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6/7/2022 1 TEORIA DA COLISÃO Prof. Harley P. Martins Filho • Colisões intermoleculares e reações bimoleculares Em uma mistura de gases A e B a densidade de colisões entre as moléculas A e B é dada por (Teoria Cinética dos Gases): (em colisões m-3 s-1) onde é a área da seção eficaz de colisão e = mAmB/(mA + mB). = d2 d = raio da seção eficaz de colisão = distância entre os centros das partículas = (1/2)(dA +dB) dA e dB são os diâmetros das partículas (ou os raios das seções eficazes individuais) ]][[ 8 2 2/1 BAN kT z AAB 6/7/2022 2 Considerando que cada colisão fosse reativa, poderíamos determinar a partir de zAB a velocidade de formação do produto: A + B P Segundo a cinética empírica, esta velocidade de formação é dada por k em m3 mol-1 s-1 ]][[ ][ BAk dt Pd ]][[ 8 ]][[ 2/1 BAN kT N z BAk A A AB 2/1 8 kT Nk A A AB A o A o N z N tVcolisõesn tV Ncolisõesn dt Pd //][ ou onde (u) é a massa efetiva de um mol de moléculas A e B, em kg mol-1 (unidade de massa atômica em S.I.). Limitação da efetividade das colisões Para que a colisão resulte em reação, é necessário que a soma das energias translacionais de dois reagentes seja maior ou igual a um certo limite (Ea) Calcular a fração de colisões com energia Ea. Segundo a distribuição de Boltzmann, o número de colisões com energia na faixa E E + dE e o número total de colisões com qualquer energia são dados por 2/12/1 )( 88 u RT N N kTN Nk A A A A kTkT kT E kTdE kT E N dE kT E dEEEdN T 10expexp exp)( 0 0 6/7/2022 3 Portanto a fração de colisões com energia E E + dE é dada por: Fração de colisões com energia maior que Ea: Densidade efetiva de colisões: RT E kTN EN kT E kT E kT E kT E kT kT dE kT E kT dEEEdfEEf a A aAa a EE EE a aa aa )Jmol( expexpexp exp0expexp 1 exp 1 )()( 1 RT E zzEEfefetz aABABaAB exp)(.)( kT dE kT E N dEEEdN dEEEdf T exp )( )( Constante de velocidade real: Similar à eq. de Arrhenius. Dependência do fator pré-exponencial com T é muito menor que a do fator exponencial. Exemplo: para a reação 2HI(g) H2(g) + I2(g) foi medida a constante de velocidade na faixa de T de 556 a 781 K, obtendo-se a relação k = 3,32109T1/2exp(-22000/RT), que concorda exatamente com a previsão teórica. Fator pré-exponencial (L mol-1 s-1)pode ser calculado de forma teórica e comparado com o empírico: Experimental Teórico 2ClO Cl2 + O2 6,310 7 2,51010 RT E TA RT EkT Nk aaA exp)(exp 8 2/1 6/7/2022 4 O fator estérico Considerando-se que apenas uma fração P das colisões com energia maior que Ea tem orientação relativa das moléculas conveniente para a reação, O fator estérico P pode ser entendido como a fração da área da seção eficaz em que ocorre realmente reação, havendo então uma área de seção eficaz efetiva *: * = P Exemplo: estimar o fator estérico da reação H2 + C2H4 C2H6 a 628 K. Fator pré-exponencial medido: 1,24106 L mol-1 s-1. Dados: (H2) = 0,27 nm 2 e (C2H4) = 0,64 nm 2, M(H2) = 2,016 u e M(C2H4) = 28,05 u. RT EkT NPk aA exp 8 2/1 11111138 32318 2/1 1037,7 1037,7 1066,210022,61046,0 8 sLmolPsmolmP P kT NP A Com o valor experimental do fator pré-exponencial, 6 11 6 11611 107,1 1037,7 1024,1 1024,11037,7 PsLmolP Moléculas não são esféricas calcular como a média dos individuais. = (0,27 + 0,64)/2 = 0,46 nm2 = 0,4610-18 m2 Massa reduzida: 13 2/12/1 1-3 1066,2 )( 88 mol kg 881,110 05,28016,2 05,28016,2 ms u RTkT 6/7/2022 5 Reação A + A P 22 2/1 ][ 8 2 1 AN kT z AAA A AA A o A o N z N tVcolisõesn tV Ncolisõesn dt Pd //][ Densidade de colisões: Lei cinética empírica: 2][ ][ Ak dt Pd 2 2/1 2 ][ 8 2 1 ][ AN kT N z Ak A A AA 2/1 8 2 1 kT Nk A RT EkT NPk aA exp 8 2 1 2/1 6/7/2022 6 Mas há exceções raras de reações com P > 1 Exemplo: K + Br2 KBr + Br P = 4,8 Interpretação: mecanismo do arpão. A uma certa distância crítica, um elétron (o arpão) é transferido do K para o Br2. Aparece uma atração coulômbica entre os íons formados (corda do arpão). Íons colidem mesmo que trajetórias iniciais não levassem à colisão. Estimativa da distância crítica e do valor de P pela análise energética do processo K + Br2 K + + Br2⁻: E = E(ionização do K) – E(ganho de elétron pelo Br2) + energia potencial de atração criada entre os íons R e EIE ge 0 2 4 I(K) = 420 kJ mol-1 (7,0×10-19 J átomo-1) Ege(Br2) = 250 kJ mol -1 (4,2×10-19 J molécula-1) I – Ege > 0. ΔE só será negativa se R for menor que um dado valor crítico. Se esta distância for tomada como o raio da seção eficaz efetiva de colisão, * = (82410-12)2 = 2,1310-18 m2 (2,13 nm2) pm) (824 m 1024,8 10)2,40,7(10854,84 )10602,1( 4 0 4 10 1912 219 * * 0 2 * 0 2 R R e EI R e EI gege )(4 0 2 * geEI e R 6/7/2022 7 Podemos calcular o fator estérico correspondente a esta situação comparando o * assim calculado com aquele calculado através dos diâmetros atômicos e moleculares (): Dado: d = (1/2)(dA + dB) = 400 pm P = (824/400)2 = 4,24 (bem próximo ao experimental) 2 * 2 2** * d R d R PP
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