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Resumo Economia e Mercado

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É importante conhecer Economia!
 Conceitos básicos de Economia; Modelos que, apesar de simplificados, têm forte conteúdo explicativo dos diferentes fenômenos econômicos. O problema econômico, concretizado no conflito entre as necessidades ilimitadas dos agentes econômicos e os recursos disponíveis para o seu atendimento; As leis da demanda e da oferta e as condições de obtenção do equilíbrio de mercado, entre preços e quantidades; Os diferentes tipos de bens e serviços; As variadas estruturas de mercados.
Definitivamente já se foi o tempo em que a economia era considerada um assunto de interesse basicamente de pessoas ligadas ao mundo dos negócios, finanças ou que tenham atuação em unidades de governo. Basta ver a profusão de notícias e informações nos diferentes tipos de mídias (escrita, falada etc.) abordando fatos e repercussões econômicas.
Aristóteles distinguiu as finanças da gestão doméstica e da comercial, tomando o dinheiro como unidade de troca. De acordo com a teoria aristotélica, as finanças eram naturais porque implicavam a aquisição de bens para garantir a autossuficiência, tendo em conta as necessidades práticas; ao passo que a gestão doméstica e o comércio permitiam alcançar a riqueza como um fim, sem limites (DN, 2011). No período da pré-economia, anterior ao desenvolvimento da Revolução Industrial, a atividade econômica era vista como parte integrante da Filosofia, Moral e Ética, o que predominou durante toda a Idade Média.
 Iniciou-se o estudo sistemático de economia a partir dos grandes avanços nas áreas de Física e Biologia (séculos XVIII e XIX): A Economia sofreu um grande impulso a partir da Revolução Comercial e, posteriormente, da Industrial e a expansão do capitalismo em todo o mundo.
Trata-se de uma disciplina com forte conteúdo lógico e abstrato. Requer o estudo atento dos seus fundamentos. É importante que, além destas aulas, e vice-versa, haja a leitura/estudo do livro texto e das referências externas nele contidas. Nossa disciplina cobrirá aspectos gerais/globais de economia, tanto da micro quanto da macro; É, DE FATO, DE CUNHO INTRODUTÓRIO À ECONOMIA.
 É imediata a associação com o uso mais comum do termo, que identifica procurar gastar menos do que o que fazemos ou fazíamos no passado. A associação, aqui, é com a palavra economizar. A palavra-chave para se entender o que é objeto do estudo em economia, porém, é escassez, visto que não temos à nossa disposição tudo o que desejamos. Essa escassez, portanto, faz com que tenhamos de fazer escolhas, entre outras a respeito do que produzir e consumir.
A Economia tem muita influência no desenrolar dos fatos históricos. Mantém forte conexão com a Geografia, no trato das condições geoeconômicas dos diferentes mercados, concentração espacial dos fatores de produção, localização de empresas etc. Além da Política, interage com o Direito, haja vista as normas jurídicas estarem ligadas ou pautadas em razões de cunho econômico. A Economia se vale da Matemática e da Estatística, notadamente para a elaboração de previsões e para constatar a adequação dos fatos às hipóteses formuladas pelas teorias econômicas.
Conceitos fundamentais de Economia
 Muito mais necessidades do que recursos para atendê-las;
 Bens para a satisfação das necessidades;
 Os variados fatores de produção;
 Os agentes que atuam na economia;
 A convivência com a escassez;
 Os rendimentos decrescentes;
 Pensamento na margem;
 O custo de oportunidade.
Muito mais necessidades do que recursos para atendê-las
Estudando os fatores que interferem na motivação dos indivíduos, o psicólogo norte-americano Abraham Maslow hierarquizou as necessidades, da base ao topo de uma pirâmide, representando-as do seguinte modo:
Muito mais necessidades do que recursos para atendê-las
Entre as necessidades fisiológicas (da base da pirâmide), temos alimentação, sono, abrigo etc. Uma vez que estas são atendidas de forma geral, passa-se para as de segurança, como a proteção contra violências, preservação da saúde, manutenção de emprego como garantia de obtenção de recursos financeiros etc. Temos, a seguir, as sociais, como é o caso de formação e manutenção de amizades, aceitação em novos grupos, intimidade sexual e outros.
Como necessidades de status e estima, podemos destacar: autoconfiança, reconhecimento, conquista e respeito dos outros. No topo da pirâmide, estão as necessidades de autorrealização, envolvendo o atendimento de aspectos como moralidade, criatividade, espontaneidade, autodesenvolvimento e prestígio. A transição para a categoria superior significa que as necessidades anteriores foram (ou estão sendo) atendidas, ainda que não em sua plenitude, mas em ritmo suficiente para justificar uma menor preocupação dos indivíduos, propiciando as preocupações com as das categorias superiores.
Bens para a satisfação das necessidades
De forma geral, os bens livres existem na natureza em quantidade superior à necessária para a satisfação das carências dos indivíduos.
 Os bens econômicos, diferentemente dos livres, são escassos, na maioria dos casos.
 Bens de consumo, que procuram atender a necessidades como alimentação, vestuário etc.;
 Bens de capital, voltados à produção de outros bens, finais, incluídos os diferentes tipos de insumos e
matérias-primas, suprimento de energia etc.
Os variados fatores de produção
Terra: recursos naturais. Trabalho: conjunto de atributos humanos produtivos, incluídos os de natureza intelectual. Capital: equipamentos, máquinas ou instalações que permitem a produção de bens e serviços. É subdividido em suas diferentes concepções, como capital físico, financeiro, humano etc. Capacidade empresarial: categoria adicionada recentemente representando os esforços de coordenação dos recursos e os esforços relacionados com as diferentes formas de empreendedorismo na sociedade.
Os variados fatores de produção
 A tecnologia, de forma geral, é responsável pelo desenvolvimento dos recursos produtivos e mede a eficiência de sua utilização. Ela é, muitas vezes, admitida como outro recurso de produção, embora seja melhor entendê-la como sintetizadora dos demais, tal como ocorre com a capacidade empresarial. Os recursos de produção são também denominados fatores de produção.
Valor trabalho x Valor utilidade
Nesse contexto, é essencial apresentar a diferença entre os conceitos de valor-trabalho e valor-utilidade, que influenciam, por exemplo, os preços vigentes no mercado para os diversos bens e serviços. No primeiro caso, o valor de um bem ou serviço é formado a partir dos custos da mão de obra incorporada ao bem, e o valor do bem é constituído pelo lado (pelos custos) da oferta. Já o segundo é aquele em que o valor de um bem ou serviço é formado com base na satisfação que proporciona ao consumidor e é, pois, determinado pela demanda (dos consumidores).
Os agentes que atuam na economia
Para assimilarmos as funções e transações desempenhadas por esses diferentes e
variados atores, vamos subdividi-los em:
 Famílias.  Empresas. Governo. Setor externo.
Os agentes que atuam na economia
 Admitamos, genericamente, o seguinte: enquanto as empresas são responsáveis pela geração de bens e serviços, em qualquer segmento de atividade (indústria, comércio etc.), as famílias englobam os agentes consumidores, isto é, são elas que detêm a posse dos fatores de produção necessários às empresas para a criação de bens e serviços.
Os agentes que atuam na economia
Interatividade
A respeito do que se denomina Problema Econômico, é correto dizer:
c) É manifestado pelo conflito entre as necessidades ilimitadas e os recursos finitos para satisfazê-las.
A convivência com a escassez:
Os economistas desenvolveram modelos simplificados, que procuram, muitas vezes com o auxílio de gráficos, demonstrar os fenômenos fundamentais da Economia. Uma dessas referências é a chamada FPP (Fronteira de Possibilidades de Produção), também conhecida como CPP (Curva de Possibilidades de Produção).
Fronteira de Possibilidades de Produção
Nesse modelo, procura-se acentuar asvariações na produção de dois produtos (ou, alternativamente, de dois conjuntos de produtos), considerando que os fatores de produção são alocados de forma diferenciada. O modelo admite, pois, o que varia, considerando o melhor uso – mais eficiente – com base na tecnologia vigente – dos recursos de produção.
Os rendimentos decrescentes
Costuma-se demonstrar os efeitos dessa lei natural, admitindo-se, em diferentes alternativas de produção, o emprego de quantidades adicionais de um fator necessário à produção de determinado bem ou serviço. O uso de alternativas de produção agrícola oferece uma boa visualização desses efeitos.
Pensamento na margem
Estudo da variação dos valores marginais. Valores marginais como as receitas ou os custos, conforme o caso, causados pela variação adicional de um recurso produtivo. Os economistas pensam de forma marginal sempre que estão à procura de selecionar, por exemplo, as melhores alternativas de empregos de recursos, que são escassos em relação às necessidades dos agentes econômicos.
