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1 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” APOSTILA – LÍNGUA PORTUGUESA – PROF. VOLNEY RIBEIRO Prezado(a) concurseiro(a), É um prazer muito grande estar com você neste momento tão importante da sua vida. O estudo da língua portuguesa para concursos públicos compreende, pelo menos, quatro áreas do conhecimento linguístico: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Além disso, é preciso conhecimento da forma de abordagem de cada banca, para uma prova na qual a língua portuguesa sempre tem um peso bastante significativo. Peço-lhe, portanto, considerando o nobre objetivo que assumimos com nosso futuro pessoal e profissional, que esteja sempre atento às aulas, que seja presente a elas, que procure resolver exercícios e que tire sempre suas dúvidas com seu professor. Certamente, tudo isso irá auxiliá- lo(a) nesta caminhada árdua, porém compensatória, rumo à aprovação. Meu objetivo é que cheguemos ao final deste curso com conhecimento e domínio de conteúdo suficientes para a realização de uma prova com muita confiança e certeza de um resultado positivo. A princípio, a depender do tempo em que você não estuda para concursos, talvez sinta um pouco de dificuldade na assimilação do conteúdo, mas isso será mera questão de tempo e de adaptação ao novo ritmo que sua vida está tomando. Logo, muito breve mesmo, você estará apto(a) a obter êxito em qualquer tipo de situação na qual conhecimento em língua portuguesa será exigido. Assim, persistir é fundamental. Boa sorte! Bons estudos! E lembre-se: o vencedor é o derrotado que nunca desistiu. Atenciosamente, Volney Ribeiro. ................................................................................................................................................................. 2 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” SUMÁRIO 1. SEMÂNTICA 2. TIPOLOGIA TEXTUAL 3. FONOLOGIA 4. ORTOGRAFIA OFICIAL 5. EMPREGO DO HÍFEN 6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 7. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 8. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS 9. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS 10. SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES – TERMOS DA ORAÇÃO (ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS) 11. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO – ORAÇÕES COORDENADAS 12. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO – ORAÇÕES SUBORDINADAS 13. PONTUAÇÃO 14. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 15. CRASE 16. COLOCAÇÃO PRONOMINAL 17. CONCORDÂNCIA NOMINAL 18. CONCORDÂNCIA VERBAL 19. EXERCÍCIOS 20. GABARITOS 3 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 1. SEMÂNTICA Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo, analisam-se, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. Ex: Domingo, vou à praia. “Não cobiçarás a mulher do próximo. ” 1. SINÔNIMOS São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. Ex.: triste = melancólico. resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. Significação Contextual 1. Passei na padaria e comprei um sonho. 2. O meu sonho é ser uma estrela de cinema. 3. Hoje tive um sonho muito estranho. 2. ANTÔNIMOS São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. Ex.: bom x mau bem x mal condenar x absolver simplificar x complicar nascer x morrer sair x chegar 3. POLISSEMIA É o fato de uma palavra ter mais de uma significação. Ex.: Estou com uma dor terrível na cabeça. (parte do corpo) Ele é o cabeça do projeto. (chefe) Graves razões fizeram-me contratar esse advogado. (importante) O piloto sofreu um grave acidente (trágico) Ele comprou uma nova linha telefônica. (contato ou conexão telefônica) Nós conseguimos traçar a linha corretamente. (traço contínuo duma só dimensão) Palavra Gato 1.O rapaz é um tremendo gato. 2. Meu gato não come essa ração. 3. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. 4 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Palavra Linha 1. A costureira, de tão velha, não conseguia mais enfiar a linha na agulha. 2. O técnico deslocou o jogador da linha para a defesa. 3. As linhas do bonde foram cobertas pelo asfalto. 4. O conferencista, apesar da agressividade da plateia, não perdeu a linha. 5. Este ônibus faz a linha Centro–Aldeota. 6. Inicialmente, foi definida a linha básica da discussão. Palavra Abater 1. Abater a árvore = derrubar 2. Abater a fera = matar 3. Abater o inimigo = derrotar 4. Abater-se com a derrota = sentir 5. Abater a dívida = descontar Palavra Mão 1. Ela tem uma mão para cozinhar que dá inveja! (Talento) 2. Vamos! Coloque logo a mão na massa! (Produzir) 3. As crianças estão com as mãos sujas. (Parte do corpo) 4. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. (Roubar) 4. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO As palavras podem ser usadas no sentido próprio ou figurado. Ex.: Janine tem um coração de gelo. (sentido figurado) Sempre tomo uísque com gelo. (sentido próprio) A) Denotação É uso da palavra com seu sentido original, usual. Ex.: Quebrei o braço direito durante o futebol. O prato cheio do garoto o engordava. B) Conotação É o uso da palavra diferente do seu sentido original. Ex.: Aquele funcionário era o braço direito do patrão. O que você disse foi um prato cheio para uma discussão. 5. HIPERÔNIMOS e HIPÔNIMOS a) Hiperônimo: termo geral→ veículo. b) Hipônimo: termo específico→ carro. Hiperônimo ------------ Hipônimo Eletrodoméstico Liquidificador Cidade Fortaleza Talher Garfo Fruta Abacaxi Animal Cachorro Cachorro Beagle Beagle Totó 5 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 6. HOMÔNIMOS São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos a seguir: ✓ Acender: colocar fogo ✓ Ascender: subir ✓ Cela: pequeno quarto ✓ Sela: arreio; forma do verbo selar. ✓ Incipiente: iniciante ✓ Insipiente: ignorante HÁ TRÊS TIPOS DE HOMÔNIMOS: a) Homógrafas heterofônicas Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia. Ex.: colher (forma verbal) e colher (substantivo); jogo (forma verbal) e jogo (substantivo); gosto (subst.) e gosto (verbo) b) Homófonas heterográficas Iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita. Ex.: ascender (subir) e acender (pôr fogo); cela (prisão) e sela (arreio/forma verbal). c) Homófonas homográficas Iguais na pronúncia e na escrita. Ex.: cedo (forma verbal) e cedo (advérbio); manga (fruta) e manga (parte de um vestuário). 8. PARÔNIMAS É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns parônimos a seguir: Absolver: perdoar, inocentar Absorver: aspirar, sorver Delatar: denunciar Dilatar: alargar Ratificar: confirmar Retificar: corrigir Tráfego: trânsito Tráfico: comercio ilegal 2. TIPOLOGIAS TEXTUAIS Principais Tipologias Textuais: I. Narração II. Descrição III. Dissertação 1) Narração 6 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” O texto narrativo tem o objetivo principal de contar um fato ou de relatar fatos ocorridos ou imaginados. Além disso, num tempo e espaços determinados pelo narrador, a história pressupõe a finalidade de divertir ou de ensinar, embora assuma o fictício, tendo como ponto de partida o mundo real. Em qualquer narração, o mundo é artisticamente real. Leia o texto a seguir: Tragédia brasileira Misael, Funcionário da Fazenda, com sessenta e três anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada eos dentes em petição de miséria. Misael tirou a Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou medico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a policia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio. 1973. pp. 146-7) * Elementos essenciais de uma narração: 1. Narrador; 2. Personagens; 3. Espaço; 4. Tempo; 5. Enredo * Foco narrativo: O foco narrativo compreende a posição do narrador em relação ao texto, que pode ser: 1. Interna, com narrador protagonista ou secundário. 2. Externa, com narrador observador ou onisciente, que não participa da história, apenas sabe e conta o que aconteceu com outros. 2. DESCRIÇÃO O que é descrever? -> é caracterizar detalhadamente seres, objetos, acontecimentos, cenários, lugares, situações; -> é construir imagens, utilizando linguagem verbal, daquilo que pode ser visto, sentido ou imaginado; -> é fazer um “retrato verbal” do mundo físico, psicológico ou imaginário. Texto 1 Aquele era um compartimento da casa que servia de escritório. Nele havia duas mesas de madeira, cor cinza, com duas gavetas cada uma, ambas do lado esquerdo do móvel Uma mesa era dez centímetros mais alta que a outra. Em cima de uma delas, havia um computador. Ele ficava no canto direito da mesa mais alta. Por trás dele, havia uma impressora e alguns livros. Do lado, papéis e material de escritório: perfurador, grampeador, cola, tesoura e canetas. Do lado das mesas encontrava-se um armário de duas portas. Dentro dele, havia muitos livros e revistas científicas. Em cima, uma coleção de pequenos dinossauros, de diversos formatos, tamanhos e cores. Alguns 7 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” mapas e dois quadros estavam pendurados nas paredes brancas. No teto, havia apenas uma lâmpada fluorescente, ao lado de uma janela de vidro revestida de uma película escura. * Recursos para a produção do texto descritivo: Algumas dicas são essenciais para quem descreve. Abaixo, há algumas características do gênero descritivo que auxiliarão você: -> referência a aspectos sensitivos: visão, olfato, paladar, tato e audição; -> presença de metáforas e de comparações; -> emprego de substantivos, de adjetivos e de locuções adjetivas; -> uso de verbos de ação ou de ligação; -> emprego de advérbios e de locuções adverbiais; -> presença de frases nominais; -> uso de enumerações. Texto 2 Este foi meu primeiro brinquedo que ganhei na infância: uma lancha. Ela era branca, movida à pilha. Havia um pequeno motor atrás e duas hélices. Media aproximadamente vinte centímetros e pesava quase meio quilo. Na parte dianteira, encontravam-se dois faróis e um mastro, no qual havia a bandeira brasileira. Tinha um piloto que usava roupas pretas e um colete vermelho. Ele ficava na parte lateral do brinquedo, sempre com as mãos no volante. 3. DISSERTAÇÃO A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação de uma determinada ideia. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão. Análise de tema dissertativo Há um conto de H. G. Wells, chamado “A terra dos cegos”, que narra o esforço de um homem com visão normal para persuadir uma população cega de que ele possui um sentido do qual ela é destituída; fracassa e, afinal, a população decide arrancar-lhe os olhos para curá-lo de sua ilusão. Discuta a ideia central do conto de Wells, comparando-a com a do ditado popular “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Em sua opinião, essas ideias são antagônicas ou você vê um modo de conciliá-las? Homens de visão Através de uma metáfora, Wells trata de um velho problema humano: a inutilidade e, às vezes, o perigo de fazer pregações contra dogmas firmemente estabelecidos. O homem com visão normal bem poderia ser Galileu, tentando, em vão, persuadir os homens da Idade Média e a Igreja de que a Terra não era o centro do universo. Essa afirmação, tão usada, no tempo em que o poder eclesiástico estava em seu auge, fez dele um anátema. Assim como a personagem de Wells teve os olhos arrancados, Galileu foi obrigado a renegar suas descobertas sobre o movimento dos astros e quase pagou com a vida por contrariar os cânones da igreja. Por essa razão, a sabedoria popular resumiu esse dilema com o dito: “Pior cego é aquele que não quer ver”. Embora exata, a linguagem popular parece esquecer que o grande esforço, a razão de viver até, de quem se levantou acima das massas foi sempre fazê-las ver um pouco além de seus estreitos horizontes. Esse foi o mister de cientistas, como Einstein, estadistas, como Lênin, libertadores revolucionários, como os latino-americanos Bolívar, Martin, entre tantos outros. 8 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Apesar das boas intenções desses homens de visão, por isso mesmo chamados de visionários, nem sempre as populações estão preparadas para ver. Pior para elas, que se tornam vítimas de manipuladores. Assim, a sabedoria popular soube descrever tal situação: “Em terra de cego, quem tem um olho é rei”. Por ironia, como o capitalismo dos dias atuais, esse dito pode ilustrar situações completamente opostas à descrita por Wells: se depender de um oportunista com um só olho, o coração, o cérebro e as vísceras de uma população cega inteira serão arrancados impiedosamente. Dissertação expositiva – é a simples apresentação por alguém de um saber próprio ou de uma opinião, sem a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensagem. Dissertação argumentativa – é a apresentação por alguém de um saber próprio ou de uma opinião, com a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensagem. CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA TIPOLOGIA DISSERTATIVA 1. Trabalha com ideias, por isso é temático, e não figurativo; 2. A função da linguagem predominante é a referencial (informação); 3. Texto construído para tecer comentários gerais sobre um dado assunto. 4. Apresenta uma construção ideológica gradativa. OBSERVAÇÃO Demais Tipologias Textuais 1. Texto Preditivo – É o texto que tem como objetivo predizer, adivinhar, supor etc. Ex. previsão, profecia, horóscopo, carta etc. 2. Texto Híbrido – É o texto que pode comportar em sua estrutura, ao mesmo tempo, outros gêneros e tipos textuais. Ex. crônica argumentativa (é uma dissertação, mas permite argumentação e breve narração dos fatos); verbete (é dissertativo, por ser uma definição, mas, por caracterizar algo, também descreve); carta argumentativa; crônica policial etc. 3. Conversacional ou Dialogal – É o texto que se estrutura a partir de um diálogo e de interlocuções. Ex. entrevista, peça de teatro, roteiro cinematográfico, carta etc. 4. Texto Injuntivo – É o texto que instrui, que orienta, que dita norma ou procedimento. Por isso, os verbos no imperativo, que ordenam ou sugerem, lhes são característicos. Possui dois tipos: instrucional e prescritivo. Também podem ser tomados como híbridos. a) Texto Injuntivo Instrucional: quando a orientação dada não é coercitiva, não é necessariamente uma ordem, mas uma sugestão ou um conselho. Ex: a) o conteúdoou os recados de um livro de autoajuda; b) o manual de instruções de um aparelho eletroeletrônico; c) o código de conduta quanto à higiene; d) a receita de um bolo; e) a receita para passar no vestibular 9 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” b) Texto Injuntivo Prescritivo: quando a orientação é uma imposição, uma ordem mesmo. Ex: a) a bula de um remédio ou a receita de um médico ao seu paciente; b) a Constituição Federal ou mesmo o Código Penal; c) os textos da Gramática Normativa da Língua Portuguesa; d) os manuais de guerrilha e os regulamentos militares; d) as cláusulas prescritivas de um contrato de locação ou serviço; e) as exigências de um edital, no caso de concursos públicos; f) o código de ética dos senadores e deputados. 5. Poético – Texto subjetivo, metafórico, de sentido amplo. Ex. soneto, ode, elegia, cantiga, etc. 3. FONOLOGIA A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ("som, voz") e log, logia ("estudo", "conhecimento"). Significa literalmente "estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor – ator / morro – corro / vento – sento. Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra 1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x. Ex.: zebra, casamento, exílio. 3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto - o fonema zê: exibir - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: táxi 4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Exemplos: tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 10 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 1 2 3 4 1 2 3 4 5 5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n. 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Exemplos: hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e Classificação dos fonemas 1. Vogais São sons formados quando o ar passa livremente, sem interrupção, pela boca. Em língua portuguesa, não existe sílaba sem vogal, nem duas vogais na mesma sílaba. Ex.: mapa, manto, café, gentil, você, porta, ovo, conta, cinema, sinto, ruído, rumo. 2. Semivogais São os fonemas /i/ e /u/, que apresentam um som mais fraco. Eles se juntam a uma vogal para formar uma sílaba. Ex.: caixa, baixo, frouxo, lousa. 3. Consoantes São os sons que resultam de algum obstáculo encontrado pelo ar ao passar pela boca. Juntam- se às vogais para formar sílabas. Ex.: verdade, corajoso, castelo, televisão. Dígrafo É a reunião, em língua portuguesa, de duas letras que representam um fonema. Podem ser consonantais ou vocálicos. Observe: 1.Consonantais2. Vocálicos ch - charme, chuchu am, an - rampa, canta lh - folha, palha em, en - tempo, vento nh - rainha, moinho im, in - limpo, cinto gu - guerra, sangue om, on - romper, sondar qu - quente, querido um, un - tumba, nunca rr - carro, ferro ss - assar, assumir sc - descida, consciente sç - desça, cresça xc - exceção, excelente xs - exsudar (suar em excesso) Encontros vocálicos “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 11 É o encontro não só de vogais e semivogais na mesma sílaba como também de vogais em sílabas diferentes. Os encontros vocálicos classificam-se da seguinte maneira: 1. Ditongo crescente: encontro de uma semivogal e uma vogal, respectivamente, na mesma sílaba. Os principais são estes: quase, quando) ue (tênue, aguentar) ui (linguiça, pinguim) uo (vácuo) ea (fêmea) eo (óleo) ia (história) ie (série) io (pátio) oa (mágoa) 2. Ditongo decrescente: encontro de uma vogal e uma semivogal, respectivamente, na mesma sílaba. Os principais são os seguintes: ãe (mãe) ai (pai) au (cacau) ei (peito) eu (meu) éu (céu) iu (partiu) ói (dói) õe (põe) ui (gratuito, muito) Observação: As semivogais i e u podem ser representadas pelas letras m e n. Ex.: item (ditongo em): a letra m representa o fonema /y/; amam (ditongo am): a letra m representa o fonema /w/; hífen (ditongo en): a letra n representa o fonema /y/; A letra n só representa o fonema /y/ 3. Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, respectivamente, na mesma sílaba. São estes os principais: uai (iguais) uei ( averiguei) uou (averiguou) uão (deságuam) uõe (saguões) 4. Hiato: é o encontro de duas vogais que ficam em sílabas diferentes. Ex.: sa - i - da, ra i-nha, sa - u - de. 12 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Encontros consonantais É o encontro de consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes. Ex.: vi - dro, pro - ble - ma, ad - vér - bio. 4. ORTOGRAFIA OFICIAL A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida. Emprego das letras K, W e Y Utilizam-se nos seguintes casos: a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. EMPREGO DE X E CH Emprega-se o X: 1) Após um ditongo. Exemplos: caixa, frouxo, peixe. Exceção: recauchutar e seus derivados 2) Após a sílaba inicial "en". Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca. Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-". Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 3) Após a sílaba inicial "me-". Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão. Exceção: mecha 4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas. Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu5) Nas seguintes palavras: 13 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc. Emprega-se o dígrafo Ch: 1) Nos seguintes vocábulos: bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc. Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos: gesso: Origina-se do grego gypsos jipe: Origina-se do inglês jeep. Emprega-se o G: 1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem. Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem. Exceção: pajem 2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio 3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g. Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem) 4) Nos seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. EMPREGA-SE O J: 1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou –jear. Exemplos: arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar: despejo, despeje, despejem gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, enferrujem, viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica. Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j. Exemplos: laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador nojo- nojeira cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer jeito- ajeitar 4) Nos seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, EMPREGO DAS LETRAS S E Z Emprega-se o S: 14 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical. Exemplos: análise- analisar catálise- catalisador casa- casinha, casebre liso- alisar 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. Exemplos: burguês- burguesa inglês- inglesa chinês- chinesa milanês- milanesa 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –os. Exemplos: catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose. Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose 5) Após ditongos. Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados. Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos 7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás 8) Nos seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc. Emprega-se o Z: 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical. Exemplos: deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar raiz- enraizar cruz-cruzeiro 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos. Exemplos: inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez rígido- rigidez frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- surdez 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos. Exemplos: civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização 15 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” colonizar- colonização realizar- realização 4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita. Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z. Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar), prezar (ter em consideração) e presar (prender), traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos: exame exato exausto exemplo existir exótico inexorável EMPREGO DE S, Ç, X E DOS DÍGRAFOS SC, SÇ, SS, XC, XS Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe: Emprega-se o S: Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender", "verter" e "pelir" Exemplos: expandir- expansão pretender- pretensão verter- versão expelir- expulsão estender- extensão suspender- suspensão converter - conversão repelir- repulsão Emprega-se Ç: Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer". Exemplos: ater- atenção torcer- torção deter- detenção distorcer-distorção manter- manutenção contorcer- contorção Emprega-se o X: Em alguns casos, a letra X soa como Ss. Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe Emprega-se Sc: 16 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Nos termos eruditos. Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. Emprega-se Sç: Na conjugação de alguns verbos. Exemplos: nascer- nasço, nasça crescer- cresço, cresça descer- desço, desça Emprega-se Ss: Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir". Exemplos: agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão discutir- discussão progredir- progressão transmitir- transmissão exceder- excesso repercutir- repercussão Emprega-se o Xc e o Xs: Em dígrafos que soam como Ss. Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar Observações sobre o uso da letra X 1) O X pode representar os seguintes fonemas: /ch/ - xarope, vexame /cs/ - axila, nexo /z/ - exame, exílio /ss/ - máximo, próximo /s/ - texto, extenso 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- Exemplos: excelente, excitar EMPREGO DAS LETRAS E e I Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe: Emprega-se o E: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar. Exemplos: magoar - magoe, magoes, continuar- continue, continues 17 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior). Exemplos: antebraço, antecipar. 3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. Emprega-se o I: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. Exemplos: cair- cai, doer- dói, influir- influi. 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). Exemplos: Anticristo, antitetânico. 3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc. EMPREGO DAS LETRAS O E U Emprega-se o O/U: A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos: ✓ comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização) ✓ soar (emitir som) e suar (transpirar) ✓ Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque. ✓ Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua EMPREGO DA LETRA H Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem naforma latina hodie. Emprega-se o H: 1) Inicial, quando etimológico. Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh. Exemplos: flecha, telha, companhia 3) Final e inicial, em certas interjeições. Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico. Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Observações: 1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado. 18 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja: herbívoro, hispânico, hibernal. OBSERVAÇÃO PORQUE / PORQUÊ / POR QUE / POR QUÊ Porque: é conjunção causal ou explicativa. Pode ser usado em frases declarativas (afirmativas ou negativas) ou interrogativas. Ex.: Você faltou à prova porque não estava preparado? Estude, porque a prova será difícil. Porquê: é um substantivo (= motivo); vem acompanhado de artigo ou de outro determinante. Ex: Qual o porquê da briga? Por que: é usado quando equivale a pelo (a) qual, pelos (as) quais (preposição + pronome relativo). Ex: “ Só eu sei as esquinas por que (pelas quais ) passei”. Obs.: Equivale ainda a por qual razão, por qual motivo (preposição + pronome interrogativo). Em final de frase, vem acentuado (por quê ). Ex.: Por que você fez isso? A aula ainda não terminou? Por quê? 5. EMPREGO DO HÍFEN 1. Uso do Hífen em geral A. Na divisão silábica e para separar palavras no fim da linha: es-tre-la, ca-sa-co, ma-re-mo-to. B. Nos nomes de dias de semana: quinta-feira, sexta-feira. C. Na separação/junção verbo pronome: vendê-lo, comprá-lo. D. Com as palavras: eis-me, ei-lo, ei-la 2. Uso do hífen com prefixos A. Em palavras formadas por prefixos terminados em R + palavra iniciada por R ou H: hiper- realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super- racional, super-realista, super-resistente, super-herói, super-homem etc. B. Em palavras iniciadas por EX, VICE e SOTO: ex-namorado(a), ex-presidente, vice-líder, vice- reitor, soto-mestre. 19 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” C. Em palavras iniciadas por CIRCUM e PAN + palavra iniciada por Vogal, M ou N: circum- navegação, circum-murado, circum-ambiente, pan-americano, pan-mítico, pan-negritude D. Em palavras formadas por prefixos PRÉ, PRÓ e PÓS + palavras que têm sentido próprio: pré- natal, pró-desarmamento, pós-graduação E. Em palavras formadas por prefixos terminados em Vogal + palavra iniciada pela Mesma Vogal ou por H: anti-inflamatório, anti-higiênico, arqui-inimigo, auto-hipnose, contra-ataque, extra- humano, infra-hepático, intra-histórico, macro-história, micro-ônibus, neo-hispânico, pseudo- herói, proto-história, semi-hidratado, sobre-humano, supra-humano, ultra-humano F. Não se deve usar hífen quando ocorrer um prefixo terminado em Vogal + palavras iniciadas por R ou S. Nesse caso, o R e o S devem ser dobrados: antessala, autorretrato, antirrugas, arquirrival, contrassenso, extrasseco, infrassom, intrarrenal, semissintético, suprarrenal G. Da mesma forma, não se deve usar o hífen quando ocorrer um prefixo terminado em Vogal + palavra iniciada por Vogal Distinta: autoajuda, autoestrada, antiaéreo, contraindicação, extraoficial, infraestrutura, intrauterino, neoimperialista, semiaberto, supraocular, ultraelevado 3. Uso do hífen com sufixos Deve-se usar o hífen em palavras terminadas pelos sufixos de origem tupi-guarani: GUAÇU, - AÇU, - MIRIM: amoré-guaçu, embu-guaçu, jacaré-açu, guarda-mirim 4. Uso do hífen em substantivos compostos A.Em palavras formadas pelos elementos ALÉM, AQUÉM, RECÉM e SEM:além-mar, aquém- oceano, recém-nascido, sem-teto. B. Em topônimos iniciados pelos adjetivos GRÃO e GRÃ, por forma verbal ou por elementos que incluam um artigo: Grã-Bretanha, Santa Rita de Passo-Quatro, Baía de Todos-os-Santos, Trás-os- Montes. C. Em compostos que constituem uma unidade sintagmática e semântica e são formados pelos advérbios MAL e BEM + palavra inicia por Vogal ou H: bem-aventurado, bem-humorado, mal- estar, mal-humorado. D. Em compostos formados pelo advérbio BEM, quando o segundo inicia-se por uma consoante: bem-nascido, bem-criado, bem-visto Observação: Para o advérbio MAL, não se aplica esta regra. Portanto, devemos escrever assim: malnascido, malcriado, malvisto. E. Em compostos que não contêm elemento de ligação e constituem unidade sintagmática e semântica: ano-luz, conta-gotas, guarda-chuva, médico-cirurgião, tenente-coronel F. Em compostos que designam espécies botânicas e zoológicas: beija-flor, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, feijão-verde. 