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1UNIDADE 1Empreendedorismo Objetivos de aprendizagem � Compreender o conceito de empreendedorismo e seu desenvolvimento histórico. � Entender a importância do empreendedorismo no contexto econômico e social, assim como as perspectivas de futuro em relação ao tema. Seções de estudo Seção 1 Por que estudar o assunto? Seção 2 Definição de empreendedorismo Seção 3 Desenvolvimento ao longo da história Seção 4 A importância do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico e social Seção 5 O futuro do empreendedorismo 18 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de estudo Não é raro encontrar pessoas que têm até dificuldade em pronunciar essa palavra: empreendedorismo. O fato é que esse tema vem sendo discutido nos últimos anos com mais intensidade e já é considerado como fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. É muito importante que fique claro que em empreendedorismo não há uma busca de consenso ou da melhor solução, assim como também não se busca o certo ou errado. O empreendedorismo se faz quase que de forma individual, adequando-se a cada nova situação. Empreendedorismo também não é um modismo ou coisa de momento. Veio para ficar e está sendo implantado na forma de disciplina em escolas, colégios e universidades, aumentando, de forma decisiva, o número de empresas e de postos de trabalho. Pode ser entendido como negócio próprio ou a atividade pró- ativa do funcionário que trabalha em busca da melhor solução dentro da empresa como funcionário. A partir de agora, você será apresentado a vários conceitos que fundamentam essa disciplina, para que mais adiante possa desenvolver o Plano de Negócio do seu próprio empreendimento. Seja bem-vindo e esteja preparado para uma verdadeira mudança de cultura. Bom estudo! Seção 1 – Por que estudar o assunto? A relação cada vez mais intensa entre nações, empresas e indivíduos e as necessidades de adequação dos processos hoje existentes presumem uma busca constante da redução de custos, diminuição do quadro de funcionários, automação dos processos industriais e competitividade. A transformação rápida, que vem ocorrendo no perfil dos novos empregos, com o advento da globalização, torna a informação e a tecnologia fatores imprescindíveis de domínio por parte das gerações que chegam ao mercado de trabalho. 19 Empreendedorismo Unidade 1 Para Bastos (apud BOOG, 1994), vive-se um momento de alta concorrência e equilíbrio nos padrões de serviço, tecnologia, qualidade, preços e agilidade nos processos, ao lado de uma forte globalização, com a abertura de mercados e de informações, o que produz mudanças sensíveis na filosofia empresarial. Lucena (1999) considera que todas as empresas, independentemente de seu estágio de desenvolvimento, da natureza de seu negócio, ou das características peculiares do mercado onde atuam, estão expostas, em maior ou menor grau, a algumas realidades inevitáveis, visto que é cada vez mais forte a pressão e a influência das forças do ambiente externo na vida das organizações. Este ambiente, além de suas ambiguidades e contradições, é cada vez mais instável, surpreendente, imprevisível e se encontra em processo contínuo de transformações. Você consegue perceber as mudanças? Reflita sobre o que está acontecendo nos diversos setores da sociedade. Aproveite e registre suas impressões, pois elas serão úteis para seu estudo! As iniciativas para criação e manutenção de novas linhas de produtos ou serviços terão que se apoiar, cada vez mais, nas necessidades e aspirações do mercado e, cada vez menos, na capacidade operativa das máquinas e da infraestrutura produtiva das organizações, montadas em função do seu negócio. No campo educacional, a identificação dessas novas necessidades e a percepção desse estado de mudanças trouxeram algumas reformulações, que ainda correm na contramão de uma tendência mundial, uma vez que a maioria dos cursos brasileiros ainda insiste em preparar seus alunos para a busca do emprego. 