes características: 
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X 
honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que 
um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que 
tem terminação masculina ou feminina. 
No tocante a número, os adjetivos simples 
formam o plural segundo os mesmos princípios 
dos substantivos simples, em função de sua 
terminação (agradável X agradáveis). Já os 
substantivos utilizados como adjetivos ficam 
invariáveis (blusas cinza). 
Os adjetivos terminados em -OSO, além do 
acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do 
primeiro -o, num processo de metafonia. 
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas 
formas: comparativo e superlativo. 
O grau comparativo refere-se a uma mesma 
qualidade entre dois ou mais seres, duas ou 
mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de 
igualdade: tão alto quanto (como / quão); de 
superioridade: mais alto (do) que (analítico) / 
maior (do) que (sintético) e de inferioridade: 
menos alto (do) que. 
O grau superlativo exprime qualidade em grau 
muito elevado ou intenso. 
O superlativo pode ser classificado como 
absoluto, quando a qualidade não se refere à de 
outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo 
de advérbio de intensidade) ou sintético (-
íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo) 
O superlativo pode ser também relativo, 
qualidade relacionada, favorável ou 
desfavoravelmente, à de outros elementos. 
Pode ser de superioridade analítico (o mais alto 
de/dentre), de superioridade sintético (o maior 
de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto 
de/dentre). 
São superlativos absolutos sintéticos 
eruditos da língua portuguesa: 
acre - acérrimo; 
alto - supremo, sumo; 
amável - amabilíssimo; 
amigo - amicíssimo; 
baixo - ínfimo; 
cruel - crudelíssimo; 
doce - dulcíssimo; 
dócil - docílimo; 
fiel - fidelíssimo; 
frio - frigidíssimo; 
humilde - humílimo; 
livre - libérrimo; 
magro - macérrimo; 
mísero - misérrimo; 
negro - nigérrimo; 
pobre - paupérrimo; 
sábio - sapientíssimo; 
sagrado - sacratíssimo; 
são - saníssimo; 
veloz - velocíssimo. 
Os adjetivos compostos formam o plural da seguinte 
forma: 
têm como regra geral, flexionar o último elemento em 
gênero e número (lentes côncavo-convexas, problemas 
sócio-econômicos); são invariáveis cores em que o 
segundo elemento é um substantivo (blusas azul-
turquesa, bolsas branco-gelo); não variam as locuções 
adjetivas formadas pela expressão cor-de-... (vestidos 
cor-de-rosa); as cores: azul-celeste e azul-marinho são 
invariáveis; em surdo-mudo flexionam-se os dois 
elementos. 
 
Adjetivos - Exercícios com Gabarito 
 
1. Assinale a alternativa em que o adjetivo que 
qualifica o substantivo seja explicativo: 
 
a) dia chuvoso; 
b) água morna; 
c) moça bonita; 
d) fogo quente; 
e) lua cheia. 
 
 
2. Assinale a alternativa que contém o grupo de 
adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três Corações” 
e “Moscou”: 
 
a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita; 
b) Nipônico,Tricordiano, Soviético; 
http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/adjetivos-exercicios-com-gabarito.html
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 21 
c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita; 
d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita; 
e) Oriental, Tricardíaco, Soviético. 
 
 
3. Ainda sobre os adjetivos gentílicos, diz-se que 
quem nasce em “Lima”, “Buenos Aires” e 
“Jerusalém” é: 
 
a) Limalho-Portenho-Jerusalense; 
b) Limenho-Bonaerense-Hierosolimita; 
c) Límio-Portenho-Jerusalita; 
d) Limenho-Bonaerense-Jerusalita; 
e) Limeiro-Bonaerense-Judeu; 
 
 
4.No trecho “os jovens estão mais ágeis que 
seus pais”, temos: 
 
a) um superlativo relativo de superioridade; 
b) um comparativo de superioridade; 
c) um superlativo absoluto; 
d) um comparativo de igualdade. 
e) um superlativo analítico de ágil. 
 
