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ESTRUTURA DE MERCADO

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Estruturas de Mercado
Apresentação
Concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística são diferentes 
estruturas de mercado. Na concorrência perfeita, existem tantos consumidores e empresas que 
qualquer um tem impacto insignificante sobre o preço do produto. No monopólio, a produção de 
um bem ou serviço é realizada por uma única empresa, o que impacta sobre o preço do produto. 
No oligopólio, há poucas empresas, as quais podem se comportar como um monopólio ou como 
num mercado de concorrência perfeita. Na concorrência monopolística, há menos empresas que na 
concorrência perfeita, e elas conseguem distinguir seus produtos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos as estruturas de mercado. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir as principais estruturas de mercado.•
Desenvolver as principais estruturas de mercado.•
Identificar a condição de maximização do lucro nas principais estruturas de mercado.•
Desafio
A Petrobras é uma empresa estatal de petróleo que tem o monopólio sobre a produção deste 
produto no Brasil.
Suponha também que, para tomar essas decisões, você sabe que a Petrobras possui a estrutura de 
custo e receita mensais descrita pelas seguintes funções:
CMe = Q + 10 + 50/Q
RMA = 70 - 8Q
Em que Q é igual a mil unidades de barris de petróleo, e o preços são em dólares.
Com base nessas informações, como você responderia cada um dos quatro questionamentos? 
Responda no campo a seguir.
DICA: Comece transformando a curva de custo médio para obter as curvas de custo total e custo 
marginal e transformando a curva de receita marginal para obter as curvas de receita total e 
demanda. Após encontrar essas curvas, você consegue aplicar a condição de maximização do lucro 
da empresa monopolista.
Infográfico
As diversas formas de estruturas de mercado dependem de características tais como quantidade de 
empresas que compõem o mercado, se o tipo de produto é idêntico ou diferenciado e se existem 
barreiras de acesso de novas empresas nesses mercados. 
No Infográfico a seguir você identificará a relação entres estas variáveis.
Conteúdo do livro
Assim como no caso competitivo, supomos que o objetivo do monopolista seja maximizar o lucro 
econômico a curto prazo, assim como antes. Isso significa escolher o nível de produto para o qual a 
diferença entre a receita total e o custo total de curto prazo é máxima.
Acompanhe um trecho da obra Microeconomia e comportamento, livro que serve de base teórica 
para esta Unidade de Aprendizagem. Inicie o estudo pelo tópico O monopolista maximizador dos 
lucros e vá até o tópico Receita marginal e elasticidade. Após, leia o tópico Um monopolista não 
possui curva de oferta e finalize lendo Ajustes a longo prazo.
Boa leitura!
F828m Frank, Robert H.
 Microeconomia e comportamento [recurso eletrônico] /
 Robert H. Frank ; tradução: Christiane de Brito Andrei ;
 revisão técnica: Giácomo Balbinotto Neto. – 8. ed. – Dados
 eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8055-245-4
 1. Microeconomia. I. Título.
CDU 330.101.542
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
377CAPÍTULO 12 MONOPÓLIO
antes de um produto ser lançado. Em geral, esses custos nunca são recorrentes, mesmo 
durante um ciclo de vida de produto que englobe diversas décadas. A rigor, esses custos 
não são fixos, já que os insumos usados para gerar a informação poderiam em princí-
pio ser variados. Contudo, quando o produto é lançado, simplesmente não há motivo 
econômico para variá-los. Então, para fins práticos, esses custos são essencialmente 
fixos. De qualquer maneira, o importante é que a curva de custo médio de longo prazo 
da empresa provavelmente terá inclinação descendente sempre que uma fração subs-
tancial de seu custo total estiver associada a investimentos iniciais em informação.
Um exemplo é o microprocessador que alimenta os computadores pessoais e uma 
gama cada vez maior de outros produtos. O investimento fixo necessário para produ-
zir o mais recente chip da Intel é de aproximadamente $2 bilhões. Uma vez que o chip 
tenha sido projetado e sua fábrica construída, no entanto, o custo marginal de produ-
zir cada chip é de apenas alguns centavos. Não é nenhuma surpresa, portanto, que a 
Intel atualmente forneça mais de 80% de todos os microprocessadores vendidos hoje.
