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DIREITO CIVIL
LINDB, Pessoas, Atos, Fatos e 
Negócios Jurídicos, Prescrição e 
Decadência
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230612339327
ANTÔNIO ALEX
Doutorando em Direito pelo UniCEUB; mestre pela UnB; bacharel em Direito e 
Engenharia Elétrica pela UnB. Possui licenciatura em Física; pós-graduação em 
Direito Notarial e Registral, Direito Processual Civil e Gestão Pública. Atua como 
advogado voluntário no Núcleo Cível de Tribunais Superiores da Defensoria Pública 
do DF. Servidor público federal aprovado em vários concursos públicos.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIreIto CIvIL
LINDB, Pessoas, Atos, Fatos e Negócios Jurídicos, Prescrição e Decadência
Antônio Alex
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
LINDB, Pessoas, Atos, Fatos e Negócios Jurídicos, Prescrição e Decadência . . . . . . . . . . . . 6
1. Hierarquia, Interpretação, Integração, Vigência e Eficácia das Normas de 
Direito Civil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Hierarquia das Normas Jurídicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. Vigência e Eficácia das Normas Jurídicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.3. Eficácia da Lei no Espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2. Da Personalidade Jurídica; da Capacidade Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.1. Personalidade Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.2. Sujeito de Direito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.3. Capacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.4. Emancipação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.5. Fim da Pessoa Natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.6. Atos de Registro Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3. Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.1. Conceito de Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.2. Responsabilidade Civil da Pessoa Jurídica de Direito Público Interno . . . . . 43
3.3. Requisitos para Criação de uma Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.4. Anulação do Ato de Constituição da Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.5. Tipos de Pessoas Jurídicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.6. Associação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.7. Fundação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.8. Organização Religiosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3.9. Partido Político . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.10. Sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.11. EIRELI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.12. Desconsideração da Personalidade Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
 
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3.13. Extinção da Pessoa Jurídica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4. Fatos Jurídicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.1. Classificação dos Fatos Jurídicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2. Elementos Acidentais do Negócio Jurídico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5. Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
5.1. Classificação da Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
5.2. Disposições Legais sobre a Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
5.3. Causas que Impedem, Interrompem ou Suspendem a Prescrição . . . . . . . . 62
5.4. Legitimados a Promover Interrupção da Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
5.5. Prazos de Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
5.6. Regra de Transição da Contagem do Prazo de Prescrição . . . . . . . . . . . . . . . 68
6. Decadência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
6.1. Disposições Legais sobre a Decadência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
7. Diferença entre Prescrição e Decadência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
referências . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
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Antônio Alex
APreSeNtAÇÃoAPreSeNtAÇÃo
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
Sou o Professor Antônio Alex Pinheiro.
Sou graduado em Engenharia Elétrica e Direito pela UnB, com Mestrado também pela 
UnB, cursando atualmente o Doutorado em Direito pelo UniCeub. Possuo pós-graduação 
em Direito Processual Civil, em Direito Notarial e Registral e em Gestão Pública. Também 
finalizei o curso de graduação de licenciatura em Física.
Minha experiência com concursos públicos começou no ano de 2.003 e continua até então, 
nessa trajetória fui aprovado nos concursos públicos da Caixa Econômica Federal, Polícia 
Rodoviária Federal, Polícia Federal, Curso de Oficial da PMDF, professor da Secretaria de 
Educação do Distrito Federal, professor do Instituto Federal de Brasília e Anatel. Atualmente 
ocupo o cargo de Especialista em Regulação na Anatel. Recentemente logrei êxito na aprovação 
para o cargo de Notário e Registrador dos Tribunais de Justiça do Ceará, do Amazonas e do 
Paraná, quando aprofundei meus estudos em relação ao Direito Civil. No concurso para o 
cargo de Notário ou Registrador, o conteúdo de Direito Civil tem um peso extremamente 
importante nas três fases: prova objetiva, prova discursiva e prova oral.
Desde o ano de 2015, exerço também a advocacia voluntária pela Defensoria Pública 
do DF na área de Direito Civil. Atualmente estou lotado no núcleo de Defensoria Pública do 
DF junto aos Tribunais Superiores, atividade que me trouxe grande aprendizado na área de 
Direito Civil. Como fruto de minhas pesquisas, recentemente também publiquei livros na 
área de Direito Civil. Assim, quero compartilhar minhas experiências adquiridas ao longo 
da minha vida para lhe auxiliar em seu processo de aprovação.
O nosso curso de Direito Civil foi elaborado sabendo que o concurseiro não dispõe 
de muito tempo disponível para seu estudo, com cada aula estrategicamente pensada e 
elaborada com os principais conceitos relacionados com o respectivo assunto para facilitar 
o entendimento e a fixação do conteúdo, além de muitos esquemas e resumos. Espero 
que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obrigatório! 
Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Muito bem-vindo ao nosso curso, vamos ao trabalho!!!!
“Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior.”
Forte abraço e bons estudos!
Antônio Alex Pinheiro
@prof._antonio_alex
 
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LINDB, PESSOAS, ATOS, FATOS E NEGÓCIOS LINDB, PESSOAS, ATOS, FATOS E NEGÓCIOS 
JURÍDICOS, PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIAJURÍDICOS, PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
1 . HIerArQUIA, INterPretAÇÃo, INteGrAÇÃo, vIGÊNCIA 1 . HIerArQUIA, INterPretAÇÃo, INteGrAÇÃo, vIGÊNCIA 
e eFICÁCIA DAS NorMAS De DIreIto CIvILe eFICÁCIA DAS NorMAS De DIreIto CIvIL
1 .1 . HIerArQUIA DAS NorMAS JUrÍDICAS1 .1 . HIerArQUIA DAS NorMAS JUrÍDICAS
1 .1 .1 . PIrÂMIDe De KeLSeN
Por essa teoria, as normas jurídicas inferiores retiram seu fundamento de validade das 
normas jurídicas superiores.
1 .1 .2 . NorMAS CoNStItUCIoNAIS
As normas constitucionais constituem o fundamento de validade de todas as demais 
normas jurídicas do sistema, assim, nenhuma norma do ordenamento jurídico pode se opor 
às normas constitucionais.