O custo de oportunidade:
O que deve ser sacrificado para que se obtenha algo diferente. Quando se decide aumentar o número de horas dedicado ao estudo, para se obter um melhor resultado nas provas, um ou mais objetivos são sacrificados, como, por exemplo, a disponibilidade em termos de horas de lazer, prática de esportes etc. O custo de oportunidade difere de um para outro indivíduo (ou agente econômico). Pensando em termos macroeconômicos (do país como um todo, por exemplo), se uma nação decide produzir mais unidades de certos bens, deve estar atenta ao sacrifício representado pela impossibilidade de criar outros bens alternativos.
O custo de oportunidade:
Se decidirmos ser sócios de uma nova empresa, precisamos avaliar o custo de oportunidade do emprego do capital na melhor opção conhecida entre as que foram abandonadas, refletidas, por exemplo, na lista de opções de obtenção de rendimentos em diferentes aplicações financeiras ou atividades. Caso a rentabilidade esperada pela participação na nova empresa seja, digamos, de 10% ao ano, e entre as alternativas à disposição haja uma que ofereça, digamos, 9% no mesmo período, este último será o custo de oportunidade da escolha.
O custo de oportunidade
A escolha, não necessariamente como foi relatada neste exemplo, é feita exclusivamente para a alternativa que apresente perspectivas de melhor rendimento financeiro. Afinal, há um grande número de outras variáveis, econômicas ou não, que podem ter justificado a nossa escolha, por exemplo, a expectativa de menores riscos, mais satisfação, menor tempo dispendido etc.
Algumas decisões [...] são mais fáceis de serem tomadas. Outras, porém, exigem cuidado e planejamento, em especial quando estamos falando de dinheiro e tempo. Ao decidir por uma das alternativas, você automaticamente deixa de escolher a outra. Isso significa que você renunciou aos benefícios de uma decisão em detrimento de outra. É exatamente aí que entra o conceito de custo de oportunidade (FERREIRA, 2017).
O que são sistemas econômicos?
Em linhas gerais, o sistema econômico representa a forma organizada de uma sociedade para o desenvolvimento de suas atividades econômicas.
Entre os elementos que caracterizam um sistema econômico, podem ser considerados:
 tipo de propriedade; forma de gestão da economia; processos de produção e circulação e consumo
de mercadorias; divisão do trabalho e status tecnológicos da economia.
No conjunto dos elementos básicos de um sistema econômico, identificamos: disponibilidade de recursos produtivos: humanos (trabalho braçal, intelectual e capacidade empresarial), capital, reservas naturais e a tecnologia; unidades de produção; instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Questões que devem ser resolvidas em cada tipo de sistema econômico:
O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?
Sistemas econômicos baseados em comandos centralizados:
 As autoridades centrais ou regionais estabelecem, por exemplo, o que deve ser (ou não) produzido. Socialismo é a denominação genérica para um conjunto de teorias socioeconômicas, ideológicas e políticas que objetivam eliminar as desigualdades entre as diferentes classes sociais. Esse tipo de sistema contempla um número não desprezível de dificuldades, dadas as imensas variações de tipos e, consequentemente, de preços, que precisam ser definidos pelos planejadores centrais.
Outros sistemas econômicos:
 Pautados na liberdade de atuação dos agentes que participam da economia, sem a intervenção do Estado ou de um comando central no estabelecimento de quantidades, preços etc. dos vários produtos componentes da economia. Capitalismo é o termo usualmente associado com esse tipo de sistema. Modelos mistos, que combinam elementos da economia de mercado e economia planejada, que mesclam características do capitalismo e do socialismo.
Interatividade
Entre os modelos adotados pelos economistas para a explicação dos assuntos econômicos destaca-se a FPP (Fronteira de Possibilidades de Produção), que:
a) Demonstra a variação na disponibilização de dois produtos (ou mesmo de um conjunto de produtos) com base em diferentes empregos de fatores de produção.
Sistemas baseados no livre funcionamento dos mercados:
Entre as suas principais características, podem ser indicadas: propriedade privada de fatores de produção e de bens e serviços; liberdade de iniciativa dos agentes econômicos; formação de preços fixada pela própria atuação das forças e agentes de mercado; pequena interferência do Estado nos negócios.
Neste tipo de sistema, cabe ao Governo não a operação direta, uma vez que deve garantir a ação dos agentes econômicos atuando em livres mercados. A justificativa para a atuação do Governo é determinada pelas chamadas externalidades.
 O mecanismo de preços constitui a força predominante e direciona o comportamento para a definição das escolhas de produção e consumo dos diferentes agentes econômicos. O capitalismo pode ser subdividido, entre outros, em: financeiro: o grande comércio e a grande indústria são controlados com base no poderio econômico dos bancos comerciais e outras instituições financeiras; industrial: surgiu quando as empresas evoluíram – de manufatureiras para mecanizadas; internacional: a tecnologia de informação estabelece o padrão das mudanças sociais que ao longo do tempo reestruturaram o modo de produção capitalista.
Capitalismo e Globalização:
 A globalização propicia a criação e a manutenção das empresas e instituições supranacionais. Contudo, é essencial considerar aspectos como a própria universalização dos padrões culturais, com base na homogeneização das atitudes e comportamentos que influenciam o processo de diversificação cultural entre os países e regiões.
Vasconcellos (2007, p. 424) define globalização produtiva como: [...] produção e distribuição de valores dentro de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre grupos multinacionais. O crescimento tecnológico acelerado gerou maior eficiência produtiva e maiores condições de produtividade.
Sobre globalização financeira, Vasconcellos (2007, p. 424) indica: É o processo iniciado principalmente a partir dos anos [19]80, com o crescimento do fluxo financeiro internacional baseado no mercado de capitais e dos desenvolvimento[s] dos mecanismos de diminuição de risco (derivativos, hedge, opções etc.). Representou uma queda do poder do sistema bancário internacional e crescimento dos chamados investidores institucionais, como os fundos de pensões.
O capitalismo é dominante no mundo ocidental desde o fim do Feudalismo. É baseado no reconhecimento dos direitos individuais, em que toda propriedade é privada e o Governo existe para banir a ação de violência humana. Nele, o Estado depende principalmente de três órgãos: a polícia, o exército e as cortes encarregadas da aplicação de leis.
Esses modelos mesclam características do capitalismo e do socialismo, ressalvadas importantes diferenças de regulação econômica.
ExternalidadesAfetam o livre funcionamento das economias baseadas nos livres mercados de bens e serviços e de fatores de produção. Quando comparamos os custos e benefícios de alternativas de escolhas, computamos os que controlamos, denominados privados. Há, porém, os chamados custos sociais, que afetam as nossas decisões econômico-financeiras e que são alheias ao nosso controle direto. São as chamadas externalidades – positivas ou negativas.
Em se tratando de externalidades negativas, claramente os custos sociais superam os privados e devem ser considerados no planejamento e atuação dos variados agentes econômicos. Há, porém, as externalidades positivas que, ao contrário das negativas, fazem com que os benefícios sociais superem os privados também no planejamento e atuação dos agentes econômicos.
A respeito das externalidades, Sandroni (1999, p. 581) comenta: Tecnicamente, pode ser definido de várias formas: 1) benefícios a pessoas ou empresas pagas pelo governo sem contrapartida em produtos ou serviços; 2) despesas correspondentes à transferência de recursos de uma esfera do governo em favor de outra; 3) despesas do governo visando à cobertura de prejuízos das empresas (públicas ou privadas) ou ainda para o financiamento de investimentos; 4) benefícios a consumidores na forma de preços inferiores[,] que, na ausência de tal mecanismo, seriam fixados pelo mercado; 5) benefícios a produtores e vendedores mediante preços mais elevados, como acontece com a tarifa aduaneira protecionista; 6) concessão de benefícios pela via do orçamento público ou outros canais [...].
 As externalidades podem ser corrigidas através da negociação entre os próprios agentes privados ou, se isso não for possível, por decisões coletivas, via mecanismo de eleição e/ou de estabelecimento de padrões, cobrança de impostos, multas etc.
Suprimento de bens públicos:
O que esse conceito revela é o fato de existir determinados bens ou serviços que usualmente os agentes privados não se interessam em fornecer em razão de: altos custos; demora no retorno do investimento; outros aspectos – que justificam o que se entendia como monopólios naturais (serão estudados depois neste livro-texto)
Entre as características desses bens públicos, podemos citar: Não rivalidade: o custo marginal de provimento do bem é nulo para qualquer nível de produção. Não excludente: os indivíduos, independentemente de arcarem ou não com seus custos, não podem ser privados de seu consumo, como é o caso dos serviços de proteção e segurança. Ocorre, então, o efeito-carona, no qual os indivíduos não têm incentivo para pagar o custo do fornecimento do bem ou serviço.
