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E-BOOK
97 REDAÇÕES 
MODELO 
 
LISTA DE TEMAS QUE O PROFINHO FEZ PRA VOCÊ 
01. Conscientização dos jovens para a prevenção do consumismo 
02. Democratização do acesso ao Ensino Superior no Brasil 
03. Garantia da dignidade do trabalhador doméstico no Brasil 
04. O papel da família na formação afetiva de crianças em questão no Brasil 
05. Os impactos da desigualdade no acesso à internet para o sistema educacional brasileiro 
06. Os desafios da implementação do ensino domiciliar no Brasil 
07. A importância do aleitamento materno na primeira infância 
08. A importância do letramento digital na Terceira Idade 
09. A importância do uso da tecnologia no combate à criminalidade 
10. Alternativas para combater a pobreza menstrual entre mulheres de baixa renda no Brasil 
11. Alternativas para combater os crimes cibernéticos na sociedade brasileira 
12. Alternativas para prevenir a violência doméstica contra crianças no Brasil 
13. Alternativas para prevenir a violência no ambiente escolar 
14. Alternativas para promover o acesso igualitário à prática de atividades físicas 
15. Alternativas para diminuir os impactos do lixo eletrônico no Brasil 
16. Formas de combater o tráfico de pessoas no Brasil 
17. Meios para garantir a aposentadoria no Brasil 
18. O problema da dependência química no Brasil contemporâneo 
19. O problema da prática de perseguição sistemática na internet em questão no Brasil 
20. O problema da violência durante o parto 
21. Os desafios da alfabetização de crianças indígenas no Brasil 
22. Os desafios da educação financeira para a sociedade brasileira 
23. Os desafios das políticas de moradia no Brasil 
24. Os desafios do acesso à cultura no Brasil 
25. Os desafios do combate à evasão escolar no Brasil 
 
26. Os desafios do combate ao assédio moral no serviço público 
27. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil 
28. A importância da prevenção ao suicídio no Brasil 
29. A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro 
30. Como combater os crimes de pedofilia no Brasil? 
31. A importância da leitura na infância 
32. Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros 
33. Os desafios do ensino a distância no Brasil 
34. A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros 
35. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil 
36. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro 
37. A importância das campanhas de vacinação no Brasil 
38. O problema da alienação parental no Brasil 
39. O poder de transformação social do esporte no Brasil 
40. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros 
41. HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade 
42. Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil 
43. O papel da família na educação de crianças e de adolescentes no Brasil 
44. A importância do trabalho voluntário em momentos de crise 
45. O problema da ansiedade entre os jovens 
46. Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros 
47. O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo 
48. Os desafios da gestão do lixo no Brasil 
49. Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer 
50. O histórico desafio do respeito às leis pela população brasileira 
51. O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil 
 
52. As dificuldades da inclusão do idoso no mercado de trabalho em questão no Brasil 
53. Os desafios para os profissionais das futuras gerações em questão no Brasil 
54. Caminhos para garantir a alfabetização na primeira infância 
55. O problema da cultura do cancelamento e da hostilidade nas redes sociais 
56. O desafio da inclusão às pessoas com deficiência no Brasil contemporâneo 
57. Por que o preconceito linguístico é um paradoxo no Brasil? 
58. O problema do "bullying" nas escolas brasileiras 
59. Os desafios do deslocamento nas cidades em questão no Brasil 
60. A importância do combate aos maus-tratos aos animais 
61. O problema do desperdício de comida entre os brasileiros 
62. Crianças em situação de rua como combater esse problema no Brasil 
63. Efeitos sociais da gravidez na adolescência em questão no Brasil 
64. O brasileiro valoriza a construção da saúde coletiva 
65. O drama do desaparecimento de crianças no Brasil 
66. O problema da superexposição de crianças e de adolescentes nas redes sociais 
67. O problema da violência contra os idosos 
68. Doação de órgãos: a importância dessa prática solidária 
69. O problema da violência urbana em questão no Brasil. 
70. O papel da tecnologia na formação educacional do brasileiro 
71. A importância da prática de atividades físicas para a saúde dos brasileiros 
72. O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus 
73. O problema da automedicação entre os brasileiros 
74. A importância da cultura do autocuidado entre os brasileiros 
75. A questão do porte de armas em discussão no Brasil 
76. A construção da responsabilidade socioambiental no brasileiro 
77. A crise do sistema carcerário em questão no Brasil contemporâneo 
 
78. A distribuição agrária em questão no Brasil do século XXI 
79. A importância do desenvolvimento do civismo e da ética na sociedade 
80. A importância da valorização do patriotismo pelos jovens brasileiros 
81. A importância do respeito à diversidade de gênero no Brasil 
82. A representatividade da mulher no esporte em discussão no Brasil 
83. As causas e as consequências da poluição no Brasil 
84. Como alcançar o desenvolvimento de que o Brasil precisa 
85. Desemprego um problema histórico com reflexos na contemporaneidade 
86. O desafio da aceitação à diversidade familiar no Brasil 
87. O papel social do ensino médio no Brasil contemporâneo 
88. O problema da exclusão digital da terceira idade em discussão na sociedade brasileira 
89. Os desafios da ciência brasileira no século XXI 
90. Os desafios do envelhecimento populacional para a sociedade brasileira 
91. Os desafios para a inclusão digital do idoso em questão no Brasil 
92. Os limites do uso da tecnologia pelas crianças 
93. Violência nos estádios brasileiros como superar essa triste realidade 
94. Os limites da liberdade de expressão entre os brasileiros 
95. O problema da crise hídrica em questão no Brasil 
96. Os desafios do acesso igualitário ao saneamento básico 
97. A redução da maioridade penal em questão no Brasil 
 
 
 
1 
TEMA - Conscientização dos jovens para a prevenção do consumismo 
 
No contexto da Revolução Industrial, o conceito de Sociedade de 
Consumo nasceu para explicar um fenômeno comum na contemporaneidade: 
em vez de comprar para viver, os indivíduos vivem para consumir. Nesse 
sentido, o problema apontado no século XIX representa um comportamento 
nocivo e aflige sobretudo a juventude brasileira. Com efeito, a solução do 
problema pressupõe que se combata a forte influência midiática e a inércia 
estatal no ensino da inteligência emocional para prevenir consumismo. 
Diante desse cenário, a manipulação da mídia motiva o consumismo do 
jovem. A esse respeito, Theodor Adorno – expoente filósofo alemão – 
desenvolveu o conceito de Indústria Cultural, segundo o qual os veículos 
midiáticos buscam influenciar o comportamento do público alvo, de forma 
constante e reiterada. Todavia, substancial parcela da juventude se mostra 
incapaz de perceber e de prevenir a influência denunciada por Adorno, que 
ocorre diariamente em todos os veículos de telecomunicação. Assim, 
enquanto não houver senso crítico diante de um comercial de TV, o 
comportamento compulsivo de rapazes e de moças para o consumo será a 
regra. 
Ademais, o filósofo francês Guy Debord, em seu conceito Sociedade 
do Espetáculo, aponta que as relações sociais contemporâneas influenciam a 
população a viver um falso padrão de vida plena e perfeita. Todavia, o Poder 
Público brasileiro, em vez de conscientizar os jovens para o consumo, 
permanece inoperante e se torna conivente com o problema criticado por 
Debord. Inclusive, a carênciade políticas públicas para desenvolver, na 
juventude, um comportamento de compra inteligente e maduro evidencia que 
o Estado se preocupa mais com os impostos arrecados pelo consumismo do 
que com a dignidade do jovem. Desse modo, se a omissão estatal se mantiver, 
o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves problemas para o 
jovem: a compra compulsiva. 
É urgente, portanto, que as escolas – responsáveis pela transformação 
social – ensinem rapazes e moças a ter senso crítico diante da persuasão 
midiática para o consumo, por meio de projetos pedagógicos, como palestras 
e ações comunitárias, capazes de orientar essa população a comprar com 
responsabilidade. Essa iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do 
Estado na construção da inteligência para o consumo do jovem e de garantir 
que a Sociedade do Espetáculo, de Guy Debord, deixe de ser, em breve, uma 
realidade no Brasil. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
TEMA – Democratização do acesso ao Ensino Superior no Brasil 
 
Em 1808, Dom João VI trouxe o embrião da formação acadêmica para 
o Brasil: a faculdade de medicina da Bahia, com o intuito de atender às 
necessidades da minoria nobre que se alocava no país. Nesse sentido, o 
Ensino Superior, que começou restrito à nobreza, ainda se mantém como um 
privilégio, já que não há democratização do acesso às universidades na nação 
tupiniquim. Com efeito, a solução do problema pressupõe que se combata 
não apenas a invisibilidade dos estudantes carentes, mas também a 
desigualdade social decorrente dessa exclusão. 
Diante desse cenário, durante o período do governo de Fernando 
Henrique Cardoso, em 1998, foi criado o Exame Nacional do Ensino Médio, 
cujo foco, anos depois, seria garantir que todos os alunos da formação básica 
tivessem acesso à faculdade. Todavia, é uma utopia considerar que os 
estudantes contemporâneos tenham justo acesso às vagas das universidades, 
já que o ensino básico se mostra precário: as escolas carecem de professores, 
de estrutura adequada e de qualidade efetiva de aulas. Assim, enquanto a falta 
da capacitação educacional de base for a regra, as faculdades continuarão 
sendo um direito restrito às classes dominantes, tal como ocorria no governo 
FHC – e ainda ocorre. 
Ademais, a falta de acesso às academias superiores de ensino 
potencializa a desigualdade social. Sobre isso, a Organização das Nações 
Unidas desenvolveu um IDH – índice que afere o desenvolvimento humano 
dos indivíduos – e considerou que a educação e a renda são determinantes 
para a vida digna. Ocorre que, ao ser excluído do Ensino Superior, o estudante 
será subjugado a um círculo vicioso de escassez: com menos oportunidades 
de emprego, sua vida estará subjugada à carência ainda mais profunda de 
recursos. Desse modo, a formação acadêmica poderá interromper esse círculo 
cruel, mas ainda há abismos sociais que separam os alunos de baixa renda do 
sonho de cursar a faculdade. 
Portanto, o Ministério da Educação deve melhorar a educação básica e 
a formação dos alunos em idade de vestibular, por meio de projetos 
pedagógicos, a exemplo de oficinas pré-vestibulares comunitárias e aulas 
gratuitas capazes de capacitar os alunos de baixa renda a acessar o Ensino 
Superior. Essa iniciativa terá a finalidade de ampliar as oportunidades dos 
estudantes carentes e de interromper o círculo vicioso de escassez. Assim, 
diferentemente do que ocorria na época de Dom João XVI, o acesso à 
universidade passará a ser, de fato, um direito de todos e não mais um 
privilégio da nobreza. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
3 
TEMA - Garantia da dignidade do trabalhador doméstico no Brasil 
 
Em abril de 2022, a mídia brasileira trouxe luz a casos de empregadas 
domésticas que viviam há anos em regime exploratório constante, o que se 
enquadrou como trabalho análogo à escravidão. Sob essa lógica, as tristes 
histórias reveladas na TV representam grave problema e simbolizam que a 
falta da dignidade no trabalhador do lar ainda é uma realidade cruel, mas 
comum. Com efeito, a solução do problema passa pelo combate não só da 
subserviência humana, bem como da omissão estatal na garantia de direitos 
trabalhistas. 
Diante desse cenário, a exploração desumana de mão de obra 
representa grave retrocesso. Nesse sentido, o Período Colonial – importante 
fase de construção do comportamento do brasileiro – foi marcado pela 
submissão do negro, sobretudo das mulheres, ao serviço doméstico sem 
qualquer garantia de dignidade. Essa cruel exploração ainda se mantém nos 
lares brasileiros, já que muitos empregados domésticos, cuja maioria é 
mulher negra tal como era no século XVI, ainda são invisibilizados e privados 
de direitos trabalhistas, a exemplo do controle de jornada. Não é razoável 
que, mesmo 500 anos depois, a sociedade ainda conviva com a realidade 
arcaica típica do descobrimento do Brasil. 
Ademais, Getúlio Vargas – conhecido como pai dos pobres – 
promulgou a CLT: legislação garantidora de importantes direitos 
trabalhistas. Ocorre que, a garantia conquistada desde a Era Vargas ainda 
não se entende efetivamente aos colaboradores do lar, já que muitos ainda 
não são remunerados por suas horas-extras e sequer têm a sua carteira 
assinada. Assim, as políticas públicas trabalhistas se mostram insuficientes, e, 
enquanto a omissão do Estado na efetivação dos direitos laborais domésticos 
se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves 
problemas para o século XXI: a falta de dignidade no trabalho. 
É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para combater a 
submissão do trabalhador doméstico. Nesse viés, as escolas – responsáveis 
pela transformação social – devem desconstruir a invisibilidade dos 
empregados do lar, por meio de projetos pedagógicos, como ações 
comunitárias capazes de reverter a postura retrógrada da sociedade. Essa 
iniciativa teria a finalidade de romper a inércia do Estado e de garantir que o 
Brasil seja uma nação justa, solidária e, de fato, libre da exploração. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
TEMA - O papel da família na formação afetiva de crianças em questão no Brasil 
 
Em 1980, o psiquiatra Richard Gardner desenvolveu o conceito 
conhecido como Síndrome da Alienação Parental, que acomete meninos e 
meninas submetidos à hostilidade no contexto parental. Nesse sentido, o 
problema denunciado por Gardner afeta as crianças brasileiras, já que as 
famílias, em regra, se mostram incapazes de contribuir com a formação afetiva 
dos pequenos. Com efeito, a solução do problema pressupõe que se combata 
não só a invisibilidade social associada a esse grupo vulnerável, mas também 
a omissão familiar na educação emocional. 
Diante desse cenário, a carência afetiva fragiliza a dignidade humana 
das crianças. A esse respeito, a filósofa alemã Simone de Beauvoir 
desenvolveu o conceito de invisibilidade social, segundo o qual algumas 
minorias são tratadas como se não existissem e suas necessidades básicas são 
ignoradas pela sociedade. Nesse viés, muitas crianças convivem com a triste 
realidade apontada por Beauvoir, já que, embora dependam de cuidados, 
sofrem pela indiferença daqueles que lhes deveriam oferecer carinho e 
amparo. Assim, se a formação afetiva não for a regra, meninos e meninas 
continuarem tratados como órfãos em seus próprios lares. 
Ademais, Peter Sífneos – expoente médico norte-americano – 
desenvolveu um conceito conhecido como “cegueira emocional”, e, a partir 
dele, denuncia o fato de que, a criança, ao ser exposta a uma realidade hostil, 
pode perder a capacidade de demonstrar afeto. Dessa maneira, meninos e 
meninas brasileiros são prejudicados pela cegueira emocional e podem 
reproduzir o círculo vicioso de alienação parental: uma criança que não ama 
será um adulto despreparado para contribuir para a formação afetiva de seus 
filhos, que, por sua vez, serão incapazes de demonstrar carinho. Nesse viés, 
enquanto a omissão da famíliafor a regra, o Brasil será obrigado a conviver 
com um dos mais graves problemas para os lares: a carência afetiva. 
 É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para valorizar a 
formação emocional infantil. Nesse sentido, as escolas – responsáveis pela 
transformação social – devem desconstruir a invisibilidade infantil, por meio de 
projetos pedagógicos, como gincanas lúdicas com a participação dos pais e 
de psicólogos capazes de ajudar na união no lar. Essa iniciativa teria a 
finalidade de solucionar a omissão familiar e de garantir que o Brasil seja uma 
nação solidária, afetuosa e, de fato, livre da alienação parental. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
TEMA - Os impactos da desigualdade no acesso à internet para o sistema educacional brasileiro 
 
