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CONCEITO GENÉRICO DE CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO: AS REVOLUÇÕES MODELO LIBERAL CLÁSSICO Revoluções Burguesas dos EUA e França. Retirar a aspereza e a carga explosiva, procurando determinar cientificamente o seu conteúdo. Lei Fundamental: organização dos seus elementos essenciais, um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma do seu governo, o modo e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites de sua ação. CONSTITUCIONALISMO EUROPEU Révolution française(1789–1799): intensa agitação política e social na França com impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Povo francês estava cada vez mais irritado com a incompetência do rei Luís XVI e decadência da aristocracia do país QUEDA DA BASTILHA: ARMAS LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE Ruptura do “Antigo Regime” foi montada à luz do pensamento dos Iluministas como Voltaire, Diderot, Montesquieu, John Locke, Emmanuel de Siéyèz e Immanuel Kant. Críticas às estruturas políticas e sociais absolutistas. Ideia de poder da burguesia: modelo liberal. Grave distúrbios com insatisfação do povo nas ruas de Paris. ESTADOS GERAIS: 1789 em Versalhes. Declaração de Independência: eua As 13 colônias se declararam independentes da Grã-Bretanha com as justificativas. Ratificado no Segundo Congresso Continental de 4 de julho de 1776 na Pennsylvania State House, na Filadélfia. Comitê de cinco pessoas fez a declaração: Thomas Jefferson(relator), John Adams, Benjamin Franklin, Roger Sherman e Robert R. Livingston, integrantes do grupo, sugeriram modificações. OS DIREITOS PROTEGIDOS A Declaração dos Direitos protege a liberdade de expressão, a liberdade de religião, o direito de guardar e usar armas, a liberdade de assembleia e a liberdade de petição. Esta também proíbe a busca e a apreensão sem razão alguma, o castigo cruel e insólito e a auto–inculpação forçada. Uma frase bem conhecida Consideramos estas verdades como auto evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade. ARTIGOS DE CONFEDERAÇÃO Pais Fundadores dos EUA(Founding Fathers of the United States). Artigos da Confederação e a União Perpétua(Artigos da Confederação): o primeiro documento de governo dos EUA. Aprovado pelo 2.o Congresso Continental de 1777, depois de meses de debate. Convenção de Filadélfia Convenção Constitucional ou Convenção Federal entre os dias 25 de maio e 17 de setembro buscavam soluções para os EUA, após a independência. A intenção James Madison e Alexander Hamilton era a de criar um novo governo em lugar. George Washington foi eleito presidente ASSINATURA DA CONSTITUIÇÃO A constituição Sete artigos que definem a tripartição: Legislativo Bicameral; Poder Executivo com Presidente e pelo Vice-presidente; e o Judiciário com a Suprema Corte, tribunais federais e juízes. Artigos 4., 5., e 6. definem os conceitos do federalismo que descrevem os direitos e responsabilidades dos governos estaduais e dos estados em relação ao governo central. NÓS O POVO O bill of rigths ausente: Vigência: 1789 emendada 27vezes. As 10 primeiras emendas, conhecidas como o Bill of Rigths(Carta de Direitos) trazem proteções específicas de liberdade individual incluso às de expressão e religião e de justiça, além de restringir os poderes do governo. A maioria das dezessete alterações posteriores visaram expandir os direitos civis individuais. PRIMEIRA EMENDA O congresso não deverá fazer qualquer lei a respeito do estabelecimento de religião, ou proibir o seu livre exercício; ou restringindo a liberdade de expressão, ou da imprensa; ou o direito das pessoas de se reunirem pacificamente, e de fazerem pedidos(direito de petição) ao governo para que sejam feitas reparações de queixas. SEGUNDA E QUINTAS EMENDAS O direito do povo de manter e portar armas não deve ser violado. Quinta ;"ninguém pode ser privado de sua vida, liberdade ou propriedade sem o devido processo legal de todos os humanos". CONSTITUIÇÃO: TOTAL Acepção geral pode designar a sua organização fundamental total, quer social, quer política, quer jurídica, quer econômica. E na verdade tem ele sido empregado – às vezes – para nomear a integração de todos esses aspectos – a Constituição total ou integral, incluindo aspectos econômicos. Materialmente e formalmente. Regras materialmente constitucionais As regras materialmente constitucionais trazem determinam as formas de governo, do Estado, de aquisição e exercício do poder, da estrutura dos órgãos de poder do Estado e dos limites da atuação estatal, podendo ou não fazer parte da Constituição. Materialmente constitucionais são aquelas que, por seu conteúdo, se referem diretamente à forma do Estado, forma de governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, estruturação dos órgãos de poder e aos limites de sua ação. Regras formalmente constitucionais São dotadas de conteúdo que não é constitucional. Por sua matéria – códigos e infraconstitucionais Podem existir normas que não são dotadas de conteúdo constitucional, rigorosamente falando. Regras que não dizem respeito à matéria (forma de Estado, de Governo, etc). São aquelas regras que não têm conteúdo, mas tão somente forma de constitucionais. Formalmente(1) Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Formalmente (2) Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: § 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola Formalmente (3) Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Materialmente constitucional Art. 2 - separação dos poderes Art. 5 – Direitos e garantias Art. 14 – Direitos políticos. CONCEITO JURÍDICO Organização jurídica fundamental. São as normas positivas tópicas que regem a produção do direito. Conjunto de regras: forma do Estado, forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos, aos limites de sua ação. Hierarquia normativa da Hans Kelsen. Constituição política Algo que emana de um ato do poder soberano, pois, no dizer de Carl Schmitt, “o que existe como magnitude política, é, juridicamente considerado digno de existir”. Assim, esse ato de poder soberano, fazendo-se prevalente, determinará a estrutura mínima do Estado, ou seja, as regras que definem a titularidade do poder, a forma de seu exercício, os direitos individuais etc..., dando lugar à Constituição, sem sentido próprio. Schmit, Carl. Teoria de la Constitución , p. 46. Constituição SOCIOLÓGICA Ferdinand Lassale(O que é uma Constituição?) reflexo das forças sociais que estruturam o poder, sob pena de encontrar-se apenas uma “folha de papel”. Coincidência entre o documento escrito e as forças determinantes do poder diante de uma Constituição. Sociologismo constitucional -os fatores reais do poder constituem em fatores jurídicos quando, observados certos procedimentos, são transformados para folha de papel, recebendo expressão escrita; a partir de então, já não são mais simples fatores reais do poder, mas transmutam-se em direito, em instituições jurídicas, e quem atentar contra eles atentará, pura e simplesmente, contra a lei e será castigado. OS TIPOS DE PODER CONSTITUINTE 1.PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO – que pode criar uma constituição 2.PODER CONSTITUINTE DERIVADO – que pode alterar uma constituição 3. PODER CONSTITUINTE DECORRENTE – Estado-membro faz sua Constituição Estadual. Não se aplica aos municípios e DF. PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO REVOLUÇÃO – Ruptura brusca e radical; CONSTITUIÇÕES DO BRASIL – 1824 – Império; 1891 – República; 1934 – Revolução de 1932; 1937 – Estado Novo (Golpe de Getúlio); 1946 –Democratização; 1967- (Golpe Militar de 64); 1969 (A-I-n. 5) – 1988 – Cidadão. O PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Preâmbulo - revelações TITULAR : POVO. VEÍCULO: ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE. REPRESENTANTES: DEPUTADOS E SENADORES. PARA QUE SERVE Conjunto de enunciados formulado pelo legislador constituinte originário, situado na parte preliminar do texto constitucional, que veicula a promulgação, a origem, as justificativas, os objetivos, os valores e os ideais de uma Constituição, servindo de vetor interpretativo para a compreensão. CARACTERÍSTICAS DO PODER ORIGINÁRIO Inicial – por ele se inicia um novo Estado, se cria uma nova estrutura. Nova ordem jurídica, revogando a Constituição anterior e os dispositivos infraconstitucionais incompatíveis. Autônomo – Só exercente pode determinar os termos em que a nova Constituição será estruturada. Não está vinculado a nenhum dispositivo normativo ou se subordina a dispositivo legal. CARACTERÍSTICAS DO PODER(2) Incondicionado – Constituição não está condicionada a nenhum tipo de assunto, nenhum assunto a limita. Não há processo predeterminado para sua elaboração. Ilimitado – Não se reporta à ordem jurídica anterior, compõe o arcabouço jurídico, sem limites para a criação de sua obra. Tratados. Fenômenos possíveis com nova Constituição. Desconstitucionalização – é um fenômeno originário da teoria alemã e praticado em Portugal e França. Dá-se quando uma constituição ao entrar em vigor, mantém dispositivos da constituição anterior, porém rebaixando uma norma constitucional e a transforma em norma infraconstitucional. Fenômeno nunca existiu no Brasil. repristinação Repristinação – LINDB nega a possibilidade. Medida Provisória : art. 62 “força de lei”. Prazo para votação. Repristinação ocorre quando uma lei revogada por outra lei pode voltar a ter aplicabilidade, porque a lei que a revogou também foi revogada por outra lei. Princípio da Segurança Jurídica. PODER CONSTITUINTE DERIVADO LIMITADO E CONDICIONADO LIMITAÇÕES: FORMAIS, MATERIAIS, CIRCUNSTANCIAIS E TEMPORAIS. A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO DEFINE LIMITES E CIRCUNSTÂNCIAS. formas de se alterar o texto constitucional Revisão –limitação temporal – art. 3º., ADCT – a revisão constitucional será realizada após 5 anos: unicameral e maioria absoluta. Emenda – art. 60, CF – não há limitação temporal para emenda nova. Mas para trazer para discussão uma emenda já rejeitada, há limitação temporal – art. 60, parágrafo 5º. – próxima sessão legislativa. CONDIÇÕES PARA MUDANÇA Regras: Iniciativa (art. 60, I, II e III), em relação à lei ordinária. Votações - 2.o. do art. 60), em dois turnos de votação 3/5. Vedação de reapresentação de projeto na mesma sessão legislativa (parágrafo 5.o., do art. 60), quando a lei ordinária pode ser representada por maioria absoluta de qualquer das casas (art. 67). 39 Limitações circunstanciais Quando se elabora uma alteração no texto constitucional está se mudando uma regra de estruturação do Estado. Assim, não se fala em emenda constitucional quando no País estiver vigente, a Intervenção Federal, Estado de Sítio ou Estado de Defesa – art. 60, parágrafo 1º
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