20 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 5. Locuções A. Não se deve usar o hífen em nenhuma dessas locuções: à vontade, à toa, café com leite, cão de guarda, cartão de visita, cor de vinho, fim de semana, pão de mel, ponto de vista, sala de jantar. B. Há algumas exceções a essa regra: água-de-colônia, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de- meia, ao-deus-dará, dois-pontos, à queima-roupa Observação: Essas exceções se justificam pelo fato de serem termos já consagrados pelo uso. 6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Acento Prosódico e Acento Gráfico Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja: Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se que: Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são: Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas. Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. Exemplos: pé, herói Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes. Exemplos: à, às, àquele Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n ou nh. Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo es - per - te - za ca - pí - tu - lo tra - zer e - xis - ti - rá 21 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Classificação das palavras quanto à sílaba tônica Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: a) oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Exemplos: so-fá, ma-ré, a-fe-tar. b) paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. Exemplos: fá-cil, ca-la-do, tem-po c) proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. Exemplos: crí-ti-co, me-tá-fo-ra, mé-di-co Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é fundamental distinguir o acento tônico do acento gráfico. REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1. Palavras Oxítonas (tonicidade na última sílaba) Recebem acento agudo ou circunflexo os vocábulos oxítonos terminados em: a) a, as : maracujá, cajás b) e, es : café, cortês c) o, os : cipó, avós d) em, ens (com mais de uma sílaba): além, armazéns, contém, convém. OBSERVAÇÕES I. Incluem-se nesta regra as formas verbais do tipo: amá-lo, perdê-la, guardá-las. II. Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos derivados dos verbos ter e vir: Eles contêm, obtêm, intervêm, provêm. III. São acentuadasas monossílabas tônicas e as oxítonas terminadas em ditongo aberto: ÉIS: papéis, bacharéis ÉU(S): chapéu, chapéus ÓI(S): herói, heróis Céu, véu, réu, dói, mói IV. Acentuam-se as oxítonas em que o I e o U estão depois de ditongo em posição final: Piauí, tuiuiú. V. Não levam acento gráfico as oxítonas em i e u precedidas por consoante: juriti, tatu. 2. Palavras Paroxítonas (tonicidade na penúltima sílaba) Recebem acento agudo ou circunflexo os vocábulos paroxítonos terminados em: a) ã, ãs, ão, ãos : ímã, órfãs, órgão, órfãos b) i, is, us : júri, lápis, ônus c) l, n, r, x, ps : túnel, hífen, caráter, fênix, bíceps. d) on, ons, um, uns : próton, elétrons, álbum, médiuns 22 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” e) ditongo oral, crescente ou decrescente: jóquei, túneis, régua, tênue. OBSERVAÇÕES I. Não levam acento gráfico as paroxítonas terminadas em: a. ens: itens, hifens, folhagens, jovens, nuvens; b. m: item, folhagem, jovem, nuvem; II. Não se acentuam os ditongos abertos ei, oi, das paroxítonas: assembleia, estreia, jiboia, heroico; III. Não levam acento o i e o u tônicos, precedidos de ditongo: feiura, baiuca. 3. Palavras Proparoxítonas (tonicidade na antepenúltima sílaba) Recebem acento agudo ou circunflexo todos os vocábulos proparoxítonos: Ex: matemática, lâmpada, próximo, médico, faríamos, pêssego. 4. Palavras Monossílabas Tônicas Recebem acento agudo ou circunflexo os vocábulos monossílabos tônicos terminados em: a, as : já, pás e, es : pé, mês o, os : nó, pôs Observação: Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir: têm, vêm. 5. Hiato Acentuam-se o i e o u tônicos precedidos de vogal, quando sozinhos ou seguidos de S, formando uma sílaba: Ex.: viúva, saíste, baú, saída, faísca, carnaúba, egoísta, proíbo, baú, saí. OBSERVAÇÕES I. Não leva acento gráfico o I, mesmo sozinho, seguido de NH ou precedido de letra repetida: rainha, moinho, xiita. II. Não leva acento gráfico o U, se vier após ditongo ou precedido de letra repetida: feiura, sucuuba (bot.). III. Não são acentuados graficamente os hiatos oo e ee: voo, creem, deem, leem, veem. IV. Não haverá acento nos seguintes casos: Ex.: ju-iz; ra-iz; ru-im; Ra-ul; ca-ir. V. No entanto, ju-í-zes, ra-í-zes, ca-í-res recebem acento. 23 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 6. Acento Diferencial Pôr (verbo) e por (preposição) Pôde (pret. perf.) e pode (presente) Que (conjunção, pronome) e quê (substantivo ou pronome em fim de frase) Porque (conjunção) e porquê (substantivo) OBSERVAÇÃO O acento em FORMA/FÔRMA é considerado opcional. 7. Trema O trema só é usado em nomes estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano. 7. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 1. ESTRUTURA DAS PALAVRAS A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos. Exemplo: gatinho – gat + inho Infelizmente – in + feliz + mente ELEMENTOS MÓRFICOS Os elementos mórficos são: Radical; Vogal temática; Tema; Desinência; Afixo; Vogais e consoantes de ligação. RADICAL O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos. Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha. VOGAL TEMÁTICA Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo pertence. Exemplo: cantar, vender, partir. TEMA É o radical com a presença da vogal temática. Exemplo: choro, canta. 24 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” DESINÊNCIAS São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em: DESINÊNCIAS NOMINAIS e DESINÊNCIAS VERBAIS. DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência própria. Exemplo: gat a Radical desinência nominal de gênero Gatas Radical d.n.g d.n.n d.n.g » desinência nominal de gênero d.n.n » desinência nominal de número DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos. Exemplo: cant á va mos Radical v.t d.m.t d.n.p v.t » vogal temática d.m.t » desinência modo-temporal d.n.p » desinência número-pessoal AFIXOS São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser: PREFIXOS – quando colocado antes do radical; SUFIXOS – quando colocado depois do radical Exemplo: Pedrada. Inviável. Infelizmente VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras. Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura. 2. PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas: PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras. Exemplo: pedra, casa, paz, etc. PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes. Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro). 25 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical. Exemplo: cidade, casa, pedra. PALAVRASCOMPOSTAS - são palavras que apresentam dois ou mais radicais. Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva. Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição. 1. DERIVAÇÃO É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: Prefixal; Sufixal; Prefixal e Sufixal Parassintética; Regressiva; Imprópria. a) PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical. Exemplo: desfazer, inútil. Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados: PREFIXO LATINO PREFIXO GREGO SIGNIFICADO EXEMPLOS PREF. LATINO PREF. GREGO Ab-, abs- Apo- Afastamento Abs ter Apo geu Ambi- Anfi- Duplicidade Ambí guo Anfí bio Bi- di- Dois Bí pede Dí grafo Ex- Ex- Para fora Ex ternar Êx odo Supra Epi- Acima de Supra citar Epi táfio b) SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical. Exemplo: carrinho, livraria. Vejamos alguns sufixos latinos e alguns gregos: SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO -ada Paulada -ia Geologia -eria Selvageria -ismo Catolicismo -ável Amável -ose Micose c) PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical. Exemplo: anoitecer, pernoitar. OBSERVAÇÃO: Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra 26 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal. Ex: deslealdade e infelizmente. d) REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater) e) IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. Exemplo: O jantar estava ótimo 2. COMPOSIÇÃO É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas: JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO. a) JUSTAPOSIÇÃO – quando não háalteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição. Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque) b) AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto) Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopeia. 3. ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta). 4. HIBRIDISMO É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego). 5. ONOMATOPEIA Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom. 8. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS 1. SUBSTANTIVO Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: - lugares: Alemanha, Porto Alegre... / - sentimentos: raiva, amor... / -estados: alegria, tristeza... - qualidades: honestidade, sinceridade... / - ações: corrida, pescaria... 27 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” I- Substantivos Comuns e Próprios * Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. * Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. II - Substantivos Concretos e Abstratos * Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. * Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). III - Substantivos Coletivos * Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Por exemplo: abelha - enxame; cortejo - séquito; alho - (quando entrelaçados) réstia; aluno - classe; amigo - (quando em assembleia) tertúlia; animal - (todos de uma região) fauna, tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; anjo - coro, falange, legião, teoria. IV - Substantivos Simples e Compostos * Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. Por exemplo: tempo, sol, sofá, casa, cadeira, pincel, mesa, colégio. * Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Por exemplo: beija- flor, passatempo, girassol, corre-corre, couve-flor, tenente-coronel, luso-brasileiro. V - Substantivos Primitivos e Derivados Veja : Meu limão meu limoeiro, meu pé de jacarandá... * Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Outros exemplos: pedra e ferro. 28 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” * Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. Por exemplo: ferragem, ferrugem, pedreira, pedrada. VI. FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Plural: meninos / Feminino: menina /Aumentativo: meninão / Diminutivo: menininho * Flexão de Gênero Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: O velho e o mar / Um Natal inesquecível / Os reis da praia. Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: A história sem fim / Uma cidade sem passado / As tartarugas ninjas. * Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes a) Substantivos Biformes (=duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata / homem – mulher / poeta - poetisa / prefeito – prefeita. b) Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em: Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Ex: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Ex: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas através do artigo. Ex: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Gênero e Significação Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe: o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo) o cisma (separação religiosa, dissidência) a cisma (ato de cismar, desconfiança) o cinza (a cor cinzenta) a cinza (resíduos de combustão) o capital (dinheiro) a capital (cidade) o coral ( a cor vermelha, canto em coro) a coral (cobra venenosa) o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos) a crisma (sacramento da confirmação) o cura (pároco) a cura (ato de curar) 29 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” o estepe (pneu sobressalente) a estepe (vasta planície de vegetação) o guia (pessoa que guia outras) a guia (documento, pena grande das asas das aves) o grama (unidade de peso) a grama (relva) o caixa (funcionário da caixa) a caixa (recipiente, setor de pagamentos) o lente (professor) a lente (vidro de aumento) o moral (ânimo) a moral (honestidade, bons costumes, ética) o nascente (lado onde nasce o Sol) a nascente (a fonte) o pala (poncho) a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo) o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação emissora) * Flexão de Número do Substantivo Plural dos Substantivos Simples a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: pai – pais / ímã - ímãs / hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones. b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo: homem - homens. c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo: revólver – revólveres /raiz - raÍzes Atenção: O plural de caráter é caracteres. d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por exemplo: quintal - quintais / caracol – caracóis / hotel - hotéis Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em is. Por exemplo: canil - canis - Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: míssil - mísseis.Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo: ás - ases - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo: o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus. g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras. - substituindo o -ão por -ões: Por exemplo: ação - ações - substituindo o -ão por -ães: Por exemplo: cão - cães - substituindo o -ão por -ãos: Por exemplo: grão - grãos h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. Por exemplo: o látex - os látex. 30 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Plural com Mudança de Timbre Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia. Singular Plural Singular Plural corpo (ô) esforço fogo forno fosso imposto olho corpos (ó) esforços fogos fornos fossos impostos olhos osso (ô) ovo poço porto posto rogo tijolo ossos (ó) ovos poços portos postos rogos tijolos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. * Flexão de Grau do Substantivo Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. Classificam-se em: a) Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa. b) Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo: casarão. c)Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo: casinha. 2. ARTIGO Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos. Classificação dos Artigos a) Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu comprei o livro. / Alugamos a casa. / Chegou o professor. b) Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Comprei um caderno. / Vimos umas borboletas coloridas. / Chegou um professor. 31 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Combinação dos Artigos É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: Preposições Artigos o, os a, as um, uns uma, umas a ao, aos à, às - - de do, dos da, das dum, duns duma, dumas em no, nos na, nas num, nuns numa, numas por (per) pelo, pelos pela, pelas - - - As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. - As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. 3. ADJETIVO É a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Adjetivo Pátrio Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Acre acreano Alagoas alagoano Amapá amapaense Aracaju aracajuano ou aracajuense Amazonas amazonense Belém (PA) belenense Belo Horizonte belo-horizontino Boa Vista boa-vistense Brasília brasiliense Estados Unidos estadunidense, norte-americano ou ianque El Salvador salvadorenho Guatemala guatemalteco Índia indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo) Irã iraniano Israel israelense ou israelita 32 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Adjetivo Pátrio Composto Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-português Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-americanas França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões franco-italianas Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos Índia indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesas Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesas Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-portuguesa Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-brasileiras LOCUÇÃO ADJETIVA Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.) Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe outros exemplos: de águia aquilino de aluno discente de anjo angelical de ano anual de aranha aracnídeo Observação Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo: Vi os alunos da 5ª série. O muro de tijolos caiu. FLEXÃO DOS ADJETIVOS O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por exemplo: o motivo socioliterário, a causa socioliterária. 33 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença político-social. Número dos Adjetivos Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus feliz e felizes ruim e ruins boa e boas Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará invariável. Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Carros amarelos e motos vinho. Telhados marrons e paredes musgo. Espetáculos gigantescos e comícios monstro. Grau do Adjetivo Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 1) Sou tão alto como você. Comparativo de Igualdade 2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo de Superioridade Analítico 3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo de Superioridade Sintético Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: Bom - melhor Pequeno - menor Mau - pior Alto - superior Grande - maior Baixo - inferior Superlativo 34 “NOSSO LEMAÉ SUA APROVAÇÃO” O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas: Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O secretário é muito inteligente. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: benéfico beneficentíssimo bom boníssimo ou ótimo célebre celebérrimo comum comuníssimo cruel crudelíssimo difícil dificílimo Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. 4. NUMERAL Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] Eu quero café duplo, e você? [duplo: numeral = atributo numérico de "café"] A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! [primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. Classificação dos Numerais Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. 35 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa- se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. Flexão dos Numerais Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número: primeiro segundo milésimo primeira segunda milésima primeiros segundos milésimos primeiras segundas milésimas Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços - uma terça parte Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma dúzia um milheiro duas dúzias dois milheiros Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até o décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: Ordinais Cardinais João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) 36 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Canto IX (nono) João XXIII (vinte e três) Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) / Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) Ambos/ambas são considerados numerais. 5. PRONOMES É a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do discurso ou mesmo situando-o no espaço e no tempo. Os pronomes podem ser: » substantivos: são aqueles que tomam o lugar do substantivo. Ex.: Ela era a mais animada da festa. » adjetivos: são aqueles que acompanham o adjetivo. Ex.: Minha bicicleta quebrou Classificação dos pronomes O pronome pode ser de seis espécies: » Pronome pessoal » Pronome possessivo » Pronome demonstrativo » Pronome relativo » Pronome indefinido » Pronome interrogativo I. PRONOMES PESSOAIS São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. Pronome Reto Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por exemplo: Nós lhe ofertamos flores. Quadro dos pronomes retos: - 1ª pessoa do singular: eu - 2ª pessoa do singular: tu - 3ª pessoa do singular: ele, ela - 1ª pessoa do plural: nós - 2ª pessoa do plural: vós - 3ª pessoa do plural: eles, elas 37 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui". Pronome Oblíquo Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo: Ofertaram-nos flores. (Objeto indireto) O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): me - 2ª pessoa do singular (tu): te - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe - 1ª pessoa do plural (nós): nos - 2ª pessoa do plural (vós): vos - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Observações: I. Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. II. Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. III. O pronome lhe(s) funciona como objeto indireto. Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo: Fiz + o = fi-lo Quis+ o= qui-lo Dizer + a = dizê-la Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: viram + o: viram-no repõe + os = repõe-nos retém + a: retém-na tem + as = tem-nas O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela 38 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Não há mais nada entre mim e ti. Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. Nãohá nenhuma acusação contra mim. Não vá sem mim. Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto. Por exemplo: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. Não vá sem eu mandar. - A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo: Ele carregava o documento consigo. - As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. Por exemplo: Você terá de viajar com nós todos. Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias. Ele disse que iria com nós três. Pronomes Pessoais de Tratamento Vossa Alteza V. A. príncipes, duques Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais- generais Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades Vossa Majestade V. M. reis e rainhas Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores Vossa Santidade V. S. Papa 39 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso Vossa Onipotência V. O. Deus Observações: a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa(s)" são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo: Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto) Saiba Mais! 1. MIM e TI Mim e ti, pronomes oblíquos tônicos, são usados com preposição antes. Ex.: Nunca houve amor entre mim e ti. Trouxe um presente para ti. Esse livro é para mim? 2. EU e TU Eu e Tu funcionam como sujeitos do infinitivo, mesmo que venham precedidos de preposição. Nesse caso, a preposição se liga ao verbo, e não ao pronome. Ex.: Este livro é para eu ler / tu leres. Não saia daqui sem eu permitir. É para eu assistir / tu assistires a todo o filme. 40 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Observação: Eu e Tu podem vir precedidos de palavras de inclusão ou de exclusão. Ex.: Todos passaram no vestibular, até eu. Todos saíram no final de semana, exceto tu. 3. CONOSCO / COM NÓS - CONVOSCO / COM VÓS As formas com nós e com vós são usadas quando vêm determinadas. Nos demais casos, usa- se conosco e convosco. Ex.: Você deseja ir com nós todos/mesmos/próprios/dois à praia? Venha conosco à praia! Desejo ir ao clube convosco. 4. SI e CONSIGO Ambos são pronomes reflexivos. Devem ser usados quando se referem ao sujeito. Ex.: Ele só pensa em si. Encontrei-a conversando consigo mesma. 5. Os pronomes O, A, OS, AS adquirem a forma LO, LA, LOS, LAS quando se ligam a verbos terminados em R, S ou Z. Ex.: vender + o / a(s) = vendê-lo(s) / la(s) quisemos+ o / a(s) = quisemo-lo(s) / la(s) fez + o / a(s) = fê-lo(s) / la(s) 6. Os pronomes O, A, OS, AS adquirem a forma NO, NA, NOS, NAS quando se ligam a verbos que apresentam última sílaba nasal. Ex.: viram + o / a(s) = viram-no(s) / na(s) põe + o / a(s) = põe-no(s) / na(s) 7. Os pronomes LHE, LHES, ME, TE, NOS, VOS podem combinar-se com os pronomes O, A, OS, AS. Ex¹: - Você devolveu minha caneta? - Sim, entreguei-lha há pouco tempo. Ex²: - Já deram me devolveste os livros? - Sim, já tos entreguei. Pronome Possessivo São aqueles que indicam a posse de algo, estabelecendo uma relação entre o possuidor e a coisa possuída. Ex.: Minha casa está sendo reformada. Emprego dos Pronomes Possessivos 41 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Veja o exemplo: “Meu carro estragou.” Temos uma narração em primeira pessoa, em que o eu (personagem narrador) é o possuidor, o amigo (terceira pessoa, de quem se fala) é a coisa possuída. » Há momentos em que os pronomes possessivos não exprimem a idéia de posse, mas indica respeito, aproximação, intimidade. Ex.: Meu senhor, permita-me ajudá-lo. Estamos orgulhosos por seus cinquenta anos. Escutávamos emocionados nosso Caetano Veloso. » Antes de nomes que indicam partes do corpo, peças de vestuário e faculdades de espírito, não usamos o pronome possessivo. Ex.: Quebrei o braço. ( e não – Quebrei o meu braço.) Pedro sujou a calça. (e não – Pedro sujou a calça dele.) Perdi os sentidos. ( e não – Perdi os meus sentidos.) Pronomes Demonstrativos 1ª pessoa → esta(s), este(s), isto 2ª pessoa → essa(s), esse(s), isso 3ª pessoa → aquela, aquele, aquilo Observação: I. Mesmo (e suas variantes) e Próprio (e suas variantes) são pronomes demonstrativos reforçadores de identidade (identificam). Não existe o superlativo mesmíssima. II. O(s), a (s) são pronomes demonstrativos de 3ª pessoa quando equivalem a aquele(s), aquela(s) e aquilo. USO DE PRONOMES DEMONSTRATIVOS 1. Em relação a tempo a) 1ª pessoa: presente Ex.: Neste século, a humanidade tem-se preocupado muito com o aquecimento global. Neste ano de 2021, estamos aprendendo bastante. b) 2ª pessoa: passado próximo ou futuro. Ex.: Esse ano de 2020, apesar da pandemia, foi muito bom para mim. Nesse ano de 2022, estudarei mais ainda para alcançar meus objetivos. c) 3ª pessoa: passado distante: Ex.: Naquela época (1827), já se falava em efeito estufa. 2. Em relação a espaço a) 1ª pessoa: proximidade da pessoa que fala. 42 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Ex.: Este sapato que estou usando machuca bastante meus pés. Está sala em que nos encontramos é muito confortável. b) 2ª pessoa: proximidade da pessoa que ouve. Ex.: Posso ver essa revista que você está lendo? Essa tua saia é muito curta. c) 3ª pessoa: distância da pessoa que fala e que ouve. Ex.: Você conhece aquele rapaz que está passando do outro lado da rua? Veja aquele avião que acabou de decolar: é o mais confortável que existe no Brasil. 3. Em relação a elementos distribuídos no texto a) 1ª pessoa: para o que ainda vai ser mencionado. Ex.: Escute isto: juventude não é rebeldia. b) 2ª pessoa: para o que já foi mencionado. Ex.: Faça tudo isso que lhe pedi, por favor. Observação: 1. Num mesmo período, usa-se a 1ª pessoa para o termo mais próximo e a 3ª pessoa para o termo mais distante, a fim de estabelecer a diferença entre pessoas ou coisas citadas anteriormente. Ex.: Lima Barreto e José de Alencar são grandes nomes da literatura brasileira; este escreveu Iracema,e aquele, Os Bruzundangas. 