Economias de escala sempre foram um importante aspecto da paisagem indus-
trial moderna. Mas, à medida que mais e mais do valor embutido em produtos passa 
a consistir em informação, a importância delas aumenta ainda mais.
Tendo em mente esse breve panorama das causas do monopólio, passemos agora à 
questão de quais são as consequências do monopólio. Para tal, procederemos da mesma 
maneira que fizemos em nosso estudo da empresa competitiva. Isto é, examinaremos a de-
cisão da empresa de quanto produto produzir e veremos se ela leva a uma situação em que 
todos os ganhos possíveis advindos da troca são exauridos. A resposta geralmente é não, 
mas, ao formular uma política governamental para melhorar os resultados de monopólios 
não regulamentados, veremos que é crucial compreender a fonte original do monopólio.
O MONOPOLISTA MAXIMIZADOR DOS LUCROS
Assim como no caso competitivo, supomos que o objetivo do monopolista seja maxi-
mizar o lucro econômico. E, assim como antes, a curto prazo, isso significa escolher o 
nível de produto para o qual a diferença entre a receita total e o custo total de curto 
prazo é máxima. Essa motivação é menos convincente nesse caso do que no caso da 
concorrência perfeita. Afinal, a sobrevivência do monopolista está menos ameaçada do 
que a da empresa competitiva, portanto, o argumento evolucionário a favor da maxi-
mização do lucro se aplica com menos força no caso do monopólio. Não obstante, 
exploraremos que comportamentos são decorrentes do objetivo do monopolista de 
maximização do lucro.
A CURVA DE RECEITA TOTAL DO MONOPOLISTA
A principal diferença entre o monopolista e a empresa perfeitamente competitiva é a ma-
neira como a receita total e, por conseguinte, a receita marginal variam com o produto. 
Figura 12.2
Curva de receita 
total de uma empresa 
perfeitamente competitiva.
O preço para a empresa 
perfeitamente competitiva 
permanece no nível de 
equilíbrio de curto prazo P* 
independentemente do nível de 
produção da empresa. Sua receita 
total é, assim, o produto de P* e 
da quantidade que ela vende: 
RT = P*Q.
Q
$/
un
id
ad
e 
de
 t
em
po
Inclinação = P *
RT = P *Q
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 377 5/28/13 5:20 PM
PARTE I I I TEORIA DA EMPRESA E ESTRUTURAS DE MERCADO378
Lembre-se, como vimos no Capítulo 11, de que a curva de demanda da empresa per-
feitamente competitiva é, simplesmente, uma linha horizontal no preço do equilíbrio 
de mercado de curto prazo – vamos chamá-la de P*. A empresa competitiva é uma 
tomadora de preços, normalmente porque seu próprio produto é pequeno demais para 
ter qualquer influência discernível sobre o preço de mercado. Sob essas circunstâncias, 
a curva de receita total da empresa perfeitamente competitiva é um raio com inclina-
ção P*, como mostra a Figura 12.2.
Agora, considere um monopolista com a curva de demanda com inclinação des-
cendente P = 80 – (1/5)Q representada no painel superior da Figura 12.3. Para essa 
empresa a receita total também é o produto entre preço e quantidade. No ponto A 
sobre sua curva de demanda, por exemplo, ela vende 100 unidades de produto por 
semana a um preço de $60/unidade, gerando uma receita total de $6 mil/semana. Em 
B, ela vende 200 unidades a um preço de $40, então sua receita total em B será de 
Figura 12.3
Demanda, receita total 
e elasticidade.
Para o monopolista aumentar 
as vendas, é necessário 
reduzir o preço (painel 
superior). A receita total 
aumenta com o aumento 
da quantidade, alcança um 
valor máximo e, então, 
diminui (painel do meio). 
O nível de quantidadepara 
o qual a elasticidade ‑preço 
da demanda é igual a 1 
corresponde ao ponto médio 
da curva de demanda, e, 
nesse valor, a receita total 
é maximizada.
