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Manancial Personalizado Roteiros para Pequeno Grupo Multiplicador VOL. 20 PERSONALIZE O MANANCIAL PARA SUA IGREJA, ASSOCIAÇÃO OU CONVENÇÃO! CAPA PERSONALIZADA 2ª, 3ª e 4ª CAPAS PERSONALIZADAS OITO PÁGINAS INTERNAS meditações diárias A UFMBB POSSUI DUAS ESCOLAS PARA FORMAÇÃO DE VOCACIONADOS. NELAS, VOCÊ PODE ESTUDAR À DISTÂNCIA OU PRESENCIALMENTE E SE PREPARAR MELHOR PARA EXERCER O SEU MINISTÉRIO. OFERECEMOS: Cursos em diversas áreas para capacitação de liderança para a igreja local Curso de formação ministerial em Educação Cristã com habilitações em: • Administração e Didática • Missões • Ministério Social Cristão • Gestão do Ministério Infantil Rua Uruguai, 514 - Tijuca CEP 20510-060 - Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 2570-6793 ciemrj ciem@ciem.org.br ciemoficial ciemoficial ciem.org.br Rua Padre Inglês, 143 - Boa Vista CEP 50050-230 - Recife, PE Tel.: (81) 3423-3396 SEMINÁRIO SEC sec.org.brcontatosec@sec.org.br seminariosec seminariodeeducacaocrista VOCÊ TEM A VOCAÇÃO, NÓS TEMOS A FORMAÇÃO Roteiros para Pequeno Grupo Multiplicador REDAÇÃO Manancial é uma publicação da União Feminina Missionária Batista do Brasil, CNPJ 33.973.553/0001-80, órgão da Convenção Batista Brasileira, com sede na Rua Uruguai, 514, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20510-060. Diretora Executiva Marli de Fátima Pereira da Silva Gonzalez Diretora Editorial Raquel Brum Zarnotti dos Santos Editoração Eletrônica Jolsimar Augusto de Oliveira Distribuição União Feminina Missionária Batista do Brasil Rua Uruguai, 514, Tijuca, 20510-060 Rio de Janeiro, RJ Tel.: (21) 2570-2848 E-mail: ufmbb@ufmbb.org.br pedidos@ufmbb.org.br www.ufmbb.org.br De Para Data “Pois a palavra do Senhor é verdadeira; ele é fiel em tudo o que faz.” Salmos 33.4 APRESENTAÇÃO Manancial é um devocional diário produzido pela União Feminina Missionária Batista do Brasil que oferece meditações baseadas na Palavra de Deus. Uma para cada dia do ano. A leitura do Manancial, individual ou em família, inspira, exorta, edifica, promove crescimento cristão e engajamento com a Mis- são de Deus. Manancial incentiva a leitura anual da Bíblia e a intercessão mis- sionária. Para auxiliar o leitor a encontrar a palavra certa para o momento certo, Manancial oferece um índice remissivo de assuntos. EDITORIAL O salmista afirma que a Palavra de Deus é como lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho (119.105). Ele compara a vida a um caminho, e a Palavra, à luz que ilumina esse caminho de forma que ele possa ser percorrido em segurança. O mundo antigo não conhecia a iluminação como conhece- mos hoje. As pessoas carregavam pequenos potes de cerâmica contendo óleo, e a luz dessas lamparinas iluminava apenas o próximo passo do caminho. Na atualidade, a eletricidade ilumi- na as estradas e os caminhos em sua totalidade, mas o trajeto da nossa vida continua obscuro. Vemos apenas o hoje, o agora. Não ficamos, porém, perdidos ou sem direção quando somos iluminados pela Palavra de Deus. Orientados pela Bíblia, passo a passo, chegamos ao nosso destino. Se o salmista conhecesse a bússola, certamente poderia ter usa- do essa ferramenta para ilustrar o poder da Palavra de Deus para quem a conhece e segue seus ensinos. A bússola é um instru- mento de localização utilizado para orientação no espaço geo- gráfico. Ao longo da história, ela demonstrou seu valor para uma locomoção segura e precisa por terra, mar ou ar. Assim tem sido com a Palavra de Deus. Desde o passado até que Cristo venha, ela é nosso instrumento de orientação. Ela tem os princípios e valores eternos e imutáveis. Ela tem as respostas. Ela tem as diretrizes. Seguindo seus ensinos, evitamos os erros, os desvios, os atalhos perigosos e as ruas sem saída. Diante de nós estão os dias de mais um ano. Não espere uma estrada perfeitamente plana e em linha reta. Haverá curvas, en- cruzilhadas, buracos, pedras e troncos caídos. Portanto, certifi- que-se de levar com você a Palavra de Deus como bússola. Com ela você poderá trilhar o caminho com segurança. Para ajudar você nessa caminhada, querido leitor, entregamos mais uma edição de Manancial, cujas meditações bíblicas diárias contribuirão para mantê-lo na direção certa. Com carinho, Raquel Brum Zarnotti dos Santos Diretora Editorial da UFMBB Redatora do Manancial RECURSOS ESPECIAIS Plano de leitura anual da Bíblia O Manancial é publicado com o objetivo de auxiliar e incentivar seu relacionamento com Deus por meio do devocional. Por isso, junto das meditações diárias, nós publicamos um plano de leitura bíblica anual, para que você leia a Bíblia toda em um ano. Nas últimas edições, nós utilizamos vários planos, como a leitura canônica (de capa a capa) e a cronológica (na ordem dos acon- tecimentos). Nesta edição, optamos por um plano de leitura por seções, intercalando o Antigo e o Novo Testamento, começando em Gênesis e terminando com Apocalipse. Por exemplo: logo de- pois da seção do Pentateuco, colocamos os Evangelhos + Atos. Os livros de cada seção estão em ordem canônica, com exceção dos Poéticos e de Sabedoria, em que o livro de Jó vem no final da seção, não no início. O propósito desse formato é tornar sua leitura mais dinâmica, mas, principalmente, levar pessoas que nunca fizeram uma leitura bíblica anual antes a ter contato tanto com o Antigo quanto com o Novo Testamento de forma mais rápida, sem esperar terminar um para só depois começar outro, o que poderia fazê-las desani- mar e parar no meio do caminho. Nossa oração é que esse seja um recurso que o ajude a conhecer mais a Bíblia, e, conhecendo-a, você ame mais o seu Autor e se torne mais íntimo dele. Deus o abençoe. Vilmara Lima Assistente da Redação Roteiros para Pequenos Grupos Multiplicadores Os Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs) são uma estraté- gia da Junta de Missões Nacionais (JMN) para que pessoas que ainda não conhecem a Cristo sejam alcançadas pela mensa- gem do evangelho. A proposta é que os membros da igreja se reúnam nos lares durante a semana em pequenos grupos e convidem amigos, vizinhos ou familiares que ainda não são cristãos para partici- par do encontro, desenvolvendo com eles um relacionamento discipulador. Para os encontros do PGM, oferecemos 52 roteiros, um para cada semana do ano. Os roteiros são baseados nas meditações do Manancial e seguem a ordem proposta pela JMN. Missionários aniversariantes Interceder pelos missionários é uma prática que devemos ter e que nos torna participantes do avanço do Reino. Para ajudar o leitor com isso, após as meditações, encontra-se a relação dos missionários aniversariantes de Missões Nacionais e Mundiais e dos funcionários da União Feminina Missionária Batista do Brasil e de suas duas escolas de formação de vocacionados, o Centro Integrado de Educação e Missões e o Seminário de Educação Cristã. Índice remissivo de assuntos Nas páginas finais desta edição, o leitor encontra um índice remissivo de assuntos. Os assuntos são dispostos em ordem alfabética. Ao lado do assunto encontram-se as datas das me- ditações em que aquele tema pode ser encontrado. EXPEDIENTE PLANEJAMENTO, COORDENAÇÃO EDITORIAL E REDAÇÃO Raquel Brum Zarnotti dos Santos ASSISTENTE DA REDAÇÃO Vilmara dos Santos Lima EDIÇÃO DE ARTE Jolsimar A. Oliveira ROTEIROS PARA PGMS Carla Juliana Melo (Líder Nacional de MCM) Erica Petersen Andrewes (Colaboradora da UFMBB) Lidia Pierott Moreira (Líder Nacional de AM) Vilmara dos Santos Lima (Assistente da Redação) CONHEÇA NOSSOS ESCRITORES Aderson Silva e Costa Bacharel em Teologia, economista, advogado Servidor público estadual Manaus, AM Ana Caroline da Silva Martins MBA em Engenharia Econômica e de Produção, bacharel em Engenharia Civil Coordenadora executiva da UFMB Carioca Rio de Janeiro, RJ Anax Jorge Carneiro Pastor da Igreja Batista Missionária Trizidela do Vale, MA Bárbara Dias Cabral Doutoranda em Biotecnologia, mestre em Direito Ambiental, especialistaem Docência da Teologia Manaus, AM Carla Juliana Melo Graduanda em Teologia Educadora cristã, líder nacional de MCM Manaus, AM Carmen Lígia Ferreira de Andrade Formada em Educação Religiosa com especialização em Missões Missionária de Missões Mundiais Coordenadora do PEPE nas Américas Medellín, Colômbia Charles Wilson Chagas de Negreiros Graduado em História e Letras – Língua Portuguesa Manaus, AM Daniela Rocha Endlich Soares Educadora Cristã e psicanalista Coordenadora de MR do Espírito Santo Viana, ES Farley Damião Freire Monteiro Filho Graduado em Teologia e Psicologia Pastor de famílias na Igreja Batista do Farol Psicólogo e terapeuta de casais Maceió, AL Gladis Seitz Mestre em Educação Educadora religiosa e missionária de Missões Nacionais Porto Alegre, RS Jaqueline Dias Cabral Teixeira Bacharel em Jornalismo e em Relações Públicas Rio de Janeiro, RJ Joyce Porto Psicóloga, mestre em Missiologia e Relações Internacionais Atua na Aliança Batista Mundial Dallas, Texas Juliana da Costa Silva Gonçalves Pós-graduada em Formação Missionária, MBA em Administra- ção e Comunicação Empresarial, bacharel em Comunicação Atua no Projeto Calçada, da Lifewords Rio de Janeiro, RJ Levi Rodrigues de Mello Mestre em Teologia, pós-graduado em Terapia Familiar, bacharel em Teologia e Psicologia Psicólogo clínico, pastor presidente da Primeira Igreja Batista de São Gonçalo São Gonçalo, RJ Liane Nepomuceno Fernandes Formada em Teologia, Pedagogia e Psicopedagogia Pastora auxiliar na PIB de João Pessoa João Pessoa, PB Marcelo Petrucci da Silva Formado em Teologia e Psicologia Pastor titular da Primeira Igreja Batista de Mantena Mantena, MG Marisa Janaina Costa Vieira Graduada em Missões Missionária de Missões Nacionais Goianésia, GO Michelle da Silva Gabrielli Rêgo Moreira Membro da Primeira Igreja Batista Recanto do Sol São Pedro da Aldeia, RJ Miriã Flores Francisco Borges Reis Graduanda de Licenciatura em Pedagogia e Teologia Missionária de Missões Nacionais São Gabriel da Cachoeira, AM Nícolas Cabral Eller Bacharel em Teologia Pastor na Igreja Batista Memorial da Tijuca Rio de Janeiro, RJ Pedro Henrique Teixeira Pires Veiga Mestre em Teologia, pós-graduado em História do Cristianismo, bacharel em Teologia e Engenharia Mecânica Gerente de Projetos Missionários de Missões Nacionais Pastor da Igreja Batista em Jardim Clarice Rio de Janeiro, RJ Peggy Smith Fonseca Formada em Educação Cristã Walton, Kentucky Samuel Meira Moutta Mestre em Teologia, pós-graduado em Gestão de Pessoas, bacharel em Ciências Contábeis e Teologia Pastor da Primeira Igreja Batista no Barreto, em Niterói Missionário de Missões Nacionais Gerente Executivo de Missões Rio de Janeiro, RJ Shirley Porto Psicóloga, mestre em Missiologia e Relações Internacionais Atua na Aliança Batista Mundial Dallas, Texas Vilmara dos Santos Lima Pós-graduanda em Teologia Bíblica Licenciada em Letras e Pedagogia, formada em Missiologia Professora, assistente da Redação na UFMBB Rio de Janeiro, RJ NESTA EDIÇÃO Meditações Plano de leitura anual da Bíblia Roteiros para PGM Missionários aniversariantes Índice remissivo de assuntos 01 JAN LAMENTAÇÕES 3.19-26 – 314 CC Anax Carneiro TUDO PODE SER DIFERENTE “Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança” (v.24). Acabou mais um ano. Quando isso acontece, algumas pes-soas são tomadas de gratidão, pois para elas o ano que terminou foi bom. Já para outras pessoas, o fim de um ano traz alívio, porque, para elas, o ano que acabou foi difícil. Se a última opção for o seu caso, é possível que você esteja temendo que 2023 seja uma repetição de 2022. Por essa razão, começo com um livro que tem um nome pouco convidativo, mas com uma mensagem poderosa de esperança. Refiro-me às Lamentações de Jeremias. Nesse livro, Jeremias lamenta a derrota de Jerusalém para a Babilônia. Os babilônios arrasaram Jerusalém. Tudo ficou destruí- do. A visão era desoladora. Diante desse quadro, Jeremias decide: “Lembro-me também do que pode dar-me esperança” (v.21). E o que poderia trazer esperança em dias tão difíceis? A certeza de que “graças ao grande amor do Senhor é que não somos consu- midos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis” (v.22). Portanto, no primeiro dia do ano, faça como ele: traga a sua memória aquilo que pode lhe dar esperança e diga que “a mi- nha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança” (v.24). Essa é uma mensagem linda de encorajamento. Por isso, inicie o ano renovando a sua fé, pois as misericórdias de Deus “renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade” (v.23). Feliz ano novo! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 1-4 Aquilo com que encho a minha memória é o que fará minha trajetória ser uma bela história. 02 JAN Anax Carneiro GÊNESIS 45.1-7 – 344 CC VIDA SEM RANCOR “Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (v.5). Sempre que lemos sobre o perdão que José concedeu aos seus irmãos, ficamos emocionados. Como ele pôde perdoar tantas maldades? Alguns versos da Bíblia respondem a essa pergunta. Quero vê-los com você. Assim, podemos começar 2023 com mais amor e menos rancor ao perceber o agir de Deus em nossa história pessoal. Os irmãos de José o traíram, vendendo-o para o Egito. Lá, por providência divina, José prosperou tanto que se tornou gover- nador. Anos após a traição, o mundo experimentou a fome que José havia predito para o Faraó. Os irmãos de José foram até o Egito comprar comida, e José os reconheceu. Quando se apresentou a eles, todos temeram. As palavras de José para acalmá-los são fortes: “Agora, não se aflijam nem se re- criminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (v.5). José disse ainda: “Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento” (v.7). Você percebeu a razão de José não ter sido derrotado pelo ran- cor? Ele entendeu que tudo que lhe aconteceu fora permitido pelo Senhor. Ele viu a mão soberana de Deus guiando o seu caminho. Portanto, abandone a posição de vítima. Deus governa a sua história. Deus tem, em 2023, um plano maior e melhor para você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 5-7 Vida sem rancor é vida confiando no cuidado do Senhor. 03 JAN 2 TIMÓTEO 2.1-13 – 136 CC Anax Carneiro RESPEITE AS REGRAS “Semelhantemente, nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com as regras” (v.5). No texto lido, Paulo compara o cristão com um lavrador, com um soldado e com um atleta. Cada uma dessas me-táforas é muito rica, mas por razão de espaço, falarei de apenas uma: a do atleta. Acabamos de ver a Copa do Mundo de Futebol, que já deixou saudade e imagens marcantes. A Copa, porém, não deixou apenas imagens, mas também lições marcan- tes. Marcantes e importantes. O esporte traz para a vida lições preciosas: limites podem ser superados, vitórias exigem sacrifícios, derrotas não são de- finitivas etc. Mas a lição destacada por Paulo nessa passagem é que as regras devem ser respeitadas por quem deseja alcançar o prêmio. Na vida também é assim. Lembro-me de uma frase do jornalista Armando Nogueira que marcou minha vida: “Quem triunfa sem nobreza não perde. Perde-se”. O triunfo com nobreza é feito respeitando as regras. As regras de Deus são claras, e quem deseja ser premiado por ele aqui e na eternidade precisa conhecê-las e respeitá-las. O problema está justamente aí: cada vez mais as pessoas ignoram a mensagem da Bíblia. Esse problema é real até mesmo dentro das igrejas. Ora, como iremos cumprir as regras de Deus sem sequer conhecê-las? Sendo assim, como um bom cristão, corra agora mesmo, leia a sua Bíblia e procure vivê-la. Deus irá premiar o seu esforço por respeitar seus mandamentos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 8-10 Como umbom cristão, você conhece as regras de Deus, contidas na Bíblia? 04 JAN Anax Carneiro 2 REIS 7.1-11 – 188 CC BOA NOTÍCIA É PARA SER CONTADA “Então disseram uns aos outros: ‘Não estamos agindo certo. Este é um dia de boas notícias, e não podemos ficar calados. Se esperarmos até o amanhecer, seremos castigados. Vamos imediatamente contar tudo no palácio do rei’” (v.9). O que você faz ao receber uma boa notícia? Guarda para si? Duvido. O natural é compartilhar. Afinal, uma alegria só é completa quando ela é dividida com quem amamos. Assim podemos entender o texto acima. A terra de Israel es- tava cercada pelos arameus. Nada entrava ou saía. O objetivo do cerco era forçar a rendição. Assim, já sem esperança, quatro lepro- sos tomaram uma decisão: “Por que ficar aqui esperando a mor- te? Vamos, pois, ao acampamento dos arameus para nos render. Se eles nos pouparem, viveremos; se nos matarem, morreremos” (vv.3,4). Era simples: é melhor morrer agindo do que esperando. Dessa forma, eles foram ao acampamento do inimigo. Lá vi- ram que ele, por uma ação divina, já havia fugido. Deus agira por seu povo, mas ninguém na cidade sabia disso. Os leprosos ficaram tão empolgados que foram pegar o que podiam. Só que, rapida- mente, perceberam a realidade: “Não estamos agindo certo. Este é um dia de boas notícias, e não podemos ficar calados [...]” (v.9). A melhor notícia do mundo quem tem é o cristão: Cristo morreu e ressuscitou para nos salvar. Deixar de anunciar isso é um grosseiro egoísmo. Portanto, anuncie o evangelho. O seu anúncio pode mudar vidas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 11-13 Você tem guardado o evangelho só para si? Não é isso o que Deus espera de você. 05 JAN DANIEL 2.1-49 – 135 CC Anax Carneiro UM DEUS QUE VIVE ENTRE NÓS “Daniel respondeu: ‘Nenhum sábio, encantador, mago ou adivinho é capaz de revelar ao rei o mistério sobre o qual ele perguntou, mas existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Ele mostrou ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias’” (vv.27,28). Em Daniel, temos uma história inusitada. O rei Nabucodonosor teve um sonho e reuniu os seus sábios para saber o significado. Temendo ser enganado, o rei introduziu uma novidade: os sá- bios deveriam dizer qual sonho ele tivera e dar o significado. Os sábios de sua corte ficaram desnorteados, e disseram: “O que o rei está pedindo é difícil demais; ninguém pode revelar isso ao rei, senão os deuses, e eles não vivem entre os mortais” (v.11). A consequência foi grave, pois “isso deixou o rei tão irritado e furioso que ele ordenou a execução de todos os sábios da Babilônia” (v.12). Foi aí que Daniel entrou em ação ao saber do decreto real. Ele reuniu os seus amigos, todos oraram a Deus e o Senhor re- velou o sonho e o significado a Daniel. Resumindo: Daniel foi usado por Deus, o rei ficou contente e ninguém foi morto. Mas há algo aqui que precisa ser destacado. Voltemos à res- posta que os magos deram: “O que o rei está pedindo é difícil demais; ninguém pode revelar isso ao rei, senão os deuses, e eles não vivem entre os mortais” (v.11). Isto é o paganismo: acre- ditar em deuses que não vivem entre nós. Na fé cristã, contudo, é bem diferente: acreditamos em um Deus que vive entre nós. Ele fez isso por meio de Cristo, e hoje o faz por meio do Espírito Santo. Daniel foi uma prova disso. E nós também devemos ser. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 14-16 Você crê que Deus vive entre nós? Pode crer. Ele vive com você. 06 JAN Marisa Vieira GÊNESIS 4.1-7 – 295 CC UMA PARTE OU PRIORIDADE? “Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta” (vv.3,4). Quando estamos planejando a rotina, a agenda, as finanças, quando estamos nos organizando, dividimos as coisas por partes. Esse é um hábito saudável que nos ajuda, mas há algo na nossa vida para o qual não podemos destinar uma par- te: o Senhor. Na nossa rotina, o Senhor precisa ocupar o lugar de prioridade. O relacionamento diário com Deus, a adoração diária, a maneira como o colocamos em primeiro lugar em todas as áreas determina quem ele é para nós. Pode parecer a mesma coisa dar uma parte ou dar prioridade, mas foi esse pequeno detalhe que fez com que o Senhor aceitasse a oferta de Abel e rejeitasse a de Caim. Caim deu uma parte, mas Abel deu prioridade. De tudo o que podemos pensar sobre estes dias tão acelerados, talvez o que nós temos mais dificuldade de usar é o nosso tempo. Hoje temos máquinas que fazem tudo para nós em casa a fim de que tenhamos mais tempo, mas, na verdade, temos cada dia menos tempo, e não damos prioridade ao Senhor em nossa rotina com- partimentada. Que Deus nos ensine a nos organizar de tal forma que estar com ele seja prioridade. Que enxerguemos em nossa rotina oportu- nidades de servir ao Senhor e compartilhar sua Palavra. Que ele seja sempre prioridade em nossa vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 17-19 Na nossa vida, na nossa rotina, o Senhor precisa ocupar o lugar de prioridade. 07 JAN GÁLATAS 5.13-15 – 381 CC Marisa Vieira LIBERDADE, LIBERDADE! “Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor” (v.13). Quando conhecemos Jesus, experimentamos a liberdade. So-mos libertos do pecado e da morte. Não somos mais condu-zidos pelo “pode ou não pode”, mas nos tornamos livres para escolher. Há, porém, uma condição para essa liberdade: o amor. Ainda na infância, aprendemos que nosso direito termina quando começa o do outro. Isso nos ajuda a entender como utili- zamos a liberdade que Cristo nos dá. O amor é a medida para tudo o que fazemos, já que ele é a essência do próprio Deus. A liberdade sem doação, sem perceber o outro e que fere as pessoas nada tem a ver com a liberdade que temos no Senhor. O amor a Deus e o amor ao próximo traçam as diretrizes do nosso pensar e nosso proceder acerca da liberdade. Tenho liberda- de de dizer o que penso, mas se isso ferirá o meu irmão, medirei minhas palavras na medida do amor. Por amor deixo de comer algo que, por motivos de saúde, quem está perto de mim não poderia comer. Liberdade baseada no amor é usar o tempo de ir ao shopping para visitar meu irmão enlutado, escolher minhas palavras nas redes sociais para não ferir, reservar tempo de oração pelas pessoas. A liberdade em Cristo gera amor e serviço, afinal, foi-nos presenteada por meio da maior prova de amor daquele que, sendo Deus, tornou-se servo. Usufrua da liberdade servindo pessoas com as mãos livres e le- vando o evangelho por meio de pés libertos pelo sangue de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 20-23 Liberdade em Cristo gera amor e serviço. 08 JAN Marisa Vieira 2 SAMUEL 9.1-13 – 73 CC ALÉM DA DEFICIÊNCIA “Então Mefibosete foi morar em Jerusalém, pois passou a comer sempre à mesa do rei. E era aleijado dos pés” (v.13). Sempre tive um carinho especial por esse relato bíblico, mas meu apreço aumentou quando tive um filho com deficiên-cia. Davi acolhe com amor o filho de seu amado amigo Jô- natas, que estava vivendo em um local de miséria. O excluído Me- fibosete então é convidado ao palácio, a sentar à mesa com o rei. Hoje não apenas falamos sobre inclusão como também temos leis claras sobre isso, mas naquele tempo não havia nenhuma lei que obrigava Davi a acolher uma pessoa com deficiência em seu palácio. O rei não somente o acolheu como uma obrigação para com seu amigo, mas o acolheu em amor. Estamos buscando todos os dias maneiras de incluir na so- ciedade pessoas com deficiência para lhes garantir dignidade. No meio cristão, a motivação é ainda maior. Não acolhemos pessoas com deficiência meramente por cidadania, mas por amor. Amor àqueles criados por Deus, que o louvam do jeito que são. Amor àqueles que, assim comoMefibosete, por alguma circunstância da vida, depararam-se com a condição de pessoa com deficiência. Amor a uma família que deseja ser amada e acolhida num am- biente sincero e doador. Que o Senhor nos ensine a acolher com amor os excluídos. Que ele nos capacite a ser uma igreja que acolha e ame as pes- soas com deficiência. Que aprendamos a olhar as pessoas além de sua deficiência, como pessoas que também carecem da graça de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 24-27 Acolhamos as pessoas com deficiência não meramente por cidadania, mas por amor. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 06 DE JANEIRO Uma parte ou prioridade? Quebra-gelo (5min): Peça que cada participante compartilhe brevemente sobre seu dia. Ao final, faça a seguinte pergunta para reflexão: “De que maneira você priorizou o Senhor hoje?” Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 06 de janeiro. Depois, use as pergun- tas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Jesus tem sido uma parte ou a prioridade em sua vida? 2. Quais oportunidades você encontra para servir ao Senhor em sua rotina? 3. Qual a recompensa para aqueles que priorizam o Reino de Deus e a sua justiça? Leia Mateus 6.33 e compartilhe. Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessi- dades de oração e interceder para que Deus seja prioridade em suas vidas. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Gênesis 4.1-7SEMANA 1 09 JAN Marisa Vieira LEVÍTICO 6.8-13 – 171 CC DEIXANDO A BRASA VIVA “Toda manhã o sacerdote acrescentará lenha, arrumará o holocausto sobre o fogo e queimará sobre ele a gordura das ofertas de comunhão” (v.12). Quando leio esse texto, fico imaginando a rotina do sacer-dote ao executar sua primeira tarefa do dia: colocar lenha para manter acesa a chama do holocausto. Imagino-o acordando ainda cedo e priorizando sua primeira atividade do dia. Era uma atividade rotineira que trazia um grande significado à adoração do povo. Deparo-me com esta rotina e imagino a minha. Manter ativi- dades rotineiras é desafiador. Com o tempo elas podem parecer enfadonhas, mas são elas que sustentam o que há de importante em nossas vidas. Como atividades rotineiras temos alimentação, trabalho, educação, hábitos de higiene. A rotina do sacerdote de manter a chama acesa me remete à vida devocional. Os eventos que participamos e as reuniões semanais acrescentam muito em nossa vida cristã, mas o que mantém acesa a chama do relacio- namento com Deus é o encontro diário com ele. Assim como aquela lenha depositada diariamente no fogo mantinha a chama viva, a vida de leitura bíblica e oração mantém vivo e aquecido o nosso relacionamento com Deus. Nada se compara ao encontro diário e individual com ele. Que o Senhor nos fortaleça para que a chama de estar em sua presença permaneça acesa em nós diariamente. E que a rotina desse encontro nos revigore, alimente e traga contentamento. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 28-30 O que mantém acesa a chama do relacionamento com Deus é o encontro diário com ele. 10 JAN MATEUS 26.6-13 – 401 CC Marisa Vieira INVESTIMENTO DE VIDA “Aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa” (v.7). Uma mulher investiu o melhor que tinha em Jesus. Ela derramou um preciosíssimo perfume em sua cabeça. Para ela, aquele ato foi um investimento de vida. Para Jesus, ela estava dando o seu melhor. Mas para quem observava, aquilo pareceu um desperdício. Comumente colocamos a vida com Deus como desperdício em vista de outras coisas. Nossos filhos não faltam às aulas ou dei- xam de fazer suas avaliações escolares, mas facilmente faltam a um compromisso eclesiástico. Investimos tempo em família com nossas telas ligadas, mas deixamos de ter nosso culto doméstico. Aplica- mos recursos para nossa satisfação pessoal, mas não somos liberais em ofertar para missões. Aprendemos com a mulher do texto que investimento de vida é estar em Jesus, é doar aquilo que marcará vidas para a eternidade. Derramar aquele perfume tão valioso demonstrou o quão precioso era Jesus em sua vida. Ser de Jesus era o que ela tinha de maior valor. Neste cenário pós-pandemia, muitos estão em crise, pois sua identidade estava relacionada ao que tinham, e uma vez que perde- ram seus bens ou diminuíram seu poder aquisitivo, perderam tam- bém sua identidade. Por isso, nossa identidade precisa estar firmada em que somos – somos do Senhor! Que Deus nos ensine a ter a visão daquela mulher e ter como prioridade de vida estar em Jesus. Vida em Jesus nunca é desperdí- cio, mas nosso maior investimento. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 31-33 Somos do Senhor. Vivamos então baseados nessa verdade. 11 JAN Marcelo Petrucci MATEUS 10.5-20 – 301 CC BOAS INTENÇÕES “Eu os estou enviando como ovelhas entre lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (v.16). Em 2019, houve um evento pré-olímpico de triatlo feminino em Tóquio para selecionar as atletas para as olimpíadas. O triatlo é um esporte que reúne natação, ciclismo e corrida. Duas atle- tas da Grã-Bretanha estavam na frente. Próximo à linha de chegada, a primeira colocada resolveu esperar a segunda e estendeu o braço para dar a mão à oponente, de modo que as duas cruzaram juntas a linha. O gesto foi belo, mas custou a desclassificação das duas, pois elas infringiram a regra 2.11 da União Internacional de Triatlo, que diz: “Atletas que terminam em situação de empate não natural, sem esforço para separar seus tempos de chegada, serão desclassifica- dos.” As intenções foram as melhores, mas custaram caro. A Palavra de Deus trata disso. No texto em destaque, enquanto comissiona os doze, Jesus aproveita o ensejo para destacar que eles estariam no meio de lobos, e, por isso, seria necessário ter a perspi- cácia das serpentes, mas mantendo a pureza das pombas. Ou seja, não basta apenas ter boas intenções, é preciso ter cuidado. Se não quiser ser refém de boas intenções que não se susten- tam e causam prejuízos, jamais incorra no erro de assumir com- promissos que comprometam seus objetivos. Pense bem em suas ações, porque elas podem sabotar seu futuro. Saiba que a sua história é individual. Na vida cristã é a mesma coisa, pois você pode até servir a Deus de forma irresponsável e descompromissada, mas a Bíblia diz que no dia do juízo final você será desqualificado. Precisamos nos enquadrar nas regras de Deus. Leia o manual e se submeta a ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 34-36 Suas intenções contam muito, mas não são suficientes para definir os melhores caminhos. 12 JAN ÊXODO 12.29-36 – 284 CC Marcelo Petrucci MANOBRAS ARRISCADAS “Então, à meia-noite, o Senhor matou todos os primogênitos do Egito, desde o filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho do prisioneiro que estava no calabouço, e também todas as primeiras crias do gado” (v.29). As câmeras de monitoramento de trânsito da BH-TRANS, órgão responsável pela regulamentação e fiscalização do trânsito da capital mineira, flagraram uma cena inusitada. Uma carreta, com 28 metros de comprimento, tentou fazer uma manobra inconcebível. Mas, além de não conseguir realizá-la, ainda provocou 3 horas de congestionamento. Guardadas as devidas proporções, na vida existem manobras que não cabem, decisões e ações que atravancam nosso caminho e o de quem está ao redor. O texto lido fala disso. A inflexibilidade de Faraó resultou no envio das dez pragas. No intervalo de cada praga, Moisés e Arão tentaram negociar a saída do povo, mas Faraó resistiu. Então, na décima, os egípcios pagaramcom a vida de seus primogênitos. Só assim Faraó percebeu que não podia contra Deus. Se você não quiser pagar o preço de fazer manobras erradas, jamais pense que sua vontade basta para realizar suas ações, pois isso o expõe a perigos desnecessários. Não confunda a prerrogativa de ter o volante de sua história nas mãos com o direito de ignorar as consequências, como Faraó fez. Isso é flertar com desastres. Existem situações nas quais nos metemos que não vamos con- seguir sair a menos que tenhamos a coragem de entregar tudo nas mãos de quem pode nos colocar de volta no caminho: Jesus! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 37-39 Preste atenção em seus movimentos. Mas se algo der errado, clame pela ajuda de Deus para consertar as coisas. 13 JAN Marcelo Petrucci PROVÉRBIOS 11.1-31 – 379 CC SEU FUTURO ESTÁ EM SUAS MÃOS “O ímpio recebe salários enganosos, mas quem semeia a retidão colhe segura recompensa” (v.18). No verão norte-americano de 2019, a costa leste dos Estados Unidos esperou com preocupação a chegada do furacão Dorian. O poder de devastação era enorme. Quando o furacão se aproximou da Carolina do Sul, um garoti- nho de 6 anos da Flórida, Jermaine Bell, resolveu quebrar seu cofri- nho, onde estava guardando dinheiro para ir à Disney no seu ani- versário. Ele usou o dinheiro para comprar água e cachorro-quente para as pessoas que vinham da Carolina do Sul por causa da ordem de evacuação. Ele abriu mão do seu sonho para ajudar as pessoas. Quando a Disney soube disso, resolveu surpreendê-lo. No seu aniversário, mandou um grupo de funcionários e personagens à sua casa com brinquedos, balões personalizados e um presente espe- cial: ingressos para os 4 parques da companhia em Orlando, hos- pedagem e um plano de alimentação para ele e sua família. Ele deu suas economias e ganhou muito mais do que dispôs! O texto lido destaca que precisamos acertar em nossas esco- lhas para colher as bênçãos que almejamos. A vida sempre será o resultado daquilo que fizermos dela. A equação é simples: para ter, é preciso cultivar. Casamento, filhos, carreira e vida espiritual aben- çoados não caem do céu. É preciso cultivar. Pense nisso e comece a plantar. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 40-42 Uma vida abençoada não cai do céu. Comece a plantar e você colherá nas condições em que cultivar. 14 JAN PROVÉRBIOS 5.1-23 – 413 CC Marcelo Petrucci DIREITOS E DEVERES “Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço” (v.15). Precisamos entender nossos deveres e direitos e colocar em prática o exercício dessas duas facetas da vida. A linha entre elas é tênue, pois suscita um conflito entre querer e poder. Um grande exemplo disso foi o que aconteceu na linha 3 do metrô da cidade de São Paulo, quando um usuário, porque queria ganhar tempo, resolveu cruzar a linha férrea a pé. Com isso, paralisou a linha por 14 minutos. Ele só pensou em si. Queria, então fez. En- quanto ganhava seu tempo, roubava o dos outros. O texto lido indica que devemos beber água da nossa cisterna, ou seja, não podemos nos aproveitar dos outros e beber sua água. Infe- lizmente, não tem sido essa a prática de muitos, mas se quisermos viver em retidão e sem prejudicar os demais, precisaremos assumir o compromisso de exercer nossos direitos sem suprimir nossos deveres. Se você quiser assumir a responsabilidade de exercer seus direi- tos na mesma medida que cumpre seus deveres, entenda que seu maior desafio não é ocupar o seu espaço, mas saber até onde ele vai. Temos o direito de ocupar nosso espaço, sem, porém, causar prejuízo para as pessoas que estão à nossa volta. Mas não somente isso. Preste atenção na sua própria vida em vez de se preocupar com a vida alheia (cisterna dos outros). A Bíblia diz que o nosso olhar deve estar naquilo que nos pertence. O desa- fio não é saber como anda a vida das pessoas, mas entender o que podemos fazer para melhorar a nossa. Beba a água da sua cisterna, não prejudique ninguém e peça a ajuda de Deus para consertar o que anda errado em sua história. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 43-46 Preocupe-se com sua história e não prejudique ninguém. 15 JAN Marcelo Petrucci JEREMIAS 6.9-21 – 396 CC A DIREÇÃO FAZ DIFERENÇA “Assim diz o Senhor: ‘Ponham-se nas encruzilhadas e olhem; pergun- tem pelos caminhos antigos, perguntem pelo bom caminho. Sigam-no e acharão descanso’. Mas vocês disseram: ‘Não seguiremos” (v.16). Um torcedor do Benfica dirigiu 26 horas de carro para assis-tir à partida entre o time português e o alemão Eintracht Frankfurt. Quando finalmente chegou à Frankfurt, onde seria o jogo, descobriu que estava no lugar errado, pois na Alema- nha existem duas cidades com o mesmo nome. Às vezes, tomamos alguns rumos que podem significar frustra- ção e prejuízos incalculáveis por estarmos na direção errada. Muitas vezes, o que chamamos de má sorte é apenas direção equivocada. A Bíblia tem um bom conselho a esse respeito no texto de Je- remias 6.16, que fala da preocupação de Deus em fazer o povo de Jerusalém corrigir sua rota antes que fosse tarde. O povo fazia o que queria e não dava ouvidos ao Senhor. Então, Jeremias chama o povo à razão, dizendo que o melhor a fazer era buscar os caminhos anti- gos, isto é, os caminhos que Deus havia ensinado ao povo através de Moisés, Josué e tantos outros. Infelizmente, o povo não quis ouvir e se rebelou. O resultado foi o cativeiro babilônico. Se você quiser acertar a direção, cuidado para não se deixar confundir por semelhanças que o fazem acreditar que está fazendo a coisa certa. Não deixe que seus dias se caracterizem pela teimosia. Tenha humildade para ouvir a voz de Deus. C. S. Lewis (1898-1963), escritor famoso, afirmou: “Se você está no caminho errado, voltar atrás significa progresso.” Pense nisso e alinhe sua história à vontade de Deus. Isso garantirá seu sucesso. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | GÊNESIS 47-50 Mais importante do que a velocidade que você imprime em seus projetos de vida é a direção que os orienta. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 13 DE JANEIRO Seu fruto está em suas mãos Quebra-gelo (5min): Você estaria disposto a abrir mão de um sonho em favor de alguém? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 13 de janeiro. Depois, use as perguntas abai- xo para reflexão e compartilhamento. 1. Quais áreas de sua vida precisam ser mais cultivadas hoje? 2. Que atitudes você deve tomar para cultivá-las? 3. Qual é a chave para uma vida frutífera? Leia João 15.5 e com- partilhe. Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e interceder por uma vida frutífera, que glorifica a Deus. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Provérbios 11.1-31SEMANA 2 16 JAN Peggy Fonseca GÊNESIS 28.1-13 – 324 CC NENHUM LUGAR É COMO O PRÓPRIO LAR “Chegando a determinado lugar, parou para pernoitar, porque o sol já se havia posto. Tomando uma das pedras dali, usou-a como travesseiro e deitou-se” (v.11). No final de qualquer viagem que minha família fazia, ao che-gar em casa, minha mãe suspirava e dizia: “Não há nenhum lugar como o meu próprio lar.” Na minha vida, porém, já passei por 32 endereços diferentes. Parece que vivo sentindo sau- dade, com o desejo de um dia chegar ao lar onde posso fazer mais que pernoitar. Queremos ficar em nosso lar, onde temos família por perto, onde reconhecemos tudo e onde nos sentimos protegidos. Esse era exatamente o sentimento de Jacó naquele momento de fuga, medo e tristeza. Ele se deita num lugar desconhecido, no escuro, com apenas uma pedra como travesseiro. Que desconforto! Mas esse “lugar”, aparentemente aleatório, era, de fato, o lugar do encontro com Deus.Esse lugar seria chamado Betel, ou “casa de Deus”, a porta dos céus. Deus estava presente. Jacó não estava sozi- nho no escuro. Na presença de Deus, ele encontrou o verdadeiro lar. A história de Jacó foi tão impactante na história dos judeus, que “o lugar” virou um dos nomes para Deus. Por quê? Porque Deus em está em todos os lugares. Encontraremos Deus onde es- tivermos. Por isso, em Deus sempre estamos em casa. Você está se sentindo um estranho, sem lar, mesmo tendo um teto? Tem a sensação de estar perdido neste mundo? Deite-se, mesmo usando uma pedra como travesseiro, fique tranquilo, por- que onde Deus estiver, ali é o seu verdadeiro lar. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 1-3 “Tu és o meu abrigo; tu me preservarás das angústias e me cercarás de canções de livramento.” (Salmos 32.7) 17 JAN PROVÉRBIOS 8.1-12 – 296 CC Peggy Fonseca UMA VIDA FORA DO PADRÃO “Todas as minhas palavras são justas; nenhuma delas é distorcida ou perversa” (v.8). Um terror para mim é um novo celular, que vem da fábrica com um novo padrão. Não consigo achar nada. Tenho que baixar os meus aplicativos favoritos, mudar a ordem e até organizar a tela do início. Dá um trabalhão mudar o padrão da fábrica até ficar bom, do jeito que quero. Você sabe que nós chegamos ao mundo com um péssimo padrão da fábrica. É a nossa natureza pecaminosa. No livro de Provérbios, encontramos muitas vezes a ideia de seguir um caminho tortuoso, cheio de curvas. A palavra é escoliose, uma doença da coluna em que o que deve ser reto faz uma curva. Nós nascemos com escoliose espiritual. Se você duvida, observe como a criança pequena mente facilmente. O padrão não é falar com justiça. Nos adultos, observa- mos a tendência a agir dentro da “letra” da lei, mas não se preocu- pando com o que é verdadeiramente correto. O padrão é distorcer a verdade, seguir o caminho da perversidade. O tratamento da escoliose na coluna é um processo longo e até doloroso. O tratamento de escoliose espiritual também. Chamamos isso de santificação, uma obra do Espírito Santo. Ao fazer um autoexame do coração, você perceberá sua escoliose moral. Isso é chocante. Mas se você permitir, o Espírito Santo fará o tratamento: deixar sua vida fora do padrão da fábrica, seguindo o caminho da justiça. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 4-6 “O caminho do culpado é tortuoso, mas a conduta do inocente é reta.” (Provérbios 21.8) 18 JAN Peggy Fonseca SOFONIAS 3.14-17 – 389 CC QUANDO DEUS CANTAR “O Senhor, o seu Deus, está em seu meio, poderoso para salvar. Ele se regozijará em você, com o seu amor a renovará, ele se regozijará em você com brados de alegria” (v.17). Já ouviu alguém elogiando um cantor dizendo que tem a voz de um anjo? Se os anjos cantam em harmonia, como deve ser o canto de Deus? Nossa mente finita nem pode imaginar. John Piper disse: “Quando penso na voz de Deus cantando, ouço o estrondo da maior das cachoeiras, misturado com o gotejar de um riacho coberto de musgo. Eu ouço a explosão do mais poderoso dos vulcões, misturada com o ronronar de um gatinho. Quando eu ouço esse canto, fico perplexo, sem palavras.” Em Sofonias 3.17, há cinco promessas de Deus: (1) ele está em seu meio, (2) é poderoso para salvar, (3) ficará contente com você, (4) renovará sua mente e (5) cantará e se alegrará em você. Entendeu? Nós, nós mesmos, somos o motivo do cântico de Deus. A alegria dele é uma celebração com canções alegres. Nosso Deus vivo, que não é distante, canta em comunhão com você. Deus tem tanto amor que lá dos altos céus, ao olhar para você, levanta sua voz em cântico de alegria. É difícil acreditar que o grande Deus está cantando com prazer e alegria, ofere- cendo os aplausos dos céus para você? Acredite! Ao pensar em você, ele canta. Neste momento, aquiete-se. Deixe todo o barulho de pala- vras e pensamentos em sua cabeça serem abafados pelo cântico de Deus em seu ouvido. Escute. Está tudo sob controle. Ouça-o cantando com prazer por você ser filho dele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 7-9 Deus está cantando em seu ouvido, bem perto de você. 19 JAN ÁGUA DA MORTE – ÁGUA VIVA “Tendo o menino crescido, ela o levou à filha do faraó, que o adotou e lhe deu o nome de Moisés, dizendo: ‘Porque eu o tirei das águas’” (v.10). Já pensou como a água foi importante na vida de Moisés? Como bebê, ele foi colocado numa arca (como Noé) e depois tirado das águas. Ele livrou sua futura esposa do perigo en- quanto ela tirava água do poço. Ele tirou seu povo da escravidão por meio das águas do Mar Vermelho, mas os soldados de Faraó morreram nas mesmas águas daquele mar. Ele tirou água da pe- dra para saciar a sede do povo. O próprio nome dele tem o sentido de “retirado da água”. É óbvio que o simbolismo da água, na história de Moisés, re- mete ao poder de Deus de libertar, resgatar, salvar do perigo da água. Moisés deu a lei ao povo, mas também ele apontou para o Messias, que viria depois. O Messias, Jesus, veio para nos retirar da água da morte, para nos dar uma nova vida. Essa história é po- derosamente demonstrada no ato do batismo. Quando a pessoa entra na água, o poder da morte é visto. Quando, porém, a pessoa sai da água, respirando livremente o oxigênio, visualizamos o que aconteceu através da salvação em Jesus. Enfrentamos as águas da morte, mas Jesus nos tirou das águas! Jesus transforma a água perigosa em símbolo da nova vida. Por isso, ele é a água viva. Na próxima vez que você encher um copo de água, dê graças a Deus por Jesus nos ter tirado da água da morte para nos dar a água da vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 10-12 "Quando você atravessar as águas, eu estarei com você; e, quan- do você atravessar os rios, eles não o encobrirão.” (Isaías 43.2) ÊXODO 2.1-10 – 328 CC Peggy Fonseca 20 JAN Peggy Fonseca PROVÉRBIOS 11.24-28 – 304 CC ACUMULADORES DE ÁGUA “O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá” (v.25). Um lugar popular para se visitar em Israel é o Mar Morto. Ele tem esse nome porque nada pode viver em uma água tão salgada. Isso acontece porque o rio Jordão despeja suas águas no Mar Morto, mas o Mar não tem nenhuma saída de água. O resultado é que a água sai dele apenas por evapora- ção, deixando um depósito de sal, e assim a água fica salgada demais para sustentar a vida. Alguém disse que ele morreu de mesquinharia: recebe água, mas não compartilha água, tem en- trada, mas nenhuma saída. O sábio de Provérbios aplicou esse mesmo princípio a nós. Uma tradução de Provérbios 11.25 é: “A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será saciado.” Aparentemente não faz sentido. Como é possível alguém ficar saciado dando água a outro? Nosso instinto é guardar o que temos para nós, acumulan- do o suficiente para não passar necessidade, pensando que a generosidade é só para quem tem sobrando. Isso se aplica não apenas aos bens, mas ao tempo, energia e até ao amor. O para- doxo é a lição do Mar Morto. Os acumuladores são, no final das contas, perdedores. Generosidade e altruísmo produzem uma vida abundante de alegria e rica recompensa. Certamente isso desafia nossa pró- pria inclinação de pensar em nossas necessidades em primeiro lugar. Será que esconderemos dos nossos olhos as oportunida- des da generosidade em todos os seus aspectos? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 13-15 "Ó Deus, não me deixes acumular tanto que meu coração acabe morrendo de fome.” (Charles Spurgeon) 21 JAN GÁLATAS 1.1-5 – 410 CC Vilmara Lima POR CRISTO, NÃO POR HOMENS “Paulo, apóstolo enviado, não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos” (v.1). A epístola aos gálatas é uma resposta incisiva a um grupo de pessoas chamado judaizantes. Eles eram judeus que tinham se convertido ao cristianismo e afirmavam que os não judeus que se tornavam cristãos deveriam obedecer à lei mosaica. Além disso, eles diziam que Paulo não era um verdadeiro apóstolo. Sendo assim, elenão tinha autoridade para ensinar o que ensinava. Paulo escreve não apenas para combater aqueles ensinos erra- dos, mas também para defender sua autoridade apostólica, o que ele começa a fazer logo no início da carta, quando diz que foi en- viado pelo próprio Jesus, não por homem algum. O apóstolo tinha convicção de seu chamado, e era isso que fazia com que ele perse- verasse na sua missão. Assim como Paulo, nós precisamos estar profundamente convic- tos de quem nos chamou, independentemente de qual seja nosso serviço para o Senhor. Quando as críticas, os ataques, os momentos difíceis, o desânimo, as aflições e a angústia de fazer algo e não ver resultado chegam, é a certeza de quem nos chamou que nos man- tém firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor (1Co 15.58). É somente a convicção de quem Deus é e de quem nós somos nele que nos fortalece para que continuemos fazendo sua obra. Que você nunca se esqueça de que foi chamado por Cristo, não por homens. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 16-18 Não desanime! O Deus que o chamou é o mesmo que o sustenta. 