2. Quando pronome demonstrativo é seguido de substantivo abstrato, há ideia de ironia no período. Ex.: Onde está essa força? 3. Quando há no período a sequência pronome demonstrativo + substantivo + adjetivo, faz-se referência a algo especial. Ex.: Viajar sempre me dá esta sensação gostosa. Pronomes Relativos Os pronomes relativos são elementos que ligam duas orações, substituindo, na segunda oração, um termo expresso na primeira. Eles iniciam oração subordinada adjetiva. Os pronomes que, quem, onde, como, qual, quanto são pronomes relativos substantivos. O pronome cujo é pronome relativo adjetivo, pois acompanha substantivo. * Variáveis* Invariáveis o qual, cujo, quanto que, quem, como, onde * Emprego dos pronomes relativos 1. Que É o pronome relativo mais usado. Faz referência a pessoa, animal ou coisa. 43 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Ex.: “Sei que não posso me considerar um desses infelizes que nada construíram. Fui, talvez, como um pedreiro que ergue casas, condomínio e não se preocupa em erguer sua própria moradia.” (Airton Monte, Moça com flor na boca) Cão que muito late não morde. Ela usava essência de rosas, que trazia em um fraquinho pequenino de cristal, atado ao pescoço com uma fita. (Manuel de Oliveira Paiva, Dona Guidinha do Poço). Observação: O pronome relativo que “às vezes”, vem precedido dos pronomes demonstrativos o, a, os, as. Ex.: “Há os que olham a mulher que passa com ânsias de estuprador...” (Airton Monte, Moça com flor na boca) 2. O qual (e variantes) É usado com preposição dissílaba ou trissílaba, com exceção de sem e sob, e com locução prepositiva. Usa-se o qual (e variantes) também para evitar ambiguidade. Ex.: Aquela era a ferramenta sem a qual não terminaria o serviço. Este é o teto sob o qual te abrigas à noite? Já chegou de viagem a filha do diretor o qual/ a qual estava na Europa. 3. Quem Refere-se apenas a pessoa. Quando funciona sintaticamente como objeto direto, é sempre preposicionado. Ex.: Esse é o político a quem mais admiro. 4. Onde É pronome relativo quando pode ser substituído por em que, no qual (e variantes). Indica lugar físico. Pode vir preposicionado. Ex.: “Eu prefiro as curvas da estrada de Santos onde eu tento esquecer um amor que eu tive...” (Roberto Carlos) 5. Cujo (e variantes) →deve ser quando houver ideia de posse Ex.: O garoto, cujo pai é agricultor ( = pai do garoto ), é um excelente aluno. → não é acompanhado de artigo Ex.: A menina cuja a mãe é medica se machucou durante o treino. (Errado) O país cujos os políticos não honestos tem graves problemas sociais. (Errado) → concorda com o termo ao qual se refere Ex.: O livro cujo preço é alto é inacessível a muitos estudantes. Meu fichário, cujas páginas foram rasgadas, continha muitos segredos. → pode vir precedido de preposição Ex.: O político, emcuja capacidade sempre confiei, sempre lutou pelas causas que defende. O escritor, acujos textos sempre me refiro, acabou de chegar a este local. Observação: Para saber se você empregou corretamente cujo ( cujos, cuja, cujas ), isole a oração introduzida por ele e o substitua pelo termo antecedente precedido de preposição de/do, na 44 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” ordem direta. Em seguida, observe se a idéia de posse e a coerência da frase se mantêm. Veja como isso ocorre: Ex.: O poeta a cujos sonetos sempre me refiro esteve ontem em minha escola. → a cujos sonetos sempre me refiro → sempre me refiro aos sonetos do poeta Quando há preposição na frase, ela virá sempre antes do pronome relativo. 6. Quanto (e variantes) Vem após os pronomes indefinidos todo (e variantes), tudo e tanto (e variantes). Ex.: Todos quantos tiverem disposição para estudar muito passarão no vestibular. Tudo quanto você me disse era verdade. Tantos quantos assistiram ao jogo gostaram. 7. Como Equivale a pelo qual e vem precedido sempre das palavras forma, maneira e modo. Ex.: A forma como você me olha me deixa envergonhado. A maneira como você agiu foi deselegante. Já lhe disse o modo como quitarei minhas dívidas. Pronomes Indefinidos Pronome indefinido é aquele que se refere à terceira pessoa do discurso de modo impreciso, indeterminado, genérico. Ex: Alguém bateu à porta. / Todos cumpriram suas tarefas. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis e invariáveis. Algumas frases com pronomes indefinidos: Todas as pessoas assistiram o filme. Durante meia hora não vi pessoa alguma te procurar. Escolheu qualquer roupa. Um gosta de filme, outro de livros. Há vários pais o procurando. 45 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Em muitas situações temos não um pronome indefinido, mas um grupo de palavras com o valor de um pronome indefinido. São as locuções pronominais indefinidas: Quem quer que, cada qual, todo aquele, seja quem for, qualquer um, tal e qual, etc. Pronomes Interrogativos São aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas, referindo-se à 3° pessoa do discurso. Ex: Qual é seu nome? Os principais pronomes interrogativos são: » invariáveis: quem, que » variáveis: qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas. Pergunta direta: A mãe perguntou: ― quem fez isso? Pergunta indireta: A mãe perguntou quem havia feito aquilo. Nos dois casos o pronome interrogativo quem desempenha o mesmo papel. 6. VERBOS I. Classificação a) Regulares: não sofrem alteração no radical. Ex.: cantar vender e partir b) Irregulares: sofrem alteração no radical. Ex.: fazer e dizer c) Defectivos: não apresentam conjugação completa. Ex.: abolir, falir e colorir d) Anômalos: apresentam profundas e irregularidades. Ex.: ser e ir. e) Abundantes: apresentam mais de uma forma, sobretudo no particípio. Ex.: pagar, ganhar e gastar. II. Formação dos tempos simples Existem dois tempos primitivos (presente do indicativo e pretérito perfeito do indicativo) e uma forma nominal primitiva (infinitivo impessoal). Eles dão origem aos demais tempos (pretérito e futuro do indicativo / presente, pretérito e futuro do subjuntivo), a três formas nominais (infinitivo pessoal, gerúndio e particípio) e também a um modo verbal (imperativo). Tempos derivados do presente do indicativo A) Presente do subjuntivo B) Imperativo O imperativo é o modo que expressa ordem, pedido, conselho, súplica, advertência, etc. Pode ser negativo ou afirmativo. Não apresenta primeira pessoa do singular. 46 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” a) Imperativo negativo: Vem precedido de uma palavra ou expressão negativa. É igual ao presente do subjuntivo. b) Imperativo afirmativo: É quase todo igual ao presente do subjuntivo. Diferenciam-se apenas as formas da segunda pessoa do singular e do plural, que vêm do presente do indicativo sem o S. Tempos derivados do pretérito perfeito O pretérito perfeito dá origem aos seguintes tempos verbais: imperfeito do subjuntivo, futuro do subjuntivo e pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Com o verbo na 2ª. pessoa do singular do pretérito perfeito, elimine a desinência STE e acrescente as desinências de cada tempo derivado. III. Formação dos tempos compostos A) MODO INDICATIVO Pretérito perfeito composto É formado pelo presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: O governo tem investido (= investiu) muito em saúde e em educação em nosso país. Eu tenho estudado(= estudei) muito para o vestibular. Pretérito mais-que-perfeito composto É formado pelo pretérito imperfeito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: A universidade havia mudado(= mudara)a data do vestibular. Tu realmente havias feito (=fizeras) aqueles comentários acerca da vida íntima do colega? Futuro do presente composto É formado pelo futuro do presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Quando o professor chegar, já terei terminado (= terminarei) as tarefas. Teremos feito (=faremos) o certo, se procedermos dessa maneira. Futuro do pretérito composto É formado pelo futuro do pretérito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: A corrupção teria diminuído(=diminuiria) se não fosse a impunidade. Teríamos feito (=faríamos) o melhor, se o computador não estivesse com defeito. Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto. B) MODO SUBJUNTIVO Pretérito perfeito composto É formado pelo presente do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. 47 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Ex.: Acredito que você tenha estudado bastante para o exame em que foi o primeiro colocado. Penso que tenham facilitado a fuga dos detentos. Pretérito mais-que-perfeito composto É formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Se ele você tivesse amado mais, seria infinitamente mais feliz. Se o vigia não tivesse dormido no posto, os ladrões não invadiriam o prédio. Futuro composto É formado pelo futuro do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Quando eu tiver concluído(=concluir) o trabalho, irei tirar umas férias. Quando ele tiver passado no vestibular, ganhará um caro do pai. Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto no modo subjuntivo. Não há também imperativo composto. C) FORMAS NOMINAIS Infinitivo impessoal composto É formado pelo infinito impessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Ter programado (=programar) a excursão foi muito importante. Infinitivo pessoal composto É formado pelo infinito pessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Passaram no vestibular somente depois de terem estudado (=estudarem) bastante. Gerúndio composto É formado pelo gerúndio dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. Ex.: Tendo estudado (=estudando) muito, conseguiu aprovação em primeiro lugar. Obs.: Não existe particípio composto. IV. Verbos especiais de 1ª, 2ª e 3ª conjugações 1. Verbos especiais de 1ª. conjugação a) Verbos terminados em EAR Em verbos terminados em ear, a vogal e transforma-se no ditongo ei no presente do indicativo e nos derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). Obs.: O i (formador do ditongo) não aparece nos demais tempos e modos verbais. b) Verbos terminados em IAR 48 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Nos verbos MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e ODIAR, o i final transforma-se no ditongo ei no presente do indicativo e derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). Obs¹.: Nos demais tempos e modos, o e (formador do ditongo) não aparece. Obs².: Os demais verbos terminados em iar são regulares. Ex.: copiar, anunciar, adiar, noticiar, etc. V. Verbos abundantes São aqueles que apresentam mais de uma forma para determinar flexão. Isso ocorre principalmente com o verbo haver na 1ª e 2ª pessoas do plural no presente do indicativo (hemos/havemos e heis/haveis) e com verbos no particípio, os quais apresentam particípios duplos. Observe alguns exemplos a seguir: a) 1ª conjugação Particípio regular Particípio irregular aceitado aceito anexado anexo dispersado disperso entortado torto entregado entregue enxugado enxuto expressado expresso expulsado expulso falhado falho findado findo fixado fixo fritado frito ganhado ganho gastado gasto libertado liberto manifestado manifesto ocultado oculto pagado pago salvado salvo soltado solto b) 2ª conjugação Particípio regular Particípio irregular absolvido absolto absorvido absorto agradecido grato atendido atento acendido aceso benzido bento 49 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” convencido convicto convertido converso corrompido corrupto devolvido devoluto elegido eleito enchido cheio escondido escuso pendido penso pervertido perverso prendido preso rompido roto submetido submisso suspendido suspenso tendido tenso c) 3ª conjugação Particípio regular Particípio irregular afligido aflito compelido compulso comprimido compresso concluído concluso difundido difuso distinguido distinto excluído excluso extraído extrato expelido expulso extinguido extinto fritado frito imergido imerso imprimido impresso incluído incluso inserido inserto omitido omisso oprimido opresso repelido repulso submergido submerso suprimido supresso Observação: Usa-se o particípio regular com os auxiliares Ter ou HAVER; os particípios irregulares, com os auxiliares SER ou ESTAR. Ex.: A) Tinha/Havia gastado, pagado, agradecido, acendido, comprimido e imprimido. B) Foi/Estava gasto, pago, grato, aceso, compresso e impresso. VI. Verbos defectivos 50 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” São aqueles cuja conjugação não é completa. São divididos em impessoais, unipessoais e pessoais. a) Impessoais São verbos que integram orações sem sujeito. Surgem apenas na terceira pessoa do singular. Ex.: → amanhecer, anoitecer, chover, entardecer, gear, nevar, relampejar, trovejar, ventar, etc. (expressam fenômenos naturais) → verbo haver com sentido de existir, acontecer e ocorrer.→ verbo fazer na indicação de tempo cronológico (decorrido) ou meteorológico (fenômeno natural). Observação: Conotativamente, os verbos que expressam fenômenos da natureza podem ocorrer em outra pessoa. Ex.: Anoiteço e amanheço pensando em você. b) Unipessoais Apresentam-se somente terceira do singular e do plural. São verbos que expressam ocorrência (acontecer, convir, suceder, sobrevir, ocorrer, etc.) e exprimem vozes de animais (berrar, grunhir, latir, miar, mugir, uivar, etc.) c) Pessoais São aqueles que não apresentam algumas pessoas por questão de eufonia (som agradável). Por essa razão, deixam de ter algumas flexões por formalidade, visto que a sonoridade é algo relativo, pois depende muito de cada região e da sensibilidade dos usuários da língua. Dividem- se em três grupos: *1º grupo Verbos que não apresentam a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e seus derivados (presente do subjuntivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo afirmativo). Ex.: abolir, banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, extorquir, fremir, fulgir, retorquir, etc. Observação: Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 2º grupo São verbos que, no presente do indicativo, só apresentam a 1ª e a 2ª pessoas do plural (formas arrizotônicas); consequentemente, não apresentam presente do subjuntivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo afirmativo. Conjugam-se somente nas formas em que a letra i vem após o radical. Ex.: aguerrir, combalir, comedir-se, embair, falir, remir, renhir, etc. Observação: Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 3º grupo É constituído dos verbos: precaver-se e reaver. a) Precaver-se 51 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e na 2ª pessoa do plural (formas arrizotônicas). Consequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Ex.: Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Nós nos precavemos Precavei-vos Vós vos precaveis Observação: Nos demais tempos verbais, é conjugado normalmente b) Reaver No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e a 2ª pessoas do plural. Consequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Conjuga-se pelo verbo haver, quando este apresenta a letra v. Ex.: Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Reavemos Reavei vós Reaveis VII. Vozes do verbo A) Voz Ativa A voz ativa representa um sujeito que pratica uma ação que é expressa pelo verbo. • Ex.: A mãe penteou a criança, (mãe é o sujeito da oração). B) Voz Passiva A voz passiva indica que sujeito da oração é um sujeito paciente, ele sofre a ação que é expressa pelo verbo. • Ex.: A criança foi penteada pala mãe, (criança é o sujeito da oração). C) Voz Reflexiva A voz reflexiva pratica e sofre ação que é expressa pelo verbo. • Ex.: A criança penteou-se, (criança é o sujeito da oração). Estudo da Voz Passiva A voz passiva pode ser: Sintética ou Analítica. 1. Voz Passiva Sintética Ocorre quando o verbo está acompanhando de um pronome apassivador (se). Exemplo: • Prenderam-se todos no congestionamento. • Fechou-se a padaria. 2. Voz passiva Analítica javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 52 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Formada por um verbo auxiliar (ser, estar, ficar), acompanhado de um particípio do verbo que se refere. Exemplo: • Muitos ficaram cercados pelos policiais. Conversão da voz ativa em voz passiva analítica É analisado na conversão da voz ativa em voz passiva analítica que: 1. O sujeito da Ativa adquire as funções de Agente da Passiva; 2. O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; 3. O predicativo do Objeto direto da Ativa adquire as funções de Predicativo do Sujeito da passiva; 4. Os verbo. auxiliares da Passiva (ser, estar, ficar), não são alterados da forma Ativa. 5. O verbo da Ativa adquire a forma do Particípio na Passiva. Voz Ativa: Alice buscou as crianças. Voz Passiva: As crianças foram buscadas por Alice. Conversão da voz ativa em voz passiva sintética É observado na transformação da Voz ativa em Voz passiva sintética: • O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; • O Predicativo do Objeto direto da ativa adquire as funções de Predicativo do sujeito da passiva; • Adiciona-se a partícula se ao verbo da Ativa que adquire as funções de Pronome Apassivador (ou Partícula Apassivadora). Por exemplo: Ganharam um delicioso bolo (Obj. Direto) de aniversário. (Ativa). Ganhou-se (P.A) um delicioso bolo (suj. paciente) de aniversário. 9. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS 7. CONJUNÇÃO Classe de palavra inviável que geralmente liga orações. Elas podem ser classificadas em COORDENATIVAS e SUBORDINATIVAS. A) COORDENATIVAS Classificam-se as conjunções coordenativas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS. I) ADITIVAS: servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função, dando ideia de soma: e, nem [= e não] Ex. Meu pai trabalha no quartel e minha mãe cuida de casa. Aquele rapaz não estudava nem trabalhava. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 53 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” II) ADVERSATIVAS: ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste, oposição, advertência: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Ex. Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta. O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam. A rodovia é bem sinalizada, no entanto é muito perigosa. III) ALTERNATIVAS: ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou..., ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, etc. Ex. Ou eu me retiro ou tu te afastas. Ora chorava ora sorria. IV) CONCLUSIVAS: servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, consequência: logo, pois (= portanto), portanto, por conseguinte, por isso, assim, então. Ex. Ele não é favorável à lei e à ordem; é, pois, um rebelde. Aprova será difícil, portanto devemos estudar. V) EXPLICATIVAS: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira: que, porque, pois (= porque). Ex: Volte logo, pois já é tarde. Choveu, porque as ruas estão alagadas. B) SUBORDINATIVAS São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. * O baile já tinha começado: oração principal * quando: conjunção subordinativa * ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: I. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Por exemplo: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) II. Adverbiais Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: http://simplesmenteportugues.blogspot.com/2009/11/conjuncoes-conjuncoes-coordenativas.html 54 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), visto que, uma vez que, porquanto, já que, etc. Por exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Por exemplo: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano, mesmo que todos me abandonem. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (=conforme), segundo, consoante, etc. Por exemplo: O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor. e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Por exemplo: Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. Por exemplo: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo: A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo: 55 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal qual o irmão. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. A dor era tamanha que a moça desmaiou. 8. INTERJEIÇÃO Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. As interjeições são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: Bravo! Bis! A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: Ah, como eu queria voltar a ser criança! ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Hum! Esse pudim estava maravilhoso! hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Exemplos: Psiu! (contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua) Significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!" Psiu! (contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital) Significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!" Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! puxa: interjeição tom da fala: euforia Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! puxa: interjeição tom da fala: decepção As interjeições podem ser formadas por: a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas! 56 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) Classificação das Interjeições Comumente, as interjeições expressam sentido de: Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Atenção!, Olha!, Alerta! Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme! Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo! Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! Desculpa: Perdão! Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh! Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, Ora! Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa! Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus! Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! Locução Interjetiva Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição. Por exemplo: Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ô de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem! Observações: 1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa! Perdão! = Peço-lhe que me desculpe. 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) Fora! Francamente! (Advérbios) 3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por exemplo: 57 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Socorro! Ajudem-me! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. 5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos depois do "ó" vocativo. Por exemplo: "Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac) Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac) 6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no diminutivo ou no superlativo. Por exemplo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! 9. PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois oumais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. Exemplos: 1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição de: preposição 2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição com: preposição Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência. Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente - é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. Exemplos: A hora das refeições é sagrada. hora das refeições: elementos ligados por preposição de + as = das: preposição hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" Alguém passou por aqui. passou por aqui: elementos ligados por preposição por: preposição 58 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde. Por exemplo: de + o = do em + um = num Classificação das Preposições As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais. São elas:a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por). Locução Prepositiva É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Principais locuções prepositivas: abaixo de acima de acerca de a fim de além de a par de apesar de antes de depois de ao invés de diante de em fase de em vez de graças a junto a junto com junto de à custa de defronte de através de em via de de encontro a em frente de em frente a Combinação e Contração da Preposição Quando as preposições a, de, em e per (arcaica) unem-se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por: Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas. Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unir- se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes. Veja: 59 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” do dos da das num nuns numa numas disto disso daquilo naquele naqueles naquela naquelas Principais Relações estabelecidas pelas Preposições Assunto - Não gosto de falar sobre política. Autoria - Esta música é de Roberto Carlos. Causa - Estou tremendo de frio. Companhia - Hoje vou sair com meus amigos. Conteúdo - Tomei um copo de vinho. Condição – Sem minha permissão, você não sai. Direção – Olhe para mim. Especialidade - João formou-se em Medicina. Fim ou finalidade - Eu vim para ficar Instrumento - Paulo feriu- se com a faca. Lugar - Estou em casa. Matéria - Devolva-me meu anel de prata. Meio - Voltarei a andar a cavalo. Modo ou conformidade – Ela saiu sem o namorado. Origem - Você descende de família humilde. Oposição - O Flamengo jogou contra o Fluminense. Posse - Este é o carro de João. Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300, 00. Tempo - Eu viajei durante as férias. 10. ADVÉRBIO É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a um adjetivo, a um outro advérbio. A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância. Só os de intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios. • Mora muito longe. (muito = modifica o advérbio longe). • Sairei cedo para alcançar os excursionistas (cedo = modifica o verbo sairei). • Eram exercícios bem difíceis (bem = modifica o adjetivo difíceis). Classificação dos Advérbios De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmente. Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência. http://pt.wikipedia.org/wiki/Special:Search/verbo http://pt.wikipedia.org/wiki/Special:Search/adjetivo http://pt.wikipedia.org/wiki/Special:Search/adv%C3%A9rbio 60 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, defronte, algures, nenhures, alhures, adentro, aquém, embaixo, externamente, a distância, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente. Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa. Observação: Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por quê?: Onde estão eles? Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?Locuções Adverbiais São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à toa, de vez em quando, de quando em quando, de propósito, às vezes, ao acaso, ao léu, de repente, a olhos vistos, de cor, de improviso, em breve, em cima, por trás, para trás, de perto, sem dúvida, passo a passo, etc. 10. SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES: TERMOS DA ORAÇÃO (ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS) 1. Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado Introdução 61 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Chamamos de termos essenciais da oração aqueles compõem a estrutura básica da oração, ou seja, que são necessários para que a oração tenha significado. São eles: sujeito e predicado. Encontramos diversas definições do que vem a ser sujeito, tais como: Sujeito é o elemento do qual se diz alguma coisa. Sujeito é o ser que pratica ou recebe a ação que o verbo expressa. Já sobre predicado podemos dizer que é aquilo que se diz sobre o sujeito. SUJEITO Núcleo do Sujeito É a palavra (substantivo ou pronome) que realmente indica a função sintática que está exercendo. Exemplo: O computador travou novamente. A lâmpada está queimada. Ela saiu cedo. Tipos de Sujeito O sujeito pode ser: DETERMINADO O sujeito é determinado quando é facilmente apontado na oração e subdivide-se em: simples e composto. a) SIMPLES: quando possui um único núcleo. O menino quebrou a janela. Olga aprendeu a tocar violão. b) COMPOSTO: apresenta dois ou mais núcleos. Joana e Dirceu cambaleavam pela rua. O Windows e o Linux disputam o mercado de informática. INDETERMINADO Quando não é possível determiná-lo na oração. O sujeito indeterminado apresenta-se de duas maneiras: I) Verbo na 3ª pessoa do plural, sem a existência de outro elemento que exija essa flexão do verbo. Comentaram que ele ganhará a eleição. Falavam de futebol no ginásio. II) VTI+SE, VI+SE, VL+SE, VTD+SE na 3ª pessoa do singular Precisa-se de costureiras. Vive-se bem no Litoral. Era-se feliz naquele tempo. Ama-se a Deus. 62 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” ORAÇÕES SEM SUJEITO São orações constituídas apenas pelo predicado, pois a informação fornecida não se refere a nenhum sujeito. As principais são: (1) verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, trovejar, nevar, anoitecer, amanhecer, etc. Exemplo: Choveu muito hoje pela manhã. Nevou bastante durante o inverno. (2) o verbo HAVER no sentido de existir ou indicação de tempo transcorrido. Exemplo: Houve sérios problemas na rede da empresa. Há vários anos não viajamos juntos. (3) verbo FAZER, SER e ESTAR indicando tempo transcorrido ou tempo que indique fenômeno da natureza. Exemplo: Faz duas semanas que não viajamos. Está muito quente hoje. Era noite quando ele chegou. Observações: (1) o verbo SER, impessoal, concorda com o predicativo, podendo aparecer na 3ª pessoa do plural. Exemplo: São oito horas da manhã. É uma hora da tarde. (2) os verbos que indicam fenômenos da natureza, quando usados em sentido conotativo (figurado) deixam de ser impessoais. Exemplo: Amanheci indisposto. Choveram reclamações sobre as operadoras de telefonia. (3) quando um pronome indefinido representa o sujeito, ele deve ser classificado como determinado. Exemplo: Alguém pegou a minha borracha. Ninguém ligou hoje. PREDICADO O predicado é aquilo que se comenta sobre o sujeito. TIPOS DE PREDICADO Há três tipos de predicado: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo- nominal. Predicado Nominal Expressa o estado do sujeito. O verbo é de ligação. Exemplo: O dia continua quente. Todos permaneciam apreensivos. Observação: o núcleo do predicado nominal é chamado predicativo do sujeito, pois atribui qualidade ou condição. Predicado Verbal Expressa a ação praticada ou recebida pelo sujeito. 63 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Exemplo: Os professores receberam o prêmio. Observação: o núcleo do predicado verbal é o verbo, pois sua mensagem principal é a ação praticada ou recebida pelo sujeito. Exemplo: Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho. Predicado Verbo-Nominal Informa a ação e o estado do sujeito. Exemplo: Nós chegamos cansados. Cândida retornou feliz da viagem. Observação: o predicado verbo-nominal é constituído de dois núcleos – um verbo e um nome – porque fornece duas informações: ação e estado. Exemplo: O comprador saiu da loja estressado. A criança dormia tranquila. 2. Termos Integrantes da Oração: Complementos Verbais (Objeto direto e Indireto) Complemento Nominal e Agente da Passiva) COMPLEMENTOS VERBAIS OBJETO DIRETO Termo não regido por preposição. Completa o sentido do verbo transitivo direto. Exemplo: Eles esperavam o ônibus. Ela vendia doces. Um método bem prático para determinar o objeto direto é perguntar QUEM? ou O QUÊ? Depois do verbo. Ela vendia O QUÊ? Doces Obj. dir. OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO Mesmo não sendo regido de preposição, há casos em que o objeto direto necessita de uma preposição: (1) quando é formado por pronomes oblíquos tônicos: Exemplo: Assim, prejudicas a ti (2) quando é formado pela palavra Deus: Exemplo: Amai a Deus sobre todas as coisas. (3) quando é formado por pronomes demonstrativos, indefinidos e de tratamento: Exemplo: A foto sensibilizou a todos. (4) quando é formado pelo pronome relativo QUEM. Exemplo: Queremos conhecer o professor a quem admiras tanto. (5) quando o objeto direto é a palavra ambos: 64 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Exemplo: A chuva molhou a ambos. (6) para evitar a ambiguidade: Exemplo: Convenceu ao pai o filho mais velho. (7) quando se quer indicar ideia de parte, porção: Exemplo: beberemos deste vinho. OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO Quando se quer dar ênfase a ideia o objeto direto aparece repetido na oração. Exemplo: Este livro, eu o comprei ontem. OBJETO INDIRETO Completa o sentido do verbo transitivo indireto e é regido por preposição. Exemplo: Aline gosta de frutas. Não confio em políticos. Para reconhecer o objeto indireto, basta perguntar QUEM ou QUE depois do verbo + preposição. Exemplo: Aline gosta de frutas. Aline gosta de quê? De frutas. OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO É quando o objeto indireto aparece duplamente na oração para se dar ênfase a ideia. Exemplo: A mim, ensinaram-me muito bem. COMPLEMENTO NOMINAL É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios, ligando-se a esses nomes por meio de preposição. Exemplos: Tenho a certeza de sua inocência. A árvore está cheia de frutos. Nós chegamos perto dos gorilas. AGENTE DA PASSIVA Ocorre em orações cujo verbo se apresenta na voz passiva a fim de indicar o elemento que executa a ação verbal. Exemplos: As terras foram invadidas pelos sem-terra. A cidade estava cercada de belezas naturais. Observação: O agente da passiva, o objeto indireto eo complemento nominal são regidos por preposição. Muitas vezes, há dúvidas na diferenciação dos três. Quando isso acontecer, basta observar o sujeito da oração. Para ser agente da passiva o sujeito precisa ser paciente. Exemplos: A jangada havia sido levada pelas tsunamis. Sentia-se livre de qualquer responsabilidade. Vamos precisar de sua compreensão. 65 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 3. Termos Acessórios da Oração: Adjuntos (Adverbial e Adnominal) e Aposto Apesar de prescindíveis, são necessários para o entendimento do enunciado porque informam alguma característica ou circunstância dos substantivos, pronomes ou verbos que os acompanham. São considerados termos acessórios da oração: adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto ADJUNTO ADNOMINAL São palavras que acompanham o substantivo para caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo. O adjunto adnominal pode ser representado por adjetivos, artigos, numerais, pronomes adjetivos e locuções adjetivas. a) Adjetivo: As casas antigas eram mais trabalhadas. b) Artigo: As estrelas iluminavam a noite. Os carros estavam descontrolados. c) Numeral: Três árvores caíram. Dois carros chocaram-se violentamente. d) Pronome adjetivo Aqueles computadores estão quebrados. e) Aqueles garotos estão impossíveis hoje. Adj. Adnominal Pronome adjetivo f) Locução adjetiva: O suco de laranja estava gostoso. OBSERVAÇÃO: Funcionam também como adjuntos adnominais os pronomes oblíquos quando assumem o valor de pronomes possessivos. Exemplo: Feriram-me as pernas. (Feriram minhas pernas) ADJUNTO ADVERBIAL Termo que se refere ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio, para indicar uma circunstância. Circunstância de tempo: Só obtivemos os gabaritos do vestibular no dia seguinte. Circunstância de lugar: O trânsito está engarrafado na Avenida Recife. Circunstância de modo: 66 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Os turistas foram recebidos alegremente. Circunstância de intensidade: Comemos pouco no almoço. Circunstância de causa: Estávamos tremendo de frio. Circunstância de companhia: Vou sair com você. Circunstância de instrumento: Com a vassoura, retirou a sujeira da sala. Circunstância de afirmação: Certamente chegaremos atrasados. Circunstância de finalidade: Estudo para o concurso do IBGE e da PM. Circunstância de meio: Prefiro viajar de carro. Circunstância de assunto: Conversamos sobre economia. Circunstância de negação: Não deixarei desarrumarem a casa. APOSTO É o termo que tem por objetivo explicar, esclarecer, resumir ou comentar algo sobre outro termo da oração. Exemplos: ✓ Recife, Veneza brasileira, sofre durante o período chuvoso. (Explicativo) ✓ Amigos, parentes, vizinhos, todos o ajudaram (Resumidor) ✓ O colégio Lourenço Filho é o melhor da cidade. (Especificador) ✓ Comprei vários objetos: lápis, caneta, borracha, tesoura e régua. (Enumerador/Enumerativo) ✓ Machado de Assis e Drummond são grandes nomes da literatura nacional; este na poesia e aquele na prosa. (Distributivo/Distribuidor) OBSERVAÇÕES: O aposto pode aparecer anteposto ao termo a que se refere. Ex: Veneza brasileira, Recife está sofrendo com o começo do inverno. Aposto O aposto pode aparecer precedido de expressões explicativas. Exemplo: Algumas matérias, a saber, matemática, física e química, são as que apresentam maiores dificuldades de aprovação no vestibular. 67 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” VOCATIVO – TERMO INDEPENDENTE É considerado um termo independente da oração porque não faz parte de sua estrutura. É usado para expressar o sentimento do falante; sentimento esse usado para invocar, chamar, interpelar ou apelar a quem o falante se dirige. Menino, venha cá! Vocativo Meus filhos, tenham calma. DIFERENÇA ENTRE VOCATIVO E APOSTO O vocativo não mantém relação sintática com nenhum termo da oração, enquanto o aposto mantém relação sintática com um ou vários termos da oração. Meninos, voltem aqui. (Vocativo) São Paulo, centro financeiro, sofre com as altas taxas de desemprego. (Aposto) 11. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS COORDENAÇÃO O período composto por coordenação é constituído por orações coordenadas. Chamamos oração coordenada por não exercer nenhuma função sintática em outra oração, daí ser chamada também oração independente. Exemplos: Você trouxe o bolo, mas eu não o comi. O pedreiro chegou e começou o serviço. As orações coordenadas podem ou não conter a presença de conjunções. Dependendo desta condição podemos classificar as orações coordenadas como: Assindéticas Chamamos orações coordenadas assindéticas aquelas que não possuem conjunção. Sindéticas As orações coordenadas sindéticas são aquelas que possuem conjunção. ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS Coordenam-se umas às outras sem a presença de conectivo, conjunção. Exemplos: Amanheceu, acordei, admirei os primeiros raios solares. O computador era potente, tinha velocidade, não possuía proteção. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS Coordenam-se umas às outras por meio de conectivo, conjunção. Exemplos: Olhei e comprei o presente. Correu demais, por isso caiu. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 68 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com as conjunções que as unem. Podem ser: ADITIVAS ADVERSATIVAS ALTERNATIVAS CONCLUSIVAS EXPLICATIVAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS Expressam ideia de soma, adição. Conjunções: e, nem (e não), mas também, como também. Exemplos: Ele não só conhecia a cidade, mas também os melhores pontos turísticos. Não só estudava como também ensinava. Telefonou e comunicou sua decisão ao chefe. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS Expressam ideias contrárias à outra oração. Conjunções: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Exemplo: A população fez várias passeatas, mas não conseguiu bons resultados. Viajou para Londres, contudo não esquecia Fortaleza. O problema era facilmente resolvido, entretanto poucos conseguiram resolvê-lo. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS Expressam ideia de exclusão, alternância. Conjunções: ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja...seja. Exemplos: Ora estudava matemática, ora estudava português. Procure chegar cedo ou não conseguirá a vaga. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS Expressam uma justificativa, explicação, contida na outra oração coordenada. Conjunções: pois (anteposta ao verbo), porque, que, visto que. Exemplo: Fortaleza está intransitável, pois é repleta de buracos em suas ruas. Não vou sair à noite, porque vou fazer uma prova importante amanhã. ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS Expressam uma ideia de conclusão do fato contido na oração anterior. Conjunções: logo, portanto, pois (colocada após o verbo), assim, por isso, por conseguinte, então. Exemplos: Conseguimos bater a meta, portanto podemos comemorar o nosso sucesso. Acreditamos na igualdade entre os povos, por isso devemos lutar por uma distribuição de renda melhor. 12. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS 1. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Como o próprio nome diz, são orações que exercem as funções sintáticas dos substantivos. Vejamos como são classificadas e quais as funções exercidas:69 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO FUNÇÃO EXERCIDA Subjetiva Sujeito da oração principal Predicativa Predicativo da oração principal Objetiva direta Objeto direto da oração principal Objetiva indireta Objeto indireto da oração principal Completiva nominal Complemento nominal da oração principal Apositiva Aposto da oração principal ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA Exerce a função de sujeito da oração principal. Exemplos: É necessário que você estude o projeto. Foi decidido que o veículo fará uma revisão completa. Sabendo que a oração subordinada substantiva subjetiva funciona como sujeito, não poderá haver sujeito dentro da oração principal. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA Funciona como objeto direto do verbo da oração principal. Exemplos: Estudos mostram que muitos jovens são viciados em álcool. O gerente explicou que metas foram alcançadas. ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA INDIRETA Funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Assim como o objeto indireto, a oração subordinada objetiva indireta é iniciada por uma preposição. Exemplos: A empresa necessitava de que a mercadoria fosse entregue. Os trabalhadores aspiram a que respeitem seus direitos trabalhistas. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL Funciona como complemento nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio da oração principal. Exemplos: Roberto estava convicto de que Elis voltaria. A estudante estava esperançosa de que a prova sobre o sistema biológico fosse fácil. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA Exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Exemplos: Nossa esperança é que as nações busquem a paz. Nossa preocupação era que Roberto permanecesse doente. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA Funciona como aposto da oração principal, ou seja, funciona como uma explicação de uma palavra da oração principal. Exemplos: A esperança dos países pobres é uma: que a distribuição de renda seja mais justa. Só lhe peço isto: que me obedeça. 2. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 70 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” São orações que têm o valor e a função do adjetivo. Sempre se referem a um substantivo ou pronome da oração principal. São sempre iniciadas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, como). Exemplos: O computador japonês causou boas impressões. O computador que é japonês causou boas impressões. É um trabalho emocionante. É um trabalho que emociona. CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA Dependendo do sentido que as orações subordinadas adjetivas têm no texto, elas podem ser classificadas como: RESTRITIVAS EXPLICATIVAS ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA São aquelas que restringem o sentido do substantivo ou pronome a que se referem. Exemplos: Os políticos que são honestos merecem nosso respeito. De acordo com a oração não são todos os políticos que merecem respeito, mas apenas um conjunto restrito, ou seja, aqueles que são honestos. Ele implantou o sistema que nós desenvolvemos. A oração que nós desenvolvemos restringe o significado da palavra sistema. Ele não implantou um sistema qualquer e sim um sistema específico, ou seja, o que nós desenvolvemos. ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA São orações que servem para esclarecer melhor o sentido do termo a que se refere, explicando detalhadamente sua característica principal. Exemplos: O problema, que era de fácil resolução, deixou os alunos apreensivos. O aluno, que era irresponsável, vivia faltando às aulas. 3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As orações subordinadas adverbiais exercem a função sintática de adjunto adverbial da oração principal. Exemplos: Eles chegaram quando amanhecia. O fazendeiro vendeu as cabeças de gado porque precisava de dinheiro. Observações: (1) Em sua forma desenvolvida, as orações subordinadas adverbiais são introduzidas por conjunções e locuções conjuntivas adverbiais. (2) Quando reduzidas, não apresentam conjunções ou locuções conjuntivas. O verbo aparece no infinitivo, gerúndio ou particípio. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS As orações subordinadas adverbiais são classificadas em função do sentido exposto pela oração. São elas: CAUSAL CONSECUTIVA 71 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” CONCESSIVA CONDICIONAL COMPARATIVA FINAL TEMPORAL PROPORCIONAL CONFORMATIVA ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL Expressa ideia de tempo, ou seja, o momento em que acontece ou começa a acontecer o fato da oração principal. Iniciam-se por: quando, antes que, logo que, assim que, desde que, sempre que. Exemplos: Escreva-me sempre que você sentir saudades. As pessoas começaram a acenar logo que a cantora apareceu na janela. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL Expressa a causa do fato originado na oração principal. São iniciadas por: porque, já que, uma vez que, visto que, como. Exemplos: Porque era verão, a praia estava lotada. Uma vez que tinha compromisso importante, não aceitou o convite. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL Impõe uma condição para que o fato contido na oração principal ocorra. Inicia-se por: se, caso, desde que, a não ser que, uma vez que, contato que. Exemplos: Você perderá o emprego caso chegue atrasado. Aceitarei o cargo desde que a promessa seja cumprida. O plano dará certo, contanto que a inflação continue sob controle. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL Expressa uma relação de proporcionalidade entre o fato da oração principal e da oração subordinada. Inicia-se por: à proporção que, à medida que, quanto mais, ao passo que. Exemplos: À medida que a gasolina aumenta vários preços também aumentam. Quanto mais prometem os políticos, menos acredito neles. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL Expressa a finalidade do fato contido na oração principal. Inicia-se por: a fim de que, para que. Exemplos: Fizemos à reunião para que todos entendessem o projeto. Os desabrigados foram enviados aos ginásios escolares a fim de que ficassem protegidos do temporal. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA Expressa o resultado do fato relatado pela oração principal. Inicia-se pela conjunção que (precedida de tão, tal, tanto, tamanho). Exemplos: Estudou tanto para o vestibular que passou em primeiro lugar. O professor foi tão aplaudido que ficou emocionado. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA 72 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Expressa ideia de conformidade com o fato relatado na oração principal. Inicia-se por: conforme, como, consoante, segundo. Exemplos: O juiz agiu conforme determina a lei. Os computadores precisam de bons antivírus, segundo dizem os especialistas em segurança. As cortinas foram abertas como nos instruíram. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA Expressa uma ideia contrária ao fato contido na oração principal. Inicia por: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, por mais que, por menos que. Exemplos: Por mais que eu estudasse, não conseguia entender o problema. Acredito nas leis, ainda que não sejam respeitadas. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL COMPARATIVA Expressa uma comparação entre o fato expresso pela oração subordinada e o expresso pela principal. Inicia-se por: como, assim como, mais... do que, menos... do que, tão... como, tanto... quanto. Exemplos: O goleiro era tão rápido quanto o piscar de olhos.O Brasil tem mais impostos do que serviços públicos decentes. O problema do computador era menos crítico do que pensavam os especialistas. 13. PONTUAÇÃO Pontuar um texto corretamente é um dever de todo aquele que se dispõe a redigir. Assim, é possível que a mensagem chegue ao receptor sem interferências, ou seja, sem obscuridade. Uma vez que a má pontuação contribui para a falta de clareza num texto, é importante conhecermos algumas regras, as quais nos auxiliarão a fazer isso de forma acertada e fácil. 1. Emprego da Vírgula I. Usa-se a vírgula, no período simples, a fim de: a) separar vocativo: Garoto, desça já daí! Preciso falar com você, rapaz! b) separar aposto explicativo: Maria Tereza, mulher de garra e firmeza, criou sozinha os filhos. O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, recebe muitos turistas. c) separar termos de mesmo valor sintático: Pais, amigos, vizinhos, colegas de escola, todos o apoiaram. Já conheço a França, a Inglaterra, a Espanha e Portugal. d) separar adjunto adverbial deslocado: No próximo domingo, iremos todos à praia. Comprei, semana passada, este belo tênis. 73 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” e) indicar a omissão de um verbo: Adoro tênis; ela, vôlei. Faço isso por amor às artes; você, por obrigação. f) separar termos intercalados: Prestei hoje, aliás, um grande serviço à comunidade. Trabalho, portanto, para sobreviver. g) separar predicativo deslocado: Preocupado, não consegui estudar. Nervoso, ele gritava muito. h) separar complemento verbal anteposto ao verbo transitivo (com objeto pleonástico): Aquele livro, já o li semana passada. Aos alunos, devolvi-lhes as provas. i) separar termos repetidos: Não, não, não! Amigos, amigos, quão poucos amigos existem! j) para separar SIM e NÃO em respostas iniciando oração: Sim, irei ao cinema com vocês. Não, prefiro pizza. k) separar, em correspondências, nome de lugar da data: São Paulo, 13 de fevereiro de 1922 Fortaleza, 10 julho de 2021. l) separar o nome de um autor da obra produzida por ele: Fernando Sabino, O encontro marcado. Volney Ribeiro, Redação Contextualizada. m) separar o advérbio de negação NÃO precedido de conjunção adversativa subentendida: Você dedicou sua mente a esse projeto, não seu coração. Adoro morar nesta cidade, não neste bairro. n) separar expressões exemplificativas: Ele, por exemplo, já passou em todos os concursos de que participou. O Brasil apresenta alguns problemas, a saber: violência, desigualdade social e corrupção. Obs.: Usa-se dois-pontos, após o termo exemplificativo, se houver enumeração. o) separar expressões adverbiais repetidas com valor superlativo: Ele saiu cedo, cedo. Logo, logo estarei de volta. p) separar o termo vice-versa: O professor amava seus alunos, e vice-versa. O prefeito desconfiava de seus assessores, e vice-versa. 74 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” q) separar termos a que se quer dar ênfase ligados por E: Faça o serviço bem feito, e já! Nossas diferenças precisam ser resolvidas, e logo! r) separar termos corretivos ou explicativos: Conheci Fortaleza nas férias, ou melhor, o litoral cearense. Você é uma pessoa legal, ou seja, muito bacana. 75 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Observação: Não há vírgula no período simples: a) entre o sujeito e o predicado: Ex.: Todos os professores do ensino superior público reivindicam melhores salários. As raízes de todos os problemas brasileiros encontram-se no desvio de dinheiro público. b) entre verbos transitivos e seus complementos: Ex.: Devolvi o livro à biblioteca. Lembrei aos alunos o feriado. c) entre ADJETIVO, SUSTANTIVO ABSTRATO e ADVÉRBIO e seus complementos nominais: Ex.: Este livro será útil a vocês. A reforma da casa implicou muito gasto. O diretor agiu favoravelmente ao nosso projeto. d) entre SUBSTANTIVO ABSTRATO e CONCRETO e seus adjuntos adnominais: Ex.: A resposta do aluno agradou ao professor. Ganhei esse relógio de parede daminha mãe. e) entre nomes ou termos coordenados por conjunção aditiva ou alternativa: Ex.: Trouxe este chocolate para mim e você. Não sei se leio primeiro o jornal ou a revista. II. Usa-se a vírgula, no período composto, a fim de: a) separar orações coordenadas assindéticas: Acordou cedo, tomou banho, comeu e foi para a escola. Abriu os livros, pegou uma caneta, organizou o escritório e começou a estudar. b) separar orações coordenadas sindéticas, principalmente as adversativas, conclusivas e explicativas: Esperei muito por isso, mas valeu a pena aguardar. Estudei muito, portanto farei uma ótima prova. Volte logo, que já está anoitecendo. c) separar orações iniciadas por E com sujeitos diferentes ou com valor de MAS: O professor sugeriu uma aula de campo, e os alunos adoraram a ideia. Ele saiu cedo, e ainda não voltou. d) separar orações intercaladas: Suas críticas, dizia o político, não me atingem. Tenho muita certeza, comentava a garota, de que vou realizar todos os meus sonhos. e) separar orações subordinadas adjetivas explicativas: Aquele idoso, que se encontrava na fila bancária, pretendia receber seus proventos. 76 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Minha tia, que mora na minha casa, está à procura de emprego. f) separar orações subordinadas adverbiais que vêm antes da principal ou interpostas: Já que estava sem dinheiro, não pude viajar. Quando você me convidou para sair, eu disse que, se tivesse terminado de estudar, certamente iria, mas não consegui revisar todos os capítulos para a prova. Observação: É facultativo o uso da vírgula quando as orações subordinadas adverbiais vierem depois da oração principal: Iria à praia hoje, se não estivesse chovendo tanto ou Iria à praia hoje se não estivesse chovendo tanto. Fui ao cinema ontem, embora não desejasse assistir ao filme que estava em cartaz ou Fui ao cinema ontem embora não desejasse assistir ao filme que estava em cartaz. Observação: Não há vírgula no período composto: a) entre orações coordenadas aditivas ligadas por E quando o sujeito é o mesmo: Ex.: Comi demais e acabei passando mal. Estudo e trabalho bastante. b) antes da conjunção coordenativa aditiva NEM quando liga orações curtas: Ex.: Não bebo nem fumo. Esse cachorro não late nem morde. c) entre oração principal e orações subordinadas substantivas: Ex.: Desejo que vocês sejam felizes sempre. O importante é que você esteja bem. d) entre oração principal e oração subordinada adjetiva restritiva: Ex.: Aquela era uma antiga construção do século dezoito que assombrava as crianças das redondezas. A casa em que moro fica do outro lado da avenida. 2. Travessão Esse sinal de pontuação é usado quando se quer dar destaque a uma palavra ou expressão, em substituição a vírgulas. Veja o trecho abaixo: -> O Brasil – maior país da América Latina – é um grande exportador de produtos agropecuários. Além disso, indica a fala do personagem no discurso direto. Observe isso nos exemplos que seguem. -> “Depois que se acenderam as luzes, todos disseram ao mesmo tempo: - Surpresa!” -> “O garoto resmungava consigo: - Não divido mais meu lanche com Sara.” O travessão também é usado quando o narrador aparece no meio da fala das personagens. Veja o exemplo: 77 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” -> “- Professor – insistia o aluno – posso entregar o trabalho que o senhor pediu amanhã?” -> “-Amigos - prosseguiu o diretor – tenho uma novidade para lhes contar.” 3. Dois-pontos Os dois pontos são usados em diversas situações. As principais são as seguintes: antes de citações, em esclarecimento de alguma ideia, em reflexões e em enumerações. Veja os exemplos a seguir: -> Disse Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. -> Estava aflito: não tinha notícias suas há horas. -> Pensem nisto: “Quem despreza os bons conselhos acabará mal, mas quem os segue será recompensado”. (Provérbio de Salomão) -> Com o dinheiro que tinha, pude comprar os seguintes materiais escolares: fichário, canetas, pastas, calculadora, alguns livros e bloco de notas. Nos textos narrativos, surgem também quando o narrador indica que a fala da personagem vem logo em seguida. Observe: -> O cobrador do ônibus não suportava mais aquela situação e perdeu a paciência: - Faça o favor de descer deste ônibus agora! 4. Ponto-de-interrogação O ponto de interrogação é usado em final de frase interrogativa direta. Ex.: Quem te disse isso? Qual o problema? Em frases interrogativas indiretas, emprega-se outro sinal de pontuação. Observe: -> Não sei como você conseguiu chegar aqui sozinho. -> Queria saber o porquê de você ter faltado à reunião do clube ontem. 