 
A ordem constitucional vigente, inaugurada em outubro de 1988, guia-
se pelo propósito de construção de uma sociedade livre, justa e solidária, de 
modo a assegurar o bem-estar, a igualdade e a justiça como valores supremos. 
Contudo, mesmo diante desses preceitos na Constituição Federal, bem como 
do direto à educação, os casos de desigualdade no acesso à internet 
persistem nas escolas brasileiras. Assim, a fim de mitigar este problema, há de 
se combater a escassez de recursos, bem como a omissão do Estado. 
Diante desse cenário, a falta de internet no ambiente escolar motiva a 
perpetuação da invisibilidade social. Nesse sentido, no Período Colonial, a 
educação estava restrita à minoria detentora do poder econômico -- 
conhecida como aristocracia -- e a população carente era excluída. A esse 
respeito, a sociedade contemporânea sofre exclusão analógica -- ou ainda 
mais grave -- do que aquela vivida na colônia, já que todos os dias muitos 
estudantes são invisibilizados e impedidos de usufruir da rede mundial de 
computadores. Essa desigualdade contribui para a manutenção de uma nação 
injusta, retrógrada e cruel. Desse modo, se a invisibilidade for a regra, a 
educação tecnológica será a exceção. 
Ademais, a omissão do Estado dá ensejo à desigualdade no acesso à 
educação no ciberespaço. Sobre isso, John Locke – expoente sociólogo inglês 
– desenvolveu o conceito conhecido como Contrato Social, segundo o qual a 
população cede sua confiança ao Estado, que, em contrapartida, deve garantir 
direitos indispensáveis para a cidadania. Ocorre que a proteção prevista por 
Locke não se estende a muitos estudantes brasileiros, que são subjugados a 
uma educação offline, sem internet, sem computadores e, não raro, sem 
acesso à própria escola. Assim, enquanto a inércia estatal se mantiver o Brasil 
será obrigado a conviver com um dos maiores problemas para o estudante: a 
educação deficiente. 
Portanto, para combater a desigualdade no acesso à internet, as 
escolas, em parceria com o Ministério da Educação, devem atualizar a 
educação brasileira, por meio da modificação da sua infraestrutura 
pedagógica, com a compra de computadores, a instalação de banda larga e a 
implementação de laboratórios de informática. Essa iniciativa teria a finalidade 
de romper a inércia estatal e fazer com que os alunos sejam instruídos a partir 
das novas tecnologias, de sorte que a sociedade brasileira experimente, de 
fato, o amparo constitucional proposto em 1988. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
TEMA – Implementação do ensino domiciliar no Brasil 
 
Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais 
importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo 
garante a educação a todos. Entretanto, a dificuldade de implementação do 
ensino domiciliar impede que os brasileiros usufruam desse direito 
constitucional. Com efeito, a solução do problema pressupõe que se combata 
não só a invisibilidade dos estudantes de baixa renda, mas também a omissão 
do Estado. 
Diante desse cenário, a desigualdade educacional fragiliza a dignidade 
humana dos alunos. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos – promulgada em 1948 pela ONU – assegura que todos os 
indivíduos fazem jus a direitos básicos, a exemplo do acesso ao sistema 
educacional de qualidade. Ocorre que, no Brasil, os estudantes de baixa renda 
estão distantes de vivenciar o benefício previsto pelas Nações Unidas, 
sobretudo por conta da falta de políticas públicas capazes de implementar o 
ensino domiciliar de forma efetiva. Assim, se os estudantes de baixa renda 
continuarem tratados como invisíveis, os direitos firmados em 1948 
permanecerão como privilégios. 
Ademais, a inércia estatal inviabiliza a efetiva implementação da 
educação domiciliar. A esse respeito, o filósofo inglês John Locke desenvolveu 
o conceito de “Contrato Social”, a partir do qual os indivíduos deveriam confiar 
no Estado, que, por sua vez, garantiria direitos inalienáveis à população. 
Todavia, a falta de treinamento da família para o ensino evidencia que o Poder 
Público se mostra incapaz de cumprir o contrato de Locke, na medida em que 
as autoridades escolares não capacitam pais e mães para ensinar os filhos em 
casa, o que representa grave problema. Desse modo, enquanto a omissão 
estatal se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com uma das mais cruéis 
mazelas para os alunos de baixa renda: a carência educacional. 
É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para incentivar o 
“homeschooling”. Nesse sentido, as escolas – responsáveis pela transformação 
social – devem ensinar a sociedade a reivindicar melhorias em relação ensino 
domiciliar, por meio de projetos pedagógicos, como oficinas e ações 
comunitárias. Essa iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do Estado e 
de garantir que o tratamento digno previsto pelas Nações Unidas deixe de ser, 
em breve, uma utopia no Brasil. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
TEMA – A importância do aleitamento materno na primeira infância 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar a 
proteção à infância como valor supremo de uma sociedade fraterna. 
Entretanto, o descaso com o aleitamento materno nos primeiros anos da vida 
impede que as crianças experimentem o direito constitucional na prática. Com 
efeito, há de se perceber a importância do leite para a saúde, bem como 
desconstruir a omissão do Estado. 
Diante desse cenário, a Organização Mundial da Saúde defende que as 
propriedades nutritivas do leite materno colaboram para o desenvolvimento 
do sistema imunológico e para o equilíbrio hormonal — fundamental para o 
fortalecimento das sinapses neurais. Ocorre que, seja por imprudência, seja 
por incapacidade biológica das mães, substancial parcela das crianças não 
usufrui dos benefícios essenciais do leite materno previstos pela OMS e, 
consequentemente, torna-se susceptível a diversas doenças ao longo da vida. 
Desse modo, enquanto a amamentação não for tratada como regra, a saúde 
de meninos e de meninas será a exceção. 
Ademais, a carência de aleitamento evidencia a omissão do Estado. 
Nesse viés, o Estatuto da Criança e do Adolescente — legislação promulgada 
em 1990 — assegura o acesso ao leite materno às crianças nos primeiros anos 
da vida. Todavia, embora haja previsão no ECA, o Brasil se mostra incapaz de 
promover políticas públicas efetivas que garantam condições dignas para que 
as lactantes amamentem seus filhos – a exemplo de bancos de leite e de 
segurança laboral para as mães. Assim, enquanto o direito de amamentar se 
mantiver como privilégio, meninos e meninas não receberão o alimento mais 
importante para a primeira infância: o leite materno. 
Há de se perceber, portanto, a relevância da amamentação. Nesse 
sentido, o Ministério da Saúde, responsável pela qualidade de vida da 
população, deve valorizar o aleitamento e garanti-lo de forma digna, por meio 
de políticas públicas, como a disponibilização de clínicas populares que 
disponham de bancos de leite materno. Essa iniciativa teria a finalidade de 
auxiliaras lactantes que não foram capazes de produzir leite e contribuiria para 
que o direito de amamentar os filhos deixe de ser, em breve, um privilégio. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
TEMA – A importância do letramento digital na Terceira Idade 
 
Em 2015, Elon Musk – bilionário sul-africano e entusiasta da tecnologia 
– desenvolveu uma escola cujo ensino seria focado no digital: a Ad Astra. Elon 
entende que a Quarta Revolução Industrial exige atualização de toda 
sociedade. Todavia, a terceira idade brasileira está distante de vivenciar a 
importância da evolução proposta pelo bilionário, seja pela indiferença social, 
seja pela omissão do Estado na garantia do direito à educação do idoso. 
Diante desse cenário, a filósofa Simone de Beauvoir disserta, em sua 
obra “A Velhice”, que as sociedades modernas promovem a invisibilidade 
social do idoso, o que contribuiu para a marginalização daqueles que 
chegaram à Terceira Idade. Nesse viés, a falta de inclusão digital potencializa 
a invisibilidade denunciada por Beauvoir, colabora para visão inferiorizada da 
população senil e representa obstáculo para a valorização dessa importante 
parcela da sociedade. Assim, enquanto a indiferença ao idoso for a regra, o 
letramento digital será a exceção. 
 
Ademais, no mesmo ano na criação da escola de Elon Musk, o Governo 
brasileiro promulgou o Estatuto do Idoso, que garante – ao menos na teoria – 
o direito à educação do idoso, bem como a sua integração com a vida 
moderna. Ocorre que a realidade da Terceira Idade ainda é analógica, e o 
Estado brasileiro, ao contrário do que prevê o Estatuto do Idoso, não tem 
desenvolvido políticas públicas capazes de conferir a devida importância ao 
letramento digital desse grupo. Desse modo, não é razoável que a educação 
tecnológica seja um privilégio negado à população senil brasileira. 
 
É urgente, portanto, que o letramento digital do idoso seja tratado com 
a devida importância. Nesse sentido, o Ministério da Tecnologia deve 
combater a exclusão e tornar visível a necessidade tecnológica da população 
senil, por meio de da criação de centros comunitários capazes de ensinar a 
terceira idade manusear aparelhos eletrônicos, como “tablets” e 
“smartphones”. Essa iniciativa teria a finalidade de desconstruir a omissão do 
Estado, de modo que o projeto de Elon Musk seja, em breve, uma realidade 
entre os idosos. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
TEMA - A importância do uso da tecnologia no combate à criminalidade 
 
Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais 
importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo garante 
o direito à segurança. Entretanto, a subutilização da tecnologia no combate à 
criminalidade impede que os brasileiros usufruam desse direito constitucional. 
Com efeito, a desconstrução da involução digital, bem como do despreparo do 
Estado são iniciativas capazes de fazer com que o problema seja tratado com a 
devida importância. 
Diante desse cenário, a desatualização da polícia dificulta o combate aos 
delitos. Nesse sentido, em 1996, o sequestro e a morte da menina Amber 
Hagerman motivaram os Estados Unidos a desenvolver um aviso sonoro capaz 
de comunicar o rapto de crianças, em massa e de forma sincronizada com as 
mídias sociais. Por sua vez, o Brasil ainda está distante da inteligência aplicada 
nos EUA, já que não possui a tecnologia necessária para solucionar os crimes 
de forma rápida e segura. Inclusive, como prova desse grave retrocesso, até 
2019, não havia um cadastro unificado de pessoas desaparecidas para agilizar 
a resolução dos sequestros no Brasil. Assim, a falta de estratégias inovadores 
evidencia o atraso da nação verde-amarela, e, se a involução digital for a regra, 
o combate eficaz à criminalidade será a exceção. 
Ademais, a Quarta Revolução Industrial – marcada pelo surgimento da 
robótica – representa o estágio mais avançado da evolução digital e pode 
cooperar significativamente para as necessidades da atual geração. Ocorre que 
o Estado brasileiro se mostra desatualizado, já que utiliza pouco – ou nada – a 
inteligência artificial e a nanotecnologia proporcionadas pela Revolução 4.0. 
Nesse sentido, as inovações não recebem a devida importância, e as 
autoridades policiais combatem os crimes de forma analógica e retrógrada. 
Dessa forma, enquanto a polícia não for atualizada, o Brasil será obrigado a 
conviver com um dos mais graves problemas para os cidadãos: a criminalidade. 
É urgente, portanto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em 
parceria com os estados federativos ofereçam a atualização necessária à polícia, 
por meio de projetos estratégicos, como a compra de “drones” e de “softwares” 
avançados que sejam capazes de auxiliar no cotidiano dos agentes de 
segurança. Essa iniciativa teria a finalidade de mitigar o despreparo na 
resolução dos conflitos e de garantir que o Brasil seja uma nação segura e, de 
fato, de livre de qualquer forma de criminalidade. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
TEMA - Alternativas para combater a pobreza menstrual entre mulheres de baixa renda no Brasil | 
VERSÃO 2021 
 
 
 A produção ficcional "Round 6" ilustra uma 
sociedade distópica, cujos personagens convivem 
com a desigualdade e com a extrema escassez de 
recursos. Com efeito, a distopia se torna realidade 
na medida em que, todos os dias, milhões de 
meninas utilizam trapos de pano e pedaços de 
papelão para fazer a própria higiene genital -- o 
que reproduz o terrível cenário da ficção coreana. 
Nesse sentido, a solução da pobreza menstrual 
pressupõe que o Estado interrompa esse jogo de 
opressão e que valorize a dignidade feminina. 
Durante a Idade Média, uma vez por mês 
as moças eram obrigadas a se isolar socialmente 
para gerenciar a própria menstruação com 
trapos de tecidos que controlavam o sangue – o 
que era motivo de humilhação e de vergonha. 
Com efeito, essa situação degradante 
experimentada há mais de mil anos ainda é a 
realidade de muitas mulheres brasileiras. Nesse 
sentido, a solução da pobreza menstrual entre a 
população de baixa renda pressupõe que 
combata a omissão do Estado e que se valorize a 
dignidade humana. 
 
Diante desse cenário, Norberto Bobbio – expoente filósofo italiano – defende, em sua olha 
"Estado, governo e sociedade", a ideia segundo a qual as instituições públicas são incapazes de suprir 
as demandas dos indivíduos que estão sob a responsabilidade estatal. Nesse viés, o presidente do 
Brasil confirma a incapacidade denunciada por Bobbio, ao negar deliberada e intencionalmente a 
oferta de absorventes às jovens carentes, ainda que o Poder Legislativo lhes tenha assegurado esse 
direito. Assim, não é razoável que, embora seja extremamente básica, a higiene feminina também seja 
um privilégio no país que insiste na ilusão de ser solidário. 
Ademais, ao negar absorventes às jovens, o Estado se mostra indiferente à dignidade, prevista 
pela primeira vez há mais de dois séculos. Nesse sentido, o Iluminismo, em 1789, garantiu a vida digna 
a todos os indivíduos, independentemente do sexo. Porém, as moças de baixa renda ainda não 
conhecem o direito consolidado pelos iluministas, haja vista que a população feminina carente não 
dispõe de insumos mínimos para a sua higiene genital básica. Dessa maneira, enquanto a pobreza 
menstrual se mantiver, as mulheres carentes serão obrigadas a conviver com a mais grave violação de 
direitos: a falta de dignidade humana. 
Desse modo, é inconcebível que a 
desigualdade social seja tão cruel a ponto de 
fazer com que a pobreza menstrual se torne a 
regra no Brasil. Portanto, o Ministério Público – 
órgão responsável pela proteção das minorias – 
deve zelar pela dignidade humana das 
mulheres carentes e cobrar ações efetivas do 
Estado, por meio de políticas públicas, como 
ações comunitárias com distribuição gratuita de 
insumos de higiene feminina. Essainiciativa 
teria a finalidade de mobilizar as autoridades no 
sentido de garantir a vida digna que foi negada 
a moças de baixa renda, de modo que o Brasil 
deixe de ser uma sociedade distopia e passe, 
de fato, a ser uma nação livre, justa e solidária. 
 
Desse modo, é inconcebível que a 
desigualdade social seja tão cruel a ponto de 
fazer com que a pobreza menstrual se torne a 
regra no Brasil. Portanto, o Ministério Público – 
órgão responsável pela proteção das minorias – 
deve zelar pela dignidade humana das 
mulheres carentes e cobrar ações efetivas do 
Estado, por meio de políticas públicas, como 
ações comunitárias com distribuição gratuita de 
insumos de higiene feminina. Essa iniciativa 
teria a finalidade de mobilizar as autoridades no 
sentido de garantir a vida digna que foi negada 
a moças de baixa renda, de modo que o Brasil 
deixe de nutrir uma mentalidade medieval e 
seja, de fato, uma nação livre, justa e solidária. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
REDAÇÃO COM “ROUND 6” REDAÇÃO COM IDADE MÉDIA 
 
 
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TEMA – Alternativas para combater os crimes cibernéticos na sociedade brasileira 
 
A Constituição Federal de 1988 – documento da liberdade, da dignidade 
e da justiça social no Brasil – assegura a todos o direito à privacidade e à 
integridade moral. Entretanto, a perpetuação de crimes cibernéticos no Brasil 
evidencia que nem todos experimentam as garantias previstas na Carta Magna. 
Diante de tal cenário, a solução do problema depende de estratégias que 
desconstruam a omissão do Estado e a sensação de impunidade. 
À vista disso, a inércia das autoridades públicas permite a manutenção 
de infrações no ciberespaço. Nesse sentido, Norberto Bobbio – expoente 
filósofo italiano – defendeu, em sua obra “Dicionário de política”, que as 
instituições estatais modernas se mostram incapazes de solucionar as 
demandas decorrentes de crimes cometidos na sociedade. A esse respeito, os 
delitos virtuais se encaixam no problema denunciado pelo filósofo, na medida 
em que o Estado não dispõe de políticas públicas eficazes para reprimir os 
infratores que atuam virtualmente. Assim, enquanto a carência estatal for a 
regra, a segurança digital será a exceção. 
Ademais, a sensação de impunidade dá ensejo a novos crimes virtuais. 
Nesse viés, Steve Jobs – criador da Apple e entusiasta da tecnologia – defendia 
que a internet deve servir para o benefício das relações humanas e contribuir 
para a coesão social. Ocorre que a atuação de “hackers” corrompe o ideal 
proposto por Jobs, na medida em que faz da internet um ambiente hostil, 
principalmente, em razão da falta de punição para aqueles que cometem furto 
de dados, invasão de privacidade e pedofilia digital. Desse modo, enquanto a 
impunidade se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais 
graves problemas contemporâneos: os cibercrimes. 
Cabe, portanto, ao Ministério Público promover campanhas, em parceria 
com as delegacias, com o intuito de intensificar ações educativas que visem 
desconstruir os delitos virtuais. O “Parquet” deve, ainda, ajudar no combate aos 
crimes cibernéticos, por meio das ações judiciais pertinentes, a exemplo da 
ação penal pública, a fim de garantir a punição dos infratores que atuam na rede 
mundial de computadores. Assim, todos poderão, de fato, experimentar a 
dignidade idealizada na Carta Política. 
 