100
Q (unidades/semana)
P
 (
$/
un
id
ad
e 
de
 p
ro
du
to
) 80
0 200 300 400
60
40
20
100
Q (unidades/semana)
R
ec
ei
ta
 t
o
ta
l (
$/
se
m
an
a) 8.000
0 200 300 400
6.000
4.000
2.000
100 200 300 400
∈
0
–1
–3
– 1
3
A
B
C
Q (unidades/semana)
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 378 5/28/13 5:20 PM
379CAPÍTULO 12 MONOPÓLIO
$8 mil/semana, e assim por diante. A diferença entre o monopolista e a empresa com-
petitiva é que, para o monopolista vender uma quantidade maior de produto, ela tem 
de reduzir seu preço – não somente da unidade marginal, mas de todas as unidades 
anteriores também. Como vimos no Capítulo 5, o efeito de uma curva de demanda 
com inclinação descendente é que a receita total não é mais proporcional ao produto 
vendido. Assim como no caso da empresa competitiva, a curva de receita total do mo-
nopolista (painel do meio da Figura 12.3) passa pela origem, porque, em cada caso, 
não vender nenhum produto não gera nenhuma receita. Mas, à medida que o preço 
cai, a receita total do monopolista não aumenta linearmente com o aumento do pro-
duto. Em vez disso, ela chega a um valor máximo na quantidade correspondente ao 
ponto médio da curva de demanda (B no painel superior), depois do qual começa a 
cair novamente. Os valores correspondentes da elasticidade-preço da demanda são 
exibidos no painel inferior da Figura 12.3. Observe que a receita total alcança seu 
valor máximo quando a elasticidade-preço da demanda é igual a 1.
EXERCÍCIO 12.1
Trace a curva de receita total de um monopolista cuja curva de demanda é dada 
por P = 100 – 2Q.
O painel superior da Figura 12.4 representa a curva de custo total de curto prazo 
e a curva de receita total de um monopolista que enfrenta a curva de demanda exibida 
na Figura 12.3. O lucro econômico, traçado no painel inferior, é positivo no intervalo 
de Q = 45 a Q = 305, e é negativo em todos os outros pontos. O ponto de lucro máxi-
mo ocorre em Q* = 175 unidades/semana, que está à esquerda do nível de produto 
para o qual a receita total está em seu máximo (Q = 200).
Observe, na Figura 12.4, que a distância vertical entre as curvas de custo total e 
de receita total de curto prazo é máxima quando as duas curvas são paralelas (quando 
Q = 175). Suponha que esse não fosse o caso. Por exemplo, suponha que no ponto 
de maximização do lucro a curva de custo total fosse mais íngreme do que a curva de 
receita total. Seria possível, então, obter lucros mais altos produzindo menos produto, 
Figura 12.4
Curvas de custo total, 
receita e lucro de um 
monopolista.
O lucro econômico [∏(Q) no 
painel inferior] é a distância 
vertical entre a receita total e 
custo total (RT e CT no painel 
superior). Observe que o ponto 
de lucro máximo, Q* = 175, está 
à esquerda do nível de produto 
no qual a RT se encontra em 
seu máximo (Q = 200).
100
Q
R
T
, C
T
 (
$/
se
m
an
a)
8.000
7.900
200 305 400
6.000
4.400
4.000
2.000
45 175
CT
L
uc
ro
 e
co
nô
m
ic
o
 (
$/
se
m
an
a)
3.500
0
–2.000
Q
100 200 30545 175 400
RT
∏(Q )
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 379 5/28/13 5:20 PM
PARTE I I I TEORIA DA EMPRESA E ESTRUTURAS DE MERCADO380
porque os custos diminuiriam em uma proporção maior do que a redução correspon-
dente na receita total. Ao contrário, se a curva de custo total fosse menos íngreme que 
a curva de receita total, o monopolista poderia obter lucros mais altos expandindo a 
produção, porque a receita total aumentaria mais do que o custo total.