5. Aspas As aspas são empregadas para marcar ironia, estrangeirismos, gírias, neologismos. São também usadas em citações e para marcar a fala da personagem no discurso direto. Veja os exemplos que seguem: -> Você é muito “esforçado”, nunca entregou um trabalho no dia combinado. -> Garçom, traga-me o “menu”. -> Encontrarei você no “hall” do hotel às 19h30min. -> “Vamos “dar um rolé” no calçadão à noite? -> “Me amarrei” nesse teu visual. -> Vou “deletar” seu nome da minha agenda telefônica. -> Em entrevista a uma revista norte-americana, o empresário Donald Trump deu esta dica para quem deseja ter sucesso profissional: “Não pare. Se aparecer um muro na sua frente, você tem de atravessá-lo. Nem pense em desistir”. -> “Mamãe, onde estamos?” “Não se preocupe, meu filho. O temporal vai passar, e logo estaremos em casa.” 6. Parênteses Empregam-se parênteses principalmente quando se deseja isolar um trecho acessório num texto, em referências bibliográficas e em textos teatrais, nas rubricas que indicam o modo de agir do elenco. Observe os exemplos: -> No olhar da plateia (nada animador), era possível ver o descontentamento com o espetáculo. 78 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” -> “Olha, rapaz, palavra que apreciei seu talento. O homem entra aqui só para comprar anzol e você lhe vende quase a loja inteira.” ( Assis Almeida. Histórias Interessantes. 2ª. ed. Fortaleza: PREMIUS, 2003) -> HELENA: Marcelo! ( Bate na porta) Marcelo! Levante-se, meu filho. Você não vai ao frigorífico? (Ouve qualquer coisa) Então venha tomar café. ( Jorge Andrade. A moratória. Rio de janeiro: Agir, 2002.) 7. Ponto final O ponto final é empregado em final de frases, em especial nas declarações negativas ou afirmativas. Deve ser usado em todo enunciado que tem sentido completo. Ele é essencial para a compreensão do texto, uma vez que períodos longos podem perder a clareza das idéias. Ex.: -> “Os moradores das grandes cidades já não se contentam em domesticar animais de pequeno porte. Foi-se o tempo em que um cachorro, um gato, um papagaio ou um casal de tartarugas eram suficientes. Hoje o bicho de estimação da classe média alta é outro: o jipão.” (Ricardo Freire) O ponto final também é usado em muitas abreviaturas. Eis alguns casos: -> Av. Prof. Pe. Pr. Sr. 8. Ponto-e-vírgula O ponto-e-vírgula normalmente separa uma oração de outra, num período em que já existem vírgulas no interior dele. Além disso, é usado para separar termos que vêm enumerados numa exposição de itens em sequência. É empregado também para isolar orações coordenadas conclusivas e adversativas quando a conjunção está deslocada. Veja os exemplos: -> “Quem tem um coração sábio é conhecido como uma pessoa compreensiva; quanto mais agradáveis são suas palavras, mais você consegue convencer os outros.” (Provérbio de Salomão) -> Logo que entrei na sala, anunciei o que os alunos deveriam fazer: primeiro, formar equipes; segundo, dividir as tarefas por membro de cada equipe; terceiro, preparar um relatório da pesquisa e um resumo; por fim, apresentar o trabalho à classe. -> A prova de amanhã não está fácil; vocês devem, portanto, estudar bastante. -> O sinal para entrada de alunos já havia soado; muitos, porém, permaneciam no pátio da escola. 9. Reticências As reticências são usadas para indicar admiração, surpresa, dúvida, tristeza. Além disso, são também empregadas quando não há necessidade de se completar o pensamento, pois se espera que o leitor o faça. Ex.: -> Com o dinheiro que ganhei vou comprar uma .... uma bicicleta de corrida. -> Não consigo entender o porquê de tanta... afeição por répteis. -> Há quem goste muito de trabalhar, já outros... -> Garotinha, se eu pudesse... 10. Ponto-de-exclamação Emprega-se ponto-de-exclamação em frases imperativas, exclamativas, após interjeições e em lugar de vírgula no vocativo. Observe os exemplos: -> Pare! Não dê mais um passo! -> Olá! Quanta saudade de vocês! -> Oh! -> Amigos! Venham até aqui, por favor! 79 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 14. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. I. REGÊNCIA VERBAL: A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe: A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer. Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém". Saiba que: O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos: Cheguei ao metrô. Cheguei no metrô. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar dediferentes formas em frases distintas. Verbos Intransitivos 80 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. a) Chegar, Ir Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. Exemplos: Fui ao teatro. Ricardo foi para a Espanha. Obs: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o retorno. Importante: reserva-se o uso de "em" para indicação de tempo ou meio. Veja: Cheguei a Roma em outubro. Chegamos no trem das dez. b) Comparecer O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Por Exemplo: Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. c) Morar/Residir/Situar-se São verbos intransitivos, os quais são seguidos da preposição EM Ex.: Moro na rua Fernando Cabral, 136. Resido na avenida Antônio Sales O colégio situa-se na avenida Osório de Paiva. Verbos Transitivos Diretos Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em - r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar: Amo aquele rapaz. / Amo-o. Amo aquela moça. / Amo-a. Amam aquele rapaz. / Amam-no. 81 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Exemplos: Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Namorar → VTD Ex.: Pedro namora Maria há bastante tempo. Maria namora João há um ano. Obs¹: Para melhor identificação do sujeito, o objeto direto pode vir preposicionado. Ex.: Aquela garota namora a um rapaz que não conhecemos. Obs²: Pode vir acompanhado da preposição COM; nesse caso, a expressão iniciada pela preposição representa um adjunto adverbial de companhia. Ex.: O rapaz namorava seu amor com os amigos. Verbos Transitivos Indiretos Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São verbos transitivos indiretos, dentre outros: a) Consistir Tem complemento introduzido pela preposição "em". Por Exemplo: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. b) Obedecer e Desobedecer: Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". Por Exemplo: Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Eles desobedeceram às leis do trânsito. c) Responder Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde. Por Exemplo: Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. 82 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Respondeu-lhe à altura. Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. d) Simpatizar e Antipatizar Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". Por Exemplo: Antipatizo com aquela apresentadora. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada. Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos: Abdicar - Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo. Acreditar - Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força. Almejar - Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações. Ansiar- Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. Antecede - Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos estranhos. Atender - Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. Atentar - Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar. Cogitar - Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia. Consentir - Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas. Deparar - Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha. Gozar - Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde. Necessitar - Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentação. 83 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Preceder - Intensas manifestações precederam a mudança de regime. / Intensas manifestações precederam à mudança de regime. Presidir - Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro. Renunciar - Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta. Satisfazer - Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe. Versar - Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar - São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: Agradeço aos ouvintes a audiência. Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. Paguei o débito ao cobrador. O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe: Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. Saiba que: Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos: A empresa não paga aos funcionários desde setembro. Já perdoei aos que me acusaram. Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. Informar - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. Exemplos: Informe os novos preços aos clientes. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 84 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Informei-osaos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) Obs.: a mesma regência do verbo “informar” é usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. Comparar - Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento indireto. Por Exemplo: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. Pedir - Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. Exemplos: Pedi-lhe favores. Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Saiba que: 1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida. Exemplo: Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). 2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta. Preferir - Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a". Exemplos: Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Prefiro trem a ônibus. Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: 1. Agradar → mimar, acariciar : VTD 85 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” → contentar, ser agradável : VTI Ex.: A menina agradava seu gatinho. O palhaço não agradou ao público. 2. Aspirar → inalar, sorver: VTD → anelar, almejar: VTI Ex.: Aspirei o gás tóxico e passei muito mal. Aspiramos a uma vaga na universidade. 3. Assistir: → ajudar: VTD → presenciar, ver: VTI → caber: VTI → residir: VI Ex.: É dever do profissional de saúde assistir os pacientes. Assistimos a todo o espetáculo. Votar é um direito que lhe assiste. O governador assiste em Fortaleza. 4. Chamar → invocar, convocar: VTD → tachar, apelidar: VTD ou VTI + predicativo do objeto com ou sem preposição Ex.: O supervisou chamou os alunos. O professor chamou o aluno inteligente. O professor chamou o aluno de inteligente. O professor chamou ao aluno inteligente. O professor chamou ao aluno de inteligente. 5. Custar → acarretar: VTDI Ex.: O estudo custa muito gasto aos pais. → ser difícil , custoso: VTI Ex.: Custam-me muito conseguir tal aprovação. Obs.: Não aceita pessoa ou coisa como sujeito; tem como sujeito uma oração. Ex.: Custou-me aprender inglês. 6. Implicar → ter implicância: VTI Ex.: Aquela aluna implicava com os colegas. → acarretar: VTD 86 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Ex.: Passar no vestibular implica muita dedicação. → envolver-se: VTI Ex.: O político implicou-se em problemas. → envolver: VTDI Ex.: Implicaram o rapaz em problemas. 7. Proceder → agir: VI → origem, procedência: VI → dar andamento, dar início: VTI Ex.: Aquele político precedeu mal. Donde você procede? Procederam ao sorteio do bingo. 8. Querer → estimar, querer bem: VTI → desejar, almejar: VTD Ex.: Quero muito a meus colegas. Quero muito essa vaga na universidade federal. 9. Servir → atender: VTD → ser útil: VTI Ex.: O garçom ainda não serviu a sobremesa. Esse computador servirá muito ao meu escritório. 10. Visar → mirar: VTD → pôr o visto: VTD → almejar, desejar: VTI Ex.: O atirador visou o centro do alvo. O professor visou a prova dos alunos. Visamos a um mundo melhor. II. REGÊNCIA NOMINAL Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja: Obedecer a algo/ a alguém. Obediente a algo/ a alguém. 87 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Substantivos Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de Aversão a, para, por Doutor em Obediência a Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por Bacharel em Horror a Proeminência sobre Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por Adjetivos Acessível a Entendido em Necessário a Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a Agradável a Escasso de Paralelo a Alheio a, de Essencial a, para Passível de Análogo a Fácil de Preferível a Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a Apto a, para Favorável a Prestes a Ávido de Generoso com Propício a Benéfico a Grato a, por Próximo a Capaz de, para Hábil em Relacionado com Compatível com Habituado a Relativo a Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por Contíguo a Impróprio para Semelhante a Contrário a Indeciso em Sensível a Descontente com Insensível a Sito em Desejoso de Liberal com Suspeito de Diferente de Natural de Vazio de Advérbios Longe de Perto de Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. 88 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 15. CRASE Crase é a fusão da preposição a com o artigo a(s) , com a o a(s) pronome demonstrativo (= aquela(s) ) e com o a dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo. Para indicar essa fusão, contração usa-se o acento grave ( ` ) - indicador de crase. Geralmente, a preposição a é regida por alguns substantivos abstratos, adjetivos e advérbios e por certos verbos transitivos e intransitivos. Veja estes exemplos: I. Aquele artista tem grande amor às (a + as) artes. II. Sou indiferente à (a + a) ideia apresentada pelo grupo. III. O diretor agiu favoravelmente às (a + as) propostas dos alunos. IV. Ontem não pude assistir à (a + a) aula. V. A coordenação entregou flores às (a + as) alunas. VI. Cheguei cedo à (a + a) sala de reuniões. Para não ter dúvidas quanto à ocorrência da crase com os pronomes demonstrativos apresentados no parágrafo inicial, pode-se usar o seguinte critério: àquele(s) = a esse(s) àquela(s) = a essa(s) àquilo(s) = a isso à(s) = àquela(s) = a essa(s) Observe os exemplos: I. Jamais fiz referência àquele (= a esse) aluno. II. Estou atento àquela (= a essa) figura ébria que se aproxima do ponto de táxi. III. Aspiro àquilo (= a isso) que você me sugeriu ontem. IV. Não me refiro à (= àquela) senhora que esta sentada, mas à (=àquela) que está em pé. Na ausência da preposição, não haverá crase: I. Visitei aquele (= esse) país maravilhoso ano passado. II. Conheço aquela (= essa) senhora há bastante tempo. III. Li aquilo (= isso) que você pediu. IV. Reconheço a (= aquela) que sentou, não a (= aquela) que levantou. CRASE NAS LOCUÇÕES FEMININAS1. Prepositivas Ex.: à espera de; à frente de; à custa de; à moda de; à mercê de; à procura de; à exceção de. Observação: Não há crase com as expressões a respeito de, a favor de, a serviço de porque são masculinas. 2. Adverbiais Ex.: às pressas; à vontade; à mingua; à direita; à esquerda; à tarde; à noite; à toa; às escondidas; às ocultas; às claras. Observações: 89 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” a) Não ocorre crase com as expressões adverbiais de meio ou de instrumento. Ex.: matar a bala; escrever a mão; bater a máquina, etc. b) Só se usa o acento indicador de crase com tais expressões para manter a clareza textual. Ex.: O vendedor, irritado, bateu a porta. O insistente vendedor batia à porta. Perceba que, no primeiro trecho, há agressividade por parte do vendedor; no segundo, ele apenas chama alguém e espera ser atendido. c) Nas locuções adverbiais de modo, não ocorre crase se o a está no singular seguido de nome no plural. Ex.: Construí esse patrimônio a duras penas. O político foi recebido a pedradas. d) Ocorre crase com as locuções adverbiais de tempo iniciadas pela preposição a quando, no lugar dela, se puder usar a preposição em. Ex.: àquele (naquele) momento, tudo se fez silêncio; à (na) chegada do ministro à cidade, ouviram-se vaias. 3. Conjuntivas Ex.: à medida que; à proporção que. DÚVIDAS MAIS COMUNS 1. Crase nas expressões indicadoras de horas: Com tais expressões, ocorre crase se forem adverbiais femininas. Ex.: Cheguei aqui às 13h. Se dissermos, porém, “Estou aqui desde as 13h.”, a expressão destacada na frase é apenas artigo seguido de numeral e substantivo; não constitui, portanto, locução adverbial feminina. 2. Acento grave na expressão às vezes Ocorrerá crase se a expressão for uma locução adverbial feminina de tempo. Nesse caso, ela pode ser substituída por um dia qualquer da semana. Havendo preposição + artigo no termo usado na substituição, o mesmo fato se dará a locução às vezes. Caso contrário, o termo representará apenas um artigo acompanhando um substantivo no plural. Ex.: Às vezes (aos domingos), vou ao cinema, porém, nem todas as vezes gosto do filme que vejo. 3. Acento grave antes de nomes de cidades, estados, países e continentes (topônimos) Usa-se o acento grave no a / as quando podem ser substituídos sem problemas por para a ou para as. Percebe-se que haverá o encontro do a preposição com o a artigo que antecede o nome de lugar, o qual será uma palavra feminina. Ex.: Fui à (para a) Europa com um grupo de amigos. Irei à (para a) Bahia após o vestibular. Observação: Se o nome de lugar vier seguido de um determinante feminino, haverá crase. Ex.: Vou à (para a) Roma de Júlio César nas férias. Iremos à (para a) histórica Olinda no réveillon. 90 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” CASOS EM QUE NÃO OCORRE CRASE Não se deve usar o acento indicador de crase nos seguintes casos: 1. No sujeito: Ex.: A professora acabara de chegar. 2. No objeto direto: Ex.: Já devolvi as provas aos alunos. 3. Antes de palavra masculina: Ex.: Sua roupa está cheirando a suor. 4. Antes de verbo: Ex.: A partir daquele dia, não nos vimos mais. 5. Antes de artigo indefinido: Ex.: Domingo, irei a uma praia do litoral leste. 6. Após preposição: Ex.: Os soldados ingleses estavam perante a rainha. 7. Entre palavras repetidas: Ex.: Ficaram cara a cara. 8. Antes de palavras femininas em pregadas em sentido genérico: Ex.: Não costumo ir a reuniões nem a festas da empresa. Refiro-me a mulheres, não a crianças. 9. Antes de pronomes que não são precedidos de artigo: Ex.: Entreguei o livro a ela. Comunico a vossa senhoria que os relatórios já estão prontos. A praia a que me refiro é encantadora. Darei a essa jovem o que ela me está pedindo. Entregue um panfleto destes a toda pessoa que passar por aqui. Você entregou o dinheiro a quem? Observação: Pode ocorrer crase com os pronomes de tratamento senhora e senhorita, que vêm precedidos de artigo. Ex.: Contarei à senhora tudo o que vi naquela noite. Estou levando à senhorita os produtos que encomendou. 10. Antes de numerais cardinais: Ex.: O número de feridos pode chegar a cinco mil. Observação: Pode haver crase com o a que antecede numeral ordinal feminino. Ex.: Sempre me refiro à primeira vez que nos vimos. 91 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” CASOS FACULTATIVOS DE CRASE 1. Após a preposição ATÉ, antes de nomes femininos. Ex.: Vou caminhar daqui até a praia ou até à praia. Fui até a ou até à padaria, mas já estava fechada. 2. Antes de pronome possessivo feminino. Ex.: Disse a verdade a/à sua tia e a/à sua mãe. Ofereceram um salário muito baixo a/à nossa irmã. Observação: Ocorre crase obrigatoriamente antes de pronome possessivo feminino, quando, após ele, há um substantivo feminino subentendido. Ex.: Não estou fazendo referência a/à minha escola, mas à sua. 3. Com nomes de mulheres. Ex.: Dediquei a/à Joana a atenção de que precisava. Observação: O artigo antes de nomes de pessoas denota familiaridade. Quando se trata de nome pessoas célebres, o artigo não aparece, consequentemente não haverá crase. Ex.: Sempre faço alusão a Cleópatra. CASOS ESPECIAIS 1. Com a palavra casa, no sentido de lar Só ocorre crase quando o vocábulo casa vêm seguido de um determinante, que pode ser masculino ou feminino. Ex.: Fui a casa pegar uns livros. De volta a casa, pretendo reorganizar minha vida. Irei à casa de meus avós nas férias. Vou à casa do prefeito amanhã. 2. Com a palavra terra, quando se opõe a bordo Não ocorre crase se ela vier sozinha, sem um determinante. Ex.: Os marinheiros desceram a terra. A tripulação do navio chegou a terra. Observação: Se o vocábulo terra, porém, vier com um modificador, não se opondo à ideia de estar numa embarcação, haverá crase. Ex.: Pretendo ir à terra de meus tios no feriado. 3. Com a palavra distância Não ocorre crase se o vocábulo vier sem um determinante, um termo que o delimite. Ex: Antigamente, víamos violência a distância, o que não ocorre hoje. Os curiosos ficaram a distância. Observação: Se o vocábulo vier especificado, definido, haverá crase. Ex.: A explosão aconteceu à distância de cem metros de onde estávamos. 16. COLOCAÇÃO PRONOMINAL 92 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Em relação ao verbo, os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, o(s), a(s), lhe(s) podem ser colocados de três maneiras distintas. Vejamo-las: 1. PRÓCLISE (pronome antes do verbo) Com apenas um verbo, usa-se a próclise: a) com palavras negativas: Ex.: Nunca lhe fiz mal. Não se esqueça de meu aniversário. b) com advérbio sem vírgula: Ex.: Hoje me lembrei de você. Aqui se aprende português. c) com pronomes indefinidos, interrogativos, relativos e demonstrativos neutros: Ex.: Tudo se transforma. Quem te disse isso? Chegou o escritor do qual te falei ontem. Isso me interessa. d) com conjunções subordinativas: Ex.: Quando me viu, ficou muito emocionada. Fiz isso porque o quis. e) nas orações optativas / exclamativas / que exprimem desejo: Ex.: Deus te abençoe! Bons ventos o levem! f) Com verbo no gerúndio precedido da preposição EM: Ex.: Em se tratando de política, sou leigo no assunto. 2. MESÓCLISE (pronome no meio do verbo) A mesóclise é usada com verbo no futuro do presente ou do pretérito, desde que o verbo não venha precedido de palavra que motive a próclise. Ex.: Mostrar-te-ei o carro que comprei ontem. Enviar-te-ei amanhã os documentos que solicitaste a mim. Observação: Próclise obrigatória, por mais que o verbo esteja no futuro: Ex.: Jamais te faria mal. Nunca te enviarei as fotosque me pediste. 3. ÊNCLISE (depois do verbo) Usa-se a ênclise com orações iniciadas por verbos, salvo os que se encontram no futuro: Ex.: Levantem-se! 93 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Disse-lhe toda a verdade. Observações: 1. Pode ocorrer próclise, mesóclise ou ênclise quando o sujeito não apresenta palavra atrativa. Ex.: Aquele assunto me interessou ou interessou-me muito. Ele se esforça ou esforça-se bastante. Os jovens se amarão ou amar-se-ão intensamente. 2. Quando o verbo está no infinitivo precedido de preposição, por mais que haja palavra atrativa na frase, pode ocorrer próclise ou ênclise. Ex.: Fez isso tudo por não me amar ou amar-me. Emprego de pronomes oblíquos em locuções verbais 1. Se não houver palavra atrativa, que determina a próclise, antes da locução verbal, o pronome oblíquo pode ser usado antes do verbo auxiliar, depois do verbo auxiliar e depois do verbo principal, desde que esteja no infinitivo ou no gerúndio. a) verbo auxiliar + infinitivo Eu lhe precisava contar toda a verdade. Eu precisava-lhe contar toda a verdade. Eu precisava contar-lhe toda a verdade. b) verbo auxiliar + gerúndio Ela me estava contando toda a verdade. Ela estava-me contando toda a verdade. Ela estava contando-me toda a verdade. c) verbo auxiliar + particípio O garoto se havia machucado. O garoto havia-se machucado. Observação: Não há pronome oblíquo átono depois de verbo no particípio. 2. Se houver palavra atrativa antes da locução verbal, o pronome oblíquo pode ser usado antes do verbo auxiliar e depois do verbo principal, desde que não esteja no particípio. a) verbo auxiliar + infinitivo Eu jamais lhe precisava contar toda a verdade. Eu jamais precisava contar-lhe toda a verdade. b) verbo auxiliar + gerúndio Ela não me estava contando toda a verdade. Ela não estava contando-me toda a verdade. c) verbo auxiliar + particípio O garoto nunca se havia machucado. 94 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Observações: 1. Se o verbo auxiliar da locução verbal estiver no futuro, pode ocorrer próclise ou mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes da locução. Ex.: Você me poderia / poderá contar a verdade? Você poder-me-ia / poder-me-á contar a verdade? 2. Nas locuções com verbo auxiliar no futuro, o pronome oblíquo pode ficar também depois do verbo principal. Ex.: Você poderia / poderá contar-me a verdade? 17. CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes. Por exemplo: Aquela aluna estudiosa passará no concurso. Aquelas alunas estudiosas passarão no concurso. Aquele aluno estudioso passará no concurso. Aqueles alunos estudiosos passarão no concurso. CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 1. Junto / Anexo / Incluso Concordam com o nome a que se referem. Ex.: Os garotos caminhavam juntos. Juntas, elas seguiam pela calçada. A carta segue anexa. Os recibos seguem anexos. As contas de luz seguem inclusas. Vão todos os documentos inclusos. Obs.: A expressão “em anexo” é invariável. Ex.: Seguem, em anexo, as cartas. 2. Pseudo / Menos / Alerta São invariáveis. Ex.: Eram pseudoamigos. Quero menos conversa e mais ação. Os vigias sempre devem estar alerta. 3. Obrigado / Agradecido / Grato 95 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Concordam com o nome a que se referem. Ex.: A garota, satisfeita com o presente, disse: muito obrigada. Quando o rapaz chegou a casa e viu o que ganhara do pai, disse: obrigado. Estou muito agradecido, disse o rapaz. Depois de receber o presente do pai, a garota disse que estava muito agradecida. Somos gratos a você, disseram os alunos. As alunas disseram ao professor que estavam gratas. 4. Mesmo / Próprio Concordam com o nome a que se referem. Ex.: Ela mesma fez o trabalho. O professor mesmo disse isso. Elas próprias estiveram aqui. Ele próprio resolveu o problema. Obs.: Mesmo = certamente ou inclusive → invariável. Ex.: As professoras viajarão mesmo para o exterior. Mesmo a professora não conseguiu resolver a questão. 5. Leso /Quite Concordam com o nome a que se referem. Ex.: Aquele foi um crime leso-patriotismo / lesa-pátria. Estás quite com o serviço militar? Estamos quites com o serviço militar. 6. Bastante Variável = suficientes, muitos ou muitas Invariável = muito Ex.: Suas notas foram bastantes para sua aprovação no vestibular. Comprei bastantes livros ontem. Conheço bastantes cidades europeias. Nossos alunos passarão no vestibular porque estudam bastante. 7. Meio Variável (substantivo, adjetivo, numeral) Invariável (advérbio = um tanto, um pouco) Ex.: Você acha que os fins justificam os meios? Acredite nisto: não sou uma pessoa de meias palavras. Não acredito que comeu meia melancia. A atleta disse que estava meio cansada naquela manhã. 8. Caro /Barato 96 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Variáveis = quando usados como modificadores de substantivos ou com verbo de ligação. Ex.: Gosto de usar roupas caras / baratas. Sempre usou sapatos caros / baratos. Invariáveis = quando modificam verbo, principalmente o custar. Ex.: Essas roupas custaram caro / barato. 9. Particípio Só não varia quando acompanhado dos auxiliares Ter ou Haver. Ex.: Encerradas as aulas, todos saíram. Terminados os exames, os alunos saíram. O professor tinha explicado os conteúdos à turma. 10. Todo Varia sempre, ainda que seja advérbio. Ex.: O prédio foi todo reformado. A casa foi toda reformada. Todo(a) = qualquer . Ex.: Todo estado brasileiro elegeu governante. Todo(a) o (a) = inteiro. Ex.: Todo o país foi às urnas eleger seus representantes políticos. Obs.: No plural só não acompanha os, as, quando seguido de alguns pronomes. Ex.: Todos os dias, lembro-me de você. Todos aqueles momentos que passamos juntos foram inesquecíveis. 11. Substantivo usado como adjetivo É invariável. Ex.: Ela gostava muito de blusas vinho. Só usava sapatos cinza. 12. Adjetivo composto Se os dois elementos da palavra composta são adjetivos, varia apenas o segundo. Ex.: Seus olhos eram verde-claros. Eram lentes côncavo-convexas. Se um dos elementos da palavra composta for substantivo, o composto é invariável. Ex.: Os olhos dela eram verde-mar. Ambos os elementos de “surdo-mudo” variam. Ex.: Eram garotos surdos-mudos. Eram garotas surdas-mudas. 