Diferentes sistemas econômicos ao longo da História: Sistemas baseados na tradição;
 Sistemas baseados no comando;  Sistemas baseados no mercado.
Sistemas baseados na tradição:
Trata-se da organização econômica mais antiga e a predominante até pouco tempo. Nela, os processos de produção e distribuição de bens e serviços estão calcados em procedimentos estabelecidos, via tentativa e erro, em passado distante. Tais processos eram mantidos pelas forças dos costumes e crenças das populações.
Recorrer-se aos costumes, todavia, é uma solução estática para solver os problemas de produção e de distribuição de bens e serviços na coletividade. Entre as justificativas para este argumento, pode ser citada a pouca mobilidade social entre os integrantes da sociedade e o lento processo de crescimento e de ocorrência de mudanças no tecido econômico e social. Nesse tipo de sistema, as transformações costumam acontecer em situações de choques intensos, como guerras, epidemias ou aventuras políticas.
 O comando econômico exercido numa estrutura de processo político democrático é bastante diferente daquele encontrado em uma ditadura. Existe uma enorme distância social entre um sistema de impostos controlado pelo Congresso e a expropriação direta ou a obrigação do trabalho expressa por um soberano supremo e absoluto [...] Nos dois casos, o comando direciona esforços econômicos na direção de metas escolhidas por uma autoridade superior. Nos dois casos, o comando interfere no ordenamento existente de produção e distribuição para criar um novo ordenamento vindo “de cima” (HEILBRONER; MILBERG, 2008, p. 30).
Interatividade:
As economias baseadas no livre funcionamento dos mercados são caracterizadas por um conjunto de fatores, entre os quais não podemos aceitar:
c) Propriedade apenas estatal dos fatores de produção de bens e serviços.
Sistemas baseados no comando:
A nova ordem imposta pelas autoridades pode ofender ou agradar nosso senso de justiça social, da mesma forma que pode melhorar ou reduzir a eficiência econômica da sociedade. [...] Se a tradição constitui um grande freio de mudanças sociais e econômicas, o comando econômico pode ser um grande impulsionar de mudanças (HEILBRONER; MILBERG, 2008, p. 28).
Comparativamente aos modelos da tradição e do comando, esta é uma solução relativamente nova, surgida a partir da expansão do capitalismo, que garante uma mínima interferência no comando da economia. Os sistemas baseados nos livres mercados não prescindem por completo da atuação do Estado, principalmente no que tange ao combate às externalidades negativas, mencionado anteriormente.
Considerações finais
Assim, acentuamos as questões fundamentais e os sistemas econômicos. Ressaltamos a importância do estudo da economia e sua inter-relação com o sucesso profissional e pessoal de cada indivíduo ou, dito mais apropriadamente, agente econômico.
A Economia foi definida como a ciência que trata do conflito entre os recursos escassos das sociedades e as necessidades infinitas dos indivíduos antes, agora e no futuro. Foram abordadas as diferentes necessidades dos indivíduos, destacando a teoria formulada pela Pirâmide de Maslow, que estabeleceu uma hierarquia entre elas, partindo da base representada pelas necessidades fisiológicas até chegar ao topo, onde estão classificadas as de autorrealização.
Apresentamos o modelo do fluxo circular da renda (simplificado) que revela um panorama geral da interação dos agentes econômicos com os mercados fundamentais de bens e serviços e de fatores de produção. Vimos que a FPP (Fronteira de Possibilidades de Produção) é uma importante ferramenta utilizada pelos economistas para indicar a possibilidade de diferentes alternativas de produção de bens e serviços, mantida a eficiência da economia, com base no seu estágio tecnológico. Também discutimos os rendimentos decrescentes em razão do aumento de unidades de fatores ao esforço de produção dos bens e serviços da economia.
Relacionado com a Lei dos Rendimentos Decrescentes, foi examinado outro conceito básico para o entendimento da escassez e escolha de alternativas de decisão e de atuação pelos agentes econômicos, o custo de oportunidade, que pode ser visto como a diferença entre o retorno (benefício) auferido com a alternativa escolhida em comparação com o que se conseguiria com outra, abandonada – é o chamado custo da renúncia.
 Ilustramos que o sistema econômico representa a forma de organização adotada por uma sociedade para o desenvolvimento de suas atividades econômicas. Todo e qualquer sistema deve responder, da forma mais eficiente possível, as respostas sugeridas pelas questões fundamentais da economia: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?
 Estudamos, ainda, os sistemas econômicos atuais, considerando os baseados em comandos centralizados, em liberdade de ação e os modelos mistos. Compreendemos que esses modelos combinam características do capitalismo e do socialismo. Mesmo os sistemas que desaconselham a intervenção do governo nas atividades econômicas, fazem referência à necessidade de controle das chamadas externalidades.
 Evidenciamos as externalidades negativas (como a poluição) e as positivas (por exemplo, a abertura de um colégio na rua em que moro ou tenho um estabelecimento comercial). As externalidades podem ser corrigidas através da negociação entre os próprios agentes privados ou, se issonão for possível, por decisões coletivas, via mecanismo de eleição e/ou de estabelecimento de padrões, cobrança de impostos, multas etc.
 Por fim, apresentamos algumas alternativas de sistemas econômicos com base nos estudos de Heilbroner e Milberg (2008). Evidenciamos as características essenciais de cada alternativa e seus impactos em termos de crescimento econômico e mobilidade social dos agentes econômicos.
Comparativamente aos modelos de tradição e comando, o sistema pautado no livre funcionamento dos mercados é uma solução relativamente nova, garantindo uma mínima interferência no comando da economia.
O Estado pode ser um importante aliado nessa busca pela inovação, promovendo a integração entre os agentes, à medida que direciona recursos utilizados em processos que objetivam o desenvolvimento científico, econômico e social.
 Embora o comércio internacional tenha sido associado com o desenvolvimento do capitalismo por mais de 500 anos, alguns pensadores afirmam que uma série de tendências associadas à globalização tem agido para aumentar a mobilidade de pessoas e de capitais, reforçando o argumento de que o capitalismo deve cada vez mais ser visto como um sistema verdadeiramente mundial.
Interatividade:
No que tange às externalidades, é correto:
e) Podem ser positivas ou negativas, à medida que os custos sociais sejam, respectivamente, menores ou maiores do que os privados.
O que veremos na Unidade II
 Demanda, oferta e equilíbrio dos mercados econômicos. Leis da demanda e da oferta de bens e serviços. Como se dá o equilíbrio de mercado? As elasticidades da demanda e da oferta de bens e serviços. Estruturas e variações de mercados
O que caracteriza a demanda por bens e serviços?
Maximização da satisfação dos consumidores para adquirir os bens e serviços mais úteis, de acordo com suas próprias preferências e gostos e/ou a sua própria renda pessoal. Há uma série de fatores, além do próprio preço do bem ou serviço, que definem a quantidade que os consumidores pretendem adquirir de cada bem ou serviço num determinado período, como: o nível e a distribuição dos consumidores; o preço dos produtos substitutos e complementares; mudanças nos gostos e nas preferências dos consumidores; o marketing (propaganda); Etc.
Com todas as demais coisas permanecendo iguais (coeteris paribus), a demanda do consumidor por um bem (X) revela as quantidades desse bem que se pretende adquirir quando varia o seu preço de mercado.
O que caracteriza a demanda por bens e serviços?
O gráfico da demanda, seja para o consumidor (individualmente), seja para um conjunto, explicita a relação entre duas variáveis (no caso, preço e quantidade demandada para o bem X), mantidas todas as demais condições.
A Lei da Demanda:
Lei da Demanda: as quantidades demandadas de um bem (X) variam inversamente com o seu preço, permanecendo constantes os preços dos demais bens, os gostos e a renda disponível do consumidor. A demanda representa a disposição ou intenção de comprar enquanto comprar é o ato efetivo de aquisição do bem ou serviço.
Demanda individual x coletiva:
 A demanda total para um determinado grupo de consumidores, uma região, cidade, país etc. é obtida a partir da soma das quantidades demandadas individualmente (com os mesmos preços). É difícil obtê-la por esse método. Outra possibilidade é multiplicar as quantidades demandadas individualmente por um consumidor considerado típico (médio) pelo número de consumidores existentes no mercado – aos mesmos preços.
 A demanda total para um determinado grupo de consumidores, uma região, cidade, país etc. é obtida a partir da soma das quantidades demandadas individualmente (com os mesmos preços). É difícil obtê-la por esse método. Outra possibilidade é multiplicar as quantidades demandadas individualmente por um consumidor considerado típico (médio) pelo número de consumidores existentes no mercado – aos mesmos preços.
