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Direito tributário resumo av1 Modulo 1: Distingue formas de financiamento do estado Receitas originárias decorrem da atividade estatal como agente particular, no qual o poder público aufere receitas a partir da exploração dos bens públicos, a título de exemplo tem-se os valores pagos pela utilização de bens públicos, bens e valores provenientes de doações e heranças vacantes, e valores auferidos por meio da venda de propriedades públicas. Tais receitas também podem ser denominadas de receitas não-tributárias. Receitas derivadas são aquelas que se originam do patrimônio do particular, o qual é constrangido a efetuar o pagamento dos valores a partir do poder de império estatal exercido sobre ele. Sendo assim, pode-se afirmar que as receitas derivadas são obtidas mediante uma relação de subordinação dos administrados em face do poder público. O principal exemplo de receitas derivadas são os tributos em geral, conforme preconiza o art. 9º da Lei 4.320/64 (Lei de Finanças Públicas), Competência tributária A competência tributária é um poder ou uma atribuição facultativa conferida pela Constituição Federal aos entes federativos, por meio da qual eles estão autorizados a instituir determinados tributos em seu território. Limitações constitucionais ao poder de tributar São mecanismos estabelecidos na constituição federal que buscam evitar que o estado abuse do seu poder de tributar, devem ser consideradas como um direito individual do contribuinte, na medida em que a tributação nada mais é do que a ingerência do Estado na propriedade que, por previsão expressa, é indiscutivelmente um direito individual (CF, art. 5º, XXII). Princípios do Direito Tributário são normas (constitucionais) que limitam, regulam a prática de competência tributária, fazendo com que alguns valores tenham melhor efetividade no ordenamento jurídico. Princípio da legalidade tributária O princípio da legalidade tributária é o responsável por controlar a imposição de tributos. Ou seja, ele exige legislação tributária para que sejam efetuadas cobranças aos contribuintes. O princípio da legalidade no direito tributário, garante ao contribuinte a existência de uma lei para criar e cobrar o tributo, pois não será imputada uma obrigação tributária ao contribuinte, sem antes observar as disposições legais quanto a criação e cobrança de um tributo. Impostos extrafiscais Os impostos extrafiscais por natureza são os seguintes: Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Seu objetivo é a intervenção na economia, superando a simples arrecadação. Os tributos possuem duas funções: fiscal, que consiste em arrecadar receitas para financiar o Estado, e extrafiscal, que é uma função reguladora da atividade dos particulares, com objetivos diversos de obter receitas tributárias. (carta na manga)regular o mercado. Princípio da anterioridade Pelo princípio da anterioridade nenhum tributo poderá ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que instituiu ou aumentou, levando em consideração o princípio constitucional pelo qual “não há crime sem lei anterior que defina, em cena sem prévia cominação penal (CF, Art, 5° ,XXXIX). Princípio da Anterioridade Nonagesimal Determina que o fisco só pode exigir um tributo instituído ou majorado decorridos 90 dias de da data em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Ele está disposto no item “c”, do inciso III, do art. 150, da CF A noventena é chamada por alguns de anterioridade mínima, nonagesimal ou mitigada. No entanto, no tange que aos impostos, as exceções ao princípio da noventena referem-se aos tributos seguintes: II, IE, IR e IOF. Princípio da Isonomia e igualdade tributária O segundo dos princípios do direito tributário é o da isonomia (ou igualdade). Previsto no art. 150, II, Constituição Federal, trata da regra que veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituírem tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Princípio da vedação ao confisco Proíbe a instituição de quaisquer tributos com caráter de absorção substancial da propriedade privada, dos bens do contribuinte, sem a proporcionada indenização. Este princípio constitucional prescreve que é vedado à utilização do tributo com efeito de confisco, ou seja, impedindo assim o Estado que, com o pretexto de cobrar tributo, se aposse indevidamente de bens (aqui leia-se também dinheiro) do contribuinte. Princípio da liberdade de tráfego está previsto no art. 150, V da Constituição Federal, e proíbe que as entidades políticas estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, através de tributos interestaduais ou intermunicipais. Modulo 2: Fontes do direito tributário - Fontes materiais (fato)industrial, comercial, prestação de serviço) As fontes materiais são os acontecimentos sobre os quais haverá a incidência tributária, ou seja, seus são fatos geradores. Ex: Quando da fabricação dos produtos industrializados, nascerá a obrigação de pagar o imposto referente a fabricação de tais produtos (imposto sobre produto industrializado - IPI). - Fontes formais (lei, códigos) “fontes formais” indica as normas nas quais se encontram os dispositivos jurídicos. São, basicamente, os atos normativos que adicionam regras tributárias ao sistema. E tal tema será tratado pelo Código Tributário Nacional (CTN). São fontes formais do direito: as leis, costumes, jurisprudência, doutrina, analogia, princípio geral do direito e equidade. No Direito Tributário, as fontes estão divididas entre: Fontes principais Fontes primárias que fundamentalmente alteram o Direito Tributário, compostas de: · Constituição Federal e emendas; · Leis originárias; · Leis delegadas; · Leis complementares; · Medidas provisórias (em substituição aos antigos decretos-leis); · Decretos legislativos; · Tratados e convenções internacionais; · Resoluções. Fontes secundárias Normas complementares que, como o próprio nome diz, complementam e viabilizam as leis principais. São elas: · Decretos do Poder Executivo; · Atos normativos; · Decisões de órgãos administrativos, com efeito normativo; · Práticas administrativas reiteradas pelas autoridades; · Convênios entre os entes tributantes. O princípio da reserva legal Dispõe que só a lei poderá criar tributos e majorar os tributos já existentes. O tributo nasce na lei e não através da lei, ou seja, é a lei que cria o tributo, sendo descabido imaginar que a lei viesse a autorizar sua criação por outro instrumento normativo. Princípio da irretroatividade da lei tributária É um princípio que impede o contribuinte de ser onerado por um fato gerador anterior a vigência da lei que institua ou aumente um tributo, de modo que ele possa ter ciência das consequências dos seus atos. Sumula 112 STF O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. Sumula 113 STF O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. A Súmula 113 (1962) é anterior à Lei da Correção Monetária (1964), pelo que o objetivo a que ela visava, de evitar distorções prejudiciais ao Fisco, se encontra atendido com a aplicação da correção monetária. IMUNIDADES TRIBUTARIAS As imunidades tributárias se trata de limitações ao poder de tributar que encontram seu respaldo previsto na Constituição Federal e possuem como objetivo assegurar o exercício de direitos e garantias individuais e coletivas do contribuinte. É uma proteção constitucional conferida aos contribuintes, por meio da qual impede-se que os entes federativos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) criem e cobrem tributos sobre determinados bens e direitos. A Imunidade Tributária ocorre quando a Constituição, ao realizar a repartição de competência, coloca fora do campo tributário certos bens, pessoas, patrimônios ou serviços. Imunidades específicas são aquelas previstas, pelo legislador constituinte, de maneira individualizadapara determinados tributos. Esta classificação não se refere aos efeitos, mas apenas à abrangência da regra. As imunidades específicas são aquelas previstas, pelo legislador constituinte, de maneira individualizada para determinados tributos. Esta classificação não se refere aos efeitos, mas apenas à abrangência da regra. Modulo 3: Tributos e suas espécies tributo é o gênero e que existem cinco espécies de tributos. A Constituição Federal, em seus arts. 145, 149, 149-A, classifica os tributos pela Penta partição Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais - Conceito de tributo Art. 3º CTN ** Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. PECUNIA NON OLET A expressão que quer dizer o dinheiro não tem cheiro consiste em princípio de Direito Tributário. Significa que embora o tributo só decorra de atividade lícita, não quer dizer que atividade tida por ilícita não possa ser tributada. Se o cidadão pratica atividades ilícitas com consistência econômica, deve pagar o tributo sobre o lucro obtido, para não ser agraciado com tratamento desigual frente às pessoas que sofrem a incidência tributária sobre os ganhos provenientes do trabalho honesto ou da propriedade legítima". - Espécies de tributos 5º do CTN, que prevê que os tributos seriam impostos, taxas e contribuições de melhorias. Apesar de apenas essas três espécies estarem previstas no artigo 5º, a Constituição Federal, além de manter a existência destas formas clássicas no artigo 145, considera também tributos os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais ou parafiscais. Imunidade