1 .1 .3 . LeIS CoMPLeMeNtAreS
Normas que se situam entre a norma constitucional e as leis ordinárias, tratando de 
matérias especiais que não podem ser deliberadas em leis ordinárias e cuja aprovação exige 
quórum especial, aprovadas pelo Congresso Nacional;
1 .1 .4 . LeIS orDINÁrIAS
São normas que regulam matérias comuns, cuja aprovação não exige quórum especial, 
aprovadas pelo Congresso Nacional;
1 .1 .5 . LeIS DeLeGADAS
Elaboradas pelo Poder Executivo, por autorização expressa do Poder Legislativo, com a 
mesma posição hierárquica das leis ordinárias;
1 .1 .6 . MeDIDAS ProvISÓrIAS
Estão no mesmo plano das leis ordinárias e das leis delegadas, editadas pelo Poder 
Executivo, que exerce função normativa nos casos previstos na Constituição Federal. O 
texto constitucional permite que o Presidente da República adote essa função normativa, 
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com força de lei, em casos de relevância e urgência, devendo submetê-las de imediato ao 
Congresso Nacional, sob pena de perda de eficácia.
1 .1 .7 . DeCretoS LeGISLAtIvoS
São normas por meio das quais se materializam as competências exclusivas do Congresso 
Nacional, como, por exemplo, autorização para o Presidente da República declarar guerra, a 
celebrar a paz, bem como, os decretos legislativos também disciplinam efeitos decorrentes 
de medida provisória que não foi convertida em lei.
1 .1 .8 . reSoLUÇÕeS
São normas expedidas pelo Poder Legislativo para regular matérias de competência 
privativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, tanto matérias de natureza 
administrativa, como matérias de natureza política.
1 .1 .9 . DeCretoS reGULAreS
Normas jurídicas expedidas pelo chefe do Poder Executivo com objetivo de regulamentar/
detalhar as disposições gerais e abstratas previstas em lei.
1 .1 .10 . PortArIAS
Ato administrativo ordinário, ou seja, ato que tem como finalidade disciplinar o 
funcionamento da Administração Pública ou a conduta de seus agentes.
Segue abaixo, uma pequena ilustração com objetivo de ilustrar a pirâmide de Kelsen 
quanto à hierarquia das normas jurídicas:
001. 001. (IBADE/TÉCNICO/CM PORTO VELHO/LEGISLATIVO/2018) Sobre as espécies normativas 
do processo legislativo é correto afirmar que:
a) Decreto Legislativo e espécie normativa veiculadora das competências exclusivas do 
Congresso Nacional. Apresenta necessidade de sanção ou veto pelo Presidente da República.
b) Lei Delegada é ato normativo elaborado peio Presidente da República com autorização 
expressa do Poder Judiciário.
c) Medida Provisória constitui ato normativo primário e tem força de lei. O Congresso 
Nacional, diante de urgência e relevância, pode expedir medidas provisórias, que possuem 
força de lei pelo período de sessenta dias.
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d) Lei Complementar apresenta o mesmo processo legislativo da lei ordinária, com exceção do 
quórum, pois o artigo 69 da CF exige maioria absoluta. A matéria reservada à lei complementar 
não pode ser veiculada por medida provisória, tampouco por lei delegada,dessa forma, 
deve ser exclusiva.
e) Emenda Constitucional e a espécie normativa encarregada de inovar a ordem constitucional, 
apresenta rito ordinário e é considerada ato infraconstitucional se ainda não aprovada.
a) Errada. O Decreto Legislativo é espécie normativa veiculadora das competências exclusivas 
do Congresso Nacional, constantes do art. 49 da Constituição Federal de 1.988. Contudo, 
não se submete à sanção ou veto pelo Presidente da República, justamente por veicular 
competências deliberativas do Congresso Nacional.
b) Errada. Nos termos do art. 68 da Constituição Federal, a lei Delegada é ato normativo 
elaborado peio Presidente da República com autorização expressa do Congresso Nacional.
c) Errada. O art. 68 da Constituição Federal de 1988 atribuiu ao Presidente da República, 
tão somente, a legitimidade de editar medidas provisórias com força de lei, nos casos de 
relevância e urgência.
d) Certa. A lei complementar e a lei ordinária se diferenciam em apenas nos aspectos material 
e formal. No que concerne ao aspecto material, a lei complementar só poderá tratar de 
matéria taxativamente prevista na Constituição Federal, enquanto todas as demais matérias 
deverão ser objeto de lei ordinária. A distinção formal se refere ao quórum de votação destas 
leis, pois enquanto o art.69 da Constituição Federal de 1.988 exige maioria absoluta para 
aprovação das leis complementares, o art. 47 também da Constituição Federal de 1.988 
exige maioria simples para aprovação das leis ordinárias.
e) Errada. O processo de aprovação das emendas constitucionais se submete a um processo 
legislativo especial (e não ordinário), já que para sua aprovação exige-se um quórum 
qualificado de 3/5 dos votos dos membros de cada Casa do Congresso Nacional, nos termos 
do art.60, §2º da Constituição Federal de 1.988.
Letra d.
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Segue abaixo um resumo das normas jurídicas conforme o processo de 
hierarquia estudado:
NORMAS CONSTITUCIONAIS
LEIS COMPLEMENTARES
LEIS ORDINÁRIAS
LEIS DELEGADAS
MEDIDAS PROVISÓRIAS
DECRETOS LEGISLATIVOS
RESOLUÇÕES
DECRETOS REGULARES
PORTARIAS
1 .2 . vIGÊNCIA e eFICÁCIA DAS NorMAS JUrÍDICAS1 .2 . vIGÊNCIA e eFICÁCIA DAS NorMAS JUrÍDICAS
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
É um conjunto de normas de sobredireito.
LINDB 
características
Disciplina outras 
Normas 
Jurídicas
Aplicável a 
todos os ramos 
do Direito
002. 002. (CONSULPLAN/ESTAGIÁRIO/MPE PA/DIREITO/2019/ADAPTADA) O Decreto-Lei n. 4.657, 
de 4 de setembro de 1942, regulamenta a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro 
(LINDB), antiga Lei de Introdução ao Código Civil. Sobre a Lei de Introdução às Normas de 
Direito Brasileiro (LINDB), julgue o item:
O seu conteúdo interessa mais à Teoria Geral do Direito do que ao Direito Civil.
De fato, a LINDB dispõe sobre as normas em geral, de direito público e privado, razão 
pela qual interessa mais, de fato, à Teoria Geral do Direito do que ao Direito Civil. Inclusive 
é o que ensina Maria Helena Diniz (Curso de direito civil brasileiro, 1 volume): “(...) a Lei de 
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Introdução ao direito civil é um conjunto de normas sobre normas. (...) Isso significa que 
essa lei ultrapassa o âmbito do direito civil, vinculando o direito privado como um todo e 
alcançando o direito público, atingindo apenas indiretamente as relações jurídicas. A Lei 
de Introdução ao Código Civil contém, portanto, normas de sobredireito ou de apoio que 
disciplinam a atuação da ordem jurídica.”
Certo.
1 .2 .1 . PUBLICAÇÃo
As disposições normativas da LINDB começam a ser aplicadas somente a partir do 
nascimento da lei, ou seja, a partir de sua publicação.