RECEITA MARgINAL
A inclinação da curva de custo total em qualquer nível de produto é, por definição, igual 
ao custo marginal nesse nível de produção. Seguindo a mesma linha de raciocínio, a incli-
nação da curva de receita total é a definição de receita marginal.3 Assim como no caso da 
empresa perfeitamente competitiva, podemos pensar na receita marginal como a variação 
na receita total quando a venda do produto varia em 1 unidade. Mais precisamente, su-
ponha que ΔTRQ seja a variação na receita total que ocorre em resposta a uma pequena 
variação no produto, ΔQ. A receita marginal, denotada por RMaQ, é, então, dada por
RMaQ = 
ΔTRQ
ΔQ
 (12.1)
Usando essa definição, um monopolista maximizador de lucro a curto prazo es-
colhe o nível de produto Q* para o qual
CMaQ* = RMaQ* (ver nota de rodapé 4) (12.2)
contanto que a receita marginal intercepte o custo marginal por cima. A Equação 12.2 
define a condição de otimalidade para um monopolista. Este deseja vender todas as 
unidades para as quais a receita marginal excede o custo marginal, então a receita 
marginal deve estar acima do custo marginal antes da intercepção (para algumas estru-
turas de custo, o custo marginal pode ser decrescente inicialmente e, então, aumentar, 
levando a duas intercepções do custo marginal com a receita marginal).
Lembre-se de que a condição semelhante para a empresa perfeitamente competitiva 
é escolher o nível de produto para o qual preço e custo marginais são iguais. Lembrando 
que a receita marginal e o preço (P) são iguais para a empresa competitiva (quando tal 
empresa expande o produto em 1 unidade, sua receita total aumenta em P), vemos que 
a condição de maximização do lucro para a empresa perfeitamente competitiva é sim-
plesmente um caso especial da Equação 12.2.
No caso da empresa monopolista, a receita marginal será sempre menor do 
que o preço.5 Para compreender por que, considere a curva de demanda represen-
tada na Figura 12.5 e suponha que o monopolista deseje aumentar a produção de 
Q0 = 100 para Q0 + ΔQ = 150 unidades/semana. Sua receita total da venda de 100 
unidades/semana é ($60/unidade) (100 unidades/semana) = $6 mil/semana. Para 
vender ΔQ = 50 unidades/semana adicionais, ele tem de reduzir seu preço para 
$60 – ΔP = $50/unidade, ou seja, sua nova receita total será ($50/unidade)(150 uni-
dades/semana), o que é igual a $7.500/semana. Para calcular a receita marginal, 
simplesmente subtraímos a receita total original, $6 mil/semana, da nova receita to-
tal, e a dividimos pela variação no produto, ΔQ = 50 unidades/semana. Isso gera 
3 Em termos de cálculo, a receita marginal é definida como a derivada dTR/dQ.
4 Essa condição também pode ser justificada observando-se que a condição de primeira ordem para a 
maximização do lucro é dada por
d∏
dQ
 = d(RT – CT)
dQ
 = RMa – CMa = 0.
5 Na verdade, existe uma única exceção a essa afirmação: o caso do monopolista discriminador per-
feito, que discutiremos adiante.
condição de otimalidade 
para um monopolista 
monopolista maximiza o lucro 
escolhendo o nível de produto 
para o qual a receita marginal 
é igual ao custo marginal.
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 380 5/28/13 5:20 PM
381CAPÍTULO 12 MONOPÓLIO
RMaQ0 = 100 = ($7.500/semana – $6 mil/semana) = (50 unidades/semana) = $30/unida-
de, o que é claramente menos do que o preço original de $60/unidade.
Outra maneira útil de pensar na receita marginal é vê-la como o ganho na receita 
proveniente de novas vendas menos a perda na receita proveniente da venda do nível 
do produto anterior pelo novo preço mais baixo. Na Figura 12.5, a área do retângulo 
B ($2.500/semana) representa o ganho na receita proveniente das vendas adicionais 
pelo preço mais baixo. A área do retângulo A ($1 mil/semana) representa a perda na 
receita proveniente da venda das 100 unidades/semana originais a $50/unidade em vez 
de $60. A receita marginal é a diferença entre o ganho na receita proveniente das ven-
das adicionais e a perda na receita proveniente das vendas a um preço mais baixo, di-
vidida pela variação na quantidade. Isso gera ($2.500/semana – $1 mil/semana)/(50 
unidades/semana), que é, novamente, igual a $30/unidade.