20 Universidade do Sul de Santa Catarina De modo geral, você pode perceber que o empreendedorismo aparece como uma forma renovada de pensar e enfrentar as adversidades impostas pelas forças de mercado e parece ser a maneira mais eficaz para a geração de trabalho e renda, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social. Nesta disciplina, além do conteúdo teórico, você está sendo convidado a participar de exercícios práticos, que podem se traduzir em uma mudança de visão e atitude em relação à atividade profissional que você poderá exercer por toda sua vida. Seja bem-vindo e participe! O seu sucesso pode representar o sucesso para muitas outras pessoas. Seção 2 – Definição de empreendedorismo Segundo Dornelas (2001), Richard Cantillon, importante economista do século XVII, foi considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor — aquele que assumia riscos — do capitalista — aquele que fornecia o capital. Podemos citar como exemplo o caso das pesquisas referentes à eletricidade e à química, de Thomas Edison, que só foram possíveis com o auxílio de investidores que financiaram seus experimentos. Para Schumpeter (1982), o empreendedorismo é visto como o motor da economia, o agente de inovação e mudanças capazes de desencadear o crescimento econômico do país. O conceito de inovação e novidade é uma parte integrante do empreendedorismo. A inovação, o ato de lançar algo novo, é uma das mais difíceis tarefas para o empreendedor. Exige não só a capacidade de criar e conceitualizar, mas também a capacidade de entender todas as forças atuantes no ambiente. A novidade pode ser desde um novo produto e um novo sistema de distribuição, até um método para desenvolver uma nova estrutura organizacional. 21 Empreendedorismo Unidade 1 Em quase todas as definições de empreendedorismo, há um consenso de que estamos falando de uma espécie de comportamento que inclui: iniciativa, organização e reorganização dos mecanismos sociais e econômicos, a fim de transformar recursos e situações para proveito prático e aceitar o risco e o fracasso. Como definição, temos que o empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. Você verá, nas próximas seções, o histórico do empreendedorismo e vai entender um pouco mais sobre o assunto e sua importância na sociedade. Você já parou para pensar em como promover o desenvolvimento econômico e social sem inovações. Reflita: como seria a sua vida hoje, se nos últimos 20 anos não tivessem ocorrido inovações? Seção 3 – Desenvolvimento ao longo da história A capacidade empreendedora é das primeiras formas de trabalho humano, antecedendo às modificações nas atividades geradas pela primeira Revolução Industrial. Com ela originou-se o contrato de trabalho e o conceito do emprego, com as garantias sociais conquistadas a partir das diversas lutas entre capital e trabalho, desde sua instituição. Ao estudar as formas de trabalho humano, Saviani (2000) afirma que no início da humanidade prevalecia o modo de produção comunal, caracterizado pela ausência de classes, coletivização da produção e da propriedade. Neste estágio, a humanidade era nômade porque vivia em busca da oferta de alimentos oferecidos pela natureza. 22 Universidade do Sul de Santa Catarina A sedentarização humana, proporcionada pela revolução agrícola, leva à apropriação da terra por uma classe, o que faz surgir a propriedade privada. Tal situação verifica-se na antiguidade greco-romana, onde há a classe dos proprietários e a dos não-proprietários. Os segundos assumem a tarefa de manterem a si próprios e aos senhores. Os proprietários, que podem viver sem trabalhar, irão constituir uma classeociosa e, portanto, disponível para uma educação distinta. Na Idade Média, a terra permanece como meio dominante de produção, e a agricultura, como principal atividade econômica. Enquanto na Antiguidade os homens viviam na cidade empenhados nas atividades artesanais, na Idade Média, viviam no campo e do campo, sendo a atividade agrícola a base da economia, residindo aí a grande distinção entre as duas fases históricas: a forma de trabalho. Enquanto na mais antiga o trabalho escravo era predominante, na Idade Média o era o servil. Na sociedade Medieval, o ócio era privilégio de nobres e religiosos. Outro aspecto relevante na Idade Média é a subordinação das cidades ao campo. Nas primeiras, desenvolvia-se o artesanato que era a indústria própria da agricultura, na medida em que produzia apenas os instrumentos rudimentares que a vida do campo necessitava. No entanto, a partir das atividades artesanais — as quais evoluíram para as corporações de ofício e do acúmulo permitido pela economia feudal é que foi possibilitado o crescimento de uma atividade mercantil, a qual está na origem do capital investido na própria produção, originando a indústria. O burguês surgirá dentro desse contexto, será o habitante do burgo, ou seja, da cidade. É a partir desse conjunto de transformações que o eixo do processo produtivo do campo se deslocará para a cidade, da agricultura para a indústria, criando um novo modo de produção, que é conhecido por capitalista burguês. 