Professora Natália Teixeira e professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA - Alternativas para prevenir a violência doméstica contra crianças no Brasil 
 
Em 2021, a sociedade ficou marcada por um triste episódio 
envolvendo agressões a crianças: o assassinato de Henry Borel, que, embora 
seja cruel, não é raro no Brasil. Nesse sentido, a violência doméstica contra 
meninos e meninas representa grave problema e pode motivar outros casos 
como o de Henry. Com efeito, para prevenir a hostilidade, há de se criar 
alternativas para valorizar a dignidade humana infantil, bem como combater o 
assédio moral dentro dos lares. 
Diante desse cenário, a violência doméstica contra as crianças fragiliza 
a sua integridade. A esse respeito, no contexto do Iluminismo, a Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão foi um dos primeiros tratados internacionais 
a considerar meninos e meninas como hipossuficientes — indivíduos que 
dependem de proteção dos pais e do Estado. Ocorre que o Poder Público e a 
família se mostram incapazes de proteger a infância, tal como estabeleciam os 
iluministas no século XVIII. Desse modo, a persistência do abandono parental, 
do assédio sexual e das faces cruéis da violência contra as crianças representa 
grave retrocesso. Assim, não é razoável que, em vez de ser um ambiente seguro, 
os lares simbolizem lugares hostis e traumáticos. 
Ademais, a manipulação emocional sobre a criança dá lugar a prejuízos 
psicológicos. Sobre isso, o médico Peter Sifneos nomeou como “Alexitimia” o 
conceito clínico conhecido popularmente como “cegueira emocional”, segundo 
o qual o relacionamento tóxico com os genitores pode provocar na criança a 
perda da capacidade de demonstrar afeto. Nesse sentido, muitas famílias são 
imprudentes com os filhos e, assim, são responsáveis por ocasionar 
consequências irreparáveis como a síndrome definida por Sifneos. Desse modo, 
enquanto os maus-tratos não forem evitados, a sociedade terá de conviver com 
um dos piores obstáculos para o desenvolvimento: o caos familiar. 
É urgente, portanto, que as escolas — responsáveis pela transformação 
social — devem contribuir para a garantia da dignidade humana na infância, por 
meio de projetos pedagógicos, como palestras e ações abertas à comunidade, 
capazes de proteger a infância. Essa iniciativa teria a finalidade de repudiar os 
casos cruéis de agressão doméstica, a exemplo do abandono parental e do 
assédio sexual. Assim, será possível garantir que episódios tristes como o da 
morte do menino Henry deixem de ser, em breve, realidade no Brasil. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – Alternativas para prevenir a violência no ambiente escolar 
 
Em 2011, o Brasil ficou marcado por uma das mais graves tragédias da 
história: o Massacre de Realengo, que ceifou a vida de 11 alunos da escola 
carioca Tasso da Silveira. Nesse sentido, a violência no ambiente escolar se 
mostra grave problema e permite a ocorrência de episódios cruéis como o de 
2011. Com efeito, as alternativas para prevenir a insegurança nas instituições 
do ensino pressupõem que se desconstrua a maldade humana e a omissão do 
Estado. 
Diante desse cenário, a filósofa Hannah Arendt desenvolveu o conceito 
conhecido como Banalidade do Mal, segundo o qual as atitudes cruéis são 
parte do cotidiano moderno e tornam as relações sociais cada vez mais 
caóticas. Nesse viés, substancial parcela dos estudantes brasileiros manifesta 
na prática a cultura de hostilidade definida por Arendt, o que se mostra grave 
problema e motiva os casos de violência em suas faces mais perversas – 
“bullying”, ofensas a professores, depredação de patrimônio. Dessa forma, 
não é razoável que o Brasil ainda se mantenha incapaz de prevenir a violência 
nas escolas. 
Ademais, John Locke – filósofo conhecido como pai do liberalismo – 
construiu a tese de que os indivíduos cedem sua confiança ao Estado, que, em 
contrapartida, deve garantir direitos aos cidadãos. Todavia, a ideia de Locke 
está distante de ser a realidade nas escolas, haja vista a falta de iniciativa das 
autoridades em evitar conflitos, garantir a segurança e a paz no ambiente 
escolar, o que permite a ocorrência de histórias cruéis como a experimentada 
por alunos em Realengo. Assim, enquanto a inércia do Estado se mantiver, os 
estudantes serão obrigados a conviver com um dos mais graves problemas 
para a sociedade contemporânea: a violência nas escolas. 
Para mitigar, portanto, as diversas faces da hostilidade nas instituições 
de ensino, as próprias escolas – responsáveis pela transformação social –devem desconstruir a maldade presente no ambiente estudantil, por meio de 
projetos pedagógicos, como gincanas e ações comunitárias capazes de 
promover a harmonia. Essa iniciativa teria a finalidade de reafirmar o papel da 
escola na mediação dos conflitos e de garantir que o Brasil seja uma nação 
solidária e, de fato, livre da violência na escola. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA - Alternativas para promover o acesso igualitário à prática de atividades físicas. 
 
 No século IV antes de Cristo, Hipócrates já defendia que a anatomia 
humana exige motricidade: constante movimento do corpo. Todavia, na 
contemporaneidade, a tese do pai da medicina encontra obstáculo na extrema 
desigualdade social que afeta substancial parcela dos brasileiros. Com efeito, 
para democratizar a prática de atividades físicas, há de se promover o acesso 
à renda e a políticas públicas que deem alternativas para que todos possam 
realizar exercícios. 
 Diante desse cenário, a prática de atividades físicas é um privilégio não 
estendido à população pobre. Sobre isso, no século XIX, o Barão de Coubertin 
– aristocrata e idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna – decidiu 
estimular a inclusão da educação física nas escolas de Paris, com objetivo de 
promover a qualidade de vida. Ocorre que a iniciativa de Coubertin se 
mostrou excludente, o que se perpetua na sociedade contemporânea, 
sobretudo nas nações subdesenvolvidas, nas quais o Brasil se inclui. Inclusive, 
não há como ter tempo de qualidade para o esporte quando as longas 
jornadas de trabalho e a escassez de recursos são a regra. Assim, a 
desigualdade é obstáculo para a cultura desportiva, e, se não houver mudança 
nessa realidade cruel, os exercícios físicos continuarão restrito à minoria 
detentora do poder econômico. 
 Ademais, uma alternativa possível para democratizar as atividades físicas 
é estimular a criação de políticas públicas desportivas. A esse respeito, a 
Organização Mundial da Saúde, em 2020, sugeriu a prática de exercícios 
diários por 30 minutos, a fim de estimular a saúde da população mundial. 
Todavia, o Poder Público brasileiro tem mostrado poucas iniciativas para 
implementar a orientação das Nações Unidas no dia a dia dos brasileiros. 
Faltam ciclovias, academias populares e praças com aparelhagem adequada, 
que, de fato, poderiam fazer com que a sugestão da OMS deixasse de ser 
teoria. 
 Portanto, as prefeituras, em parceria com o Ministério da Saúde, devem 
democratizar a prática de exercícios, por meio de políticas públicas, como 
academias populares itinerantes, que sejam capazes de garantir a igualdade 
de acesso às atividades físicas. Essa iniciativa do Estado incluiria 
acompanhamento com profissionais de educação física e seriam custeadas 
com verbas oriundas da iniciativa privada. Assim, a finalidade dessa iniciativa 
seria promover a efetiva qualidade de vida de todos os brasileiros, de modo 
que o elitismo da cultura desportiva, pregado pelo Barão de Coubertin, dê 
lugar, em breve, à igualdade. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Tema – Alternativas para diminuir os impactos do lixo eletrônico no Brasil 
 
A nanotecnologia – inteligência digital popularizada no final do século 
XX – possibilitou o desenvolvimento de aparelhos eletrônicos de dimensões 
cada vez menores. Todavia, ao passo que o tamanho dos dispositivos diminui, 
um grave problema cresce com frequência: o lixo eletrônico. Com efeito, para 
que se diminuam os impactos desses resíduos, há de se aumentar a 
durabilidade dos dispositivos, bem como ampliar as políticas públicas de 
manejo dos rejeitos digitais. 
Diante desse cenário, o curto tempo de vida útil do aparelho motiva o 
seu descarte precoce. A esse respeito, o conceito de obsolescência 
programada – nascido após a Crise de 1929 – representa a atitude deliberada 
de criar dispositivos que se tornem irrelevantes em pouco tempo. Em teoria, 
essa manobra move a economia, mas, em contrapartida, manifesta uma das 
mais cruéis consequências para o planeta: o lixo eletrônico. Inclusive, é 
incoerente que a tecnologia evolua para se tornar cada vez mais frágil, poluente 
e desumana. A esse respeito, enquanto a ambição pelo lucro for a regra, o Brasil 
continuará sendo o país que mais produz e-lixo na América Latina, tal como a 
ONU denunciou em 2019. 
Além disso, os dispositivos eletrônicos – a exemplo dos celulares – 
possuem pequenos capacitores com conteúdo poluente, como o mercúrio. 
Esse composto químico, se administrado de forma improvisada, pode se 
misturar ao solo e à água dos rios, o que pode provocar a bioacumulação – 
fenômeno no qual substâncias químicas são assimiladas pelo organismo. Nesse 
sentido, a poluição causada pelo descarte irresponsável de aparelhos 
tecnológicos representa grave problema, e, embora o e-lixo prejudique a saúde 
da população, ainda são insuficientes as políticas públicas de gestão dos 
resíduos eletroeletrônicos, que seria capaz de interromper a bioacumulação e 
preservar a qualidade de vida coletiva, o que, todavia, ainda não tem sido 
prioridade no Brasil. 
Portanto, o Brasil precisa buscar alternativas para reduzir os impactos do 
lixo eletrônico. Nesse sentido, as escolas – responsáveis pela reformulação da 
mentalidade social – devem ensinar a população a descartar corretamente os 
dispositivos danificados, por meio de projetos pedagógicos, como ações 
comunitárias e oficinas capazes de mostrar a destinação adequada do e-lixo. 
Essa iniciativa teria a finalidade de reduzir o impacto ambiental dos resíduos 
sólidos eletrônicos, de modo que a sociedade brasileira seja conhecida como 
nação limpa, consciente e, de fato, sustentável. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
TEMAS – Formas para combater o tráfico de pessoas no Brasil 
 
 Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais 
importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo garante 
o direito à dignidade humana. Entretanto, o tráfico de pessoas impede que os 
brasileiros usufruam desse benefício constitucional. Com efeito, as formas para 
combater esse problema pressupõem que se repudie a histórica exploração e 
que se valorize o tratamento digno. 
Diante desse cenário, o Período Colonial foi marcado pela remoção 
forçada de pessoas, com objetivo de explorá-las nos engenhos de cana. Esse 
fenômeno, embora amplamente combatido, ainda se mostra presente na 
sociedade, que se acostumou a explorar indivíduos. Nesse sentido, o tráfico de 
pessoas evidencia grave retrocesso, já que, mesmo no século XXI, a mazela da 
Colônia se repete e milhares de brasileiros vivem a cruel realidade do 
contrabando humano. Assim, uma forma de combater o problema seria garantir 
o direito à proteção e à segurança, que têm sido distribuídos como privilégios. 
Ademais, a perpetuação do tráfico de pessoas fragiliza a dignidade 
humana de forma irreparável. Sobre isso, em 1789, a Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão foi um dos primeiros tratados internacionais a garantir 
o tratamento adequado a todos os indivíduos, com especial proteção aos 
grupos vulneráveis. Todavia, a prática deplorável da remoção forçada de 
brasileiros evidencia que a sociedade contemporânea ainda tem sido incapaz 
de colocar em prática um dos direitos mais básicos previstos desde o século 
XVIII – a dignidade. Logo, enquanto a falta de segurança se mantiver, o Brasil 
será obrigado a conviver com um dos mais graves problemas para as vítimas: o 
comércio humano. 
 É urgente, portanto, que o Ministério Público — responsável pela 
proteção dos grupos vulneráveis —combata o tráfico de pessoas, por meio de 
políticas públicas, como o envio de autoridades policiais a locais alvos de 
denúncias de receptação de vítimas. Essa iniciativa teria a finalidade de 
desconstruir a cultura de exploração de pessoas e de garantir que o Brasil seja 
uma nação justa, solidária eque seja capaz de garantir, de fato, a dignidade 
humana. 
Professor Vinicius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
TEMA – Meios para garantir a aposentadoria no Brasil 
 
Em 1789, o Iluminismo consolidou a Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão, garantindo, pela primeira vez, a cidadania a todos. Entretanto, a 
precariedade do sistema de previdência mostra que a população brasileira 
ainda é incapaz de experimentar os ideais iluministas na prática. Com efeito, 
para garantir o direito à aposentadoria, há de se combater o desemprego e o 
privilégio de autoridades públicas. 
Diante desse cenário, a falta de oportunidade de emprego fragiliza o 
sistema de previdência. A esse respeito, a Constituição Federal de 1988 
assegura a todos os brasileiros o direito à aposentadoria no país. Entretanto, o 
atual contexto de desemprego sistêmico — resultado da crise econômica 
instalada no país em 2015 — impede que parte da população experimente as 
garantias constitucionais, uma vez que a insuficiência de postos de ofício 
inviabiliza o cumprimento do tempo de contribuição obrigatória para obtenção 
de benefícios previdenciários. Assim, enquanto as altas taxas de desemprego 
forem a regra, a garantia prevista na Constituição Federal de 1988 será a 
exceção. 
Ademais, o favorecimento de membros do Estado se mostra nocivo ao 
sistema previdenciário. Nesse viés, Sérgio Buarque de Holanda, em sua obra 
"Raízes do Brasil", ensina que o brasileiro tem inabilidade nata separar o 
interesse público dos anseios particulares. Ocorre que a característica 
denunciada pelo historiador evidencia-se no Regime Especial de Previdência, 
na medida em que muitas autoridades públicas garantem seus direitos 
privilegiados no Legislativo, a exemplo da aposentadoria vitalícia cedida a 
militares, em detrimento do bem-estar da população, cujos benefícios 
previdenciários são insuficientes. Dessa maneira, a manutenção da assistência 
desproporcional aos políticos contribui para a perpetuação de um dos mais 
graves problemas para a sociedade: o falho sistema previdenciário. 
Impende, portanto, que o direito à aposentadoria seja, de fato, garantido 
no Brasil. Nesse sentido, o Ministério do Trabalho deve minimizar o impacto do 
desemprego na obtenção de previdência, por meio de geração de postos de 
ofícios, como incentivos ao crescimento empresarial, a fim de viabilizar o 
cumprimento do tempo de contribuição obrigatório. A população, por sua vez, 
pode exigir regimes de previdência igualitários entre sociedade e autoridades 
públicas, por intermédio de protestos, com apoio de ONGS e das redes 
midiáticas, para que sejam asseguradas a cidadania e a erradicação da 
previdência imprópria. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
TEMA – O problema da dependência química no Brasil contemporâneo 
 
A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamento a proteção à saúde. Portanto, não é razoável 
que a dependência química ainda represente um problema no país, o que vai 
de encontro ao princípio republicano. Com efeito, a construção de uma 
sociedade que valoriza o bem-estar social pressupõe que se combate o 
consumo de drogas. 
Diante desse cenário, persiste a omissão das autoridades públicas acerca 
da dependência química. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman 
desenvolveu o conceito de Instituição Zumbi, segundo o qual o Estado perdeu 
a sua função social, mas manteve — a qualquer custo — a sua forma. Nesse viés, 
o SUS se enquadra na teoria das instituições zumbis, na medida em que não há 
campanhas efetivas de combate ao uso de drogas — lícitas e ilícitas — e é 
ineficiente no acompanhamento dos dependentes. Assim, enquanto o 
problema denunciado por Zygmunt Bauman for a regra, o enfraquecimento do 
uso de drogas será a exceção. 
Ademais, há de se desconstruir a cultura histórica de consumo de 
entorpecentes, cuja consequência é a dependência química. Nesse sentido, o 
Movimento de Contracultura — estabelecido em meados do século XX — 
utilizava as drogas como estratégia de subversão social, herdada do Movimento 
Hippie norte-americano. Essa prática imprudente se perpetua no Brasil 
contemporâneo e pode ser recebida no comportamento de indivíduos de todas 
as faixas etárias que usam substâncias capazes de acarretar vícios, o que pode 
ser irreversível. Dessa forma, se a inconsequência experimentada no Movimento 
Hippie se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves 
problemas de saúde pública: a dependência química. 
Impende, portanto, que o Brasil contemporâneo não seja um país de 
dependentes químicos. Para isso, o Ministério da Saúde, responsável pela 
qualidade de vida da população, deve realizar campanhas efetivas de combate 
ao uso de drogas, por meio da divulgação dos riscos irreversíveis de algumas 
substâncias, como a cocaína e a nicotina, para que haja estímulo a práticas 
saldáveis. Por sua vez, os indivíduos podem realizar debates, por intermédio das 
mídias sociais, capazes de desconstruir a imprudência cultural acerca do 
consumo de entorpecentes, como havia no Movimento Hippie, a fim de que o 
combate à dependência química deixe de ser, no país, apenas teoria. 
Professor Vinicius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
TEMA – O problema da prática de perseguição sistemática na internet em questão no Brasil 
 
INTRODUÇÃO COM A CONSTITUIÇÃO 
 
INTRODUÇÃO COM GEORGE ORWELL 
 
 Em 1988, representantes do povo – 
reunidos em Assembleia Constituinte – instituíram 
o Estado Democrático, a fim de garantir a 
privacidade e a segurança como valores supremos 
de uma sociedade fraterna. Entretanto, a prática 
da perseguição sistemática na internet impede 
que os brasileiros experimentem esse direito 
constitucional na prática. Com efeito, a solução do 
problema pressupõe que se combata não só a 
maldade humana, mas também a omissão estatal. 
 
