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Prova 1 - Fisiologia Paisagem

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ 
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – CAMPUS IRATI 
	 	PROFESSOR: JULIO MANOEL FRANÇA DA SILVADISCIPLINA DE FISIOLOGIA DA PAISAGEM 	 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ 
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – CAMPUS IRATI 
	 	PROFESSOR: JULIO MANOEL FRANÇA DA SILVADISCIPLINA DE FISIOLOGIA DA PAISAGEM 	 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – CAMPUS IRATI
DISCIPLINA DE FISIOLOGIA DA PAISAGEM
	 PROFESSOR: JULIO MANOEL FRANÇA DA SILVA
 
 
Aluno (a): Jéfferson								
 
PROVA TEÓRICA 
 
Parte I (valor 3,0) 
 
1. Explique como o conceito de Estrutura da Paisagem pode ser aplicado em geografia (1,5).
Com base na Ecologia da Paisagem, a estrutura de uma Paisagem é composta por três distintos tipos de elementos, são ele: Matriz, manchas e corredores. É através desses três elementos básicos que é possível a comparação entre Paisagens distintas, permitindo desenvolver princípios gerais, assim, esse conjunto torna-se evidente quando combinadas, pois geram um variado “mosaico” sobre a terra.
A aplicação de Estrutura da Paisagem em geografia pode ser dada, por exemplo, quando estamos tratando de preservação da natureza, fauna e flora, através da análise da matriz podemos visualizar o tipo e densidade da vegetação, o relevo do local analisado, etc., ela constitui o principal elemento para análise e compreensão da estrutura da Paisagem, para isso vários critérios são importantes: Área relativa, elemento da Paisagem considerado mais extenso que o outro; Conectividade a matriz é o elemento mais conectado com os restante tipos de manchas; Controle da Dinâmica, a matriz exerce um maior controle da dinâmica da Paisagem, dando origem à paisagem futura, a partir da análise da matriz observamos nela a existência ou não de manchas e corredores.
Quando encontradas, as machas (superfície não linear, diferindo em aparência da sua vizinhança), podem ser Manchas de Perturbações que são capazes de evidenciar deslizamentos, queimadas, exploração florestal, etc.; Manchas Remanescentes são áreas pequenas em torno das manchas de perturbação, que não foram totalmente atingidas; Machas de Regeneração, são áreas que já estão em processo de recuperação; Machas de Recurso Ambiental, são manchas estáveis que não estão relacionadas com perturbação, constituem áreas colonizadoras e de manutenção de espécies; Machas Introduzidas, são provocadas pela introdução humana de organismos como plantas, animais, pessoas, etc.; Manchas Efêmeras, são concentrações temporárias ou momentâneas de espécies, seja elas, animais ou vegetais. Todas as manchas são diferencias em termos de tamanho e forma.
Os Corredores tem a importante função de transporte e proteção de recursos e espécies, os corredores podem ser antrópicos ou naturais, como exemplo do primeiro caso temos: estradas, pontes, ferrovias, canais, trilhas de lazer, linhas de transporte de energia, gás, água, para o segundo caso, rios, faixa de mata por exemplo; esses corredores desempenham cinco tipos de funções, são elas: Habitat, Conduta, Filtro, Fonte, Sumidouro, e são classificados segundo sua estrutura: Corredores em Linha, Corredores Ripícolas, Corredores de Interflúvio, Corredores de Grelha, Corredores Segmentados.
2. Sob o viés conceitual e metodológico, defina Hemerobia da Paisagem (1,5).
O conceito de hemerobia é definido diferentemente por diversos autores, podemos entender como o grau das alterações provocadas pelo homem nas paisagens naturais ou a quantidade de mudanças e a intensidade das modificações de uma paisagem ou ainda o grau de naturalidade e artificialidade da paisagem, e ainda como o grau de dependência tecnológica e energética para a manutenção das paisagens.
A hemerobia é uma ferramenta que permite conhecer e avaliar o grau de dependência de uma paisagem, pode ser usado para fazer inventário de vegetação, os mapas de hemerobia permitem conhecer a realidade socioeconômica de uma população através do grau de interferência humana em determinada paisagem, além de ser usado com a população em programas de educação e planejamento participativo.
Função de regulação: relata a capacidade dos ecossistemas naturais e seminaturais em regular os processos ecológicos essenciais e sistemas de suporte da vida, contribuindo para manutenção da saúde ambiental por fornecer ar, água e solo de boa qualidade.
Funções de suporte: fornecimento de espaço, substrato ou meio para atividades humanas tais como habitação, cultivo e recreação.
Funções de produção: a natureza fornece muitos recursos, para a alimentação e matéria-prima para a indústria, recursos energéticos e materiais genéticos.
Funções de informações: ecossistemas naturais contribuem para a saúde mental, fornecendo oportunidades de reflexão, enriquecimento espiritual, desenvolvimento cognitivo e experiências estéticas.
 
Parte II (valor 2,0) – Questões optativas, substitutivas do trabalho sobre Geossistemas, Geofácies e Geótopos.
 