Movimentações internos e deslocamentos da curva de demanda:
Mudam as quantidades demandadas sempre que se alteram os preços dos respectivos bens e serviços. Os deslocamentos da curva ocorrem sempre que outros fatores, que não o preço do bem X, se alteram, por exemplo, além da renda mencionada anteriormente, os gostos e as preferências dos agentes econômicos e aspectos relacionados com a propaganda para o bem ou serviço.
Bens normais e inferiores:
Esta relação varia dependendo do status e das expectativas de renda dos consumidores. Bens normais: sua demanda diminui no caso de aumento do preço do bem. Se o preço da carne, por exemplo, aumentar, o indivíduo deverá consumir menos esse bem e vice-versa. Bens inferiores: sua demanda poderá diminuir mesmo no caso de diminuição do preço se, por exemplo, o consumidor contar com um maior poder aquisitivo. É o caso do consumo pretendido para a chamada carne de segunda (categoria).
Movimento fundamental da demanda por bens e serviços:
A oferta de bens e serviços:
 Nossa análise agora é feita para o comportamento do produtor (ou vendedor) de um bem ou serviço. Para a grande maioria dos bens ditos normais existe uma relação direta entre os seus preços e as respectivas quantidades ofertadas, que aumentam junto com os acréscimos dos primeiros.
A oferta representa a disposição ou intenção de produzir e vender, enquanto produzir e vender indicam os atos efetivos de produção e venda do respectivo bem ou serviço. Enquanto a demanda procura entender a lógica do comportamento do consumidor, é com a oferta que se estudam as motivações dos produtores e vendedores.
A curva de oferta de bens e serviços
A lei da oferta de bens e serviços:
A lei da oferta indica que as quantidades oferecidas de um bem (X) variam diretamente com o seu preço, permanecendo constantes os custos de produção. Tal como ocorre no caso da demanda, essa relação é válida tanto para a oferta do produtor individual como para a do conjunto do mercado.
O que determina a oferta de bens e serviços?
Há uma série de aspectos, além do preço do próprio bem ou serviço, que revelam a quantidade que os fornecedores pretendem produzir e vender de cada bem ou serviço num determinado período, por exemplo: preços/custos dos fatores utilizados na fabricação do produto; condições climáticas e ocorrências de externalidades; custos de comercialização e de vendas do bem ou serviço e de outros que lhe sejam substitutos ou complementares; tecnologia disponível para a empresa; tamanho e nível de concorrência do respectivo mercado.
As mudanças e os deslocamentos da oferta de bens e serviços:
Na grande maioria dos casos, o preço é a variável mais significativa para explicar o comportamento da quantidade ofertada (oferecida) de um bem ou serviços pelos vendedores/produtores. Toda mudança, aumento ou diminuição em outra variável que não seja a do próprio preço do bem ou serviço desloca toda a curva de oferta para a direita ou para a esquerda, conforme o caso.
A importância do equilíbrio de mercado:
No mercado ocorre a interação entre compradores e vendedores. Naqueles que são totalmente competitivos, um único preço geralmente prevalece. Nos que não sejam completamente competitivos, diferentes vendedores podem cobrar variados preços.
Interatividade:
Sobre a demanda por bens e serviços, é válido mencionar que:
c) Estabelece uma relação inversa (sobe um, desce o outro) entre os preços e as quantidades que se deseja adquirir de bens.
Tipos de mercados:
 Mercado é o “ponto de encontro” entre compradores e vendedores de bens e serviços.
 Alguns mercados, por exemplo, o imobiliário, são tipicamente locais, enquanto outros são mundiais, como é o caso do ouro.
 Outro aspecto relevante diz respeito à questão da prevalência dos preços ao longo do tempo.
As diferentes visões dos preços dos bens e serviços:
 Para eliminar os efeitos da inflação, comparamos preços reais (ou preços em moeda constante), em vez de preços nominais (ou preços em moeda corrente). Há, neste caso, distinções entre os preços reais e os nominais: Preços nominais: os que se verificam nos mercados; Preços reais:os nominais, expurgados dos efeitos das variações de preços via inflação (aumento) ou deflação (diminuição). Os valores são ajustados com base em índices de preços que medem os aumentos (ou diminuições) ao longo do tempo.
O equilíbrio de mercado:
As transações reais de mercado pressupõem certas condições: todos os compradores podem comprar o que planejam, ao preço corrente e sob as contingências vigentes do mercado; e todos os vendedores podem vender o que planejam ao mesmo preço e sob as mesmas contingências.
O mercado estará em equilíbrio quando, ao preço estabelecido e sob as condições existentes, todos os compradores e vendedores puderam realizar seus planos. Caso alguns compradores não consigam comprar tudo o que queriam, ou se alguns vendedores não puderam vender tudo o que desejavam, o mercado está em desequilíbrio.
 Nossa análise básica do mercado se baseia no pressuposto de que todas as transações realmente executadas constituem transações feitas em condições de equilíbrio, nas quais os planos de ambos os lados são realizados. Indagamos, em especial, se o preço e quantidade que os vendedores desejam vender se iguala exatamente ao que os compradores desejam comprar.
 Em uma economia de mercado, a oferta e a demanda de bens e serviços se ajustam, determinando preços e quantidades que são, por um lado, vendidas e, ao mesmo tempo, adquiridas. Com isso, os recursos escassos são eficientemente alocados para a satisfação das necessidades ilimitadas dos inúmeros agentes econômicos que atuam neste mercado. É uma forma racional de se resolver o chamado Problema Econômico.
O ato de venda e compra se estende a um sem número de operações que, na média, possibilitam a realização de lucro ou satisfação para todos os envolvidos. Pode-se, assim, considerar que em mercados competitivos, o equilíbrio repousa na quantidade e preços definidos pela interação das forças da oferta e da demanda de bens e serviços.
Equilíbrio de mercado:
Um exemplo de equilíbrio de mercado:
O equilíbrio neste exemplo ocorre quando o preço praticado no mercado for R$ 6,00 e a quantidade transacionada é 6 mil. Isso é evidenciado pelo ponto E (equilíbrio), situado no cruzamento/intersecção das curvas de demanda (D) e oferta (O). É quando se constata a concordância entre as intenções de compra (demanda) e de venda (oferta).
Apenas nesse preço ocorrerá uma transação de compra e venda no mercado, e a quantidade negociada (entendida como quantidade de equilíbrio) será de 6.000 unidades. Em qualquer outra hipótese não haverá coincidência de desejos e intenções entre compradores e vendedores, não se configurando uma real transação de compra e venda para o bem.
Se o preço praticado no mercado for superior ao de equilíbrio haverá um excesso de oferta (e escassez de demanda) em relação à demanda. Quando o preço for inferior ao de equilíbrio, teremos um excesso de demanda (e escassez de oferta) em relação à oferta para o bem ou serviço. Tentativas de fixação (congelamento) de preços irão distorcer as condições determinadas livremente pelo mercado.
As elasticidades da demanda e da oferta de bens e serviços:
As decisões dos agentes (das próprias empresas ou de uma região ou país) serão melhoradas quando se consegue determinar as respectivas demandas e ofertas para os diferentes bens ou serviços. Quanto mais detalhes obtivermos sobre essas demandas, melhor será nosso poder decisório.
 Em adendo ao próprio conceito de demanda (ou de oferta), o de elasticidade permite a mensuração do impacto sobre as quantidades (demandadas e ofertadas) em relação a outros fatores que as afetam, destacando-se os preços dos bens e serviços. É essencial analisar qual é a sensibilidade da quantidade demandada (ou da ofertada).
Sandroni (1999, p. 206) conceitua elasticidade como a “relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas mercadorias, em função (razão) das alterações verificadas em seus respectivos preços”.
É fácil distinguir dois diferentes formatos nesses dois exemplos, independentemente de se constatar, em ambos os casos: uma relação inversa entre preço e quantidade demandada; no caso de curvas de oferta, teríamos uma relação direta entre preço e quantidade ofertada. A diferença concentra-se na inclinação das respectivas curvas (de demanda ou de oferta).
As mudanças de preço, no caso da curva A deste exemplo, provocam variações em menor intensidade da quantidade demandada, conforme o preço do mercado. No caso da B, elas provocariam variações de outra intensidade, isto é, mais do que proporcionais na quantidade demandada.
Interatividade
A respeito da interação entre compradores e vendedores no mercado, é correto dizer:
e) O mercado estará em equilíbrio nas situações de igualdade entre as intenções de compra e venda dos agentes econômicos.
As elasticidades da demanda e da oferta de bens e serviços:
 Pretende-se, então, medir a intensidade da variação da quantidade (demandada ou ofertada) para estimar os reais efeitos de uma decisão econômica, seja aquela que é feita pelo próprio agente, seja pelo governante. A economia oferece alternativas de medição da elasticidade com relação aos fatores que afetam a demanda ou a oferta de bens e serviços.