23 Empreendedorismo Unidade 1 Com o crescimento da atividade mercantil, iniciaram-se as trocas com o Oriente, e tornou-se necessária a descoberta de uma nova rota marítima para as Índias, com a finalidade de romper o monopólio do comércio com os países do oriente, feito, principalmente, pelos venezianos. Datam daquela época as grandes navegações, representando os primeiros empreendimentos e fazendo surgir os primeiros empreendedores. Como essa empreitada requeria um alto investimento de risco, diga-se de passagem as Coroas eram convidadas a participar financeiramente com a promessa de lucro posterior. Nesse mesmo período, encontra-se o embrião das sociedades anônimas, com a criação das companhias e sociedades. O objetivo das Coroas era o de reunir participações em dinheiro para financiamento de navegações ou retorno do capital e lucro quando voltasse à expedição. O empreendedorismo, como capacidade transformada em atividade lucrativa, pode, pois, ser historicamente localizado com o surgimento das grandes navegações, embora se acredite que o espírito empreendedor tenha feito parte do primeiro homem que, percebendo a necessidade de um tipo de produto ou serviço no mercado, tenha oferecido a um determinado custo. Como você pode observar, o empreendedorismo não é algo novo, remonta ao início dos tempos e faz parte da própria evolução do ser humano. Trata-se de um exercício constante de criação e inovação de processos, produtos e serviços que contribuem de maneira significativa com a própria evolução da espécie. Afinal, a capacidade empreendedora é um processo que ocorre em diferentes ambientes e situações empresariais. Provoca mudança por meio da inovação feita por pessoas que geram ou aproveitam oportunidades econômicas, que criam valor tanto para si próprios quanto para a sociedade. Sob essa perspectiva, o empreendedorismo é uma nova roupagem de uma antiga atividade, além disso, toda a tecnologia e técnica desenvolvidas pelos indivíduos ao longo da história da humanidade apontam para o gênio criativo e empreendedor humano. 24 Universidade do Sul de Santa Catarina Seção 4 – A importância do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico e social Novas empresas contribuem de forma significativa para o desenvolvimento econômico, principalmente nos países em desenvolvimento. Ao ter sucesso, os novos empresários criam empregos, expandem segmentos de mercado, aumentam a produção de bens e serviços e dinamizam a economia das comunidades onde operam. Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em parceria com a USP Universidade de São Paulo, feito em 2002, demonstra que um grande número de microempresas se converte em pequenas e médias empresas (PMEs), em um período de três anos, existindo uma relação positiva entre o número de novas empresas e o crescimento econômico, e entre a geração de empregos para jovens e a modernização da estrutura empresarial. Esse estudo apresenta novos elementos sobre a capacidade de empresários gerarem empregos e de contribuírem para o dinamismo da economia interna, e analisou também três fases críticas do processo de criação de novas empresas: Fases Processos motivacionais e de tomada de decisões, busca por oportunidades, mobilização de recursos e principais problemas ou “Características” Gestação Esta fase é relativamente longa, indo do momento em que o empreendedor tem a ideia, identifica o nicho de mercado e concebe a empresa até o momento de fazer planos concretos para colocar a ideia em prática. Constituição Compreende o momento que o empreendedor decide criar a empresa até quando reúne todos os meios para inaugurá-la. Desenvolvimento inicial Cobre o período dos três primeiros anos de funcionamento, críticos para a sobrevivência da empresa. Quadro 1.1 – Fases do processo de criação de novas empresas Fonte: Elaboração do autor (2008). Veja a seguir, mais detalhes a respeito de cada fase, segundo informações a partir do relatório da pesquisa. 