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TRF3
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3a REGIÃO
Pré-edital
DIREITO CIVIL
PRINCÍPIOS DE DIREITO CIVIL. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS 
NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
(DECRETO-LEI N. 4.657/1942)
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR(A): Priscila Oliveira da Luz
DIAGRAMADOR: Clenio Da Mata
CAPA: Washington Nunes Chaves
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Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h
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autorais e do editor.
© 03/2019
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DICLER FORESTIERI
Ex-Auditor-Fiscal do Estado da Paraíba, Ex-
Auditor-Fiscal de Tributos do Município de São 
Paulo e atual Conselheiro Substituto do TCM-RJ 
(aprovado em 2º lugar). Também foi aprovado 
nos concursos de Auditor-Fiscal do Estado do Rio 
Grande do Sul e Conselheiro Substituto do TCE-
AM. Ministra aulas das disciplinas Direito Civil, 
Direito Penal e Legislação Tributária Municipal.
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DIREITO CIVIL
Princípios de Direito Civil. Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942)
Prof. Dicler Forestieri 
Apresentação .............................................................................................5
Conteúdo Programático – Direito Civil ...........................................................6
Divisão das Aulas de acordo com o Conteúdo Programático ..............................6
Característica das questões de Direito Civil elaboradas pela banca FCC ..............7
Considerações Iniciais ...............................................................................10
Vigência e Eficácia da Norma .....................................................................13
Revogação da Norma ................................................................................19
Conflito de Normas no Tempo .....................................................................23
Preenchimento da Lacuna Jurídica ..............................................................25
Princípio da Obrigatoriedade ......................................................................29
Conflitos de Norma no Espaço ....................................................................29
Critérios de Hermenêutica Jurídica ..............................................................31
Estatuto de Direito Internacional Privado .....................................................33
Questões de Concurso ...............................................................................37
Gabarito ..................................................................................................49
Gabarito Comentado .................................................................................50
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DIREITO CIVIL
Princípios de Direito Civil. Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942)
Prof. Dicler Forestieri 
Apresentação
Querido(a) aluno(a), eu me chamo Dicler Forestieri Ferreira, atualmente minis-
tro aulas presenciais e a distância de Direito Civil, Direito Penal e Legislação Tribu-
tária Municipal em diversos cursos do Brasil.
Ocupei, por mais de nove anos, o cargo de Auditor-Fiscal Tributário do Município 
de São Paulo (ISS-SP). Fui aprovado em São Paulo no concurso de 2006 e entrei 
em exercício no ano 2007. Antes deste concurso também exerci o cargo de Audi-
tor-Fiscal de Tributos do Estado da Paraíba (ICMS-PB – concurso em 2006) e fui 
oficial da Marinha do Brasil durante doze anos e meio; além de ter sido aprovado 
em 6º lugar para o concurso de Auditor-Fiscal de Tributos do Estado do Rio Grande 
do Sul (ICMS-RS – 2006).
Após algum tempo somente dando aulas, retomei os estudos e recentemente fui 
aprovado em 16º lugar no TCE-AM em 2015 (Auditor-Substituto de Conselheiro) 
e em 2º lugar no TCM-RJ (Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro) em 
2015/2016 (Conselheiro-Substituto), cargo que ocupo atualmente.
Por ter sido aprovado em alguns excelentes concursos, creio ter condições 
de lhe dizer qual a melhor forma para conseguir tal sucesso. Entretanto, nem 
só de glórias é feita a vida de um “concurseiro”, pois também fiquei reprovado 
em outros treze concursos. Ou seja, creio que também sei o que não deve ser 
feito para ser reprovado.
Além de ter escrito dois livros de Direito Penal, sou coautor de dois livros de 
questões comentadas de Direito Civil, um da banca CESPE/UnB e outro da Funda-
ção Carlos Chagas.
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DIREITO CIVIL
Princípios de Direito Civil. Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942)
Prof. Dicler Forestieri 
Com isso, espero poder ajudá-lo nessa árdua caminhada que é a preparação 
para concursos públicos.
A respeito do concurso para o TRF 3ª Região (Nível Superior), utilizaremos como 
direcionamento de estudos a banca organizadora Fundação Carlos Chagas (FCC), 
pois foi ela que realizou o último concurso.
Conteúdo Programático – Direito Civil
Princípios de Direito Civil. Lei de Introdução às Normas do Direito Bra-
sileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942). Pessoas (naturais e jurídicas). Bens 
(classificação segundo o Código Civil). Fatos Jurídicos: Negócios Jurídicos. 
Atos Jurídicos Lícitos. Atos Ilícitos. Prescrição e Decadência. Prova. Modali-
dades das Obrigações: Obrigações de dar, fazer e não fazer. Adimplemento e 
Extinção das Obrigações: Pagamento. Contratos: Disposições Gerais. Várias 
Espécies de Contrato: Compra e Venda. Depósito. Mandato. Fiança. Respon-
sabilidade Civil. Posse e Propriedade.
Divisão das Aulas de acordo com o Conteúdo Programático
O nosso curso será dividido da seguinte forma:
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Princípios de Direito Civil. Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942)
Prof. Dicler Forestieri 
Aula Conteúdo
1
Princípios de Direito Civil. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
(Decreto-Lei n. 4.657/1942).