tributária recíproca A Constituição Federal estabelece no artigo 150, inciso VI, alínea a que a União, estados, Distrito Federal e municípios não poderão instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Esse é o fundamento daquilo que passou a ser conhecido genericamente como imunidade tributária recíproca Imunidade tributária dos templos de qualquer culto A imunidade tributária aos templos de qualquer culto, disposta pelo artigo 150, inciso VI da Constituição Federal, garante que qualquer entidade de cunho religioso seja imune a todo tipo de impostos governamentais no Brasil. Súmula 724/STF. 150, VI, c, da Constituição Federal afasta a incidência do IPTU sobre os imóveis de propriedade das instituições de assistência social sem fins lucrativos, mesmo que alugados a terceiros, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas suas atividades essenciais Sumula vinculante 52 STF. A presunção de que o imóvel ou as rendas da entidade assistencial reconhecidamente imune estão afetados às suas finalidades institucionais milita em favor da entidade. Cabe ao Fisco elidir a presunção, mediante a constituição de prova em contrário. Impostos Conceitualmente, os impostos são tributos não vinculados a qualquer atividade específica do Estado que justifique o pagamento. Ou, como afirma o próprio Código, o imposto é o tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte (CTN, art. 16). SERVEM PARA O CAIXA DO ESTADO SEM UMA CONTRAPRESTAÇÃO ESPECIFICA De acordo com a Constituição Federal, os impostos são de competência privativa de cada ente tributante, tudo na forma dos artigos 153 a 156, separando os federais; os estaduais e do Distrito Federal e os municipais, a saber: Impostos da União Art. 153 CF/88 Imposto de Importação (II) Imposto de Exportação (IE) Imposto sobre a Renda e os Proventos de qualquer natureza (IR) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Imposto sobre Operações de crédito, câmbio, seguro e títulos e valores mobiliário (IOF) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) Imposto sobre Grandes Fortunas (JGF) Impostos dos Estados Art. 155 CF/88 Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicações (ICMS) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) Impostos dos Municípios Art. 156 CF/88 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) Imposto sobre a transmissão, intervivos, de bens imóveis (ITBI) Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS ou ISSQN) Taxas As taxas são tributos vinculados a uma atividade específica do Estado, que visa vantagem direta a quem paga, podendo ser a prestação de serviços públicos, específicos e divisíveis ou o exercício do poder de polícia. Como qualquer das entidades federativas podem executar tais atividades, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem instituir esses tributos por serem de competência comum. A definição do artigo 77 do CTN é praticamente repetida pela CF, em seu artigo 145, inciso II. A partir desses dispositivos, podemos dividir as taxas de acordo com seus dois fatos geradores admitidos: Taxas de polícia, ex: taxa de vigilância sanitária Taxas de serviços ex: taxa de emissão de passaporte Contribuições de melhoria A contribuição de melhoria é tributo vinculado, de competência comum, ou seja, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem institui-la, conforme previsão do artigo145, inciso III, da CF/88, a partir da realização de obras públicas. Empréstimo compulsório Os empréstimos compulsórios têm como característica principal a promessa de restituição dos valores pagos, já que devem ser devolvidos em determinado período. Na forma da atual redação do artigo 148 da CF/88, compete exclusivamente à União a criação dos empréstimos compulsórios, mediante lei complementar. Devem obedecer ao regime jurídico-tributário, com exceção dos princípios da anterioridade e da noventena, no caso de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência. Então, para estes casos eles podem ser cobrados no mesmo exercício em que foram instituídos, ou seja, no mesmo ano da publicação da lei, diferentemente da maioria dos impostos, que só podem ser cobrados no primeiro dia do ano subsequente àquele em que foram instituídos. A cobrança, no caso, poderia ser imediata, justificando-se tal situação pelos motivos excepcionais de sua criação. As determinações do artigo 148 da CF/88 restou recepcionando, em parte apenas, o artigo 15 do CTN, no que se excepciona o inciso III. Na forma da Constituição, temos, portanto, que a criação do empréstimo compulsório somente pode ocorrer: -No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. -Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. Despesas