Para explorar como a receita marginal varia à medida que nos movimentamos ao 
longo de uma curva de demanda linear, considere a curva de demanda representada na 
Figura12.6 e suponha que o monopolista deseje aumentar o produto de Q0 para Q0 + 
ΔQ unidades. Sua receita total da venda de Q0 unidades é P0Q0. Para vender ΔQ uni-
dades adicionais, ele tem de reduzir seu preço para P0 – ΔP, o que significa que sua 
nova receita total será (P0 – ΔP)(Q0 +ΔQ), que é igual a P0Q0 + P0ΔQ – ΔPQ0 – ΔPΔQ. 
Para calcular a receita marginal, simplesmente subtraia a receita total original, P0Q0, 
da nova receita total e divida pela variação no produto, ΔQ. Isso nos dá RMaQ0 = – P0 
(ΔP/ΔQ)Q0 – ΔP, que é claramente menos do que P0. À medida que ΔP se aproxima de 
zero, a expressão da receita marginal se aproxima, então, de6
RMaQ0
 = P0 – 
ΔP
ΔQ
 Q0 (12.3)
6 Observe que quando ΔP tende a zero, o ΔQ correspondente também o faz. Como ΔP e ΔQ são 
ambos positivos aqui, a razão ΔP/ΔQ é simplesmente o oposto da inclinação da curva de demanda.
Figura 12.5
Variações na receita 
total resultante de uma 
redução no preço.
A área do retângulo A 
($1 mil/semana) é a perda 
de receita por conta da 
venda do nível de produto 
anterior a um preço mais 
baixo. A área do retângulo 
B ($2.500/semana) é o 
ganho de receita em virtude 
da venda do produto 
adicional pelo novo preço, 
mais baixo. A receita 
marginal é a diferença entre 
essas duas áreas ($2.500 – 
$1 mil = $1.500/semana) 
dividida pela variação no 
produto (50 unidades/
semana). Aqui, RMa é igual a 
$30/unidade, que é menos 
do que o novo preço 
de $50/unidade.
Q (unidades/semana)
P
 (
$/
un
id
ad
e)
80
100
Ganho de receita em virtude 
de vendas adicionais
60
50
150 400
Perda de receita por causa da 
venda a um preço mais baixo
Curva de demanda de mercado
∆P
∆Q
A
B
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 381 5/28/13 5:20 PM
PARTE I I I TEORIA DA EMPRESA E ESTRUTURAS DE MERCADO382
A Equação 12.3 faz sentido intuitivamente se pensarmos em ΔQ como uma 
variação de 1 unidade no produto; P0 seria, então, o ganho na receita proveniente da 
venda dessa unidade extra e (ΔP/ΔQ)Q0 = ΔPQ0 seria uma perda na receita prove-
niente da venda das unidades existentes pelo preço mais baixo. Vemos, novamente, 
na Equação 12.3, que a receita marginal é menor do que o preço para todos os níveis 
de produto positivos.
O fato de a área B ser maior do que a área A na Figura 12.6 significa que a recei-
ta marginal é positiva Q0. Uma vez que o produto tenha passado do ponto médio (M 
na Figura 12.6) sobre uma curva de demanda linear, no entanto, a receita marginal de 
uma nova expansão será negativa. Assim, a área do retângulo C é maior do que a área 
do retângulo D na Figura 12.6, o que significa que a receita marginal no nível de pro-
duto Q1 é menor do que zero.
RECEITA MARgINAL E ELASTICIDADE
Outra relação útil associa a receita marginal é a elasticidade-preço da demanda no 
ponto correspondente sobre a curva de demanda. Lembre-se, como vimos no Capítulo 
5, de que a elasticidade-preço da demanda em um ponto (Q, P) é dada por:
∈ = ΔQ
P
P
Q
 (12.4)
Na Equação 12.4, os termos ΔQ e ΔP têm sinais opostos, porque a curva de 
demanda possui inclinação descendente. Ao contrário, lembre-se de que os termos 
ΔQ e ΔP da Equação 12.3, que também representam variações em P e Q quando nos 
movimentamos ao longo da curva de demanda, são ambos positivos. Suponha que 
redefinamos ΔQ e ΔP a partir da Equação 12.4 de modo que ambos esses termos 
sejam positivos. Essa equação, então, seria:
|∈| = ΔQ
P
P
Q
 (12.5)
Figura 12.6
Receita marginal e posição 
sobre a curva de demanda.
