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• DIREITO TRIBUTÁRIO II – PROFª. KÁTIA RANZANI - Direito – 9º A – 2023 – Noite - Aula 1 – Aspectos do Direito Tributário – 13/02/2023 – 2ª - Feira • Recursos públicos para o Estado se manter. • As pessoas na antiguidade era obrigada a pagar parte do seu patrimônio para o Império daquela época (faz parte da relação jurídica que se estabelece entre o fisco e o contribuinte). • Onde surgiu o tributo? Na Inglaterra, Rei João “sem teto”. • Na Constituição Inglesa surge uma revolução tributária. • O QUE É O FISCO: é uma autoridade fazendária do país que controla os pagamentos de impostos em todas as esferas tributárias no país. O fisco é comumente conhecido como o órgão FISCALIZADOR na esfera Federal, porém, ele atua em área municipal e estadual também. ABREVIATURAS • ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; • ADIn – Ação Direta de Inconstitucionalidade; • AEREsp – Agravo em Execução em Recurso Especial; • AMS – Agravo de Mandado de Segurança; • CAT – Coordenadoria de Administração Tributária; • CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico; • Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social; • EC – Emenda Constitucional; • EI – Embargos Infringentes; • FINSOCIAL – Fundo de Investimento Social; • GIA – Guia de Informação e Apuração; • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços; • INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; • INSS – Instituto Nacional do Seguro Social; • IOF – Imposto sobre Operações Financeiras; • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; • IPMF – Imposto Provisório sobre a Movimentação Financeira; • IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial; • IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; • IR – Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza; • ISS / ISQN – Imposto Sobre Serviços / Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza; • ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e direitos a eles relativos; • ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural / Imposto Territorial Rural; • LC – Lei Complementar; • LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal; • MC – Medida Cautelar; • MI – Mandado de Injunção; • MS – Mandado de Segurança; • PIS e PASEP – Programa de Integração Social / Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público; • RMS – Recurso em Mandado de Segurança; • ROMS – Recurso Ordinário em Mandado de Segurança; • Secex – Secretaria de Comércio Exterior; • SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte; • Sesc – Serviço Social do Comércio; • Sesi – Serviço Social da Insdústria. • DEVER DO FISCO: Tem obrigação tributária de fazer o contribuinte ou terceiro responsável de pagar os tributos devidos. • QUEM TRABALHA NO FISCO: Auditor fiscal, que é o profissional do Estado que age como autoridade frente à administração tributária e aduaneira, fiscalizando o cumprimento dos direitos trabalhistas e fiscais. • QUEM CONTROLA O ICMS? R: O ICMS é um imposto de competência dos Estados e d, art. o Distrito Federal, cuja constituição do crédito tributário é de competência do particular, sujeita a ulterior homologação pela Fazenda Pública. CF/88, art. 193 – Entes Tributantes. • QUEM PAGA PIS e COFINS? R: Devem serem pagos por todas as pessoas jurídicas, ficando fora da obrigação somente as empresas de pequeno porte e microempresas que se enquadram no Regime Simples Nacional. • ISS (Imposto Sobre Serviços) – É um tributo que incide na prestação de serviços realizados por empresas e profissionais autônomos. Ele é recolhido pelos Municípios e pelo Distrito Federal e é também conhecido como Imposto Sobre Serviços de QUALQUER NATUREZA (ISSQN). • COMO É COBRADO O ISS? Como regra geral, o contribuinte do ISS deverá pagar até o dia 10 de cada mês, o imposto correspondente aos serviços prestados, tomados ou intermediados no mês anterior. • O QUE É IOF? Imposto sobre Operações Financeiras. • O QUE É IPI? Imposto sobre Produtos Industrializados. - Os tributos são pagos em DINHEIRO!! - No Direito Administrativo: A Administração Pública. - No Direito Tributário: O FISCO ( FAZENDA PÚBLICA). • O SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO – é o conjunto de normas, princípios e regras que regulam a tributação e tem reflexo nos arts. 145 até 162, CF/88. • Essa tributação, por sua vez, é a ação estatal de exigir tributos. • A CF/46 já trazia alguns delineamentos, mas não o suficiente para ordená-lo. • O CTN surgiu em 25/10/66 no Governo de Castelo Branco e teve como seu grande defensor Aliomar Baleeiro; • O sistema tributário nacional tomou alguma consistência com a EC (emenda constitucional) 18/65. • Atualmente (2023) já recebeu novos acréscimos, a lei começou a ser discutida na década de 50 e teve grande idealizador Rubens Gomes de Souza; • CTN é Lei Complementar a CF/88 (art. 146,CF/88); • Art. 143, CF/88 – Outorga a competência tributária, delimita a competência/poder, nominar os tributos aos entes políticos para estabelecer normas gerais para a repartição da Receita. • CTN art. 3º - é coercitivo porque nasceu de uma imposição normativa. O tributo é toda prestação pecuniária paga em dinheiro. • SANÇÃO por ato Ilícito = MULTA. • Instituído em LEI. • A Administração Pública administra (prefeito) – competente este em determinar QUANDO vai INICIAR a ATIVIDADE e ABRIR uma LICITAÇÃO (vínculo de ato indiscriminado) calcando na melhor oportunidade. • O