 Na obra distópica “1984”, George Orwell 
descreve uma sociedade manipulada, cujas casas 
e ruas são povoadas por teletelas instaladas com 
um único objetivo: a vigilância constante. 
Entretanto, a crítica feita pelo autor inglês ganha 
sentido com o advento da prática da perseguição 
sistemática pela internet e evidencia que o Brasil 
compartilha traços da distopia de Orwell. Com 
efeito, a solução do problema pressupõe que se 
combata não só a maldade humana, mas também 
a omissão estatal. 
 
Diante desse cenário, a hostilidade dá ensejo à perseguição sistemática na “web”. A esse respeito, 
Hannah Arendt – expoente filósofa alemã – desenvolveu o conceito conhecido como Banalidade do Mal, 
segundo o qual as atitudes cruéis se mostram comuns entre os indivíduos e tornam as relações humanas 
cada vez mais hostis. Nesse sentido, a vigilância permanente – denominada “stalking” – simboliza a 
crueldade repudiada por Arendt: os agressores perseguem suas vítimas dentro e fora do ciberespaço 
e constroem um ambiente de opressão constante, o que representa grave problema no Brasil. Assim, 
enquanto a maldade humana for a regra, a dignidade e a privacidade serão a exceção. 
Nesse sentido, assim como em “1984”, o Estado brasileiro se torna responsável pela conduta 
criminosa do “stalking”, ainda que por omissão. Sobre isso, o filósofo italiano Norberto Bobbio, em seu 
“Dicionário de política”, denuncia que as autoridades públicas se mostram incapazes de suprir as 
demandas da sociedade, a exemplo da segurança. Nesse viés, a polícia brasileira se enquadra na crítica 
de Bobbio e, ainda que haja lei capaz de punir os “stalkers”, o Estado tem sido ineficaz no combate à 
perseguição reiterada no ciberespaço, o que contribuiu para a impunidade dos agressores e motiva 
novos casos. Logo, se a inércia estatal se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais 
graves problemas contemporâneos: a opressão cibernética. 
Portanto, o Ministério Público – responsável pela garantia dos direitos constitucionais– deve 
combater a prática da vigilância sistemática na rede e garantir a dignidade dos indivíduos, por meio de 
parcerias com as delegacias de polícia especializadas em crimes virtuais. Essa iniciativa do MP faria o 
Estado deixar a situação de omissão acerca do problema e teria a finalidade de construir um ambiente 
cibernético saudável e respeitoso. Assim, o Brasil será conhecido como nação justa, digna e, de fato, 
livre da perseguição sistemática. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
TEMA – O problema da violência durante o parto 
 
 Na Antiguidade, os maiores sofrimentos eram comparados às dores de 
parto, que ficaram consolidadas na história como uma das piores sensações 
desde a mitologia clássica. Entretanto, na contemporaneidade, a violência 
obstétrica subjuga as mulheres brasileiras ao mesmo sofrimento experimentado 
séculos atrás, haja vista a omissão do Estado e a falta de respeito à dignidade 
humana por parte do SUS. 
 Diante desse cenário, persiste a indiferença das autoridades acerca da 
violência obstétrica. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman desenvolveu 
o conceito de Instituições Zumbis, segundo o qual o Estado perdeu a sua função 
social, mas manteve — a qualquer custo — a sua forma. Nesse viés, o Poder 
Público brasileiro se enquadra na teoria das Instituições Zumbis, na medida em 
que não impõe políticas públicas efetivas capazes de garantir às mães o cuidado 
e o respeito requeridos no parto. Assim, enquanto o problema denunciado por 
Zygmunt Bauman for a regra, os nascimentos humanizados serão a exceção. 
 Ademais, a violência obstétrica evidencia a desvalorização da dignidade 
humana pelo SUS. Nesse viés, em 1789, o Iluminismo consolidou a Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão, garantindo pela primeira vez a dignidade 
humana a todos. Ocorre que o Sistema Único de Saúde se mostra incapaz de 
aplicar o ideal iluminista durante o parto e, mesmo séculos depois, não estende 
às mulheres a dignidade garantida em 1789, o que se mostra grave problema 
social capaz de fragilizar a saúde das mulheres e de seus bebês. Desse modo, 
não é razoável que a nação que almeja o desenvolvimento enfrente este 
retrocesso: a violência no parto. 
 Impende, portanto, que o desrespeito obstétrico seja repudiado no Brasil. 
Para isso, o Poder Executivo, responsável pela manutenção da saúde pública, 
deve fiscalizar, com rigor, a postura das autoridades médicas, por meio de 
visitas regulares nos hospitais, para que a omissão e a indiferença estatais sejam 
desconstruídas. Por sua vez, os indivíduos podem, com frequência, denunciar a 
falta de dignidade humana a que são submetidos às mulheres, como a ausência 
de informação devido à mãe, por intermédio de conteúdos e discussões nas 
mídias sociais, a fim de que o Brasil deixe as dores da mitologia clássica e 
construa partos humanizados. 
Professor Vinicius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
TEMA - Os desafios da alfabetização de crianças indígenas no Brasil 
 
Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais 
importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo garante 
o direito à educação e à cultura. Todavia, a falta de acesso à alfabetização 
mostra que, para as crianças indígenas, a garantia constitucional representa 
uma utopia. Com efeito, a imposição da língua portuguesa e a carência de 
políticas públicas que preservem as culturas nativas são os desafios do 
letramento infantil dessa minoria étnica. 
Diante desse cenário, Lima Barreto – expoente autor pré-modernista – foi 
incompreendido em sua época ao defender o Tupi como idioma padrão do 
Brasil. Para o autor, o vernáculo português não seria original da nação brasileira 
e, embora tenham passado quase 100 anos da morte do escritor, a sociedade é 
incapaz de perceber a imposição da língua europeia sobre o país verde-
amarelo. Nesse sentido, as crianças indígenas são a população mais afetada 
pelo problema denunciado por Barreto, já que meninos e meninas de etnias 
silvícolas são obrigados a ler e a escrever o português: fato que pode, aos 
poucos, causar o cruel apagamento do seu idioma nativo. 
Ademais, faltam políticas públicas que garantam, de fato, o letramento 
isonômico das crianças indígenas. Nesse viés, o filósofo italiano Norberto 
Bobbio denunciou, em sua obra “Dicionário de política”, que as instituições 
públicas modernas são incapazes de suprir as demandas da sociedade. A esse 
respeito, o Estado brasileiro se enquadra na crítica feita por Bobbio, haja vista a 
falta de preparo dos professores em ensinar as crianças silvícolas a serem 
proficientes em suas próprias línguas. Assim, enquanto a omissão estatal se 
mantiver, os povos indígenas serão obrigados a conviver com um dos mais 
graves problemas da história do Brasil: a aculturação. 
Portanto, há de se superar os desafios na alfabetização de crianças 
indígenas no país. Para isso, o Ministério da Educação e as escolas – 
responsáveis pela transformação social do indivíduo – devem proteger as 
línguas nativas, a exemplo do Tupi, bem como capacitar profissionais que 
ensinem meninos e meninas a escrever em seus próprios idiomas. Essa iniciativa 
ocorreria por meio de projetos pedagógicos de formação continuada, como 
minicursos on-line para todos os professores do Brasil, com a finalidade de 
evitar o processo de aculturação indígena. Desse modo, o Brasil poderá ser 
conhecido como nação livre, justa e, de fato, isonômica. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA - Os desafios da educação financeira para a juventude brasileira 
 
Em 1929, os EUA viveram uma das mais graves crises da história: a 
Grande Depressão, que obrigou a sociedade a desenvolver consciência no 
manejo do dinheiro. Entretanto, a juventude brasileira está distante de 
construir a educação financeira imposta pela Quebra da Bolsa, seja pela 
extrema pobreza que assola o Brasil, seja pela defasagem do sistema 
educacional. 
À vista desse problema, a formação do Brasil foi marcada por uma 
colônia de exploração, que, desde o século XVI, promove desigualdade de 
renda e miséria. Nesse sentido, o jovem acostumou-se a viver com recursos 
escassos, e o planejamento financeiro não é a prioridade em uma nação 
marcada pela exploração colonial, que ainda se perpetua de forma negativa. 
Assim, a inabilidade em lidar com o dinheiro prejudica a juventude e decorre 
da histórica cultura de pobreza, na medida em que é inviável ter planejamento 
financeiro quando não há o que se administrar. 
Ademais, o padrão de escola que ainda está vigente no Brasil baseia-
se no modelo da Revolução Industrial inglesa do século XVIII, que impõe a 
uniformização do comportamento para se chegar à submissão do indivíduo. 
Essa subserviência se manifesta desta forma no Brasil: os jovens não são 
estimulados a terem sucesso financeiro, mas sim a dependerem dos seus 
empregadores. Antes, a educação financeira daria a possibilidade de rapazes 
e moças emergirem socialmente e de exigirem melhores condições de 
emprego e de vida, o que no Brasil não era – e ainda não é – o interesse das 
classes dominantes. 
Os desafios da educação financeira, portanto, devem ser assumidos 
pelos indivíduos e pela escola. Esta deve problematizar a histórica cultura de 
pobreza, que ainda permanece enraizada na sociedade, por meio de eventos 
pedagógicos, como aulas e palestras, capazes de mostrar a necessidade de 
organizar os gastos, sobretudo em tempos de crise. Essa iniciativa teria a 
finalidade de motivar homens e mulheres, desde a infância e juventude, a 
aprender a administrar o dinheiro, de modo que a Grande Depressão 
permaneça apenas na história. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
TEMA – Os desafios das políticas de moradia no Brasil 
 
No dia 1º de maio de 2018, a sociedade brasileira presenciou o 
desabamento de um edifício abandonado que servia de abrigo para centenasde indivíduos em São Paulo. Esse desastre levantou um assunto até então 
silenciado: a desigualdade de moradia, que se mostra grave problema social e 
representa obstáculo para o desenvolvimento da nação. 
Diante desse cenário, persiste no Brasil a desigualdade histórica de 
acesso à terra. Nesse viés, em 1850, foi estabelecida a Lei de Terras, cujo 
conteúdo visava evitar que a população carente se apropriasse da propriedade 
rural, o que subjugou as classes de menor renda a viver em moradias 
improvisadas e indignas. Entretanto, a desigualdade estabelecida em 1850 
ainda produz efeitos negativos no Brasil contemporâneo e pode ser percebida 
no número substancial de moradores de rua ou em situação habitacional 
precária de comunidades carentes. Desse modo, é incoerente que a nação 
brasileira, mesmo objetivando ser potência desenvolvida, permaneça 
indiferente ante o problema da distribuição de moradia em território nacional. 
Ademais, além da desigualdade histórica, persiste a omissão do poder 
público na oferta de políticas isonômicas de acesso à propriedade. A esse 
respeito, o neoliberalismo — doutrina adotada no Brasil desde o final do século 
XX — defende que os indivíduos devem buscar o seu próprio progresso por 
intermédio de esforço individual e sem intervenção do Estado. Todavia, a 
população de rua ou em situação precária não é capaz de progredir por si 
mesma, de modo que a ideologia neoliberal aplicada à moradia colabora para 
o aumento da desigualdade habitacional e social. Assim, enquanto a inércia do 
Estado for a regra, o progresso de quem não possui moradia será a exceção. 
A catástrofe de 1º de maio, portanto, poderia ter sido evitada caso a 
gestão de propriedade não fosse negligenciada no Brasil. Para mitigar esse 
problema, o Ministério Público, responsável pela manutenção do Estado de 
Direito, deve identificar quais propriedades urbanas estejam sem função social, 
por meio de fiscalizações, com apoio das prefeituras, a fim de destinar espaços 
inabitados à população carente. Por sua vez, os indivíduos devem cobrar 
políticas efetivas do Estado, como ampliação do aluguel social, por intermédio 
de debates nas mídias sociais, com auxílio de campanhas na televisão, cuja 
finalidade seria desconstruir a grave desigualdade habitacional, bem como 
contribuir para que o acesso à moradia deixe de ser um problema silenciado. 
Professor Vinicius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
TEMA - Os desafios do acesso à cultura no Brasil 
 
Em 1922, Mário de Andrade colaborou para a realização da Semana de 
Arte Moderna, cujo objetivo era valorizar as manifestações culturais do Brasil. 
Todavia, quase cem anos depois, a iniciativa do escritor modernista se mostra 
distante de ser efetivada, na medida em que a diversidade cultural brasileira não 
é acessível a todos, o que deve ser desconstruído sob pena de prejuízos ao 
desenvolvimento nacional. 
Diante desse cenário, as produções culturais brasileiras tendem a 
valorizar somente o lucro. A esse respeito, o sociólogo Zygmunt Bauman, em 
sua obra "Cultura Líquida", propôs a teoria da Espetacularização da Cultura, 
segundo a qual as nações pós-modernas priorizam manifestações artísticas 
grandiosas, capazes de constituir espetáculos e gerar potencial econômico. 
Nesse contexto, a tese do sociólogo se aplica ao Brasil, na medida em que as 
grandes produções recebem mais investimentos do que as manifestações 
locais, que ficam negligenciadas. Assim, é incoerente que, mesmo sendo 
considerado multicultural, o país permita o enfraquecimento das culturas locais. 
Ademais, a maioria da população acessa manifestações artísticas 
incapazes de formar senso crítico. Nesse sentido, o conceito de Indústria 
Cultural, formulado por Theodor Adorno — filósofo alemão do século XX — 
denuncia que as produções culturais veiculadas pela mídia não valorizam a 
diversidade e são esvaziadas de criticidade. Tal estratégia midiática busca 
oferecer a todos a mesma compreensão da realidade, o que ocorre, inclusive, 
no Brasil, haja vista os veículos midiáticos — sobretudo a televisão — não 
incentivarem a reflexão crítica e buscarem homogeneizar os comportamentos 
dos brasileiros. Desse modo, enquanto o esvaziamento crítico se mantiver, o 
país será obrigado a conviver com um dos mais graves problemas denunciados 
por Adorno: a alienação social. 
Impende, portanto, que valorização cultural proposta por Mário de 
Andrade seja acessível a todos. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação 
e Cultura deve estimular os estudantes a observar as produções veiculadas na 
mídia, por meio de campanhas nas escolas, realizadas com a participação de 
familiares, a fim de estimular a criatividade coletiva. Os indivíduos, por sua vez, 
podem veicular conteúdos capazes de divulgar culturas locais marginalizadas, 
como os festivais de xilogravura do Nordeste, por intermédio das mídias sociais, 
para que seja minimizada a desvalorização desses movimentos. A partir da ação 
conjunta entre Estado e sociedade, serão alcançados os objetivos da Semana 
de Arte Moderna. 
Professor Vinicius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
TEMA – Meios para combater a evasão escolar no Brasil 
 
