PROVA ELEMENTOS DE DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL

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30/10/2023, 15:20 Aulapos: Estácio
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 1a Questão
São características do 'pacta sunt servanda', de acordo com o modelo de Estado Liberal:
Reconhecimento da ampla liberdade contratual em contratos paritários e de adesão.
Não vinculatividade dos efeitos dos contratos ao ajuste decorrente da manifestação de vontade das
partes contratantes.
Reconhecimento de que os contratos podem gerar efeitos no meio social e não apenas entre as
partes contratantes.
Limitação da liberdade contratual de acordo com a função social dos contratos.
Autonomia privada exercida de acordo com normas de ordem pública.
 2a Questão
Analise as assertivas e marque a alternativa CORRETA:
Sendo o Código Civil brasileiro generalista e aberto, as transformações tecnológicas e científicas
ocorridas nas últimas décadas em nada influenciam seus institutos.
A partir do Estado Social, da mudança de relacionamento entre as pessoas e entre essas e o
Estado, passou o Direito Privado a se preocupar também em remodelar o clássico direito à
privacidade.
A Sociedade em Rede é um modo de desenvolvimento social e econômico em que a informação em
suas diversas dimensões ocupa papel central.
A Sociedade de Informação caracteriza-se por conceder as indivíduos liberdades variáveis nos mais
diferentes relacionamentos sociais.
A Sociedade de Informação tem por elemento central os riscos que geram situações de perigo social
e que afetam toda a sociedade.
 3a Questão
Diferentemente do Código Civil de 1916, o Codex brasileiro de 2002 tem como base os segintes princípios.
Quais sejam:
Eticidade, Operabilidade e Individualidade
Eticidade, Sociabilidade e Concretude.
Sociabilidade e Concretude, apenas.
Eticidade e Operabilidade, apenas.
Eticidade e Sociabilidade.
 4a Questão
Assinale a alternativa CORRETA:
Não sendo a função social dos contratos prevista expressamente na Constituição Federal de 1988
manteve o Código Civil a ampla e absoluta autonomia privada.
O princípio da solidariedade obriga a prestação de alimentos entre ascendentes e descendentes,
mas não entre ex-cônjuges ou companheiros.
Tendo sido o Código Civil de 2002 pensado antes da Constituição Federal de 1988 não autoriza ao
homem a adoção do sobrenome do outro cônjuge, mantendo-se esse direito apenas à mulher que
deve obrigatoriamente adotar o sobrenome do marido.
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A teoria do mínimo existencial não se aplica às relações privadas, por isso, a doação de todos os
bens sem nenhuma reserva é possível.
Em virtude do princípio da igualdade entre homem e mulher a escolha do domicílio conjugal deve ser
feita por ambos em igualdade de condições.
 5a Questão
A Constituição Federal reconhece expressamente as seguintes entidades familiares:
União estável, casamento e família monoparental.
União estável, casamento e família pluriparental.
União estável homoafetiva, casamento e família monoparental.
União estável homoafetiva e casamento.
Casamento e família anaparental.
 6a Questão
A partir da funcionalização da propriedade privada é correto afirmar que:
A posse deve ser considerada exclusivamente o efetivo exercício da situação fática sobre
determinado bem, sendo, portanto, impossível reconhecê-la como uma relação potestativa.
A posse, por implicar exercício de poderes de fato, pode recair também sobre um direito.
A posse não deve ser considerada exercício de um poder, mas sim, o poder propriamente dito que
tem o titular da relação fática sobre um determinado bem.
Sendo a função social da propriedade expressamente prevista na Constituição Federal, não é
possível estendê-la à posse.
Tratando-se a posse de poder sobre um bem, não é possível a posse de um bem imóvel sem que o
possuidor o cultive, o explore ou o visite.
 7a Questão
EMENTA: SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES.
EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. EFICÁCIA DOS
DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. RECURSO DESPROVIDO. I. EFICÁCIA DOS
DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As violações a direitos fundamentais não
ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas
entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela
Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados também à
proteção dos particulares em face dos poderes privados. II. OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS COMO
LIMITES À AUTONOMIA PRIVADA DAS ASSOCIAÇÕES. A ordem jurídico-constitucional brasileira não
conferiu a qualquer associação civil a possibilidade de agir à revelia dos princípios inscritos nas leis e, em
especial, dos postulados que têm por fundamento direto o próprio texto da Constituição da República,
notadamente em tema de proteção às liberdades e garantias fundamentais. O espaço de autonomia privada
garantido pela Constituição às associações não está imune à incidência dos princípios constitucionais que
asseguram o respeito aos direitos fundamentais de seus associados. A autonomia privada, que encontra
claras limitações de ordem jurídica, não pode ser exercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos e
garantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois a autonomia da
vontade não confere aos particulares, no domínio de sua incidência e atuação, o poder de transgredir ou de
ignorar as restrições postas e definidas pela própria Constituição, cuja eficácia e força normativa também se
impõem, aos particulares, no âmbito de suas relações privadas, em tema de liberdades fundamentais. III.
SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. ENTIDADE QUE INTEGRA ESPAÇO PÚBLICO, AINDA QUE
NÃO-ESTATAL. ATIVIDADE DE CARÁTER PÚBLICO. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL.APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS À AMPLA DEFESA E
AO CONTRADITÓRIO. As associações privadas que exercem função predominante em determinado âmbito
econômico e/ou social, mantendo seus associados em relações de dependência econômica e/ou social,
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integram o que se pode denominar de espaço público, ainda que não-estatal. A União Brasileira de
Compositores - UBC, sociedade civil sem fins lucrativos, integra a estrutura do ECAD e, portanto, assume
posição privilegiada para determinar a extensão do gozo e fruição dos direitos autorais de seus associados.
A exclusão de sócio do quadro social da UBC, sem qualquer garantia de ampla defesa, do contraditório, ou
do devido processo constitucional, onera consideravelmente o recorrido, o qual fica impossibilitado de
perceber os direitos autorais relativos à execução de suas obras. A vedação das garantias constitucionais do
devido processo legal acaba por restringir a própria liberdade de exercício profissional do sócio. O caráter
público da atividade exercida pela sociedade e a dependência do vínculo associativo para o exercício
profissional de seus sócios legitimam, no caso concreto, a aplicação direta dos direitos fundamentais
concernentes ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, CF/88). IV.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. (RE 201819, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/
Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 11/10/2005, DJ 27-10-2006 PP-00064
EMENT VOL-02253-04 PP-00577 RTJ VOL-00209-02 PP-00821). Analisando o julgado acima, é possível
afirmar que a jurisprudência vem aplicando qual teoria, no que se refere a eficácia dos Direitos
Fundamentais nas relações entre particulares?
Da Eficácia Horizontal, apenas.
Da Eficacia Horizontal e Vertical.
Da Eficácia Vertical, apenas.
Teoria da Ineficácia.
Da Eficácia Vertical e Horizontal, sendo estaúltima de forma indireta.
 8a Questão
Ensinam Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald que o direito à intimidade consiste em resguardar
dos sentidos alheios as informações que dizem respeito, apenas, ao titular, ao passo que a vida privada
envolve relações interpessoais, que são protegidas contra a ação de terceiros. Sobre a distinção entre
intimidade e vida privada é correto afirmar que:
O direito à privacidade refere-se apenas à capacidade de decidir sobre os dados pessoais
informatizados.
A privacidade contemporaneamente só deve ser compreendida no seu aspecto negativo: direito a ser
deixado só.
Não sendo a autodeterminação informativa prevista constitucionalmente, não se pode falar em tutela
desse direito no ordenamento brasileiro.
O Código Civil limita-se a proteger exclusivamente a vida privada.
Privacidade, intimidade, autodeterminação informativa e vida privada são direitos igualmente
protegidos, fazendo parte do núcleo dos direitos de personalidade.
 9a Questão
Dentre diretrizes observadas pela Comissão de Redação do Anteprojeto do Código Civil de 2002
capitaneada por Miguel Reale, pode-se citar as seguintes, EXCETO:
A preservação, no que foi possível, da estrutura do Código Civil de 1916.
Inserção de temas e matérias já consolidados na doutrina e na jurisprudência, como a união estável.
Realização da dialética da complementaridade, ontognoseologia.
A atenção aos princípios da socialidade, operabilidade e eticidade.
Uso de conceitos fechados, perfeitamente delimitados.
 10a Questão
Sobre as fontes do Direito É CORRETO afirmar que:
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As fontes de Direito Positivo decorrem de uma necessidade social, ou seja, a produção de normas
resulta de transformações sociais.
A lei é a única fonte formal do Direito brasileiro.
A teoria tridimensional do Direito reconhece que existe uma separação ou uma unificação absoluta
entre fatos, valores e normas.
A jurisprudência é considerada fonte material do Direito Positivo brasileiro.
O costume em nenhuma hipótese pode ser considerado fonte do Direito.