97 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Observação: Os adjetivos azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são invariáveis. 13. Adjetivo seguido de vários substantivos Geralmente, concorda com o substantivo mais próximo. Ex.: Esta é uma má hora e lugar para falar disso. Escolhi mau lugar e hora para falar desse assunto. Se for predicativo, concorda com o núcleo mais próximo ou vai para o plural. Ex.: Sempre julguei esforçada/esforçados a garota e o namorado. Observação: Quando os substantivos são de gêneros diferentes, o plural do adjetivo é usado no masculino. Se os substantivos indicarem parentesco ou forem nomes próprios, o plural do adjetivo é obrigatório. Ex.: Os inteligentes Maria e José passaram no difícil concurso de que participaram. Os amoráveis avô e avó adoravam passas asférias com seus netos. 14. Adjetivo precedido de vários substantivos Concorda com o substantivo mais próximo ou vai para o plural. Ex.: Comprei uva e maçã nacional/nacionais. Vai para o plural se os substantivos são antônimos. Ex.: Ontem, na serra gaúcha, houve dia e noite muito frios. Observação: Se os substantivos são considerados sinônimos, o adjetivo concorda com o núcleo mais próximo. Se o adjetivo for predicativo, o plural é obrigatório. Ex.: O aluno e a aluna eram esforçados. O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo quando só a ele pode se referir. Ex.: Comprei no supermercado carne fresca e bananas bastante maduras . 15. Só É variável quando é adjetivo; equivale a sozinho. Ex.: Os garotos ficaram sós (sozinhos) em casa. É invariável quando é advérbio; equivale a somente. Ex.: Os pais viajaram, e só (somente) os filhos ficaram em casa. Observação: A expressão “a sós” é invariável. 16. TAL QUAL 98 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Tal concorda com o termo anterior e Qual com o substantivo posterior. Ex.: Ele era tal qual o pai. Eles eram tais quais os pais. Eles eram tais qual o pai. Ele era tal quais os pais. 17. É necessário - É proibido - É permitido - É bom O Adjetivo (predicativo) varia somente quando se refere um substantivo feminino determinado. Ex.: É permitido entrada de visitantes. É permitida a entrada de visitantes. 18. CONCORDÂNCIA VERBAL Regra Geral O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Exemplos: O professor resolveu o problema Tu decidiste partir. Nós saímos cedo. Eles foram a Paris. Regras Especiais 1. Sujeito representado por pronomes interrogativos ou indefinidos seguidos de pronomes pessoais: a) Se os pronomes indefinidos ou interrogativos estiverem no singular, o verbo não se flexiona. Exemplos: Qual de nós passará nesse concurso? Algum de nós passará em tal concurso? b) Se os pronomes indefinidos ou interrogativos estiverem no plural, o verbo concordará com eles ou com o pronome pessoal. Exemplos: Alguns de nós farão/faremos a prova. Quais de nós terão/teremos êxito no exame? 2. Sujeito representado pelos pronomes relativos QUE e QUEM a) Com o relativo QUE, o verbo concorda com o termo antecedente. Ex – Fui eu que refiz o percurso. Fomos nós que saímos cedo. b) Com o pronome relativo QUEM, o verbo fica na terceira pessoa do singular (concorda com ele) ou concorda com o termo antecedente. Exemplos: Fui eu quem fiz/fez o exame. Foste tu quem me procurou/ procuraste no clube? 99 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 3. Sujeito representado por pronome de tratamento: o verbo concordará com o número do pronome. Exemplos: Vossa senhoria está bem? Vossas senhorias precisam de algo? 4. Sujeito representado por expressões partitivas. a) O verbo concorda com tal expressão. Exemplos: Boa parte do grupo compareceu à reunião. Grande parte do grupo estava na reunião. b) O verbo poderá ir para o plural ou ficar no singular, se a expressão vier seguida de nome no plural. Exemplo: Boa parte dos alunos saiu/saíram cedo. 5. Verbos FAZER e HAVER como impessoais: a) O verbo FAZER, quando indica tempo cronológico ou meteorológico, fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Faz cinco anos que não te vejo. Faz rigorosos invernos no Sul. Observação – Em locuções verbais, o verbo auxiliar não terá plural. Exemplos: Vai fazer dez anos que não a vejo. Pode fazer invernos rigorosos próximo ano no Brasil. b) Verbo HAVER com sentido de existir, ocorrer e acontecer ou indicando tempo passado fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Havia pobres e ricos na cerimônia. Haverá sempre problemas sem solução. Observação – Em locuções verbais, o verbo auxiliar não terá plural. Exemplos: Deve haver pessoas honestas trabalhando no caso. Poderá haver muitas vantagens na aquisição desse imóvel. 6. Verbos ACONTECER, EXISTIR e OCORRER: a) Tais verbos são intransitivos e concordam com os seus sujeitos, os quais geralmente vêm pospostos a eles. Exemplos: Aconteceram cenas inusitadas durante o evento. Ocorreram fatos desagradáveis. b) Se vierem em locução verbal, a locução será flexionada, se o sujeito for plural: Devem existir sérios motivos para sua ausência. Podem ocorrer acidentes durante o ensaio. 7. “MAIS DE” – O VERBO CONCORDA COM O SUBSTANTIVO 100 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Mais de um aluno chegou. Mais de dez alunos forma bem classificados. 8. “UM DOS QUE” – VERBO NO SINGULAR OU NO PLURAL Ele foi um dos que passou no exame. Ela foi uma das que passaram no exame. 9. Sujeito composto seguido de aposto resumidor: O verbo concordará com a palavra resumidora. Exemplos: Dinheiro, fama, prazeres, mulheres, nada o alegrava. Vizinhos, colegas, parentes, todos o ajudaram. 10. Sujeito representado por coletivo: a) O verbo vai para a terceira pessoa do singular ou do plural conforme o número do coletivo. Exemplos: O pelotão marchava cadenciadamente. Os pelotões marchavam cadenciadamente. b) Caso o coletivo venha seguido de nome no plural, o verbo concordará com este ou com aquele: Uma multidão de desabrigados cobrava/cobravam soluções ao governo. 11. Nomes só usados no plural: a) Se o nome não vier precedido de artigo, o verbo ficará para o plural: Estados Unidos domina o mercado financeiro internacional. b) Se o nome vier procedido de artigo, o verbo irá para o plural: Os Estados Unidos dominam o mercado financeiro internacional. 12. Verbo “SER” a) Se o sujeito representa quantidade, o predicativo e o verbo ficam no singular, ou ambos se flexionam: Dez mil reais é suficiente ou são suficientes. b) O verbo concorda com expressões que indicam hora, data e distância: Já são 9h30min. Hoje são 14 de janeiro. Da minha casa ao colégio são 2km. c) Quando o sujeito e o predicativo não representam pessoa, o verbo concorda com um ou com o outro indiferentemente: Aquilo é ou eram mentiras dela. A vida será ou serão estas ilusões? d) Se o sujeito ou o predicativo representar pessoa, o verbo concordará com o termo em que há pessoa: 101 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Os homens são pó. Aquela criança adotada era os sonhos dos pais. e) Se o sujeito ou o predicativo é representado por pronome pessoal do caso reto, a concordância será com tal pronome: O engenheiro és tu. A pátria somos nós. f) Se houver pronome pessoal do caso reto no sujeito e no predicativo, a concordância será com o pronome que vem antes do verbo: Tu não és ele. Ele não é eu. 13. Sujeito composto anteposto ao verbo A) O verbo irá para o plural: Pedro e João fizeram os exercícios. B) O verbo admite o singular se os núcleos forem sinônimos, vierem em gradação ou se forem verbos no infinitivo: A paz e a harmonia constituía(m) seu viver. Uma alegria, uma satisfação enorme, uma felicidade intensa o dominava(m). Caminhar e nadar faz(em) bem à saúde. C) Se os verbos no infinitivo forem antônimos, o plural é obrigatório: Na vida, rir e chorar se alternam. 14. Sujeito composto posposto ao verbo O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo: Voa(m), sem que percebamos, a vida e os anos. Voam, sem que percebamos, os anos e a vida. 15. Verbo PARECER + INFINITIVO A) Concorda com o sujeito se a expressão constituir locução: As estrelas parecem brilhar. B) Haverá duas orações, se não constituir locução verbal. Nesse caso, o verbo “parecer” fica no singular, e o infinitivo pode irpara o plural, dependendo do seu sujeito: Parece brilharem as estrelas (ou: Parece que as estrelas brilham) 16. Verbos DAR, BATER e SOAR, indicando horas. Concordam com o sujeito expresso na frase: Deram/Bateram/Soaram 10h os sinos da catedral. Deu/Bateu/Soou uma hora nos sinos da catedral. 17. Verbo com índice de indeterminação do sujeito e com partícula apassivadora: 102 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” a) Com SE índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica sempre em terceira pessoa do singular: Precisa-se de funcionários. Não se obedecia às leis naquela região. b) Com SE partícula apassivadora, o verbo concorda com o sujeito: Aluga-se carro. Alugam-se carros. 18. Termos ligados pela preposição COM O pai como filho pintaram a casa. O pai, com o filho, pintou a casa. O pai pintou a casa com o filho. 19. Sujeito representado por pronomes pessoais: a) Se, entre os elementos, houver o pronome EU, o verbo irá para a primeira pessoa do plural. Ele, tu e eu sairemos hoje. Pedro, Lucas e eu iremos ao cinema. b) Se a segunda e a terceira pessoa formarem o sujeito, o verbo irá para o plural em segunda ou terceira pessoa: Tu e ele saireis/sairão hoje? Tu e ele ireis/irão ao cinema? c) O verbo concordará com o elemento mais próximo ou com quem tem primazia, se o sujeito for posposto: Saireis/saíram/sairás tu e ele hoje? Sairemos/Sairei eu, tu e ela hoje? 20. Núcleos do sujeito ligados pela conjunção “OU”: a) O verbo concorda com o elemento mais próximo quando não indica inclusão: Maria ou Paula será escolhida secretária. Os trabalhadores ou o trabalhador reivindicava aumento de salário. O trabalhador ou trabalhadores reivindicavam aumento de salário. Os professores ou a direção tomará providências. b) O verbo irá para o plural se tais elementos indicarem inclusão: A fome ou a sede me incomodam bastante. O seu choro ou o meu lamento entristecem muito a ela. 21. Flexão do infinitivo: Ocorre quando tem sujeito diferente do sujeito do outro verbo: Ela viu correrem os ladrões. Mandei entrarem os convidados. Deixaram saírem os alunos 103 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Obs.: Lembre-se de que os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR e SENTIR não formam locução verbal. 22. Sujeito representado pelas expressões: um e outro, nem... nem a) O verbo fica no singular ou no plural com as expressões UM e OUTRO, se houver a ideia de reciprocidade, o plural é obrigatório: Um e outro fará/farão os exames. Um e outro se beijaram durante o encontro. b) A expressão NEM... NEM leva o verbo para o singular ou plural: Nem meu pedido nem sua súplica mudaram/mudou sua conduta. 23. Sujeito representado pelas expressões: UM OU OUTRO, NEM UM NEM OUTRO. a) Com a expressão UM OU OUTRO o verbo fica no singular: Dizem que um ou outro passará nas provas. Um ou outro chegou cedo. b) O verbo também concorda com a expressão NEM UM NEM OUTRO apenas no singular: Ex.: Nem um nem outro pagou o que devia. EXERCÍCIOS 1. SEMÂNTICA 1. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há um sinônimo. a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) c) delatar = expandir; dilatar = denunciar d) deferir = diferenciar; diferir = conceder e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação 2. Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo sublinhado não implique a possibilidade de mudança de sentido do enunciado. a) Belo Horizonte já foi uma linda cidade. Belo Horizonte já foi uma cidade linda. b) Filho meu não irá para o exército. Meu filho não irá para o exército. c) Meu carro novo é maior. Meu novo carro é maior. d) Por algum dinheiro, ele seria capaz de vender a casa. Por dinheiro algum, ele seria capaz de vender a casa. e) Com uma simples dose do medicamento, ficou curada. Com uma dose simples do medicamento ficou curada. 3. Fotografia divulgada na internet mostra a placa com o nome de um bar. Nela se lê: “BAR ÁLCOOL ÍRIS”. Pode-se criticar a suposta originalidade, mas não há dúvida de que a escolha do 104 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” nome baseou-se na relação que há entre as palavras “álcool” e “arco”, o que caracteriza um caso de a) ambiguidade b) homonímia c) paráfrase d) paronímia e) polissemia. 4. Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta grave confusão no que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma apresenta uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos, selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada. Assinale-a. a) A descoberta do plano de conquista era eminente. b) O infrator foi preso em flagrante. c) O candidato recebeu despensa das duas últimas provas. d) O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura. e) Os culpados espiam suas culpas na prisão. 5. No ___________ do_____________ violoncelista, havia muitas pessoas, pois era uma ______ beneficente. a) conserto - eminente - sessão b) concerto - iminente - seção c) conserto - iminente - seção d) concerto - eminente – sessão e) concerto - eminente - cessão 6. O significado da palavra em negrito está correto em: a) absorver: perdoar, remir b) extrato: fragmento, resumo c) descriminar: discernir, separar d) ratificar: corrigir, emendar e) inserto: impreciso, não certo 2. TIPOLOGIAS TEXTUAIS 7. Leia o texto a seguir: Diversas são as naturezas dos instrumentos de que dispõe o povo para participar efetivamente da sociedade em que vive. Políticos, sociais ou jurisdicionais, todos eles destinam- se à mesma finalidade: submeter o administrador ao controle e à aprovação do administrado. O sufrágio universal, por exemplo, é um mecanismo de controle de índole eminentemente política — no Brasil, está previsto no art. 14 da Constituição Federal de 1988, que assegura ainda o voto direto e secreto e de igual valor para todos —, que garante o direito do cidadão de escolher seus representantes e de ser escolhido pelos seus pares. Costuma-se dizer que a forma de sufrágio denuncia, em princípio, o regime político de uma sociedade. Assim, quanto mais democrática a sociedade, maior a amplitude do sufrágio. Essa não é, entretanto, uma verdade absoluta. Um sistema eleitoral pode prever condições legítimas a serem preenchidas pelo cidadão para se tornar eleitor, desde que não sejam 105 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” discriminatórias ou levem em consideração valores pessoais. Segundo José Afonso da Silva, considera-se, pois, universal o sufrágio quando se outorga o direito de votar a todos os nacionais de um país, sem restrições derivadas de condições de nascimento, de fortuna ou de capacidade especial. No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo universal. Internet: http://jus.com.br (com adaptações). O texto é, essencialmente, a) informativo. b) prescritivo e normativo. c) dissertativo-argumentativo. d) narrativo. e) descritivo. 8. Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta. 1. Narrar 2. Argumentar 3. Expor 4. Descrever 5. Prescrever ( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo. ( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações,avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. ( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto. ( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade. ( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão. a) 3, 5, 1, 2, 4 b) 5, 3, 1, 4, 2 c) 4, 2, 3, 1, 5 d) 5, 3, 4, 1, 2 e) 2, 3, 1, 4, 5 9. Analise os períodos abaixo: http://jus.com.br/ 106 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” • “A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias e o computador travou de vez (...).” • “...o estresse representa um sinal de que estamos saudáveis. (...) é uma carga de ansiedade que todos recebemos para evoluir na vida.” • “...o cortisol, conhecido como hormônio do estresse e liberado pelo cérebro em situações de pressão.” Eles exemplificam, respectivamente, os seguintes tipos de textos: a) argumentação - argumentação - descrição. b) argumentação - descrição - narração. c) descrição - narração - argumentação. d) narração - descrição - descrição. e) narração - descrição - argumentação. A sua vez Você já é grandinho o suficiente para saber que brincadeira é para a vida toda Boa parte das brincadeiras infantis são um ensaio para a vida adulta. Criança brinca de ser mãe, pai, cozinheiro, motorista, polícia, ladrão (e isso, você sabe, não implica nenhum tipo de propensão ao crime). E, ah, quando não há ninguém por perto, brinca de médico também. É uma forma de viver todas as vidas possíveis antes de fazer uma escolha ou descoberta. Talvez seja por isso que a gente pare de brincar aos poucos – como se tudo isso perdesse o sentido quando viramos adultos de verdade. E tudo agora é para valer. Mas será que parar de brincar é, de fato, uma decisão madura? Atividades de recreação e lazer estimulam o imaginário e a criatividade, facilitam a socialização e nos ajudam a combater o estresse. Mas, se tudo isso for o objetivo, perde a graça, deixa de ser brincadeira. Vira mais uma atividade produtiva a cumprir na agenda. Você só brinca de verdade (ainda que de mentirinha) pelo prazer de brincar. E só. Como escreveu Rubem Alves, quem brinca não quer chegar a lugar nenhum – já chegou. QUINTANILHA, Leandro http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe_no_chao/conteudo_399675.shtml 10. Quanto à tipologia, o texto classifica-se como a) injuntivo. b) narrativo. c) descritivo. d) expositivo. e) argumentativo. O projeto original do Metrô/DF é composto por 29 estações, das quais 21 estão em funcionamento. Possui, atualmente, uma frota de 20 trens, e transporta uma média de 150 mil passageiros ao dia — de segunda a sexta-feira, das 6h às 23h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 19h. As linhas do Metrô/DF possuem a forma da letra Y. Dos 42,38 Km de extensão, 19, 19 Km interligam a estação Central — localizada na rodoviária do plano piloto de Brasília — à Estação Águas Claras. Outros 14,31 Km compreendem o ramal que parte da estação Águas Claras, percorrendo Taguatinga Centro e Norte, até Ceilândia. Por fim, 8,8 Km abrangem o trecho que liga a estação Águas Claras, via Taguatinga Sul, até Samambaia. A linha principal é subterrânea na Asa Sul. As estações operacionais da região possuem passagens subterrâneas que dão acesso às superquadras 100 e 200, e aos pontos de ônibus dos http://www.vidasimples.abril.com.br/edicoes/073/pe_no_chao/conteudo_399675.shtml 107 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” Eixos W e L Sul, nos dois sentidos. Em seguida passa pelo Setor Policial Sul, onde se localiza a Estação Asa Sul, também chamada de terminal Asa Sul, em razão de integração com o sistema de transporte rodoviário. A linha atravessa a via EPIA, Guará, Setor de Mansões Park Way, até chegar a Águas Claras. Nesse percurso, há trechos de linha em superfície e também em trincheira — área subterrânea sem cobertura. Ainda nesse trecho, será construído o novo terminal rodoviário interestadual de Brasília, ao lado da estação Shopping. É na estação Águas Claras que a linha principal se divide em dois ramais. O ramal com destino a Samambaia passa por Taguatinga Sul, cruzando a via EPTC — Pistão Sul, até chegar ao centro de Samambaia. Esse trecho é percorrido em superfície e possui quatro estações. Poderão ser construídos mais oito terminais rodoviários junto às estações do Metro/DF para contribuir com a implantação do Programa Brasília Integrada que prevê a integração entre os sistemas rodoviário, metroferroviário, incluindo o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). http://www.metro.df.gov.br 11. O texto apresentado tem como característica principal a a) narração de fatos geradores da história do metrô no DF. b) descrição de elementos da estrutura do metrô no DF. c) exposição de um ponto de vista acerca do metrô do DF. d) defesa da implantação de novos trechos do metrô no DF. e) descrição de um projeto de expansão do metrô no DF. 3. FONOLOGIA 12. Nos termos ameaça, põe, roubado encontram-se, respectivamente, um: a) ditongo, um ditongo e um hiato b) hiato, um hiato e um ditongo c) hiato, um ditongo e um hiato d) ditongo, um hiato e um hiato e) hiato, um ditongo e um ditongo 13. Nas palavras agulheiro e alegria, observa-se uma sequência de: a) dígrafo, hiato, dígrafo, hiato b) encontro consonantal, ditongo, dígrafo, hiato. c) dígrafo, ditongo, encontro consonantal, ditongo d) encontro consonantal, hiato, encontro consonantal, ditongo e) encontro consonantal, ditongo, encontro consonantal, hiato 14. A alternativa em que ocorrem palavras que contêm, respectivamente, dígrafo, encontroconsonantal e ditongo é: a) velho, Rodrigo, pouco b) muito, termo, chorar c) cruzou, queimado, pergunta d) fiquei, ficou, sorriu e) cinquenta, esse, cigarro 15. Marque a opção em que todas as palavras apresentam um dígrafo: a) fixo, auxílio, tóxico, exame b) enxergar, luxo, bucho, olho http://www.metro.df.gov.br/ 108 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” c) bicho, passo, carro, banho d) choque, sintaxe, unha, cocha e) cachorro, exceto, mercadoria 4. ORTOGRAFIA OFICIAL 16. Considerando-se a norma-padrão da língua, assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. a) pesquizar, obseção, lizonjear. b) pesquisar, obcessão, lizongear. c) pesquizar, obceção, lizongiar. d) pesquisar, obsessão, lisonjear. 17. Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas corretamente: a) fanatizar – analizar – frizar. b) fanatisar – paralizar – frisar. c) banalizar – analisar – paralisar. d) realisar – analisar – paralizar. 18. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é: a) hidrólise – hidrolisar. b) comércio – comercializar. c) ironia – ironizar. d) catequese – catequisar. 19. Marque a opção em que todas as palavras estão grafadas corretamente: a) enxotar – trouxa – chícara. b) berinjela – jiló – atravéz. c) passos – discussão – arremesso. d) certeza – empresa – defeza. 20. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) quiseram, essência, impecílio b) pretencioso, aspectos, sossego c) assessores, exceção, incansável d) excessivo, expontâneo, obseção e) obsecado, reinvidicação, repercussão 21. Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia: a) beleza, duquesa, francesa b) concretisar, pretensioso, deslizar c) esplêndido, meteorologia, hesitar d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira 22. Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia: a) enxofre, exceção, ascensão b) abóbada,asterisco, assunção 109 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” c) despender, previlégio, economizar d) adivinhar, prazerosamente, beneficente 23. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente: a) analizar – economizar – civilizar. b) receoso – prazeirosamente – silvícola. c) tábua – previlégio – marquês. d) flecha – jeito – ojeriza. 24. Assinale a alternativa em que não há erro de grafia: a) estemporanêo b) espontâneo c) escomungado d) espansivo 25. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente: a) atrasado – princesa – paralisia. b) poleiro – sintonisar – descrição. c) criação – disenteria – impecilho. d) enxergar – passeiar – pesquisar. 26. Preencha as lacunas das frases abaixo com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de classificação. – ____________ o céu é azul? – Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trânsito pelo caminho. – Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado ao nosso encontro. – A Alemanha é considerada uma das grandes potências mundiais. ____________? a) Porquê – por que – Por quê b) Porque – porquê – por que – Por quê c) Por que – porque – porquê – Por quê d) Porquê – porque – por quê – Por que e) Por que – porque – por quê – Porquê 27. Assim como em “Por que boa parte dessa nova geração é assim?” (5º§) o uso do “por que” está de acordo com a norma padrão da língua em: a) A reunião foi suspensa por que? b) Esse é o motivo por que me atrasei. c) Ninguém conhece o por que de tal decisão. d) Não estarei presente por que já tenho um compromisso. 5. EMPREGO DO HÍFEN 28. Assinale a alternativa em que as palavras NÃO estão grafadas de acordo com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa. a) bem-vindo, ex-marido, pré-estreia. 110 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” b) copiloto, predeterminado, contrarreforma. c) microondas, penta-campeão, paralama. d) pós-moderno, rerratificação, sem-terra. 29. Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o Novo Acordo, está sendo usado corretamente. a) Ele fez sua auto‐crítica ontem. b) Ele tomou um belo ponta‐pé. c) Fui ao super‐mercado, mas não entrei. d) Os raios infravermelhos ajudam em lesões. 30. “Fez um esforço __________ para vencer o campeonato _____________ .” Qual a alternativa completa corretamente as lacunas? a) sobreumano ‐ interregional b) sobrehumano ‐ interregional c) sobre‐humano ‐ inter‐regional d) sobrehumano ‐ inter‐regional 31. Considerando a prescrição do novo acordo ortográfico (2009), com os prefixos hiper, inter e super, deve-se manter o hífen sempre que a forma seguinte seja iniciada por “h” ou por “r”, como em super-homem, inter-regional, super-revistas, hiper-requintadoetc. No entanto, em vista dessa regra, deve-se escrever hiperinflação, superdotado, intergrupal, intergeracional etc. ( ) CERTO ( ) ERRADO 32. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao emprego do hífen. a) O pseudo‐hermafrodita não tinha infraestrutura para relacionamento extraconjugal. b) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno. c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas. d) O anti‐semita tomou um anti‐biótico e vacina antirrábica. 33. Na frase: “A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia anti-povo, do anti- sindicato, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam”, atribuída a João Goulart, não cabem reparos quanto à ortografia, considerando o novo acordo ortográfico de 2009. ( ) CERTO ( ) ERRADO 34. Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam escritas corretamente, de acordo com as regras vigentes, incluindo as novas regras do último acordo ortográfico: a) Interrelação; supra-renal; subreitor; anti-ácido. b) Interrelação; suprarrenal; sub-reitor; antiácido. c) Inter-relação; supra-renal; sub-reitor; anti-ácido. d) Inter-relação; suprarrenal; sub-reitor; antiácido. 6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 111 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 35. Assinale a alternativa INCORRETA, segundo o novo acordo ortográfico. a) Idéia b) Herói c) Pólen d) Acaraú 36. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis b) você, café, Paraná, lápis, régua c) amém, amável, pó, porém, além d) paletó, avô, pajé, café, jiló 37. Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o acento gráfico: a) combustível b) está c) países d) veículos 38. Assinale a alternativa em que a acentuação das palavras se explica pela mesma regra. a) fábrica, máquina, ímã b) saúde, egoísta, atribuí-lo c) cipó, nó, vêm d) quilômetro, já, privilégio 39. Assinale a alternativa em que o acento gráfico é obrigatório: a) Esta b) Amem c) Ciume d) Medico 40. Assinale a forma incorreta quanto à acentuação: a) Eles leem o jornal todos os dias. b) As meninas têm muitos brinquedos. c) Os jovens crêem no futuro. d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo. 41. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases. 1 – Ele sempre ........................... a calma. II – Os turistas ............................. informações pela internet. III – As polícias civil e militar ........................ nos motins do presídio. a) mantêm, obtém, intervém b) mantém, obtêm, intervêm c) mantêm, obtêm, intervêm d) mantém, obtêm, intervém 42. Assinale a opção na qual nenhuma palavra deve receber acento gráfico: a) Todo ensino deveria ser gratuito. b) Não ves que eu não tenho tempo? 112 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” c) É difícil lidar com pessoas sem carater. d) Saberias dizer o conteudo da carta? 