1 .2 .2 . MoMeNto eM QUe LeI eNtrA eM vIGor
Adota-se o prazo de vigência único ou sincrônico, ou simultâneo, segundo o qual a lei 
entra em vigor de uma só vez em todo o país:
1) Regra: data especificada na própria lei na sua publicação;
2) Leis de pequena repercussão: na data de sua publicação;
3) Omissão do legislador: em todo o país, 45 dias depois de oficialmente publicada ou 
3 meses, depois de oficialmente publicada nos Estados estrangeiros;
VACATIO LEGIS: prazo entre a data de publicação da lei e a data em que a lei começa a 
produzir efeitos.
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Observe que, no exterior, o prazo é de 3 meses, e não de 90 dias.
003. 003. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RS/JUDICIÁRIA/2008/ADAPTADA) Conforme 
se depreende da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o item:
A lei começa a vigorar em todo o país sempre quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada.
A assertiva trata da vacatio legis, que é o período entre a publicação e a entrada em vigor 
da lei, quando se torna obrigatória. Em regra, a lei começa a vigorar após o prazo de vacatio 
legis, que é de 45 dias, mas é possível que haja disposição em contrário, ou seja, não é sempre 
que esse prazo será observado, conforme se extrai do art. 1º da LINDB:
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada.
Errado.
CONTAGEM DO PRAZO: A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último 
dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
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004. 004. (CESPE-CEBRASPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO/TCE-SC/2016) 
Caso determinada lei tivesse sido publicada no dia doze de fevereiro — sexta-feira —, o 
prazo de vacatio legis começaria a fluir no dia quinze de fevereiro.
Na questão acima, a afirmativa está errada porque o prazo de vacatio legis começaria no 
próprio dia doze de fevereiro, em obediência ao art. 8º, §1º da Lei Complementar n. 95/98. 
Complementando o entendimento, caso o final do vacatio legis caísse em uma sexta-feira, 
a lei entraria em vigor no dia subsequente, um sábado. Não há previsão em lei que o dia da 
entrada em vigor seja dia útil.
Errado.
1 .2 .3 . CorreÇÃo De teXto DUrANte A vACAtIo LeGIS
A correção (nova publicação) ocorrer durante o vacatio legis, inicia-se um novo prazo 
de vacatio legis a partir da nova publicação.
1 .2 .4 . PrINCÍPIo DA oBrIGAtorIeDADe DAS LeIS
Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
1 .2 .5 . PrINCÍPIo DA CoNtINUIDADe DAS LeIS
Em regra, as leis são editadas para vigorar por prazo indeterminado.
1 .2 .6 . LeISteMPorÁrIAS
têm o prazo de vigência previsto expressamente em seu corpo, exemplo, é a Lei n. 
12.663/12, que dispõe sobre as medidas relativas Copa do Mundo.
005. 005. (CONSULPLAN/PROCURADOR/CM BH/2018/ADAPTADA) A Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro – LINDB traz regras quanto à vigência e eficácia das leis, conflito de leis 
no tempo e no espaço, dentre outras. Quanto às disposições da referida lei, julgue o item:
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue.
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A afirmativa está de acordo com o seguinte dispositivo da LINDB:
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue.
Certo.
1 .2 .7 . AS LeIS eXCePCIoNAIS
Vinculam o prazo de vigência a determinadas circunstâncias.
1 .2 .8 . revoGAÇÃo
A supressão da eficácia de uma lei por meio de outra lei.
REVOGAÇÃO EXPRESSA: quando a lei revogadora indica explicitamente quais dispositivos 
(ou leis) estão sendo revogados.
AB-ROGAÇÃO: toda a lei anterior é revogada.
DERROGAÇÃO: somente parte da lei anterior é revogada.
REVOGAÇÃO TÁCITA: quando a lei anterior se torna incompatível com a lei posterior 
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
006. 006. (CONSULPLAN/JUIZ DO TRABALHO/TRT 1ª REGIÃO/2005) À revogação total de uma 
lei denomina-se:
a) derrogação;
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b) ab-rogação;
c) suspensão;
d) cessação;
e) presunção.
A questão trata da revogação de lei, que pode ser total ou parcial.
• A revogação total é a ab-rogação;
• A revogação parcial denomina-se derrogação.
Letra b.
007. 007. (CONSULPLAN/ PROCURADOR/CM BH/2018/ADAPTADA) A Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro – LINDB traz regras quanto à vigência e eficácia das leis, conflito de leis 
no tempo e no espaço, dentre outras. Quanto às disposições da referida lei, julgue o item:
A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
A afirmativa está de acordo com o seguinte dispositivo da LINDB:
Art. 2º § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com 
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Certo.
1 .2 .9 . DISPoSIÇÕeS GerAIS oU eSPeCIAIS
A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei anterior.
1 .2 .10 . ULtrAtIvIDADe
É a capacidade que uma lei tem de, após ter sido revogada, continuar regulando situações 
consolidadas durante o período em que esteve em vigência. Ex. lei de vigência temporária.
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1 .2 .11 . rePrIStINAÇÃo
É a restauração de uma lei revogada devido à perda de vigência de sua lei revogadora. 
A regra é que não haja efeito repristinatório. Para existir deve haver previsão expressa.
008. 008. (CONSULPLAN/ PROCURADOR/CM BH/2018/ADAPTADA) A Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro – LINDB traz regras quanto à vigência e eficácia das leis, conflito de leis 
no tempo e no espaço, dentre outras. Quanto às disposições da referida lei, julgue o item:
Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido 
a vigência.
A afirmativa está de acordo com o seguinte dispositivo da LINDB:
Art. 2º § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência.
Certo.
1 .2 .12 . ANtINoMIA
É o conflito existente entre duas normas. Trata-se da existência de duas ou mais normas 
aplicáveis ao mesmo caso, mas que lhe oferecem soluções incompatíveis. Diante do conflito, 
três critérios devem ser utilizados para solucioná-lo:
Critério Cronológico A norma posterior prevalece sobre a anterior.
Critério da Especialidade A norma especial prevalece sobre a geral.
Critério Hierárquico A norma superior prevalece sobre a inferior.
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Na análise das antinomias, esses três critérios devem ser levados em conta para a 
solução dos conflitos:
a) critério cronológico: norma posterior prevalece sobre norma anterior;
b) critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral;
c) critério hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior
As antinomias são classificadas da seguinte forma:
• Antinomia de 1º grau: conflito de normas que envolvem apenas um dos critérios 
acima expostos.
• Antinomia de 2º grau: choque de normas válidas que envolvem dois dos critérios 
antes analisados.