22 JAN Vilmara Lima GÁLATAS 1.1-5 – 301 CC APROVADO POR DEUS “Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo” (v.10). Os cristãos da Galácia estavam sendo persuadidos a abando-nar o evangelho de Cristo por um evangelho falso. Paulo os repreende severamente e lhes diz que não há outro evan- gelho além daquele que ele lhes tinha pregado. E ele não tinha medo de confrontar esse falso evangelho e amaldiçoar quem o estava pregando, porque seu propósito era agradar a Deus, não a homens. Muitas vezes, nós também somos tentados a abandonar o evangelho verdadeiro por outro qualquer para que não sejamos excluídos. Abandonamos nossas convicções, nossos princípios, nossas crenças para agradar outros, para nos encaixar num grupo ao qual não deveríamos pertencer, para ficar bem diante das pes- soas, para não parecer “quadrados”, antiquados, chatos. Por medo de desapontar ou confrontar um amigo, um chefe, um colega de escola, faculdade ou trabalho, negamos nossa fé. Paulo nos ensina que não podemos procurar agradar as pes- soas em detrimento de fazer a vontade de Deus. Jesus disse que ser seu discípulo poderia nos custar muito (Lc 14.25-33). É ao Se- nhor que nós servimos, é a ele que devemos prestar contas, é por ele que precisamos ser aprovados. É necessário nos manter fiéis a Deus e à sua Palavra, ainda que seja difícil, ainda que custe nossa própria vida. No final vale muito a pena. Nossa recompensa nem se compara àquilo de que abrimos mão. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 19-21 Quando for tentado a agradar homens, lembre-se da felicidade que é ser aprovado pelo Senhor. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 20 DE JANEIRO Acumuladores de água Quebra-gelo (5min): Cada participante deverá compartilhar uma palavra que defina generosidade. Ao final, refletirão sobre a seguinte pergunta: “Você é uma pessoa generosa?” Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 20 de janeiro. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O que torna uma pessoa genuinamente generosa? 2. O que impede uma pessoa de ser generosa? 3. Que medidas você precisa tomar para não se tornar um acu- mulador? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Provérbios 11.24-28SEMANA 3 23 JAN Vilmara Lima GÁLATAS 1.11-24 – 46 CC DA ÁGUA PARA O VINHO “Apenas ouviam dizer: ‘Aquele que antes nos perseguia, agora está anunciando a fé que outrora procurava destruir’” (v.23). O primeiro milagre de Jesus registrado na Bíblia foi transformar água em vinho (Jo 2.1-11). Não sei se você já chegou a tomar ou mesmo ver vinho de perto, mas há uma diferença gigante entre esses dois líquidos. Não apenas na cor (no caso do vinho tin- to), mas no sabor, na textura, no aroma, na estrutura molecular. São realmente duas substâncias completamente diferentes. Cristo transformou a vida de Paulo “da água para o vinho”. O apóstolo mudou de tal forma que a princípio é até difícil de acreditar que uma pessoa possa ser transformada assim. Mas, sim, é possível. E o mesmo aconteceu comigo e com você, se você já depositou sua fé em Jesus. Costumamos supervalorizar histórias de conversões como a de Paulo, que envolvem grandes “plot twists” – para usar a linguagem literária –, transformações bruscas e profundas. Mas a verdade é que toda história de conversão, mesmo a de pessoas que nunca provaram nada do mundo ou fizeram coisas “horríveis”, é linda, por- que todos nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados (Ef 2.1), mas Cristo nos justificou (Rm 3.24), dando-nos vida. Por causa dessa justificação, hoje temos paz com Deus e fazemos parte de sua família. Se você já foi transformado, siga o exemplo do apóstolo e compartilhe sua fé, compartilhe o testemunho de como Deus o transformou. Se você ainda não foi, hoje é o dia. Jesus pode mudar você “da água para o vinho”. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 22-24 Sejamos gratos ao Senhor, que nos transformou e nos inseriu na sua família. 24 JAN GÁLATAS 2.1-10 – 379 CC Vilmara Lima LEMBRE-SE DOS POBRES “Somente pediram que nos lembrássemos dos pobres, o que me esforcei por fazer” (v.10). Quando eu era criança, minha mãe tinha uma amiga com mais recursos financeiros que nós. Ela sempre nos dava algumas roupas usadas. Eu vibrava quando mamãe che- gava da cidade com uma sacola de roupas. Aquela mulher foi muito usada por Deus para nos abençoar. Quando Paulo se apresentou aos apóstolos que eram colunas da igreja e mostrou o evangelho que pregava, foi aprovado por eles e aconselhado a se lembrar dos pobres. Paulo deveria ali- mentar a alma das pessoas com a Palavra de Deus, mas também ajudá-las em suas necessidades. Ao longo das epístolas escritas por ele, nós o vemos exortando os irmãos sobre o cuidado com os desfavorecidos (Rm 15.25,26; 1Co 16.1-4). O amor cristão se manifesta no doar, no dividir aquilo que se tem. O crente sabe que nada que tem lhe pertence, por isso é li- beral ao compartilhar seu tempo, bens e talentos em benefício do outro. Uma fé que não se manifesta por meio de obras não é uma fé genuína (Tg 2.17,26). Além disso, devemos sempre nos lembrar de que éramos espiritualmente pobres, mas fomos enriquecidos por meio de Cristo (1Co 1.5; 2Co 8.19). É necessário que compar- tilhemos a riqueza do evangelho com os que estão ao nosso redor. Não seja mesquinho, mas, generosamente e para a glória de Deus, lembre-se dos pobres – espiritualmente e financeiramen- te –, compartilhando o que você tem. Eu tenho certeza de que “Deus suprirá todas as necessidades de vocês” (Fp 4.19). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 25-27 Deixe-se ser bênção nas mãos de Deus para abençoar pessoas. 25 JAN Vilmara Lima GÁLATAS 2.11-20 – 374 CC NÃO EU, MAS CRISTO “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (v.20). O versículo em destaque direciona o Seminário onde cursei Missiologia, o Centro Integrado de Educação e Missões – CIEM. Logo quando chegamos ao local, somos desafiados a memorizá-lo. Mas não apenas isso. Somos desafiados a vivê-lo. Paulo escreve esse versículo depois de contar que Pedro, por medo daqueles que pregavam a circuncisão, havia se afastado dos cristãos gentios. Paulo condenou sua atitude e o exortou, lembran-do-lhe de que ninguém poderia ser justificado pela prática da lei. Estar crucificado com Cristo significa aceitar que a salvação é obra dele, que não podemos ser salvos pelo que fazemos ou deixa- mos de fazer, mas simplesmente pelo que Jesus fez por nós na cruz. Quando entendemos isso, buscamos viver de forma a satisfazer não a nossa vontade, mas a dele. Nós “abandonamos” nossa vida no Senhor de tal forma que não procuramos mais obedecer aos nossos desejos, mas nos deleitamos em fazer sua vontade, mesmo quando ela é contrária à nossa. Viver pela fé no Filho de Deus é saber que, uma vez salvos, so- mos cuidados de maneira especial, que não estamos sozinhos, que estamos seguros em seus braços e que ele sempre está conosco, cercando-nos com seus muros de amor. Você já experimentou viver assim? Não há no mundo nada melhor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 29-31 Estar crucificado com Cristo é uma bênção, não um fardo, pois é somente dessa forma que temos vida verdadeira. 26 JAN 1 CRÔNICAS 29.10-13 – 319 CC Bárbara Cabral PROTEGIDOS “Tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos” (v.12b). Há pouco mais de dois anos, a cidade onde moro passava pela fase crítica da pandemia. Os hospitais estavam lo-tados. Faltava oxigênio e medicamentos. Decidi sair com minha família para um lugar distante, até que fosse seguro re- tornar. Quando o avião decolou, vi a cidade, a floresta, os rios. O que mais me impressionou foi ver as densas nuvens e suas sombras protegendo tudo. Naquele momento, contemplei a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor de Deus. De perto, eu só enxergava o caos. Do alto, entendi que o Senhor permanece no controle do Universo. Embora às vezes não pare- ça, Deus mantém tudo em harmonia (Cl 1.17). Depois de um tempo, voltei para casa. Aos olhos humanos, a crise ainda não estava sob controle, mas testemunhei a mão de Deus me guiando em cada desafio. Entendi que tanto faz estarmos perto ou longe dos problemas (Sl 139.8). No dia da adversidade, Deus nos protege sob sua sombra, até que passem as calamidades (Sl 57.1). Ele nos ajuda e sustenta. Não há o que temer. Nele somos fortalecidos para encarar as dificuldades. Quem tem fé experimenta a incomparável grandeza do poder divino e a poderosa força do Senhor. Estando no vale da sombra da morte ou em pastos verdejantes, somos igualmente protegi- dos por Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 32-34 Em momentos de calamidade, lembre ao mundo que somos protegidos por Deus. 27 JAN Bárbara Cabral EFÉSIOS 5.1-8 – 25 CC AMADOS “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados” (v.1). Nos últimos tempos, tornou-se comum chamar os outros de “amados”. Na Bíblia, porém, tal expressão é usada com muita seriedade e sinceridade. Veja alguns exemplos: • “Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vo- cês têm, orando no Espírito Santo” (Jd 1.20); • “Amado, você é fiel no que está fazendo pelos irmãos, apesar de lhe serem desconhecidos” (3Jo 1.5). Somos amados por Deus. Essa é uma verdade segura. Quan- do não merecíamos, ele nos amou. Com os corações cheios do amor de Deus, podemos cumprir os mandamentos de amar a Deus acima de tudo e amar o próximo como a nós mesmos. A mensagem do novo mandamento é: permita-se receber o amor e o compartilhe. Pois o amor divino alcança o mundo in- teiro. Em Deus, por Deus e para Deus, todos somos amados. Além do amor, Deus disponibiliza sua graça e perdão para todos (1Jo 2.2). E se a expiação não leva o pecador à salvação, é porque ele a rejeita, amando mais as trevas do que a luz. Falta amor no mundo. O egoísmo, o ódio, a injustiça e a in- diferença endureceram os corações. Mas o sacrifício de Cristo na cruz é a prova de que nada é maior e mais forte que o amor do Pai. Quando você experimentar frustrações, traições ou abando- no, lembre-se: você é filho amado de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 35-37 Nunca duvide do amor de Deus por você. 28 JAN 1 TIMÓTEO 2.1-6 – 402 CC Bárbara Cabral RESGATADOS “O qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo” (v.6). Certa vez caiu uma chuva muito forte em minha cidade. As ruas se encheram de água, e era difícil se locomover. Assisti ao Corpo de Bombeiros resgatando um senhor que se afogava num bueiro. A alegria e gratidão do homem eram visíveis em seu sorriso. Trazendo essa história para o mundo espiritual, todos os seres humanos se afogam na sujeira de seus pecados. Estamos todos condenados à morte. Deus, contudo, ofereceu seu único Filho para resgatar toda a humanidade. E do que os homens precisam ser resgatados? De acordo com a Palavra de Deus, do domínio das trevas, do modo de vida vazio e sem sentido que aprenderam a viver com seus antepassados, da maldição da lei, deste atual e perverso sistema mundial e de toda a maldade. Quando se sentir afogado nos males desta vida, não se de- sespere. Lembre-se de que Deus tem um plano para resgatar você. Ele traçou esse plano há milênios. E ao ser resgatado por Deus, não se esqueça de compartilhar sua experiência. O resgate divino não custou ao Senhor preço de ouro e prata. Custou seu bem mais precioso: a vida de seu Filho. Por isso, Deus não dispo- nibilizou socorro a apenas um grupo específico de pessoas, mas a todo aquele que crê no poder do Resgatador. Basta clamar, e o resgate virá! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ÊXODO 38-40 Quando se sentir afogado nos males desta vida, clame pelo resgate de Deus. 29 JAN Bárbara Cabral MARCOS 1.9-15 – 274 CC ARREPENDIDOS “‘O tempo é chegado’, dizia ele. ‘O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas’” (v.15). Certa vez, ouvi uma belíssima canção. Fiquei fascinada can-tarolando aquela melodia. Até que pesquisei a letra da música. Ela conta a história de alguém que viveu sem se lamentar ou se arrepender por nada. Tal estilo de vida é o ex- tremo oposto do cristianismo. O pecado é lamentável. Devemos clamar a Deus, chorar na presença dele, apresentar-lhe a aflição e a tristeza causadas pelo pecado. Após o batismo e tentação de Jesus, a sua primeira mensa- gem foi: “Arrependam-se e creiam no evangelho!” Quando acei- tamos o amor sacrificial do Filho de Deus na cruz, somos cons- trangidos. Ao olharmos para sua santidade, compreendemos que somos miseráveis pecadores. Então, o arrepender-se dos peca- dos se torna a primeira atitude daquele que crê em Cristo. De acordo com a Bíblia, o arrependimento: • É o ato de afastar-se do pecado, desobediência e rebeldia, voltando-se para Deus; • Deve ser levado a sério por quem pede perdão; • É acompanhado de reflexão sobre o que nos fez cair e do retorno à prática das boas obras; • É visível por todos e alegra a Deus; • Leva-nos à vida eterna. Do que você precisa se arrepender hoje? Nunca é tarde de- mais para mudar. Todos os dias Deus nos dá uma nova chance. Ele tem ouvidos atentos e braços abertos aos arrependidos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 1-4 Nunca é tarde demais para ser um pecador arrependido. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 23 DE JANEIRO Da água para o vinho Quebra-gelo (5min): Peça que um voluntário compartilhe como Jesus transformou sua vida. Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 23 de janeiro. Depois, use as perguntas abai- xo para reflexão e compartilhamento. 1. O que leva uma pessoa a ser totalmente transformada? 2. O que diferencia uma pessoa transformada de uma que não o é? 3. Como você pode levar outras pessoas a serem transformadas por Jesus? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder para que Deus os ajude a ser instrumentos de transformação. Tempo de multiplicar (5min): Orarpelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Gálatas 1.11-26SEMANA 4 30 JAN Bárbara Cabral COLOSSENSES 1.12-17 – 188 CC PERDOADOS “Em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados” (v.14). Uma das lembranças mais antigas que guardo na mente é o coral da igreja ensaiando uma música que diz: “Deus olhou em compaixão, entrou no meu coração, deu-me eterna salvação. Fui perdoado pelo amor.” Essa canção explica de forma belíssima o plano redentor de Deus para a humanidade. Perdão é o meio de graça através do qual o pecador arrepen- dido tem suas faltas perdoadas pelos méritos de Jesus. O perdão é uma das bem-aventuranças do evangelho. Ele é entregue aos homens por meio do amor de Deus e da justiça de Cristo. O Senhor tem prazer em ser misericordioso. O Pai celeste derrama bondade de graça a todos os que o invocam. As nossas dívidas foram pagas com o sangue de Cristo derramado na cruz. Não há pecado grande demais que Deus não possa perdoar. Para ser perdoado por Deus, todavia, é preciso arrependi- mento e fé. Essa é a mensagem central do evangelho. Enquanto o rei Davi não confessou pecados, como homicídio e adultério, seu corpo definhou e sua alma entristeceu. Mas depois, ele falou da confissão, perdão e alegria da obediência. Aquele que confes- sa seus pecados e os abandona alcançará misericórdia. Quando o nosso coração estiver enfraquecido pelo pecado, lembremo-nos de que, pelo amor e justiça divinas, somos per- doados. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 5-7 Não há pecado grande demais que Deus não possa perdoar. 31 JAN TITO 3.4-7 – 124 CC Bárbara Cabral REGENERADOS “Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (v.5). As lagartixas são louvadas na Bíblia por sua sabedoria. Quando são atacadas por um inimigo, elas perdem a cauda. Dessa forma, elas o distraem, ganhando tempo para fugir. Assim, salvam-se da morte. Depois, a natureza lhes dá uma nova cauda. Esse processo é chamado de regeneração. No mundo espiritual, acontece algo semelhante: perdemos nosso coração de pedra e recebemos da parte de Deus um novo espírito e um novo coração. Então estamos livres do inimigo das nossas almas e da morte eterna. A regeneração é um ato que acontece por iniciativa de Deus. Ela é operada por obra do Espírito Santo no homem, que responde por meio da fé. Ser regenerado é abandonar a velha natureza e nascer de novo. É morrer para o pecado e ressuscitar para uma nova vida em Je- sus. Pessoas regeneradas têm uma mudança completa de mentalida- de, vontade e caráter. Elas não aceitam mais o domínio da carne, mas permitem ser controladas pelo Espírito Santo. Esse controle nos livra da morte, dá-nos paz e nos torna justos diante de Deus (Rm 8.5-10). A regeneração nos faz livres, mas se tentarmos controlar nossas vidas, mesmo após regenerados, cairemos novamente no jugo da escravidão. O que você precisa abandonar hoje? Aproveite este mo- mento de meditação para se voltar para Deus e clamar por miseri- córdia. Então você será renovado pelo Espírito Santo, como convém a uma criatura regenerada. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 8-10 Livre-se hoje de seus maus desejos para ser renovado pelo Espírito Santo, como convém a uma criatura regenerada. 01 FEV Samuel Moutta LUCAS 9.57-62 – 308 CC O QUE SIGNIFICA SER DISCÍPULO “Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: ‘Eu te seguirei por onde quer que fores’” (v.57). O discipulado era uma prática comum entre os antigos filó-sofos gregos, entre os rabinos judaicos, mas também entre profissionais, como carpinteiros, alfaiates e sapateiros que ensinavam o ofício a jovens aprendizes. Assim, os interessados em aprender com o mestre-professor passavam a segui-lo e imitá-lo. Como essa já era uma prática comum, Jesus também convida- va as pessoas a segui-lo e imitá-lo, ou seja, a ser seus discípulos. No texto em destaque, vemos que um homem se dispõe a seguir Jesus por onde quer que ele fosse. Mas Jesus o advertiu acerca do preço a ser pago e da seriedade dessa decisão. Esse conceito de discipulado precisa ser resgatado. O Senhor não nos convidou a ser seus fãs, nem seus torcedores, nem críti- cos da fé, nem filósofos da religião. Ele nos chamou para ser seus discípulos. É uma decisão radical de seguir Cristo por onde quer que ele for, custe o que custar. É um compromisso de pisar suas pegadas. É honrar o Mestre pela obediência de seus ensinos na prática da vida. É agradar o querido Salvador com uma vida de testemunho dele diante do mundo. É imitá-lo em todas as coisas, buscando fazer exatamente aquilo que ele faria. Assim, a mensagem do evangelho transformará o mundo, pois todos verão que somos verdadeiros discípulos de Jesus, para a gló- ria de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 11-13 Você está disposto a dizer isto a Jesus: “Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores”? 02 FEV LUCAS 9.23-27 – 217 CC Samuel Moutta O CHAMADO PARA SER DISCÍPULO “Jesus dizia a todos: ‘Se alguém quiser me seguir, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me’” (v.23). O convite de Jesus é radical. Ele não fez questão de ser sim-pático, mas verdadeiro e sincero. Não cedeu para facilitar o discipulado ou alargar a porta estreita. Embora Jesus houvesse escolhido doze para que estivessem mais perto dele (Mc 3.14), quando ele chama para o discipulado, o convite é amplo, aberto e radicalmente universal: é para todos. Mas, apesar de convidar todos, ele deixa a decisão com cada um, quando diz: “Se alguém quiser me seguir [...]” Ele nunca for- çou nem obrigou ninguém a segui-lo. O chamado para a vida dis- cipular é amplo, mas cada um de nós deve responder ao Mestre. Esse convite, porém, não esconde as exigências do discipu- lado: é preciso negar a si mesmo. Isso não é nada fácil. Temos desejos, paixões e ambições pessoais, que devem ser renunciados. Também temos manias, gostos, preferências e até esquisitices, e tudo isso deve ser negado, mortificado. Quando Jesus usou a expressão “tome cada dia a sua cruz”, as pessoas entenderam que significava estar pronto para morrer, para se sacrificar, indo às últimas consequências, custasse o que custasse. É assim que o Senhor nos chama a segui-lo. Um chamado ra- dical para uma vida de discípulo radical. É um chamado que custa caro, mas que vale a pena cada segundo na presença do Mestre! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 14-16 Até que ponto você está disposto a seguir Jesus? 03 FEV Samuel Moutta LUCAS 14.25-35 – 92 CC O CUSTO DO DISCIPULADO “Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (v.33). O texto de hoje nos mostra a seriedade da decisão de seguir Jesus e o alto preço a ser pago pelo discipulado. Não é que Jesus estivesse desprezando o amor e cuidado com a fa- mília e até a própria vida (v.26). Ele estava realçando o quão mais elevado é o privilégio de segui-lo. O Senhor compara a decisão do discipulado ao homem que vai construir uma torre ou a um rei que vai declarar guerra a outro reino, pois há que primeiro se fazer os cálculos, para não passar vergonha. Assim é a decisão de seguir Cristo: não deve ser emotiva somente, mas uma decisão séria e consciente. Por três vezes (vv.26,27,33) Jesus repete a expressão “não pode ser meu discípulo” àqueles que não estão prontos a pagar o preço de uma vida cristã dedicada a obedecer por inteiro à vontade do Senhor, renunciando a si mesmos (v.27). Por isso, diante de uma sociedade tão relativista, onde até as igrejas são influenciadas pelas facilidades e concessões na vida cristã, precisamos assumir uma postura de quem está pronto a pagar o preço de entregar-se por inteiro, custe o que custar. Não vamos negar a fé, envergonhar o evangelho, entristecer o nosso Salvador ou retroceder ao pecado. Vamos pagar o preço de um discipuladoautêntico para a glória de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 17-19 Você está pronto a pagar o preço de ser um verdadeiro discípulo de Jesus? 04 FEV JOÃO 14.1-14 – 169 CC Samuel Moutta O CAMINHO DO DISCIPULADO Respondeu Jesus: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim’” (v.6). Quando um aprendiz quer seguir um mestre, ele precisa sa-ber duas coisas: quem é o mestre e para onde ele vai. E, quando Jesus instruiu seus discípulos, essas duas perguntas surgiram. O mestre ensinava sobre a casa do Pai, sobre o caminho que deveriam seguir, mas Tomé o interrompe e pergunta: “Senhor, não sa- bemos para onde vais; como então podemos saber o caminho?” (v.5). Pacientemente Jesus responde, apontando o caminho que é ele mesmo, e acrescenta: “Se vocês realmente me conhecessem […]” Ou seja, os discípulos não sabiam o caminho porque não co- nheciam realmente quem estavam seguindo. Em seguida vem o pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai.” E então o Senhor Jesus declara-se igual ao Pai, pois “quem me vê, vê o Pai”. Aqueles doze discípulos, e mais a multidão de outros discípu- los, demoraram a entender que seguiam o Cristo, o Filho de Deus. Demoraram, mas depois entenderam. E nós, que hoje somos os seus discípulos, de fato entendemos? Sabemos quem estamos seguindo e para onde ele está nos levan- do? Ou estamos seguindo nós mesmos, nossas próprias ideias e preferências, no caminho de nossos próprios interesses? A caminhada discipular proposta a nós por Jesus é uma jor- nada de conhecimento profundo dele, à medida que o seguimos no caminho, verdade e vida. É mais que religiosidade ou cultura cristã. É a intensidade de um relacionamento íntimo com o Mes- tre, obedecendo-lhe e imitando-o no caminho. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 20-23 Você está disposto a conhecer e caminhar com Jesus no discipulado? 