43. Assinale a alternativa em que não deve haver acento gráfico: a) atrai-la b) supo-la c) conduzi-la d) vende-la 44. Qual das palavras abaixo deve ser obrigatoriamente acentuada? a) numero b) ai c) saude d) saia 7. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 45. O sufixo -ção, de contemplação, e o sufixo -ncia, de urgência, também são normalmente usados para formar nomes dos seguintes verbos, respectivamente: a) imaginar, preferir b) compreender, supor c) reclamar, adiantar d) abrir, arder 46. O vocábulo sociologia é formado por: a) derivação b) hibridismo c) parassíntese d) composição 47. A formação do vocábulo grifado na expressão "o canto das sereias" é: a) composição por justaposição b) derivação regressiva c) derivação sufixal d) palavra primitiva 48. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) atraso / embarque / pesca c) o jota / o sim / o tropeço d) entrega / estupidez / sobreviver 49. A palavra "aguardente" formou-se por: a) hibridismo b) parassíntese c) aglutinação d) justaposição 113 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 8. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS 50. Indique a alternativa em que todos os substantivos são abstratos: a) tempo – angústia – saudade – ausência – esperança– imagem b) angústia – sorriso – luz – ausência – esperança – inimizade c) inimigo – luz – esperança – espaço – tempo d) angústia – saudade – ausência – esperança – inimizade e) espaço – olhos – luz – lábios – ausência – esperança 51. Assinale a alternativa que contenha substantivos, respectivamente, abstrato, concreto e concreto: a) fada, fé, menino b) fé, fada, beijo c) beijo, fada, menino d) amor, pulo, menino e) menino, amor, pulo 52. Assinale a única alternativa que possui substantivo sobrecomum. a) crocodilo b) colega c) cavalheiro d) indivíduo e) imperador 53. Marque a alternativa que possui apenas substantivos femininos: a) formicida, conde, poeta. b) cal, ênfase,guaraná. c) matinê, apêndice, imperador. d) barão, omoplata, caneta. e) derme, gênese, alface. 54. Assinale a alternativa que o plural metafônico está incorreto: a) fogo (ô), fogos (ó) b) olho (ô), olhos (ó) c) jogo (ô), jogos (ó) d) esforço (ô), esforços (ô) e) bolo (ô), bolos (ô) 55. O plural do diminutivo das palavras “renovação”, linha 19, e “sinal”, linha 38, está corretamente escrito em a) renovaçõesinhas e sinalsinhos. b) renovaçõeszinhas e sinaiszinhos. c) renovaçõezinhas e sinaizinhos. d) renovaçõizinhas e sinaezinhos. Pobre brasileiro estuda menos que o africano Os brasileiros que estão entre os 40% mais pobres, frequentam menos anos de escola do que a população do mesmo estrato social em países como Gana e Tanzânia — cujo PIB “per capita” é, 114 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” em média, três vezes inferior ao do Brasil. A conclusão está em relatório do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). 56. Sendo coerente com o conteúdo da notícia, podemos afirmar que em sua manchete: a) o termo “africano” é substantivo, uma vez que se refere àqueles que nasceram na África. b) o termo “africano é ”adjetivo, uma vez que qualifica o substantivo oculto “pobre”. c) o termo “pobre” é adjetivo, uma vez que qualifica o substantivo oculto “brasileiro”. d) os termos “pobre” e “brasileiro” são substantivos 57. A respeito da palavra "o", no trecho "haverá exposições recorrentes sobre a cultura dos municípios de todo o Pará" (linhas 8 e 9), assinale a alternativa correta. a) É um pronome oblíquo que, no contexto em que se insere, exerce função de objeto direto. b) É um pronome reto, modificado por questões de eufonia, que, no contexto em que se insere, é naturalmente subjetivo. c) É um artigo definido, obrigatório no contexto em que se insere. d) É um artigo definido que, caso fosse retirado do texto, não causaria qualquer problema de construção ou modificação de sentido. e) É um numeral utilizado como artigo definido, cujo uso é facultativo no contexto em que aparece. 58. Observe estas frases: I) A prefeitura vai indenizar 100 motoristas que perderam seus carros na enchente do túnel do Anhangabaú. II) A prefeitura vai indenizar os 100 motoristas que perderam seus carros na enchente do túnel do Anhangabaú. Assinale a alternativa que contém uma interpretação incorreta: a) Segundo I, a prefeitura indenizará muitos proprietários atingidos, mas não necessariamente todos. b) Segundo II, o número de carros prejudicados totaliza 100, e todos serão indenizados. c) A ausência do artigo em “indenizar 100 motoristas” indica que o número de carros atingidos é conhecido, mas nem todos serão indenizados. d) A presença do artigo em “indenizar os 100 motoristas” indica que o número de carros atingidos é previamente conhecido pelos leitores. 59. O item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo dado é: a) hibernal - de inverno b) filatélico - de folhas c) discente - de alunos d) docente - de professor e) onírico - de sonho 60. Assinale a alternativa que o adjetivo está flexionado no grau superlativo absoluto sintético: a) O garoto é tão inteligente quanto sua irmã. b) O aluno é o mais inteligente da sala. c) A água está geladíssima. d) O político é muito influente. e) O leite está melhor que o café. 115 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 61. Relacione a 1ª coluna à 2ª: 1 - água de chuva ( ) Fluvial 2 - olho de gato ( ) Angelical 3 - água de rio ( ) Felino 4 - Cara-de-anjo ( ) Pluvial Assim temos: a) 1 – 4 – 2 – 3 b) 3 – 2 – 1 – 4 c) 3 – 1 – 2 – 4 d) 3 – 4 – 2 – 1 e) 4 – 3 – 1 – 2 62. Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase apresentada: “Os acidentados foram encaminhados a diferentes clínicas ____________________” . a) médicas-cirúrgicas b) médica-cirúrgicas c) médico-cirúrgicas d) médicos-cirúrgicas e) médica-cirúrgicos 63.Em todas as frases abaixo, os numerais foram corretamente empregados, exceto em: a) O artigo vinte e cinco deste código foi revogado. b) Seu depoimento foi transcrito na página duzentos e vinte e dois. c) Era o capítulo sétimo desta obra. d) Este terremoto ocorreu no século dez antes de Cristo. 64. Em todas as frases abaixo, a palavra grifada é um numeral, exceto em: a) Ele só leu um livro este semestre. b) Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este serviço. c) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você? d) Você quer uma ou mais caixas deste produto? 65. Assinale o caso em que não haja expressão numérica de sentido indefinido: a) Ele é o duodécimo colocado. b) Quer que eu veja este filme pela milésima vez? c) Na guerra, os meus dedos dispararam mil mortes. d) A vida tem uma só entrada; a saída é por cem portas. 66. A frase que mantém o padrão culto da linguagem é: a) O especialista a que recorreram para assessorá-los é muito competente. b) Já coloquei na mochila as cordas as quais ensinarei os meninos como fazer os diferentes nós. c) A cidade cujo prefeito já lhes falei também participará do torneio. d) Tenho uma peça indiana raríssima que já me ofereceram muito dinheiro. e) Ele escolheu o tipo de utilitário de que mais lhe convinha. 67. A alternativa em que há erro na substituição do termo sublinhado por pronome pessoal reto ou oblíquo é: 116 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” a) Ouvira o pastor advertir o povo = Ouvira-o advertir o povo. b) Carregamos cargas pesadas em caminhões = Carregamo-las em caminhões. c) Integrando-se a ferrovia aos sistemas = Integrando-se a ferrovia a eles. d) Contemplavam melancólicos o êxodo da mão de obra = Contemplavam-na melancólicos. e) Nos aterros de Tabatinga, por onde rodavam as rodas de carretel dos comboios = Nos aterros de Tabatinga, por onde elas rodavam. 68. Das alternativas abaixo, apenas uma preenche corretamente as lacunas das frases. Assinale- a. I. Quando saíres, avisa-nos que iremos ...... . II. Meu pai deu um livro para ....... ler. III. Não se ponha entre ......... e ela. IV. Mandou um recado para você e .......... . a) contigo, eu, eu, eu b) com você, mim, mim, mim c) consigo, mim, mim, eu d) consigo, eu, mim, mim e) contigo, eu, mim, mim 69. Encontramos pronome indefinido em: a) “Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado.” b) “Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las.” c) “A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa.” d) “Havia necessidade de que tais ideias ficassem sepultadas.” e) “Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa.” 70. Identifique a oração em que a palavra “certo” é pronome indefinido: a) Certo perdeste o juízo. b) Certo rapaz te procurou. c) Escolheste o rapaz certo. d) Marque o conceito certo. e) Não deixe o certo pelo errado. 71. Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. ” Os pronomes assinalados dispõem-se nesta ordem: a) de tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo b) indefinido, relativo, pessoal, relativo c) demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido d) indefinido, relativo, demonstrativo, relativo e) indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo 72. Em “Ondeia-lhe os cabelos”, o pronome lhe tem, no texto, o valor de pronome: a) demonstrativo b) possessivo c) indefinido d) relativo e) interrogativo 117 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 73. Indique a alternativa em que o pronome destacado representa corretamente o termo a que se refere: a) Mulher apaixonada é um ser fascinante; elas ficam irresistíveis quando se põem a seduzir. b) Entre a montanha e a praia é difícil escolher; cada um tem suas vantagens e desvantagens. c) A multidão protestava, mas depois que o locutor lhes deu todas as explicações as ruas ficaram vazias. d) Ele não nos estendeu a mão; com tanta culpa nos ombros, parece que as sentia sujas. e) Gosto de filmes policiais e de filmes românticos: estes me fazem devanear, e os primeiros me excitam.74. Por favor, passe ... caneta que está aí perto de você; ... aqui não serve para ... desenhar. a) aquela, esta, mim b) esta, esta, mim c) essa, esta, eu d) essa, essa, mim e) aquela, essa, eu 75. A alternativa que torna a oração gramaticalmente correta é: Passe ________ algema que está aí perto de você, pois ___ aqui não serve para _______ algemar o detento. a) aquela – esta – mim b) essa – esta – mim c) esta – essa – eu d) essa – esta – eu 76. Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas da frase seguinte: Os pesquisadores e o Governo frequentemente assumem posições distintas ante os problemas nacionais: ----------------- se preocupam com a fundamentação científica, enquanto ............... se guia pelos interesses políticos. a) aqueles/este b) esses/aquele c) estes/esse d) estes/aquele e) aqueles/aquele 77. Assinale a construção errada no emprego dos pronomes demonstrativos: a) Passe-me esse livro que está perto de você. b) Já lhe darei este livro que estou folheando. c) São esses dias que estamos atravessando. d) Aos cinco anos, entrei para a escola; desde esse tempo, vivo estudando sem parar. e) Naquele tempo, contava apenas uns quinze anos. 78. Assinale o período que apresenta erro no emprego da forma verbal: a) Enquanto você não mantiver a palavra, não haverá acordo entre nós. b) O rapaz pediu ao pai que propusesse um acordo aos colonos. c) O amigo interveio na discussão porque sabia que Júlio estava errado. d) Quando vocês verem Carlos, não o reconhecerão imediatamente. 118 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 79. “Se você ......., e o seu amigo ......., talvez você ....... esses bens. ” a) requisesse - intervisse - reavesse b) requeresse - intervisse - reavesse c) requeresse - interviesse - reouvesse d) requeresse - interviesse - reavesse e) requisesse - interviesse – reouvesse 80. Das frases que seguem, uma traz errado o emprego da forma verbal. Assinale-a: a) Cumpre teus deveres e terás a consciência tranquila. b) Suporta-se com paciência a cólica do próximo. c) Nada do que se possui com gosto se perde sem desconsolação. d) Não voltes atrás, pois é fraqueza desistir-se da empresa começada. e) Dizia Rui Barbosa: "Fazei o que vos manda a consciência, e não fazei o que vos convém aos apetites." 81. Complete as frases abaixo com o presente do subjuntivo dos verbos indicados entre parênteses: I. Como os preços baixaram, é necessário que nós ________ o orçamento. (refaz) II. É importante que nossa tentativa _______ o esforço. (valer) III. Convém que ele ______ um novo acordo. (propor) IV. Para que não nomeemos é necessário que nós _________ o que elas pensam. (saber) V. Espero que todos os responsáveis _________ a culpa. (assumir). a) refaçamos - valha - proponha - saibamos - assumam b) refazemos - valha - proponham - sabemos - assumam c) refaçamos - valham - proponha - soubemos - assumem d) refazemos - valha - proponha - saibamos - assumam 82. Qual opção apresenta um verbo no modo subjuntivo? a) Levarei você ao cinema. b) Faça a tarefa. c) Não me desaponte. d) Que você seja feliz! 83. Transportando para a voz passiva a frase “eu estava revendo, naquele momento, as provas tipográficas do livro”, obtém-se a forma verbal: a) ia revendo b) estava sendo revisto c) seriam revistas d) comecei a rever e) estavam sendo revistas 84. Assinale a alternativa que contém voz passiva: a) Tínhamos apresentado diversas opções. b) Dorme-se bem naquele hotel. c) Precisa-se de gerentes de vendas. d) Difundia-se o boato de que haveria racionamento. 119 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 85. Transpondo para a voz ativa a frase “O processo deve ser revisto pelos dois funcionários”, obtém-se a forma verbal: a) deve-se rever b) devem rever c) será revisto d) reverão e) rever-se-á 9. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS 86. Considere a sentença abaixo: “Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus.” As duas orações do período estão unidas pela palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de a) oposição b) condição c) consequência d) comparação e) união 87. Releia-se o que escreve Beccaria: “Contudo, se o roubo é comumente o crime da miséria e da aflição, se esse crime apenas é praticado por essa classe de homens infelizes, para os quais o direito de propriedade (direito terrível e talvez desnecessário) apenas deixou a vida como único bem, […….] as penas em dinheiro contribuirão tão-somente para aumentar os roubos, fazendo crescer o número de mendigos, tirando o pão a uma família inocente para dá-lo a rico talvez criminoso.” (parágrafo 5) A palavra ou locução que, usada no espaço entre colchetes deixado no período, fortalece a conexão lógica entre as orações adverbiais condicionais e o que ele afirma a seguir é: a) inclusive. b) além disso. c) então. d) por outro lado. e) mesmo. 88. “… e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca…”; a oração grifada traz uma ideia de: a) Causa. b) Consequência. c) Condição. d) Conformidade. e) Concessão. 89. No trecho “Ao tempo de Pilatos e de James Joyce, a linguagem virtual estava longe”. Mas, além da realidade física, da palavra impressa, ela servia de símbolo da identidade e da 120 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” perenidade da comunicação”. Os termos negritados acima têm, respectivamente, a equivalência de a) adversidade – causa – tempo. b) consequência – tempo – adversidade. c) tempo – adversidade – adição. d) adição – adversidade – tempo. 90. “Já a produção de petróleo não é suficiente para atender à demanda, embora a dependência externa no setor tenha conhecido…” O termo “embora”, nesse fragmento, estabelece relação lógico-semântica de: a) Condição. b) Adição. c) Conformidade. d) Concessão. e) Tempo. 91. “- Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro…” a palavra destacada anteriormente exprime ideia de: a) Escolha b) Oposição c) Finalidade d) Explicação e) Adição 92. No Texto lê-se: “A língua que falamos é um bem, se considerarmos “bens” “as coisas úteis ao homem”. O termo negritado, segundo Cunha e Cintra (2009), tem o valor de um (a): a) construção linguística de relação causal. b) sintagma que apresenta uma relação comparativa. c) conectivo com valor de condição, pois indica uma hipótese. d) vocábulo gramatical que serve para adicionar ideias. 93. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas abaixo: “_____ que nada tenha acontecido com Maurício.” “_____! Com quem eu estou falando?” “_____, você fala demais!” a) Oxalá, hum, irra b) Tchau, que pena, claro c) Hum, claro, ué d) Queira Deus, alô, bico calado 94. “Nossa Senhora! Como você pôde fazer isso!” A locução interjetiva destacada expressa: a) espanto b) saudação c) satisfação d) desejo 95. "O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário apenas um disparo; o assaltante recebeu a bala na cabeça e morreu na hora. ” No texto, os vocábulos em destaque são respectivamente: 121 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” a) preposição e artigo b) preposição e preposição c) artigo e artigo d) artigo e preposição e) artigo e pronome indefinido 96. No trecho: “(O Rio) não se industrializou, deixou explodir a questão social, fermentada por mais de dois milhões de favelados, e inchou, à exaustão, uma máquina administrativa que não funciona...”, a preposição a (que está contraída com o artigo a) traduz uma relação de: a) fim b) causa c) concessão d) limite e) modo 97. Assinale a alternativa em que a norma culta não aceita a contração da preposição de: a) Aos prantos, despedi-me dela. b) Está na hora da criança dormir. c) Falava das colegas em público. d) Retirei os livros das prateleiras para limpá-los. e) O local da chacina estava interditado. 98. Assinale a alternativa em que a preposição destacada estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz: Criaram-sea pão e água. a) Desejo todo o bem a você. b) A julgar por esses dados, tudo está perdido. c) Feriram-me a pauladas. d) Andou a colher alguns frutos do mar. e) Ao entardecer, estarei aí. 99. "Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.", os vocábulos em destaque são, respectivamente: a) pronome pessoal oblíquo, artigo, preposição, artigo b) artigo, artigo, preposição, pronome pessoal oblíquo c) artigo, preposição, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo d) artigo, artigo, preposição, pronome demonstrativo e) preposição, artigo, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo. 100. Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo: a) Estou na mesma situação. b) Neste momento, encerramos nossas transmissões. c) Daqui não saio. d) Ando só pela vida. e) Acordei num lugar estranho. 122 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 101. Só não há advérbio em: a) Não o quero. b) Ali está o material. c) Tudo está correto. d) Talvez ele fale. e) Já cheguei. 102. Classifique a locução adverbial que aparece em "Machucou-se com a lâmina". a) modo b) instrumento c) causa d) concessão e) fim 103. Em todas as opções há dois advérbios, exceto em: a) Ele permaneceu muito calado. b) Amanhã, não iremos ao cinema. c) O menino, ontem, cantou desafinadamente. d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. e) Ela falou calma e sabiamente. 104. A alternativa em que o advérbio exprime ideia de INTENSIDADE é: a) a sociedade parece ser pouco sensível. b) usuários fazem sempre um pequeno comércio. c) ... atitude essa centrada, evidentemente, em aspectos repressivos. d) ... somente penalizando traficantes e usuários. e) ... duplamente penalizados. 10. SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES: TERMOS DA ORAÇÃO (ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS) 105. “Diz uma testemunha, que um negro levou sua filha embora”. Assinale a alternativa em que a análise dos termos grifados está correta: a) sujeito – predicado verbal. b) objeto direto – predicado verbal. c) objeto indireto – predicado nominal. d) sujeito – predicado verbo nominal. 106. “Segundo Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que compõem o preconceito na cultura brasileira: o linguístico”. No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto, julgue os itens a seguir. O termo “o brasileiro” (l.3) exerce a função de sujeito da oração em que se insere. ( ) CERTO ( ) ERRADO 123 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 107.Em “faz anos que não chove no sertão”, há duas orações com sujeito: a) simples b) composto c) indeterminado d) inexistente e) elíptico 108. “Denomina-se política ambiental o conjunto de decisões e ações estratégicas que visam promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. A expressão “política ambiental” (L.1) exerce a função de sujeito da oração em que se insere. ( ) CERTO ( ) ERRADO 109. Leia as frases a seguir: (I) “O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo. ” e (II) “O sol brilhou um pouquinho pela manhã”. Pela ordem, os predicados das orações acima classificam-se como: a) nominal e verbo-nominal b) verbal e nominal c) verbal e verbo-nominal d) verbo-nominal e nominal e) verbo-nominal e verbal 110. No período: “As águias e os astros amam esta região azul, vivem nesta região azul, palpitam nesta região azul. ” Temos a) Um predicado verbal e dois verbo-nominais, havendo nos dois últimos, o complemento predicativo do objeto. b) Três predicados verbais, sendo que, no primeiro, o complemento é o objeto direto, e, nos dois últimos, o objeto indireto. c) Três predicados verbo-nominais, havendo, no último, o complemento predicativo do sujeito. d) Três predicados verbais, havendo, em apenas um deles, o complemento objeto direto. e) Três predicados verbais formados por verbos intransitivos. 111. Aponte a correta análise do termo destacado: "Ao fundo, as pedrinhas claras pareciam tesouros abandonados." a) predicativo do sujeito b) complemento nominal c) adjunto adnominal d) predicativo do objeto e) objeto direto 112. Em “... aceita a chave quem a deseja...", o termo destacado exerce função sintática de a) objeto indireto. b) objeto direto. c) sujeito. d) complemento nominal. e) agente da passiva. 124 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 113. Assinale a análise do termo destacado: "A terra era povoada de selvagens." a) objeto direto b) agente da passiva c) objeto indireto d) complemento nominal e) adjunto adverbial 114. Em "Não eram tais palavras compatíveis com a sua posição", o termo em destaque é: a) complemento nominal b) objeto direto c) objeto indireto d) sujeito e) agente da passiva 115. “A recordação da cena persegue-me até hoje. ” Os termos em destaque são, respectivamente: a) objeto indireto, objeto indireto b) objeto indireto, objeto direto c) complemento nominal, objeto direto d) complemento nominal, objeto indireto 116. Assinale a alternativa em que a função não corresponde ao termo em destaque: a) Comer demais é prejudicial à saúde. (complemento nominal) b) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto) c) Ele foi cercado de amigos sinceros. (agente da passiva) d) Não tens interesse pelos estudos. (complemento nominal) e) Tinha grande amor à humanidade. (objeto indireto) 117. Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos da oração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático: a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito 118. Na oração "José de Alencar, romancista brasileiro, nasceu no Ceará", o termo destacado exerce a função sintática de: a) aposto b) vocativo c) predicativo do objeto d) complemento nominal e) adjunto adnominal 11. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS 119. Apenas uma oração abaixo está classificada incorretamente. Assinale-a: a) Cale-se, porque estamos orando! [explicativa] 125 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” b) Os inteligentes ajudam, no entanto os burros prejudicam. [adversativa] c) Não corras, que a pressa é inimiga da perfeição. [explicativa] d) A caridade só nos ensina; sejamos, pois, aprendizes. [conclusiva] e) Orgulhemo-nos, pois a vida sempre nos reserva o melhor. [conclusiva] 120. Há uma oração coordenada explicativa em: a) Não se constatou crime, por conseguinte serás absolvido. b) O amor não veio, não veio a alegria, e tudo mudou. c) Escute-me, porque não repetirei. d) Ele levou as joias e o dinheiro escondido. e) Estudava muito, contudo não tinha método. 121. As orações abaixo são respectivamente: I - Ela faz tudo belo, quer cante, quer toque. II - Não existe vida após a morte, em vista disso purifique-se aqui. III - Levanta-te, que a luta vai começar. a) principal, assindética, explicativa b) assindética, absoluta, conclusiva c) principal, assindética, causal d) assindética, conclusiva, explicativa e) assindética, assindética, explicativa “A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada, que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros, com bom resultado, escreveram."(JOAQUIM MATTOSO CÂMARA JR. Manual de expressão oral & escrita. 7a. Edição, Vozes, Petrópolis, 1983.) 122. No parágrafo anterior, a expressão “portanto” assume valor semântico de: a) causa b) consequência c) conclusão d) adição 123. Leia o texto abaixo para responder ao que se pede. Esparadrapo Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Esparadrapo”, por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo com cara de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre sentido, que parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, “incunábulo*”. (QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro, Globo. 1987. p. 83.) *Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do livro impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem. A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura do texto. Sua função resume-se em: a) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma coisa. 126 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” b) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamente. c) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assunto. d) apresentar uma alternativa para a primeira ideia expressa. e) introduzir uma conclusão após os argumentos apresentados. 12. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS 124. “Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais. ” A oração destacada é: a) substantiva completiva nominal b) substantiva objetiva indireta c) substantiva predicativa d) substantiva objetiva direta e) substantiva subjetiva 125. “Estou seguro de que asabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida. ” A oração em destaque é substantiva: a) objetiva indireta b) completiva nominal c) objetiva direta d) subjetiva e) apositiva 126. Nos trechos: “… não é impossível que a notícia da morte me deixasse alguma tranquilidade, alívio e um ou dois minutos de prazer” e “Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras”. A palavra “que” está introduzindo, respectivamente, orações: a) subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva direta b) subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva objetiva direta c) subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva predicativa d) subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva explicativa e) subordinada adjetiva explicativa, subordinada substantiva predicativa 127. No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”, a segunda oração se classifica como: a) coordenada sindética adversativa b) principal c) subordinada substantiva objetiva direta d) subordinada adverbial comparativa e) subordinada substantiva subjetiva 128. Em “Leio no jornal a notícia DE QUE UM HOMEM MORREU DE FOME." (§ 1), a oração destacada é subordinada substantiva: a) objetiva indireta b) predicativa c) completiva nominal d) objetiva direta e) subjetiva 127 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 129. Leia: “Também nos importa o que o mar traz consigo até a arrebentação...”A oração destacada indica uma: a) oração subordinada substantiva objetiva direta b) oração subordinada adjetiva explicativa c) oração subordinada adjetiva restritiva d) oração subordinada adverbial concessiva 130. Assinale o item em que há uma oração adjetiva. a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo. b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso. c) Perdeste a noção do tempo? d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando. e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além, gritavam as gaivotas. 