009. 009. (CESPE/CEBRASPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA DIREITO/TJPA/2020) O conflito entre 
uma norma especial anterior e uma norma geral posterior classifica-se como
a) antinomia de primeiro grau real e deve ser resolvido pelo critério hierárquico.
b) antinomia de primeiro grau aparente e deve ser resolvido pelo critério temporal.
c) antinomia de segundo grau real e somente pode ser resolvido por decisão de corte 
constitucional.
d) antinomia de segundo grau aparente e deve ser resolvido pelo critério da especialidade.
e) antinomia insuperável e somente pode ser resolvido por solução do Poder Legislativo.
Na análise das antinomias, três critérios devem ser levados em conta para a solução dos 
conflitos:
a) critério cronológico: norma posterior prevalece sobre norma anterior;
b) critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral;
c) critério hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior
As antinomias são classificadas da seguinte forma:
- Antinomia de 1º grau: conflito de normas que envolve apenas um dos critérios acima 
expostos.
- Antinomia de 2º grau: choque de normas válidas que envolve dois dos critérios antes 
analisados.
A questão envolve uma colisão entre uma norma especial anterior e uma norma geral 
posterior, ou seja, uma colisão entre dois dos critérios analisados (cronológico e especialidade), 
classificando-se como uma antinomia de 2º grau.
Na antinomia de 2º grau:
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- Entre critérios cronológicoe especial, prevalece o especial.
- Entre critérios cronológico e hierárquico, prevalece o hierárquico.
- Entre critérios especial e hierárquico, prevalece o hierárquico.
Letra d.
1 .2 .13 . INterPretAÇÃo
É o processo de definição do sentido e alcance das normas jurídicas. Toda lei está sujeita 
a interpretação, nas apenas as dúbias ou obscuras.
Quanto ao sujeito, a interpretação pode ser autêntica, doutrinária ou jurisprudencial:
Autêntica Doutrinária Jurisprudencial
Emana do próprio legislador, que 
elabora uma nova norma com 
objetivo de interpretar uma já 
existente
Realizada pelos estudiosos 
do direito, não obrigando a 
aplicação
São as reiteradas decisões 
judiciais do Poder Judiciário
Quanto ao objeto, a interpretação pode ser gramatical ou literal, lógica, sistemática, 
histórica ou teleológica:
Gramatical Lógica Sistemática Histórica Teleológica
A p a r t i r d e 
e l e m e n t o s 
gramaticais
O intérprete busca 
descobrir o sentido da lei, 
fazendo uso dos princípios 
científicos da lógica, de 
deduções, de silogismos, 
princípios científicos da 
lógica.
O intérprete examina 
a norma de acordo 
com o conjunto 
de outras e com 
os princípios, pois 
o dispositivo não 
existe isoladamente 
no ordenamento, mas 
está contido dentro 
de um sistema.
A p a r t i r d e 
antecedentes 
das normas
Busca alcançar 
os objetivos e 
as finalidades 
pretendidos com 
aquela norma
010. 010. (CEBRASPE/CESPE/ TÉCNICO DA DEFENSORIA PÚBLICA (DPE RO)/TÉCNICO 
ADMINISTRATIVO/2022) O art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
dispõe o seguinte: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige 
e às exigências do bem comum”. Esse dispositivo legal ilustra a técnica de interpretação
a) literal.
b) sociológica.
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c) lógica.
d) sistemática.
e) histórica.
a) Errada. A Interpretação gramatical ou literal é aquela que consiste na busca do real 
sentido do texto legal a partir das regras de linguística do vernáculo nacional.
b) Certa. Na interpretação sociológica, o juiz deve ser orientada pela função ou fim social 
com a finalidade de atingir o bem comum.
c) Errada. A Interpretação lógica é aquela que consiste na utilização de mecanismos da 
lógica, como de silogismos, deduções, presunções e de relações entre textos legais.
d) Errada. A Interpretação sistemática é aquela por meio de interpretação dos mais 
importantes, visa sempre a uma comparação entre a lei atual, em vários de seus dispositivos 
e outros textos ou textos anteriores.
e) Errada. A interpretação histórica leva em consideração os fatores sociais, políticos e 
econômicos que envolviam na confecção da norma.
Letra b.
1 .2 .14 . INteGrAÇÃo
Institutos utilizados para suprir lacunas das leis, no caso de omissão da lei: São 3 (três) 
institutos: Analogia, Costumes e Princípios Gerais do Direito.
MACETE para decorar ACP: Ação Civil Pública
Mecanismos para suprir a 
lacuna das leis
Analogia Costumes
Princípios 
Gerais do 
Direto
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ANALOGIA: consiste em aplicar a caso não previsto a norma legal concernente a 
caso análogo.
ANALOGIA é diferente da INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA:
COSTUME: prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato, com 
a convicção de sua necessidade, é composto pelos elementos: prática reiterada de um 
comportamento e convicção de sua obrigatoriedade.
Continuidade
Obrigatoriedade
Costume
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: regras de caráter genérico, ou vetores de interpretação, 
que orientam a compreensão do sistema jurídico, em sua aplicação e integração, estejam 
ou não positivadas.
EQUIDADE: representa um recurso auxiliar de aplicação da lei, não é um recurso de 
integração, utilizada somente quando a lei expressamente a permite.
011. 011. (CONSULPLAN/PROCURADOR/CM BH)/2018) “A Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro estatui expressamente que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com __________________.” Assinale a alternativa que NÃO completa corretamente 
a afirmativa anterior.
a) analogia
b) costumes
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c) princípios gerais do direito
d) fins sociais a que a lei se dirige
A questão deve ser resolvida a partir dos seguintes artigos da LINDB:
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e 
os princípios gerais de direito.
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do 
bem comum.
Assim, nos termos do art. 4º da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.
Letra d.
1 .2 .15 . DISPoSIÇÕeS trANSItÓrIAS
São colocadas pelo próprio legislador no texto da nova lei, com objetivo de evitar e 
solucionar conflitos que podem surgir da nova lei com a antiga.
1 .2 .16 . IrretroAtIvIDADe
É a lei que não se aplica às situações constituídas anteriormente à sua vigência. A 
irretroatividade é a regra, mas admite-se retroatividade em determinados casos.
RETROATIVIDADE: a lei se aplica a fatos ocorridos no passado, antes da vigência da nova 
lei. Aplica-se a retroatividade aos casos pendentes, desde que não ofenda o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada;
ATO JURÍDICO PERFEITO: é o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se 
efetuou, produzindo seus efeitos jurídicos, pois o direito gerado já foi exercido.