extraordinárias são aquelas imprevisíveis e urgentes que, por sua imprevisibilidade, não estão contempladas no orçamento anual da União e, por sua urgência, requerem atendimento imediato. Contribuições especiais A doutrina tradicional já identificava que as contribuições parafiscais corresponderiam ao emprego das finanças públicas com objetivos que não visavam precipuamente à obtenção de receitas, mas sim a regular ou modificar a distribuição da riqueza nacional, equilibrar os níveis de preços de utilidades ou de salários, bem como outras finalidades econômicas ou sociais semelhantes. Atualmente tais contribuições estão amparadas no artigo 149 da CF/88 e, em regra, são instituídas por lei ordinária de competência da União. Essas contribuições estão classificadas em: Contribuições sociais Contribuições de intervenção no domínio econômico Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas Contribuições Sociais Contribuições Sociais São contribuições cobradas para o financiamento de áreas de interesse social ou para custeio da seguridade social. Além da previsão do artigo 149, trata também das contribuições para a seguridade social o artigo 195 da ConstituiçãoFederal, dispondo sobre as seguintes incidências: do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; a receita ou o faturamento; o lucro; do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; sobre a receita de concursos de prognósticos; do importador de bens ou serviços do exterior ou de quem a lei a ele equiparar. Com base nesta previsão, foram instituídas as seguintes contribuições: Contribuição sobre a folha de pagamento. Contribuição do seguro acidente do trabalho. Contribuição do PIS/PASEP, recaindo sobre o faturamento ou receita bruta. Contribuição do Cofins, recaindo sobre o faturamento ou receita bruta. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Contribuição dos empregados e trabalhadores. Contribuição sobre a receita de prognósticos, ai entendido os jogos e loterias em geral. Contribuição sobre a importação. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) Em algumas situações, o Poder Público utiliza o tributo para intervir no domínio econômico com o objetivo de controlar a produção de certos bens ou para financiar determinadas setores econômicos por meio de recursos de outros domínios. De todas estas contribuições, a mais destacada é a CIDE-combustível, hoje tratada no artigo 177, parágrafo quarto, da CF/88, com a redação dada pela Emenda Constitucional n° 33, de 2001. Esta dá a clara demonstração de seu campo de incidência e da destinação dos recursos obtidos, além de algumas regras específicas ali contidas. Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas São as contribuições compulsórias instituídas pela União e destinadas a sindicatos, conselhos ou organizações, tendo atualmente como grande exemplo as contribuições das anuidades para financiamento dos conselhos profissionais. Importante observar que a atual redação do artigo 149 ainda atribui algumas características para as contribuições sociais e para a CIDE, tudo na forma do parágrafo segundo, a saber: Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços. Poderão ter alíquotas, ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; ou específica, tendo por base a unidade de medida adotada. Além destas contribuições, a Emenda Constitucional nº 39, de 2002, introduz o artigo 149-A, com a previsão de contribuição de iluminação pública – COSIP (de natureza distinta das demais e com características distintas dos demais tributos), de competência dos municípios e do Distrito Federal, sendo ali facultada a cobrança nas contas de consumo de energia elétrica. Com tudo isso, podemos entender que as contribuições especiais são assim divididas Art. 149 União Sociais gerais Seguridade social – Art. 195 Interventivas ou CIDE Profissionais ou corporativas Art. 149-A Municípios/DF COSIP (contribuição sobre iluminação pública) COMPETENCIA TRIBUTÁRIA A competência tributária é a aptidão de criar tributos, facultada a cada um dos entes federativos. Uma das áreas jurídicas que mais está presente no dia a dia das pessoas é o Direito Tributário. LEGISLAR, FISCALIZAR, ARRECADAR CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS -REAIS E PESSOAIS - FISCAIS E EXTRAFISCAIS -REAIS -levam em consideração a coisa a ser tributada o aspecto físico do patrimônio -PESSOAIS – levam em consideração o aspecto da pessoa da pessoa contribuinte - FISCAIS – são aqueles que desempenham finalidade precipuamente arrecadatórias - EXTRAFISCAIS – são aqueles que desempenham finalidade regulatória IPI, IOF, II, IE Taxa É uma espécie tributária cuja cobrança é vinculada a uma atuação estatal. Prevista no art. 145, II, da