Elasticidade-preço da demanda:
Com esta medida, podemos determinar a sensibilidade da quantidade demandada em relação às variações do preço do bem ou serviço. As duas variáveis importantes, neste caso, são os preços e as quantidades que se pretende adquirir dos respectivos bens e serviços.
A maior (ou menor) magnitude dessa elasticidade-preço da demanda está vinculada, entre outros fatores, com: existência (disponibilidade) de bens substitutos próximos; caracterização do bem como necessário (essencial) ou supérfluo; definição dos limites (tamanho) do mercado; horizonte de tempo para que se materialize a alteração de consumo.
 Para se calcular o índice que corresponde à elasticidade-preço da demanda é preciso conhecer os preços e as quantidades, iniciais e finais
Vamos admitir, como exemplo, que o preço unitário do bem X aumente de R$ 50,00 para R$ 100,00 e a quantidade demandada diminua de 30 para 20 unidades. E, que, eventualmente, o preço diminua de R$ 200,00 para R$ 150,00, gerando um aumento da quantidade demandada de 10 para 15 unidades.
 No primeiro exemplo, o preço teria dobrado (aumentou em 100%), enquanto a quantidade demandada diminuiria de 30 para 20 unidades (ou 33%).
Interpretações da elasticidade-preço da demanda:
 Há diferentes medições de elasticidades em cada um dos pontos da curva de demanda. A análise desse índice deve ser feita admitindo que: altas elasticidades significam alto grau de resposta à alteração do preço; baixas elasticidades indicam relativa insensibilidade às alterações de preços.
O cálculo do índice da elasticidade-preço da demanda de determinado bem fará com que:
 Ed seja igual a |1| ou
 Ed seja menor do que |1| ou
 Ed seja maior do que |1|.
A demanda será considerada elástica em relação ao preço quando o aumento percentual da quantidade demandada é mais do que proporcional à queda percentual dos preços. Ed será maior do que |1|. A demanda será inelástica em relação a preço quando o aumento percentual da quantidade demandada é menor do que a queda percentual dos preços. Visto de outra forma, ela será inelástica quando a diminuição percentual da quantidade demandada é menor do que o aumento percentual dos preços. Ed será menor do que |1|.
A demanda terá elasticidade unitária em relação a preço quando o aumento percentual da quantidade demandada se dá na mesma proporção da variação dos preços. Ed será igual a |1|. Não haverá elasticidade sempre que Ed for igual a 0 (zero). E, finalmente, a demanda será considerada como completamente ou perfeitamente elástica quando a quantidade demandada muda infinitamente com relação às mudanças de preços: Ed será igual a ∞ (infinito)
A demanda tende a ser mais elástica se:
 o bem não for essencial;
 maior for o horizonte de tempo para a adequação da demanda;
 maior for a quantidade de benssubstitutos próximos;
 mais restritos forem os limites do mercado em questão.
E, ao contrário, ela tende a ser menos elástica, se:
 o bem for necessário/essencial;
 menor for o tempo da adequação para a adaptação da demanda;
 menor for a quantidade de bens substitutos próximos;
 menos restritos forem os limites do mercado em questão.
Os efeitos na venda de produtos e serviços:
Para verificar melhor os efeitos dos índices de elasticidades de bens ou serviços, destacamos o exemplo a seguir. Nele, procuramos mostrar o efeito na receita total (RT) de uma empresa, dependendo da sensibilidade (elasticidade) da demanda de seu(s) produto(s).
A RT é dada pela multiplicação do preço unitário (P) pela quantidade vendida (Q do produto):
 RT = P x Q
A situação inicial (instante 0) será:
 RTo = Po x Qo
Posteriormente (instante 1), teremos:
 RT1 = P1 x Q1
 Se a demanda é elástica, uma diminuição no preço ocasiona aumento mais do que proporcional da
quantidade vendida e uma elevação da receita total.
 Aumentos no preço de venda do produto poderão provocar uma contração da receita.
Os efeitos na venda de produtos e serviços:
Se, porém, a demanda é inelástica em relação ao preço e ocorrer uma diminuição do preço do produto, o aumento da quantidade demandada será proporcionalmente inferior à redução percentual praticada no preço, e, consequentemente, diminuirá a receita total da firma.
Elasticidade-preço cruzada da demanda:
A elasticidade cruzada da demanda, que denominaremos Ex , mede as variações percentuais de quantidade procurada de um bem n em relação às variações percentuais no preço de outro bem k:
 Para bens complementares – automóvel e combustível –, Ex será negativo.
 Para bens substitutos – manteiga e margarina –, Ex será positivo.
Elasticidade-renda da demanda:
Quando a quantidade demandada diminui por causa de um aumento na renda do
consumidor, o indicador dessa elasticidade que denominaremos Er será negativo.
 Os bens normais ou bens superiores apresentam reação positiva a incrementos
de renda do consumidor.
 O contrário ocorre no caso dos bens inferiores.
Oliveira (2006, p. 216) comenta: De forma geral, a elasticidade-renda da demanda é maior para os produtos manufaturados do que para os básicos, pois, em função (razão) da elevação da renda, é mais frequente a elevação da demanda por bens manufaturados – como eletrônicos, refrigerador, máquina de lavar, vídeo, computador – do que por alimentos, como arroz, feijão, açúcar etc. que já vinham, ao menos em parte, tendo suas necessidades atendidas.
Interatividade:
Escolha, entre as alternativas a seguir, a que determina o valor da elasticida de preço-demanda:
d) É a razão (divisão) entre a variação percentual da quantidade que se deseja consumir e a variação percentual do preço do produto.
Tipos de elasticidades da oferta de bens e serviços:
Tal como a demanda, a oferta pode apresentar diferentes possibilidades de elasticidade (maior, menor, unitária etc.) em relação aos fatores que a impactam como os preços do respectivo bem ou serviço, os custos das matérias-primas etc. Assim, a elasticidade-preço da oferta mede o aumento ou a diminuição percentual da quantidade ofertada devido a uma alteração percentual do preço do respectivo bem ou serviço.
Medições da elasticidade-oferta de bens e serviços:
De forma semelhante à demanda, a elasticidade da oferta tem como fatores determinantes: limites (tamanho) do mercado de comercialização do bem ou serviço; intervalo de tempo para a adequação da produção; capacidade dos produtores de mudar a quantidade produzida de um determinado bem ou serviço.
Se o preço de um bem for alterado de R$ 4,00 para R$ 5,00 (aumento de 25%), enquanto a quantidade ofertada se alterar de 100 para 200 unidades (100%), estaremos diante de uma situação de oferta elástica. Contudo, se houver essa mesma mudança de preço (de R$ 4,00 para R$ 5,00), mas que ocasione um aumento da quantidade ofertada, por exemplo, de 100 para 110 unidades (10%), haverá a oferta inelástica
Outras aplicações do conceito de elasticidade:
Além do que foi visto no que tange ao dimensionamento das mudanças da demanda e da oferta em relação a fatores que as impacta, esse conceito pode ser adotado em outros tipos de estudos, por exemplo: efeitos das mudanças da taxa de câmbio sobre as exportações e importações do país; efeitos das mudanças da taxa de juros sobre os níveis de poupança e de investimento da sociedade.
As estruturas de mercados:
Que papel os mercados desempenham na economia? Encontramos várias estruturas de mercados, inclusive aquela em que um grande número de empresas oferece produtos idênticos (e a concorrência entre os ofertantes é considerada perfeita).
Tipos de mercados:
Podemos distinguir/classificar os mercados: De bens e serviços: as famílias demandam e as empresas oferecem os bens e serviços necessários à satisfação das necessidades humanas. De fatores de produção: as famílias oferecem e as empresas demandam os recursos (fatores de produção, como capital, terra e trabalho) necessários à produção dos bens e serviços que serão transacionados na economia.
Mercados financeiros:
 Mercados monetários: trocas de curto e curtíssimo prazo, visando oferecer liquidez aos agentes econômicos. O grande indicador para esses mercados é a taxa de juros. Mercados de crédito: fornecem recursos para o consumo ou o investimento dos agentes econômicos. Mercados de capitais: permitem as trocas entre dinheiro e títulos financeiros. Mercados de câmbio: possibilitam, através das variações da taxa de câmbio, as trocas entre a moeda nacional e externas (como o dólar norte-americano).
Mercados em concorrência perfeita:
O modelo denominado concorrência perfeita é caracterizado por uma grande quantidade de participantes – tanto ofertantes quando demandantes de bens e serviços. Nessa estrutura, que é considerada a ideal para o funcionamento de uma economia, nenhum dos agentes é capaz, isoladamente, de influenciar o preço e a quantidade de produtos que serão transacionados no mercado. Usualmente, o mercado consumidor é constituído por agentes de menor porte.