2 Pessoas Naturais.
3 Pessoas Jurídicas.
4 Bens (classificação segundo o Código Civil).
5 Fatos Jurídicos: Negócios Jurídicos. Prova.
6 Prescrição e Decadência.
7 Atos Ilícitos. Responsabilidade Civil.
8 Modalidades das Obrigações: Obrigações de Dar, Fazer e Não Fazer.
9 Adimplemento e Extinção das Obrigações: Pagamento.
10 Contratos: Disposições Gerais.
11 Várias Espécies de Contrato: Compra e Venda. Depósito. Mandato. Fiança.
12 Posse e Propriedade.
13
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Parte 2 – alterações promovi-
das pela Lei 13.655/2018)
Característica das questões de Direito Civil elaboradas 
pela banca FCC
Atualmente eu considero a FCC, com a FGV e o CESPE, as três maiores bancas 
organizadoras de concursos do país.
Essas três bancas, na disciplina Direito Civil, cobram questões que se alternam 
em letra de lei ou pequenos casos práticos.
Veja uma questão da banca FCC que cobrou a literalidade do Código Civil.
Questão 1 (FCC/PGE-MT/PROCURADOR/2016) De acordo com a Lei de Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito
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a) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio jurídico 
sujeito a termo ou sob condição suspensiva.
b) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se equi-
param, para fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo ou 
sob condição suspensiva.
c) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipara, para fins 
de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo, porém não o negócio 
jurídico sob condição suspensiva.
d) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem como 
coisa julgada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido.
e) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equiparam as facul-
dades jurídicas e as expectativas de direito.
Letra a.
A resolução é dada pelo art. 6º da LINDB:
Art. 6º da LINDB – A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condi-
ção preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
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Para que possamos fazer uma comparação, vamos ver outra questão da FCC, 
sobre o mesmo assunto, que cobrou um caso prático.
Questão 2 (FCC/TRE-SP/AJAJ/2017) André adquiriu um terreno onde pre-
tendia construir uma fábrica de tintas. Na época da aquisição, não havia lei 
impedindo esta atividade na região em que se localizava o terreno. Passado 
o tempo, porém, antes de André iniciar qualquer construção, sobreveio lei 
impedindo o desenvolvimento de atividades industriais naquela área, por 
razões ambientais. A lei tem efeito
a) imediato e atinge André, que não tem direito adquirido ao regime jurídico ante-
rior a seu advento.
b) retroativo e atinge André, por tratar de questão de ordem pública.
c) imediato, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico 
anterior a seu advento.
d) retroativo, mas não atinge André, que possui direito adquirido ao regime jurídico 
anterior a seu advento.
e) retroativo mas não atinge André, por tratar de direito disponível.
Letra a.
Caso você não tenha entendido as questões, fique tranquilo(a) que elas estarão 
devidamente comentadas ao final da aula.
Bons estudos!
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Considerações Iniciais
Com o advento da Lei n. 12.376, de 30 de dezembro de 2010, a ementa 
do Decreto-Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, passou a vigorar com a 
seguinte redação: LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASI-
LEIRO (LINDB), não devendo mais ser utilizada denominação Lei de Introdu-
ção ao Código Civil (LICC).
A alteração da ementa do Decreto-Lei n. 4.657/1942 teve a intenção de aper-
feiçoar sua redação, deixando expresso o entendimento, já consolidado, de que a 
norma se aplica a todo o Direito pátrio, e não apenas ao Código Civil.
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro representa o Decreto-Lei 
4.657/1942, ou seja, não é parte integrante do Código Civil (CC) (Lei 10.406/2002). 
O CC cuida de tratar das relações de ordem privada, a LINDB não.
Importante!
As principais características da LINDB são:
• ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma lei que disciplina 
outras normas jurídicas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e enten-
dimento, sendo chamada de lei das leis (lex legum);
• ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas ao Direito Civil; e 
por ultrapassar em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os 
dispositivos deste diploma legal contém normas de sobredireito.
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A LINDB disciplina os seguintes assuntos:
1. vigência e eficácia das normas jurídicas;
2. conflito de leis no tempo;
3. conflito de leis no espaço;
4. critérios de hermenêutica jurídica (interpretação);
5. critérios de integração do ordenamento jurídico;e
6. normas de direito internacional público e privado.
Abordaremos cada um desses assuntos durante esta aula.
Sabendo que a lei é o objeto de estudo da LINDB, vale a pena enumerarmos as 
suas características:
a) generalidade ou impessoalidade: a lei se dirige a todos indistintamente. 
A exceção é a lei formal ou singular, que se aplica apenas a uma pessoa. 
Exemplo: uma lei criada para dar pensão a uma pessoa pública que esteja 
passando dificuldades. A doutrina afirma que é um ato administrativo com 
forma de lei.
b) obrigatoriedade e imperatividade: o descumprimento da lei autoriza a 
aplicação de uma sanção.
c) permanência ou persistência: a lei não se esgota em uma única aplicação.