 
5. Relacione a 1ª coluna à 2ª: 
 
1 - água de chuva ( ) Fluvial 
2 - olho de gato ( ) Angelical 
3 - água de rio ( ) Felino 
4 - Cara-de-anjo ( ) Pluvial 
 
 
Assim temos: 
 
a) 1 – 4 – 2 – 3; 
b) 3 – 2 – 1 – 4; 
c) 3 – 1 – 2 – 4; 
d) 3 – 4 – 2 – 1; 
e) 4 – 3 – 1 – 2. 
 
 
6. Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” 
e “Este livro é mais lindo que aquele”, Há os 
graus comparativos: 
 
a) de superioridade, respectivamente sintético e 
analítico; 
b) de superioridade, ambos analíticos; 
c) de superioridade, ambos sintéticos; 
d) relativos; 
e) superlativos. 
 
 
7. Selecione a alternativa que completa 
corretamente as lacunas da frase apresentada: 
“Os acidentados foram encaminhados a 
diferentes clínicas____________________” . 
 
a) médicas-cirúrgicas; 
b) médica-cirúrgicas; 
c) médico-cirúrgicas; 
d) médicos-cirúrgicas; 
e) médica-cirúrgicos. 
 
 
8. Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação ao 
substantivo, pode ou não mudar o sentido do enunciado. 
Assim, nas frases “Ele é um homem pobre” e “Ele é um 
pobre homem”. 
 
a) 1ª fala de um sem recursos materiais; a 2ª fala de um 
homem infeliz; 
b) a 1ª fala de um homem infeliz; a 2ª fala de um homem 
sem recursos materiais; 
c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem 
fazer referência a questões materiais; 
d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido 
de recursos; 
e) o homem é infeliz e desprovido de recursos materiais, 
em ambas. 
 
 
9.O item em que a locução adjetiva não corresponde ao 
adjetivo dado é: 
 
a) hibernal - de inverno; 
b) filatélico - de folhas; 
c) discente - de alunos; 
d) docente - de professor; 
e) onírico - de sonho. 
 
 
10. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm 
uma só forma para os dois gêneros: 
 
a) andaluz, hindu, comum; 
b) europeu, cortês, feliz; 
c) fofo, incolor, cru; 
d) superior, agrícola, namorador; 
e) exemplar, fácil, simples. 
 
 
GABARITO 
 
1. D 
2. D 
3. B 
4. B 
5. D 
6. A 
7. C 
8. A 
9. B 
10. E 
 
 
 
 
 
 
 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 22 
 
 
 
 
É palavra variável em gênero, número e 
pessoa que substitui ou acompanha um 
substantivo, indicando-o como pessoa do 
discurso. 
 
A diferença entre pronome substantivo e 
pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer 
tipo de pronome, podendo variar em função do 
contexto frasal. Assim, o pronome substantivo é 
aquele que substitui um substantivo, 
representando-o. (Ele prestou socorro). Já o 
pronome adjetivo é aquele que acompanha um 
substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é 
belo). Os pronomes pessoais são sempre 
substantivos. 
 
Quanto às pessoas do discurso, a língua 
portuguesa apresenta três pessoas: 
1ª pessoa - aquele que fala, emissor; 
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor; 
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, 
referente. 
 
Pronome pessoal: 
 
Indicam uma das três pessoas do 
discurso, substituindo um substantivo. Podem 
também representar, quando na 3ª pessoa, uma 
forma nominal anteriormente expressa (A moça 
era a melhor secretária, ela mesma agendava os 
compromissos do chefe). 
A seguir um quadro com todas as formas do 
pronome pessoal: 
 
 
Pronomes pessoais 
Número Pessoa 
Pronomes 
retos 
Pronomes 
oblíquos 
Átonos Tônicos 
singular 
primeira 
segunda 
terceira 
eu 
tu 
ele, ela 
me 
te 
o, a, 
lhe, se 
mim, 
comigo 
ti, 
contigo 
ele, ela, 
si, 
consigo 
plural 
primeira 
segunda 
terceira 
nós 
vós 
eles, elas 
nos 
vos 
os, as, 
lhes, 
nós, 
conosco 
vós, 
convosc
o 
se 
eles, 
elas, si, 
consigo 
Os pronomes pessoais apresentam variações de 
forma dependendo da função sintática que exercem na 
frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, 
normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, 
geralmente, de complemento. 
 
