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DIREITOS HUMANOS AULA 2

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DIREITOS HUMANOS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Tiemi Saito 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula vamos aprofundar nosso conhecimento sobre a matéria, tendo 
como foco principal o Sistema Europeu de Proteção de Direitos Humanos. Serão, 
portanto, objetos de nossas análises a Convenção Europeia de Direitos 
Humanos e demais documentos adotados pelo Conselho da Europa. 
Vamos compreender também quais são os órgãos e mecanismos que 
atuam neste contexto de proteção do Sistema Europeu de Direitos Humanos. 
TEMA 1 – SISTEMA EUROPEU DE PROTEÇÃO DE DIREITOS HUMANOS 
Partindo das diretrizes já formuladas pela Declaração Universal de 
Direitos Humanos, o Sistema Europeu de Proteção de Direitos Humanos surgiu 
com a perspectiva não apenas de promover e garantir mecanismos mais efetivos 
de proteção a estes direitos, como também de fortalecer a integração entre os 
países do continente. 
Contudo, é importante ressaltar que este sistema não guarda relação 
direta com a União Europeia, pois esta reflete a união político-econômica entre 
os países europeus com o fim de estabelecer diretrizes políticas e econômicas 
comuns, não dispondo de preocupações afirmativas de direitos humanos. 
1.1 Conselho da Europa 
É o órgão responsável por coordenar o Sistema Europeu de Direitos 
Humanos, buscando a afirmação dos direitos humanos, o desenvolvimento 
democrático e a estabilidade político-social da Europa. 
TEMA 2 – CONVENÇÃO EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS 
Celebrada em Roma, no dia 4 de novembro de 1950, a Convenção 
Europeia se tornou o principal documento para a proteção de direitos humanos 
e liberdades fundamentais que sustenta o Sistema Europeu de Direitos 
Humanos. Este importante documento colocou o ser humano em um patamar de 
sujeito de direito internacional e, por apresentar-se como tratado internacional 
de direitos humanos, trouxe aos Estados-membros responsabilidades e 
obrigações perante a comunidade internacional no que se refere à promoção e 
proteção de tais direitos. 
 
 
3 
Em síntese, precisamos frisar que a convenção não alcançou direitos 
sociais, mas preocupou-se pontualmente com a previsão de direitos civis e 
políticos, salvo o direito à educação (instrução). 
2.1 Reestruturação do Sistema Europeu de Direitos Humanos 
A sistemática adotada até 1994 era de que apenas a comissão ou os 
Estados-membros tivessem acesso à corte europeia, não sendo possível, dentro 
desse modelo, a petição individual ao Sistema Europeu de Direitos Humanos. 
Promoveu-se neste contexto uma verdadeira reestruturação do sistema 
em 1998, por meio do Protocolo n. 11, que extinguiu tanto a comissão quanto a 
corte de funcionamento temporário, passando existir a partir de então apenas a 
corte de funcionamento permanente. Esta medida racionalizou os métodos de 
aplicação dos direitos e liberdades previstos na Convenção Europeia de Direitos 
Humanos e eliminou a duplicidade que havia na tramitação de processos. 
Por outro lado, as mudanças promovidas possibilitaram que além dos 
Estados, indivíduos, grupos de pessoas, organizações não governamentais e 
outros setores da sociedade civil pudessem peticionar diretamente à Corte EDH. 
TEMA 3 – DOCUMENTOS ADOTADOS PELO CONSELHO DA EUROPA 
O Sistema Europeu de Proteção aos Direitos Humanos é constituído de 
diversos documentos internacionais, tratados, resoluções, convenções e cartas. 
Neste sentido, vamos aprofundar nossos estudos sobre a Carta Social Europeia 
e os mecanismos que atuam na proteção dos direitos nela instituídos. 
3.1 Carta Social Europeia 
Como a Convenção Europeia havia previsto praticamente apenas direitos 
civis e políticos, ou seja, direitos que por sua própria natureza impõem uma 
determinada abstenção do Estado, a Carta Social Europeia teve o condão de 
garantir direitos sociais, econômicos, culturais, trabalhistas, de igualdade de 
gênero, dos idosos, entre outros. 
3.2 Mecanismos de proteção aos direitos da Carta Social Europeia 
Com a finalidade de proporcionar maior efetividade aos direitos e 
garantias previstos na Carta Social Europeia, dois sistemas de monitoramento e 
 
 
4 
implementação destes direitos devem ser utilizados. Primeiramente, os relatórios 
estatais e, em segundo plano, as denúncias coletivas. 
TEMA 4 – ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS 
O Sistema Europeu de Direitos Humanos passou por algumas etapas de 
reestruturação e consolidação para atingir a proporção que se vislumbra 
atualmente. Inicialmente, a tríade que estruturava a Convenção Europeia de 
Direitos Humanos era constituída pela comissão, pela Corte EDH e pelo Comitê 
dos Ministros. Em 1998, como já comentamos, houve a extinção da comissão, e 
a corte passou a ser um órgão permanente. 
Vamos conferir a atuação específica destes órgãos. 
4.1 Corte Europeia de Direitos Humanos 
Responsável pela interpretação e aplicação dos direitos previstos na 
Convenção Europeia de Direitos Humanos, a Corte EDH deve exercer sua 
função jurisdicional com independência e imparcialidade, garantindo o exercício 
do contraditório. É importante ressaltarmos que possui também função 
consultiva, embora seja limitada, e que suas decisões são dotadas de força 
vinculante sobre os Estados-membros. 
4.2 Comitê dos Ministros 
Como a própria nomenclatura do órgão sugere, o Comitê dos Ministros é 
constituído pelos ministros de relações exteriores dos Estados-membros do 
Conselho da Europa. Estes têm por função principal o monitoramento do 
cumprimento das sentenças por parte do Estado que foi condenado. 
4.3 Procedimento perante a Corte Europeia de Direitos Humanos 
O primeiro aspecto que precisamos abordar no que se refere ao 
procedimento adotado pela Corte EDH é a legitimidade ativa, ou seja, quem são 
as “pessoas” que podem peticionar perante este órgão. A proposição da queixa 
pode ser demandada tanto por indivíduos, grupos de indivíduos, ONGs e até 
mesmo por um Estado. 
A violação a direitos humanos poderá ser decorrente de ações 
promovidas pelo Estado, ou a mando deste (como o desaparecimento forçado); 
 