25 Empreendedorismo Unidade 1 a) Fase de gestação da empresa A pesquisa identificou que, desde o momento em que o indivíduo sente o desejo de abrir uma nova empresa até àquele em que identifica a oportunidade de negócio, decorrem em média de quatro a cinco anos. As motivações que geram novos empreendimentos incluem tanto objetivos estritamente econômicos como de desenvolvimento pessoal. A realização pessoal é a principal motivação para criar um novo negócio, sendo o aumento da renda um objetivo econômico. A segunda motivação não econômica de maior importância é a de contribuir para a sociedade. O apoio familiar é um dos principais fatores que contribui para a motivação dos novos empresários. A maioria deles foi apoiada por seu núcleo familiar e grupo social mais próximo. Somente 10% dos empresários entrevistados encontraram alguma oposição por parte de suas famílias quando demonstraram a intenção de abrir um negócio. A experiência profissional é a fonte de mobilização e de geração de capacidade empresarial mais importante para os empresários. A educação universitária, ainda que proporcione conhecimento tecnológico aos empresários em potencial, tem papel limitado na motivação e no desenvolvimento da capacidade empresarial. O principal nicho de mercado para abertura de novos empreendimentos encontra-se na venda de produtos ou serviços para outras companhias, particularmente para as PMEs. Um número significativo de novos empreendimentos fornece bens e serviços tecnológicos, incluindo-se software, telemática e serviços relacionados à internet. As redes são um dos dois fatores mais vitais para o desenvolvimento de novas empresas. Mais de 70% dos empresários informaram que a chave para identificar as oportunidades de negócios é a interação com as pessoas e a experiência profissional prévia. Em geral, as empresas mais dinâmicas possuem um número maior de contatos pessoais e comerciais (por exemplo, com executivos de grandes, médias e pequenas empresas) e os utilizam com maior frequência do que as menos dinâmicas. Contatos e relacionamentos do empreendedor e seus sócios. 26 Universidade do Sul de Santa Catarina b) Fase de constituição da empresa A decisão do empreendedor de abrir um novo negócio é fortemente influenciada por motivações econômicas e não econômicas, similares às da fase de gestação. As motivações pessoais mais importantes são autorrealização, o desafio de enfrentar mudanças contínuas e o de contribuir paraa sociedade. A disponibilidade de financiamento, ainda que seja um fator importante na decisão de lançar uma empresa, não tem tanta relevância quanto os fatores motivacionais descritos anteriormente. Isso se deve porque, mesmo que o financiamento externo seja escasso, os empreendedores encontram alternativas e mecanismos criativos para desenvolverem seus projetos. Outra característica importante é a habilidade para alavancar recursos financeiros. Ela é essencial para o negócio ter uma boa garantia de sucesso. A experiência profissional anterior e as redes de contato ajudam a abrir as portas aos recursos necessários para iniciar as operações de uma nova empresa. De acordo com a pesquisa, mais de 80% dos empreendedores disseram que a experiência em trabalhos anteriores lhes ajudou a obter tecnologia e outros recursos não financeiros, incluindo informações, matérias-primas, equipamentos e instalações. Veja outros resultados: � O uso de redes de contatos pessoais, como meio para chegar às fontes de recursos, é mais frequente em áreas locais com alta presença de PMEs do que nas áreas metropolitanas pesquisadas. Nas cidades com maior concentração de pequenas e médias empresas, os vínculos interempresariais e sociais tendem a ser mais fortes. � O acesso aos recursos financeiros é uma verdadeira “prova de fogo” para a constituição e desenvolvimento inicial das empresas. � A poupança pessoal dos novos empresários é a principal fonte de recursos financeiros para o lançamento do seu empreendimento. 27 Empreendedorismo Unidade 1 � 70% dos empreendedores lançam seus negócios com recursos financeiros próprios, enquanto outros 20% utilizam recursos de amigos e de parentes. As fontes de financiamentos externos, como empréstimos bancários e investidores privados informais, não estão tão disponíveis na América Latina, se comparadas com as de outros locais como, por exemplo, o Leste Asiático, sendo a falta de financiamento um dos maiores obstáculos para os empreendedores. � Nesta fase utilizam-se mais fontes alternativas de financiamento e mecanismos que possam reduzir ao mínimo a necessidade de tomar empréstimos de terceiros. Entre esses mecanismos estão: i) créditos de fornecedores; ii) adiantamentos de clientes; iii) atraso no pagamento do pessoal, serviços públicos e impostos; iv) compra de equipamentos de segunda-mão. c) Fase de