Constituição Federal de 1988, o tributo em estudo caracteriza-se por sua natureza vinculada e pela referibilidade que a atuação estatal deve guardar com o contribuinte. Taxa no Direito Tributário faz referência a uma cobrança diretamente relacionada à prestação de serviços públicos e do poder de polícia. Diferentemente do imposto, elas são pagas referentes à contraprestação de algum benefício recebido pelo contribuinte. De acordo com o Código Tributário Nacional, artigo 77, as taxas são cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. Assim, um não pode interferir na competência do outro. Fato gerador: o exercício regular de polícia Ao mencionar o poder de polícia no CTN, não se fala sobre instituições como Polícia Militar e Civil, por exemplo. O ponto levantado diz respeito à capacidade de fiscalização e regulação de órgãos competentes. Por exemplo, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) tem como função regular as atividades do setor de telefonia e, para isso, exerce seu poder de polícia. Portanto, determinados órgãos públicos, que possuem poder de polícia, podem cobrar taxas referentes aos serviços executados. Vale destacar o conceito de fato gerador: utilização de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Ao ser usuário de algum serviço prestado pelo poder público, dentro das disposições legais previstas, o contribuinte pode ser obrigado a pagar taxas. Assim, elas podem ser taxas de coleta de lixo, incêndio, entre outras, em que o contribuinte faz o pagamento sobre algum serviço específico que ele recebe. BASE DE CÁLCULO DAS TAXAS art145, II, CF diz que será cobrada em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIAS Art 145,III CF diz A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. É competente para cobrar a taxa de melhoria o ente federado que realizar a obra. Só pode ser cobrado após a realização da obra de melhoria. BASE DE CÁLCULO, é a própria valorização efetiva EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO deve obedecer ao princípio da anterioridade anual Art. 148 CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. requisitos para o empréstimo compulsório podem ser exigido Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I – guerra externa, ou sua iminência; II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III – conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. Quem pode instituir o empréstimo compulsório? A Constituição de 1988 atribui à União competência para instituir empréstimos compulsórios (art. 148). Expressamente referida à União tão-somente a ela - a possibilidade de instituição de empréstimos compulsórios, segue-se que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão instituí-los. Como é devolvido o empréstimo compulsório? Por se tratar de um empréstimo, não há dúvidas que ele será devolvido posteriormente aos cofres públicos que foram alimentados pelos contribuintes. Embora seja um empréstimo compulsório, o contribuinte não pode escolher se irá ou não pagar. Se for realmente instituído, o pagamento é obrigatório e decorre de lei! Resumo p AV2 TEMA 3 Obrigação TributáriaA obrigação é principal quando o contribuinte tem por prestação (por dever) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em dinheiro). A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente com o crédito tributário dela decorrente (artigo 113, § 1, do CTN). Obrigação tributária acessória tem o objetivo de auxiliar a fiscalização e arrecadação dos tributos pelo Estado. A obrigação tributária acessória não está presa à obrigação principal por força de gravitação jurídica. Elas são completamente autônomas. Podemos demonstrar essa ideia pela imunidade das entidades beneficentes, que estarão dispensadas da obrigação principal de pagar ao Fisco o imposto sobre patrimônio e renda, na forma do artigo 150, inciso VI, alínea “c” da Constituição Federal de 1988. Devemos observar que, a teor do que dispõe o artigo 113, parágrafo terceiro do Código Tributário Nacional, o descumprimento da obrigação acessória a transformará em obrigação principal. Isto ocorre porque o descumprimento da obrigação acessória dará origem a uma multa que deverá ser paga, ou seja, teremos ao final a obrigação principal de pagar ao Fisco. Módulo 1 Fato gerador Identificar a formação da obrigação tributária Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.” Note-se nesta definição o emprego da palavra “situação”, em perfeita harmonia com o art. 116. Temos o fato gerador como uma materialização da hipótese de incidência; e essa hipótese é a descrição prevista em norma legal, de uma situação que, se concretizada, dará ensejo à relação tributária, vínculo que compulsoriamente fará