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos 
de preposição. Em comigo, contigo, conosco e 
convosco, a preposição com já é parte integrante do 
pronome. 
 
Os pronomes de tratamento estão enquadrados 
nos pronomes pessoais. São empregados como 
referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa), 
entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa. 
Também são considerados pronomes de tratamento as 
formas você, vocês (provenientes da redução de Vossa 
Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita. 
 
Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, os, 
as completam verbos que não vêm regidos de 
preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das 
preposições a ou para (não expressas). 
 
Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, 
to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão de dois 
objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém 
mo disse = ninguém o disse a mim). 
 
Os pronomes átonos o, a, os e as viram lo(a/s), 
quando associados a verbos terminados em r, s ou z e 
viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo 
nasal. 
 
Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos 
desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo 
no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir 
e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as 
chorando). 
 
A forma você, atualmente, é usada no lugar da 
2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no plural, 
levando o verbo para a 3ª pessoa. 
 
Já as formas de tratamento serão precedidas de 
Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa e de 
Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na 
abreviatura o V. pelo S. 
 
Quando precedidos de preposição, os pronomes 
retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como 
oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de 
preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um 
verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim 
fazer). 
 
PRONOME 
 
Português 
 
Atendimento: (Fixo) 3352-1392 ZAP: (Tim) 983186353 site: www.apostilasautodidata.com.br Página 23 
Os pronomes acompanhados de só ou 
todos, ou seguido de numeral, assumem forma 
reta e podem funcionar como objeto direto 
(Estava só ele no banco / Encontramos todos 
eles). 
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter 
valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem 
ter valor reflexivo e recíproco. 
 
As formas si e consigo têm valor 
exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª 
pessoa. Já conosco e convosco devem aparecer 
na sua forma analítica (com nós e com vós) 
quando vierem com modificadores (todos, 
outros, mesmos, próprios, numeral ou oração 
adjetiva). 
 
Os pronomes pessoais retos podem 
desempenhar função de sujeito, predicativo do 
sujeito ou vocativo, este último com tu e vós 
(Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / 
Ó, tu, Senhor Jesus). 
 
Quanto ao uso das preposições junto 
aos pronomes, deve-se saber que não se pode 
contrair as preposições de e em com pronomes 
que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, 
desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui). 
 
Os pronomes átonos podem assumir 
valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / 
Pesavam-lhe os olhos), enquanto alguns átonos 
são partes integrantes de verbos como suicidar-
se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-
se, vangloriar-se. 
 
Já os pronomes oblíquos podem ser usados 
como expressão expletiva (Não me venha com 
essa). 
 
Pronome possessivo: 
 
Fazem referência às pessoas do discurso, 
apresentando-as como possuidoras de algo. 
Concordam em gênero e número com a coisa 
possuída. 
 
São pronomes possessivos da língua 
portuguesa as formas: 
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s); 
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s); 
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s). 
 
Quanto ao emprego, normalmente, vem 
antes do nome a que se refere; podendo, 
também, vir depois do substantivo que 
determina. Neste último caso, pode até alterar o 
sentido da frase. 
 
O uso do possessivo seu (a/s) pode 
causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se 
preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria 
estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode 
também indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 
40 anos). 
 
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem 
valor de posse por ser uma alteração fonética de 
Senhor. 
 
Pronome demonstrativo: 
Indicam posição de algo em relação às pessoas do 
discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este 
(a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso 
e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente 
como substitutos de substantivos. 
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) 
podem desempenhar papel de pronome demonstrativo. 
Quanto ao emprego, os

Continue navegando