tributo é gênero que se divide em espécies. É diferente de multa. • É dividido em 3 partes: 1- Parte Geral: Constituição Federal/88; 2- CTN; Parte Especial: ITR, IPTU, ISS, etc.. * FATO GERADOR: (fato que gerou) Ex: IPTU o fato gerador do IPTU é você PAGAR o tributo (contribuinte). A situação do fato está prevista em lei de forma prévia, genérica e abstrata, que no ocorrer da vida real, faz com que, pela materialização do direito ocorra o nascimento da obrigação tributária, seja esta principal ou acessórias. É uma decorrência, em si, que traz a exigência do respectivo ônus para o contribuinte. Direito Tributário Dir. Administrativo Direito Financeiro $$$ Administra Gastos ($) CTN Improbidade Pública Responsabilidade Fiscal Ato Vinculado à Lei Atos Discriminados Ato Vinculável • ASPECTOS HISTÓRICOS - O tributo sempre existiu. Nos primórdios da humanidade era a principal fonte de recursos para a manutenção dos impérios. É um ramo do direito publico, dotado de autonomia que visa disciplinar toda relação jurídica que se estabelece entre o fisco e o contribuinte. • O direito tributário é norma de rejeição social, porque ele existe com uma única finalidade de invadir a órbita patrimonial privada para a subsistência de “alguém” (governo estado). • Kelsen “ O elemento primário da norma é a sanção, porque é através dela que a lei estabeleceu que a sociedade cumprira ou não esta lei.” Esta norma aplica-se fortemente ao direito tributário, porque as sanções impostas são severas. • Tributário vem de “tributu”, que quer dizer prêmio pago a tribo vencedora nas batalhas. • Tributos in natura pagos em produtos • Tributos pro labore pagos em serviços • tributos pagos em dinheiro. • Com o passar do tempo os tributos in natura e o pro labore foram extinguidos, porque o Estado veio percebendo que as necessidades do governo eram outras, então hoje todos os tributos são pagos em dinheiro. • FISCO é sinônimo de Estado arrecadador. O SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO - O CTN é lei que começou a ser discutida na década de 50. Teve como seu grande idealizador Rubens Gomes de Souza. O objetivo era sistematizar o direito tributário nacional, que era chamado de “manicômio tributário” por Augusto Becker. • Foi com a EC 18/65 que surgiram os princípios da legalidade, anterioridade, uniformidade, liberdade de tráfego e a imunidade tributária. • Preparou o ordenamento jurídico para a recepção ao CTN, que estabelece normas gerais em matéria de tributação. O sistema tributário nacional • O CTN é lei ordináriacom eficácia de lei complementar ( art. 146 da CF); • O CTN foi recepcionado pelas CFs de 1967 e 1988, jamais tendo qualquer dispositivo sido considerado inconstitucional. • A CF/88 tem os seguintes objetivos: a) outorgar competência tributária b) delimitar essa competência/poder c) nominar os tributos aos entes políticos d) estabelecer normas gerais para a repartição de receita. • TRIBUTO at. 3º CTN. O tributo é coercitivo porque nasceu de uma imposição normativa. Então o tributo é toda prestação pecuniária paga em dinheiro. • O tributo é gênero que se divide em espécies. Ele é diferente de multa, não podendo com ela ser confundida. O tributo só “nasce” de lei, ou seja, só pode ser instituído por lei. No direito financeiro não existe ato discricionário, apenas ato vinculado. Todos os atos de arrecadação e fiscalização dos tributos devem estar previamente vinculados à lei. O direito tributário é divido em 3 partes: • Geral constituição e código tributário nacional; • Especial ITR, IPTU, ISS, ETC; Art . 3 º Tr ibu to é toda p res tação pecun iá r ia compu lsór ia , em moeda ou cu jo va lo r ne la se possa exp r im i r, que não const i tua sanção de ato i l íc i t o , ins t i tu ída em le i e cob rada med ian te a t i v idade admin is t ra t i va p lenamente v incu lada . Art . 4 º A natu reza ju r íd i ca espec í f i ca do t r ibu to é dete rm inada pe lo f a to ge rado r da respect i va ob r igação , sendo i r re levan tes pa ra qua l i f i cá - la : I - a denominação e demais ca rac te r ís t icas fo rma is adotadas pe la le i ; I I - a dest inação lega l do p rodu to da sua ar recadação . • ESPÉCIES DE TRIBUTOS: Impostos, Taxa, Contribuição de Melhorias, Contribuições Especiais, Empréstimo Compulsório. Os principais tributos extrafiscais estão nas mãos da união: exemplo: imposto de importação (controla a entrada de mercadoria no país); imposto de exportação (controla a balança comercial brasileira através de alta ou baixa de alíquotas); IPI (imposto sobre produtos industrializados), IOF (imposto sobre operações financeiras) incidem nas operações bancárias, seguros. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS: a) Quanto à sua finalidade ou função, os tributos podem ser fiscais ou extrafiscais: Fiscais a sua única razão de ser é a arrecadação de dinheiro; Extrafiscais é um tributo que além de representar um instrumento para captação de dinheiro, terá outras finalidades como por exemplo: controlar a balança comercial. b) Quanto à natureza jurídica: • Reais tributos de natureza real. Ex.: IPTU, IPVA, ITR. Esse tipo de tributo grava a coisa, o bem e recai sobre ela, desconsiderando a figura do próprio contribuinte. • Pessoais recai sobre o contribuinte, sua atividade, o tipo de profissão que desenvolve. Ex.: imposto de renda, ISS (imp. s/ serviços qualquer natureza); c) Quanto a incidência, recai sobre: • A propriedade é o que grava a propriedade; • A Produção Por ex.: ICMS. A carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo, esta em 3º lugar no PIB mundial. NO Brasil existe uma carga tributária de Estado centralizador, quando na verdade o Estado brasileiro é neoliberal, ou seja, um Estado em que deixa boa parte de suas funções nas mãos dos civis como: Saúde, educação, etc. • Compete a lei complementar todo o teor descrito no artigo 146. - Dispor sobre conflitos de competência - Regular os princípios const. Tributários - Definir tributos, fato gerador, contribuintes e base de cálculo de todos os impostos. - Tratar sobre obrigação tributária, lançamento, crédito, prescrição e decadência. - dar adequado tratamento tributário ao ato coorperativo. - definir tratamento favorecido as microempresas e empresas de pequeno porte, especialmente em face do ICMS, das contribuições sociais e do PIS/COFINS; - estabelecer regime único de arrecadação de impostos e contribuições. - estabelecer critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA • É atribuição de poder; • Características Facultativa, Taxativa, Imprescritível; Indelegável e Irrenunciável. • A competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo, legislativamente, sua hipótese de incidência, seu primeiro sujeito ativo ou passivo, sua base de cálculo e sua alíquota. • Quanto à sua Titularidade: pode ser exclusiva (ex. União para instituir empréstimo compulsório), cumulativa (ex. do Distrito Federal, Estadual e Municipal), comum (ex. das taxas de serviço, que devem ser reguladas pelo ente político responsável pela respectiva prestação) ou residual (atribuída a União, que pode instituir novos impostos além daqueles previstos na CF). • Os princípios que regem a competência tributária: a) Princípio da Facultatividade – O titular da competência tributária pode até mesmo optar por não exercitá-la. b) Princípio da Incaducabilidade – A circunstância de um ente político não instituir desde logo o seu tributo não o impede de legislar sobre a matéria e instituí-lo a qualquer tempo. c) Princípio da Irrenunciabilidade – Um ente político não pode editar uma lei renunciando à competência que lhe foi deferida pela CF para instituir um tributo, embora possa conceder isenção. d) Princípio da Indelegabilidade – Um ente político não pode atribuir seus poderes de legislar sobre tributos a outro ente político. O não exercício da competência tributária por determinada pessoa política não autoriza que outro ente político passe a exercitá-la. A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais (Súmula 69 do STF). • ESPÉCIES: - comum ou concorrente (impostos, taxas, contribuição de melhoria) - exclusiva (contribuições especiais, empréstimo compulsório, imposto extraordinário de guerra); - residual (impostos extraordinários) • EXERCÍCIO: - Via lei ordinária. - Via lei complementar: empréstimo compulsório, impostos extraordinários da competência residual. ( a questão imposto sobre grandes fortunas??) • O Art 145 é chamado de carta das competências porque atribui poder a todos os entes políticos para instituir Impostos, Taxas e a Contribuição de Melhoria (tributos de competência comum). • Os IMPOSTOS (art. 145, I c/c art. 16 e ss do CTN) • A TAXA ( Art 145, II c/c art. 77 e ss do CTN) • A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Art. 145, III c/c art. 81 e ss do CTN c/c Decreto lei n. 195/67. • O EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (art. 148, I e II da CF – vide art. 15 CTN – tacitamente revogado) • AS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (Art. 149 da CF) CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS • A CIDE : são contribuições interventivas, com o objetivo de dirigir ou induzir determinada atividade econômica; funda-se na atuação ordinatória do estado em face da economia nacional. Não incidem sobre receitas decorrentes de exportação. Incidem sobre importação de produtos estrangeiros e de serviços, podendo ser cumulativas, sendo que a lei definirá as hipóteses de não cumulatividade. Fundamento: art. 149 CF/88. • Incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível ( lei 10336/2001 e Parág. 4o art. 177 CF). Visa intervir no mercado de exportação de combustíveis. São contribuintes o produtor, o formulador e o importador do bem. • CIDE DOS COMBUSTÍVEIS - § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) diferenciada por produto ou uso; b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b ; II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) aofinanciamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. A Lei n º 10.336, de 19 de dezembro de 2001, instituiu a Cide-combustíveis, contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos combustíveis (fuel-oil ), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10336.htm • A CIDE-combustíveis tem como fatos geradores as seguintes operações, realizadas com os combustíveis elencados no art. 3º da Lei nº 10.336, de 2001 (gasolinas, diesel, querosenes, etc.): a comercialização no mercado interno; e a importação. • São contribuintes da Cide-combustíveis: o produtor, o formulador e o importador (pessoa física ou jurídica) dos combustíveis elencados no art. 3º da Lei nº 10.336, de 2001. Contribuições coorporativas. São tributos de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Visam captar recursos aos órgãos representativos dessas categorias. Os contribuintes serão os membros dessas categorias. Possui natureza parafiscal. • Contribuições coorporativas: Destinadas