LINDB
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d) autorizante: se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indeni-
zação por perdas e danos caso tenha sofrido um prejuízo em virtude da 
lei. É aqui que a lei se distingue das normas sociais, que, se violadas, não 
ensejam perdas e danos.
Segundo sua força obrigatória, as leis podem ser:
1. Lei Cogente ou Injuntiva: é a lei de ordem pública. É a que não pode 
ser modificada pela vontade das partes e, nem mesmo, pelo juiz. São impera-
tivas ou proibitivas.
a) Lei Cogente Imperativa: é a que ordena um certo comportamento. Por 
exemplo, o comerciante não pode escolher para qual cliente vender a 
mercadoria;
b) Lei Cogente Proibitiva: é a que veda certo comportamento. Por exemplo, 
o Código Civil proíbe a doação universal, isto é, a doação de todos os bens 
sem que haja reserva do mínimo para sobreviver.
2. Leis Supletivas ou Permissivas: são as leis dispositivas, isto é, leis que 
protegem interesses particulares. Podem ser modificadas pela vontade das partes. 
É o caso da maioria das leis que disciplinam os contratos, em regra.
Por fim, a Lei de Efeito Concreto é a que produz efeitos imediatos. Como 
exemplo temos uma lei que proíbe certa atividade. É a lei que por si só já produz 
o efeito desejado. Tal classificação é importante principalmente no que tange ao 
mandado de segurança. Em regra, não se pode impetrar mandado de segurança 
contra lei em tese, porém, se for lei de efeito concreto, cabe mandado de seguran-
ça. Também cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal admite o controle de 
constitucionalidade quando a lei for de efeitos concretos. Esta lei de efeito concreto 
se assemelha aos atos administrativos, cujos efeitos são imediatos.
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Vigência e Eficácia da Norma
O art. 1º, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica:
Art. 1º da LINDB – Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Pelo princípio da vigência sincrônica entende-se que a obrigatoriedade da lei no 
país é simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, 
quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua 
entrada em vigor.
Obs.:� Princípio da Vigência Sincrônica: a obrigatoriedade da lei no país é simul-
tânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, qua-
renta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para 
sua entrada em vigor.
A vigência é um critério puramente temporal da norma, que vai desde o início 
da sua obrigatoriedade até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que 
fazer qualquer relação com outra norma. A eficácia refere-se à possibilidade de 
produção concreta de efeitos pela norma. Quando classificada (segundo José Afon-
so da Silva) de acordo com a dependência de outras normas, podem ser:
a) Normas de eficácia plena – quando a eficácia é imediatamente concretizada;
b) Normas de eficácia limitada – quando a eficácia depende de uma outra norma; e
c) Normas de eficácia contida – quando a eficácia pode ser restringida por 
outra norma.
É possível que a lei seja inválida (não esteja em vigência), mas tenha eficácia 
(produza efeitos). Para exemplificar tal situação vamos viajar para o Direito Penal 
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e analisar o art. 3º do Código Penal que trata da aplicação da lei penal quando esta 
for excepcional ou temporária:
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º do CP – A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência.
• Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do fim) 
de vigência previsto expressamente em seu corpo.
• Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a determinadas 
circunstâncias, como guerra, epidemia etc.
Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande característica. Por 
ultratividade devemos entender a capacidade de uma lei, após ser revogada (per-
der a vigência), continuar regulando fatos ocorridos durante o prazo em que esteve 
em vigor. Ou seja, ocorrendo um crime durante a vigência de uma lei excepcional 
ou temporária, mesmo após a lei não mais estar em vigor (falta de vigência), ela 
deverá ser utilizada no julgamento (ter eficácia).
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Continuando o estudo do art. 1º da LINDB, temos que:
Art. 1º da LINDB – Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 2º Revogado
[...].
O processo de nascimento de uma lei pode ser apresentado da seguinte forma:
1. Edição;
2. Processo Legislativo;
3. Sanção do Presidente da República;
4. Publicação, e
5. Vigência.
As fases de edição e do processo legislativo são estudadas pelo Direito Constitucio-
nal. Aqui, começaremos o estudo na fase da sanção. Após a lei ser sancionada, deve 
haver a sua publicação para que as pessoas tomem conhecimento do seu conteúdo; 
e, consequentemente, o diploma legal irá adquirir vigência (validade) estando apto a 
produzirefeitos. Entretanto, o nascimento da lei se dá com a promulgação.
Promulgação ≠ Publicação
Não podemos confundir a promulgação com a publicação, apesar de ambas 
constituírem fases essenciais da eficácia da lei.
A promulgação atesta a existência da lei, produzindo dois efeitos básicos:
a) reconhece os fatos e atos geradores da lei;
b) indica que a lei é válida, ou seja, que obedece aos requisitos formais.
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A promulgação das leis compete ao Presidente da República, conforme prevê 
o art. 66, § 7º da Constituição Federal. Ela deverá ocorrer dentro do prazo de 48 
horas decorrido da sanção ou da superação do veto. Neste último caso, se o Presi-
dente não promulgar a lei, competirá a promulgação ao Presidente do Senado Fe-
deral, que disporá, igualmente, de 48 horas para fazê-lo; se este não o fizer, deverá 
fazê-lo o Vice-Presidente do Senado, em prazo idêntico.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Pre-
sidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da 
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este 
não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
A publicação constitui a forma pela qual se dá ciência da promulgação da lei 
aos seus destinatários. É condição de vigência e eficácia da lei.
Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre 
a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste intervalo de tempo a lei não 
produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema.
Existem três espécies de leis de acordo com o prazo de vacatio legis:
1. Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão, que, de 
acordo com o artigo 8º da Lei Complementar n. 95/98, tem expressa disposição do 
período de vacatio legis. Como exemplo, temos a expressão contida em lei deter-
minando que a lei “entra em vigor um ano depois de publicada”.
Art. 8º da LC 95/98 A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a con-
templar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláu-
sula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão.
2. Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com 
o artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, no silêncio da lei, entra em 
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vigor no país 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no estrangeiro, quando 
admitida, três meses após a publicação oficial.
3. Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra 
em vigor na data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal.
Segue esquema gráfico:
Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja, 
ainda não tem vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova não entrar em vigor 
ela não será obrigatória e os atos praticados de acordo com a lei antiga serão 
plenamente válidos.
A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8º, § 1º 
da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia na conta-
gem do prazo.
Art. 8º, § 1º da LC 95/98 – A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do 
último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
Para exemplificar, se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro, estabelecendo 
prazo de quinze dias de vacância, ela entrará em vigor em qual dia?
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No exemplo apresentado, a contagem do prazo de vacância (vacatio legis) inclui 
o dia 2 de janeiro e vai até o dia 16 de janeiro (15 dias), entrando a lei e vigor no 
dia subsequente (17 de janeiro). Segue quadro:
Contagem do 
dia do mês
2 3 4 5... 16  Dia 17
Contagem
do vacatio
1 2 3 4... 15  Vigência no Dia Seguinte
O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis.
Finalizando o estudo do art. 1º da LINDB temos:
Art. 1º da LINDB – [...].
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada 
a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova 
publicação.
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de inter-
pretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção 
de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação da norma:
1. correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem maiores 
problemas;
2. correção no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser corrigida; no 
entanto, deverá contar novo período de vacatio legis para o texto corrigido;
3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida median-
te uma nova norma de igual conteúdo.
Segue esquema gráfico:
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Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de va-
catio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida.
Revogação da Norma
É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio 
modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de 
surtir efeitos se a ela sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica 
a perda da vigência da norma, e sim, a perda de sua efetividade.
Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode ser:
1. total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou
2. parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.
Por meio do art. 2º, caput, da LINDB, o legislador expressou o Princípio da 
Continuidade.
Art. 2º da LINDB - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue.
Dessa forma, em regra, as leis possuem efeito permanente, isto é, vigência por 
prazo indeterminado, excetuando-seas leis com vigência temporária, que possuem 
data certa para “morrer” (perder a vigência).
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A lei orçamentária é um clássico exemplo de lei temporária, dessa forma, para 
que ocorra o fim de sua vigência, não é necessária outra lei. Basta que transcorra 
o lapso temporal de um ano.
Tendo como base legal o art. 2º, § 1º da LINDB, existem duas formas de revo-
gação de uma lei antiga por uma lei nova.
Art. 2º § 1º da LINDB – A lei posterior revoga a anterior quando expressamente 
o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a ma-
téria de que tratava a lei anterior.
São elas:
• Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que es-
tão sendo por ela revogados.
• Revogação tácita ou indireta: se subdivide em dois tipos.
− Revogação tácita por incompatibilidade; e
− Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente uma 
matéria tratada por uma lei anterior).
Sobre a revogação expressa ou direta, a LC 107/2001 deu nova redação à LC 
95/98 que ficou da seguinte forma:
Art. 9º da LC 95/98 – A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis 
ou disposições legais revogadas.
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Ou seja, por meio do dispositivo legal acima, o legislador não deve mais se valer 
daquela vaga expressão “revogam-se as disposições em contrário”.
Quando uma norma entra em conflito com outra surge a antinomia. A antinomia 
pode ser de dois tipos: real ou aparente. Quando se tratar de uma antinomia real 
a solução é a revogação da norma conflitante. Entretanto, quando se tratar de 
uma antinomia aparente, para a verificação de revogação das normas e solução 
de tais conflitos, três critérios, listados no quadro a seguir, devem ser utilizados:
CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA APARENTE
1) hierárquico (lex superior derrogat legi inferiori): consiste em verificar qual das normas é 
superior, independentemente da data de vigência das duas normas (exemplo: um regulamento 
não poderá revogar uma lei ainda que entre em vigor após esta);
2) especialidade (lex specialis derrogat legi generali): as normas gerais não podem revogar ou 
derrogar preceito ou regra disposta e instituída em norma especial, e;
3) cronológico (lex posterior derrogat legi priori): a norma que entrar em vigor posteriormente 
irá revogar a norma anterior que estava em vigor.
Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos, sucumbindo 
diante dos demais. O critério da especialidade é o intermediário e o hierárquico é o 
mais forte de todos.
O art. 2º, § 2º da LINDB consagra o princípio da conciliação.