Quando Q está à esquerda 
do ponto médio (M) de uma 
curva de demanda linear 
(por exemplo, Q = Q0), o 
ganho proveniente das vendas 
adicionais (área B) supera 
a perda proveniente de um 
preço mais baixo pelas vendas 
originais (área A). Quando Q 
está à direita do ponto médio 
(por exemplo, Q = Q1), o 
ganho proveniente das vendas 
adicionais (área D) é menor 
do que a perda proveniente 
de um preço mais baixo para 
as vendas existentes (área C). 
No ponto médio da curva de 
demanda, o ganho e a perda 
são iguais, o que significa que a 
receita marginal é zero.
Q (unidades/semana)
P
 (
$/
un
id
ad
e)
Q0
RMa = 0
P0
P0 – ∆P
Q0 + ∆Q
RMa > 0
RMa < 0
A
B
P1
Q1
M
C
D
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 382 5/28/13 5:20 PM
383CAPÍTULO 12 MONOPÓLIO
O propósito de transformar ΔQ e ΔP em termos positivos é poder relacionar 
a Equação 12.5 à Equação 12.3. Se agora solucionarmos a Equação 12.5 em 
ΔQ/ΔP = P/(Q |∈|) e substituirmos esse resultado na Equação 12.3, teremos:
RMaQ = P (1 – 1|∈|) (12.6)
A Equação 12.6 nos diz que, quanto menos elástica for a demanda for em relação 
ao preço, mais o preço excederá a receita marginal.7 Isso também nos diz que, no caso 
limite da elasticidade-preço infinita, a receita marginal e preço são exatamente iguais. 
Lembre-se, como vimos no Capítulo 11, de que preço e receita marginal são iguais 
para a empresa competitiva, que enfrenta uma curva de demanda horizontal ou infini-
tamente elástica.
7 A Equação 12.6 pode ser deduzida usando cálculo da seguinte maneira:
RMa = 
dRT
dQ =
d(PQ)
dQ = P +
QdP
dQ = P (1 + 
QdP
P dQ) = P (1 + 
1
∈) = P (1 – 1|∈|)
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 383 5/28/13 5:20 PM
389CAPÍTULO 12 MONOPÓLIO
UM MONOPOLISTA NÃO POSSUI CURVA DE OFERTA
Como vimos no Capítulo 11, a empresa competitiva possui uma curva de oferta bem 
definida. Ela aceita o preço de mercado como dado e responde escolhendo o nível de 
produto para o qual o custo marginal e o preço são iguais. No nível da indústria, uma 
curva de demanda em deslocamento gera uma curva de oferta bem definida para a 
indústria, que é o somatório horizontal das curvas de ofertas das empresas individuais.
Não existe curva de oferta similar para o monopolista. O motivo disso é que ele 
não é um tomador de preços, pois não existe correspondência única entre preço e receita 
marginal quando a curva de demanda de mercado se desloca. Assim, determinado valor 
de receita marginal para uma curva de demanda pode corresponder a um preço, enquan-
to o mesmo valor de receita marginal para uma segunda curva de demanda corresponde 
a um preço diferente. Consequentemente, é possível observar o monopolista produzir 
Q*1 e vender a P* em um período e, então, vender Q*2 a P* em outro período.
Para ilustrar, considere um monopolista com uma curva de demanda de P = 100 – Q 
e com as mesmas curvas de custo que o Exemplo 12.2, em particular com CMa = 20. 
A curva de receita marginal desse monopolista é dada por RMa = 100 – 2Q, e igualan-
do RMa a CMa, temos um nível de produto que maximiza o lucro de Q* = 40. 