Mercados monopolistas:
Constitui o extremo oposto da concorrência perfeita. O bem ou serviço oferecido não conta com um substituto próximo, ou seja, inexiste concorrente no mercado em questão. Entre outros aspectos, é importante considerar que o monopolista: tem condições privilegiadas de acesso a determinada matéria-prima; detém patente industrial sobre o produto e/ou processo de fabricação; possui direitos autorais, sem possibilidade de acesso imediato por um competidor.
Os monopólios naturais:
 Isso acontece em função do alto custo inicial necessário para o fornecimento dos produtos ou serviços, como ocorre, por exemplo, com as companhias ferroviárias, de energia elétrica ou telefonia. Consumado o investimento, os custos para oferecimento dos serviços serão decrescentes para o atendimento a uma extensa quantidade de consumidores e usuários.
O fato de serem monopolistas, porém, não propicia a esses agentes condições de cobrar o preço que desejarem para a comercialização desses produtos pelas seguintes razões: controle e regulamentações governamentais e limitações impostas pela demanda dos consumidores. O governo procura controlar os agentes monopolistas de forma a aumentar a competição no mercado, como acontece com a atuação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e das Agências Reguladoras (ANEEL, ANP etc.) no Brasil. São estabelecidos limites para a liberdade de atuação nos mercados, com a intervenção do Estado nos casos de concentração que determinem excesso de poder econômico.
Outras estruturas de mercados:
O oligopólio. 
Cartéis: formados por empresas que se organizam (formal ou informalmente) e exploram um produto (como é o caso do petróleo), diminuindo e/ou eliminando a concorrência no mercado, fixando uma política para todo o setor em termos de cotas e quantidades.
Outras estruturas de mercados:
Interatividade:
É importante conhecermos o tipo e as característicasdo mercado em que atuamos na economia. Com relação às estruturas de mercados, não pode ser considerado correto:
e) Nos mercados de fatores de produção somente há a participação dos produtores de bens e serviços.
Temas da unidade
 Introdução à Macroeconomia: medição do produto nacional, identidades,indicadores de crescimento e desenvolvimento.
 O papel do Estado na economia: falhas de mercado e funções do governo.
 Políticas macroeconômicas e seus instrumentos: monetária, fiscal, cambial, rendas.
 Considerações acerca da economia monetária: funções e histórico da moeda, meios de pagamento, oferta e
demanda por moeda.
Introdução à Teoria Macroeconômica:
A Teoria Macroeconômica tem por objetivo fundamental analisar como são determinadas as variáveis econômicas na sua forma agregada. Essa teoria, também chamada de abordagem de equilíbrio geral, procura analisar se o nível de atividade econômica tem crescido ou diminuído, se os preços das mercadorias, conjuntamente, têm apresentado elevação ou diminuição.
Questionamentos centrais da teoria macroeconômica
 qual o comportamento do nível geral de preços;
 qual o comportamento do nível geral de produção de mercadorias;
 qual a taxa de salários dos trabalhadores;
 qual o nível de emprego e de desemprego;
 qual o comportamento da taxa de juros da economia;
 qual a quantidade de moeda que circula em um sistema econômico;
Questionamentos centrais da teoria macroeconômica
 qual a quantidade de divisas internacionais que um país mantém como reservas;
 qual a variação da taxa de câmbio entre a moeda nacional e a internacional;
 qual o tamanho do endividamento do governo;
 qual a taxa de investimento das empresas.
 Evolução da teoria macroeconômica a partir da história.
 Crise de 1929.
 John Maynard Keynes.
 A teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro.
Medidas de atividade econômica:
 Reside em saber como medir a produção realizada pelo sistema econômico, tendo em mente que a produção é contínua no tempo e os bens e os serviços são produzidos e consumidos, sendo necessário produzi-los novamente, pois grande parte das necessidades humanas exige um consumo contínuo, como é o caso da alimentação, que precisa ser feita diariamente. Sistemática: contabilidade nacional.
Para medir o produto de uma nação, temos que ter em mente as quantidades de mercadorias que são vendidas em determinado período de tempo e seus respectivos preços. Produto = preços x quantidades. Produto nacional, que será dado pelo valor monetário dos bens e dos serviços finais produzidos durante um determinado período de tempo, normalmente um ano.
 Identidade entre renda e produto.
 Renda = nasce na produção.
 Produto = nasce no processo produtivo.
 Retomamos o fluxo circular da renda.
 Produto = renda = dispêndio.
 Produto nacional = renda nacional = dispêndio nacional.
Valor bruto da produção e valor agregado.
 Setor primário: atividades de extração, agricultura e pecuária.
 Setor secundário: atividades da indústria.
 Setor terciário: atividades do comércio e dos serviços.
VBP – VBI = VA
Em que:
 VA = Valor Agregado ou Valor Adicionado.
 VBP = Valor Bruto da Produção.
 VBI = Valores de Bens Intermediários.
Medidas de crescimento econômico:
 PIB e PNB.
Medidas de desenvolvimento econômico:
 IDH.
 Curva de Lorenz.
 Índice de Gini.
Interatividade:
O conhecimento da diferença entre valor bruto da produção e valor agregado:
d) Permite que não se incorra no problema da dupla contagem.
O papel do Estado na economia:
 Contradições acerca da presença do Estado na economia.
 Elementos racionais que fundamentam a presença dos governos nas sociedades.
 Situação de Ótimo de Pareto: em determinada situação em que se encontre dois
agentes, para que um ganhe, necessariamente, outro deve perder.
O papel do Estado na economia: falhas de mercado:
Existência de bens públicos:
 Consumo indivisível ou não rival.  Não exclusão do consumo.
 Benefícios não podem ser individualizados.  Não há como precificar.
Falhas de mercado Existência de monopólios naturais:
 Único ofertante.  Presença de barreiras à entrada.
 Setores governamentais estratégicos: defesa nacional, energia elétrica, petróleo.
Falhas de mercado :Existência de externalidades:
 Custos sociais x benefícios individuais.  Impacto causado em um agente alheio àquele tomador de decisão individual.
 Externalidades: positivas e negativas.  Exige regulação por parte do governo.
Falhas de mercado Existência de mercados incompletos:
 Há riscos e incertezas na oferta de bens.
 Setor privado não está inteiramente à vontade para exercer oferta de mercado.
 Governo necessita incentivar.  Exemplo do BNDES.
 Juros de governo x juros de mercado. Falhas de mercado
Existência de falhas de informação:  Assimetria de informações.
 Situação em que o mercado por si só não oferece todas as informações para que
os agentes econômicos tomem decisões racionais.
 Necessidade de legislação na busca de transparência.
 Exemplo do Código de Defesa do Consumidor.
Falhas de mercado
Existência de inflação:
 Crescimento generalizado e persistente nos níveis de preços.
 Perda do poder aquisitivo da moeda.
 Tipos de inflação:  Demanda.  Oferta.  Inercial.
Falhas de mercado Existência de desemprego:
 Problema econômico e social.
 Dupla perda para governo: arrecadação x gastos.
 A reversão do desemprego, via de regra, dá-se pelo
governo com políticas públicas.
 Funções do governo: alocativa,
distributiva, estabilizadora.
O papel do Estado na economia: funções do governo:
Funções do governo Função alocativa:
 Designa a alocação de recursos pela atividade estatal quando não houver
eficiência da iniciativa privada ou quando a natureza da atividade indicar a
necessidade da presença do Estado.
 É o processo pelo qual o governo divide os recursos
para utilização no setor público e privado, oferecendo
bens como rodovias, segurança, educação e saúde aos cidadãos.
Funções do governo Função distributiva:
 Cabe ao Estado promover a melhoria na distribuição da renda por intermédio do
gasto público como principal instrumento de política pública.
Funções do governo Função estabilizadora:
 A função estabilizadora está estreitamente ligada ao desemprego e à inflação
como falha de mercado, pois, de forma abrangente, visa a assegurar um desejável
nível de emprego e estabilidade nos preços que não são totalmente controlados pelo sistema de livre mercado.
Interatividade:
Não é uma falha de mercado.
d) Corrupção.
Políticas macroeconômicas e seus instrumentos:
Política monetária
 Ação tomada pelo Banco Central com relação ao padrão monetário de um país. Instrumentos:
 emissão de moeda;
 administração da taxa de juros;
 coeficiente de recolhimento compulsório;
 operação de redesconto;
 operação de open market;
 seleção do crédito.
Política fiscal
 Ações do governo relacionadas ao seu orçamento, o orçamento do setor público.
 Ela definirá o quanto o governo irá arrecadar e o quanto poderá gastar. O Estado
adquire receita via impostos, tributos e taxas, pagas pelo contribuinte, no intuito de
manter a ordem e os serviços providos pelo governo.