Art. 2º, § 2º da LINDB – A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a 
par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então 
eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.
Obs.:� Princípio da conciliação: se uma lei não contraria outra já existente, então 
eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.
Já o art. 2º, § 3º da LINDB dispõe sobre a repristinação.
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Obs.:� Art. 2º, § 3º da LINDB – Salvo disposição em contrário, a lei revogada não 
se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Por meio da sua leitura, concluímos que a regra é a não restauração da nor-
ma, ou seja, a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar 
a vigorar no sistema jurídico pela simples revogação de sua norma revogadora. O 
motivo dessa não restauração de normas é o controle do sistema legal para que se 
saiba exatamente qual norma está em vigor.
Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma 
nova que faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vi-
gência, desde que em sua totalidade.
A seguir temos um esquema gráfico sobre a repristinação:
Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada pela Lei 
C, a Lei A irá “ressuscitar”? Ou seja, irá ocorrer a repristinação?
Resposta: Caso a Lei C disponha expressamente sobre o “renascimento” da Lei 
A, então é possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua “morta”.
Na hipótese 2, conforme explica a boa doutrina, haverá um novo prazo de va-
catio legis, apenas para a parte da lei que foi corrigida;
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Conflito de Normas no Tempo
O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as ve-
lhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser 
revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se 
extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos exis-
tem dois critérios:
• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo con-
cilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior;
• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e 
efeitos já consumados sob a lei antiga.
Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de acordo 
com a produção de efeitos, temos que eles podem ser:
a) Pretéritos: são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem seus 
efeitos produzidos na vigência daquela lei.
b) Futuros: são os que ainda não foram gerados.
c) Pendentes: são os que foram constituídos na vigência de uma lei anterior e 
não produziram todos os seus efeitos nela.
Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado, no início deste ano entrou 
em vigência uma nova lei e até hoje a coisa emprestada está na minha posse. 
Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzin-
do seus efeitos na vigência da lei revogadora. Segundo o Princípio da Irretro-
atividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior 
só se aplica para o futuro.
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Analisando o art. 6º da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, 
devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da 
lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Art. 6º da LINDB – A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurí-
dico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condi-
ção preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.
A diferença entre o ato jurídico perfeito e o direito adquirido é muito difícil de 
ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito básico:
• Ato Jurídico Perfeito: é o ato que já se consuma segundo a lei de seu tempo.
• Direito Adquirido: é direito incorporado ao patrimônio do particular.
Como exemplo de ato jurídico perfeito, temos o contrato de locação celebra-
do durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei 
mudou; ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine.
Como exemplo de direito adquirido, temos a pessoa que se aposenta e, pos-
teriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir 
aquele que já está aposentado.
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Quanto à coisa julgada, trata-se da qualidade conferida à sentença judicial 
contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível.
Apesar de não ser cabível recurso. A coisa julgada pode ser questionada por 
meio de ação rescisória (que não é um recurso), conforme prevê o art. 966 do Novo 
Código de Processo Civil:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV – ofender a coisa julgada;
V – violar manifestamente norma jurídica;
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou 
venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência 
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronuncia-
mento favorável;
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
Também é possível vislumbrar o princípio da irretroatividade no art. 5º, XXXVI 
da Constituição Federal.
Art. 5º, XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada;
Preenchimento da Lacuna Jurídica
Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição ou da jurisdição 
obrigatória, o juiz é obrigado a decidir, ainda que não exista lei disciplinado o 
caso concreto. Dessa forma, diante da ausência de lei regulando uma determinada 
situação jurídica, faz-se necessário ao magistrado valer-se dos mecanismos de in-
tegração do ordenamento jurídico indicados pelo art. 4º da LINDB.
Art. 4º da LINDB – Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
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MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO
1. a Analogia;
2. os Costumes; e
3. os Princípios Gerais do Direito.
Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da 
analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito.
Se você está se perguntando sobre a equidade, veja a observação a seguir:
Obs.:� Apesar do art. 4º da LINDB não mencionar expressamente a equidade, 
alguns doutrinadores entendem que ela pode funcionar como último meca-
nismo para integração do ordenamento jurídico. Ou seja, diante da ausência 
de lei, da inviabilidade da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de 
direito, e, prevendo a lei a possibilidade do uso da equidade, o magistrado, 
para fazer valer o princípio da indeclinabilidade de jurisdição pode utilizá-la. 
É o que se depreende do art. 140 do Novo Código de Processo Civil (NCPC).
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do 
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Obs.:� Entretanto, tome cuidado com questões de prova que mencionam ser a 
equidade uma fonte de integração do ordenamento jurídico expressa na 
LINDB, pois a afirmativa estará errada.
Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de inte-
gração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, 
ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apre-
ciação jurisdicional (a que se denomina anomia – falta de norma).
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A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurídica (júris). Vejamos:
a) Analogia legal (legis): aplica-se ao caso omisso uma lei que regula caso 
semelhante;
b) Analogia jurídica (júris): aplica-se ao caso omisso um conjunto de nor-
mas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao caso concreto.