131. Compare as duas frases, observando sua pontuação: Nesta festa, só beijarei as meninas, que são feias. Nesta festa, só beijarei as meninas que são feias. Assinale a alternativa correta quanto ao sentido dessas frases. a) A primeira afirma que todas as meninas da festa são feias – e serão beijadas. b) A primeira afirma que somente as meninas feias serão beijadas; as bonitas não. c) A segunda afirma que todas as meninas da festa são feias – e serão beijadas. d) A segunda afirma que somente as meninas bonitas serão beijadas; as feias não. 132. Assinale a alternativa que apresenta um período em que há uma oração subordinada adjetiva. a) A ninguém pedi que me desse atenção. b) Não escondo os sentimentos que guardo em meu coração. c) Ele confessou que levou os objetos sem pedir autorização. d) Não há solução por hora! Tenha certeza de que avisaremos. 133. “Hoje, a dependência operacional está reduzida, uma vez que o Brasil adquiriu autossuficiência na produção de bens como papel-imprensa (...)” A oração grifada no período acima tem valor: a) condicional b) conclusivo c) concessivo d) conformativo e) causal 134. “Tal era a fúria dos ventos, que as copas das árvores beijavam o chão. ” Neste período, a oração subordinada é adverbial: a) concessiva b) condicional c) consecutiva d) proporcional e) final 128 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 135. É preciso (I) levar tudo isso em conta (II) quando se analisa o (III) que está ocorrendo em nossos dias. ” A classificação das orações subordinadas sublinhadas é, respectivamente: a) adjetiva (I), adverbial (II), substantiva (III) b) substantiva (I), adjetiva (II), substantiva (III) c) adverbial (I), substantiva (II), adjetiva (III) d) substantiva (I), adverbial (II), adjetiva (III) e) adverbial (I), adverbial (II), substantiva (III). 136. “Como foi feito um pedido em caráter de urgência, porque ele ia viajar e precisava levar o remédio, eles pararam a manipulação que estavam fazendo na hora...” A expressão destacada pode ser substituída, sem comprometer a sintaxe e a semântica, pela expressão a) Embora tenha sido feito um pedido em caráter de urgência, porque ele ia viajar e precisava levar o remédio, eles pararam a manipulação que estavam fazendo na hora b) Apesar de ter sido feito um pedido em caráter de urgência, porque ele ia viajar e precisava levar o remédio, eles pararam a manipulação que estavam fazendo na hora c) À medida que foi feito um pedido em caráter de urgência, porque ele ia viajar e precisava levar o remédio, eles pararam a manipulação que estavam fazendo na hora d) Porquanto foi feito um pedido em caráter de urgência, porque ele ia viajar e precisava levar o remédio, eles pararam a manipulação que estavam fazendo na hora 137. Assinale a alternativa correta. a)No período: “[...] alunos precisam passar por experiências de falha na escola, para que tenham mais chances[...]”, o trecho em destaque é classificado como uma oração subordinada adverbial proporcional. b)No período: “[...] todos os professores vão gostar de você, te elogiar e exclamar o tempo todo que você tem um futuro brilhante [...]”, o trecho em destaque é uma oração coordenada sindética aditiva. c)No período: “[...] eles não desenvolvem a habilidade para enfrentar dificuldades. [...]”, o trecho em destaque é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. d)No período: “[...] os alunos ativam uma parte do cérebro que possibilita um aprendizado mais profundo [...]”, o trecho em destaque é uma oração subordinada adjetiva restritiva. 138. Assinale a alternativa correta em relação às expressões ou aos termos destacados. a)Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a expressão em destaque inicia uma oração coordenada adversativa. b)Em “[...] afirmam que a idade biológica [...]”, o termo em destaque inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta. c) Em “[...] Para saber tudo isso, só é necessária uma amostra de sangue”, o termo em destaque inicia uma oração subordinada substantiva apositiva. d)Em “[...] apesar de terem nascido no mesmo ano [...]”, a expressão em destaque inicia uma oração subordinada adverbial conclusiva. 13. PONTUAÇÃO 139. “É um órgão vital. É dele a função de bombear sangue para todas as células de nosso corpo. ” O usode aspas nesse fragmento do texto indica a) o destaque de palavras muito importantes para o texto. 129 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” b) a utilização de palavras com um sentido irônico. c) a transcrição de palavras que não pertencem ao autor do texto. d) o emprego de palavras em sentido figurado. 140. Assinalar a alternativa em que a vírgula foi empregada para indicar a elipse do verbo: a) Ele é bonito, inteligente e atencioso. b) A casa é linda, linda. c) Se ele não sair, desligar-me-ei do grupo. d) Ela sai agora; eu, mais tarde. 141. Assinale o texto de pontuação correta: a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó. b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões. c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado. d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC, triturados soltos no ar. 142. Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente: a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso. b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso. c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso. d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila. 143. Em "A menina, conforme as ordens recebidas, estudou": a) há erro na colocação das vírgulas b) a primeira vírgula deve ser omitida c) a segunda vírgula deve ser omitida d) a forma de colocação das vírgulas está correta 144. Os períodos seguintes apresentam diferença de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: a) O sinal, estava fechado; os carros, porém não paravam. b) O sinal, estava fechado: os carros porém, não paravam. c) O sinal estava fechado; os carros porém, não paravam. d) O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam. 145. Os períodos seguintes apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: a) Nada compramos pois, a loja ainda, estava fechada. b) Nada compramos; pois, a loja ainda estava fechada. c) Nada compramos, pois a loja ainda estava fechada. d) Nada compramos pois a loja ainda estava fechada. Democracia refém (José Roberto de Toledo) Desde 2008, o ibope pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o funcionamento da democracia no Brasil. Os resultados nunca foram brilhantes ainda menos se comparados com países latino-americanos como Uruguai e Argentina, mas jamais haviam sido 130 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” tão chocantes quanto agora. Só 15% dos brasileiros se dizem “satisfeitos" (14%) ou “muito satisfeitos" (1%) com o jeito que o regime democrático funciona no país. (Estado de São Paulo, 04/09/2015) 146. Os termos “satisfeitos" e “muito satisfeitos" aparecem entre aspas porque: a) destacam elementos importantes no contexto; b) mostram termos técnicos da pesquisa; c) indicam respostas dos entrevistados; d) apontam a presença de tom irônico; 147. Terminada a aula, o professor Jacinto, dirigindo-se à classe, disse: "Todos deverão trazer dicionário na próxima aula". No texto, as aspas foram colocadas: a) para enfatizar a necessidade do dicionário. b) porque a oração entre aspas vem depois dos dois pontos. c) porque os componentes da frase estão em ordem inversa. d) para iniciar uma citação. 148. “Para meu desapontamento, nasceu um ser raquítico e feio, pesando um quilo. ” As vírgulas, na frase transcrita, foram utilizadas, respectivamente para: a) isolar o aposto e separar uma oração subordinada da principal b) marcar o início de uma oração intercalada e separar orações coordenadas assindéticas c) marcar o deslocamento do adjunto adverbial e separar uma oração adjetiva explicativa da principal d) isolar o objeto pleonástico e indicar a elipse da conjunção 149. “Qualquer forma de propaganda de produtos do tabaco é irregular”, informa, em nota, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No contexto, as aspas destacam a a) sugestão dos autores para o tratamento mais justo da propaganda de produtos do tabaco. b) exposição de uma dúvida quanto à regularidade da propaganda de produtos do tabaco. c) opinião dos autores, que discordam da Anvisa quanto à propaganda de produtos do tabaco. d) citação de um trecho da nota da Anvisa a respeito da propaganda de produtos do tabaco. Pediatras de todo o país vêm sendo orientados a “receitar livros" para seus pacientes de zero a seis anos. A medida, anunciada nesta semana pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), visa estimular o aumento das conexões cerebrais nos pequenos por meio da leitura feita a eles pelos pais ou por pessoas próximas. (Trecho retirado do seguinte texto: MARQUES, Jairo. Folha de S. Paulo. 18 out. 2015.) 150. Na frase acima, o uso das aspas na expressão “receitar livros" se justifica porque: a) a expressão é utilizada para atestar o sentido literal das palavras, ou seja, os pediatras, diante das circunstâncias apresentadas, devem deixar de receitar remédios. b) a previsibilidade semântica entre o verbo e o seu complemento é rompida. c) o verbo “receitar” é polissêmico no contexto sintático em que aparece. d) a palavra “livros” representa elementos de um mundo com sentidos figurados. 131 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 14. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 151. Assinale a única alternativa que está de acordo com as normas de regência da língua culta. a) Avisei-o de que não desejava substituí-lo na presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, jamais aspirei a tal cargo; b) Avisei-lhe de que não desejava substituí-lo na presidência, pois apesar de ter sempre servido a instituição, jamais aspirei a tal cargo; c) Avisei-o de que não desejava substituir- lhe na presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, jamais aspirei tal cargo; d) Avisei-lhe de que não desejava substituir-lhe na presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, jamais aspirei a tal cargo; 152. Assinale a opção em que o verbo assistir é empregado com o mesmo sentido que apresenta em “não direi que assisti às alvoradas do romantismo”. a) Não assiste a você o direito de me julgar. b) É dever do médico assistir os enfermos. c) Em sua administração, sempre foi assistido por bons conselheiros. d) Não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça. 153. Uma das opções apresenta erro quanto a regência verbal. Assinale-a: a) Na sala do superintendente, aspirava-se sempre a fumaça de um legítimo havana. b) Chegando na repartição, encontrou as portas cerradas. c) Todos obedeceram às determinações superiores. d) Informei-o de que no dia 15 não haverá expediente. 154. Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua: a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. 155. Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras sublinhadas: I. Assistimos à inauguração da piscina. II. O governo assiste os flagelados. III. Ele aspirava a uma posição de maior destaque. IV. Aspirava o aroma das flores. V. O aluno obedece aos mestres. a) lhe, os, a ela, a ele, lhes b) a ela, os, a ela, o, lhes c) a ela, os, a, a ele, os d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes 156. Assinale a alternativa correta: a) Antes prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui. b) Prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui. c) Prefiro aspirar a uma posição honesta que ficar aqui. 132 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” d) Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar aqui.157. Assinale a opção em que há erro de regência verbal. a) O candidato não agradou ao psicólogo. b) Certifiquei-lhe de que estava certa. c) Assistimos ao filme no cinema. d) Ele assiste na capital. 158. Observe o verbo que se repete: "aspirou o ar" e "aspirou à glória". Tal verbo: a) apresenta a mesma regência e o mesmo sentido nas duas orações. b) embora apresente regências diferentes, ele tem sentido equivalente nas duas orações. c) poderia vir regido de preposição também na primeira oração sem que se modificasse o sentido dela. d) apresenta regência e sentidos diferentes nas duas orações. 159. Segundo a norma culta, a regência verbal está correta em: a. O progresso não implica o abandono das tradições seculares. b. Os mineiros sempre aspiram equilíbrio e a perfeição. c. Atualmente, Minas prefere mais o espírito de iniciativa do que o espírito de contemplação. d. Formas modernas de pensar e agir chegaram muito tarde em Minas. 160. Assinale a alternativa gramaticalmente correta quanto à regência verbal: a) Não tenham dúvidas que ele vencerá. b) O escravo ama e obedece o seu senhor. c) O livro que te referes é célebre. d) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no. 161. Assinale a alternativa incorreta quanto à regência verbal: a) Ele custará muito para me entender. b) Hei de querer-lhe como se fosse minha filha. c) Em todos os recantos do sítio, as crianças sentem-se felizes, porque aspiram o ar puro. d) O presidente assiste em Brasília há quatro anos. 15. CRASE 162. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase: a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta. b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava. c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram a Bahia. d) Bateram a porta / O carro entrou a direita da rua. 163. Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamente por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase. a) Vou à Brasília dos meus sonhos. b) Nosso expediente é de segunda à sexta. c) Pretendo viajar a Paraíba. 133 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” d) Ele gosta de bife à cavalo. 164. Em “A OMS atribui mais de 7 milhões de mortes por ano à poluição do ar [...]”, a crase é resultante da contração da preposição “a”, exigida pelo termo subordinante “ano”, com o artigo feminino “a”, reclamado pelo termo dependente “poluição”. ( ) Certo ( ) Errado 165. “Estou ............... espera de atitudes .............. quais poderão trazer mais segurança .............. pessoas e ............. plantas que vivem no Planeta Terra". a) à; as; às; às b) a; as; às; às c) à; as; as; às d) a; às; às; as 166. Na expressão “distância a pé”, não se emprega o acento de crase no A. Isso acontece, pelo mesmo motivo, na alternativa: a) É preciso comparecer a festas. b) Vai pagar a perder de vista. c) Gostava de andar a cavalo. d) Viajou a Brasília. 167. Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase: a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória. b) Ele se referiu às pessoas de boa memória. c) As pessoas aludem à uma causa específica. d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória. 168. “A erupção de um vulcão provocou perdas …… economia europeia bem superiores …… trazidas pelos atentados terroristas de 2001, fato que obrigou a ONU …… criar um plano internacional de redução dos riscos de acidentes.” As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) a – aquelas – a b) a – àquelas – à c) à – aquelas – a d) à – àquelas – a 169. Assinale a alternativa, abaixo, que, em sequência, preenche CORRETAMENTE as lacunas das seguintes frases: I. Devo obediência.......oficial. II. Não fiz referência......... . III. Os alunos estavam presentes........acontecimentos. IV. Continuaremos fiéis......que são os nossos amigos. a) àquele, àquilo, àqueles, àqueles b) àquele, aquilo, aqueles, aqueles c) àquele, aquilo, aqueles, àqueles 134 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” d) aquele, aquilo, àqueles, aqueles 170. Qual das alternativas completa corretamente os espaços vazios? I. “E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual ____ que ouvira em Limoeiro. ” II. “Habituara-se ______ boa vida, tendo de um tudo, regalada. ” III. “Depois do meu telegrama (lembram: o telegrama em que recusei duzentos mil-réis ___ (pirata), a “Gazeta” entrou a difamar-me. ” IV. “Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer _____. “ a) àquele, aquela, aquele, aquilo b) àquele, àquela, aquele, aquilo c) àquele, àquela, aquele, àquilo d) àquele, àquela, àquele, aquilo 171. Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase: a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória. b) Ele se referiu às pessoas de boa memória. c) As pessoas aludem à uma causa específica. d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória. e) Os livros foram entregues à ele. 172. Assinale a alternativa em que ocorreria acento grave, indicativo de crase, caso a expressão em destaque fosse substituída pela indicada entre parênteses. a) “O poema de Álvaro de Campos [...] remete ao conceito universal de que a memória é o que nós somos.” (a ideia). b) “O poema de Álvaro de Campos [...] remete ao conceito universal de que a memória é o que nós somos.” (a poesia). c) “O poema de Álvaro de Campos […] remete ao conceito universal de que a memória é o que nós somos.” (as memórias). d) “Nasce o primeiro antídoto contra a falta de memória” (a primeira vacina). e) “Pois um novo e ousado procedimento médico foi capaz de impulsionar o mecanismo que forma e preserva as lembranças [...]” (a mecânica cerebral). 15. COLOCAÇÃO PRONOMINAL 173. Assinale a alternativa correta quanto à colocação do pronome átono: a) Quando se estuda, não se acha difícil a prova. b) O candidato que prepara-se dificilmente fica reprovado. c) A matéria, eles tinham revisado-a toda. d) Que aprovem-no é o meu desejo! e) O assunto, passei a o entender depois de muitas leituras. 174. Todas as orações abaixo apresentam casos de próclise, exceto: a) Isso nos preocupa muito. b) Não me faça esperar demais. 135 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” c) Irritou-se com o cinismo de sua resposta. d) Faremos o que nos parecer melhor. e) Confesso que não me esforcei muito. 175. O pronome oblíquo está mal colocado em: a) Lá, disseram-me que entrasse logo. b) Aqui me disseram que saísse. c) Posso ir, se me convidarem. d) Irei, se quiserem-me. e) Estou pronto. Chamem-me. 176. Assinale a opção em que a colocação do pronome pessoal átono está incorreta: a) O resultado da prova agradou-lhe. b) Darei-te uma nova oportunidade. c) Não lhe quero mostrar o livro. d) Nuca lhe podemos contar a verdade. e) Ninguém deve aborrecer-nos durante a prova. 177. Assinale a opção em que a colocação do pronome pessoal átono está incorreta: a) O resultado da prova agradou-lhe. b) Darei-te uma nova oportunidade. c) Não lhe quero mostrar o livro. d) Nuca lhe podemos contar a verdade. e) Ninguém deve aborrecer-nos durante a prova. 178. Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase:“Se ... creio que ... com prazer”. a) tivessem me pedido - teria-os recebido b) me tivessem pedido - os teria recebido c) tivessem pedido-me - tê-los-ia recebido d) tivessem me pedido - teria os recebido e) me tivessem pedido - teria recebido-os 179. Em qual das frases abaixo não se colocou corretamente o pronome átono? a) Tudo me era completamente indiferente. b) Ela não me deixou concluir a frase. c) Este casamento não deve realizar-se. d) Sentíamo-nos contentes como se nos tivéssemos presenteado. e) Ninguém havia lembrado-me de fazer reservasantecipadamente. 16. CONCORDÂNCIA NOMINAL 180. Assinale a alternativa em que a concordância nominal é incorreta: a) Gostava de usar roupas meio desbotadas. b) Ele já está quites com o serviço militar. c) Estejam alerta, pois os ladrões são perigosos. d) Ela mesma datilografou o requerimento. 136 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 181. Conforme a norma gramatical, está correta a concordância em: a) Havia pessoas bastantes para julgar o caso. b) Deixou incluso, no processo, todos os documentos. c) É proibido a entrada aos visitantes. d) É necessária áreas de lazer. 182. O caso de concordância nominal inaceitável aparece em: a) Nunca houve divergências entre mim e ti. b) Ela tinha o corpo e a face arranhados. c) Recebeu o cravo e a rosa perfumada. d) Anexo, remeto-lhes nossas últimas fotografias. 183. Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços: “A entrada para o cinema foi _________, mas o filme e o desenho _______________ compensaram, pois saímos todos _____________. ” a) caro - apresentado - alegre b) cara - apresentado - alegre c) caro - apresentados - alegres d) cara - apresentados - alegres 184. Está consoante a norma culta a concordância em: a) Há menas campanha de opinião pública. b) É necessário disposições para a preservação da vida. c) As crianças estão bastantes purificadas. d) A loucura entra através dos fatos, das imagens e da comunicação modernas. 185. Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que as duas formas entre parênteses podem completar corretamente a lacuna do enunciado: a) Atitudes e hábitos geralmente ... (questionados / questionadas) b) Vocabulário e fraseologia restritamente ... (utilizados / utilizadas) c) Crítica e objeções inteiramente ... (infundados / infundadas) d) Grupos e pessoas linguisticamente ... (diferenciados / diferenciadas) 186. Só não há erro de concordância nominal no item: a) Comprava sempre sapatos caro. b) Aquelas roupas não eram barato. c) Tu estás quite com a tesouraria. d) Maria disse que estava meia estressada ontem. 187. Ainda .................... furiosa, mas com ..................... violência, proferia injúrias .................... . a) meia, menas, bastantes b) meia, menos, bastante c) meio, menos, bastante d) meio, menos, bastantes 188. Ela estava ...................... nervosa e, à ...................... voz, porém com ......................... razões, dizia ..................... desaforos. a) meio - meia - bastantes - bastantes b) meia - meia - bastante - bastante 137 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” c) meia - meia - bastantes - bastantes d) meio - meia - bastante - bastante 189. Assinale a opção incorreta: a) Segue anexo as provas do crime. b) Enviei anexa a procuração. c) Os papéis estão inclusos na lista de material. d) Andam juntos os garotos. 190. A secretária ..................desconhecia o problema. Não conseguia entender que os recibos deveriam ........................... ao documento. a) mesmo - ir anexos b) mesmo - irem anexos c) mesma - ir anexos d) mesma - irem anexos 18. CONCORDÂNICA VERBAL 191. “Mulher, eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir teu retrato.” Se o pronome TU fosse substituído por Vossa Senhoria, em lugar das palavras destacadas no trecho acima, teríamos as seguintes formas: a) procurais – ver-vos – vosso b) procura – vê-la – seu c) procura – vê-lo – vosso d) procurais – vê-la – vosso 192. Assinale a opção correta: a) Boa parte do grupo se afastaram do serviço. b) Qual de nós sabemos o destino do retirante? c) Podem haver, no campo, dias melhores. d) Cada um de nós envelhece mais neste ano. 193. Considere a concordância nas seguintes frases: I. Qual de nós viajaremos à Itália? II. O falso e o verdadeiro, a verdade e a mentira, tudo passa. III. Renato ou Fernanda preencherão a vaga existente. Assinale a alternativa adequada: a) Apenas I está correta. b) Apenas III está correta. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II está correta. 194. É possível que .................. casos em que palavras ...................... entrado já ........................ a) ocorra - haja – traduzidas b) ocorram - haja – traduzido c) ocorram - hajam - traduzidas d) ocorram - haja - traduzidas 138 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 195. Ora, ............ meses que não ............. , na escola, fatos como aquele que até agora nos .................. . a) Fazem - ocorrem - perturbam b) Fazem - ocorre - perturbam c) Faz - ocorre – perturbam d) Faz - ocorrem - perturba 196. Suponho que ........................................... meios para que se ...................... os cálculos de modo mais simples. a) devem haver, realize b) devem haver, realizem c) deve haverem, realize d) deve haver, realizem 197. “Não ................ meios de saber que já ................ vinte anos que não se .................. mais galochas.” a) Haviam - faz- usam b) Havia - faz - usam c) Havia - fazem - usa d) Haviam - fazem - usam 198. Assinale a opção em que a lacuna pode ser preenchida por qualquer das duas formas verbais indicadas nos parênteses: a) Um dos seus sonhos ......... morrer na terra natal. (era / eram) b) Aqui não ......... os sítios onde eu brincava. (existe / existem) c) Uma porção de sabiás .......... na laranjeira. (cantava / cantavam) d) Não ........... , em minha terra, belezas naturais. (falta / faltam) 199. Em todas as alternativas abaixo a concordância está INCORRETA, exceto: a) Qual de nós chegamos primeiro ao topo da montanha? b) Os Estados Unidos representa uma segurança para todo o Ocidente. c) Recebei, vossa excelência, os protestos de nossa estima. d) Sem a educação, não pode haver cidadãos conscientes. 200. Assinale a frase em que há erro de concordância: a) Promove-se festas beneficentes na minha comunidade. b) Há dois anos, os Estados Unidos invadiram a Líbia. c) Fui eu quem resolveu a adoção de tal medida. d) Fala-se de festas em que se assiste a filmes culturais. 201. A concordância está feita de acordo com a norma padrão na frase: a) Sempre existe situações de conflito entre potências, com a defesa prioritária dos interesses econômicos e políticos. b) A defesa do território era importante, mas a vida de pessoas inocentes deveriam estar garantidas prioritariamente. c) Surgiram manifestações de protesto no mundo todo contra a possível violação dos direitos humanos, na região devastada pela guerra. d) A população civil envolvida no conflito, especialmente mulheres e crianças, foram atacadas pelos invasores. 202. A concordância está correta na frase: a) Rejeita-se os resultados danosos da medicação por conta própria. 139 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” b) Foi condenado os abusos decorrente de automedicação. c) Trata-se de leigos que se medicaram por conta própria. d) Realizou-se vendas sem receita médica. 203. No excerto “[...] 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes não cumpre com as normas internacionais [...]”, há erro de concordância verbal, pois o verbo “cumpre” deveria estar no plural. ( ) C ( ) E 140 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” GABARITOS 1. SEMÂNTICA 1. A 2. A 3. D 4. B 5. D 6. B 2. TIPOLOGIA TEXTUAL 7. C 8. B 9. D 10. E 11. B 3. FONOLOGIA 12. E 13. E 14. A 15. C 4. ORTOGRAFIA OFICIAL 16. D 17. C 18. D 19. C 20. C 21. B 22. C 23. D 24. B 25. A 26. C 27. B 5. EMPREGO DO HÍFEN 28. C 29. D 30. C 31. CERTO 32. D 33. ERRADO 141 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 34. D 6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 35. A 36. D 37. D 38. B 39. C 40. C 41. B 42. A 43. C 44. C 7. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 45. A 46. B 47. B 48. C 49. C 8. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS 50. D 51. C 52. D 53. E 54. D 55. C56. B 57. C 58. C 59. B 60. C 61. D 62. C 63. D 64. C 65. A 66. A 67. D 68. E 69. A 70. B 71. E 72. B 73. E 142 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 74. C 75. D 76. A 77. C 78. D 79. C 80. E 81. A 82. D 83. E 84. D 85. B 9. MORFOLOGIA: CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS 86. C 87. C 88. E 89. C 90. D 91. B 92. C 93. D 94. A 95. A 96. E 97. B 98. C 99. A 100. B 101. C 102. B 103. A 104. A 10. SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES: TERMOS DA ORAÇÃO (ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS) 105. A 106. CERTO 107. D 108. CERTO 109. E 110. D 111. A 112. B 113. B 114. A 115. C 143 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 116. E 117. C 118. A 11. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS 119. E 120. C 121. D 122. C 123. C 12. SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS 124. B 125. B 126. A 127. C 128. C 129. C 130. B 131ª 132. B 133. E 134. C 135. D 136. D 137. D 138. B 13. PONTUAÇÃO 139. C 140. D 141. C 142. B 143. D 144. E 145. C 146. C 147. D 148. C 149. D 150. B 14. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 151. A 152. D 144 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 153. B 154. D 155. B 156. D 157. B 158. D 159. A 160. D 161. A 15. CRASE 162. D 163. A 164. E 165. A 166. C 167. B 168. D 169. A 170. D 171. B 172. A 15. COLOCAÇÃO PRONOMINAL 173. A 174. C 175. D 176. B 177. B 178. B 179. E 16. CONCORDÂNCIA NOMINAL 180. B 181. A 182. D 183. D 184. B 185. D 186. C 187. D 188. A 189. A 190. C 145 “NOSSO LEMA É SUA APROVAÇÃO” 17. CONCORDÂNICA VERBAL 191. B 192. D 193. D 194. C 195. D 196. D 197. B 198. C 199. D 200. A 201. C 202. C 203. C