 
5 
mas também poderá ser em razão de omissão estatal, no sentido de não terem 
sido tomadas as medidas necessárias para o exercício dos direitos, como no 
caso de um crime político não ser investigado por desdém dos órgãos executivos 
e judiciários do país. 
Desta forma, apenas os Estados signatários da Convenção Europeia de 
Direitos Humanos poderão responder à queixa perante a Corte EDH. 
4.4 Política de prioridade 
Para que fosse possível corresponder às demandas tão grandes de 
queixas em razão de situações urgentes, o Sistema Europeu de Direitos 
Humanos instituiu uma política para situações específicas que estabelece 
critérios de prioridade no processamento da causa. 
TEMA 5 – MECANISMOS DO SISTEMA EUROPEU DE DIREITOS HUMANOS 
Vamos compreender de que forma o Sistema Europeu de Direitos 
Humanos promove, monitora e fiscaliza a proteção aos direitos constituídos na 
Convenção Europeia e demais documentos que informam a sua estrutura. 
5.1 Mecanismos de acesso à corte 
Já comentamos a respeito da legitimidade ativa, da fundamentação que 
deverá ser apresentada no momento da propositura da queixa e da legitimidade 
passiva para responder à demanda. No que se refere ao acesso à corte, é 
essencial pontuarmos alguns requisitos de condições que devem ser 
preenchidos, tais como o esgotamento das vias internas e a propositura da 
demanda em até 6 meses da última sentença do juízo nacional. 
5.2 Trâmite processual 
Em síntese, a queixa é encaminhada à corte, que fará de pronto um juízo 
de admissibilidade, no qual serão analisados critérios materiais (os fatos e a 
fundamentação), pessoais (vítima), temporal (o prazo para realizar a queixa) e 
territorial (em qual Estado signatário da convenção se deu a violação ao direito 
humano). Se os requisitos não forem observados, a queixa é rejeitada. Casoela 
seja admitida, passa-se à instrução e julgamento do caso. 
 
 
6 
Antes da sentença final, a corte pode incentivar acordo entre a vítima e o 
Estado violador. Chegada a decisão final, as partes podem requerer um único 
reexame, que será realizado pela Grand Chamber, da qual não será mais 
possível recorrer. 
Decidido o caso pela violação de direitos humanos, a demanda é 
encaminhada ao Comitê dos Ministros para acompanhamento da execução das 
recomendações pelo Estado violador. 
NA PRÁTICA 
É possível, ainda, que a Corte Europeia de Direitos Humanos, diante do 
risco de a vítima sofrer danos irreversíveis aos direitos previstos em sua 
convenção e regulamentos, estabeleça medidas protetivas. 
Estas medidas foram adotadas nos casos: Soering X Reino Unido; F. H. 
X Suécia; e M. E. X Suécia, para que a vítima não fosse extraditada, deportada 
ou expulsa pelo risco de ser morta, violentada ou torturada. 
FINALIZANDO 
No decorrer desta aula foi possível compreender como funciona o Sistema 
Europeu de Proteção aos Direitos Humanos, quais são os principais documentos 
que constituem o funcionamento deste sistema regional, bem como seus órgãos 
e mecanismos de atuação para a promoção dos direitos. 
 
 
 
 
7 
REFERÊNCIAS 
FACHIN, M. G. (Org.). Guia de proteção dos direitos humanos. Cadernos 
Universitários, Uninter. 
UNIÃO EUROPEIA. Direitos humanos. Disponível em: 
<https://europa.eu/european-union/topics/human-rights_pt>. Acesso em: 20 fev. 
2019. 
 
	Conversa inicial
	Nesta aula vamos aprofundar nosso conhecimento sobre a matéria, tendo como foco principal o Sistema Europeu de Proteção de Direitos Humanos. Serão, portanto, objetos de nossas análises a Convenção Europeia de Direitos Humanos e demais documentos adota...
	Vamos compreender também quais são os órgãos e mecanismos que atuam neste contexto de proteção do Sistema Europeu de Direitos Humanos.
	Na prática
	É possível, ainda, que a Corte Europeia de Direitos Humanos, diante do risco de a vítima sofrer danos irreversíveis aos direitos previstos em sua convenção e regulamentos, estabeleça medidas protetivas.
	Estas medidas foram adotadas nos casos: Soering X Reino Unido; F. H. X Suécia; e M. E. X Suécia, para que a vítima não fosse extraditada, deportada ou expulsa pelo risco de ser morta, violentada ou torturada.
	FINALIZANDO
	No decorrer desta aula foi possível compreender como funciona o Sistema Europeu de Proteção aos Direitos Humanos, quais são os principais documentos que constituem o funcionamento deste sistema regional, bem como seus órgãos e mecanismos de atuação pa...
	REFERÊNCIAS

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