aos órgãos reguladores de determinadas profissões liberais, fazendo a manutenção do sistema SENAI, SENAC, SESI, OAB, Etc. São chamadas contribuições parafiscais. • As contribuições parafiscais foram criadas pela constituição de 1946 ( decreto-lei 4042/42. A atual CF fez referência a essas contribuições no art 240. Assim o STF entende que houve recepção da CF a essas contribuições. • Contribuição para o custeio do serviço de energia elétrica: (art. 149-A) • Competência dos Municípios e DF • Pode ser cobrada na Fatura de energia elétrica residencial mensal. • Limite total de arrecadação: O custo da despesa • Limite individual de rateio ou contribuição: indefinido ( ?? ) • Base de Cálculo: indefinido (??) • Contribuições Sociais, se dividem em: - Contribuições sociais gerais -ex. salário educação (212), FGTS (7o CF) - Contribuições sociais para a seguridade social: compreende um conjunto de ações destinadas a assegurar ao cidadão os direitos relativos a saúde, previdência e assistência social (ART. 194, 196, 201 E 203), devendo ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, e pelos orçamentos da União, Estados e Municípios. - A seguridade social é custeada pelas contribuições sociais descritas no art. 195 da CF88. A enumeração não é taxativa, podendo a União criar outras contribuições para garantir a manutenção e expansão do sistema (art.194, parág 4o CF), desde que faça no exercício de sua competência residual ( art. 154, I ). • As contribuições sociais se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal (195, parág. 6o ). Não se lhes aplica o princípio da anterioridade descrito no art. 150, III, b. Compete a União sua instituição, via lei ordinária. • A contribuições para a seguridade social se dividem em: contribuições sociais propriamente ditas e contribuições sociais previdenciárias (para garantir os benefícios previdenciários). • As contribuições previdenciárias seguem o regime contributivo, de filiação obrigatória. Assim, apenas terão direito aos benefícios previdenciários aqueles que contribuírem para o sistema ( art. 201 CF), tem natureza tributária. Os benefícios previdenciários são os descritos no art. 201. Nos termos do art. 114, parág. 3o da CF/88: compete à Justiça do Trabalho executar, de ofício, as contribuições sociais previstas nos arts 195, I ,’a’ e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. • CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL – ESPÉCIES (ART. 195): - Devidas pelo Empregador, Empresa ou Entidades a ela equiparadas; incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos e creditados a qualquer título de 20%. Incidentes sobre a receita e o faturamentos (finsocial, Cofins, Pis-Pasep); incidente também sobre o lucro das empresas (CSLcontábil). • Devidas pela sociedade de forma indireta – incidente sobre a receita de concurso de prognósticos (loterias); • Devidas pelo importador de bens e serviços (Pis-Pasep-importação; Cofins- importação); • Devida pelo trabalhador e demais segurados da previdência social (INSS); Não incide sobre aposentadorias e pensões concedidas pelo regime geral de previdência social ( art. 201). Assim, não há contribuição dos inativos à previdência social. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PREVIDENCIÁRIA Garante os benefícios previdenciários descritos no art. 201, CF/88: Afastamento por doença, Aposentadoria por invalidez, morte, idade e tempos de contribuição, Auxílio maternidade, Auxílio desemprego, Salário-família e Auxílio reclusão. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS - Tem fundamento no art. 212, parág.5o da CF: é o salário educação ( lei 9424, de 24-12-1996); o STF – Súmula 732: “é constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, seja sob a carta de 69, seja sob a CF/88, e no regime da lei 9424/96”. • Contribuição para o seguro de acidentes de trabalho. • Art. 7º, inciso XXVIII da CF • Suportada pelo Empregador • Lei 8212/91: Alíquota de 1 a 3% • Contribuição sobre o FGTS • Fundamento: LC n. 110, de 26-6-2001. • Alíquota de 10% incidente sobre o saldo do FGTS em caso de dispensa sem justa causa do trabalhador. • Tem natureza de penalidade ao empregador PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS • Princípio da Estrita Legalidade Nenhum tributo será instituído, nem aumentado, a não ser por lei. Equiparam-se à majoração do tributo as mudanças de base de cálculo que o tornem mais oneroso. Art. 150, I c/c art. 97 do CTN. • Requisitos: a) Lei ordinária; b) atender ao princípio da tipicidade tributária. • Exceções: - tributos que podem ser instituídos por Medida Provisória; tributos que devem ser instituídos por lei complementar, nos termos da CF, como os compreendidos na competência residual da União e o empréstimo compulsório. • O Imposto sobre grandes fortunas – art. 153, VII da CF, necessita ser instituído por lei complementar? - Ver Art. 146, inciso III, ‘a’ da CF. ESTRITA LEGALIDADE X MP - A questão das medidas provisórias em direito tributário gera polêmica. Art. 62, parágrafo 2o permite a edição de Medidas Provisórias pelo executivos para os tributos: II, IE, IPI , IOF e IEG. • Determina que a MP que tratar de outros ‘impostos’ só produza efeito no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. • PRINCÍPIO DA ISONOMIA ENTRE CONTRIBUINTES: Significa que os entes tributantes devem tratar de forma igual os contribuintes que externarem a mesma capacidade contributiva. Assim, o ordenamento jurídico constitucional pede que a carga tributária seja distribuída levando-se em conta critérios subjetivos, para que ocorra a justiça fiscal. Art. 150, II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; • PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: artigo 145, I da CF, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. • PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA: Art. 150, III, ‘a’ da CF; É vedado, III - cobrar tributos: em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Deve ser interpretado conjuntamente com o CTN: Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aospendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária. Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. • PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE: Art. 150, inciso III , ‘b’ e ‘c’ - Tem por objetivo oferecer segurança aos contribuintes de forma que possam prever a carga tributária que incidirá no próximo exercício financeiro. A EC n.42 criou a anterioridade nonagesimal. ALÍNEA B: II, IE, IPI, IOF, IEG, EC – 148, I, CF; IEG – 154, I, CF; Contribuições Sociais – 195, parág. 6º da CF. ALÍNEA C: II, IE, IR, IOF, IPTU, IPVA, EC – 148, I, da CF; IEG – 154, I , da CF. • PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA: Visa garantir um tratamento equânime, em regra, em todo o país, de qualquer tributo, mas isso não quer dizer que não haja espaços para algumas diferenciações. Art. 151, I da CF proíbe que haja discriminação entre estados e municípios em face da carga tributária federal, admitindo a concessão de incentivos fiscais visando o equilíbrio e o desenvolvimento sócio econômico das diversas regiões do país. - I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; - II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; - III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. • PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO TRIBUTO COM EFEITO DE CONFISCO: Art. 150, inciso IV da CF; Ainda não existe consenso sobre a concepção do que seria um tributo confiscatório. Confisco X Direito de Propriedade • PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO: 1proíbe que as entidades políticas estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, através de tributos interestaduais ou intermunicipais. Art. 150, V da CF veda: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. • PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE DA ALÍQUOTA: Aplica-se ao IPI e ICMS. As alíquotas deve ser estabelecidas em função da essencialidade do produto ou serviço. Seletividade da Alíquota e Não Cumulatividade Aplica-se especificamente ao IPI e ICMS – arts. 153, parágrafos 1 e 2; art. 155, parágrafo 2º, incisos II e III. • PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO IMPOSTO DE RENDA: Universalidade; Generalidade e Progressividade da Alíquota. • PRINCÍPIO DA PROGRESSIVIDADE – arts. 145, PARÁG. 1º, 150, II, 153, PARÁG. 4º, e 182, PARÁG. 4º, II, TODOS DA CF/88: Depende de expressa previsão constitucional. A proporcionalidade não se confunde com a progressividade. Quando permite que a alíquota fixa o valor final de um tributo seja maior ou menor de acordo com o montante da sua base de cálculo. Na progressividade, a alíquota cresce à medida que a base de cálculo aumenta. Há regressividade quando as alíquotas dos impostos indiretos (aqueles cujo tributo está embutido no preço e é repassado ao consumidor final) são fixadas sem observância da essencialidade dos produtos, ou seja, sem observância da seletividade (que é obrigatória para o IPI mas facultativa para o ICMS). A regressividade se dá em razão de uma alíquota única onerar pessoas com capacidade contributiva diversa, circunstância que torna a carga tributária (única oara pobres e ricos) menos significativa para os que possuem renda maior. • PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO TRIBUTO COM EFEITO DE CONFISCO (TAMBÉM DENOMINADO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE RAZOÁVEL OU DA RAZOABILIDADE DA CARGA TRIBUTÁRIA – ART. 150, INCISO IV, DA CF/88: Significa que é vedado à União, aos Estados- Membros, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco, já que tal circunstância nega vigência ao direito de propriedade garantido pelo art. 5º, XXII, CF/88. • PRINCÍPIO DA ANTERIODADE: A Lei Maior veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. A anterioridade nonagesimal começa a ser contada da data em que foi publicada a lei ou medida provisória que instituiu ou aumentou o tributo, e não do exercício financeiro seguinte. As exceções ao princípio da anterioridade só podem ser previstas por norma constitucional, não se admitindo lei complementar para tanto. A CF/67 (pela EC n.8, de 1977) autorizava o alargamento das exceções nelas previstas por lei complementar. A CF/88 não autoriza o alargamento por norma infra-constitucional. • PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DOS TRIBUTOS (ART. 150, III, A, da CF: Os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver instituído ou aumentado os tributos (estabelecida a hipótese de incidência ou a alíquota maior) não acarretam obrigações. A lei nova não se aplica aos fatos geradores já consumados (art. 105, do CTN). O princípio da irretroatividade é uma limitação à cobrança de tributos. Portanto, as leis exclusivamente interpretativas, as leis que deixem de definir um fato que não esteja definitivamente julgado e sobretudo as que concedem remissão (perdão total ou parcial de uma dívida) ou