05 FEV Samuel Moutta LUCAS 5.1-11 – 437 CC PESCADORES DE HOMENS “Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens” (v.10). Pedro já havia encontrado Jesus quando André o apresentou (Jo 1.40-42). Com certeza, aquele primeiro encontro foi im-pactante. Mas agora o Mestre está à beira do lago e pede para usar o seu barco. Mesmo após uma noite inteira de trabalho desgastante, sem pegar nada, Pedro empresta o barco a Jesus. Aqui está algo interessante: às vezes, queremos ser usados pelo Mestre, mas não deixamos que ele use nossos bens, dinheiro, patrimônio e família. Antes de usar Pedro, Jesus usou o barco dele. Logo em seguida, há uma ordem absurda: voltar ao mar e jogar novamente a rede. Jesus não entendia de pesca nem do lago, mas diante da palavra do Senhor, Pedro lançou as redes e viveu o milagre. Aqui está outra lição: as ordens de Deus nem sempre fazem sentido, mas não temos que discutir com ele nem querer ensi- ná-lo; temos que apenas obedecer-lhe e esperar o que ele fará. Diante daquele milagre da grande pesca, Pedro prostrou-se diante de Jesus, reconhecendo seus pecados e o adorando. Agora sim, Pedro estava pronto para ser usado como pescador de homens. Veja que há uma sequência: 1. Desapego e entrega das coisas materiais; 2. Obediência; 3. Quebrantamento e confissão de pe- cados; 4. Discipulado para ser pescador de homens. É assim que o Senhor quer fazer conosco. Ele nos convida a segui-lo nessa jorna- da discipular a fim de transformar o mundo com o bom testemu- nho do evangelho. Ele quer fazer de nós pescadores de homens! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LEVÍTICO 24-27 Você também foi chamado a ser pescador de homens onde você está. Disponha-se! BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 02 DE FEVEREIRO O chamado para ser discípulo Quebra-gelo (5min): O que significa ser discípulo? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 02 de fevereiro. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O que significa ganhar o mundo e perder a si mesmo? 2. O que significa “tomar a cruz” em sua realidade diária? 3. Qual a recompensa para os que verdadeiramente seguem Jesus? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as neces- sidades de oração e interceder para que sejam fortalecidos na caminhada com o Mestre. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Lucas 9.23-27SEMANA 5 06 FEV Michelle Moreira SALMOS 15 – 288 CC EM TUA PRESENÇA QUERO ESTAR “Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte?” (v.1). Fofoca, calúnia, censura, julgamento, usura, suborno: você já praticou alguma dessas coisas? Se acha que não, vejamos: já usou o pretexto de pedir oração, quando na verdade queria falar da vida alheia? Desfez um compromisso porque aquilo que inicialmente considerou ser vantajoso se tornou uma série de re- núncias ou perdas? Considerou a necessidade de alguém como uma maneira de se beneficiar? Como nos relacionamos e admi- nistramos nossas finanças revela a que reino pertencemos. A presença e a proteção do Senhor, simbolizadas nesse tre- cho da Palavra por “teu santuário” e “teu santo monte”, são para aqueles que acolheram em seus corações o imperativo de serem santos como ele é – santo, separado do pecado, verdadeiro e fiel. Não somente aos domingos, no templo, ou diante de um grupo selecionado, mas em toda maneira de viver (1Pe 1.15,16) diante daquele que tudo vê (Hb 4.13). Lembremo-nos de que sem santificação ninguém verá o Se- nhor (Hb 12.14). Oremos para que nós que já o recebemos (Jo 1.12) possamos demonstrar em cada pensamento, palavra e ati- tude que fomos transportados para o Reino do seu Filho amado (Cl 1.10-13). Oremos também para que aqueles que desejam ser morada do Santo Espírito do Senhor (1Co 6.19) entendam que precisam assumir com fidelidade o compromisso de andar como ele andou (1Jo 2.6). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 1-3 A presença e a proteção do Senhor são para aqueles que acolhe- ram em seus corações o imperativo de serem santos como ele é. 07 FEV BOCA E CORAÇÃO “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador” (v.14). Você já percebeu, mesmo que por um breve momento, sua mente divagando e meditando em problemas financeiros ou de relacionamentos, ou alimentando pensamentos de medo, insegurança, raiva ou falta de perdão? E sua boca? Dela saiu algo sem querer, que foi falado “por falar”, uma mentirinha, um resmungo, uma crítica atroz ou uma reclamação em alto e bom som? Infelizmente, muitas vezes, não apenas não falamos o que pensamos, por vergonha ou por dissimulação, mas também fa- lamos sem pensar, sendo desmedidos, descontrolados, sem do- mínio próprio. Tudo o que em nós deveria ser para o louvor da glória de Deus, quando usado de forma errada, leva-nos à ruína. Para nós que já fizemos a nossa profissão de fé com o co- ração e com a boca (Rm 10.9), faz-se necessário que nos apre- sentemos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1). Em Mateus 12.34 aprendemos que a boca fala do que o coração está cheio. Portanto, sabemos que se continuamente meditarmos nos preceitos do Senhor, com a nossa boca declara- remos sua verdade, justiça, pureza e fidelidade. Por fim, observe no final do salmo quão grandes recompen- sas teremos se assim vivermos: restauração da alma, sabedoria, alegria e discernimento (vv.7-9).n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 4-6 Agrade o coração de Deus. Peça que ele o auxilie no processo de mudança. SALMOS 19.7-14 – 296 CC Michelle Moreira 08 FEV Michelle Moreira SALMOS 101 – 229 CC MAIS DO QUE UM ENCONTRO “Seguirei o caminho da integridade; quando virás ao meu encontro? Em minha casa viverei de coração íntegro” (v.2). Na primeira parte do versículoem destaque, antes mesmo de perguntar ao Senhor quando ele virá ao seu encon-tro, Davi se compromete em buscar viver em integridade. Você sabe o que é isso? Integridade é ser reto, verdadeiro, hones- to, justo, perfeito. É viver o que fala (Mt 5.37), é medir o outro com a mesma medida com que se mede a si mesmo (Mt 7.1-5), é cumprir o que promete, mesmo com prejuízo próprio (Sl 15.4), é ser um fiel mordomo do que se tem, mesmo no pouco (Lc 16.10). Na leitura do restante do salmo, você também verá que Davi sabia que para ter comunhão com Deus era necessário algo mais: deveria afastar-se de toda forma de mal. Era necessário afastar-se daquele que difama o próximo às ocultas, que tem olhos arrogan- tes e coração orgulhoso, que pratica a fraude ou que é mentiroso (vv.5,7). Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas (2Co 6.14)? Embora Deus tenha demonstrado seu amor por nós envian- do seu Filho para morrer em nosso favor quando ainda éramos pecadores (Rm 5.8), a comunhão permanente com ele é para aqueles que buscam obedecer aos seus mandamentos, que se deixam ser guiados pelo seu Santo Espírito (1Jo 3.24). Mais do que um simples encontro conosco, ele quer permanecer em nós, quer que sejamos sua morada. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 7-9 Deus está presente na vida daquele que segue a integridade. 09 FEV SALMOS 101 – 417 CC Michelle Moreira INTEGRIDADE NA INTIMIDADE “Seguirei o caminho da integridade; quando virás ao meu encontro? Em minha casa viverei de coração íntegro” (v.2). Meditando na segunda parte do versículo, o que mais me chama atenção é que antes de Davi declarar no restante do salmo algumas ações pautadas na integridade para go- vernar o reino, ele fala em viver em integridade em sua própria casa. Em casa é especialmente difícil viver com o coração íntegro, porque nesse lugar, erroneamente, a intimidade afrouxa a retidão. Sem os freios sociais, os temperamentos são conhecidos, bem como a forma como reagimos aos problemas ou às intervenções. Os fa- miliares, mais do que quaisquer outras pessoas, conhecem nossas prioridades, rotina e linguajar sem filtro, o que vemos na televisão ou na internet, se somos procrastinadores ou diligentes, organiza- dos ou bagunceiros, pacientes ou imediatistas, pacíficos ou iracun- dos, contentes ou murmuradores. Para eles, qualquer postagem em redes sociais, por exemplo, é facilmente desmascarável. Nosso desafio é ainda maior quando lemos em Jeremias 17.10 que Deus diz: “Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua con- duta, de acordo com as suas obras.” Muito além do que a família pode olhar, estão os olhos de Deus, que conhece não somente o que fazemos, mas qual é essencialmente a motivação do nosso coração por trás de cada atitude. Sendo assim, busquemos, pois, uma vida íntegra também dentro de nossos lares. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 10-12 Cuidemos para que a intimidade não dê lugar à falta de integridade. 10 FEV Michelle Moreira GÊNESIS 4.1-7 – 262 CC QUANDO REPREENDIDO POR DEUS “Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo” (v.7). Eu amo meu jardim. E como devemos nos dedicar a tudo que amamos, deu-me muito trabalho plantar cada uma das flo-res e cactos na lateral de todo o terreno e cercá-los com limitador, para impedir que a grama que fica na parte central avançasse. Infelizmente, sempre que fazemos longas viagens, ao retornar para casa, tenho o árduo trabalho de retirar toda a gra- ma que entrou por baixo do limitador e avançou sobre as flores, impedindo seu crescimento. Assim também o pecado, inicialmente de maneira secreta, avança quando somos tentados pela nossa própria cobiça, sendo por ela arrastados e seduzidos (Tg 1.14) até o ponto de ser visível a todos a nossa infrutuosidade. Lemos em Provérbios 28.13 que “quem esconde os seus peca- dos não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”. Se Caim, quando foi repreendido por Deus por não ter motivos para estar enfurecido, tivesse se arrependido do seu erro e dominado o desejo mau, que “secretamente” o invadia o coração, teria certamente um final diferente. Quando formos repreendidos por Deus, não endureçamos nosso coração. Que possamos contritamente confessar diante de Deus nosso pecado, arrepender-nos e nos voltar para ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 13-15 Deus nos corrige porque nos ama (Hb 12.6). Aceitemos sua correção. 11 FEV SALMOS 25.1-7 – 366 CC Juliana Gonçalves O DIA TODO “guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo" (v.5). Rotineiramente elevamos nossas orações ao Senhor, colo-cando diante dele nossas falhas, inquietações e neces-sidades. Nossos lábios são ávidos em declarar o quanto necessitamos do Senhor para que nossa vida seja completa com sua presença. O salmista nos faz estar diante de mais uma peti- ção ao Eterno. O clamor e o ardor em seguir a verdade do único Deus são claros logo no início da passagem: “A ti, Senhor, elevo a minha alma [...] guia-me na tua verdade” (vv.1,5). Nossos olhos, contudo, precisam atentar para a nossa ação diante de tantos pedidos feitos ao Senhor. Devemos estar cien- tes de que há uma ação necessária de nossa devoção diária: colocar a esperança no Senhor o tempo todo ou, como diz outra versão “o dia todo”. Não somente o ato de depositar no altar o oculto de nosso coração, mas de tornar real e vívida essa espe- rança de resposta, de companhia e de graça do Senhor diaria- mente e o dia todo. Derrame seu coração diante do gracioso Deus e lembre-se de constantemente renovar a sua esperança nele. Tenha a certeza de que meditar e crer nessa esperança durante todo o dia irá produzir frutos de respostas às suas orações. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 16-18 Nossos olhos precisam estar atentos para a nossa ação diante de tantos pedidos feitos ao Senhor. 12 FEV Juliana Gonçalves MATEUS 6.31-34 – 226 CC ELE MESMO CUIDA DE VOCÊ “Portanto, não se preocupem […]” (v.31a). É o segundo mês do ano, e tenho certeza de que algumas situa-ções já fugiram do seu controle. Pare e pense um pouco: você realmente tem o controle? Se você é cristão há algum tempo, deve ter ouvido e lido mensagens acerca do cuidado de Deus. Caso você esteja iniciando a caminhada, saiba que será uma pauta re- corrente. Entretanto, o que devemos ter em mente é essa nossa necessidade ou falta de senso de controle sobre nossas vidas. Mateus 6.31 é um dos versículos mais conhecidos: “não se preocupem". Ele antecede o mais famoso ainda: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas es- sas coisas lhes serão acrescentadas” (v.33). Há um ensinamen- to oculto nesses versículos. Apesar de não mencionar a palavra “controle”, a preocupação só ocorre em nossas vidas devido a esse controle que achamos ter sobre o que acontece. Não inquietar-se é crer que sua vida está entregue nas mãos daquele que se entregou por você. É crer que o Soberano sobre todas as coisas se importa com cada detalhe do seu ser. Note que não é deixar de sonhar, planejar e agir, mas é entregar os seus sonhos, planos e ações, de forma calma e confiante, na provisão do Senhor. Isso não acontecerá de forma mágica, mas somente quando você se aquietar com as suas demandas e se ocupar das demandas do Reino e da justiça de Deus. Deus o convida a cuidar do seu Reino enquanto ele mesmo cuida de você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 19-21 Não inquietar-se é crer que sua vida está entregue nas mãos daquele que se entregou por você. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 12 DE FEVEREIRO Ele mesmo cuida de você Quebra-gelo (5min): Você já esteve em uma situação que estava fora do seu controle? Como se sentiu? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro,pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 12 de fevereiro. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O que tem inquietado o seu coração? Você está disposto a en- tregar o controle dessa situação a Deus? 2. “Crer na soberania de Deus não é deixar de sonhar, planejar ou agir, mas entregar nossos sonhos, planos e ações nas mãos dele.” Você concorda com essa afirmação? 3. Como você se sente ao saber que Deus está cuidando do seu futuro agora? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração, entregando a Deus tudo o que tem inquietado o co- ração. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Mateus 6.31-34SEMANA 6 13 FEV Juliana Gonçalves MARCOS 5.1-20 – 430 CC ATÉ O “NÃO” DE JESUS É BÊNÇÃO “Jesus não o permitiu, mas disse: 'Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você'" (v.19). Imagine-se fazendo um grande pedido ao Mestre e a resposta sendo negativa. Foi o que aconteceu com o endemoniado ga-dareno. Jesus não permitiu que ele o seguisse, mas ordenou que voltasse para sua casa e contasse tudo o que Deus lhe fizera. Apesar de não ter seu pedido atendido, o homem foi obediente e retornou. E, ele “começou a anunciar em Decápolis quanto Jesus tinha feito por ele” (v.20). E o texto diz que todos se admiravam. Dois pontos me chamam muito a atenção nesse texto: 1. A missão em casa – Jesus mandou o homem retornar para casa. Retornar para aqueles que conhecem nossos pecados e testemunhar a graça de Jesus é uma grande missão. Nossa casa é nossa missão; 2. Desconhecemos o plano maior – Decápolis era uma região constituída por dez cidades. Todas conheciam o histórico daquele homem que havia vivido aprisionado e se feria com pedras dos sepulcros. Ela era a região onde nasceu a igreja de Filadélfia, aque- la a quem João se refere em Apocalipse 3 como a que “guardou a minha palavra e não negou meu nome”, e que muitas vezes é lembrada pelos teólogos como a igreja modelo. Muitas vezes Deus prefere que testemunhemos aos nossos em vez de nos mandar fazer “grandes coisas”. Só Jesus conhece o pla- no maior de salvação da humanidade. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 22-24 Ainda que não tenha seu pedido atendido, obedeça à ordem de Jesus. 14 FEV 2 REIS 22 – 46 CC Juliana Gonçalves PERDIDOS “Já que o seu coração se abriu e você se humilhou diante do Senhor, ao ouvir o que falei contra este lugar e contra seus habitantes, que seriam arrasados e amaldiçoados, e porque você rasgou as vestes e chorou na minha presença, eu o ouvi, declara o Senhor” (v.19). Quando eu era adolescente, havia uma música que dizia: “Perdido na casa do Pai.” O grupo musical deixava clara a vida de um jovem que estava na igreja, mas ao mesmo tempo não estava. O texto bíblico lido não trata da vida de al- guém, mas do próprio rolo contendo a Lei de Moisés. O rolo estava lá, perdido, esquecido. Pode parecer simplória esta reflexão, mas a Palavra de Deus pode estar perdida em nossas igrejas e casas. E perder a Palavra de Deus é perder o rumo da nossa própria vida. Atualmente temos acesso a tantas Bíblias, em tantos formatos e de tantas cores que podemos simplesmente nos esquecer de que o encontro com a Verdade deve nos levar a uma ação transforma- dora. O rei Josafá, ao descobrir o rolo, arrependeu-se profunda- mente dos pecados de seu povo e convocou todos a um processo de purificação e restauração mediante ações de arrependimento. O bom é saber que o Deus misericordioso está sempre pron- to a nos receber de volta, por meio do nosso encontro com sua Palavra, com nossas orações e súplicas e com nossas ações de ar- rependimento. Saiba que nunca é tarde para se reencontrar com a Palavra de vida, que alimenta e orienta mentes e corações de volta ao Pai. E quando reencontrar-se com ela, não se esqueça de externar suas ações de arrependimento, afastando-se do que o afasta do Pai. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 25-27 O encontro com a Verdade deve nos levar a uma ação transformadora. 15 FEV Juliana Gonçalves PROVÉRBIOS 4.10-19 – 417 CC VIDA JUSTA, VIDA CLARA “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia” (v.18). O amanhecer é deslumbrante. Lentamente e de forma bem sutil, o sol vai iluminando as sombras e revelando as be-lezas. O canto dos pássaros embala essa linda dança da natureza que nos convida a despertar para um novo dia. No en- tanto, nosso dia não para no amanhecer. Ele vai seguindo seu rumo até alcançar o sol de meio-dia, onde a claridade é plena. A vida do justo é exatamente assim: vai amanhecendo sutil- mente, revelando as grandezas do Senhor até atingir a claridade completa. É diferente do caminho dos ímpios, em que as sombras são tão densas que ocultam até mesmo os obstáculos que os fa- zem tropeçar. Não podemos nos acomodar com a beleza e a calmaria do amanhecer. Nossa vereda precisa cumprir sua missão de atingir a claridade completa: viver de forma justa. E nem sempre viver de forma justa será agradável como a luz clarinha da manhã, mas assim como com a claridade plena, virá o calor dos raios mais fortes e intensos do sol, que nem sempre são agradáveis. Todavia, eles trazem a facilidade de reconhecer os empecilhos que nos fa- zem tropeçar. Como tem sido seu caminho? Cheio de obstáculos que podem ser iluminados facilmente pela luz de Cristo em sua vida justa? Ou esses obstáculos estão escondidos nas trevas que o cercam? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 28-30 Viva de forma justa para que você possa brilhar cada vez mais. 16 FEV LUCAS 5.1-11 – 218 CC Liane Nepomuceno DEUS ESCUTA O LAMENTO DA NOSSA ALMA “Eles então arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e o seguiram” (v.11). O lamento dos pescadores no silêncio de palavras, mas ca-denciado pelo lavar das redes, demonstra a tristeza de não levar nada para casa naquela manhã. A voz forte e doce de Jesus, porém, ensinando na beira da praia a uma multidão que o seguia, quebrou o lamento daqueles homens. A oração se torna um lamento quando a alma se encontra dilacerada, e a provisão, desestabilizada. Jesus percebeu o cenário de tristeza dos pescadores, e parece que ele ignorou a dor que ardia no coração deles. Mas só parece. Com o desenrolar dos acontecimentos, percebemos um Jesus que não perdeu o controle da situação, pois ele tem um tempo deter- minado para agir. Pedro entendia de pescaria, mas precisava entender mais so- bre o poder de Deus. A rede era a mesma, assim como o barco, o pescador, o mar e a estratégia eram os mesmos. O que mudara? A palavra, o comando. Existem situações em que Deus quer promo- ver propósitos grandes em meio a experiências doloridas. Pedro queria peixe. Jesus queria Pedro: “Jesus disse a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens” (v.10b). Deus está atento ao lamento da nossa alma. Ele usa situações desfavoráveis para nos mostrar o seu poder, a sua glória e o pro- pósito que ele tem para realizar em nós e por meio de nós. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 31-33 Cristo tem poder para mudar as situações adversas de sua vida. Clame a ele. 17 FEV Liane Nepomuceno 2 SAMUEL 9.1-13 – 23 CC VIVENDO SOB O OLHAR DE DEUS “Perguntou-lhe Davi: 'Resta ainda alguém da família de Saul, a quem eu possa mostrar a lealdade de Deus?' Respondeu Ziba: 'Ainda há um filho de Jônatas, aleijado dos pés'" (v.3). Mefibosete teve sua vida totalmente prejudicada por con-sequência de ações que não foram suas, mas do seu avô, o rei Saul. Quando menino, escapou da morte pelos braços de sua ama de leite, que, no desejo de proteger a vida da criança, deixou-a cair. Por causada queda, ele teve seus pés machucados de forma irreversível. Já adulto, vivia de forma mise- rável e sem esperança. Deus, porém, que sempre age com graça e misericórdia, trouxe à memória do rei Davi a promessa que ele fizera ao seu amigo Jônatas. Mefibosete estava sob o olhar divino e, assim, sua vida foi mudada. Viver sabendo que Deus tem os olhos sobre nós nos leva a ter esperança. Há esperança porque o Senhor o conhece e não se esquece de você. Jeremias 1.5 diz que mesmo antes de você ser formado no ventre da sua mãe, ele já o conhecia, e antes que você viesse ao mundo, ele já o havia separado e designado para uma missão. Portanto, não tenha medo do que Deus tem a realizar na sua vida. É tremenda a forma como o Senhor agiu na vida de Mefibose- te. Ele pode fazer o mesmo na sua, se essa for a vontade dele, por- que quando estamos sob o olhar do Criador, estamos protegidos por seu amor. Você não está só. Deus está olhando para você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NÚMEROS 34-36 Há esperança, porque Deus o conhece e não se esquece de você. 18 FEV MARCOS 5.21-43 – 539 CC Liane Nepomuceno VIVENDO DE FORMA DILIGENTE “Então ele lhe disse: ‘Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento’.” Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algu- mas pessoas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga. ‘Sua filha mor- reu’, disseram eles. ‘Não precisa mais incomodar o mestre’” (vv.34,35). Somos impulsionados a uma vida movida pela correria e rapi-dez. Assim, corremos o risco de deixar de realizar atividades que aos olhos de Deus são prioridade. Tendemos a resolver urgências, e infelizmente a administração da agenda pessoal nem sempre está disponível para intervenções divinas. No relato dos anos de ministério de Jesus, vemos que a agenda dele era totalmente administrada pelo Espírito Santo. No percurso para a casa de Jairo, para realizar a cura da filha desse homem de status, o Mestre foi impedido de continuar a rota, pois uma mulher interveio e lhe tocou. Ele parou sua agenda e cuidou daquela mu- lher simples com toda a atenção, cuidado e amor. Nossas atividades e compromissos não podem amarrar nossa maior prioridade: servir a Deus. Ele tem atividades para cada um de seus filhos, e as envia até nossas mãos para que sejam realizadas. Cabe a cada um de nós viver de maneira diligente, ou seja, atenta e cuidadosa. Certamente precisamos de uma agenda planejada, mas não imóvel. Se quisermos ser servos e servas de Deus, necessitamos estar atentos aos imprevistos que ele apresenta para nos usar em suas prioridades. Dê atenção à voz do Espírito Santo, pois talvez seja necessário você passar em alguma Samaria (Jo 4.4). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 1-3 Nossas atividades e compromissos não podem amarrar nossa maior prioridade: servir a Deus. 19 FEV Liane Nepomuceno LUCAS 13.1-17 – 38 CC UM TOQUE ESPECIAL PARA A VIDA “Então lhe impôs as mãos; e imediatamente ela se endireitou, e louvava a Deus” (v.13). Durante o mês de outubro, tem-se uma grande ênfase na necessidade do autoexame da mama. Um toque de real im-portância para salvar uma vida. Refletindo nesse toque de vida, reportei-me em pensamento para um momento na história de uma mulher, relatada pelo evan- gelista Lucas, que tem seu corpo impactado pelo toque de Jesus. Nós, mulheres, temos uma tendência a nos encurvar pelo peso e excesso de atividades, preocupações familiares, relações afetivas, desencontros, decepções etc. Todo esse ciclo de emoções transfor- ma mulheres em “mulheres encurvadas”, doentes da alma, que, muitas vezes, têm sua estrutura física e órgãos afetados por en- fermidades. Isso as faz ter o olhar para baixo, preso ao vazio, à desesperança, à falta de alegria e sem expectativa de futuro. Sua visão se fixa na morte, na tristeza e na solidão. Conhecemos muitas “mulheres encurvadas” nos bancos e corredores de nossas igrejas. Elas precisam desesperadamente de um toque especial, um toque para a vida! No momento em que aquela mulher foi tocada, seu corpo recebeu a cura. O mesmo acontece conosco quando Jesus nos toca. Precisamos dar passos em direção a Deus e receber seu toque para a cura da alma e do espírito. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 4-7 Um toque de Jesus para a vida é vida em abundância. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 17 DE FEVEREIRO Vivendo sob o olhar de Deus Quebra-gelo (5min): Você já esteve sob os cuidados de alguém em um momento de fragilidade? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 17 de fevereiro. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. “Viver sabendo que Deus tem os olhos sobre nós nos leva a ter esperança.” Você já experimentou essa realidade? 2. O que pode levá-lo a se esquecer de que Deus está cuidando de você e do seu futuro neste momento? O que você fará para evitar que isso aconteça? 3. Como você pode ter a certeza de que Deus é benevolente para com você? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. 2 Samuel 9.1-13SEMANA 7 20 FEV Liane Nepomuceno NEEMIAS 4 – 373 CC OS DESAFIOS DOS REINÍCIOS “Fiz uma rápida inspeção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: 'Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas'" (v.14). Estamos vivendo um reinício de vida depois da pandemia. Nem sempre é fácil sonhar e expressar esperança, pois por muito tempo vivemos presos em casa e por trás de máscaras. Mas Deus está descortinando o “novo”! O texto bíblico lido nos remete a uma situação semelhante, quando Deus retirou o seu povo do cativeiro e mostrou um ca- minho de reinício. O povo estava temeroso, sentindo-se fraco e desprotegido. Deus, porém, mostrou-lhe, usando a liderança de Neemias, que é preciso vencer os desafios. Um muro precisa ser erguido para proteção. Essa é a voz do comando. Não seria fácil, mas eles precisavam disso para desfrutar qualidade de vida. Neemias nos mostra como lidar com o reinício. Primeiro, é pre- ciso ter confiança (v.20). Neemias sabia quem Deus era, e a con- fiança nele gerava alegria e força, pois não era firmada em circuns- tâncias ou emoções (Sl 18.2). Segundo, é necessário se preparar para lutar (v.9). Temos muitos inimigos que tentam nos impedir de caminhar, inclusive nós mesmos. Por isso ore, leia a Palavra e medite nela, obedeça a Deus (Ef 6.11-18). Terceiro, anime-se (v.14)! Troque a murmuração por um cântico de alegria, de ânimo (2Co 4.16). Nenhum reinício é fácil, mas não se deixe abater. Levante-se, mude a postura, erga a cabeça, abra o peito e vá em frente. Deus está com você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 8-10 Levante-se, mude a postura, erga a cabeça, abra o peito e vá em frente. Deus está com você. 21 FEV JÓ 6.6-10 – 454 CC Aderson Silva e Costa NÃO NEGUE AS PALAVRAS DO SANTO “Pois eu ainda teria o consolo, minha alegria em meio à dor implacável, de não ter negado as palavras do Santo” (v.10). Qual o limite para um ser humano suportar o sofrimento? Certamente isso varia de pessoa para pessoa. As reações po-dem ser bem diferentes, considerando que cada um de nós tem reservas diferentes de energia emocional e espiritual para lidar com a dor. A situação de Jó era extrema: ele fora atingido em sua inte- gridade física, em sua família e em seus bens. Além de tudo, ain- da recebia a acusação de seus amigos de que o seu sofrimento era causado pelo seu pecado pessoal. Diante dessa realidade, ele se defendia como achava conveniente.Em meio a isso tudo, porém, podemos encontrar alguns te- souros escondidos no livro de Jó. Um deles é a sua afirmação de que jamais negaria as palavras de Deus. Quando até mesmo sua mulher se voltou contra o Senhor e sugeriu que Jó o amaldi- çoasse e morresse, ele se recusou (Jó 2.9,10). Muitos de nós temos experimentado diferentes graus de sofri- mento nos últimos tempos. É impossível negar a dor que nos cau- sa uma enfermidade, o desemprego e a partida de entes queridos. Mesmo, contudo, sem entender completamente os planos de Deus para nossas vidas, devemos manter a fé de que ele está no controle de tudo. Mesmo tentados a negar as palavras do Santo, que nossa reação seja semelhante à de Jó. Deus continua cuidando de nós. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 11-13 Mesmo em meio à dor, não desista de confiar no Senhor. 22 FEV Aderson Silva e Costa JÓ 9.2-10 – 374 CC O MAIOR DE TODOS OS MILAGRES “Realiza maravilhas que não se podem perscrutar, milagres incontáveis” (v.10). Bertrand Russell, filósofo inglês falecido em 1970, certa vez escreveu: “Eu acredito que quando morrer irei apodrecer e nada do meu ego sobreviverá. Mas me recuso a tremer de terror diante da minha aniquilação.” Da mesma forma, muitos outros homens se recusam a crer no eterno, no imortal, em mi- lagres e no sobrenatural. Jó, apesar de todo o seu sofrimento, afirmou e reafirmou pa- lavras que mostravam quão sólida era a sua fé em Deus e nos seus poderosos feitos. Ele descreveu a sabedoria de Deus, fez uma pro- fissão de fé nele como criador e sustentador de todas as coisas e mostrou que é uma grande insensatez resistir contra o seu poder. Apesar de todos os grandes feitos de Deus, desde a criação do Universo até a preservação de tudo o que existe, seu maior milagre consiste em resgatar vidas das trevas do pecado. C. S. Lewis disse, confirmando o que a Bíblia fartamente comprova: “Deus não quer algo de nós. Ele simplesmente nos quer.” A paciência de Jó em meio ao sofrimento só foi possível por- que antes ele havia entregado a sua vida ao Criador (Jó 1.1). Você também pode viver na mesma segurança ao experimen- tar o maior de todos os milagres: a salvação por meio de Jesus Cristo. Faça isso o quanto antes e será capaz de testemunhar as bênçãos diárias de Deus em sua vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 14-16 O maior de todos os milagres é a salvação em Jesus. 23 FEV JÓ 13.1-6 – 175 CC Aderson Silva e Costa HORA DE FICAR EM SILÊNCIO “Se tão-somente ficassem calados! Mostrariam sabedoria” (v.5). Uma das coisas mais difíceis na vida é tentar explicar algo que não entendemos. O pior de tudo é que, diversas vezes, temos a tentação de agir assim. Na busca de explicar o inexplicável, acabamos caindo em armadilhas de palavras que mais complicam do que explicam. Foi assim com os amigos de Jó. A princípio, eles ficaram em silêncio (Jó 2.13), mas depois de algum tempo, começaram a soltar a língua. A maneira mais fácil de entender o infortúnio de Jó era acu- sá-lo de pecados graves contra Deus. E foi isso o que eles fize- ram. Passaram a difamar e tentar imputar uma culpa infundada àquele homem que já sofria tanto fisicamente. Acrescentar um sofrimento moral e espiritual indevido era o cúmulo da cruelda- de, mas assim foi feito. A palavra de Deus nos ensina que a sabedoria por vezes é demonstrada melhor pelo silêncio do que pelas palavras. “Até o insensato passará por sábio, se ficar quieto, e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento” (Pv 17.28). Assim, pre- cisamos pedir discernimento a Deus para saber a hora de falar e a hora de ficar calados. Se em algum momento de incertezas você não souber o que dizer, fique em silêncio. Mostre pelos seus atos o seu amor, a sua solidariedade, a sua empatia e a sua generosidade. Agindo assim, você será bênção para o próximo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 17-19 Se não souber o que dizer, fique em silêncio. 24 FEV Aderson Silva e Costa JÓ 19.21-27 – 377 CC A ESPERANÇA QUE NOS ALIMENTA “Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus” (vv.25,26). No final de 2008, um barco de pesca saiu da costa da Tai-lândia e naufragou no mar. Dos 20 tripulantes, apenas dois conseguiram se manter vivos dentro de uma grande caixa térmica. Eles bebiam água da chuva e comiam os peixes que ainda estavam armazenados na caixa. Depois de 25 dias, eles já haviam perdido a esperança de serem salvos, mas foram avistados por um avião, que lhes providenciou o salvamento. Quando lemos a história de Jó, vemos que ele havia perdido tudo. Sem saúde, recursos financeiros, filhos, apoio da própria es- posa e sendo acusado por seus amigos, a única coisa que ele não perdeu foi a esperança. Sua profissão de fé no Deus Todo-Podero- so, o seu Redentor, era absolutamente convincente. Em vez de en- tregar os pontos, ele renovava a cada dia sua esperança em Deus. Paulo fez uma declaração semelhante: “Porque sei em quem te- nho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1.12). É fundamental que a nossa esperança esteja alicerçada no objeto correto. Nosso Deus é o Deus da esperança. Tudo o que ele promete, cumpre. Por isso, podemos confiar que o seu cuidado é suficiente para manter a nossa vida. Mantenhamos nossa confiança e esperança em Deus. Agindo assim, nada temos a perder. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 20-22 Deus é o alicerce da nossa esperança. 25 FEV JÓ 21.7-14 – 330 CC Aderson Silva e Costa POR QUE INVEJAR OS ÍMPIOS? “Por que vivem os ímpios? Por que chegam à velhice e aumentam seu poder?” (v.7). A questão levantada por Jó não é inédita. Quantos de nós já não nos perguntamos algum dia por que pessoas tão más e pervertidas ao nosso redor continuam a prosperar? O salmista Asafe confessou os seus sentimentos: “Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei. Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ím- pios” (Sl 73.2,3). Eles parecem tão seguros, tão felizes, tão prós- peros e tão inabaláveis! A maior parte das pessoas na sociedade gostaria de estar no lugar deles, pois parecem desfrutar a vida de forma leve e doce. Há, todavia, um sério problema. Jó afirmou: “Contudo, di- zem eles a Deus: Deixa-nos! Não queremos conhecer os teus caminhos” (v.14). Desprezar os caminhos de Deus é a maior tra- gédia que alguém pode experimentar. Viver longe da vontade do Senhor é uma situação que leva à destruição iminente. Asafe chega à seguinte conclusão: “Como são destruídos de repente, completamente tomados de pavor!” (Sl 73.19). Quando formos tentados a nos comparar com pessoas ím- pias que parecem ser mais bem-sucedidas do que nós, lembre- mo-nos de que Deus não deixa passar nada despercebido, pois os seus olhos estão atentos a tudo o que se faz neste mundo. Viva para a glória de Deus e não tenha inveja dos ímpios. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 23-25 Que a nossa confiança em Deus nos impeça de ter inveja dos ímpios. 26 FEV Gladis Seitz FILIPENSES 1.1-11 – 403 CC ORAR COM ALEGRIA “Sempre que oro, peço por todos vocês com alegria” (v.4). Dificilmente imaginamos o apóstolo Paulo sorrindo. Pela seriedade dos seus ensinos, pensamos nele como um professor, um erudito, um líder determinado. Na carta aos filipenses, Paulo revela a alegria que permeava toda a sua vida, mostra o seu carinho pelos filipenses, fala de saudade e demonstra o prazer que sente em tê-los como irmãos e amigos. O apóstolo ora pela igreja de Filipos com alegria. Ele viu a ação de Deus na vida deles. Inicialmente, o Senhor tocou no coração da comerciante Lídia, que aceitou a mensagem de Paulo e acolheu os missionários em sua casa. Sua família se converteu. Depois, houve o episódio da escrava que ganhava dinheiro com adivinhações. Quando Paulo a libertou do espírito que a domi- nava, os donos da jovemse indignaram e levaram Paulo e Silas para as autoridades. Açoitados e presos, eles viram a ação de Deus mais uma vez: cantavam e oravam na prisão quando ocor- reu um terremoto. O carcereiro pensou em se matar, mas Paulo o impediu. Ele e toda a sua casa foram alcançados pelo evangelho. É a esse grupo de amigos e filhos na fé que Paulo escreve. Eles passaram juntos por momentos difíceis, mas estavam firmes na fé. Paulo tem toda a razão em estar alegre ao orar por eles. Por quem você vai orar com alegria hoje? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 26-28 Mesmo em tempos difíceis, podemos orar com alegria pelos nossos queridos irmãos. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 25 DE FEVEREIRO Por que invejar os ímpios? Quebra-gelo (5min): O que vem à sua cabeça quando ouve o seguinte ditado popular: “Vaso ruim não quebra”? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 25 de fevereiro. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que pessoas más também prosperam? Leia Mateus 5.45,46 e responda. 2. Por que não precisamos invejar a prosperidade dos maus? 3. Qual é a verdadeira prosperidade que devemos buscar em Deus? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Jó 21.7-14SEMANA 8 27 FEV Gladis Seitz FILIPENSES 1.25-30 – 160 CC ALEGRIA NA FÉ “Convencido disso, sei que vou permanecer e continuar com todos vocês, para seu progresso e alegria na fé” (v.25). Paulo estava preso e sabia que sua situação era grave. Ele po-deria ser condenado e morto. Se continuasse vivo, poderia apoiar os filipenses, fortalecendo-os na fé. Partir e estar com Cristo, porém, seria muito melhor. Não sabendo o que aconteceria, Paulo dá conselhos aos seus amigos: • Vivam de maneira digna do evangelho de Cristo – Em tem- pos difíceis, é fácil descuidar do testemunho, justificar ódios e rancores. Um motorista de táxi, com um passageiro que era bombeiro, contou-lhe que era bombeiro também. Ele justifi- cou a ausência ao trabalho dizendo: “O governo finge que me paga e eu finjo que trabalho.” Essa não é uma forma digna de testemunhar sua fé; • Permaneçam unidos, lutando juntos pela fé – As discordâncias menores devem ser deixadas de lado, pois a causa do evange- lho é maior. Quando entramos em guerra uns contra os ou- tros, podemos ser mutuamente destruídos (Gl 5.1); • Não se deixem intimidar – O inimigo tenta amedrontar o cris- tão. De onde estão vindo as ameaças? Da família? Do traba- lho? Das autoridades? Com os olhos em Cristo, não precisa- mos ter medo. Ele venceu o mundo; • A certeza da salvação preenche toda a vida do cristão, dando- lhe alegria até em dias sombrios. Nossa fé nos traz alegria mesmo quando a alegria à nossa volta parece escassear. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 29-31 Nossa fé nos traz alegria mesmo quando a alegria à nossa volta parece escassear. 28 FEV FILIPENSES 2.1-11 – 381 CC Gladis Seitz ALEGRIA NA UNIDADE “Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude” (v.2). Paulo tinha grande alegria quando pensava nos filipenses, mas essa alegria ainda não estava completa. Para completá-la, ele dá algumas orientações: • Tenham o mesmo modo de pensar – Mesmo tendo opiniões diferentes sobre alguns assuntos, eles colocariam a causa do evangelho em primeiro lugar. Deveriam ter o mesmo pensa- mento sobre o essencial, que era a fé no Deus único e em Jesus Cristo, seu Filho; • Tenham o mesmo amor – Amor a Deus e ao próximo. A co- munidade dos cristãos de Filipos deveria ser conhecida pelo amor. Em um mundo de ambições desmedidas, eles seriam conhecidos pela unidade em amor; • Sejam motivados e mobilizados por um só espírito – Filipos era uma cidade que abrigava pessoas de muitas culturas. Vetera- nos de guerra haviam recebido incentivo do Império Romano para se instalarem ali. Mas a fidelidade dos cristãos seria di- rigida sobretudo a Deus, sob a orientação do seu Espírito. Só assim haveria unidade na igreja; • Tenham a mesma atitude e o mesmo modo de pensar, de- monstrem amor, trabalhem e testemunhem sob a ação do Espírito. Essa unidade completa era o que faltava para alegrar total- mente o coração do apóstolo. O que falta em nós para darmos total alegria a quem nos conduziu ao evangelho? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | DEUTERONÔMIO 32-34 Em um mundo de ambições desmedidas, que sejamos conhecidos pela unidade em amor. 01 MAR Juliana Gonçalves 1 SAMUEL 7.1-13 – 132 CC EBENÉZER DE PASSADO E PRESENTE “Então Samuel pegou uma pedra e a ergueu entre Mispá e Sem; e deu-lhe o nome de Ebenézer, dizendo: ‘Até aqui o Senhor nos ajudou’” (v.12). O povo de Israel havia sido perseguido e atormentado pelo povo filisteu em várias ocasiões. Perder a arca do Senhor para os filisteus foi o auge. Mas aquele povo aprendeu uma lição pelo erro que havia cometido (1Sm 5 e 6) e devolveu a arca. Não foi, porém, nessa ocasião que a declaração “Ebenézer!” foi dita. Após 20 anos desde que a arca fora devolvida, o povo ainda apresentava suas lamentações ao Senhor. Samuel convocou uma reunião em Mispá e apresentou tudo o que deveria ser mudado (vv. 3,4). Os filisteus ouviram dizer que eles estavam reunidos e foram enfrentá-los. Só que dessa vez os filisteus perderam. Por quê? •O povo havia largado os falsos deuses; •O povo havia se consagrado ao Senhor; •O povo havia prestado culto somente ao Senhor. O próprio Deus lidou com os filisteus, e Samuel declarou: “Ebenézer!” Não por causa de Ebenézer, o vilarejo próximo do qual o povo estava quando foi atacado, abatido e perdeu a Arca Sagra- da. Mas “Ebenézer” em gratidão ao único Deus. O único que deve ser o dono da nossa fé, o único a quem devemos nos consagrar, o único ao qual devemos prestar culto. Avalie seus falsos deuses, sua consagração e sua adoração. Ore, peça perdão e declare: Ebenézer! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 1-3 Você já parou para pensar na quantidade de vezes que o Senhor o ajudou? 02 MAR 1 REIS 19.9-16 – 159 CC Juliana Gonçalves TEMPO DE CAVERNA Parte 1 “Ali entrou numa caverna e passou a noite. E a palavra do Senhor veio a ele: ‘O que você está fazendo aqui, Elias?’” (v.9). Elias havia passado por diversas situações em seu ministério. O capítulo 18 de 1 Reis narra como ele confrontou o rei Aca-be, convocou todo o Israel e os profetas de Baal no monte Carmelo, desafiou os profetas pagãos e orou por chuva em Israel depois de anos de terrível seca. E agora, ele estava sendo perse- guido, pois queriam matá-lo, a mando de Jezabel. Elias fugiu e foi parar dentro de uma caverna. Nesse momento, o verso 9 diz que “a palavra do Senhor veio a ele: ‘O que está fazendo aqui, Elias?’” Elias respondeu. O profeta estava cansado. Ele rasgou o cora- ção naquele momento: falou sobre a incredulidade do povo, sobre a morte dos profetas, sobre a solidão e sobre a ameaça de morte. No verso 9, “palavra”, em hebraico, significa “palavra” mesmo, mas também pode significar “algo ou alguma coisa”. Nesse mo- mento de caverna, quando estamos no lugar do cansaço e ras- gamos nosso coração, a palavra do Senhor deve nos visitar. É ali, prostrados, que iniciamos um diálogo com essa palavra, com o Espírito Santo, esse “algo” a mais. Depois de rasgar o coração, ele ouviu: “Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar” (v.11). Antes mes- mo de o Senhor passar, ele já estava ministrando, orientando Elias. Por vezes, esperamos ouvir conselhos de muitas pessoas, mas no nosso lugar de cansaço, o que precisamos mesmo é rasgar o nosso coração e ouvir a Palavra doSenhor falar. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 4-6 Busque ouvir o Senhor. Nada melhor para nos confortar e fortalecer do que sua Palavra. 03 MAR Juliana Gonçalves 1 REIS 19.9-16 – 384 CC TEMPO DE CAVERNA Parte 2 “Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave” (v.12). Após ouvir a orientação do Espírito do Senhor, Elias saiu da caverna e esperou. Passou um vento fortíssimo, que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto, houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo, houve o murmúrio de uma brisa suave. Quando estamos na caverna, esperamos que algo mude tal si- tuação. Esperamos que o Senhor faça uma grande revelação, uma grande reviravolta naquilo que nos aflige, aguardamos por grandes acontecimentos. Elias até pensou que o Senhor pudesse estar no terremoto, no furacão ou no fogo, nas grandes manifestações de poder e grandeza da natureza, mas o Senhor não estava nelas. O Senhor estava na manifestação mais simples e rotineira: uma brisa suave, uma voz mansa, um murmúrio. Situações de cansaço nos deixam confusos para perceber a be- leza, a graça, a misericórdia e a presença do Senhor nos aconteci- mentos mais simples do dia: na comida em nossa mesa, no sorriso do filho, no sustento diário diante do desemprego, no livramento… Mas não deve ser assim. Quando você estiver na caverna, contemple o silêncio, rasgue o seu coração, deixe a Palavra do Senhor guiá-lo, ouça e faça o que ela orienta e contemple a presença do Senhor nas manifestações mais simples do seu dia a dia. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 7-9 Não permita que os dias difíceis o deixem confuso para perceber a presença do Senhor nos acontecimentos mais simples. 04 MAR 1 REIS 19.9-16 – 406 CC Juliana Gonçalves TEMPO DE CAVERNA Parte Final “O Senhor lhe disse: ‘Volte pelo caminho por onde veio, e vá para o deserto de Damasco. Chegando lá, unja Hazael como rei da Síria. Unja também Jeú, filho de Ninsi, como rei de Israel, e unja Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, para suceder a você como profeta’” (vv.15,16). Após ter uma conversa com Deus sobre seus medos e can-saço, Elias recebeu uma ordem: voltar para o caminho de onde veio. Parecia insensato retornar ao caminho que o causara tudo aquilo. No entanto, o Senhor mostra que a caverna é um lugar passageiro. Deus não deseja e não espera que fiquemos no isolamento, tristes, cansados e desorientados. Ele vem até nós, ouve-nos e nos orienta, mas deseja de nós uma ação. Assim como Elias, Deus nos tira da caverna para: 1. Mostrar que não estamos sozinhos na caminhada (v.18) – Elias descobriu pela boca do Senhor que ele havia guardado 7 mil profetas que não se curvaram diante dos outros deuses. Assim, Deus respondeu a queixa de Elias de ele ser o único que sobrou (v.10); 2. Dar-nos uma nova missão – Deus orientou Elias sobre a un- ção de dois reis e um profeta. A missão chega para nos movimen- tar, tirar-nos da caverna. É no momento que vamos ao encontro do outro que saímos do lugar de escuridão. Lugar de cansaço é lugar de silêncio, de rasgar o coração, de ouvir a Palavra do Senhor, de saber reconhecer a graça e o agir de Deus nos detalhes mais simples. Mas o lugar de cansaço é um lugar de passagem, lugar de onde é preciso sair para cumprir mais uma missão que o Senhor vai dar. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 10-12 A caverna não é um lugar para estabelecer residência. A caverna é um lugar passageiro. 05 MAR Juliana Gonçalves PROVÉRBIOS 15 – 381 CC OLHAR DE CRISTO “O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito. Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa! Um olhar animador dá alegria ao coração, e as boas notícias revigoram os ossos” (vv.4,23,30). Como seres humanos pecadores, tendemos a depositar no outro expectativas que criamos. Isso, por sua vez, faz parte de nossas igrejas, porque tais são formadas por nós, hu- manos. Como resultado, nossos olhos estão atentos a quaisquer deslizes ou atitudes que nossos irmãos em Cristo possam ter. Há um grupo que atrai olhares atentos à sua forma de vestir, conversar, educar, servir etc. É o grupo das esposas de pastor, mu- lheres que, independentemente de suas personalidades, são alvo de tais expectativas. No entanto, ali há um ser humano dependente da graça de Jesus e da comunhão dos irmãos como qualquer cristão. Mais do que presentes – que são bem-vindos –, e além de suas orações – que são alicerces –, demonstre apoio e empatia a essas mu- lheres. E para isso, o texto de provérbios traz grandes ensinamentos: •Fale de forma amável e respeitosa com a esposa do pastor; •Dê-lhe um olhar animador, que traga vigor para tantos desa- fios nesse ministério silencioso; •Ofereça alegria com suas respostas e bons conselhos quando ela mais precisar. Olhe com um olhar de Cristo para a esposa do pastor e lem- bre-se de que ela possui as mesmas necessidades que você. E para você, esposa de pastor, nesta data especial, minha ora- ção é que Deus a fortaleça. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 13-16 Olhe com um olhar de Cristo para as esposas de pastor. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 03 DE MARÇO Tempo de caverna Quebra-gelo (5min): Você já passou por um tempo de caverna? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 03 de março. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. De que maneira Deus pode se revelar a você em tempos difíceis? 2. Como agir a fim de que os problemas não o impeçam de per- ceber a presença de Deus nos pequenos detalhes da vida? 3. Há alguém em sua vida que está passando por um tempo de caverna? Como você pode ajudar essa pessoa? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e interceder para que, em qualquer circunstância, possam experimentar a constante presença de Deus. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. 1 Reis 19.9-16SEMANA 9 06 MAR Jaqueline Teixeira 1 SAMUEL 25.1-35 – 409 CC ABIGAIL – UMA MULHER PACIFICADORA “Seja você abençoada pelo seu bom senso e por evitar que eu hoje derrame sangue e me vingue com minhas próprias mãos” (v.33). A sabedoria de Abigail para contornar a situação de con-fronto que Nabal criou revela um caráter pacificador. O texto bíblico aponta um massacre iminente, mas a atitude dela foi capaz de evitar o derramamento de sangue. No lugar da crise, houve acordo. A insensatez de Nabal não definiu o final da história, porque Abigail teve humildade e disposição para resol- ver o problema. Nem sempre queremos ser pacificadores quando somos envolvidos em problemas que não criamos. Por vezes, somos tentados a “colocar lenha na fogueira”, piorando as tensões diante de um conflito. Mas a postura de Abigail nos ensina a agir em favor da paz. Vale a pena mediar, acalmar os envolvidos, portar-se com humildade, buscar a conciliação. Desvie a fúria em vez de despertar a ira (Pv 15.1). Quando eu era criança e ficava nervosa, meu pai repetia a se- guinte frase: “Tudo na vida se resolve com calma e paciência.” Guarde esse conselho também. Não solucionaremos crises agindo impulsivamente. Quando você se vir cercado por ânimos exalta- dos, busque sabedoria e discernimento em Deus para intervir com paz e impedir consequências desastrosas. Não é sobre ter razão, é sobre evitar que as coisas fiquem fora de controle e pessoas saiam feridas. Que o Deus de paz nos capacite nessa missão! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 17-19 O verdadeirocristão deve ser conhecido por seu caráter pacificador. 07 MAR GÊNESIS 16.1-16 – 578 CC Jaqueline Teixeira HAGAR E O DEUS QUE VÊ “Este foi o nome que ela deu ao Senhor que lhe havia falado: 'Tu és o Deus que me vê', pois dissera: ‘Teria eu visto Aquele que me vê?’” (v.13). Hagar foi envolvida por Sara e Abraão em um plano fora da promessa e da vontade de Deus. Após uma sucessão de er-ros, ela estava vivendo as consequências disso tudo. Em um momento de desespero, após muito sofrimento, Hagar fugiu para o deserto. Estava grávida, sozinha e sem esperança. Isolando-se, acre- ditou que não poderia mais ser encontrada. Mas foi exatamente ali que o Senhor a visitou. Aquele lugar de encontro recebeu um nome especial: El-Roi, o Deus que me vê. Que precioso é saber que, mes- mo em momentos de profunda crise, o Senhor nos vê! Deus deu a Hagar uma ordem: “Retorne.” Que difícil é estar onde a nossa presença não é bem-vinda. Mas ele também fez uma promessa: “Multiplicarei seus descendentes.” Que Deus gra- cioso! Mesmo com tudo sendo feito do jeito errado, o Senhor olhou para essa mulher sofrida e conferiu-lhe dignidade. A mi- sericórdia de Deus também alcançou Hagar e o bebê que ainda estava no ventre. A fuga de Hagar nos ensina duas coisas importantes. A primei- ra é que não podemos simplesmente fugir dos problemas. Não há deserto que nos esconda dos olhos do Senhor. A segunda lição é que não importa o quanto as coisas pareçam destruídas e fora de controle, o Senhor pode nos resgatar e mudar a nossa história. Mesmo sob as duras consequências do pecado, há um recomeço. Ele é quem nos dignifica, restaura e transforma. Ele é a nossa esperança! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 20-22 Deus está vendo você. Isso deve confortá-lo e confrontá-lo. 08 MAR Jaqueline Teixeira PROVÉRBIOS 31.10-31 – 555 CC O LUGAR DA MULHER “Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro” (v.25). A identidade da mulher cristã está em Cristo. A cruz confere dignidade, valor e propósito a toda mulher cujo coração está firmado em Jesus. Assim, o lugar dela é: 1. Na presença de Deus – As histórias de mulheres como Ana e a anônima do fluxo de sangue revelam que buscar o Senhor é a forma certa para encontrar consolo, esperança, alívio, força e re- começo. Escolher estar na presença de Deus é uma decisão diária que envolve persistir nas disciplinas espirituais e manter o foco no que é eterno. A presença de Deus é lugar de compromisso; 2. Na obra de Deus – No ministério de Jesus, na igreja primi- tiva e também na história da nossa denominação, muitos são os relatos da presença feminina contribuindo com a expansão do Reino. Mulheres que, corajosamente, deixaram marcas de fé e um legado para as próximas gerações. As mulheres precisam ser estratégicas e influentes por amor ao evangelho; 3. Onde mais Deus disser – As mulheres cristãs devem enxer- gar seus lugares de influência como estratégicos para o evange- lho. Ao longo das fases da vida, Deus nos convoca para ocupar posições diferentes. Por isso, mantenha-se atenta a esse chama- do. O melhor lugar é sempre aquele que honra o Senhor. A identidade da mulher não é definida pelos papéis terrenos que exerce. Ser esposa, mãe ou profissional são tarefas muito importantes, mas se encerram nesta vida. A identidade está na- quilo que não passa: servir a Jesus Cristo. Tudo deve girar em torno de viver para a glória de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 23-25 Seja uma mulher que vive para a glória de Deus! 09 MAR ESTER 4.4-17 – 183 CC Jaqueline Teixeira ESTER E A VIDA COMO ESTRANGEIRA “Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?” (v.14b). Ester colocou a vida em risco para agir em favor do povo ju-deu. Com o histórico de sua antecessora, ela sabia o perigo ao qual estava se expondo. Debaixo de oração, com sabedo- ria, paciência e perspicácia, ela executou um plano em etapas para pedir misericórdia ao rei. Por que ela fez isso? Ester podia até estar no palácio e ocupar uma posição de hon- ra, mas a verdade é que a Pérsia não era sua raiz. Ester era, por ori- gem, Hadassa. Uma judia, estrangeira, parte do povo de Deus que estava vivendo em terras longínquas. Ester estava na Pérsia e, por algum tempo, a Pérsia também esteve dentro dela, mas chegou um momento de ruptura, em que ela decidiu se posicionar e resgatar sua verdadeira identidade. Não era tarde demais para ser Hadassa. Nós também somos estrangeiros neste mundo. Vivemos em meio a uma cultura que tenta abafar nossos valores e moldar nosso pensamento. Por isso é importante firmar as raízes no Senhor e não perder de vista quem somos: embaixadores do Reino de Deus. A medida certa para viver na Pérsia atual é ser sal e luz. Nem isolados, perdendo a oportunidade de influenciar, nem conforma- dos, cedendo ao mundo. “Assimilação é uma falha de nossa ousa- dia, isolamento é uma falha de nossa coragem. Assimilação falha em resistir; isolamento falha em amar” (Emílio Garofalo Neto, em “Ester na casa da Pérsia”). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MATEUS 26-28 Lembre-se de quem você é em Cristo! 10 MAR Jaqueline Teixeira NÚMEROS 27.1-11 – 456 CC MULHERES DE ATITUDE “E o Senhor lhe disse: ‘As filhas de Zelofeade têm razão. Você lhes dará propriedade como herança entre os parentes do pai delas, e lhes passará a herança do pai’” (vv.6,7). As filhas de Zelofeade ficaram conhecidas como “as filhas da herança”, pois não se conformaram com a condição de exclusão sobre suas vidas e foram precursoras em meio ao povo hebreu. Agiram de maneira corajosa, digna e respeitosa, bus- cando a justiça de Deus, e por isso foram abençoadas. Essa história nos ensina que é preciso ter coragem e ousadia para se posicionar. Mesmo amedrontadas, elas não se deixaram in- timidar. Mas não confunda coragem e ousadia com agressividade, insolência ou falta de pudor. As irmãs se posicionaram dignamente e argumentaram com coerência e respeito. A sabedoria e a gen- tileza são ótimas acompanhantes para uma jornada de desafios. As filhas de Zelofeade foram reconhecidas como herdeiras le- gítimas e como participantes da promessa de Deus sobre Canaã, mas esse foi um lugar que elas precisaram ocupar. A mulher cristã tem lugares para ocupar na sociedade e na obra de Deus, mas isso exige responsabilidade e comprometimento. Mulheres de atitude geram impacto positivo na família, na igreja local e abençoam a sociedade no contexto em que estão inseridas. As cinco irmãs se apresentaram diante dos sacerdotes porque sabiam que Deus é quem podia mudar a situação delas. Nossas causas devem ser entregues a quem tudo pode: o Senhor. Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza ficaram marcadas na história como mulheres de atitude. Agora é a nossa vez. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MARCOS 1-3 Ouse se posicionar sob a orientação do Espírito Santo. 11 MAR MARCOS 4.35-41 – 328 CC Levi Melo NUVENS PESADAS SE DISSIPAM “Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Aquiete-se! Acalme-se!’ O vento se aquietou, e fez-se completa bonança” (v.39). De vez em quando, seremos pegos por alguma tempestade. E elas caem sobre nós como uma enxurrada de proble-mas que parecem não ter fim. Alguém que amamos ficou doente, dívidas, acusações, conflitos familiares, ataques do inimi- go, crises políticas, entre outras. A nossa sensação diante desses problemas é a de que seremos tragados e destruídos, e aí vêm o medo e o desespero, e falta-nos a fé. No entanto, se Jesus está conosco, temos a oportunidade única de aprender com ele como nos manter firmes mesmo no meio de uma grande tempestade, que imaginamos ser invencível. Jesus dissipa as densas nuvens que pairam sobre nós, não importa quão densas elas sejam. O texto mostra que, enquanto os discípulos estavam apa- vorados, a terrível tempestade não conseguiu perturbar o sono do Mestre. Isto é, nenhuma tempestade, por mais violenta que fosse, conseguia abalar a paz no coração do nosso Senhor. Seu poder é incomparavelmentemaior do que o poder de qualquer problema, crise ou ameaça que enfrentemos. Sua companhia permanente garante que nós não precisamos ter medo do que estamos enfrentando ou possivelmente iremos enfrentar. Ao som da voz poderosa de Jesus, as tempestades cessam, o mar se acalma, e chegaremos ao nosso destino em paz, na companhia daquele que até os ventos lhe obedecem. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MARCOS 4-6 A voz de Jesus cessa as tempestades, acalma o mar e nos leva em paz ao nosso destino. 12 MAR Levi Melo JOÃO 21.15-19 – 37 CC VOCÊ TEM VALOR “Pela terceira vez, ele lhe disse: ‘Simão, filho de João, você me ama?’ Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez ‘Você me ama?’ e lhe disse: ‘Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo’. Disse-lhe Jesus: ‘Cuide das minhas ovelhas” (v.17). O coração humano é capaz de todo tipo de maldade que possamos imaginar. Ingratidão, calúnia, mentira, fofoca, intolerância, dissimulação, inveja e ódio são só alguns exemplos do que a criatividade maligna do homem é capaz de produzir. Vivemos em um tempo que praticamente tudo é descartável, inclusive as relações. As pessoas são tratadas como se fossem mercadorias, que podem ser negociadas a qualquer momento e depois descartadas, sem que sejam valorizadas pelo que são. Talvez, para a maioria, seu valor esteja associado ao seu poder de compra ou à sua capacidade de acumular bens. Pedro pôde experimentar o amor profundo de Jesus na “pró- pria pele”, pois mesmo depois de negá-lo publicamente, foi amado e acolhido em sua dor e tristeza. Ele tinha um longo caminho espiritual e emocional para percorrer até que estivesse pronto para cumprir a missão que recebeu de Jesus. Sim, o cami- nho era longo, mas seria trilhado sob a bênção do amor de Deus. Deus nos ama incondicionalmente também. Nossas limita- ções jamais o impedirão de agir através de nós para realizar a sua vontade perfeita. Apenas confie e entregue-se ao seu amor. Ele cuidará de todas as suas necessidades para que você o sirva onde quer que seja. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MARCOS 7-10 O amor de Jesus por nós é incondicional. Não se esqueça disso. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 09 DE MARÇO Ester e a vida como estrangeira Quebra-gelo (5min): Você já esteve em um lugar em que os costumes e valores eram diferentes dos seus? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 09 de março. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Qual é o padrão do mundo e por que não devemos seguir esse padrão? 2. Quais conselhos práticos a Bíblia nos oferece para evitar que sejamos moldados ao sistema deste mundo? Leia Romanos 12.3 e 1 Pedro 1.14 e compartilhe. 3. Como podemos influenciar as pessoas ao nosso redor com o padrão do Reino – o evangelho – e ser agentes de Deus para salvação? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessida- des de oração e interceder pelo processo de santificação de cada participante do grupo. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Ester 4.4-17SEMANA 10 13 MAR Levi Melo SALMOS 84 – 476 CC A FONTE DE TUDO “Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração” (v.5). Olhe ao seu redor e perceba que nada do que existe se-ria possível se Deus estivesse ausente ou não existisse. O vento, o dia, a noite, os oceanos, a alegria, as estrelas, a família, os amigos, o consolo e a paz: tudo isso é resultado das misericórdias de Deus na sua vida. Pare um pouco e olhe para quem é você agora, o que já fez até aqui e reconheça que, por mais difícil que tenha sido, Deus esteve com você esse tempo todo, cumprindo as suas promessas, e que sem ele a sua vida seria completamente vazia. O rei Davi conheceu Deus intimamente, e concluiu que quanto mais ele dependia de Deus, mais a sua alma se sentia satisfeita. Ele aprendeu que, em momentos terríveis de profun- da tristeza, o melhor a ser feito era colocar a sua esperança em Deus. Ele aprendeu que nenhum sofrimento, dor ou tristeza seria capaz de vencer aquele que se lança aos pés do Senhor em adoração e em oração sincera. Sim, é possível atravessar os desertos da vida se estivermos decididos a não permitir que nada fique entre nós e a nossa adoração a Deus, mantendo a certeza de que Deus será perma- nentemente amoroso, bondoso e generoso conosco. A confiança na fidelidade de Deus faz toda a diferença quando temos de enfrentar a rejeição, a solidão, os momentos de fraqueza e de ausências que a vida nos traz. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MARCOS 11-13 A confiança em Deus nos capacita a passar por qualquer coisa. 14 MAR MATEUS 6.25-34 – 160 CC Levi Melo O AQUI E O AGORA “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (v.33). O passado é um lugar para onde ninguém volta, e o futuro é um lugar para onde ninguém sabe se vai. Viver o agora é o que realmente importa. Isso não exclui a necessidade de fa- zermos planos, mas jamais devemos ser motivados pela ansiedade. A verdade é que na maioria das vezes estamos tão concen- trados em carregar as dores que a culpa do passado coloca sobre os nossos ombros e tão absorvidos pela visão de um futuro in- certo que esquecemos de celebrar os momentos e as conquistas do presente, de sermos felizes hoje. O único jeito de vencermos os males que nos incomodam num determinado dia é declarando a nossa total dependência do Senhor. Quando confiamos totalmente em Deus, os recursos eternos que ele providencia garantem o nosso sustento mate- rial, espiritual e emocional. Ao pensarmos nos erros cometidos no passado ou quando o futuro nos amedronta, podemos descansar em Deus e levar para o amanhã a certeza de que ele já está no futuro, agindo para que tudo concorra para o nosso bem, pois ele nos ama. Portanto, concentremo-nos em fazer hoje o que Jesus manda: buscar o Reino de Deus e sua justiça. Sejamos gratos a Deus por cada dia que já vivemos e que já ficou para trás, e desenvolvamos a capacidade de olhar para o hoje e nos colocar nas mãos do Senhor, para sermos um caminho através do qual ele glorifique o seu próprio nome, sem ficarmos ansiosos quanto aos desafios que ainda temos pela frente. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | MARCOS 14-16 Deixemos as preocupações de lado, busquemos o Reino, e o Rei cuidará do resto. 15 MAR Levi Melo JOÃO 4.1-29 – 334 CC QUERO DESSA ÁGUA “A mulher lhe disse: ‘Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água’” (v.15). Quando sentimos satisfação em Deus, nada pode nos dar mais prazer. Os prazeres oferecidos pelo mundo perdem todo o sentido para nós, tornam-se insignificantes. Em Deus, o amor, a alegria e a paz são encarados a partir de uma perspectiva completamente nova. A nossa satisfação em Deus só pode ser conquistada a partir de uma profunda relação com ele. Quanto maior for a nossa sede, mais beberemos da sua presença. Seu amor, sua compai- xão e sua bondade impedem que vivamos vagando de fonte em fonte, continuamente sedentos. Em Jesus, o desejo de recorrer às fontes limitadas do mundo perde sua influência sobre nós. O objetivo de investir nas fontes de felicidade que o mundo propõe deixa de ser prioridade para que o investimento na eternidade tome o seu lugar definitivo em nossas vidas. Já parou para pensar quanto tempo gastamos com os nossos compromissos diários, às vezes, sem nos atentarmos para o fato de que eles não deveriam ofuscar a missão que temos de incluir Deus em tudo o que fazemos? O que Jesus ensinou àquela mulher é que Deus Pai precisa ser o centro da nossa existência, e que a conexão permanentedo nosso coração com o dele é a garantia de uma vida feliz e vitoriosa. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 1-3 A água oferecida por Jesus é a única que nos sacia, porque é a água da vida. JOÃO 4.1-29 16 MAR ISAÍAS 41.4-10 – 2 CC Farley Monteiro Filho VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa” (v.10). Você já passou por alguma situação tão difícil que se pergun-tou onde estava o Senhor em meio ao seu sofrimento? Em-bora o sofrimento faça parte da vida humana, parece que nunca estamos preparados para a dificuldade, e uma das coisas que mais pode trazer peso a esse momento é a sensação de es- tarmos sozinhos. Durante três anos servi como missionário Radical no sudeste asiático, e um dos momentos mais difíceis para mim foi quando meu líder e outros três membros da equipe precisaram retornar ao Brasil. Naquela mesma época, perdi meu tio e minha avó na mesma se- mana. As dúvidas e o luto foram pesados, a tristeza e a dificuldade de vivenciar tudo aquilo longe da minha família não foi fácil, mas a certeza de que Deus estava comigo me sustentou naquele momento. Essa passagem do livro de Isaías retrata um momento difícil na vida do povo de Israel, quando estava no cativeiro babilônico, exilado de sua terra, sem conseguir olhar para frente com espe- rança. Quantas vezes nos sentimos assim, chegando até a pensar que nossas orações não são ouvidas, pois não conseguimos ver a resposta? Em momentos como esse, precisamos nos lembrar das palavras do Senhor para o seu povo. Deus disse: “Eu sou contigo!” Quando parecer que não temos mais forças, precisamos nos for- talecer no encorajamento do Senhor, que diz: “Eu te sustento com a minha mão direita.” n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 4-6 Quando as forças se esgotarem, lembre-se do encorajamento do Senhor: “Eu te sustento com a minha mão direita.” 17 MAR Farley Monteiro Filho 2 REIS 6.8-23 – 160 CC O ESPECIALISTA EM CAUSAS IMPOSSÍVEIS “O profeta respondeu: ‘Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles’” (v.16). Não sei se você já passou por alguma situação que parecia im-possível: a cura de uma doença, a possibilidade de engravi-dar, a restauração de um casamento, a conversão de alguém por quem você orou durante décadas… Bem, independentemente daquilo que pode ser considerado impossível para os outros, quero lembrar-lhe que nós servimos a um Deus que é especialista – justa- mente – em causas impossíveis. Vários são os relatos bíblicos de estéreis que engravidaram, mortos que ressuscitaram, enfermos que foram curados, cegos que voltaram a ver. A própria Maria, ainda virgem, ouviu a afir- mação do anjo: “Pois nada é impossível para Deus” (Lc 1.37). No texto que serve de base para nossa devocional de hoje, vemos o relato de mais um agir “impossível” de Deus. Para proteger a vida de Eliseu e para demonstrar o seu poder, ele cega os olhos de todo um exército para que o profeta não fosse reconhecido, não apenas demonstrando assim o seu poder, mas resolvendo toda uma questão diplomática entre os reinos da Síria e de Israel naquele tempo. Bem, eu não sei qual é a dificuldade que você está passando, não sei se é alguma situação vista como impossível, mas de uma coisa eu tenho certeza: servimos ao Deus do impossível, que tem poder para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós (Ef 3.20). Ore, creia e descanse nele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 7-9 Não se esqueça de que nós servimos a um Deus que é especialista em causas impossíveis 18 MAR FILIPENSES 4.4-8 – 146 CC Farley Monteiro Filho ANTÍDOTO PARA A TRISTEZA E A ANSIEDADE “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus” (v.6). O que você faz para lidar com a tristeza? Embora ela seja uma emoção natural, para algumas pessoas, senti-la é algo ex-tremamente indesejável. As emoções são reações naturais que todo ser humano tem, e elas existem com um propósito: co- municar o que se passa dentro de nós e nos preparar para a ação. Embora nem todas as emoções sejam agradáveis, todas elas são úteis e têm funções. O grande problema é que alguns não gostam de sentir emoções como tristeza ou ansiedade, e acabam utilizan- do estratégias de fuga – que além de não ajudar, às vezes ainda trazem prejuízo. Vários são os “antídotos” nocivos usados contra a tristeza e a ansiedade: bebida, drogas, jogos, compras, sexo e outros comportamentos compulsivos, que anestesiam momenta- neamente, mas não resolvem o problema. Pelo contrário, acabam trazendo ainda mais prejuízo. A Bíblia, porém, ensina-nos um antídoto realmente efetivo: Paulo nos orienta a apresentar a Deus tudo aquilo que nos an- gustia e a exercitar a gratidão. Ter a disposição de ser grato, ou seja, de trazer o olhar e a atenção para o que já temos, e não para o que nos falta, é uma prática que a própria neurociência já confirma os benefícios para nossa saúde mental. Por isso, busque diariamente alegrar-se no Senhor, apresentando a ele tudo aquilo que o angustia, buscando diante dele – e da vida – apresentar uma postura de gratidão. Pelo que você é grato hoje? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 10-12 “Senhor, ensina-nos a sermos gratos, levando nosso olhar para o que temos, e não para o que nos falta.” 19 MAR Farley Monteiro Filho MATEUS 11.28-30 – 216 CC ALIVIE A BAGAGEM “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas” (v.29). Você tem dificuldade com o peso da sua mala quando precisa viajar? Consegue amoldar o peso à exigência da companhia aérea ou sempre paga mala extra ou precisa abri-la para aliviar o peso ali mesmo na esteira do check-in? Lembro-me, quando estávamos nos preparando como equipe para viajar para Ásia como missionários, ainda no treinamento, no Seminário do Sul, do desafio que tivemos para conseguir se- lecionar o que iríamos ou não levar, abrindo mão de coisas que achávamos tão importantes, para que nossas malas tivessem o peso permitido para a viagem. Acho que mais interessante ainda foi a experiência do retorno, três anos depois, descobrindo que algumas coisas que achávamos que eram essenciais para esse tempo acabaram nem sendo usadas. Na vida também é assim. Quantas vezes nossas malas estão sobrecarregadas de pesos que não precisamos carregar. Quanta coisa inútil e pesada levamos: culpa, cobrança, padrões inflexí- veis, remorso, o peso de um perdão não concedido ou de um “eu te amo” não compartilhado. Não sei o que você ainda arrasta nessa sua bagagem sem ne- cessidade, mas o Senhor nos convida a rever nossas “malas da vida”, a lançar mão de tantas coisas inúteis, e preenchê-la com o que realmente importa. Não sabe como fazer? Peça ajuda àquele cujos jugo e fardo são leves, “e você encontrará descanso para sua alma” (v.39). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 13-15 Jesus pode carregar o peso que tanto o incomoda hoje. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 19 DE MARÇO Alivie a bagagem Quebra-gelo (5min): Você já excedeu o peso de uma bagagem? O que fez pra resolver o problema? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 19 de março. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Há fardos em sua vida que precisam ser aliviados hoje? 2. Como você pode se livrar dos fardos desnecessários? 3. O que você fará para não voltar a carregar fardos em seu co- ração? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração, entregando a Deus seus fardos. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelaspessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Mateus 11.28-30SEMANA 11 20 MAR Farley Monteiro Filho SALMOS 1 – 301 CC O SEGREDO DA FELICIDADE “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite” (vv.1,2). Qual o segredo da felicidade? Homens e mulheres do mundo inteiro, ao longo da história humana, empenham-se para encontrar o segredo da felicidade. Há quem olhe para a felicidade como utopia. Há quem enxergue na liberdade de curtir os prazeres da vida, sem compromisso, o segredo da felicidade. Há quem coloque tal esperança no casamento, nos filhos, num emprego, em bens. Mas, e quando perdermos uma dessas coisas? O primeiro salmo começa com a expressão “bem-aventurado”, que pode ser traduzido como “feliz”. Não felicidade no sentido que nós conhecemos, mas como algo pleno, uma felicidade ape- sar das dificuldades, mesmo que em provações, uma felicidade que não se vende, que não se compra, que o mundo não entende, mas que dá todo sentido a nossa vida e que ninguém pode tirar. Se tentássemos resumir à luz desse texto o segredo da feli- cidade, talvez pudéssemos dizer que ela é fruto de duas ações: 1. Ler a Palavra – Isso nos dará uma vida realmente produtiva, com frutos e estabilidade. Em outras palavras, seremos felizes no que fizermos, pois a leitura da Escritura traz discernimento para a vida, sabedoria para nossa conduta e afinidade com a vontade de Deus; 2. Obedecer à Palavra – Guardar os ensinamentos de Deus, além de ser o segredo de sermos bem-sucedidos no que fizermos, é também o maior sinal de que amamos a Cristo (Jo 14.23). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 16-18 A felicidade verdadeira está em conhecermos e obedecermos à Palavra do Senhor. 21 MAR JOÃO 13.1-17 – 304 CC Pedro Veiga UM AMOR QUE LIDERA SERVINDO “Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (v.1). O amor é a expressão máxima da identidade de um líder cris-tão. Nele está a verdadeira motivação capaz de sustentar a decisão de servir o outro. Sem esse poderoso elemento movendo o líder ao serviço a seu próximo, este não se sustentaria por muito tempo em sua posição. Não me refiro a uma emoção, mas a uma disposição na mente, um ato da vontade. No contexto da passagem bíblica que nos serve de referência, Jesus é movido por um amor sacrificial por seus discípulos tão grande que os serve em total entrega e humildade. Lembramo- nos também de 1 Coríntios 13.3, onde Paulo argumenta que o exercício dos dons em forma de serviço de “nada adiantaria” se não tivesse amor. Esse amor, que faz parte da identidade cristã mais genuína, mo- tiva o líder a decidir livre e conscientemente pelo serviço ao próxi- mo, mas também o sustenta nessa posição e é manifesto de forma concreta aos seus liderados pelo mesmo serviço que o moveu a es- colher. Sendo assim, trata-se de um ciclo, que, por meio do serviço, multiplica amor e vida, transformando realidades. O amor cultivado pela liderança como virtude cristã produz uma identidade de servi- ço que é caracterizada pela humildade. Esse traço prático do caráter de um líder a serviço de sua comunidade nos abençoa e serve de referência segura em tempos de tamanha arrogância. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 19-21 O amor deve ser a verdadeira motivação por trás do serviço cristão. 22 MAR Pedro Veiga GÊNESIS 1.26-31 – 7 CC FAMÍLIA: O LUGAR DE MULTIPLICAÇÃO DA VIDA “Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! En- cham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’” (v.28). A família é o plano instituído por Deus para a perpetuação e multiplicação da vida criada. Nesse sentido, o Senhor não somente se agrada dela, satisfazendo-se em seu feito (Gn 1.31), como se identifica, imprimindo nela seu atributo relacional e comunitário (Gn 1.26), além de abençoá-la em seu propósito de fazer a vida prosperar para o louvor de sua glória. Deus ordena que a família se multiplique, encha a terra e a domine. Logo, percebe-se que a comunidade é um princípio geral da vida. Nascemos em comunidade e perpetuamos isso, seguindo adiante na busca de formar uma família casando e tendo filhos. O individualismo de nossos dias é mortal para a família. Ele promove rompimento e divisões, que só multiplicam morte. Deus se faz presente na família, que é orientada a se fazer presente em toda a Terra, fazendo Deus efetivamente presente em todos os lu- gares. Essa presença está diretamente ligada ao sustento da vida criada pela sujeição ao seu Criador. Sendo assim, o governo de Deus sobre a criação, sustentando e multiplicando a vida, passa por sua família. Que nossa família seja agente de multiplicação de vida para a glória de Deus! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | LUCAS 22-24 Deus se faz presente na família para que ela multiplique vida ao compartilhar o amor de Cristo. 23 MAR JOÃO 10.1-16 – 384 CC Pedro Veiga O PASTOR DAS OVELHAS “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (v.11). O ministério pastoral é algo sublime. Fazemos bem quando louvamos a Jesus por ser nosso Supremo Pastor e o agra-decemos por nos pastorear também por meio de daqueles que ele mesmo escolhe, capacita e coloca em um rebanho local para o exercício desse maravilhoso serviço. Meditando na passagem do Bom Pastor, o próprio Jesus, sen- timo-nos pastoreados por meio de sua bendita Palavra, que gera em nós sincera devoção ao Pastor de nossas almas. Percebemos um profundo contraste entre o verdadeiro e os falsos pastores. O texto enfatiza que o pastor é o proprietário, logo, não precisa se esconder, usar outros caminhos e outras estratégias para pegar as ovelhas. Elas simplesmente pertencem ao pastor por direito ou, em alguns casos, foram confiadas a ele. Jesus é Deus, e só Deus é Pastor, pois só ele é o dono das ovelhas. Ele criou, sustenta, protege e guia seu rebanho. Só ele entregou a sua vida por suas ovelhas e fez dessa entrega a fonte de vida de todas elas. Só Jesus é o Bom Pastor, o Supremo Pastor, o Pastor digno de honra, glória, louvor e todo o reconhecimento. Aqueles que foram chamados pelo Supremo Pastor para ser instrumentos de seu pastoreio precisam ser liderados por Jesus em tudo, seguindo seu exemplo de caráter, postura e ação, geran- do assim uma autoridade que será reconhecida pelas ovelhas, pois se identificará com a de Cristo, tanto que a voz do pastor ecoará a voz de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 1-3 Graças a Deus temos um Pastor que nos guia e cuida de nós. 24 MAR Pedro Veiga ROMANOS 15.1-13 – 50 CC ENSINO, PERSEVERANÇA, ÂNIMO E ESPERANÇA “Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança” (v.4). Paulo ensina à igreja de Roma, com membros em diversas fases de maturidade na fé, que o ensino das Escrituras pro-duz paciência de uma forma especial na vida daquele que educa. A ideia é que ao buscar a Escritura como base do ensino, o professor encontrará uma fonte inesgotável que jorra paciência. Essa paciência irá produzir e alimentar uma perseverança sem fim para viabilizar a nobre, porém difícil, vocação de ensinar. O apóstolo diz que há consolo na Bíblia, e por meio desse con- solo é viabilizado o ensino. Aqui destaco a própria ideia de que, para ensinar, precisamos aprender. Paulo nos mostra que quando temos as Escrituras como base do nosso ensino, somos primeiramente abençoados com consolo, e isso possibilita um ensino saudável. Esse consolo constante gera em nós ânimo. E quão maravilhoso é aprender com alguémanimado, vibrante, que ama o que faz. Alimentados pela paciência e consolo das Escrituras, podemos levar a revelação de Deus a seu propósito último: a esperança em Jesus. Paulo diz que tudo que foi escrito foi com o objetivo do ensino, que gera transformação e salvação. Essa esperança produ- zida é fruto da salvação em Cristo e nos move a uma vida trans- formada e plena. Não é à toa que o ensino é parte integrante da declaração de missão de Deus (Mt 28.19,20). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 4-6 O ensino das Escrituras é fundamental para alimentar nossa perseverança, ânimo e esperança. 25 MAR ATOS 4.1-10 – 100 CC Pedro Veiga DÊ TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO! “Saibam os senhores e todo o povo de Israel que por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem os senhores crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dos mortos, este homem está aí curado diante dos senhores” (v.10). A ressurreição de Jesus é uma doutrina fundamental do cris-tianismo. Mas não só isso. Ela é também uma realidade his-tórica para a humanidade e para cada indivíduo que crê em Cristo. O fato de Jesus estar vivo dá sentido a tudo o que ele é, ensinou e fez, autenticando sua autoridade sobre nossas vidas e sobre toda a realidade criada. Esse fato concreto e indiscutível levou os apóstolos a viverem a ressurreição em missão, por meio de uma linda história de milagres (At 3), graça, poder (At 4.33) e ousadia para dar testemunho daqui- lo que eles experimentaram, viram e ouviram (At 3.15). Foi no fato de Jesus ter ressuscitado que os apóstolos fundamentaram sua pregação e encontraram coragem para avançar com a missão que ele lhes confiara: fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19,20). Da mesma forma, nos dias de hoje, uma vida transformada pela graça e cheia do poder e coragem de Jesus para testemunhar a ressurreição é o sinal de que Jesus vive, reina e voltará. Como você tem vivido? No testemunho da ressurreição de Jesus, você encon- trará paz (Rm 8.34), graça, poder e coragem para viver uma vida plenamente satisfeita na vontade e nos planos de Deus. Escolha viver com Jesus em missão, testemunhando sua ressurreição. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 7-9 A ressurreição de Cristo é algo bom demais para ser guardado. Compartilhe-a! 26 MAR Carla Juliana Melo SALMOS 37.1-11 – 395 CC CONTENTE-SE! “Descanse no Senhor e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal” (v.7). Você já teve a sensação de que as outras pessoas estão prosperando e sua vida continua empacada? Fulana ema-greceu tantos quilos em tão pouco tempo. Sicrano fez mais uma viagem para o exterior. Beltrano tem se destacado no ministério. Enquanto isso, você continua travando suas lutas diárias... Acho que esse é um sentimento muito comum em nos- sos dias, principalmente depois que as redes sociais se tornaram uma vitrine de exibição. Diariamente somos expostos a conteú- dos e estilos de vida que às vezes vão além da nossa realidade, causando em nós sentimentos de inveja, descontentamento e insatisfação. Apesar de que o que vemos nas redes sociais ser um recorte bonito de toda uma realidade que não foi postada, precisamos nos lembrar de que a vida que temos é uma dádiva do Senhor, independentemente da nossa realidade. Os planos e propósitos que ele tem para cada um de nós não são iguais, mas em todos nós ele quer ser engrandecido e glorificado. Somos únicos, possuímos dons e talentos diferentes e vive- mos contextos e realidades diferentes também. Não precisamos invejar o outro e ficar descontentes com o que temos. Se parar- mos de olhar a vida do outro e procurar viver a vida que o Se- nhor tem para nós, vamos desfrutar de uma vida extraordinária, mesmo que pareça tão ordinária. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 10-12 Seja grato ao Senhor pela sua vida! BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 20 DE MARÇO O segredo da felicidade Quebra-gelo (5min): Você é feliz? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíbli- co e a meditação do dia 20 de março. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Qual é a diferença entre a felicidade do mundo e a que Deus oferece àqueles que o amam? 2. Felicidade, segundo a palavra de Deus, é sinônimo de uma vida sem problemas? 3. Como cultivar diariamente a felicidade que vem do alto? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 1SEMANA 12 27 MAR Carla Juliana Melo JEREMIAS 29.10-14 – 151 CC BUSCANDO-O DE TODO O CORAÇÃO “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração” (v.13). As minhas tarefas domésticas são, em sua maioria, mo-mentos preciosos onde converso com o Senhor. Outro dia, enquanto cozinhava, eu falava com Deus que estava me sentindo um pouco cansada, minha rotina andava desorganiza- da, eu não tinha mais tanto tempo disponível para ler a Bíblia como antes, e isso estava fazendo eu me sentir distante dele. Então me veio o versículo em destaque à mente e conclui que o distanciamento que eu sentia não era por não ter o mesmo tempo a sós com ele, mas por causa da atitude do meu coração. Eu não precisava de muito tempo, mas quando o buscasse, deve- ria buscá-lo de todo o meu coração. No texto mencionado, ainda que o povo estivesse no exílio, numa terra estranha, com o coração voltado para outras coisas, Deus estava disponível para ser encontrado. A única coisa que precisavam fazer era se voltar para ele. Deus quer ser achado por nós. Ele quer que ansiemos por ele profundamente. Ele quer ser o primeiro e o único a ocupar o trono do nosso coração. Eu não sei como você cultiva seu relacionamento com ele, como planeja e faz seu momento a sós diariamente, mas quero incentivá-lo a refletir qual tem sido a atitude do seu coração ao fazê-lo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 13-15 O Senhor quer ser encontrado por você. Busque-o! 28 MAR MATEUS 1.1-17 – 44 CC Carla Juliana Melo DEUS SE IMPORTA CONOSCO INDIVIDUALMENTE “E Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (v.16). As genealogias e as extensas listas de nomes que encontra-mos na Bíblia são, para muitos de nós, enfadonhas e chatas de serem lidas. Afinal, para que ler tantos nomes que mal conseguimos pronunciar, sendo que alguns deles só são mencio- nados ali e não sabemos mais nada a seu respeito? Isso me faz pensar que somos importantes para Deus como indivíduos. Esses nomes foram preservados na Palavra. Podem não significar muito para nós, mas fazem parte do plano do Senhor para a redenção da humanidade. Ele se importava com cada um daqueles a quem os nomes pertenciam, conhece-os profundamen- te, inclusive os detalhes de suas vidas que jamais conheceremos. Da mesma forma, Deus se importa comigo e com você. Ele sabe onde nos encaixamos em seus propósitos e planos eternos, e onde nos encaixamos é importante para ele. Ele se importa com o que é importante para nós, com a nossa família. Ele mesmo a criou. Não escolhemos a família na qual nascemos, mas Deus, em sua soberana vontade, é quem determinou. Talvez não tenhamos a vida e a família perfeita que ideali- zamos. Talvez a nossa vida pareça monótona, ordinária demais e até mesmo insignificante. Lembre-se, porém, de que ainda assim, Deus tem propósitos e planos para nós. E o principal é que nossa vida aponte para Cristo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 16-18 Deus tem propósitos e planos para nós. E o principal é que nossa vida aponte para Cristo. 29 MAR Carla Juliana Melo ROMANOS 8.28-30 – 283 CC SEMELHANTES A JESUS “Pois aqueles que de antemão conheceu, tambémos predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (v.29). Há um conhecido apelo que diz que, ao vir a Cristo, todos os nossos problemas serão resolvidos. É uma mentira propagada por muitos cristãos. O Senhor, sim, ajuda-nos, socorre e nos ensina a fazer escolhas. Como sua Palavra diz, ele é nosso escudo e fortaleza, socorro bem presente em tempos de angústia. Isso não significa, contudo, que todos os nossos problemas serão resolvidos. O maior deles, Cristo já resolveu: pagou a nossa dívida na cruz do Cal- vário. Ele nos justificou, e sobre nós não há mais condenação. Aleluia! Mas vou lhe dizer uma coisa: Deus está mais preocupado em nos transformar e glorificar a si próprio do que em resolver todos os nossos problemas. Podemos e devemos recorrer a ele em toda e qualquer situação, mas jamais devemos perder o entendimento de que ele não tem a obrigação de resolver tudo para nós. Como diz o versículo em destaque, fomos salvos para ser semelhantes a Jesus. Vivemos num mundo corrompido pelo pecado, passaremos por diversos tipos de problemas, e com alguns deles, conviveremos até a nossa partida deste mundo. O próprio apóstolo Paulo sofria com um espinho na carne, que não sabemos ao certo o que era, e que Deus não removeu. Ele tinha propósito em mantê-lo. Os problemas podem exercitar nossa fé e nos trazer ensinamen- tos preciosos, e mais importante do que uma vida isenta deles, é nos tornarmos semelhantes a Jesus e glorificá-lo por e em meio aos problemas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOÃO 19-21 O mais importante é você ser semelhante a Jesus. 30 MAR DEUTERONÔMIO 8.6-20 – 315 CC Carla Juliana Melo NÃO SE ESQUEÇA! “Tenham cuidado de não se esquecer do Senhor, o seu Deus, deixando de obedecer aos seus mandamentos, às suas ordenanças e aos seus decretos que hoje lhes ordeno” (v.11). Quando o povo de Deus estava prestes a adentrar a Terra Prometida, o Senhor fez uma importante advertência: que o povo não se esquecesse dele e dos seus mandamentos. Se durante a longa peregrinação no deserto, diante das dificuldades, o povo facilmente se esquecia de Deus, imagine quando estivesse em segurança e fartura? Conosco não é muito diferente. Quando passamos por mo- mentos difíceis, rapidamente oramos, jejuamos, prometemos a Deus que vamos mudar o nosso comportamento, que vamos obe- decer-lhe e até que leremos a Bíblia todos os dias. Mas basta a dificuldade passar e as coisas ficarem boas para agimos como o povo hebreu, esquecendo-nos de Deus e do que ele fez por nós. Não podemos nos esquecer do Senhor, da sua fidelidade, da sua bondade e amor. Não podemos nos esquecer de que tudo o que somos é por sua graça, o que temos é graças à sua bondade e o que fazemos é por meio dele. Onde quer que eu e você cheguemos, qualquer que seja a cir- cunstância que atravessemos, boa ou má, quaisquer que sejam os lugares mais altos que alcancemos, que tenhamos o cuidado de não nos esquecer do Senhor. Ainda que isso aconteça, ele, porém, nunca se esquece de nós nem de nenhuma promessa que nos fez. Nossa vida está conti- nuamente nas mãos que foram furadas por nós. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 1-3 Não se esqueça do Senhor! 31 MAR Carla Juliana Melo SALMOS 119.65-72 – 16 CC DEUS É BOM “Tu és bom, e o que fazes é bom” (v.68a). Sempre que eu digo um não para minha filha, negando-lhe algo que até pode parecer bobagem e inofensivo, ela diz: “A senhora é lumpaciosa (má).” Eu não dou ouvidos a isso, porque, como mãe, ainda que imperfeita e falha, se estou negando, é porque sei que é o melhor para ela. Nem sempre ela entende e aceita com facilidade, mas isso não anula minha atitude de querer o melhor pra ela. Às vezes nós agimos assim com Deus. No nosso dia a dia re- cebemos seu cuidado e amor com gratidão e alegria. Mas basta ele nos negar algo ou agir de uma forma que não entendemos e aceitamos para duvidarmos da sua bondade. Podemos não cha- má-lo de “lumpacioso”, mas não temos mais tanta certeza da sua bondade. Pensamos: “Se Deus realmente é bom, porque per- mitiu isso?” A nossa visão e compreensão de bondade, como de muitas outras coisas, é deturpada. Nem sempre nos é agradável o que é bom para nós, como também nem sempre o que nos é agradável é bom para nós. A verdade é que Deus é bom, e tudo o que ele faz é bom! Sua Palavra nos garante sua bondade perfeita e imutável. Ele não precisa nos provar nada, apesar de já ter dado a maior prova de seu amor ao nos dar Cristo. Ainda que aos nossos olhos ele não pareça ser bom ou pareça não estar fazendo algo bom em deter- minada circunstância, o que achamos e pensamos das atitudes de Deus não muda a sua essência. Ele é bom, e tudo o que ele faz também é bom! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 4-6 Deus é bom, e tudo o que ele faz é bom! 01 ABR COLOSSENSES 3.18-25 – 413 CC Ana Caroline Martins MOTIVAÇÃO “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (v.23). A motivação é o que explica o porquê de as pessoas agirem como agem, é o impulso que as leva na direção de seus objetivos. Ela pode ser boa ou ruim, lícita ou ilícita, certa ou errada, louvável ou abominável. A motivação revela aquilo que escondemos no coração. No texto lido, temos uma série de instruções para as relações mais importantes da convivência humana: marido e mulher, pais e filhos, empregados e patrões. Com certeza, passamos a maior parte do nosso tempo entre essas pessoas. Em seguida, há uma instru- ção sobre a motivação para colocar em prática aquelas instruções. Paulo, autor da carta, fortalece seus ensinamentos levando seus leitores a uma reflexão importante. Eles deveriam seguir aqueles conselhos direcionados pela certeza de que estavam fazendo pri- meiro para o Senhor o bem que escolhiam fazer ao próximo. É interessante perceber o início do versículo 23: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração.” Fazer algo de todo o coração não indica que está sendo feito pela motivação certa. Devemos perceber o que verdadeiramente ocupa nosso coração. Entender que fazemos o que fazemos primeiro para o Senhor revela que escolhemos encher nosso coração da Palavra de Deus. Essa Palavra nos garante a recompensa eterna dada por ele a todos aqueles que obedecem aos seus mandamentos. Por isso, baseie suas ações na vontade do Senhor para a sua vida e sirva o próximo pela mo- tivação de o estar fazendo diretamente a Cristo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 7-9 Escolha servir ao próximo pela motivação de o estar fazendo diretamente para Cristo. 