Em 1996, foi fundada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
cuja função inicial era modernizar o ensino básico no Brasil e estimular os 
indivíduos se manterem ativos no processo pedagógico. Todavia, a alarmante 
evasão escolar evidencia que a meta da LDB está distante de ser a realidade 
de crianças e de adolescentes. Com efeito, as estratégias para manter os 
alunos no ciclo pedagógico pressupõem que se combata a desatualização das 
aulas e que se garanta a ampliação da perspectiva de vida dos estudantes. 
Diante desse cenário, a educação brasileira é inspirada no modelo da 
Revolução Industrial do século XVIII, que reproduzia dentro da escola o 
formato de uma pequena fábrica. Nesse viés, os estudantes eram submissos, 
dependentes e estimulados a obedecer, a fim de se tornarem bons operários 
no futuro. Mesmo após séculos de evolução, esse formato antigo ainda se 
perpetua no Brasil, mostra-se defasado e incapaz de reter o adolescente no 
processo pedagógico. Assim, enquanto as escolas brasileiras se mantiverem 
como fábricas, tal como era no século XVIII, a evasão escolar continuará como 
uma triste realidade entre os estudantes. 
Ademais, o distanciamento entre teoria e prática é obstáculo para a 
manutenção dos educandos no sistema. A esse respeito, em sua obra 
“Pedagogia do Oprimido”, Paulo Freire defende que a escola deve ter íntima 
relação com a realidade dos alunos e não ficar restrita ao universo teórico – 
problema conhecido como academicismo. Todavia, o Ensino Médio 
contemporâneo vai de encontro à ideologia de Freire, haja vista a deficiência 
dos métodos desenvolvidos nas escolas, capazes de criar abismos entre a sala 
de aula e a sociedade. Nesse sentido, o distanciamento denunciado pelo 
pedagogo acarreta um dos mais graves problemas do Ensino Médio 
brasileiro: a fragilidade do seu papel social e, consequentemente, o abandono 
escolar. 
Impende, portanto, que a educação cumpra, de fato, o seu papel nos 
últimos anos do ensino básico. Para isso, o Ministério da Educação – 
responsável pela atualização do ensino – deve desconstruir o modelo 
ultrapassado de aulas, por meio da flexibilização do currículo, como propõe a 
Base Nacional Comum Curricular, para que a diversidade cognitiva dos alunos 
seja valorizada. Por sua vez, os próprios estudantes, com auxílio dos 
professores, podem realizar pesquisas e seminários relacionando a teoria 
aprendida em aula com o seu próprio contexto, como ocorre em nações 
desenvolvidas, a fim de combater o problema do academicismo e garantir que 
o ambiente seja mais interessante e, em breve, livre da evasão escolar. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
26 
TEMA: Os desafios do combate ao assédio moral no serviço público 
 
Em março de 2019, a Câmara dos Deputados tornou crimeas condutas 
imorais e opressivas entre o patrão – o agressor – e o funcionário – a vítima. Tal 
atitude foi considerada pelo ordenamento jurídico brasileiro como ofensa 
reiterada à integridade do indivíduo. Todavia, o assédio moral repudiado 
pelos deputados ainda se mostra grave mazela entre os servidores públicos. 
Com efeito, a solução do problema pressupõe que se combata a maldade 
humana e que se valorize a dignidade dos colaboradores. 
À vista desse problema, Hannah Arendt – expoente filósofa alemã – 
desenvolveu o conceito conhecido como Banalidade do Mal, segundo o qual 
a hostilidade está enraizada no cotidiano da população. Nesse viés, o 
problema denunciado por Arendt também se relaciona com a sociedade 
brasileira, haja vista que o serviço público se mostra competitivo, bem como 
frequentes humilhações aos funcionários por parte dos patrões. Assim, 
enquanto o assédio moral for a regra, o respeito será a exceção. 
Ademais, o ambiente laboral tóxico fragiliza a dignidade humana. 
Nesse sentido, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – instituída 
na Revolução Francesa – estabeleceu que todos os indivíduos fazem jus a 
condições de tratamento digno. Ocorre que o Brasil está distante de vivenciar 
o respeito no serviço público, o que separa a nação do tratado internacional. 
Desse modo, se a falta de dignidade nas repartições estatais se mantiver, a 
população será obrigada a conviver com um dos mais graves problemas para 
as vítimas: o assédio moral. 
É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar o 
desrespeito nas repartições. Para isso, os órgãos de corregedoria – 
responsável pela segurança dos servidores – devem combater os casos de 
hostilidade e de competitividade no ambiente de trabalho. Essa iniciativa 
ocorreria por meio de políticas públicas, como fiscalização de conduta dos 
chefes de repartições, a fim de desestimular o autoritarismo e de garantir que 
o Brasil seja uma nação justa, igualitária e, de fato, livre de assédio moral. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
TEMA - Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil 
 
 
 Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia 
Constituinte, estabeleceram dois direitos: a saúde e a proteção à infância. 
Ocorre que a epidemia de obesidade infantil impede que meninos e meninas 
usufruam de ambos os direitos constitucionais. Nesse sentido, o combate à 
doença no Brasil passa pela reeducação alimentar e pela desconstrução do 
culto midiático aos alimentos ultra processados. 
Diante desse cenário, os hábitos alimentares das crianças inviabilizam a 
luta contra a obesidade. Nesse viés, a indústria alimentícia baseia seus 
produtos a partir da gordura hidrogenada — capaz de aumentar o sabor, a 
durabilidade e reduzir o custo da produção. Todavia, a saúde infantil fica 
prejudicada ao consumir alimentos industrializados, já que ocorre aumento do 
colesterol ruim, conhecido como LDL. Dessa forma, não é razoável que 
meninos e meninas brasileiros estejam vulneráveis à insegurança alimentar. 
Nesse sentido, o filósofo alemão Theodor Adorno desenvolveu o conceito 
de Indústria Cultural, segundo o qual a publicidade utiliza a persuasão 
constante, a fim de moldar um comportamento de compra. O problema é que 
as crianças estão muito mais suscetíveis às cores, às músicas e às demais 
estratégias denunciadas por Adorno e não possuem discernimento das 
consequências de uma alimentação irresponsável, baseada em “fast-foods”. 
Assim, enquanto o culto à comida superprocessador se mantiver, o Brasil será 
obrigado a conviver com uma das mais graves doenças do século: a 
obesidade infantil. 
Para combater o problema, portanto, as escolas — no exercício do seu 
papel social — devem contribuir com a reeducação alimentar das crianças, por 
meio de projetos pedagógicos como oficinas e aulas lúdicas, capazes de 
mostrar as consequências negativas dos “fast-foods”. Essa iniciativa poderia se 
chamar “Crescendo com saúde” e teria a finalidade de construir hábitos 
alimentares sadios, de sorte que, em breve, o Brasil experimente uma 
sociedade justa, solidária e livre da obesidade infantil. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
TEMA – A importância da prevenção ao suicídio no Brasil 
 
Em 1994, Mike Emme — rapaz norte-americano de apenas 17 anos — 
tirou a própria vida e motivou o início de uma das campanhas mais relevantes 
para a sociedade: o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. Todavia, o combate 
ao problema não se mostra efetivo no Brasil, o que faz surgir, a cada dia, outros 
“mikes”, seja pela inabilidade social em discutir acerca do suicídio, seja pela 
pouca importância dada aos transtornos mentais daqueles que buscam a morte 
voluntária. 
Diante desse cenário, Johann Goethe — fundador do Ultrarromantismo 
europeu — relacionou a ideação suicida aos sentimentos do eu-lírico, em sua 
obra “Sofrimentos do Jovem Werther”. Para o escritor, tirar a própria vida seria 
o símbolo da fuga existencial: conceito reproduzido por outros autores. Ocorre 
que a romantização do suicídio proposta por Goethe se converteu em 
indiferença no imaginário da sociedade brasileira, de modo que a morte 
voluntária não recebe a devida importância, o que se mostra grave problema 
social. Nesse viés, não é razoável que os brasileiros menosprezem a ideação 
suicida e sejam omissos aos comportamentos que a revelem. 
Ademais, a omissão às doenças psiquiátricas dá lugar à busca pela morte 
voluntária. Sobre isso, no século XVIII, o suicídio passou a ser tratado como uma 
atitude derivada de distúrbios mentais, a exemplo da depressão. Nesse sentido, 
o médico francês Philippe Pinel foi pioneiro em propor o tratamento 
medicalizado daqueles que tentam subtrair a própria vida. Entretanto, 
substancial parcela dos brasileiros é indiferente aos avanços da psiquiatria, 
promovidos no século XVIII. Essa atitude omissa representa obstáculo para que 
a campanha do Setembro Amarelo cumpra seus objetivos, e, enquanto o 
silêncio da sociedade se mantiver, o mundo será obrigado a conviver com o mal 
do século: o suicídio. 
 O problema que ceifou a vida de Mike Emme precisa, pois, receber a 
devida importância no Brasil. Para que isso ocorra, as escolas — no exercício do 
seu papel social — devem desconstruir a visão reducionista do suicídio e dar 
mais visibilidade aos distúrbios mentais, a exemplo da depressão. Essa iniciativa 
aconteceria por meio de um projeto pedagógico, que poderia se chamar “Cada 
vida conta”, no qual os indivíduos seriam estimulados a compartilhar suas 
angústias, a fim de receber o devido tratamento e, dessa forma, fortalecer a 
saúde mental e retomar, portanto, a vontade pela vida. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
TEMA – A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar o direito 
ao equilíbrio ambiental e a sustentabilidade como valores supremos de uma 
sociedade fraterna. Entretanto, a pouca importância dada à necessidade de 
redução do consumo de plástico torna a aplicação desses direitos 
constitucionais uma utopia, seja pela manutenção da cultura de excessos, seja 
pela omissão da sociedade 
Diante desse cenário, o consumismo inviabiliza a utilização consciente 
de plástico. A esse respeito, no século XIX, surgiu o conceito de Sociedade de 
Consumo, que critica o fato de praticamente todas as relações sociais serem 
baseadas em compra. Nesse sentido, o comportamento de parcela da 
população brasileira se relaciona à realidade consumista denunciada há mais 
de 100 anos, de sorte que homens e mulheres estão submissos ao gasto 
inconsciente, que demanda embalagens e insumos produzidos com material 
plástico. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, ainda se 
perpetue a falta de conscientização socioambiental. 
Ademais,em 1992, a Organização das Nações Unidas promoveu um 
evento conhecido como “Cúpula da Terra” e elaborou a Política da 
Sustentabilidade — reduzir, reutilizar, reciclar — com objetivo de desestimular o 
comportamento poluente. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser um país 
desenvolvido, a população tem sido incapaz de se comportar de forma 
sustentável com relação a embalagens e a insumos cuja matéria prima seja o 
plástico. Com isso, substancial parcela dos brasileiros se mostra indiferente à 
redução proposta pela ONU. Além disso, essa negligência demonstra pouca — 
ou nenhuma — responsabilidade com o meio ambiente. No entanto, se homens 
e mulheres se mantiverem inertes, o uso excessivo desse material não 
biodegradável continuará sendo a regra. 
Impende, pois, que a redução do consumo de plástico seja tratada com 
importância no Brasil. Dessa maneira, o Ministério do Meio Ambiente, cuja 
função é adotar o uso sustentável dos recursos naturais, deve combater, de 
forma eficaz, a cultura de excessos presente na contemporaneidade, por 
intermédio de palestras comunitárias, realizadas uma vez por semana, que 
poderiam chamar “Na medida certa”. Essa iniciativa teria a finalidade de ensinar 
a necessidade de redução dos compostos não biodegradáveis, além de mitigar 
a omissão do Estado. Assim, o real objetivo da “Cúpula da Terra” será, de fato, 
colocado em prática no século XXI. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
TEMA – Como combater os crimes de pedofilia no Brasil? 
 
 O romance "Lolita" — obra russa produzida em 1955 — narra a terrível 
relação sexualizada entre uma criança e um homem, que coloca na menina o 
apelido que dá nome ao livro. Todavia, narrativas repugnantes como a de 
"Lolita" são comuns fora da ficção e representam na prática um dos mais 
graves problemas da sociedade: a pedofilia. Assim, para mitigar essa mazela, 
há de se combater o silêncio da família e do Estado. 
 Diante desse cenário, não há como mitigar a exploração sexual infantil 
velada se os responsáveis se mantiverem omissos. Nesse viés, desde a Era 
Vargas, as crianças são consideradas hipossuficientes — grupos vulneráveis 
dependentes de cuidados integrais — e tiveram a proteção consolidada no 
artigo 6° da atual Constituição. Ocorre que substancial parcela das famílias 
brasileiras é incapaz de oferecer o cuidado historicamente consolidado por 
Vargas e pela Carta Magna vigente. Inclusive, os agressores costumam ser 
justamente aqueles que deveriam cuidar da integridade da criança. Com 
efeito, os abusos a meninos e a meninas se mostram atitudes cruéis e, se não 
forem combatidos a tempo, terão consequências irreparáveis à formação 
infantil. 
 Ademais, a OMS classificou a pedofilia como um transtorno mental, a 
fim de evidenciar que a exploração sexual às crianças não deve ser vista 
apenas como um crime, mas também como um desvio psiquiátrico do 
agressor. Todavia, a ineficiência do combate à pedofilia pelo Estado brasileiro 
é incompatível com a relevância proposta pela Organização Mundial da 
Saúde, de modo que campanhas nas mídias sociais — a exemplo do Maio 
Laranja — são insuficientes para garantir a proteção da infância e da dignidade 
humana. Desse modo, é incoerente que, mesmo sendo Estado Democrático 
de Direito, o Brasil ainda permita que as crianças protagonizem lolitas em suas 
próprias realidades. 
 A pedofilia, portanto, precisa ser repudiada pelas famílias e pelo Poder 
Público. Nesse sentido, o Ministério Público, com o auxílio das autoridades 
escolares, deve ensinar a população a combater esse crime, por meio de 
projetos pedagógicos, como oficinas e palestras, capazes de orientar pais e 
responsáveis a identificar os casos de pedofilia dentro dos seus próprios lares. 
Essa iniciativa teria a finalidade de problematizar a omissão familiar e reafirmar 
a presença do Estado na repressão a esse crime, de sorte que meninos e 
meninas vivam, de fato, em uma sociedade livre, justa e responsável. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – A importância da leitura na infância 
 
A literacia familiar — ato de ler para os filhos — tem origem na Europa 
renascentista, a partir da invenção da imprensa, por Gutenberg. Essa prática 
melhora a qualidade da alfabetização e permite o contato prematuro entre 
obras as literárias e as crianças. Todavia, aquilo que é realidade entre os 
europeus, no Brasil, mostra-se uma utopia, já que a extrema desigualdade social 
e a alienação parental impedem que leitura receba a devida importância, 
sobretudo na infância. 
De início, não há como promover o contato com os livros em uma 
sociedade marcada pela fome. A esse respeito, no século XVI, durante o 
período da Colônia de Exploração, apenas a aristocracia — organização 
composta pelos nobres — tinha acesso à leitura e à alfabetização de qualidade. 
Ocorre que, no Brasil contemporâneo, a população pobre ainda é excluída da 
possibilidade de ler, o que reproduz a marginalização iniciada no século XVI. 
Assim, a escassez de recursos e a extrema desigualdade social tornam a literacia 
familiar uma realidade distante. 
Sob outra análise, o escritor realista Eça de Queirós, em sua obra “O 
Primo Basílio”, critica a instituição familiar moderna e revela as suas crises e a 
perda da sua função social. Com efeito, os lares brasileiros exemplificam a 
falência denunciada por Eça, de modo que é inviável ser leitor em um ambiente 
marcado pela agressão à mulher, pela falta de afeto e pela ausência parental. 
Desse modo, enquanto os lares brasileiros forem desestruturados, as crianças 
serão incapazes de perceber a importância de uma das práticas mais relevantes 
para a humanidade: a leitura. 
Para solucionar o problema, portanto, as prefeituras, em parceria com as 
escolas de nível fundamental, devem buscar romper a marginalização histórica 
acerca da leitura, por meio da realização de projetos pedagógicos, como 
“workshops” e gincanas criativas que receberiam o nome de “Aprendi no livro”. 
Essa iniciativa dos municípios teria a finalidade de mostrar aos pais e às mães a 
importância de manter um ambiente saudável, que possibilite o contato com os 
contos fantásticos e com as histórias. Assim, a literacia familiar deixará de ser 
uma realidade restrita à Europa, e meninos e meninas poderão conhecer, enfim, 
o poder de transformação da leitura. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros 
 