desenvolvimento inicial da empresa Nesta fase, referente aos três primeiros anos do empreendimento, as empresas enfrentam grande competição. A estratégia empresarial dominante consiste em penetrar em um nicho de mercado com demanda crescente, com concorrentes que são outras PMEs, e oferecer produtos diferenciados, com base na qualidade e no serviço. Geralmente, os empreendimentos mais dinâmicos não competem por meio da fixação de preços mais baixos que os de seus concorrentes. As firmas menos dinâmicas, no entanto, participam de mercados em que existe menor presença de grandes concorrentes. Os novos empresários têm acesso a uma escala maior de fontes de financiamento e as empresas começam a obtê-los de seus fornecedores. A capacidade de resolver problemas é fundamental na fase de desenvolvimento inicial das empresas. Elas compartilham do mesmo tipo de problemas nesse momento: encontrar clientes, contratar trabalhadores qualificados e ter um fluxo de caixa equilibrado. 28 Universidade do Sul de Santa Catarina Os empreendedores brasileiros têm maiores dificuldades para financiarem o fluxo de caixa e identificarem fornecedores apropriados e selecionarem pessoas qualificadas para gerenciar. Nesta fase, as redes de contatos possuem, novamente, um papel fundamental, pois servem de canal de comunicação entre os novos empresários, no diálogo sobre como resolverem seus problemas comuns. O relacionamento comercial se torna mais importante do que o social, pois nesta fase do processo, os novos empresários necessitam de conhecimentos mais específicos para solução de seus problemas, o que amigos e parentes em geral não dispõem. De acordo com a pesquisa, 85% dos empreendedores declararam que as instituições formais existentes — governo, associações comerciais, universidades, agências de pesquisa etc. — não foram capazes de proporcionar um assessoramento adequado para resolver os problemas que surgiram no desenvolvimento inicial de seus negócios. Principais resultados da pesquisa a) Os empreendedores são predominantemente do sexo masculino, com graduação universitária ou pós- graduados, idade média de 40 anos, abriram suas empresas quando tinham entre 30 e 35 anos e usaram recursos próprios para financiar o empreendimento. b) Os empreendedores tiraram da própria experiência profissional a motivação, as ideias, as habilidades empresariais e os contatos profissionais para embasar a criação de seus empreendimentos. c) As empresas fazem maior uso de suas redes de contatos sociais com clientes, fornecedores e profissionais. d) A maioria das empresas é fundada por uma equipe de novos empresários com qualificações complementares. e) Ganhar dinheiro não é o único objetivo. As motivações dos empreendedores incluem também o desejo de realização pessoal e a contribuição à sociedade. 29 Empreendedorismo Unidade 1 f) Uma proporção preocupante dos empreendedores dizem que a instrução formal não tem um papel decisivo e não estimula a criação de novos empreendimentos, embora reconheçam que os estudos universitários fornecem o conhecimento técnico necessário para tal. g) As empresas mais bem estruturadas têm estratégias de negócio similares: entram em nichos de mercado com demanda crescente; seus competidores são outras PMEs; e seus produtos são diferenciados pela qualidade e serviço. h) Na fase de gestação, o capital vem, geralmente, da poupança pessoal do empreendedor, de seus amigos e parentes. Durante a fase inicial de desenvolvimento, a tendência é utilizar fontes externas de financiamentos, tais como empréstimos de bancos e instituições financeiras. i) A economia latino-americana é menos atrativa para novos empreendimentos que a do Leste Asiático, em razão da escassez do financiamento, da burocracia intensa e dos impostos e custos, gerados pelos governos, serem elevados. No Leste Asiático, os financiamentos são mais fáceis e a terceirização é uma opção bastante utilizada. Seção 5 – O futuro do empreendedorismo Estamos vivendo na era do empreendedor, na qual o empreendedorismo é endossado por instituições educacionais, entidades governamentais, sociedade e empresas. A educação empreendedora nunca foi tão importante em termos de cursos e pesquisa acadêmica. O número de faculdades e universidades que oferecem, pelo menos um curso em empreendedorismo aumenta a cada dia. Diversos governos estão demonstrando um maior interesse na promoção do crescimento do empreendedorismo.
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