anistia (perdão das penalidades tributárias) podem ser retroativas (art. 106, do CTN). Quanto à aplicabilidade imediata da lei que estabelece novos procedimentos de apuração e fiscalização (art. 144, do CTN). • CONCEITUAÇÃO DE TRIBUTO: art. 3º do CTN, “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. A lei só pode obrigar o contribuinte a pagar o tributo em moeda corrente do País (obrigação pecuniária). O tributo, portanto, não é multa. A multa tem por pressuposto o descumprimento de um dever jurídico e por finalidade evitar comportamentos nocivos à ordem jurídica, via sanção, enquanto o tributo tem por pressuposto um fato lícito. • O EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: Serve para atender situações excepcionais, e somente pode ser instituído pela União mediante lei complementar. Empréstimos compulsórios para atender às despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, da CF/88). • AS TAXAS: É uma espécie tributária cuja cobrança é vinculada a uma atuação estatal, o tributo se caracteriza-se por sua natureza vinculada e pela referibilidade que a atuação estatal deve guardar com o contribuinte. • A TARIFA: É receita originária empresarial, ou seja, uma receita proveniente da intervenção do Estado, através dos seus associados, permissionários ou concessionários, na atividade econômica. É uma contraprestação pecuniária, na prática se trata de um pagamento em dinheiro que deve ser realizado a uma empresa concessionária, pela prestação de um serviço público. • O PEDÁGIO: É um preço público. Consiste na cobrança para atravessar uma cidade ou estado a outra por meio de um veículo. • A TARIFA ZERO: É a política de transporte público que isenta os utilizadores de pagamento pelo serviço de transporte prestado. • CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA(arts. 145, III, da CF, e 81 e 82 do CTN) – As contribuições de melhoria são tributos que podem ser cobrados pelo governo pela realização de um obra pública ou pela valorização imobiliária consequente de uma obra do Estado. O objetivo principal delas é custear uma obra pública. • OS IMPOSTOS: É todo tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica (contraprestação), relativa ao contribuinte e apresenta uma destinação indeterminada. • DOS CRIMES FISCAIS: São aqueles definidos pela Lei 8.137 de 1990 e preveem fraudes no valor dos tributos devido ao Estado. Eles envolvem ações de ordem tributária, econômica e aquelas contrárias às relações de consumo. Considera-se crime fiscal todo ato ilegal praticado contra a ordem tributária, visando não pagar ou pagar um valor menor do que o devido de tributo, contribuição social e qualquer de seus acessórios. - QUAIS OS TIPOS DE CRIMES FISCAIS?? R: Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias, fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal. • A REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS: É a divisão do produto arrecadado por um tributo, o qual foi criado e cobrado por uma das pessoas componentes do Estado. • OS TRIBUNAIS DE CONTAS: O Tribunal é responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades públicas do país quanto à legalidade, legitimidade e economicidade. • MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS: Função de fiscalizar e restaurar a moralidade da gestão. • DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (ART. 113 do CTN): São relações jurídicas entre um credor, o Estado, e um devedor , a empresa. Trata-se da obrigatoriedade do pagamento dos impostos, mas também da apresentação de uma série de documentações legais e cumprimento de regras. • OBRIGAÇÃO PRINCIPAL – É quando um contribuinte tem por prestação (por dever) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em dinheiro). A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente com o crédito tributário dela decorrente. • OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – Quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de fazer ou não fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos. Uma atividade acessória é o conjunto de atos praticados por alguém, para colaborar com outrem na execução da infração penal, embora não realize a conduta típica. • CRÉDITO TRIBUTÁRIO – A partir do momento em que alguém realiza a hipótese prevista em lei, ou hipótese de incidência tributária, instaura-se a relação jurídica tributária. O nascimento dár-se-á com o lançamento ([3]artigo 142 Código Tributário Nacional). Ou seja, o crédito tributário é a obrigação tributária “lançada”. • ESPÉCIES DE LANÇAMENTO: O lançamento de ofício, lançamento por declaração e o lançamento por homologação. • A INSCRIÇÃO DO DÉBITO NA DÍVIDA ATIVA: é o ato de registro de um débito não pago espontaneamente em livros próprios para tal fim. No momento da inscrição é realizado um controle da legalidade do crédito constituído pela autoridade competente. Obrigação Tributária art. 113 CTN • SOLIDARIEDADE PASSIVA: O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Art. 124/125 CTN. São solidariamente obrigadas: Solidariedade natural: art 124, I e Solidariedade legal: art 124, II; • Efeitos da Solidariedade Passiva: ART 125 CTN; Não comporta benefício de ordem; Não comporta benefício de divisão; Concessão de benefício a um dos devedor estende-se aos demais, salvo se outorgado pessoalmente a um deles. EXEMPLO: João , Jose e Pedro são co-proprietários de uma área urbana, devendo pagar o IPTU no valor de R$900. Caso haja isenção