ANALOGIA LEGAL  UMA NORMA
ANALOGIA JURÍDICA  CONJUNTO DE NORMAS
O costume é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em 
razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei 
escrita sobre a norma consuetudinária.
Os costumes distinguem-se em:
1. Costume secundum legem: é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de cer-
tos elementos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume a solução 
do caso concreto. É amplamente aceito pela doutrina.
Ex: art. 569, II do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguelnos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar”
2. Costume contra legem ou negativo: é o que contraria a lei. Provoca di-
vergência na doutrina e pode ser de dois tipos:
• Consuetudo abrogatória: espécie de costume contra legem que se carac-
teriza por ser uma prática contrária às normas legais.
• Desuetudo: espécie de costume contra legem que consiste na falta de efeti-
vidade da norma legal não revogada formalmente.
Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos (Estado 
de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-
-se dentro da maior confiança, verbalmente.
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Nos termos do art. 227 do CC, os negócios jurídicos que ultrapassem o valor 
de dez salários-mínimos não admitem prova exclusivamente testemunhal (verbal).
Art. 227 do CC – Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só 
se admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário 
mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.
Dessa forma, os negócios vultosos (superiores a 10 salários-mínimos) de gado 
no mercado de Barretos representam um costume contra legem, pois deveriam ser 
celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas são celebrados 
verbalmente, contrariando a lei.
1. Costume praeter legem ou integrativo: é o que supre a ausência ou la-
cuna da lei nos casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e está citado no 
art. 4º da LINDB.
O costume de emitir cheque “cheque pré-datado”. Tal conduta não possui regula-
mentação legal.
São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturni-
dade e obrigatoriedade.
O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral de de-
terminado ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois, condições 
indispensáveis à sua vigência: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constân-
cia na realização do ato, não implicando sanção), moralidade e obrigatoriedade.
CARACTERÍSTICAS
DOS
COSTUMES
CONTINUIDADE
DIUTURNIDADE
OBRIGATORIEDADE
Princípios Gerais do Direito são postulados que estão implícita ou explicita-
mente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. Os princí-
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pios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se 
socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo com as lições de Celso 
Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de interpretação, que, por sua 
generalidade e amplitude, informam as demais regras, constituindo a base de todo 
o ramo do Direito ao qual se aplica.
Princípio da Obrigatoriedade
Ninguém pode deixar de cumprir a lei, conhecendo-a ou não. Esse conceito re-
presenta o princípio da obrigatoriedade expresso no art. 3º da LINDB.
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Há quem diga que não se trata de um princípio absoluto, pois entende ser uma 
exceção o art. 8º da Lei de Contravenções Penais.
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a 
pena pode deixar de ser aplicada.
Conflitos de Norma no Espaço
Pela LINDB (arts. 7º a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da apli-
cação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Esta-
dos, por isso, é que a Lei de Introdução é considerada o Estatuto de Direito Inter-
nacional Público e Privado.
Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas 
fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando fa-
cilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a 
aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro 
do território estrangeiro (extraterritorialidade).
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Desta forma, pelo fato de o princípio da territorialidade não ser absoluto, fica 
consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que 
leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas 
as seguintes regras:
1. não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofende-
rem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
2. não se cumprirá sentença estrangeira no Brasil sem exequatur (cumpra-se), 
ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme 
art. 105, I, i da CF.
Nos quadros a seguir, apresentaremos exemplos de aplicação da territorialidade 
e da própria extraterritorialidade de acordo com os dispositivos da LINDB.
TERRITORIALIDADE
Art. 8º
Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a 
lei do país em que estiverem situados.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
Art. 11
As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as 
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
Art. 13
A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, 
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasilei-
ros provas que a lei brasileira desconheça.
Percebemos que nos arts. 8º, 9º, 11 e 13 deve-se utilizar a lei do país em que 
se originar a relação jurídica.
EXTRATERRITORIALIDADE
Art. 7º
A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o 
fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Art. 10
A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
Art. 12
É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no 
Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
Art. 17
As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a 
ordem pública e os bons costumes.
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Já nos arts. 7º, 10, 12 e 17, é possível a utilização de uma lei diferente da 
original. Tendo o art. 7º como exemplo, no que tange à capacidade, mesmo que 
na Argentina uma pessoa adquira capacidade plena aos 16 anos, no Brasil essa 
pessoa será considerada incapaz, pois aqui a capacidade plena só é adquirida aos 
18 anos, em regra.
Critérios de Hermenêutica Jurídica
Hermenêutica Jurídica é a ciência, a arte da interpretação da linguagem ju-
rídica. Serve para trazer os princípios e as regras que são as ferramentas do intér-
prete. A aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é chamada exegese.
Não se deve confundir integração da lei com interpretação da lei. Na primeira a 
lei não regula determinado fato, ao passo que, na segunda, a lei regula, mas não é 
cristalina e precisa. Quando a lei não permite a exata compreensão da ordem, faz-
-se necessário o seu exercício interpretativo buscando alcançar o seu real sentido.
Veja o esquema gráfico a seguir:
A teoria científica que trata da arte de interpretar as leis, descobrindo seu alcan-
ce e seu sentido é a hermenêutica.