a imposição da obrigação principal, a saber: pagar o tributo. Elisão/planejamento tributário A elisão tributária ocorre pelo planejamento tributário, que consiste em adoção de alternativas legais para reduzir, ou mesmo para afastar a incidência do tributo, antes da ocorrência do fato gerador que traz a obrigação principal. Planejamento tributário é organização do empreendimento, de forma que não seja praticado o fato gerador. O planejamento terá o fundamento na legalidade tributária e representará direito fundamental do contribuinte, que não pode ser compelido ao pagamento de tributo quando não verificada a hipótese legal para tanto. Elusão fiscal e evasão fiscal Elusão é ato ilícito que se aproveita de simulação para fugir da tributação. A consequência da prática simulada na elusão é aquela descrita no artigo 167 do Código Civil: A simulação do negócio jurídico (artigo 167 do CC/2002) ocorre quando há uma declaração enganosa de vontade de quem praticou o negócio, de forma a fazer parecer real o acordo que tem por origem uma ilicitude, visando, no geral, fugir de obrigações ou prejudicar terceiros. Sujeitos da relação tributária A relação tributária carece da existência de sujeitos ativos e passivos. Nesta relação, o sujeito ativo será o Ente Federado detentor do poder de tributar, o titular do crédito devido. Podemos extrair essa informação do artigo 119 do Código Tributário Nacional, que dispõe: “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.” Precisamos atentar que o referido artigo fala sobre a competência que está relacionada à instituição do tributo e que não poderá ser confundida com a capacidade tributária, diretamente ligada à possibilidade de exercer os poderes de fiscalizar e arrecadar, estas últimas passíveis de delegação a teor do que dispõe o artigo sétimo do Código Tributário “sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica, detentor da capacidade para exigir o seu cumprimento”. Sujeito ativo É o detentor da capacidade tributária, seja ele pessoa jurídica de direito público ou privado, com atribuição de exigir o cumprimento da obrigação Sujeito passivo É a pessoa natural ou jurídica, que tem o dever fundamental de adimplir com as obrigações tributárias, seja ela principal ou acessória. Contribuinte de direito É aquele que tem elo efetivo com o sujeito ativo da relação tributária, é quem realmente pratica o fato gerador e possui a obrigação de realizar o recolhimento do tributo. Contribuinte de fato É aquele que, ao final, irá suportar o encargo tributário. Um exemplo claro de contribuinte de fato é o consumidor final, que suportará todo o ônus financeiro do tributo. A exemplo, devemos observar o ICMS que é uma espécie de imposto que incide sobre a circulação de mercadorias. Pela responsabilidade tributária decorrente da lei, contratos particulares não podem ser opostos ao Fisco. Tal situação está disposta de igual modo no artigo 123 do Código Tributário nacional, aduzindo que “salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes”. Exemplo A locação é um tipo de contrato em que o locador convenciona que a responsabilidade pelo pagamento do IPTU competirá ao locatário, todavia, em eventual execução fiscal, a percussão se dará face ao proprietário, que é quem pratica o fato gerador. O direito em decorrência do descumprimento da cláusula contratual deve ser discutido no âmbito do Direito Civil, não sendo oponíveis no âmbito da relação fiscal. Capacidade tributária passiva A restrição à capacidade civil não produzirá efeitos na relação e na capacidade tributária passiva, que permanecerá plena. Exemplo: Um imóvel de propriedade de um incapaz irá torná-lo contribuinte do IPTU; o incapaz que aufere renda se sujeitará ao Imposto de Renda sem qualquer limitação. Domicílio tributário O domicílio tributário é o local onde o sujeito passivo da relação tributária irá se relacionar com o Fisco. O domicílio tributário é regulado no artigo 127 do Código Tributário Nacional, no qual será aduzido o tratamento dispensado às pessoas naturais e às pessoas jurídicas. Responsabilidade tributária A responsabilidade tributária é a sujeição passiva, que tem o condão de atrair a terceiros a obrigação tributária, sem que este seja o contribuinte direto que pratica o fato gerador. O responsável tributário terá uma relação que decorre da lei, ainda que não haja relação direta com a prática da conduta suficiente e necessária que dará ensejo à incidência do tributo. PROCESSO JUDICIAL TRIBUTARIO CONTEUDO DIGITAL GRUPO 1 QUEM NÃO QUER PAGAR I- AÇÃO DECLARATORIA A ação puramente declaratória pode ser positiva quando tem por objeto alcançar uma sentença que declare a existência de uma relação jurídica, ou pode ser negativa