pessoal a João, os demais continuarão obrigados ao pagamento do IPTU mas no valor de R$600. • DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: Modalidade de extinção de crédito em que há o perdão da dívida do contribuinte, encontrando sua previsão no art. 172 do CTN, assim como, a transação, a remissão pode ocorrer de forma total ou parcial, devendo respeitar as regras de competência tributária. • SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ART. 151 DO CTN): é o instituto de direito tributário pelo qual, verificada alguma das hipóteses de suspensão previstas no art. 151, do CTN, o Fisco fica impedido de constranger o contribuinte ao pagamento do tributo. • EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ART. 175 DO CTN): A exclusão do crédito tributário poderá ocorrer mediante isenção ou anistia, hipóteses estas que consistem em renúncia fiscal. Diante disso, deve-se levar em conta o princípio da indisponibilidade dos bens públicos, bem como da apresentação da estimativa de impacto. • A DENÚNCIA ESPONTÂNEA (ART. 138 DO CTN): a declaração do contribuinte que, por livre e espontânea vontade, confessa a prática da infração tributária e paga o valor devido pelo Fisco. • A FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA: é o processo que averigua as irregularidades das obrigações tributárias, no qual, órgãos das esferas municipal, estadual e federal, são responsáveis pelo procedimento de fiscalização. Cada um desses, possui acesso a diferentes tipos de informação e impostos de acordo com seus interesses. • AÇÕES JUDICIAIS MAIS FREQUENTES EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA: Ação Declaratória; Ação de Anulação de Débito Fiscal; e Ação de Repetição de Indébito. - AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE - A ARGUINIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - RECLAMAÇÃO PERANTE O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO - O ARROLAMENTO DE BENS E A MEDIDA CAUTELAR FISCAL - A EXECUÇÃO FISCAL - O AMPLO ACESSO AO PODER JUDICIÁRI - AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO - AÇÃO DECLARATÓRIA - MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO - LIMINAR NO MANDADO DE SEGURANÇA - COISA JULGADA E O MANDADO DE SEGURANÇA - MANDADO DE INJUNÇÃO - AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO - CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS NORMATIVOS - CONTROLE DIFUSO E CONTROLE CONCENTRADO DA CONSTITUCIONALIDADE PELO PODER JUDICIÁRIO Domicílio Tributário • Art 127 CTN - Regra: domicílio de eleição pelo contribuinte • Exceção: fixação pela autoridade fiscal seguindo a ordem do art. 127 CTN • Importância: define o foro competente para ações fiscais. FIXAÇÃO PELO FISCO – de pessoas naturais: Domicílio fiscal centro habitual de sua atividade Residência habitual • FIXAÇÃO PELO FISCO DE Pessoas jurídicas: • Pessoas jurídicas de Direito Público: Qualquer repartição no território da entidade tributante. • Regras Gerais: Domicílio de Eleição, diante da recusa fundamentada no art. 127, parág. 2º; Na Ausência de Eleição pelo Contribuinte, aplica-se o art. 127, incisos I, II e III do CTN; Diante da Impossibilidade de Aplicação dos Artigos Anteriores: aplica-se o art. 127, parágrafo 1º, CTN. SEDE Cada Estabelecimento Domicílio Fiscal CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA • Pessoa Natural: independe da capacidade civil e de estar a pessoa sofrendo qualquer tipo de restrição ( preso ou interditado , por ex) • Pessoa Jurídica: Basta que haja existência de fato e não de direito. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA A responsabilidade tributária determina quem é o responsável legal pelo pagamento de cada tributo. Em geral, quem deve pagar é aquele que possui ligação direta com o tributo, o chamado sujeito passivo direto. Entretanto, em alguns casos, um terceiro pode ser o responsável pelo pagamento dele. São sujeitos passivos da relação jurídico-tributária o contribuinte e o responsável, ambos sendo definidos como pessoas obrigadas ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (Art. 121, caput, CTN). • Responsabilidadepor substituição • Está na lei de cada tributo • Exclui a responsabilidade do contribuinte • Facilitar a arrecadação dos tributos indiretos. • Responsabilidade por sucessão • Está no CTN • É regra geral • O ônus é transferido ao novo titular do bem. • Objetivo: garantir o recebimento do crédito tributário Lembre-se RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação, será responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. A responsabilidade tributária por transferência, na modalidade de sucessão, pode ocorrer: por ato inter vivos, causa mortis, sucessão societária ou sucessão comercial. A sucessão por ato inter vivos é regulada pelos artigos 130 e 131, I, do CTN. RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO - Art 129-133 do CTN - O crédito tributário se transfere ao novo detentor do bem, ou seja, pode ser de transferência de causa mortis e/ou transferência inter vivos. • O CRÉDITO TRIBUTÁRIO: é o vínculo jurídico que tem força e natureza obrigacional, por força do qual o Estado (sujeito ativo), pode exigir do contribuinte ou responsável tributário (sujeito passivo), o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária, por meio de moeda nacional. • Se transfere ao sucessor - Créditos Tributários Definitivamente Constituídos = vencidas e os Créditos Tributários em Fase de