Com base no art. 5º da LINDB, ao utilizar os mecanismos de integração para 
o preenchimento da lacuna jurídica, ou, ao interpretar a lei, o juiz deve buscar a 
estabilidade social desejada.
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Art. 5º da LINDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige 
e às exigências do bem comum.
Dentre as diversas formas de interpretar as leis, destacam-se as seguintes lis-
tadas nos quadros da página seguinte.
INTERPRETAÇÃO QUANTO À 
FONTE OU ORIGEM
SIGNIFICADO
Autêntica
Emana do próprio legislador que reconhece a ambigui-
dade da norma e elabora uma nova lei destinada a escla-
recer a intenção da primeira.
Jurisprudencial
Tem como origem as reiteradas decisões judiciais proferi-
das pelos diversos Tribunais.
Doutrinal
Emana dos estudiosos da matéria do direito e das obras 
científicas.
INTERPRETAÇÃO QUANTO AO 
MEIO OU ELEMENTO UTILIZADO
SIGNIFICADO
Gramatical ou Literal
Busca auxílio nas regras de gramática para a solução da 
dúvida, tal como a análise da pontuação, da colocação da 
palavra na frase, a sua origem etimológica etc.
Histórica
Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, 
ou seja, consiste na pesquisa das circunstâncias que nor-
tearam a sua elaboração, de ordem econômica, política 
e social, bem como do pensamento dominante ao tempo 
da formação da norma.
Lógica ou Racional
Atende ao espírito da lei procurando-se apurar o sentido 
e a finalidade da norma, a intenção do legislador, por 
meio de raciocínios lógicos, com abandono dos elemen-
tos puramente verbais.
Teleológica ou Sociológica
Adapta-se o sentido ou finalidade da norma às novas exi-
gências sociais.
Sistemática
Entende-se que a lei não existe isoladamente e o Direito 
deve ser visto como um todo, como um sistema, compa-
rando a norma com outras espécies legais.
INTERPRETAÇÃO QUANTO AOS 
RESULTADOS
SIGNIFICADO
Declarativa
Quando a letra da lei corresponde exatamente ao que o 
legislador pensa.
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Extensiva
Quando o legislador expõe na lei menos do que pretendia 
dizer, sendo necessário ampliar a aplicação da lei.
Restritiva
Quando o legislador expõe na lei mais do que pretendia 
dizer, sendo necessário restringir a aplicação da lei.
Estatuto de Direito Internacional Privado
A partir do art. 7º, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, por al-
guns denominada de Estatuto de Direito Internacional Privado, versa sobre temas 
como conflitos de jurisdição, critérios para solucionar problemas de qualificação, 
efeitos de atos realizados em outros países, condições de estrangeiros e eficácia 
internacional de posições jurídicas legitimamente adquiridas em certo país com 
possíveis reconhecimento e exercício em outro.
Tal assunto costuma ser cobrado em provas de concurso pela sua literalidade. 
Sendo assim, iremos apenas reproduzir os artigos em questão.
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto 
aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades di-
plomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tive-
rem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
§ 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anu-
ência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, 
se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os 
direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, 
só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se hou-
ver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação 
produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das 
sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regi-
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mento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferi-
das em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a 
fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro cônjuge 
e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua 
residência ou naquele em que se encontre.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, apli-
car-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto 
aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros 
lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse 
se encontre a coisa apenhada.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em quese constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma es-
sencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos 
requisitos extrínsecos do ato.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que 
residir o proponente.
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que 
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a si-
tuação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela 
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os 
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e 
as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos 
antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando 
sujeitas à lei brasileira.
§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que 
eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão 
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
§ 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à 
sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domi-
ciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas 
a imóveis situados no Brasil.
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§ 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e se-
gundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por 
autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto 
das diligências.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigo-
rar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros 
provas que a lei brasileira desconheça.
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova 
do texto e da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que re-
úna os seguintes requisitos:
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execu-
ção no lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constitui-
ção Federal).
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;
A EC 45/2004 alterou a respectiva competência para o STJ.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei n. 12.036, de 2009).
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estran-
geira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por 
ela feita a outra lei.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem 
pública e os bons costumes.
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasi-
leiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, 
inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido 
no país da sede do Consulado.
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação con-
sensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapa-
zes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo constar da 
respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens 
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de 
seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.
§ 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará 
mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as partes, ou com apenas 
uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que a 
assinatura do advogado conste da escritura pública.
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Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pe-
los cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942, 
desde que satisfaçam todos os requisitos legais.
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada pelas 
autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao inte-
ressado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da 
publicação desta lei.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCC/TRT 6ª REGIÃO/AJAJ/2018) Ao dizer que, salvo disposição em 
contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigên-
cia, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se à
a) anterioridade legal.
b) resilição.
c) retroação da lei.
d) repristinação.
e) sub-rogação.