DIREITO ADQUIRIDO: é o que já se incorporou definitivamente ao patrimônio 
e à personalidade de seu titular, não podendo a lei e nem fato posterior alterar essa 
situação jurídica.
COISA JULGADA: é quando a sentença judicial não pode mais sofrer mudanças, ou seja, 
não cabendo mais recursos.
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APLICAÇÃO 
DA LEI 
NOVA
Irretroatividade
Vigência Expressa 
Vigência Imediata
Vacatio legis (45 
dias ou 3 meses) 
Retroatividade, 
mas respeitando:
Ato Jurídico 
Perfeito Direito Adquirido Coisa Julgada
012. 012. (CONSULPLAN/ ANALISTA JUDICIÁRIO (TRE RJ)/ADMINISTRATIVA/2017) No tocante 
à Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, interprete o caso proposto e assinale 
a afirmativa juridicamente verdadeira. “A Lei n. 8.112/90 previa o direito de licença por 
assiduidade para os servidores federais. Posteriormente, a Lei n. 9.527/97 revogou o referido 
direito e o substitui por um direito à licença para capacitação. Supondo que seja aprovada 
a Lei “X” em 2017 revogando aLei n. 9.527/97, poder-se-á concluir que
a) não existindo disposição em contrário, a Lei “X” terá vigência de cinco anos, prescrevendo 
após este período.
b) com a revogação da Lei n. 9.527/97, fica restaurado o direito de licença por assiduidade 
dos servidores federais.
c) salvo disposição em contrário, a Lei “X” começa a vigorar quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada.
d) a lei nova, em regra, tem vigência retroativa, cassando as licenças dos servidores federais 
que já se encontravam em gozo do direito.
a) Errada. Em verdade, não existindo disposição em contrário, a Lei “X” permanecerá em 
vigor até que outra lei a modifique ou revogue. Esses são os termos do art.2º da LINDB: Não 
se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
b) Errada. Para que ficasse restaurado o direito de licença por assiduidade seria necessária 
expressa previsão legal na lei revogadora, o que não ocorreu. Nesse sentido, a LINDB: Art. 2º 
(...) § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência.
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c) Certa. A afirmativa se amolda perfeitamente ao disposto na LINDB: Art. 1º Salvo disposição 
contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada.
d) Errada. Ao contrário do afirmado, e em respeito ao direito adquirido, as licenças dos 
servidores que já se encontravam em gozo do direito não podem ser cassadas. Nessa linha: 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada.
Letra c.
1 .3 . eFICÁCIA DA LeI No eSPAÇo1 .3 . eFICÁCIA DA LeI No eSPAÇo
Os artigos 7º a 19 da LINDB trazem disposições relativas a regras de direito internacional 
público e privado, em especial sobre os limites territoriais da aplicação da lei brasileira e 
da lei estrangeira.
013. 013. (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA PR/2019) Com relação à Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro e à interpretação dos dispositivos legais, julgue o item.
A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o direito adquirido, a coisa julgada 
e o ato jurídico perfeito, este último reputado como aquele já consumado segundo a lei 
vigente ao tempo em que se efetuou.
A assertiva traz as disposições do Artigo 6º da LINDB. A Lei em vigor terá efeito imediato e 
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1º Reputa-
se ATO JURÍDICO PERFEITO o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se 
efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por 
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição 
preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º Chama-se coisa julgada ou caso 
julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
Certo.
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1 .3 .1 . LeI Do DoMICÍLIo
a chamada Lei do Domicílio, presente nas disposições da LINDB, rege o estrangeiro pelas 
leis de seu país de origem, aplicando-se nas seguintes hipóteses:
a) relações jurídicas relacionadas com o começo e fim da personalidade, o nome, a 
capacidade e com os direitos de família:
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim 
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
014. 014. (CESPE/CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA DIREITO/TJAM/2019) Em se tratando 
de indivíduo de nacionalidade estrangeira domiciliado no Brasil, as regras sobre o começo 
e o fim da sua personalidade, seu nome, sua capacidade civil e seus direitos de família são 
aquelas da legislação vigente no seu país de origem.
Conforme o art. 7º da Lei LINDB, a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as 
regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de 
família.
Errado.
b) bens móveis que o proprietário tiver consigo ou se destinarem ao transporte para 
outros lugares:
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do 
país em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens moveis 
que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
015. 015. (QUADRIX/ADVOGADO/CAU SC/2022) Acerca das disposições da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, julgue a afirmativa:
Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país 
de nacionalidade daquele que os possuir.
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Como regra, aplica-se a lei da situação da coisa, conforme o art. 8º, caput, LINDB: Art. 
8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do 
país em que estiverem situados. § 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o 
proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para 
outros lugares. § 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja 
posse se encontre a coisa apenhada.
Errado.
c) penhor:
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do 
país em que estiverem situados.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a 
coisa apenhada.
d) Sucessão:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto 
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
e) competência judiciária:
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil 
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
Resumidamente, aplica-se a lei do domicílio para os seguintes casos:
LEI DO 
DOMICÍLIO
Personalidade 
Nome Capacidade 
Direitos de Família
Bens Móveis Penhor Sucessão Competência Judiciária
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Quanto aos bens móveis, as disposições são as seguintes:
BENS MÓVEIS 
Regra
Aplica-se a lei do 
país em que 
estiverem 
situados
Bens móveis 
trazidos ou 
transportados
Aplica-se a lei do 
domicílio do 
proprietário
Já para o penhor:
PENHOR
Lei do domicílio da 
pessoa que tem a 
posse da coisa 
apenhada
1 .3 .2 . CASAMeNto reALIZADo No BrASIL
No caso de casamento no Brasil, mesmo que os nubentes sejamestrangeiros, a lei brasileira 
será aplicável quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração:
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim 
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos 
dirimentes e às formalidades da celebração.
Quanto às formalidades do casamento, a legislação brasileira estabelece que o 
procedimento é divido em 3 (três) fases: habilitação, celebração e registro. Desta forma, 
sendo o casamento realizado no Brasil, essas fases devem ser seguidas.
CASAMENTO 
REALIZADO 
NO BRASIL
APLICAÇÃO 
DA LEI 
BRASILEIRA
Impedimentos 
Dirimentes
Formalidades 
de Celebração
016. 016. (SELECON/ TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – ÁREA BACHAREL EM DIREITO/ SME MT/2019) 
João, cidadão português, deseja desposar Vic, cidadã brasileira. O casamento está planejado 
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para realizar-se em solo brasileiro. Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos:
a) cognitivos
b) provisórios
c) dirimentes
d) impedientes
Conforme o art. 7º, § 1º da Lei LINDB, realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a 
lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
Letra c.