Em 1955, a indústria tabagista lançava a sua principal campanha 
com o objetivo de incentivar o consumo de cigarro: o “cowboy” da Marlboro. 
Com efeito, o hábito de fumar fomentado desde o século passado representa 
grave problema de saúde pública. Desse modo, é urgente não só que os 
fumantes brasileiros compreendam as consequências negativas do fumo, mas 
também que o interesse das grandes empresas do setor dê lugar ao bem-estar 
da coletividade. 
Diante desse cenário, é incoerente que, mesmo com todas as 
consequências nocivas, ainda haja cultura de fumantes no Brasil. Nesse viés, a 
combustão do tabaco gera aproximadamente 2000 compostos químicos, 
como hidrocarbonetos, substâncias poluentes e cancerígenas. Ocorre que a 
população fumante desconhece — ou ignora — os efeitos dessas substâncias 
tóxicas para o organismo humano. Dessa forma, não é razoável que o prazer 
momentâneo de um cigarro dê lugar ao câncer de pulmão, ao enfisema 
pulmonar e a diversas doenças letais. 
Sob outra análise, a Lei Antifumo, publicada em 2011, prevê 
estratégias para desestimular o consumo de cigarros e garante a integridade, 
inclusive, dos fumantes passivos. Nesse viés, a influência da indústria tabagista 
brasileira ainda é um obstáculo para que a legislação brasileira alcance 
plenamente seus objetivos. A esse respeito, os cigarros sem fumaça e a 
facilitação do contrabando dos maços são estratégias cruéis que 
desqualificam as campanhas antitabagismo no Brasil. Assim, enquanto os 
interessesdas grandes empresas tabagistas se mantiverem vivos, ainda haverá 
“cowboys” da Marlboro na sociedade brasileira. 
O consumo de cigarros precisa, portanto, ser combatido no Brasil. 
Para isso, o Ministério da Saúde deve apresentar à sociedade os malefícios do 
fumo, por meio de infográficos e de documentários, como depoimentos de 
indivíduos que desenvolveram doenças pulmonares, a fim de eliminar a 
prática do tabagismo. Inclusive, o próprio MS precisa fiscalizar as empresas 
que comercializam maços de forma irregular, por intermédio do envio de 
fiscais aos centros de distribuição desses produtos, de sorte que a nação 
brasileira construa, de fato, uma sociedade saudável e livre dos malefícios do 
tabaco. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – Os desafios do ensino a distância no Brasil 
 
Em 1975, era fundada a pioneira em educação remota no Brasil: a TVE. 
Seguindo o caminho aberto pelo jornalista Roquette-Pinto, a emissora deu 
início à história da EAD no país e levou conhecimento aos quatro cantos da 
nação verde-amarela. Todavia, a implementação sistemática do ensino a 
distância, iniciada por Roquette-Pinto, apresenta desafios que passam não só 
pela dificuldade da cultura de autoaprendizagem, mas também pela falta de 
recursos básicos da população. 
Diante desse cenário, o sistema educacional vigente no Brasil é 
inspirado no modelo iluminista e impõe a submissão intelectual do estudante 
à figura do professor, que seria o detentor do conhecimento. Nesse sentido, o 
aluno, desde o iluminismo, acostumou-se a ser passivo no processo de 
aquisição do conhecimento, realidade que inviabiliza a autoaprendizagem 
característica do ensino a distância. Assim, enquanto houver mentalidade 
passiva por parte dos estudantes, a educação remota não alcançará seus 
objetivos. 
Ademais, outro grave obstáculo que impede a implementação do EAD 
é a carência de recursos básicos da população. Acerca disso, a proposta de 
sistematização do ensino a distância esbarra na falta de urbanização e na 
miséria extrema de alguns locais negligenciados, como o município de 
Melgaço, no Pará — menor IDH do Brasil. Nesse viés, não há como aprender, 
presencial ou remotamente, convivendo com a fome e com ausência de 
serviços básicos, assim como ocorre na cidade paraense. Assim, antes de 
usufruir dos benefícios das videoaulas e dos conteúdos on-line, o saneamento 
e a alimentação precisam ser oferecidos a todos. 
Urge, portanto, que o Ministério da Educação modifique a mentalidade 
dos estudantes, por meio de projetos de iniciação científica, que estimulem os 
alunos a desenvolver a autoaprendizagem, a fim de desconstruir a passividade 
histórica do ensino. Por sua vez, o Ministério Público Federal precisa fiscalizar 
a oferta de serviços básicos, como saneamento e alimentação, por intermédio 
de visitas a locais carentes. A iniciativa do MPF teria a finalidade de garantir 
que o ensino a distância encontre condições favoráveis para sua 
implementação, de modo que o papel social da TVE seja realidade em todos 
os locais do país. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros 
 
Em 1770, nascia um dos músicos mais reconhecidos da história: Ludwig 
van Beethoven — alemão que, desde a infância, mostrava grande interesse pelo 
piano, que lhe ajudara a vencer os obstáculos que se impunham. De forma 
análoga, o contato com a música é capaz de ampliar os horizontes dos estudantes 
brasileiros, tal como houve com o artista, o que pode contribuir, inclusive, com a 
formação educacional dos estudantes. Todavia, a carência de incentivo do Estado 
e da família inviabiliza o surgimento de novos beethovens entre os alunos. 
Sob uma primeira análise, a música potencializa a atividade cognitiva 
cerebral. À vista disso, o fenômeno das sinapses neurais consiste na ligação entre 
os neurônios — células responsáveis pelo funcionamento do cérebro. Esse 
processo ocorre na infância, de sorte que práticas artísticas, como cantar ou tocar 
um instrumento, são capazes de estimular essas conexões neuronais. Todavia, o 
Estado, materializado na figura das escolas, mostra-se incapaz de perceber o 
potencial de transformação que a música pode oferecer aos estudantes, que 
perdem a oportunidade de desenvolver ainda mais sinapses neurais. Assim, a 
formação educacional poderia ser mais interessante e mais produtiva, caso os 
instrumentos e as melodias fizessem parte da rotina escolar. 
De outro modo, os pais de Beethoven estimulavam a música desde a 
infância: realidade que não se reproduz no cotidiano contemporâneo. Nesse viés, 
a educação será de fato libertadora quando a família assumir o seu papel na 
formação dos filhos, ideia que foi defendida por Paulo Freire na obra “Pedagogia 
do Oprimido”. Ocorre que os responsáveis não compreendem — ou sequer 
conhecem — a relevância da música sobre a educação de meninos e de meninas, 
e muitas famílias consideram essa manifestação artística como antagonista da 
aprendizagem escolar. Assim, é incoerente que os pais desejem a melhor 
formação aos filhos, mas não estimulem o contato com a arte sonora desde a 
infância. 
Há de se valorizar, portanto, a música no processo educacional desde os 
primeiros anos da vida. Nesse sentido, as escolas, com apoio dos pais e das mães 
dos estudantes, devem realizar projetos pedagógicos, como oficinas musicais 
que estimulem a atividade cerebral dos alunos e ajudem-nos a melhorar a 
concentração e a memória. Essa iniciativa poderia se chamar “Aumentando a 
nota” e teria a finalidade de mostrar às famílias a importância da arte sonora no 
ensino, para que, assim como propôs Paulo Freire, a educação passe a ser, de 
fato, transformadora. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil 
 
A série "The Good Doctor" narra os conflitos e os preconceitos vividos 
pelo Dr. Shaun Murphy no contexto de um grande hospital norte-americano. 
Com efeito, as dificuldades sofridas pelo protagonista são a realidade de 
muitos autistas fora da ficção, o que representa grave obstáculo à verdadeira 
inclusão social desse grupo e exige medidas para desconstruir as posturas 
discriminatórias e para promover a verdadeira inclusão. 
Diante desse cenário, é urgente que o indivíduo contemporâneo 
repudie a intolerância àqueles que apresentam Transtornos do Espectro 
Autista. Sob essa análise, o sociólogo Gilberto Freyre defende, na obra “Casa-
grande e Senzala”, que, durante a formação colonial, as diferenças eram vistas 
com repulsa. Assim, aqueles que divergiam do padrão eram — e ainda são — 
marginalizados. Ora, sempre que alguém relaciona a palavra autista a uma 
piada ou a um preconceito, fica nítido que a intolerância e a discriminação 
denunciadas por Freyre ainda permanecem como cruel realidade. Portanto, 
não é razoável que a sociedade do século XXI manifeste posturas arcaicas em 
relação à população com TEA. 
De outra parte, Aristóteles desenvolveu o conceito de isonomia, 
segundo o qual as pessoas deveriam se ajustar às condições das outras. 
Entretanto, apesar de o brasileiro ser mundialmente conhecido por ser um 
povo receptivo, substancial parcela ainda nutre uma grave mazela social: a 
dificuldade de praticar a isonomia aristotélica. Nesse sentido, é justamente por 
essa característica social negativa que a população autista ainda está distante 
de experimentar a isonomia proposta pelo filósofo grego. Desse modo, 
enquanto o autismo for visto como doença — e não como uma característica 
— a verdadeira inclusão ainda permanecerá distante. 
Medidas devem, pois, ser tomadas para que os indivíduos com autismo 
sejam tratados com dignidade. Para isso, as escolas precisam, com urgência, 
desconstruir o histórico preconceito enraizado desde o Brasil Colônia, por 
meio de eventos pedagógicos, como aulas e palestras, realizados com a 
participaçãode pessoas com TEA. Essa iniciativa teria a finalidade de 
promover a efetiva inclusão, de forma isonômica, de modo que os conflitos 
experimentados por Shaun Murphy sejam, em breve, apenas ficção. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro 
 
Desde a Antiguidade Clássica, a Índia ficou conhecida por produzir a 
cana, matéria prima de onde era extraído um dos insumos mais cobiçados do 
mundo na época: o açúcar. Entretanto, o consumo excessivo desse produto 
representa grave problema de saúde pública e, ao contrário do que ocorria na 
Antiguidade, não deve ser supervalorizado pela população. Antes, há de se 
repensar os hábitos alimentares, bem como a cultura de utilização desse 
ingrediente comum nas refeições. 
 
Diante desse cenário, quando o organismo humano consome grande 
quantidade de açúcar, o fígado transforma o excedente em gordura, e o 
pâncreas libera maior quantidade de insulina. Ocorre que essas disfunções se 
mostram nocivas a longo prazo: a gordura produzida forma tecido adiposo, cujo 
excesso causa o problema da obesidade. Inclusive, a imprudência no consumo 
desmesurado dessa substância pode promover resistência à insulina e 
desenvolver diabetes — doença que pode ser irreversível e levar à morte. Assim, 
a presença da sacarose no cotidiano brasileiro oferece mais riscos do que 
benefícios. 
Ademais, a cultura de consumo de açúcar prejudica a saúde da 
população. Nesse viés, desde o século XVII, a economia do Brasil baseou-se na 
produção agroindustrial da cana, e, naquele momento, houve forte incentivo do 
“ouro branco” — como ficou conhecido após o processo de refino — adquirido 
por todas as classes sociais. Todavia, esse costume enraizado desde o Período 
Colonial traz consequências negativas, e o consumo desmesurado é 
considerado problema de saúde pública pela OMS. Dessa forma, não é razoável 
que, nas mesas brasileiras, ainda seja comum este perigoso ingrediente: o 
açúcar. 
Para que a sociedade modifique seus hábitos cotidianos, portanto, as 
escolas devem combater o consumo de doces desde os primeiros anos da 
infância, por meio de projetos pedagógicos, como oficinas capazes de mostrar 
os impactos do açúcar ao organismo, a exemplo da obesidade e da diabetes. 
Essa iniciativa das autoridades escolares, em conjunto com o Ministério da 
Educação, teria a finalidade de desconstruir o culto ao açúcar iniciado na 
Antiguidade Clássica e perpetuado no Brasil Colônia, de sorte que, em breve, 
os indivíduos possam usufruir de uma alimentação menos calórica e, 
consequentemente, mais saudável. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – A importância das campanhas de vacinação no Brasil 
 
Em 1952, o médico virologista Jonas Salk desenvolveu a vacina contra 
a poliomielite e contribuiu para a erradicação da doença em 1980. Entretanto, 
a negligência às campanhas de vacinação fragiliza a conquista de Salk e 
prejudica toda a sociedade. Com efeito, a efetiva cobertura vacinal pressupõe 
que se combata não só a rejeição às campanhas, mas também a falsa 
impressão de que as doenças deixaram de existir. 
Diante desse cenário, a resistência popular às vacinas inviabiliza o 
controle de enfermidades. A esse respeito, o sanitarista Oswaldo Cruz 
implantou em 1904 políticas de imunização, que foram repudiadas pela 
população da época, o que motivou a Revolta da Vacina. Ocorre que a rejeição 
enfrentada pelo médico ainda é a realidade e evidencia grave retrocesso 
capaz de prejudicar a saúde pública brasileira de forma irreparável. Nesse 
sentido, não é razoável que, mesmo sendo nação pós-moderna, ainda se 
mantenha o repúdio à vacinação comum há mais de 100 anos. 
Ademais, a baixa adesão às campanhas se deve à ilusão de que as 
doenças deixaram de existir. Nesse viés, o médico Maurice Hilleman 
desenvolveu a vacina tríplice viral em 1963, fundamental para que o sarampo 
fosse eliminado do Brasil em 2016. Todavia, a doença combatida por Hilleman 
voltou a ser um problema para os brasileiros, já que substancial parcela da 
população nutre a atitude imprudente e inconsequente de rejeitar a 
prevenção. Assim, enquanto a falsa impressão de inexistência dos vírus se 
mantiver, a sociedade contemporânea será obrigada a conviver com um dos 
mais graves obstáculos para a saúde pública: a reemergência de doenças. 
As campanhas de vacinação, portanto, precisam receber a devida 
importância. Para isso, o Ministério da Educação deve desconstruir as notícias 
falsas, como as que invalidam a eficácia das vacinas, por meio de aulas de 
biologia realizadas com frequência, para que a rejeição às campanhas deixe 
de ser realidade no país. Por sua vez, os indivíduos — no exercício do seu 
senso crítico — podem evidenciar que os vírus e demais agentes etiológicos 
não deixaram de existir. Essa iniciativa social seria feita por intermédio de 
discussões na internet, a fim de que o combate iniciado por Jonas Salk, enfim, 
deixe de ser apenas teoria. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – O problema da alienação parental nos lares brasileiros 
 