quando o objetivo é buscar uma decisão que declare a inexistência de relação jurídica. É cabível a ação declaratória pelo fato de o contribuinte desejar obter a certeza sobre a existência ou inexistência de uma relação jurídico-tributária; não se trata de futura relação jurídica, mas de relação já existente - obrigação tributária. II- MANDADO DE SEGURAÇA O mandado de segurança é um instrumento jurídico, cuja finalidade é proteger direito líquido e certo, ou seja, provado por documentos, que tenha sido violado por ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Ele poderá ser usado quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. O mandado de segurança é ação de natureza constitucional e está disciplinado na Lei nº 12.016/2009. Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. III- AÇÃO ANULATORIA A ação anulatória, em matéria tributária, visa à anulação (total ou parcial) de ato administrativo que imputa ao contribuinte obrigações que lhe parecem ilegais ou indevidas. AAção Anulatória poderá ser proposta mesmo após já ter se iniciado a Execução Fiscal pela Fazenda Nacional, além disso, ela possui natureza modificativa em relação ao lançamento e de certidão de dívida ativa. GRUPO 2 QUER RESTITUIR I- AÇÃO DE REPETIÇÃO EM DÉBITO (ATÉ 5 ANOS A CONTAR DO PAGAMENTO INDEVIDO) Cabe a ação de indébito tributário, classificada como uma ação de conhecimento de natureza condenatória, quando for necessário restituir os valores dos tributos pagos indevidamente. O pedido deve constar a confirmação do pagamento indevido e exigir daquele que recebeu a devolução da importância paga. Repetição de indébito tributário refere-se à possibilidade do direito do contribuinte pleitear, junto às autoridades fazendárias, a devolução de tributo pago indevidamente ou nas demais hipóteses listadas pela Lei. GRUPO 3 QUER PAGAR I- AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO (ART 164 CTN) A ação de consignação em pagamento tributária, ou simplesmente ação consignatória tributária, possui natureza de ação declaratória, de modo que é pretensão do autor de que o juiz declare que o depósito ora realizado em consignação tenha, afinal, extinguido seu débito O inciso II do artigo 164 do Código Tributário Nacional estabelece a hipótese de cabimento da ação consignatória em caso de “subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal”. Quando nãos e sabe a qual fazenda publica deve-se pagar ex IPTU cobrado ao mesmo tempo de um único imóvel por dois municípios. GRUPO 4 QUER SE DEFENDER I- EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL Os embargos à execução fiscal é uma ação judicial destinada à defesa do contribuinte devedor de algum crédito tributário. Essa ação é distribuída por dependência na ação de execução fiscal no qual ambas serão julgadas em conjunto. A ação de embargos à execução fiscal tem cabimento quando da existência de uma execução fiscal em que o sujeito passivo tenha recebido a citação. Enquanto o sujeito passivo não receber a citação da execução fiscal, não haverá a formação do processo executivo, tendo cabimento a ação anulatória de débito fiscal. É necessário garantir o juízo para embargar a execução fiscal? O STJ, resolveu afastar a exigência da garantia nos embargos à execução com base nos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Logo, havendo comprovação inequívoca da ausência de patrimônio do executado, os embargos à execução fiscal devem ser recebidos sem a garantia do juízo. São as principais formas de defesa ao executado em uma ação de execução fiscal, são estas: a impugnação, os embargos à execução, a exceção de pré executividade, a ação anulatória, ação declaratória, e Mandado de Segurança. II- EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE A exceção de pré-executividade é um instrumento de defesa incidental, que pode ser utilizado pela parte passiva de uma ação de execução para pedir ao julgador que reavalie, regularize ou nulifique o processo, pois o mesmo apresenta algum problema de ordem pública ou mérito. Nesse cenário, o ideal é que a exceção de pré-executividade seja requerida dentro de cinco dias após a citação do executado na ação. Isso pode fazer com que os embargos à execução sejam o instrumento de defesa mais cabível, evitando a penhora de bens para a garantia de juízo. 2 Exceções ao princípio da anterioridade anual 1) Empréstimo Compulsório para atender a despesas de guerra externa, sua iminência ou calamidade pública (art. 148, I da CF); 2) Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI e IOF (art. 153, I, II, IV e V da CF); 3) Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II da CF); 4) Contribuição para a Seguridade Social (art. 195, § 6º da CF).