1 .3 .3 . CASAMeNto De eStrANGeIro
o casamento de estrangeiros realizado no Brasil é previsto no § 2º do Art. 7º da LINDB:
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou 
consulares do país de ambos os nubentes.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei 
do primeiro domicílio conjugal.
Ambos os nubentes da mesma nacionalidade, o casamento poderá ser realizado perante 
a autoridade diplomática ou consular do país de nacionalidade de ambos os nubentes. Por 
outro, possuindo os nubentes domicílio diverso, os casos de invalidade do matrimônio, que 
são os vícios de consentimento, serão regidos pela lei do primeiro domicílio conjugal após 
o casamento.
Quanto o casamento de brasileiros no exterior, segundo o art. 1.544 do CC, pode ser 
celebrado perante a autoridade a autoridade consular brasileira, desde que ambos os 
cônjuges sejam brasileiros. No caso de casamento de brasileiro com estrangeiro, não poderá 
ocorrer no consulado.
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CASAMENTO DE 
ESTRANGEIROS NO 
BRASIL
Ambos os nubentes 
de mesma 
nacionalidade
Casamento poderá 
celebrar-se perante 
autoridades 
diplomáticas ou 
consulares
Nubentes com 
nacionalidades 
diferentes
Os casos de invalidade 
serão regidos pela lei 
do primeiro domicílio 
conjugal
1 .3 .4 . reGIMe De BeNS No CASAMeNto
o regime de bens do casamento dos nubentes é disciplinado pela lei do domicílio dos 
nubentes, caso sejam diversos, aplicar-se à lei do primeiro domicílio do casal:
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes 
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
REGIME DE 
BENS
Cônjuges com 
mesmo 
domicílio
Lei do domicílio
Cônjuges com 
domicílio 
diverso
Lei do primeiro 
domicílio
017. 017. (UEG/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PCGO/2013) O artigo 7º da Lei de Introdução 
às Normas de Direito Brasileiro – LINDB estabelece regras para o instituto do casamento, e na 
dissolução no que se refere, especificamente, ao domicílio. Essas regras dispõem o seguinte:
a) tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei 
do último domicílio conjugal.
b) o casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou 
consulares do país de ambos os nubentes.
c) é a lei do último domicílio conjugal que será aplicada no caso de questionamentos quanto 
ao regime de bens.
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d) brasileiros divorciados no estrangeiro terão seu divórcio reconhecido no Brasil após 1 
(um) ano do pedido de homologação feito ao Superior Tribunal de Justiça.
Conforme a LINDB:
a) Errada. Conforme art. 7º, § 1º da LINDB, realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada 
a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
b) Certa. Conforme o art. 7º, § 2º da LINDB, o casamento de estrangeiros poderá celebrar-
se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
c) Errada. Conforme o art. 7º, § 4º da LINDB, o regime de bens, legal ou convencional, 
obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do 
primeiro domicílio conjugal.
d) Errada. Conforme o art. 7º, § 6º da LINDB, o divórcio realizado no estrangeiro, se um ou 
ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano 
da data da sentença.
Letra b.
1 .3 .5 . oBrIGAÇÕeS
Em relação às obrigações contraídas, elas serão regidas pelas leis do país em que se 
constituírem. Além do mais, a obrigação resultante de contrato considera-se constituída 
no lugar do proponente, nos termos do art. 9º da LINDB:
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será 
esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos 
do ato.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente
REGÊNCIA DE 
OBRIGAÇÕES
Regra
Aplica-se a lei do 
país em que se 
constituírem
Resultante de 
Contrato
Constituída no 
lugar em que 
residir o 
proponente
OBRIGAÇÃO A SER 
EXECUTADA NO 
BRASIL
Admite-se a 
aplicação da lei 
estrangeira quanto 
aos requisitos 
extrínsecos
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018. 018. (QUADRIX/ADVOGADO/CRT MG/2022) Com relação à Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro, julgue o item.
As obrigações são regidas pela lei do país em que elas se constituírem.
Exatamente o que dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lein. 4.657/42).
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será 
esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos 
do ato.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
Certo.
1 .3 .6 . SUCeSSÃo CAUSA MortIS
A sucessão por morte ou por ausência rege-se pela lei do país em que era domiciliado 
o morto ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens, nos termos 
do art. 10 da LINDB:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto 
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira 
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não 
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
A sucessão será, portanto, regida pela lei do domicílio do morto que, dentre outras coisas, 
definirá quem tem qualidade de ser herdeiro e as condições de validade do testamento. 
Entretanto, é a lei de domicílio do herdeiro que regulará a sua capacidade de suceder, 
avaliando, por exemplo, as hipóteses de indignidade e de deserdação.
Por fim, cabe esclarecer que a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, 
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, se a lei 
brasileira for mais favorável que a lei de domicílio do morto. Ou seja, nesta situação será 
aplicada a lei mais benéfica ao cônjuge ou aos filhos brasileiros.
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SUCESSÃO DE 
BENS DE 
ESTRANGEIROS
Regra
Aplica-se a lei do 
domicílio do 
morto
Bens de 
estrangeiros 
situados no 
Brasil
Aplica-se a lei 
mais benéfica
CAPACIDADE 
DE SUCESSÃO
Lei do domicílio 
do herdeiro ou 
legatário
019. 019. (Q1109286/FAU/PROFESSOR/ÁREA DIREITO/IFPR/2019/ADAPTADA) Sobre a Lei de 
Introdução às normas do Direito Brasileiro – LINDB (Decreto – Lei n. 4.657/42), julgue o item:
Quando a sucessão incidir sobre bens de estrangeiro residente, em vida, fora do 
território nacional, aplicar-se-á a lei do país de domicílio do defunto, quando esta for 
mais favorável ao cônjuge e aos filhos brasileiros, ainda que todos os bens estejam 
localizados no Brasil.
Conforme art.10, § 1º da LINDB, a sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será 
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
Certo.
1 .3 .7 . CoMPetÊNCIA DA AUtorIDADe JUDICIÁrIA BrASILeIrA
O art. 12 da LINDB dispõe que a justiça brasileira é competente para dirimir questões 
quando o réu for domiciliado no Brasil ou quando aqui tiver de ser cumprida a obrigação:
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil 
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis 
situados no Brasil.
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Em relação às ações de imóveis situados no Brasil, o paragrafo 1º do art. 12 da LINDB 
dispõe que é competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira conhecer ações 
relativas a imóveis situados no Brasil. Portanto, trata-se de uma competência exclusiva.