4. Conceitue Geossistema, apresentando uma análise comparativa entre as proposições de Bertrand e Sotchava (1,0).
Sotchava menciona que mesmo considerados como “fenômenos naturais”, os Geossistemas devem ser estudados a luz dos fatores econômicos e sociais que influenciam sua estrutura, e podem refletir importantes conexões em seu interior, essas influências antropogenias podem representar o estado diverso do Geossistema em relação ao seu estado original.
Sotchava considera a “natureza como sistemas dinâmicos abertos e hierarquicamente organizados, passiveis de delimitação ou de serem circunscritos espacialmente em sua tridimensionalidade”. O principio de Sotchava carrega consigo todos os derivados da teoria geral dos sistemas, destacando a articulação entre os sistemas abertos e a interdependência de suas variáveis intrínsecas. Para ele Geossistema não se subdivide infinitamente pois depende de sua organização geográfica.
Outro principio básico é o bilateral, ou dual, dos Geossistemas, que analisa a estrutura homogênea que caracteriza o geômero por um lado, e por outro as qualidades integrativas dos Geossistemas, que caracterizaria o geócoro. Outra noção implícita é a noção de dinâmica, pela qual é possível classificar os Geossistemas de acordo com seu estado ou estados sucessivos. O caráter preditivo da proposta é um dos principais pontos de apoio de sua aplicabilidade, o que permite identificar a direção ou balanço de processos, inclusive por incorporar o fator antrópico.
Bertrand define que a classificação deve ser proposta em função da escala temporo-espacial, além de haver unidades superiores compatíveis com as “zonas”, “domínio”, ou “regiões naturais” e unidades progressivamente inferiores, que definem os “Geossistemas”, “Geofácies” e os “Geótopos”. Essa colocação se refere à classificação e não à identificação dos Geossistemas propriamente dita, faz parte do processo de reconhecimento, já que auxilia no dimensionamento temporo-espacial das unidades espaciais, as quais também se articulam.
Para o autor é importante a identificação dos Geossistemas, por se situarem na 4ª, 5ª ou 6ª grandezas temporo-espaciais de Tricart & Cailleux, essas escalas são mais compatíveis com a humana, em que a dinâmica desses Geossistemas, modificada ou não, poderia expressar a dinâmica social. Para explicar o quadro de referências para aplicação da propostas, podem ser formuladas outras considerações, a exemplo, a possibilidade e as dificuldades de se incluir o antrópico para avaliar a dinâmica de um Geossistema e a direção de seus processos ou mecanismos.
 
5. Observe as imagens abaixo e descreva suas características, baseando-se nas Unidades de Paisagem definidas por Bertrand (1972) (1,0).
 
	5.1 
	5.2 
	5.3 
	 
	 
	 
 
Imagem 5.1 Nos é mostrado um Geossistema, nesse caso, Parque Estadual de Vila Velha, um sítio geológico situado no município brasileiro de Ponta Grossa.
Imagem 5.2 Nesta imagem podemos observar um exemplo de Geofácil, os arenitos que se encontram dentro do Geossistema chamadoParque Estadual de Vila Velha.
Imagem 5.3 Nesta última imagem observa-se um Geótopo, nesse caso, a taça que se encontra dentro da Geofácil que por sua vez encontra inserida ao Geossistema chamado Parque Estadual de Vila Velha.
Seguindo os propósitos de Bertrand, a tabela abaixo pode melhor classificar as imagens 5.1, 5.2 e 5.3.
	Unidades de Paisagem
	Características Gerias
	Unidades Elementares
	
	
	Relevo
	Clima
	Fitogeografia
	Solos
	
	Geossistema
(Imagem 5.1)
	O Parque Estadual de Vila Velha é um sítio geológico situado no município de Ponta Grossa, do qual é a principal atração turística. Está localizado a vinte quilômetros ao sudeste do centro da cidade e a cem quilômetros de Curitiba, capital do Estado do Paraná.
	Ondulado com escarpas. Os monumentos geológicos encontrados em Vila Velha são constituídos por uma rocha denominada arenito, o Arenito Vila Velha, formado pela compactação e endurecimento de camadas sucessivas de areia, pertencentes à unidade geológica denominada Grupo Itararé. A formação destes arenitos remonta há 300 milhões de anos no Período Carbonífero.
	O clima é mesotérmico com verões frescos, úmido e temperado, não apresentando estação seca definida (subtropical úmido).
	A área apresenta vegetação de campo e capões de mato esparsos, onde se destacam Campos e áreas de Floresta Ombrófila Mista, onde se destacam os Pinheiros do Paraná.
	O solo é ácido, com pH 4 a 5, pobre em elementos nutritivos e matéria orgânica, muito arenoso e com baixa capacidade de retenção de água.
	Geofácies
(imagem 5.2)
	As esculturas naturais do arenito de Vila Velha constituem um exemplo de relevo ruiniforme, derivado da associação de processos erosivos com características preexistentes da rocha.
	
	Mesotérmico
	
	
	Geótopos
(Imagem 5.3)
	Taça é a formação mais conhecida, hoje símbolo da região, em especial do Parque.
	
	Mesotérmico

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