Política cambial
 É a política responsável pelo fluxo de moeda internacional no país. O controle da
quantidade de moeda estrangeira é feito pela taxa de câmbio.
 A taxa de câmbio é a relação existente entre duas moedas de diferentes países.
 Ela pode ser valorizada ou desvalorizada.
Política cambial Regimes cambiais:
 Câmbio fixo.  Câmbio flutuante.  Flutuação suja.  Currency board.
Política de rendas
 A política de rendas é um tipo de política utilizada pelo governo que procura melhorar a distribuição da renda e a justiça social.
 Ela atua diretamente sobre os fatores de produção e tenta reduzir os conflitos
entre o capital e o trabalho.
 Exemplos de política de rendas. Continua....
Política de rendas
 política de preços mínimos;
 política salarial;
 programas de renda mínima;
 bolsa-família.
Interatividade:
Não é um instrumento de política monetária:
a) Imposto inflacionário.
Consideraçõesacerca da economia monetária:
Moeda: o que vem a ser?
 Artigo utilizado para efetuar trocas.
 Ativo capaz de liquidar quaisquer compromissos contratuais à vista ou futuras.
 Deve ser entendida como uma mercadoria.
E qual seu valor?
 Nenhum: representa valor.
 Remete à noção de poder aquisitivo.
Características da moeda
 Ser aceita em qualquer situação.
 Curso forçado.
 Características econômicas: custos de estocagem e de transação negligenciáveis.
 Características físicas: indestrutibilidade, inalterabilidade, homogeneidade,
divisibilidade, transferibilidade, manuseabilidade, transportabilidade, dificuldade de falsificação.
 Há que se considerar novas formas na sociedade
moderna devido ao avanço da tecnologia da informação:
dinheiro eletrônico.
Funções da moeda: clássicas Intermediária de trocas (meio de trocas, meio de pagamento). Unidade de conta. Reserva de valor. Demais funções da moeda Função liberatória: capacidade de saldar dívidas. Padrão de pagamentos diferidos. Instrumento de poder: econômico, político e social.
Histórico da moeda: algumas modalidades Moedas mercadorias. Moedas preciosas. Moeda papel. Papel-moeda. Moeda bancária.
Meios de pagamento: algo relacionado à liquidez. MP = PMPP + DVbc Faz repensar a própria definição de moeda. Qual ativo tem maior ou menor liquidez? Ativos financeiros: rendem juros. Capital instrumental como ativo: gera lucro quando aplicados na produção. Bens de consumo como ativos: geram satisfação ao consumidor.
Oferta de moeda Exercida pelo Banco Central. Órgão responsável pelo controle da oferta monetária na economia, bem como por sua estabilidade. Demais funções: banco dos bancos, banco do governo, guardião das reservas internacionais. Compõe o sistema financeiro nacional.
 Meios de pagamento: classificações M1 = papel-moeda em poder do público + depósito à vista. M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + quotas de fundos de renda fixa de curto prazo + títulos públicos de alta liquidez. M3 = M2 + depósitos de poupança. M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras.
Interatividade:
Indique a alternativa que apresenta uma característica econômica da moeda.
e) Custo de estocagem próximo de zero.
Temas da unidade
 Inflação: tipos e políticas. Considerações acerca de crescimento e desenvolvimento. Desenvolvimentismo no pensamento político brasileiro. Breve história da economia brasileira recente. 
Inflação:
O que vem a ser inflação? Caracteriza-se pelo generalizado e persistente crescimento nos níveis de preços, ou seja, ocorre inflação em um período em que um elevado volume de mercadorias têm seus preços majorados e sequencialmente, de forma que dia a dia, mês a mês os preços sobem sem que, necessariamente, seus custos de produção tenham apresentado também elevação.
Tipos de inflação:
 Inflação de demanda.  Inflação de oferta.  Inflação inercial.
Regime de metas para inflação:
Compreende uma mudança de postura dos governos e, principalmente, da autoridade monetária quanto à adoção da política monetária que passa a ser pautada pela busca de estabilidade de preços bem como pela transparência de todo o processo no sentido de buscar maior credibilidade por parte da autoridade monetária junto à sociedade.
Regime de metas para inflação: pressupostos O primeiro relacionado a não mais operacionalidade apresentada pelo monetarismo de Friedman e à crença de que políticas monetárias ativas são fortes o bastante para impactar variáveis reais da economia como aquele teórico acreditava. A realidade econômica de agora revela efeitos inócuos quando do uso de políticas monetárias expansionistas, pois os agentes formam suas expectativas e não mais são ingênuos como antes.
Regime de metas para inflação: pressupostos O segundo compreende que a política monetária é ineficaz para afetar variáveis reais da economia devido aos agentes econômicos formarem suas expectativas com bases racionais, além de existir uma inconsistência temporal da política monetária e o que se convenciona chamar de viés inflacionário.
Planos de estabilização da década de 1980:
 Identificação da inércia inflacionária.
 Mecanismos de indexação e correção monetária de preços e salários, taxa de câmbio e
ativos financeiros.
Plano Cruzado
 Opção pelo choque heterodoxo.
 Reforma monetária e congelamento.
 Desindexação da economia.
 Índice de preços e cadernetas de poupança.
 Política salarial.
 Resultado: inflação de 14% ao mês para quase zero.
Plano Cruzado
Reação da economia:
 Visão populista.
 Superaquecimento da economia.
 Descontrole inflacionário.
Motivos do fracasso do Plano:
 Concepção e condução.
 Política salarial e congelamento longo.
 Políticas monetária e fiscal brandas.
 Economia informal não congelada.
 Piora na situação fiscal do governo.
Plano Bresser Plano heterodoxo de emergência. Concebido como plano híbrido: medidas ortodoxas e heterodoxas: Congelamento de salários e preços. Uso do Índice de Preços ao Consumidor – IPC. Câmbio desvalorizado. Congelamento de aluguéis. Contratos financeiros pós-fixados. Criação da URP – Unidade Referencial de Preços para correção de salários.
Plano Verão Ministro Maílson da Nóbrega. Inicialmente, rejeição ao choque heterodoxo. Estabelecimento de metas para estabilização modesta. Manutenção da inflação abaixo de 20% ao mês. Pressão inflacionária em função de: reajustes nos combustíveis, na energia elétrica e nos alimentos; deterioração nas contas públicas como resultado da Constituição de 1988. Mais um Plano fracassado: hiperinflação em dezembro de 1988.
Interatividade:
Ocorrerá inflação em um país quando:
I. O governo aumentar seus gastos. II. O Banco Central diminui a taxa de recolhimento compulsório. III. A taxa de câmbio for administrada de forma a incentivar exportações. IV. Quando houver escassez de um fator de produção.
d) I, II, III e IV.
Crescimento e desenvolvimento econômico:
Características de uma economia subdesenvolvida Visão ideológica: mera classificação no tempo das condições sociais e econômicas de um país comparado a outros, mesmo que de estruturas diferentes. Por esse olhar, a caracterização se daria por análises conjunturais. Visão realista: ligada à estrutura econômica e social de uma nação e que permita a classificação como subdesenvolvida. Aos fatos concretos são atribuídos fatores históricos, territoriais e regionalização; acesso aos meios de produção e geração de renda, para citar alguns.
Características de uma economia subdesenvolvida A definição de subdesenvolvimento: crescimento demográfico superior ao econômico. Requer considerar também instabilidade econômica e política. Relacionamento entre os setores de subsistência, de mercado interno e de mercado externo.
Modelo de substituição de importações Conceito elaborado por economistas da Cepal para designar um processo interno de desenvolvimento, estimulado por desequilíbrio externo e que resulta na dinamização, no crescimento e na diversificação do setor industrial. Portanto, é mais que a produção local de bens tradicionalmente importados. Nesse modelo de crescimento e desenvolvimento econômicos, o elemento essencial da economia deixa de ser majoritariamente a produção de bens primários para atender à demanda externa, e passa a ser a atividade industrial em que a produção e a oferta estão voltadas para dentro.
Modelo de substituição de importações Parte significativa de bens de consumo industrializados visa a atender ao mercado interno. Forte dependência de medidas protecionistas por parte do governo, a exemplo de: desvalorização cambial; elevação das tarifas de importações; forte presença do Estado na condução da industrialização; criação, por parte do Estado, de infraestrutura, a exemplo de energia, água, saneamento e estradas como forma de escoamento da produção.
Características do desenvolvimento Há que se considerar o que vem a ser crescimento e desenvolvimento. Crescimento Medida quantitativa. Aumento da renda per capita. Desenvolvimento Medida qualitativa. Implica em conheceros beneficiários do aumento da renda.