Questão 2 (FCC/SEFAZ-PE/JULGADOR TRIBUTÁRIO/2015) A contagem do prazo 
de vacância para entrada em vigor das leis far-se-á com a
a) exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo, entrando em 
vigor no dia subsequente à sua consumação integral.
b) exclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia subsequente à sua consumação integral.
c) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia subsequente à sua consumação integral.
d) exclusão da data da publicação e inclusão do último dia do prazo, neste entrando 
em vigor.
e) inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no 
dia anterior.
Questão 3 (FCC/TRE-PB/AJAA/2015) Considere:
I – As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
II – Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia seismeses depois de oficialmente publicada.
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III – Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a vigência.
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma APENAS em:
a) II e III.
b) I e II.
c) I.
d) I e III.
e) III.
Questão 4 (FCC/TRT 21ª REGIÃO/AJAJ/2018) De acordo com a Lei de Introdução 
às normas do Direito Brasileiro, se a lei “A” for revogada pela “B”, e a lei “B” for 
revogada pela lei “C”, a lei “A”
a) voltará a ter vigência somente se a lei “C” prever expressamente esse efeito.
b) voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” não preveja expressamente esse efeito.
c) voltará a ter vigência desde que a lei “C” não vede expressamente esse efeito.
d) não voltará a ter vigência mesmo que a lei “C” preveja expressamente 
esse efeito.
e) não voltará a ter vigência somente se a lei “C” disciplinar inteiramente a matéria 
que era por ela regulada.
Questão 5 (FCC/TJ-PI/JUIZ SUBSTITUTO/2015) Lei nova que estabelecer disposi-
ção geral a par de lei já existente,
a) apenas modifica a lei anterior.
b) não revoga, nem modifica a lei anterior.
c) derroga a lei anterior.
d) ab-roga a lei anterior.
e) revoga tacitamente a lei anterior.
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Questão 6 (FCC/TRE-AP/AJAA/2015) Salvo disposição contrária, a lei começa a 
vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Se, 
antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a 
correção, este prazo
a) começará a correr da nova publicação.
b) não será interrompido, continuando a correr normalmente, tendo em vista que 
a nova publicação ocorreu apenas para correção.
c) será contando em dobro, independente da data da nova publicação.
d) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze primei-
ros dias da primeira publicação.
e) será contado em dobro apenas se a nova publicação ocorrer nos quinze últimos 
dias da primeira publicação.
Questão 7 (FCC/TRT 9ª REGIÃO/AJAJ/2015) No Direito Civil, a lei nova
a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada 
e o direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo.
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente.
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que esta-
beleça prazo de vacatio legis.
d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual.
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito.
Questão 8 (FCC/TRE-AP/ AJAA/2015) Considere:
I – A Lei X revogou expressamente a Lei Y. Salvo disposição em contrário, se a lei 
X perder a sua vigência, a Lei Y será restaurada.
II – A Lei Z regulou inteiramente a matéria de que trata a lei anterior W. Neste caso, 
ocorreu a revogação da Lei W.
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III – A Lei H estabeleceu disposições gerais a par das já existentes na lei F. Neste 
caso, a Lei H não revogou a lei anterior F.
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, está correto o 
que se afirma em
a) II, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
Questão 9 (FCC/TRF 5ª REGIÃO/AJOJ/2018) Suponha que venha a ser editada, 
sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil. Nesse caso, de 
acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, a nova lei começa-
rá a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário,
a) 30 dias depois de oficialmente publicada.
b) 45 dias depois de oficialmente publicada.
c) 90 dias depois de oficialmente publicada.
d) 180 dias depois de oficialmente publicada.
e) na data da sua publicação oficial.
Questão 10 (FCC/TCM-GO/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/2015) Em 
relação à lei, é correto afirmar:
a) Como regra geral, a lei revogada restaura-se por ter a lei revogadora perdido 
a vigência.
b) Como regra geral, a lei começa a vigorar em todo o país imediatamente após 
sua publicação oficial.
c) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
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d) O desconhecimento da lei é justificativa legítima para seu descumprimento.
e) Quando a lei brasileira for admitida no exterior, sua vigência inicia-se seis meses 
depois de oficialmente publicada.
Questão 11 (FCC/PGE-MT/PROCURADOR/2016) De acordo com a Lei de Introdu-
ção às Normas do Direito Brasileiro, a lei nova possui efeito
a) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, incluindo o negócio jurídico 
sujeito a termo ou sob condição suspensiva.
b) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a 
coisa julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual não se equi-
param, para fins de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo ou 
sob condição suspensiva.
c) retroativo, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equipara, para fins 
de direito intertemporal, o negócio jurídico sujeito a termo, porém não o negócio 
jurídico sob condição suspensiva.
d) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, ainda que se caracterizem como 
coisa julgada, ato jurídico perfeito ou direito adquirido.
e) imediato, por isto atingindo os fatos pendentes, mas devendo respeitar a coisa 
julgada, o ato jurídico perfeito e o direito adquirido, ao qual se equiparam as facul-
dades jurídicas e as expectativas de direito.
Questão 12 (FCC/TRE-SP/AJAJ/2017) André adquiriu um terreno onde pretendia 
construir uma fábrica de tintas. Na época da aquisição, não havia lei impedindo esta 
atividade na região em que se localizava o terreno. Passado o tempo, porém, antes 
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