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Dokkoudou: O Caminho da Solidão, por Myamoto Musashi I. Aceite tudo como é. II. Não procure o prazer físico para seu próprio partido. III. Em nenhuma circunstância, depender de um sentimento parcial. IV. Considere a si mesmo com leveza; considere o mundo com profundidade. V. Durante a sua vida, evite o desejo, até o próprio desejo de nada desejar. VI. Não lamente o que fez. VII. Não possua inveja. VIII. Não se deixe entristecer por uma separação. IX. Ressentimento e reclamação são inadequados tanto para si como para os outros. X. Não deixe se guiar pelos sentimentos de luxúria ou amor. XI. Em todas as coisas, não tenha preferências. XII. Seja indiferente ao local onde reside. XIII. Não persiga o gosto da boa comida. XIV. Não carregue bens que já não necessita. XV. Não haja de acordo com as crenças habituais. XVI. Não coleccione ou pratique com armas para além do necessário. XVII. Não tenha receio da morte. XVIII. Não tenha a intenção de possuir objectos ou um feudo na velhice. XIX. Respeite deuses e Buda sem contar com o seu auxilio. XX. Ainda que abandone sua vida, preserve a sua honra. XXI. Nunca se afaste da Via. “Se você escolher se afastar nunca será tráido, e nem se machucara…porém terá de se acostumar com a solidão” A solidão pode ser vista nos olhos lacrimejados dos velhinhos; pode ser vista nos olhos inocentes dos jovens e adolescentes; na fisionomia agitada dos nossos executivos; a solidão está presente na vida dos nossos aposentados; viúvas, viúvos, órfãos, são sempre castigados por essa dor implacável. A solidão pode ser vista na vida daquele que passa em seu “jogim”; na atitude do jovem que joga basquetebol sozinho; a solidão marca o olhar do funcionário que sempre chega do trabalho bem mais tarde; a solidão está marcando profundamente a alma das crianças de pais separados e daqueles que nunca têm tempo para seus filhos. A solidão esmaga os corações daqueles que revolvem sobre suas escaras nos leitos de asilos e hospitais, onde morrem sozinhos. É como disse o Dr. John Milner, da Faculdade de Serviços Sociais da UCLA, “Solidão é, provavelmente, a mais insidiosa condição das pessoas na sociedade moderna”. Dr. Myron J. Taylor, conta que um homem de 77 anos saiu de manhã para comprar o jornal de domingo. No meio do caminho mudou de idéia. Foi até um container de lixo, revolveu-o até encontrar um galão de plastico. Foi até o posto mais próximo, comprou sessenta centavos de gasolina e, nas proximidades de uma avenida das mais movimentadas de Los Angeles, tocou fogo no corpo acabando com sua vida. Ninguém ficou sabendo porque teria feito aquilo. Sabe porque ninguém ficou sabendo? Porque ele não tinha ninguém com quem pudesse compartilhar sua solidão. Nos jornais e na tv. podemos ouvir o lamento, “Tira minha alma do cárcere!” Pesquisas fidedignas revelam um estonteante fato, muitos homens casados freqüentam prostíbulos, não para dar vazão à lascívia, mas para conversar com as mulheres e buscar alivio da sua solidão. Um número sem fim de pessoas há que passam noites e noites na pornografia eletrônica para tentar fugir da solidão. Muitas pessoas há que aborta seus sonhos de um grande futuro, por não terem com quem compartilhar suas aspirações. QUE MAL É ESSE, TÃO DEVASTADOR? SOLIDÃO. Solidão é mais que estar só. Há uma distinção entre solitude e solidão. Solitude é uma condição física de estar distante das pessoas; solidão é um estado da alma que faz a pessoa sentir-se sozinha, afastada do convívio socio-emocional, mesmo estando inserida no seu mundo existencial. Uma pessoa, apenas em solitude, pode estar distante das pessoas e ainda sentir- se valiosa, ser feliz consigo mesma, esbanjar exuberância e ter um cântico na sua alma. Uma pessoa solitária, mesmo no meio de seu “oikós”, ou no burburinho de uma cidade como São Paulo, ou ainda dentro de seleto auditório, pode sentir-se miserável, desprezível e ameaçada. Isso é como define o salmista, “Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse”. A solidão ameaça, a solidão incomoda, a solidão dói, a solidão mata! Solidão não; solitude às vezes, sim. Solidão é o isolamento da alma; solitude é apenas uma simples separação no espaço. Estar sozinho pode ser bom; ser solitário é um desastre. A solidão é a alma abandonada por si mesma; na solitude podemos ter os melhores encontros. A solidão é um espaço desocupado na alma. Minha Conclusão: Solidão, é um caminho que tende a levar quase que a morte, ser só é absolutamente a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa. Mais cada pessoa interpreta a solidão de uma maneira diferente, o que faz com que não existe uma solução definitiva para esse problema. Porém, se você trilha esse caminho e sabe disso, pense, pense e pense, porque vale a pena, mudar o seu rumo. O Caminho da Solidão, pode parecer com o Caminho da Sobrevivencia. O “só”, luta para viver num mundo sem amores, amigos, parentes. Laços, a falta destes, pode matar uma pessoa.
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