Na década de 80, Richard Gardner — psiquiatra norte-americano — 
conceituou como Síndrome da Alienação Parental o distúrbio infantil provocado 
pela persuasão negativa de algum genitor exercida sobre a criança contra outro 
parente. Com efeito, esse problema descrito por Gardner representa grave 
mazela social, na medida em que afeta o desenvolvimento de substancial 
parcela da população infanto-juvenil. Dessa forma, como solução do entrave, há 
de se desconstruir o individualismo, a fim de mitigar os prejuízos psicológicos. 
Sob uma primeira análise, o egoísmo dos pais prejudica o 
relacionamento saudável dos filhos. Nesse viés, a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão — baseada nos ideais iluministas — entende que a família 
deve assegurar o bem-estar de meninos e de meninas: critério fundamental 
para a garantia de condições dignas de humanidade. Ocorre que, em muitos 
lares brasileiros, as famílias são incapazes de compreender o papel que 
exercem na promoção da dignidade humana desses pequenos indivíduos e são 
indiferentes. Esse fenômeno cruel vai de encontro à legislação internacional 
iluminista, haja vista a irresponsabilidade de se utilizar da criança como forma 
de punir o cônjuge ou parente. Dessa forma, é incoerente que os genitores, 
embora responsáveis pelo bem-estar dos filhos, sejam justamente aqueles que 
lhe prejudicam. 
De outra parte, a manipulação emocional sobre a criança dá lugar a 
prejuízos psicológicos. A esse respeito, o médico Peter Sifneos nomeou como 
“Alexitimia” o conceito clínico conhecido popularmente como “cegueira 
emocional”, segundo o qual o relacionamento tóxico com os genitores pode 
provocar na criança a perda da capacidade de demonstrar afeto. Nesse sentido, 
muitas famílias são imprudentes com o comportamento antes os filhos e, assim, 
são responsáveis por ocasionar consequências irreparáveis como a síndrome 
definida por Sifneos. Desse modo, enquanto a dominação negativa sobre os 
jovens se mantiver, a sociedade terá de conviver com um dos piores obstáculos 
para o desenvolvimento: a perpetuação da alienação parental. 
Impende, pois, que a síndrome abordada por Richard Gardner deixe de 
ser realidade no Brasil. Para isso, as escolas devem contribuir para combater o 
individualismo presente entre as famílias, por meio de um projeto pedagógico 
composto por palestras e oficinas que chamem os pais à ação. Essa iniciativa se 
chamaria “Lar saudável de verdade” e teria a finalidade de orientar os 
responsáveis a garantir a saúde afetiva das crianças e, com sorte, construir uma 
sociedade justa, solidária e livre da alienação. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
TEMA – O poder de transformação social do esporte no Brasil 
 
No século VIII antes de Cristo, a Antiguidade grega criou o conceito de 
Paz Olímpica, cujafunção era apaziguar a guerra, proteger a população e 
garantir a civilidade durante os jogos. Com efeito, o esporte mudou a história 
da Grécia e ainda, na contemporaneidade, é capaz de transformar a trajetória 
dos brasileiros, seja por dar visibilidade social a grupos marginalizados, seja 
por promover a igualdade. 
Diante desse cenário, a filósofa Simone de Beauvoir desenvolveu o 
conceito de Invisibilidade Social, segundo o qual alguns grupos são 
intencionalmente excluídos e ficam vulneráveis à criminalidade. Nesse sentido, 
o esporte representa uma estratégia para reverter a indiferença denunciada 
por Beauvoir, de sorte que oferece novas perspectivas de vida e valores para 
homens e mulheres marginalizados. Dessa forma, em uma nação marcada 
pela desigualdade e pela escassez de recursos, o desporto é mais do que uma 
atividade: é uma esperança. 
Ademais, Nelson Mandela — ex-presidente da África do Sul — decidiu 
sediar, em 1995, a Copa do Mundo de Rúgbi e promoveu a união social dentro 
dos estádios, onde brancos e negros ficaram de um mesmo lado com 
objetivos iguais. Nesse viés, ainda que depois de décadas, substancial parcela 
dos cidadãos é incapaz de reproduzir o ideal proposto por Nelson Mandela e 
subverte a ideologia do esporte: em vez de usar os jogos para desconstruir o 
racismo, fomentam a injúria racial e o preconceito. Desse modo, se a falta de 
empatia se mantiver, as arenas serão ambientes hostis e sem uma das mais 
importantes funções do desporto: a transformação social. 
Impende, portanto, que o esporte tenha, de fato, poder de mudança 
no Brasil. Dessa maneira, o Ministério da Educação, no exercício do seu papel 
social, deve zelar pela prática inclusiva e igualitária de atividades esportivas, 
por intermédio da implementação de um projeto extracurricular nas escolas, 
realizado uma vez por semana, que poderia chamar “Virando o jogo”. Essa 
iniciativa teria a finalidade de combater a cultura de hostilidade e de ensinar 
que o preconceito não deve estar presente na sociedade. Assim, o ideal de 
inclusão proposto por Nelson Mandela deixará, enfim, de ser uma utopia no 
Brasil. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros 
 
 Em 1792, o médico francês Philippe Pinel desenvolveu estudos 
acerca do Transtorno Depressivo e contribuiu para que essa doença fosse 
tratada com prioridade. Todavia, a negligência em torno da depressão mostra 
que a sociedade brasileira ainda está distante de experimentar a conquista 
iniciada por Pinel. Com efeito, desconstruir a visão reducionista sobre o 
transtorno e a valorizar a saúde mental são caminhos possíveis para combater 
o problema. 
Sob uma primeira análise, as características da depressão foram 
relacionadas a sentimentos durante o século XIX, sobretudo pelos escritores 
da Geração Ultrarromântica, cujo expoente era Álvares de Azevedo. Esse autor 
romântico construía seus textos vinculando a ideação suicida ao amor, o que 
contribuiu para que a tristeza depressiva fosse romantizada. Ocorre que o 
imaginário contemporâneo brasileiro ainda nutre a visão equivocada e 
reducionista de que esse transtorno mental grave é uma sensação passageira, 
tal como descreviam os poetas românticos, o que inviabiliza o reconhecimento 
da doença pelo paciente. Assim, não é razoável que a depressão seja 
negligenciada pela sociedade contemporânea. 
De outra parte, é urgente que o brasileiro valorize a sua saúde mental, 
cuja deficiência dá ensejo à depressão. Nesse viés, na obra “O Mal-estar da 
Civilização”, Sigmund Freud desenvolveu o conceito de Cultura de Sucesso, 
segundo o qual o indivíduo moderno deve ter êxito em todas as tarefas que 
se propõe a fazer, e essa imposição seria capaz de subjugá-lo ao mal-estar da 
modernidade. Essa busca frustrada pelo sucesso constante, tal como Freud 
descreveu, se mostra frequente no Brasil, e a sua principal consequência é a 
depressão. Nesse sentido, é necessário que a Cultura de Sucesso — 
denunciada pelo Pai da Psicanálise — dê lugar ao bem-estar da mente, sob 
pena de uma das mais graves doenças mentais segundo a OMS: a depressão. 
Para combater o transtorno, portanto, o Ministério da Saúde, em 
parceria com as escolas, deve desconstruir a visão romantizada que associa 
depressão a um sentimento, por meio de eventos pedagógicos, como aulas e 
palestras que mostrem as consequências hormonais da doença psiquiátrica. 
Essa iniciativa teria finalidade de trazer à tona a importância do autocuidado e 
do bem-estar da mente pela sociedade brasileira, de sorte que o mal-estar 
descrito por Freud, em breve, dê lugar à saúde mental valorizada por Philippe 
Pinel. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade 
 
 Em 1969, o mundo conheceu o evento que entraria para a história 
como símbolo de liberdade social: o “Festival de Woodstock”, que reuniu mais 
de 400 mil “hippies” em busca da sexualidade livre. Todavia, a liberalidade 
sexual pregada naquela época deu lugar ao HIV — vírus que ainda se mostra 
um desafio para sociedade e para a saúde pública. Com efeito, para combatê-
lo, há de se desconstruir o preconceito e a desinformação. 
De início, os estereótipos acerca da AIDS dificultam o efetivo controle 
da doença. A esse respeito, a minissérie brasileira “Hebe” retrata o período 
dos anos 80, em que a sociedade associava a síndrome aos gays e às 
prostitutas. Ocorre que essa associação denunciada na produção ficcional 
ainda permeia o imaginário coletivo e representa grave problema, de modo 
que os pacientes soropositivos são marginalizados. Assim, não é razoável 
que os cidadãos com HIV tenham de combater não só o vírus, mas também 
o preconceito. 
Sob outra análise, o Brasil adotou, em 1996, a distribuição gratuita de 
medicamentos antirretrovirais — remédios que, embora não eliminem o 
vírus, impedem a sua transmissão. Todavia, o tratamento iniciado em 96 é 
incapaz de atingir a eficácia social, já que o preconceito e o estigma ao vírus 
impedem que os contaminados conheçam o seu status sorológico e, 
consequentemente, não buscam tratamento e propagam o HIV. Dessa forma, 
enquanto a desinformação se mantiver, os brasileiros serão obrigados a 
conviver com um dos mais graves problemas de saúde pública: a AIDS. 
 O combate ao HIV, portanto, precisa deixar de ser um desafio. Nesse 
viés, as escolas — entidades responsáveis pela atualização da mentalidade 
social — devem contribuir para que os indivíduos não façam juízo de valor 
negativo das pessoas com AIDS, por meio de “workshops” e palestras 
liderados por indivíduos com o vírus. Essa iniciativa teria a finalidade de 
combater a desinformação e motivar que homens e mulheres usem 
preservativos, façam o teste e identifiquem a doença. Desse modo, a 
epidemia de HIV dará lugar à responsabilidade, e o Brasil será conhecido 
como nação justa, solidária e, de fato, livre do preconceito. 
Professor Vinicius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA - Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil 
 
A produção ficcional “Sob pressão” narra, em um dos episódios, a 
história de pacientes que dependem de transfusão sanguínea, mas não podem 
recebê-la em função da escassez dos estoques do hospital. Entretanto, os 
obstáculos da doação de sangue fazem com que os brasileiros protagonizem, 
fora da ficção, o drama narrado na série, o que se mostra grave problema. Com 
efeito, há de se desconstruir a indiferença dos indivíduos, bem como a 
ineficiência do Estado. 
Diante desse cenário, é preciso combater o individualismo, cujo excesso 
prejudica as ações solidárias. A esse respeito, Adam Smith — considerado pai 
do liberalismo — entendia que apenas a busca pelos interesses pessoais levaria 
a sociedade ao progresso, de modo que a benevolência humana representaria 
fraqueza. Ocorre que, no Brasil, o egocentrismo idealizado por Smith ainda se 
perpetua na contemporaneidade,na medida em que substancial parcela da 
população é indiferente à necessidade de adesão aos projetos de doação de 
sangue. Além disso, esse grave problema afeta diretamente os pacientes que 
esperam a transfusão sanguínea para preservação da vida. Logo, é incoerente 
que, mesmo sendo nação pós-moderna, a cultura individualista continue sendo 
a regra, visto que a solidariedade será exceção. 
Nesse sentido, em 1948, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu 
que as autoridades são — ou deveriam ser — responsáveis pela manutenção do 
bem-estar público. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser Estado 
desenvolvido, as ações governamentais de estímulo ao ato de doar sangue têm 
sido incapazes de sensibilizar os cidadãos, o que vai de encontro ao que foi 
proposto pela OMS. Ademais, essa falta de assistência estatal provoca a 
escassez dos bancos de sangue, e, muitas vezes, tem por consequência um 
prejuízo irreparável: a morte. Assim, a omissão do Estado dá lugar às 
campanhas de doações frágeis, e, enquanto o descaso das autoridades se 
mantiver, o país será obrigado a conviver com um número de doadores bem 
menor do que a real demanda exige. 
Há de se mitigar, portanto, os obstáculos para a doação de sangue. 
Nesse sentido, o Ministério da Saúde, cuja função é garantir direitos aos 
cidadãos, deve desconstruir, com urgência, o individualismo acerca dessa 
atitude solidária, por meio de políticas públicas que estimulem os indivíduos a 
doar, como a criação de um cadastro para a coleta sanguínea gratuita em 
domicílio, bem como postos itinerantes. Essa iniciativa teria a finalidade de 
aumentar a oferta de sangue nos hospitais, de aprimorar a eficiência do Estado 
e de contribuir para que o drama narrado em “Sob pressão” seja, em breve, 
apenas ficção. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
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TEMA – O papel da família na educação de crianças e de adolescentes em questão no Brasil 
Professor Vinícius Oliveira 
VERSÃO A 
 
Em 1988, representantes do povo — 
reunidos em Assembleia Constituinte — instituíram 
um Estado Democrático, a fim de assegurar o direito à 
educação como valor supremo de uma sociedade 
fraterna. Entretanto, a falta de comprometimento da 
família revela que nem todas as crianças e os 
adolescentes brasileiros experimentam esse direito na 
prática. Com efeito, a falta do papel familiar coloca em 
risco não só a formação escolar dos jovens, mas 
também o seu convívio social. 
 
Sob uma primeira análise, a omissão dos pais 
afeta a situação educativa do público infanto-juvenil. 
A esse respeito, no século XX, Paulo Freire defendeu, 
em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, que a família 
mostra-se opressora ao depositar aa 
responsabilidade da educação dos filhos sobre as 
escolas e os profissionais de ensino. Ocorre que, 
mesmo depois de décadas, a ideia defendida pelo 
pedagogo ainda é a realidade, na medida em que há 
crianças e adolescentes como se estivessem órfãos 
em suas próprias casas, o que representa um grave 
problema social e é capaz de causar o esgotamento 
físico e psicológico dos professores, cada vez mais 
sobrecarregados pela carência de compromisso dos 
pais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação 
pós-moderna, a educação até agora não consiga ser 
libertadora, tal como Freire resguarda. 
 
De outra parte, a ausência da educação na 
família dá lugar à má formação social dos jovens. Nesse 
sentido, Zygmunt Bauman desenvolveu, em seu livro 
“Modernidade Líquida”, o conceito de Instituições 
Zumbis, segundo o qual visa descrever, 
metaforicamente, a falência das grandes instituições 
da modernidade, já que mantiveram a sua forma, mas 
perderam a sua essência — a exemplo das 
organizações familiares. Nesse contexto, embora o 
Brasil busque ser Estado desenvolvido, substancial 
parcela dos responsáveis é incapaz de educar a 
juventude, o que corrobora com a concepção de 
Bauman e constitui cruel desdobramento na sociedade 
civil, visto que a inexistência da prática de disciplina é 
fatos preponderantes na formação moral e da ética. No 
entanto, enquanto o descuido com os valores for a 
regra, o país será obrigado a conviver com uma triste 
realidade: indivíduos antiéticos e imorais. 
 
Impende, pois, que o acesso pleno à 
educação seja, de fato, assegurado. Dessa maneira, o 
Ministério da Educação, no exercícios do seu papel 
civil, deve modificar a mentalidade dos familiares 
acerca da formação educacional, por meio de projetos 
de políticas públicas nas grandes mídias, capazes de 
delimitar aos responsáveis qual é a sua própria função 
dentro dos desenvolvimentos dos jovens, a fim de 
minimizar a sobrecarga dos professores, bem como 
estimular o ensino de princípios morais para o convívio 
social harmônicos. Assim, serão garantidos os direitos 
de um Estado Democrático, e o Brasil será justo, livre e 
solidário. 
 
VERSÃO B 
 
Em “Matilda” — produção ficcional norte-
americana —, a protagonista é uma criança que cresceu 
em um ambiente desestruturado e em meio a pais 
indiferentes ao seu desenvolvimento. Com efeito, fora 
da ficção, esse problema ainda é realidade, haja vista 
que substancial parcela das famílias brasileiras não 
cumpre o seu papel na educação dos filhos. Nesse 
sentido, hão de ser analisados os prejuízos não só para 
a construção educativa, mas também para o convívio 
social dos jovens. 
 
Sob uma primeira análise, a omissão familiar 
prejudica a formação educacional das crianças e dos 
adolescentes. A esse respeito, Paulo Freire — 
renomado educador brasileiro —, em sua obra 
“Pedagogia do Oprimido”, abordou que a família 
mostra-se opressora ao depositar a responsabilidade da 
educação dos filhos sobre as instituições escolares. 
Ocorre que essa indiferença dos pais ao processo 
educativo dos jovens, como retratado por Freire, 
evidencia cruel mazela para esses indivíduos no Brasil. 
Tal descaso afeta a relação família-escola, em que se 
mostra necessário que os responsáveis participem 
efetivamente na construção e no desenvolvimento 
educacional dos filhos. Desse modo, é incoerente que 
os pais sejam omissos em um país que requer ajuda da 
família na educação. 
 
De outra parte, o sociólogo polonês Zygmunt 
Bauman desenvolveu o conceito de Instituições Zumbis, 
segundo o qual a família perdeu sua função social, mas 
manteve — a qualquer custo — a sua forma. Nesse 
viés, os lares brasileiros se enquadram na teoria 
denunciada por Bauman, na medida em que perderam 
a capacidade de educar e de agregar valores sociais aos 
seus filhos. Além disso, essa falha pode gerar graves 
consequências para a formação social das crianças e 
dos adolescentes, como o aumento da criminalidade, 
da gravidez na adolescência e do consumo de álcool. 
Dessa maneira, enquanto a ausência familiar se 
mantiver, os jovens serão obrigados a conviver com um 
dos piores obstáculos para a modernidade: a má 
formação social. 
 