O preço maximizador do lucro correspondente é P* = 60. Observe que esse é o mesmo 
preço maximizador do lucro que vimos para o monopolista no Exemplo 12.2, embora 
a curva de demanda aqui se encontre à direita do anterior.
Quando a curva de demanda do monopolista se desloca, a elasticidade-preço da 
demanda em determinado preço geralmente também se desloca. Mas esses desloca-
mentos não precisam necessariamente ocorrer na mesma direção. Quando a demanda 
se desloca para a direita, por exemplo, a elasticidade em determinado preço pode ou 
aumentar ou diminuir, e o mesmo é válido para quando a demanda se desloca para a 
esquerda. O resultado é que não pode haver correspondência única entre o preço que 
um monopolista cobra e a quantidade que ele escolhe produzir. E, logo, podemos dizer 
que o monopolista não possui curva de oferta. Em vez disso, ele possui uma regra de 
oferta, que é igualar a receita marginal e o custo marginal.
AJUSTES A LONgO PRAZO
No longo prazo, o monopolista obviamente está livre para ajustar todos os insumos, 
assim como a empresa competitiva. Qual é a quantidade ótima a longo prazo para um 
Figura 12.12
Equilíbrio de longo prazo 
para um monopolista 
maximizador do lucro.
A quantidade maximizadora 
do lucro a longo prazo é Q*, 
o nível de produto para o
qual CMaL = RMa. O preço
maximizador de lucro a longo
prazo é P*. O estoque de
capital ótimo a longo prazo
gera a curva de custo marginal
CMaC*, quepassa pela
intersecção de CMaL e RMa.
Q
$/Q
P*
D
Q*
RMa
CMaC*
CTM*∏
CML
CMaL
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PARTE I I I TEORIA DA EMPRESA E ESTRUTURAS DE MERCADO390
monopolista com determinada tecnologia? O melhor que o monopolista pode fazer é 
produzir a quantidade para a qual o custo marginal de longo prazo é igual à receita 
marginal. Na Figura 12.12, isso significa escolher um estoque de capital que gere as 
curvas de custo médio e custo marginal de curto prazo chamadas CTM* e CMaC*. 
Para esse nível de estoque de capital, a curva de custo marginal de curto prazo passa 
pela intersecção das curvas de custo marginal e receita marginal de longo prazo. Q* 
será a quantidade maximizadora do lucro a longo prazo e será vendida a um preço 
igual a P*. Para as condições representadas na Figura 12.12, o nível de lucro econômico 
de longo prazo, ∏, será positivo e é indicado pela área do retângulo sombreado.
Como vimos no Capítulo 11, os lucros econômicos tendem a desaparecer a 
longo prazo em indústrias perfeitamente competitivas, tendência esta que às vezes 
está presente para o monopólio. Na medida em que os fatores que geram a posição 
de monopólio da empresa são atacados a longo prazo, haverá uma pressão para 
baixo sobre os lucros. Por exemplo, as empresas competitivas podem desenvolver 
substitutos para insumos importantes que anteriormente estavam sob o controle do 
monopolista. Ou, no caso de produtos patenteados, as concorrentes podem desen-
volver substitutos próximos que não infrinjam as patentes existentes, que são, de 
qualquer forma, apenas temporárias.
Mas, em outros casos, pode haver uma tendência a que os lucros do monopólio 
persistam. A empresa exibida na Figura 12.12, por exemplo, possui uma curva de 
custo médio de longo prazo decrescente, já que ela pode desfrutar de uma vantagem 
de custo persistente sobre as rivais potenciais. Em tais monopólios naturais, os lucros 
econômicos podem ser extremamente estáveis com o passar do tempo e o mesmo, é 
claro, pode ser válido para uma empresa cujo monopólio vem da posse de uma li-
cença governamental. Lucros econômicos persistentes são, de fato, uma das principais 
preocupações políticas relacionadas ao monopólio, como discutiremos mais adiante, 
neste capítulo.