Constituição= vincendas; • RESPONSABILIDADE POR AQUISIÇÃO DE BEM IMÓVEL: De acordo com o artigo 130 , parágrafo único , do Código Tributário Nacional , em caso de arrematação em hasta pública, os impostos, taxas e as contribuições de melhoria que tenham como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. • Art 130 CTN - Sub-rogam-se na pessoa do adquirente. • Exceção: conste no titulo a prova de quitação; • Em caso de arrematação em hasta pública a sub-rogação ocorre sob o respectivo preço; • STJ - Se o preço alcançado na arrematação em hasta pública não for suficiente para cobrir o crédito tributário, não fica o arrematante responsável por eventual saldo devedor. A arrematação tem efeito de extinguir o ônus que incide sobre o bem arrematado, passando este ao arrematante livre e desembaraçado dos encargos tributários (Resp 166.975/ST). • RESPONSABILIDADE NA SUCESSÃO HEREDITÁRIA: A responsabilidade tributária dos sucessores ocorre quando uma obrigação é transferida pelo “desaparecimento” do devedor original. Tal situação pode acontecer quando o devedor original morre, o que transfere a obrigação tributária aos herdeiros do de cujus (falecido). - Art. 131, incisos I, II e III. - Dividas deixadas pelo de cujus (faz parte do ESPÓLIO). - Dividas de fatos geradores posteriores à abertura da sucessão Herdeiros, viúvo meeiro até os limites da herança. • RESPONSABILIDADE NA AQUISIÇÃO DE BENS: Inciso I do art. 131 - Adquirente ou remitente de bens móveis ou semoventes. • RESPONSABILIDADE NA FUSÃO, INCORPORAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO: É responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. • RESPONSABILIDADE EM CASO DE EXTINÇÃO DE PESSOA JURÍDICA: A pessoa jurídica extinta perde a capacidade processual, e necessariamente terá que ser substituída pelos sucessores. Trata-se de imputação direta da responsabilidade aos sócios, em virtude do ilícito praticado por eles na ocasião em que respondiam pela empresa, nos termos do art. 1.080, CC. Fusão Nova Empresa Incorporação Incorporadora Transformação Transformada • Se estende ao sócio remanescente quando a atividade seja continuada (Art. 132, parágrafo único CTN). • RESPONSABILIDADE NA AQUISIÇÃO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL OU INDUSTRIAL E FUNDO DE COMÉRCIO: De acordo com o art. 133, II do CTN, a responsabilidade subsidiária do adquirente na aquisição de estabelecimento comercial ou fundo de comércio é consagrada se o alienante continuar na exploração de atividade ou a iniciar no prazo de seis meses da data da alienação. ---------------------------------------------********------------------------------------------------ RECEITAS PÚBLICAS É o ingresso de recursos financeiros aos cofres públicos, a qualquer título. Correntes São as decorrentes dos tributos, das multas, da execução fiscal, da exploração dos bens próprios do Estado e aquelas transferidas de outras pessoas jurídicas de direito público ou privado para atender as despesas classificáveis como correntes. • Capital Provenientes da constituição de dívidas, da conversão em espécie de bens e direitos, do recebimento de recursos de outras pessoas de direito privado ou público, destinados a atender as despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento. • Originárias São decorrentes da exploração de uma atividade econômica pelo próprio Estado, das rendas decorrentes do patrimônio público imobiliário, das tarifas dos ingressos comerciais. • Derivadas São extraídas do patrimônio dos particulares pelo Estado, no exercício do seu poder de império. • Transferidas São as repassadas de um ente político a outro. • Ordinárias As periódicas, previstas no orçamento. • Extraordinárias As receitas que não são permanentes. DESPESAS PÚBLICAS São os gastos da Administração Pública para a realização das funções estatais, incluídos os decorrentes das obras e dos serviços públicos. 1. Ordinárias: as que têm autorização orçamentária e atendem a gastos rotineiros; 2. Extraordinárias: pertinentes a ocorrências inesperadas, urgentes e inadiáveis; 3. Correntes: são as de custeio e as relativas às transferências correntes; 4. De Capital: são as de investimentos, as pertinentes a inversões financeiras e as relativas às transferências de capital; 5. Despesas com Pessoal: Consistem no somatório dos gastos com os ativos, inativos e pensionistas, bem como os encargos sociais e contribuições recolhidos pelo ente às entidades de previdência; 6. As fases da realização das despesas de: Empenho – ato administrativo emanado da autoridade competente que antecede a despesa e confirma as obrigações da administração em relação ao contratado; Liquidação: procedimento pelo qual se verifica o direito adquirido pelo credor, que tem por base os títulos e documentos de implemento de sua obrigação; Ordem de Pagamento: ocorre depois de efetivada a liquidação. 7. Os Precatórios: Os pagamentos devidos pelas pessoas jurídicas de direito público, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos. 7.1. Créditos de natureza alimentícia têm preferência sobre os demais e entram em lista cronológica própria. 7.2. As obrigações definidas em lei como de PEQUENO VALOR e que devem ser cumpridas pelas pessoas jurídicas de direito público em decorrência da sentença transitada em julgado não estão sujeitas aos precatórios. 8. Regime de Competência e Regime de Caixa: Adota-se no Brasil o regime misto orçamento (despesas: regime de competência ou exercício; receitas : regime de caixa).