COMPETÊNCIA 
DA JUSTIÇA 
BRASILEIRA
Réu 
domiciliado no 
Brasil
No Brasil for 
cumprida a 
obrigação
IMÓVEIS 
SITUADOS NO 
BRASIL
Competência 
Exclusiva da 
Justiça 
Brasileira
Quanto à extraterritorialidade, dispõe o art. 17 da LINDB que as leis, atos e sentenças 
de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, 
quando ofenderam a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes:
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, 
não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os 
bons costumes.
020. 020. (Q1082131/CESPE/CEBRASPE/ PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Autoridade judiciária 
brasileira tem competência concorrente para julgar ações relativas a imóveis que, situados 
no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros.
A LINDB estabelece, de forma clara, que a competência é exclusiva da autoridade judiciária 
brasileira para julgar ações relativas a bens imóveis situados no Brasil, conforme seu art. 
12, § 1º:
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil 
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados 
no Brasil.
Errado.
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1 .3 .8 . eXeCUÇÃo De SeNteNÇA eStrANGeIrA No BrASIL
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução 
no lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.
021. 021. (Q1180402/VUNESP/JUIZ LEIGO/2018/ADPTADA) A Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro – LINDB estipula normas de aplicação ao Código Civil, dentre outros Códigos 
e disposições legislativas. Sobre a referida lei, em especial sobre leis, sentenças, declarações 
de vontade e fatos ocorridos no estrangeiro, julgue a alternativa abaixo
Para ser executada no Brasil, basta que a sentença proferida no estrangeiro tenha sido 
homologada pelo Supremo Tribunal Federal e traduzida por intérprete autorizado.
Conforme a LINDB:
Conforme art. 105 da CF/1988, compete ao Superior Tribunal de Justiça: I – processar 
e julgar, originariamente: i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de 
exequatur às cartas rogatórias;
Errado.
1 .3 .9 . reLAÇÕeS JUrÍDICAS De eNtIDADeS eStrANGeIrAS
a) ORGANIZAÇÕES DESTINADAS A FINS COLETIVOS: organizações destinadas a fins de 
interesse coletivo, citando, como exemplo, as sociedades e fundações, obedecem à lei do 
Estado em que se constituírem;
b) REGRA GERAL DE AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS: governos estrangeiros, bem como as 
organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido 
de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de 
desapropriação.
c) EXCEÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS: os governos estrangeiros podem adquirir 
a propriedade dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos 
agentes consulares.
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1 .3 .10 . ProvA DoS FAtoS
A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto 
ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei 
brasileira desconheça.
1 .3 .11 . AtoS NotArIAIS e reGIStrAIS PrAtICADoS Por AUtorIDADeS CoNSULAreS
a) em se tratando de brasileiros, as autoridades consulares brasileiras são competentes 
para lhes celebrar o casamento e demais atos de registro civil e tabelionato (lavratura de 
escrituras públicas), inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro 
ou brasileira nascido no país sede do consulado.
2 . DA PerSoNALIDADe JUrÍDICA; DA CAPACIDADe 2 . DA PerSoNALIDADe JUrÍDICA; DA CAPACIDADe 
JUrÍDICAJUrÍDICA
2 .1 . PerSoNALIDADe JUrÍDICA2 .1 . PerSoNALIDADe JUrÍDICA
É a aptidão para se titularizar direitos e contrair obrigações na órbita jurídica, vale 
dizer, é o atributo do sujeito de direito. A personalidade está relacionada com a existência 
da pessoa. A personalidade jurídica da pessoa natural é adquirida a partir do nascimento 
com vida. As pessoas físicas e pessoas jurídicas possuem personalidade.
2 .2 . SUJeIto De DIreIto2 .2 . SUJeIto De DIreIto
É o ente físico ou moral, susceptível de direitos e obrigações, é o sujeito da relação jurídica.
A personalidade jurídica do nascituro pode ser explicada por 3 (três) teorias:
a) Teoria Natalista: A personalidade jurídica é adquirida a partir do nascimento com vida.
b) Teoria da Personalidade Condicional: O nascituro seria dotado de personalidade 
apenas para direitos especiais (como o direito a vida), enquanto a aquisição de direitos 
patrimoniais fica condicionado ao nascimento com vida.
c) Teoria Concepcionista: O nascituro é dotado de personalidade jurídica, desde a 
concepção, inclusive para efeitos patrimoniais.
Teoria Natalista
Teoria da Personalidade 
Condicional
Teoria Concepcionista
A personalidade jurídica só seria 
adquirida a partir do nascimento 
com vida, de maneira que o 
nascituro não seria considerado 
pessoa, gozando de mera 
expectativa de direito.
O nascituro seria dotado de 
personalidade apenas para 
direitos especiais (como o direito 
a vida), mas apenas consolidaria 
a personalidade para a aquisição 
de direitos patrimoniais sob a 
condição de nascer com vida.
O nascituro é dotado de 
personalidade jurídica, desde a 
concepção, inclusive para efeitos 
patrimoniais.
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O Código Civil adotou a Teoria Natalista.
NASCITURO: É o ente de vida intrauterina.
CONCEPTURO: É aquele que nem concebido ainda foi, podendo ser chamado de 
prole eventual.
NATIMORTO: É aquele nascido morto, não respirou por nenhum instante quando saiu 
do útero. Não há transmissão de direitos.
Nascituro Concepturo Natimorto
É o ente de Vida intrauterina.
É aquele que nem concebido ainda 
foi, podendo ser chamado de prole 
eventual.
É aquele nascido morto, não 
respirou por nenhum instante 
quando saiu do útero, seu óbito é 
registrado em livro próprio: Livro 
C auxiliar;
2 .3 . CAPACIDADe2 .3 . CAPACIDADe
É a medida da personalidade, ou seja, para alguns a capacidade é plena e para outros 
é limitada.
A CAPACIDADE DE DIREITO é uma capacidade geral, genérica, que qualquer pessoa tem 
para possuir direitos ou contrair obrigações.
A CAPACIDADE DE FATO consiste na aptidão para pessoalmente se praticar atos na 
vida civil, mas nem toda pessoa possui capacidade de fato.
A CAPACIDADE CIVIL PLENA ocorre quando a pessoa reúne a capacidade de fato e a 
capacidade de direito.
A LEGITIMIDADE é a pertinência subjetiva para a prática de determinados atos jurídicos. É 
uma capacidade específica para prática de certos atos. Exemplo: Outorga Uxória do Cônjuge.
Capacidade Legitimidade
Trata-se da aptidão para exercer direitos e contrair 
obrigações, bem como a aptidão para pessoalmente 
se praticar atos na vida civil (capacidade de direito 
e de fato)
É a pertinência subjetiva para a prática de determinados 
atos jurídicos. É a capacidade especial para a prática 
de certos atos.
A INCAPACIDADE CIVIL é a falta de capacidade de fato para praticar pessoalmente atos 
da vida civil. A incapacidade civil de divide em Incapacidade Absoluta e Incapacidade Relativa.