Impende, pois, que as famílias cumpram o seu 
papel na educação de crianças e de adolescentes. Para 
isso, as instituições de ensino, em parceria com as 
famílias, devem proporcionar o efetivo vínculo família-
escola, por meio de projetos nas próprias escolas 
capazes de impulsionar a participação ativa da família 
no processo educativo. Essa iniciativa terá a finalidade 
de desconstruir a omissão dos pais e reduzir os 
prejuízos causados na formação educacional e social 
dos jovens. Assim, as dificuldades enfrentadas por 
Matilda, mesmo fora da ficção, deixarão de ser 
realidade. 
 
 
 
44 
TEMA – A importância do trabalho voluntário em momentos de crise 
 
A Organização das Nações Unidas estabeleceu a Agenda Global do 
Desenvolvimento: 17 objetivos para estimular ações humanitárias globais até 
2030. Entretanto, a indiferença ao trabalho voluntário representa um obstáculo 
à meta proposta pela ONU, o que pode potencializar a desigualdade 
principalmente em momentos de crise. Com efeito, individualismo e omissão 
do Estado são problemas relacionados à falta de incentivo a ações 
benevolentes.Em primeiro plano, a falta de empatia — comum nas sociedades 
modernas — representa obstáculo ao voluntariado. A esse respeito, no século 
XVIII, Adam Smith entendia que a benevolência impediria o progresso, e as 
nações apenas se desenvolveriam a partir da busca das suas ambições 
individuais. Todavia, mesmo depois de séculos, a ideologia meritocrática do 
pai do liberalismo permanece no imaginário dos indivíduos, que rejeitam 
ações humanitárias e o voluntariado justamente por causa da visão 
individualista. Assim, enquanto for imposta a meritocracia, a benevolência será 
a exceção, sobretudo em contextos de crise. 
Sob outra análise, há de se incentivar o trabalho voluntário, 
fundamental em sociedades onde as ambições capitalistas são a regra. Nesse 
viés, a partir de 1970, as nações passaram a adotar o neoliberalismo, segundo 
o qual o Estado deve se omitir intencionalmente para que as empresas 
privadas vendam serviços básicos, como saúde e educação. Ocorre que a 
população carente é incapaz de pagar por benefícios, tal como impõe a lógica 
neoliberal, o que mostra a relevância das ações humanitárias e da 
benevolência para sanar a ausência estatal e garantir que a população pobre 
tenha acesso a serviços que deveriam ser seus direitos. Dessa forma, a 
ausência do voluntariado colabora para aprofundar a miséria e a desigualdade 
social. 
É urgente, portanto, que as ações humanitárias deixem de ser a 
exceção e passem a ser a regra nas sociedades. Para isso, os próprios 
indivíduos devem se envolver em atividades filantrópicas, por meio da 
distribuição de alimentos e de serviços comunitários de saúde. Essa iniciativa 
social poderia se chamar “Solidariedade Presente” e teria a finalidade de 
desconstruir o individualismo e de problematizar a omissão do Estado na 
oferta de serviços públicos. Assim, a partir da ação do cidadão, os objetivos 
traçados pela ONU deixarão de ser, em breve, uma realidade distante. 
 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
45 
TEMA – O problema da ansiedade entre os jovens brasileiros 
 
 Em 1988, representantes do povo – reunidos em Assembleia 
Constituinte – instituíram o Estado de Direito, a fim de assegurar a saúde e o 
bem-estar como valores supremos de uma sociedade fraterna. Entretanto, a 
persistência da ansiedade entre os jovens impede que os direitos 
constitucionais sejam aplicados na prática. Com efeito, a solução do problema 
pressupõe que se combatam o acúmulo de tarefas, bem como o uso 
irresponsável da tecnologia. 
Diante desse cenário, o excesso de atribuições diárias motiva a 
ansiedade na juventude. A esse respeito, a Terceira Revolução Industrial 
permitiu os indivíduos acumulassem atividades e otimizassem o tempo para 
os estudos e para o trabalho. Ocorre que, no Brasil, o ideal imposto pela 
Revolução Informacional promoveu — e ainda promove — o esgotamento físico 
e psicológico dos jovens, o que inviabiliza uma saúde mental adequada. Além 
disso, essa rotina intensa dessa população faz com que parte dos cidadãos 
tenha a necessidade de se medicar com remédios ansiolíticos. Logo, é 
incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, a sociedade viva uma 
cultura de excessos, o que torna as moças e os rapazes cada vez mais ansiosos. 
 Ademais, a Nomofobia — distúrbio de comportamento — consiste na 
angústia pela falta de contato com dispositivos digitais, o que evidencia o vício 
pela informação constante e provoca ainda mais a ansiedade. Com efeito, 
substancial parcela dos jovens brasileiros é afetada por esse problema clínico, 
de modo que a persistência da nomofobia pode acarretar o Transtorno da 
Ansiedade Generalizada. Dessa forma, o TAG representa não só uma grave 
crise individual, mas também um desafio para a saúde pública. Assim, 
enquanto o uso imprudente dos aparelhos eletrônicos se mantiver, o Brasil 
será obrigado a conviver com uma das mais sérias síndromes do século XXI: a 
ansiedade. 
É urgente, portanto, que a juventude experimente a saúde mental. Para 
isso, as escolas devem colaborar para desconstruir o excesso de tarefas 
diárias, bem como o uso desmesurado dos celulares, por meio de um projeto 
pedagógico que poderia se chamar “Juventude sem ansiolíticos” e que 
orientaria rapazes e moças a planejar melhor o dia e a reduzir o tempo de tela 
nos “smartphones”. Essa iniciativa teria a finalidade de valorizar a saúde 
mental, combater a nomofobia e construir uma sociedade, de fato, livre da 
ansiedade. 
 Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
TEMA - Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar os 
direitos autorais como valor supremo de uma sociedade fraterna. Entretanto, a 
pirataria vai de encontro à determinação constitucional e representa uma 
estratégia ilegal entre os brasileiros. Com efeito, as alternativas para combater 
o problema passam pela valorização do senso de coletividade e pela garantia 
do acesso à renda. 
Sob uma primeira análise, persiste entre os cidadãos o desejo constante 
de se beneficiar a qualquer custo. A esse respeito, Sérgio Buarque de Holanda 
desenvolveu, em sua obra “Raízes do Brasil”, o conceito de Cordialidade, que 
consiste na cultura enraizada de buscar situações que favoreçam os interesses 
individuais, independentemente das consequências. Nesse viés, a pirataria é 
uma das faces do jeitinho brasileiro, denunciado pelo sociólogo, na medida em 
que muitos indivíduos se acostumaram a consumir produtos do comércio ilegal. 
Logo, é incoerente que a infração às leis faça parte do comportamento cultural 
do brasileiro. 
Nesse sentido, desde o Período Colonial, parte considerável da 
população é excluída do acesso a condições financeiras dignas, o que obrigou 
— e ainda obriga — o indivíduo pobre a encontrar formas alternativas de 
acessar cultura e entretenimento. Nesse sentido, os crimes de pirataria, embora 
sejam injustificáveis sob o ponto de vista legal, representam opções para que 
homens e mulheres carentes consigam assistir a um filme ou ouvir uma 
produção musical. Inclusive, os altos impostos que incidem sobre bens e 
serviços colaboram para que a arte e o lazer sejam consumidos apenas pela 
minoria, assim como ocorria no Brasil Colônia. Assim, enquanto a concentração 
de renda for a regra, o brasileiro será obrigado a conviver com este grave 
problema: a pirataria. 
Há de se pensar, portanto, em alternativas para mitigar o consumo de 
produtos e de serviços não originais. Dessa maneira, o Ministério da Mulher, 
Família e Direitos Humanos, cuja função é realizar a defesa das minorias e 
formular políticas de inclusão, deve estimular o senso de coletividade dos 
indivíduos, com o apoio de assistentes sociais, por intermédio de debates 
realizados nas comunidades, a fim de desconstruir a cultura de Cordialidade. 
Essa iniciativa poderia se chamar “Ética é legal” e teria a finalidade de discutir a 
desigualdade social, de sorte que a sociedade não contribua com as ações 
antiéticas. Assim, o problema denunciado por Sérgio Buarque de Holanda 
deixará de ser um costume no Brasil. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
47 
TEMA – O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo 
 
 No século XV, Johannes Gutenberg deu início à imprensa e 
democratizou o acesso à informação por meio de seu invento. Entretanto, na 
contemporaneidade, a invenção de Gutenberg cedeu lugar à de Zuckerberg: o 
“Facebook”, que, junto às outras mídias sociais, propaga notícias parciais. Com 
efeito, o advento das informações falsas se mostra grave problema à sociedade 
democrática seja pela sua influência imperceptível, seja pelos prejuízos ao 
interesse público. 
 Diante desse cenário, informações inverídicas funcionam como discurso 
de controle simbólico. A esse respeito, o sociólogo francês Michel Foucault 
defendia que as estruturas linguísticas são capazes de impor verdadesaos 
interlocutores. Assim, as fontes que veiculam informações infundadas 
reafirmam pontos de vista e motivam as ações dos indivíduos, mesmo sem 
provas concretas. Nesse contexto, as notícias falsas que circulam na mídia e 
internet brasileiras exercem poder sobre os indivíduos, justamente porque toda 
linguagem é dotada de ideologia, segundo Foucault. Ocorre que significativa 
parcela da sociedade brasileira ainda não compreende o poder de controle do 
discurso. 
 De outra parte, a disseminação de notícias falsas pode prejudicar os 
interesses nacionais. Nesse sentido, em 1995, chegaram a Nelson Mandela 
boatos segundo os quais haveria atentados durante a Copa de Rúgbi. Essas 
informações não se concretizaram, e a África do Sul sediou os jogos, cuja função 
foi unir brancos e negros após a vigência do Apartheid. Porém, em oposição ao 
exemplo de Mandela, muitos cidadãos brasileiros permanecem 
superestimando conteúdos políticos e sociais infundados, de modo que, 
enquanto a cultura de indiferença à veracidade de informações se mantiver, o 
Brasil será obrigado a conviver diariamente com um dos mais graves problemas 
para a pós-modernidade: as notícias falsas. 
 Impende, pois, que a cultura da desinformação seja combatida na 
contemporaneidade brasileira. Sob esse aspecto, as escolas e a Agência Lupa – 
pioneira em “fact-checking” no Brasil – devem ensinar os cidadãos a questionar 
a veracidade de todos os conteúdos veiculados, por meio de oficinas práticas 
de aferição de verossimilhança, a exemplo do tipo de fonte e linguagem 
utilizada no conteúdo a ser checado. Essa iniciativa poderia se chamar “Fato ou 
Fake” e teria a finalidade de estimular o senso crítico dos indivíduos. Com isso, 
seriam preservados os interesses nacionais, e o Brasil deixará de ter, na prática, 
a verdade fragilizada. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
TEMA – Os desafios da gestão do lixo no Brasil 
 
Em 1988, representantes do povo — reunidos em Assembleia 
Constituinte — instituíram um Estado Democrático, a fim de assegurar um 
meio ambiente ecologicamente equilibrado como valor supremo de uma 
sociedade fraterna. Entretanto, a gestão ineficiente do lixo revela que nem 
todos experimentam esse direito constitucional na prática. Com efeito, como 
solução do entrave, há de analisar a importância da administração dos 
resíduos, bem como a necessidade de desconstruir a omissão do Governo. 
Diante desse cenário, a decomposição dos rejeitos ocorre por um 
fenômeno químico chamado anaerobiose, que gera gases extremamente 
poluentes como o CO2 e uma substância altamente tóxica: o chorume. Nesse 
sentido, esse processo traz efeitos negativos para a sociedade brasileira, na 
medida em que esses gases afetam a qualidade de vida dos indivíduos e 
podem provocar doenças, desde a asma até mais graves como o câncer de 
pulmão. Além disso, o chorume acarreta a contaminação da água, do solo e 
dos lençóis freáticos, e evidencia que não só a coletividade é prejudicada, 
como também todo o ecossistema entra em desequilíbrio, o qual vai de 
encontro à garantia da Constituição. Desse modo, não é razoável que, embora 
o país almeje tornar-se nação desenvolvida, ainda persista a má gestão do lixo. 
De outra parte, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(PNUMA) estabeleceu, em 2012, o índice de resíduos produzidos no mundo e 
verificou que na sociedade brasileira, mais de 90% dessa produção provém da 
mineração e da agropecuária. Todavia, o Poder Público se mostra indiferente 
ao dado exposto pela ONU, de modo que se mantém silente diante de 
atividades e de grandes empresas produtoras de resíduos sólidos em maior 
quantidade em razão de interesse econômico. Dessa forma, é incoerente que 
as autoridades insistam em responsabilizar a população enquanto os setores 
mais poluentes continuam sem fiscalização. 
Impende, pois, que a gestão do lixo deixe de ser um desafio no Brasil. 
Para isso, o Ministério do Meio Ambiente precisa, com urgência, fomentar 
novas medidas eficazes, por meio de legislação que garanta a punição e a ação 
dos responsáveis pelos resíduos gerados e descartados em locais irregulares. 
Essa iniciativa poderia se chamar “Sociedade consciente” e seria capaz de 
combater os danos causados pela decomposição dos detritos ao ecossistema 
e à saúde da população, cuja finalidade seria desconstruir a inércia do 
Governo motivada pelo interesse econômico. Assim, os cidadãos brasileiros 
poderão viver em uma sociedade livre, justa e solidária. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Tema – Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer 
 
No ano 2000, a atriz Carolina Dieckmann protagonizou uma das cenas 
mais icônicas da teledramaturgia nacional: o momento em que a personagem 
Camila perde seus cabelos para o câncer. Nesse viés, substancial parcela dos 
brasileiros se sensibiliza com a ficção, mas é incapaz de reconhecer o drama de 
indivíduos reais que lutam diariamente contra a doença. Com efeito, a solução 
do problema pressupõe que se combata a ineficiência do Estado, bem como a 
rejeição da sociedade. 
Diante desse cenário, as falhas do SUS tornam a situação das pessoas 
com câncer ainda mais complicada. A esse respeito, ainda que o Artigo 6° da 
Constituição Federal assegure o direito à saúde, a oncologia de qualidade se 
restringe a quem pode pagar por ela. Tal omissão se manifesta na falta de 
acesso a médicos e a procedimentos importantes para o tratamento de 
carcinomas — quimioterapia, radioterapia, hemodiálise. Desse modo, não é 
razoável que a saúde prevista da Carta Magna deixe de ser um direito de todos 
e se torne um privilégio de poucos. Assim, enquanto a ineficácia do Sistema 
Único de Saúde se mantiver, o combate ao câncer continuará sendo uma luta 
cruel. 
Outro desafio na luta contra o câncer tem origens culturais: o 
preconceito. Sobre isso, na Idade Média, os indivíduos associavam os tumores 
a questões espirituais, e a sociedade da época evitava, inclusive, pronunciar 
palavras do campo semântico da doença. Essa repulsa social à discussão, 
embora simbolize uma mentalidade medieval, ainda persiste entre o povo 
brasileiro, o que evidencia o imaginário retrógrado e preconceituoso em 
relação ao câncer. Assim, enquanto a repulsa ao diálogo se mantiver, não 
haverá como estabelecer a cultura de autocuidado e de combate ao problema 
de forma precoce. 
Para que o drama protagonizado por Carolina Dieckmann, portanto, seja 
discutido no Brasil, as escolas devem ensinar os alunos e os familiares a buscar 
a medicina preventiva, por meio um projeto pedagógico, com oficinas e 
minicursos que sejam capazes de ensinar a população a identificar os cânceres 
de forma precoce. Essa iniciativa poderia se chamar “Autocuidado presente” e 
teria a finalidade de ampliar a discussão sobre o assunto, de modo que o 
indivíduo seja estimulado a cuidar de si mesmo e a exigir ações efetivas do 
Estado, como aumento da oferta de médicos oncologistas na rede SUS. Assim, 
o preconceito medieval dará lugar, de fato, à valorização da vida. 
Professor Vinícius Oliveira 
 
 
 
 
 
 
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