DISCRIMINAÇÃO DE PREÇO
Nossa discussão até agora supôs que o monopolista vende a sua produção por um 
único preço. Na realidade, porém, eles geralmente cobram diferentes preços de diferen-
tes compradores, uma prática que é conhecida como discriminação de preço. Os des-
contos nos ingressos do cinema discutidos no início deste capítulo constituem um 
exemplo disso. Nas próximas seções, analisaremos como o monopolista maximizador 
do lucro se comporta quando é possível cobrar diferentes preços de diferentes compra-
dores. Quando a discriminação de preço é possível, um monopolista pode transferir 
parte dos ganhos dos consumidores para seus próprios lucros. Entretanto, veremos 
que nem todo lucro mais alto sob a prática da discriminação de preço vem à custa dos 
consumidores. A eficiência aumenta à medida que ele expande a produção em direção 
ao nível em que a demanda intercepta o custo marginal.
Microeconomia_FRANK_Parte3.indd 390 5/28/13 5:20 PM
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
A maior parte dos modelos existentes chamados como Estruturas de Mercado, pressupõe que os 
agentes (empresas) procuram maximizar o lucro total, através de relações entre produção, receita 
marginal e custo marginal. 
Na Dica do Professor, você irá conhecer os agentes e suas relações nas diversas Estruturas de 
Mercado.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/c3b2919009e1d962dfe36236e23783a7
Exercícios
1) O que é monopólio? 
A) Uma estrutura de mercado na qual existem muitos consumidores e muitas empresas, as quais 
comercializam um produto padronizado.
B) Uma estrutura de mercado na qual existe apenas uma empresa, a qual produz um produto 
sem nenhum substituto próximo.
C) Uma estrutura de mercado na qual existem poucas empresas, as quais comercializam um 
produto padronizado.
D) Uma estrutura de mercado na qual existem poucas empresas, as quais produzem produtos 
sem substitutos próximos.
E) Uma estrutura de mercado na qual existem muitos consumidores e muitas empresas, as quais 
comercializam um produto diferenciado.
2) O mercado monopolista caracteriza-se por apresentar condições diametralmente opostas às da 
concorrência perfeita (Vasconcellos e Garcia, 200. Nele existe uma única empresa dominando 
inteiramente a oferta de um lado e todos os consumidores de outro, não há concorrência, nem 
produtos substitutos ou concorrente. Os dados a seguir apresentam uma “fotografia” da produção 
de uma empresa monopolista, tendo em vista estes dados, que recomendação, dentre as citadas, 
você daria a empresa?
A) Permanecer no nível de produção atual.
B) Aumentar o nível de produção.
C) Reduzir o nível de produção.
D) Interromper as atividades.
E) Recalcular seus valores, pois é impossível que esses dados estejam corretos.
3) Qual característica pode ser relacionada com a concorrência monopolística? 
A) Existência de poucas empresas.
B) Entrada limitada de novas empresas.
C) Existência de um produto padronizado.
D) A curva de demanda de cada empresa é horizontal.
E) O preço é mais alto que o custo marginal.
4) Em qual dos casos o preço de equilíbrio é menor? 
A) Concorrência perfeita.
B) Monopólio.
C) Concorrência monopolística.
D) Oligopólio (modelo de Cournot).
E) Oligopólio (modelo de Stackelberg).
5) Em qual dos casos a quantidade de equilíbrio é maior? 
A) Concorrência perfeita.
B) Monopólio.
C) Concorrência monopolística.
D) Oligopólio (modelo de Cournot).
E) Oligopólio (modelo de Stackelberg).
Na prática
O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar vários exemplos 
em diferentes áreas da economia, como por exemplo: montadoras de veículos, indústria de bebidas, 
produtos de consumo familiares, entre outros.
Na Prática você vai ver um exemplo de uma empresa oligopolista no país.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Análise Das Estruturas De Mercado Das Indústrias De Painéis 
De Madeira (Compensado, Mdf E Osb) No Estado Do Paraná
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Oligopoles e competição monopolística
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Preço de otimização do monopolista: Receita total (Parte 1)
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Preço de otimização do monopolista: receita marginal (Parte 2)
https://revistas.ufpr.br/floresta/article/view/26289
https://www.youtube.com/embed/HGfGdxtTzjY
https://www.youtube.com/embed/yupzQ0h6uIw
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https://www.youtube.com/embed/PgtzsgpNNbw

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