Características do desenvolvimento, Para uma economia ingressar no desenvolvimento, requer: Diversificação da produção. Melhoria na pauta de exportações. Empreendedorismo e inovações por parte do empresário. Melhoria no nível de escolaridade da população. Elevação da qualificação profissional. Elevação da taxa de poupança da economia. Estabilidade econômica e política.
Desenvolvimento econômico no Brasil Ideologia econômica que sustenta um projeto de industrialização como forma de superar entraves até então colocados pela economia agroexportadora, bem como aqueles colocados pelo próprio modelo de substituição de importações: economia fechada e baixa produtividade. Pontos importantes do pensamento desenvolvimentista nacionalista: Defesa de intervenção estatal na economia. Políticas econômicas orientadas ao planejamento. Subordinação da política monetária à política de desenvolvimento. Adoção, por parte do Estado, de medidas econômicas de cunho social.
Interatividade:
Os estudos relacionados com a classificação dos países em emergentes e desenvolvidos têm levado em conta, por exemplo, vários aspectos econômicos, financeiros e sociais, sobre o que pode ser dito que:
c) A estabilidade da moeda e as condições de suprimentos de créditos enquadram-se entre importantes indicadores de ordem financeira.
Breve história da economia brasileira:
Fernando Affonso Collor de Mello Vence eleições de 1989 contra Luiz Inácio Lula da Silva. Declarações, em campanha, de que seguiria o receituário do Consenso de Washington. Suas intenções: Abertura da economia. Desenvolvimento com apoio do capital estrangeiro. Combate à hiperinflação. Privatizações. Redefinição do papel do Estado.
Plano Brasil Novo Conhecido como Plano Collor I. Ajustamento fiscal. Política tributária. Política de comércio exterior. Política de rendas com congelamento moderado. Reintrodução do cruzeiro como padrão monetário. Principal medida: sequestro de liquidez.
Plano Collor II Janeiro de 1991. Combate à inflação, via: racionalização dos gastos públicos; cortes de despesas; aceleração do processo de modernização do parque industrial; reforma financeira e eliminação do overnight; utilização da TR – Taxa de Referência (expectativas de inflação futura) como mecanismo de correção.
Denúncia por crime de responsabilidade. Excesso no uso de marketing político. Instauração da CPI do Caso PC Farias, ex-tesoureiro de campanha. Falta de amparo parlamentar gera crise de ingovernabilidade. Renúncia em dezembro de 1992 como forma de evitar o impeachment.
De Collor a Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso Renúncia de Collor. Governo de transição: Itamar Franco (1992-1994). O que há de importante? Plebiscito e constituinte. Hiperinflação: 2.851,3% em 1993. Nome forte no Ministério da Economia: Fernando Henrique Cardoso. Lançamento do Programa de Estabilização Econômica ou chamado de Plano Real.
Primeira fase Ajuste fiscal: PAI – Programa de Ação Imediata. Reorganização das contas públicas como condição necessária à estabilidade. Reforço na queda de gastos e recuperação de receitas via combate à sonegação. Novo relacionamento entre governo federal, estados e municípios.
Segunda fase Criação de um padrão monetário estável. Retorno às funções da moeda. Surgimento da URV: Unidade Real de Valor. URV como parâmetro para formação de preços.
Terceira fase Introdução da nova moeda, o Real. Extinção da URV. Nova moeda: lastreada nas reservas internacionais e regime de câmbio fixo. Âncora cambial de paridade valorizada. Adoção de medidas monetárias restritivas.
Primeiro mandato FHC – 1995-1998
Eleito em um momento de crise, externa e interna. Pressão inflacionária. Expansão do crédito, inadimplência e socorro a bancos: PROER. Intervenção do Governo na manutenção das condições ao mercado externo gera novo período de credibilidade.
 Novo acordo com FMI diante de declarações da forma de seu pagamento. Continuidade do regime cambial, da abertura econômica, das privatizações, do ajuste fiscal e superávits orçamentários. Sociedade não vê com bons olhos as condições do novo acordo e o congresso rejeita a cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos. Novo pessimismo externo em função do interno. Perda de divisas internacionais.
Interatividade:
No final de 1993, Fernando Henrique Cardoso anunciou um processo de estabilização econômica que se estenderia pelos próximos meses. Sobre esse período, indique a alternativa incorreta.
b) No Plano Real foi adotado um gatilho inflacionário para garantir os salários reais
Segundo mandato FHC – 1999-2002
Troca de presidência do Banco Central: sai Gustavo Franco, entra Armínio Fraga Neto. Elevação da taxa de juros. Estímulos à adoção de regime de metas para inflação. Mudança de âncora estabilizadora: de câmbio para juros. O que rege o segundo mandato? Câmbio flutuante. Metas inflacionárias. Metas para superávits primários.
Abandono do câmbio fixo como maior marca. Uso do câmbio flutuante exercido pelas forças de mercado. 1999 – reforma parcial da Previdência: aumento do tempo de contribuição do trabalhador. 2000 – aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal: dentre os limites, gastos com pessoal e estoque de dívida pública para União, Estados e Municípios. Instrumentos de controle da Lei: PPA, LDO, LOA.
Panorama político 2001-2002:
 Desgaste da política econômica do segundo mandato FHC. Crises internacionais e apagão interrompendo trajetória de crescimento. Proximidades das eleições presidenciais em 2002. Lula novamente concorrendo à posição presidencial. Mudança de discurso do candidato da esquerda. Novas interpretações da comunidade internacional acerca dos discursos do presidenciável. O que contribuiu para novo entendimento?
 Carta de Princípios do PT em 1979. Manifesto em 1980. O Socialismo petista em 1999. A ruptura necessária em 2001. Carta ao povo brasileiro em 2002. Nessas últimas, “apegos neoliberais”. Mesmo assim, certeza ou incerteza? Qual a movimentação dos especuladores? O que esperar de um novo governo? Retorno às declarações anteriores ou manutenção da palavra atual?
Primeiro mandato Lula – 2003-2006:
 Experiência petista na presidência. Principais programas: Fome Zero: Programa Bolsa Família. Política de continuidade com o Plano Real. Principais nomes do governo: Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central). Manutenção do regime de metas para inflação. Manutenção do regime cambial flexível. Manutenção das metas superavitárias.
 Resultados alcançados Contas públicas organizadas. Crescimento econômico em trajetória. Controle inflacionário. Queda de câmbio. Renovação do acordo com o FMI: linha de crédito aberta.
Segundo mandato Lula – 2007-2010
 Novo mandato iniciado em meio a denúncias de envolvimento em processos de corrupção. Contou com o apoio popular derivado, em parte, do programa Bolsa Família. Período de bons ventos comandado pelo excelente desempenho das economias internacionais. Crescimento das exportações de commodities como fonte de oferta de divisas. 2007: interrupção do momento de euforia devido à crise no mercado de títulos imobiliários nos Estados Unidos.
 Contração da demanda externa se faz perceber na economia doméstica. Pressão cambial e inflacionária novamente. Intervenção do Banco Central com elevação da taxa básica de juros para 8,75% a.a. Adoção de política fiscal expansionista para setores selecionados. Relaxamento das metas fiscais. Segundo o presidente, a crise passaria pelo Brasil como “uma marolinha”.
Ainda sobre esse governo, cabe destacar: Plano de Desenvolvimento da Educação: educação básica, alfabetização e educação continuada, ensino profissional e tecnológico, ensino superior. PAC – Programa de Aceleração do Crescimento: investimentos em áreas infraestruturais. PDP – Política de Desenvolvimento Produtivo: chamado PAC da indústria.
Primeiro mandato Dilma – 2011-2014
Continuidade da experiência petista na presidência.Dilma Vana Rousseff. Conhecida da mídia, pois havia sido Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil do Governo Lula. Promessas de campanha: continuidade com as propostas e as políticas implementadas pelo Governo Lula. PAC. Energia: Programa Luz para Todos. Ampliação do Bolsa Família.
Equipe econômica: Alexandre Tombini: Banco Central. Guido Mantega: Ministério da Fazenda. Medidas: Metas para inflação. Superávit fiscal. Câmbio flutuante. Objetivos: taxas elevadas de crescimento econômico.
Principais destaques: Projeto Nacional de Desenvolvimento. Erradicação da pobreza extrema. Melhorias em ciência, tecnologia e inovação. Conhecimento, educação e cultura. Saúde, previdência e assistência. Cidadania. Democracia e segurança pública. Aperfeiçoamento da gestão pública.
Interatividade:
Dilma Roussef assumuiu a presidência do Brasil em janeiro de 2011, sendo a primeira presidente mulher do país. Sobre os primeiros meses de seu governo, indique a alternativa incorreta.
a) Existe claramente uma decisão de governo de aumentar os juros nominais da economia em que a mensagem é a de realizar a estabilidade definitiva do Real.

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