R I A: Relativamente Incapazes são Assistidos
A I R: Absolutamente Incapazes são Representados
MENORES IMPÚBERES: os menores de 16 (dezesseis) anos.
MENORES PÚBERES: os maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito).
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: somente os menores de 16 (dezesseis) anos.
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022. 022. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2018) Nos termos do 
Código Civil – Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – são absolutamente incapazes de 
exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de
a) 16 anos.
b) 17 anos.
c) 18 anos.
d) 20 anos.
A questão deve ser resolvida conforme as disposições do artigo 3º do CC:
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos.
Letra a.
RELATIVAMENTE INCAPAZES: os maiores de (16) dezesseis e menores de (18) dezoito 
anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxico, aqueles que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir sua vontade e os pródigos. São eles:
Lembrar da regra: O meu ex-namorado era TUDO de RUIM, por isso eu resolvi deixá-
lo, ele era LOUCO (por causa transitória ou permanente não puderem exprimir sua 
vontade), BÊBADO (ÉBRIO HABITUAL), DROGADO (VICIADOS EM TÓXICOS) e GASTAVA 
TODO SEU DINHEIRO (PRÓDIGO), NÃO TRABALHAVA, tinha só 17 anos (maiores de 16 e 
menores de 18 anos),
Ex-namorado: LOUCO, BÊBADO, DROGADO, GASTADOR e NÃO TRABALHAVA.
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023. 023. (CONSULPLAN/ ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 2ª REGIÃO/JUDICIÁRIA/”SEM 
ESPECIALIDADE”/2017) Acerca das pessoas naturais, analise as afirmativas que seguem:
I – A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais 
pessoas.
II – São absolutamente incapazes aqueles que, por causa permanente, não puderem exprimir 
sua vontade.
III – São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, os ébrios habituais, 
os viciados em tóxico e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II, III.
I – Certa. De acordo com o art. 228, § 2º do CC que foi incluído pela Lei 13.146/2015 
promovendo a inclusão do deficiente. Art.228, § 2º A pessoa com deficiência poderá 
testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados 
todos os recursos de tecnologia assistiva.
II – Errada. Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
III – Errada. Aqueles que possuem discernimento reduzido por deficiência mental não mais 
são considerados relativamente incapazes após a mudança promovida pela Lei 13.146/2015.
Letra a.
2 .4 . eMANCIPAÇÃo2 .4 . eMANCIPAÇÃo
Consiste na antecipação dos efeitos da capacidade de fato. Poder ser voluntária, 
judicial e legal.
024. 024. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2018) A emancipação 
produz o efeito de
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a) início da maioridade civil.
b) início da personalidade jurídica.
c) antecipação da aquisição da capacidade de fato.
d) suprir a autorização dos representantes legais dos menores para o casamento.
A emancipação produz a antecipação da aquisição da capacidade de fato.
Letra c.
EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA: pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, se o menor 
tiver dezesseis anos completos.
EMANCIPAÇÃO JUDICIAL: por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis 
anos completos.
025. 025. (CONSULPLAN/ NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2015) “Luana, menor 
púbere, resolve pedir aos seus tutores que a emancipe.” Querendo os tutores emancipá-la, 
nos termos do Código Civil, é correto afirmar:
a) A emancipação será por via judicial.
b) A emancipação será sempre por instrumento público notarial.
c) A emancipação será por instrumento público notarial, desde que conste anuência do 
Ministério Público.
d) É defeso emancipação de tutelados.
“Luana, menor púbere, resolve pedir aos seus tutores que a emancipe.” Querendo os tutores 
emancipá-la, nos termos do Código Civil, é correto afirmar:
a) A emancipação será por via judicial.
Menor púbere: é o relativamente incapaz (maior de 16 e menor de 18 anos) 
Menor impúbere: é o absolutamente incapaz (menor de 16 anos)
O Código Civil traz a seguinte regra para a Emancipação:
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática 
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
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I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos; (menor púbere)
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, 
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Letra a.
EMANCIPAÇÃO LEGAL: pelo casamento, pelo exercício de emprego público efetivo, pela 
colação de grau em curso superior, pelo estabelecimento civil ou comercial, desde que, 
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria e pela 
existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis 
anos completos tenha economia própria. A emancipação legal:
Para facilitar a memorização do rol acima, pense nas FASES DA SUA VIDA: você quer 
terminar logo a FACULDADE (colação de grau), para arrumar um TRABALHO (existência 
de relação de emprego), mas o salário não é muito bom, por isso você quer passar no 
CONCURSO (exercício de emprego público efetivo), para se CASAR (casamento) com aquela 
na namorada linda, mas o dinheiro fica curto, então você precisa de uma renda extra, 
por isso abre um ESTABELECIMENTO COMERCIAL (estabelecimento civil ou comercial). 
FACULDADE>TRABALHO>CONCURSO>CASAMENTO>EMPRESÁRIO – FTCCE
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2 .5 . FIM DA PeSSoA NAtUrAL2 .5 . FIM DA PeSSoA NAtUrAL
A existência da pessoa natural, assim como da capacidade, termina com a morte.
MORTE PRESUMIDA SEM DECRETAÇÃO DA AUSÊNCIA: se for extremamente provável a 
morte de quem estava em perigo de vida E se alguém, desaparecido em campanha ou feito 
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
MORTE PRESUMIDA COM DECRETAÇÃO DA AUSÊNCIA:
Morte presumida 
com a ausência
Ausência Sucessão Provisória
Sucessão
Definitiva
AUSÊNCIA: ocorrerá quando a pessoa física desaparecer de seu domicílio sem dela 
haver notícia, representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, sendo 
lhe nomeado um Curador pelo juiz ou quando a pessoa física desaparecer sem deixar 
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus 
poderes forem insuficientes.
SUCESSÃO PROVISÓRIA: Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou três 
anos, havendo ele deixado representante ou procurador, podem os interessados, requerer 
a abertura da sucessão provisória. A sentença que determinar a abertura da sucessão 
provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; 
mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao 
inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. Os imóveis do ausente só 
se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, 
para lhes evitar a ruína.
SUCESSÃO DEFINITIVA: Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede 
a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva 
e o levantamento das cauções prestadas. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, 
provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas 
notícias dele. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão 
definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os 
bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço 
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que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois 
daquele tempo.
A extinção da pessoa natural pode assim ser resumida:
Morte
Morte 
Presumida
Em Guerra
Perigo de 
Vida
Ausência
Sucessão 
Provisória
Sucessão 
Definitiva
Morte 
Presumida
80 anos de idade 
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