02 ABR Ana Caroline Martins ROMANOS 8.1-11 – 117 CC ESPÍRITO DE VIDA “Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte” (v.2). Lembro-me bem da primeira experiência que tive com o Es-pírito Santo. Eu estava na escola, prestes a tomar uma deci-são errada: matar aula para ir à casa de uma amiga. E ainda guardo no coração o sentimento e orientação do Espírito, que- rendo me afastar do erro. Pensei, porém, que era fruto da minha imaginação e “paguei pra ver”. E tudo aquilo que ele me mostrou que aconteceria, caso optasse pelo errado, aconteceu. Apesar do erro e da vergonha da desobediência, fui envolvida pelo amor e cuidado do Espírito Santo comigo. O texto de Romanos 8 sempre me acompanha, especialmente nos momentos mais difíceis da minha vida. É fortalecedor saber que através de Cristo, o Espírito de Vida nos faz vencer o pecado e a morte. Aleluia! Nada pode nos condenar, pois somos justificados pela sua ação, realizando em nós o que a Lei não pôde fazer na nossa carne. E não só realizou como ainda realiza. É por causa da justificação no Espírito que ele está em ação contínua na nossa vida, alcançando-nos todos os dias, operando em nós desejo e ação, conforme a vontade de Deus (Fp 2.13). Sendo assim, reflita sempre não a respeito do que você faz, mas como deixa o Espírito fluir em sua vida, para que suas açõesglorifiquem a Deus. Não é sobre aquilo que podemos realizar, porque nada podemos. É tudo sobre o Espírito Santo agindo em nós. Os que vivem no Espírito não só agem conforme o Espírito, mas entendem que são dirigidos por ele. E isso faz toda a diferença. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 10-13 Os que vivem no Espírito não só agem conforme o Espírito, mas entendem que são dirigidos por ele. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 31 DE MARÇO Deus é bom Quebra-gelo (5min): Como você reage quando é corrigido? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 31 de março. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que, às vezes, as pessoas duvidam da bondade de Deus? 2. Como um pai que ama, Deus nos corrige para o nosso bem. Você já foi corrigido por Deus? Como agiu e como agirá a par- tir de hoje? 3. Por que podemos ter a certeza de que Deus é bom o tempo todo? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 119.65-72SEMANA 13 03 ABR Ana Caroline Martins LUCAS 10.38-42 – 146 CC PRIORIDADE “Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (v.42b). Já imaginou como seria receber Jesus em sua casa? Com certe-za, você, assim como eu, se preocuparia em preparar tudo nos mínimos detalhes e receberia o Mestre com toda a hospitali- dade e alegria possíveis. As irmãs Marta e Maria tiveram esse grande privilégio. O verso 38 afirma que quem recebeu Jesus foi Marta, a dona da casa. E como uma boa anfitriã, estava ocupada com muitas tarefas. Uma dona de casa está sempre ocupada com muitas atividades. Elas parecem intermináveis, não é mesmo? No meio da correria, Marta percebeu que sua irmã não estava ajudando. Maria estava aos pés de Jesus. Afinal, alguém tinha que dar atenção à visita. Tomada por uma indignação, Marta pergunta a Jesus porque ele não se importa com o fato de Maria não a ajudar. Para ela, o mais importante era deixar a casa pronta. Assim como Marta, estamos mergulhados em rotinas exaus- tivas. Rotinas que nos fazem duvidar de como conseguimos dar conta de tantas coisas. E muitas vezes, elas nos impedem de des- frutar um relacionamento diário com Deus. Existe uma “boa parte” que não deve ser ignorada. Mas muitas vezes ela é engolida por atividades e obrigações que colocamos como prioridade. Estar com Jesus foi a escolha de Maria, e para sempre ela teria sua presença maravilhosa. Ela entendeu que es- tava diante de tudo o que precisava para viver. Jesus é suficiente. Por isso, como Maria, vamos aquietar a nossa alma e priorizar diariamente a presença de Jesus em nossas vidas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 14-16 Escolher a boa parte é entender que Cristo está na minha casa, e isso é suficiente para se ter uma vida completa. 04 ABR ECLESIASTES 7.8-10 – 110 CC Ana Caroline Martins ANTES DO FIM “O fim das coisas é melhor do que o seu início” (v.8a). Salomão, o homem mais sábio que já viveu em nosso pla-neta, afirma que “o fim das coisas é melhor que o início”. Essa afirmação parece um pouco paradoxal, pois é mais fácil supor que tudo parece melhor no início. No início da vida, somos mais jovens, mais enérgicos e vivos. Temos mais disposição para sonhar e realizar. Na contramão dos pensamentos deste mundo, Salomão afirma que é no fim que encontramos o sentido de tudo e que enxergamos que tudo valeu a pena. É no fim que experimentamos os resulta- dos das escolhas de toda uma vida. O fato é que, se queremos um final melhor do que o começo, temos que ter a ação certa no meio para obter o resultado almejado. Não basta começar bem, é preciso chegar ao fim. Belas histórias são construídas não a partir de bons começos, mas de atitudes de resiliência, constância e resistência. Para nós, cristãos, o desejo de alcançar a vida eterna é o maior objetivo da vida. A Palavra de Deus diz que “se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1Co 15.19). Nossa vida não acaba aqui. Há muitas promessas na Bíblia para aqueles que são fiéis até o fim (Ap 2.10; Dn 12.13; Mt 24.14). No trecho do livro de Eclesiastes em questão, temos algumas lições importantes nesse sentido: 1) Seja paciente e evite o espíri- to altivo (v.8b); 2) Evite a ira e desenvolva controle emocional (v.9); 3) Não se apegue ao passado, mas, com esperança, olhe para o fu- turo (v.10). Nosso fim é Cristo e toda uma eternidade ao seu lado. Que possamos chegar até lá com paciência, alegria e fidelidade. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 17-19 Nosso fim glorioso é nos encontrar com Cristo e viver para sempre ao seu lado. 05 ABR Ana Caroline Martins GÊNESIS 1 – 16 CC EXCELÊNCIA “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” (v.31a). Em seu livro “Chamados para criar”, Jordan Raynor, empreen-dedor cristão, relata que a primeira característica sobre Deus que temos contato em sua Palavra é a da criação. Antes de conhecer o Deus de amor, de misericórdia, de graça ou de justiça, nós o conhecemos primeiro como o criador de todas as coisas. Pelo poder da sua Palavra, o Senhor criou céus e terra, sol e lua, árvores e mares, animais de todas as espécies. E criou o ho- mem, a única parte da criação que recebeu um toque especial: foi feito à imagem e semelhança de Deus. Carregamos em nós importantes características divinas. E as- sim como Deus, o homem é convocado para criar. Ao longo da história, contemplamos o trabalho de pessoas que colocaram à disposição da humanidade invenções incríveis e revolucionárias. O ser humano, porém, não foi apenas convocado a criar, mas a criar com excelência. No final de cada dia de trabalho, Deus via que tudo o que criara era bom. Ele enxergou beleza e funcio- nalidade em tudo. E se temos em nós o DNA da criação divina, devemos também carregar o desejo por excelência. Independentemente do que for fazer, faça-o bem. Glorificamos a Deus e revelamos suas características em nós por meio daquilo que produzimos. Reflita sempre no fim do seu dia: “Tudo o que fiz hoje foi bom? Glorificou a Deus? Ajudou pessoas?” Se a resposta for positiva, você poderá descansar na certeza de que viveu mais um dia sendo o que foi criado para ser: imagem e semelhança de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 20-22 Somos feitos à imagem e semelhança do nosso Criador. Por isso, tudo o que realizamos deve ser bom. 06 ABR GÊNESIS 3.1-21 – 35 CC Charles Negreiros ONDE A PÁSCOA COMEÇA? “O Senhor Deus fez roupas de pele e com elas vestiu Adão e sua mulher” (v.21). Páscoa: o momento em que lembramos o sacrifício de Deus, que, em Cristo, veio trazer a possibilidade de redenção ao homem. Entre contritos, reflexivos e gratos, reconhecemos a trajetória épica do Senhor como homem, tornando-se carne, habitando entre nós, padecendo, morrendo e ressuscitando para a nossa salvação. A realidade do sacrifício de Cristo relatada nos evangelhos, no entanto, não pode ser uma surpresa absoluta ao leitor atento da Bíblia. O texto sagrado revela, desde as suas primeiras páginas, sinais, exemplos, tipos e analogias do que Deus realizaria em e através de Jesus. É o caso do texto que acabamos de ler. Homem e mulher haviam caído em pecado, e logo seus efeitos se tornaram visíveis. Eles tentaram se esconder. Depois lançaram a culpa sobre o outro e cobriram suas vergonhas com o improviso do esforço humano. E lá veio Deus consertar tudo, como sempre. Nas “roupas de peles” está a primeira referência do sacrifício para “cobrir” o pecado humano. Já no relato do Éden, no pecado do primeiro casal, estava sinalizado: morte e sangue é que cobrem pecados e trazemo ser humano de volta à paz com Deus e à presença dele. Por que temos a Páscoa? Porque Cristo morreu? Comece do co- meço. Transgressão, inimizade, ferida... E a morte necessária para cobrir o pecado. Se você quer entender a bela história de Jesus, o Salvador, não tenha dúvida: o evangelho começa em Gênesis. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 23-25 Gênesis é o começo de tudo. Bem como do evangelho de Cristo. 07 ABR Charles Negreiros GÊNESIS 21.1-7 – 50 CC PÁSCOA É DEUS CUMPRINDO A PROMESSA “Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice, na época fixada por Deus em sua promessa” (v.2). No pecado, a humanidade se afastou de Deus. Mas na sua promessa, Deus garantiu a reaproximação dessa mesma humanidade consigo. E em cumprimento a essa promessa, Sara gerou Isaque. Em tudo o nascimento de Isaque é assombroso: os pais, avan- çados em idade, e a esposa, estéril. Deus, porém, não conhece obstáculos para o cumprimento da sua vontade. E veio Isaque, no tempo determinado, cumprindo o que Deus havia prometido. Em muitos aspectos, Jesus é o arquétipo, a imagem completa do que Isaque representa. Pois Cristo é a promessa maior do que Isaque, e o filho de Deus veio na plenitude dos tempos. Maior do que o milagre da criança gerada no ventre da estéril, Jesus foi gera- do no ventre da virgem. E mais ainda do que um novo ser humano gerado, Cristo é Deus encarnado, Emanuel, o Verbo que se fez gente. Natal e Páscoa formam um circuito completo. A ressurreição de Jesus mostrou a vitória do amor sacrificial de Deus. Sua morte foi a exigência da justiça, o alto preço pela remissão de pecados. Seu nascimento foi o início do clímax da história humana. Isaque foi um milagre, e nele temos uma seta que aponta para outro Isaque, o Isaque perfeito, o riso de Deus: Jesus Cristo, o pleno filho da promessa. Pois como pode Deus nascer, morrer e ressusci- tar? Bem, Deus fez uma promessa. O que deveríamos esperar? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ATOS 26-28 Jesus é o cumprimento da promessa de um Deus que sempre cumpre o que promete. 08 ABR GÊNESIS 22 – 96 CC Charles Negreiros PÁSCOA: QUANDO DEUS DISSE “SIM” “‘Não toque no rapaz’, disse o Anjo. ‘Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho’” (v.12). Na subida do monte, seguem pai e filho. O pai, de coração quebrado, sabe o que deve fazer, por obediência à ordem de Deus. O filho sabe que deve obedecer ao pai e seguir a trilha, mesmo desconhecendo ser ele próprio o sacrifício. Ambos chegam ao local, e tudo fica pronto para o sacrifício. Abraão chegou a le- vantar a mão com o cutelo, quando a voz do céu bradou: “Basta, Abraão! Não faças nada, pois vejo que não me negaste teu filho.” Milênios se passariam para que, em outro monte, outro Filho fosse sacrificado. Dessa vez, o próprio Deus. Era necessário, e di- ferentemente da outra vez não houve impedimento. O brado do filho na cruz – “Deus meu, por que me desamparaste?” – não obteve resposta. Não houve ordem para impedir o sacrifício. Não houve um basta, porque ambos, Pai e Filho, sabiam que esse era o tortuoso caminho para resgatar a humanidade e trazê-la de volta para a comunhão com Deus. Abraão pôde tirar seu filho do altar e abraçar Isaque ainda vivo. Deus não pôde fazer o mesmo, porque a morte de Jesus era o sacrifício necessário para o perdão de pecadores. Na Páscoa, Deus disse “sim” para a morte de Jesus, porque era a única forma de também dizer “sim” para mim e para você, para os que confiam no poder remidor do sangue de Cristo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 1-3 Na Páscoa, Deus disse “sim” para a morte de Jesus, porque era a única forma de também dizer “sim” para mim e para você. 09 ABR Charles Negreiros GÊNESIS 29.15-20 – 37 CC PÁSCOA: O AMOR DE CRISTO POR SEU POVO “Então Jacó trabalhou sete anos por Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava” (v.20). Jacó foi um enganador que acabou enganado. Fez um acordo com seu parente, Labão, para ter Raquel, mas foi-lhe entregue Lia. E o tempo de sete anos de serviço a Labão foi dobrado. Mas, por Raquel, esses anos pareceram pouco, pelo muito que a amava. A vida de Cristo, seus três últimos anos, culminando na semana da paixão e atingindo o clímax no seu agonizante julgamento e em sua morte atroz, também teve como alvo o amor que faz valer a pena todo o sacrifício. Como Jacó, Jesus tem a sua Raquel: a Igreja. Se Raquel foi motivo para Jacó servir sete anos, pela Igreja, Cris- to serviu por toda a vida. Para ter Raquel, Jacó suportou as trapaças e as injustiças de Labão; pela Igreja, Cristo suportou todas as afron- tas. Para ter Raquel, Jacó fez alguns sacrifícios; pela Igreja, Cristo deu-se a si mesmo como sacrifício. Para ter Raquel, sete anos pare- ceram poucos dias, pelo muito que Jacó a amava; pela Igreja, Cristo está presente todos os dias, até a consumação dos séculos, e seu amor por ela não é somente muito, mas total e perfeito. Na Páscoa, não apenas lembramos a tristeza da sexta-feira, mas celebramos com alegria o domingo. A vitória da ressurreição garante que as promessas de Deus serão cumpridas, e tais pro- messas têm, em grande parte, a Igreja como alvo. Por amar Raquel, tudo valeu a pena para Jacó. Muito mais vale o amor de Cristo pela Igreja! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 4-6 A Igreja é a noiva muito amada de Cristo. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 08 DE ABRIL Páscoa: quando Deus disse “sim” Quebra-gelo (5min): O que você acha que Abraão pensava en- quanto subia o monte com Isaque? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 08 de abril. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que o “sim” de Deus para a morte de Jesus é um “sim” para a sua vida? 2. De que forma a morte de Jesus impacta sua vida diária? 3. Você já disse “sim” para receber Jesus em sua vida? Se ainda não, o que o impede? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e orar pedindo que vivam de forma a honrar o “sim” de Deus. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Gênesis 22SEMANA 14 10 ABR Charles Negreiros GÊNESIS 45.1-8 – 73 CC PÁSCOA É A VIDA EM CRISTO “Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (v.5). José, por tudo aquilo que sofreu, pôde chegar a um lugar de honra e destaque no Egito, e assim garantir a vida para os seus. Em Cristo, muito mais plenamente, temos aquele que foi envia- do antes de nós para fazer o que somente ele tinha poder de realizar, e, assim, garantir a conservação da vida. Ele abriu o caminho para todos nós, seus pequenos e frágeis irmãos. Ele, na sua carne, rasgou o véu que impedia o acesso à presença de Deus. Ele, por seu sangue, fez o anjo da morte passar por cima de nossas casas e não nos atin- gir. Ele, por sua ressurreição, trouxe justificação, que nos garante – a nós que cremos – a paz com Deus e a certeza de que todos os ini- migos serão, em tempo oportuno, colocados embaixo dos seus pés. E o que nós jamais devemos esquecer: Jesus Cristo é mais perfeitamente misericordioso do que José. Se José foi capaz de perdoar seus irmãos, muito mais Cristo tem perdão abundante para os nossos muitos arrependimentos. Nossa culpa faz com que olhemos para Cristo como um juiz severo e insensível, mas é mais correto ouvirmos de seus lábios as palavras de José: “Eu sou vos- so irmão. Não vos entristeçais. Para conservação da vida foi que Deus me enviou adiante de vós.” Se Cristo não é esse seu irmão amado, cuidador e protetor, é uma pena, pois você está perdendo o melhor de tudo isso. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO| JOSUÉ 7-9 Cristo tem perdão abundante para os nossos muitos arrependimentos. 11 ABR GÊNESIS 29.31-35 – 426 CC Shirley Porto VOLTE-SE PARA O SENHOR “Engravidou ainda outra vez e, quando deu à luz mais outro filho, disse: ‘Desta vez louvarei o Senhor’. Assim deu-lhe o nome de Judá. Então parou de ter filhos” (v.35). Jacó foi enganado por seu sogro, Labão, que, em vez de cum-prir o acordo que tinha feito com ele, resolveu aproveitar-se da sua boa-fé e dar-lhe por esposa a filha errada. Lia viu-se casada com seu futuro cunhado e desprezada por causa da ganância de seu pai. No espaço de uma semana, não só se viu com o ressentimento de seu marido e de sua irmã, mas também descobriu que a irmã era a mulher querida e amada por Jacó. O texto bíblico relata que Deus viu a aflição de Lia, pois era desprezada, e deu-lhe filhos. Lia teve três filhos, e sempre que tinha um, pensava que seria amada por Jacó. Isso, porém, não aconteceu. Em algum momento de sua quarta gestação, ela en- tendeu que precisava se voltar para seu Senhor, a verdadeira fonte de suas bênçãos. Então, quando Judá nasceu, ela disse: “Desta vez louvarei o Senhor.” O texto diz que Lia não teve mais filhos. Somente quando en- tendeu que em Deus ela era amada, foi que percebeu que não precisaria de mais nada para compreender seu valor. Quão pre- ciosa é essa lição! Quando descobrimos nosso valor em Deus, não precisamos buscar em outro lugar. O seu amor nos basta. O filho por quem Lia louvou o Senhor se tornou o pai da tribo da qual nasceria o maior rei de Israel e o Salvador para o mundo. Quão gracioso é o Senhor! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 10-12 Lembre-se sempre de que não precisamos buscar nosso valor fora de Deus. Seu amor nos basta. 12 ABR Shirley Porto ÊXODO 1.15-21 – 410 CC O PRIVILÉGIO DE SERVIR A DEUS “Todavia, as parteiras temeram a Deus e não obedeceram às ordens do rei do Egito; deixaram viver os meninos” (v.17). Sifrá e Puá eram mulheres hebreias que resolveram honrar a Deus em seus trabalhos. Elas aparecem em poucos versículos bíblicos, mas seu feito foi grande o suficiente para marcar a história de Israel e ser registrado na Bíblia. Durante o tempo em que o povo de Israel sofria no Egito, o rei as chamou, pois eram parteiras, e ordenou-lhes que matassem os filhos homens que nascessem dentre o povo de Israel. Em seus co- rações, todavia, ambas temeram ao Senhor e resolveram honrá-lo com aquilo que tinham em mãos: seu trabalho. Elas não o fizeram na esperança de que Deus as recompensasse, pois elas ainda não tinham família própria. Sifrá e Puá fizeram o que era certo aos olhos do Senhor. É claro que o Senhor as abençoou, pois o temeram de coração e foram instrumento para a preservação do povo de Israel. Deus não precisava do serviço delas para realizar seus propósitos, mas ele não apenas as usou como também as abençoou por servirem a ele. Assim como na história de Sifrá e Puá, Deus não precisa de nós para expandir seu Reino, mas é privilégio nosso poder servi-lo em tudo e com tudo o que temos, um serviço que flui de um coração obediente. Que possamos sempre ser obedientes à voz do Senhor e con- sagrar nosso trabalho e serviço a ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 13-15 É um privilégio poder servir a Deus em tudo. Você tem honrado esse privilégio? 13 ABR DEUS PODE CONTAR COMIGO “Vá imediatamente para a cidade de Sarepta de Sidom e fique por lá. Ordenei a uma viúva daquele lugar que lhe forneça comida” (v.9). Durante o tempo em que Deus trouxe seca para a terra, segundo a palavra que tinha dado a Elias, ele ordenou que o profeta fosse para perto do riacho de Querite, onde ele seria sustentado por corvos e poderia beber água. Quando o ria- cho secou, Deus mandou Elias para Sidom, pois ali ele já tinha ordenado a uma viúva que desse comida a ele. Essa passagem é uma passagem de esperança por diversos mo- tivos. O primeiro deles é que Deus não perde o controle de nada. Segundo, Deus multiplica o que não tem. Terceiro, Deus honra a fé e ama a obediência. Essa viúva não tinha nem o suficiente para a sobrevivência sua e de seu filho. Mesmo assim, ela ouviu o pedido do profeta e obedeceu a ordem que o Senhor tinha dado, ainda que não estivesse consciente disso. Aquela mulher foi fiel no pouco. E em sua fidelidade e obe- diência, foi canal para que a ordem de Deus se cumprisse. Dessa forma, o Senhor sustentou não só Elias, mas também ela e seu filho. Seu nome não está registrado na Bíblia, mas seu passo de fé e obediência é fonte de inspiração para nós até hoje. O pouco com Deus é sempre suficiente quando somos fiéis. A atitude dessa mulher deve nos inspirar a estarmos disponíveis nas mãos do Senhor, mesmo quando seu pedido contraria a ló- gica. Na matemática do Reino de Deus, o pouco é suficiente, e é dividindo que multiplicamos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 16-18 O pouco com Deus é sempre suficiente quando somos fiéis. 1 REIS 17.8-16 – 301 CC Shirley Porto 14 ABR Shirley Porto SALMOS 1 – 138 CC PALAVRA DE DEUS, NOSSO REFÚGIO “Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite” (v.2). Em tempos difíceis, não há melhor refúgio que a Palavra de Deus. É através dela que Deus se revela a nós. Ela nos traz vida e coragem para enfrentar os desafios do dia a dia. Em momentos de desânimo, ela é um refúgio. Em momentos de tris- teza, ela é um consolo. A Bíblia revela o plano de Deus para nós e para toda a sua criação. O salmo 1 diz que aquele que não segue os pecadores e medita na lei do Senhor dia e noite é como a árvore plantada à beira do rio, que, sempre bem regada, dá frutos e não murcha. A Palavra de Deus é para nós como a água é para a árvore. Quando meditamos nela e a guardamos em nosso coração, ela nos traz vida, aperfeiçoa-nos, assim como nossos relacionamentos, e nos leva para mais perto de Deus. Meditar na Palavra é benéfico para nós, mas também para a saúde de nossos relacionamentos e para nossa família. É realmente um privilégio termos acesso e oportunidade de ler a Escritura, seja ela em formato impresso ou digital, ou ouvi-la. Em muitos lugares do mundo, muitos de nossos irmãos não têm a mesma liberdade, e devemos orar por eles, pedindo que o Senhor lhes dê também a oportunidade de possuir e ler a Bíblia em sua própria língua. Que possamos aproveitar esse privilégio e meditar todos os dias na lei do Senhor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 19-21 A palavra de Deus traz vida para nosso coração e nos aperfeiçoa. 15 ABR 1 REIS 19.9-18 – 375 CC Shirley Porto ANDANDO NA LUZ “Ali entrou numa caverna e passou a noite. E a palavra do Senhor veio a ele: ‘O que você está fazendo aqui, Elias?’” (v.9). Depois de muitos milagres que Elias vivenciou, Jezabel o ameaçou, e ele, temeroso, fugiu. Depois de um encontro com um anjo, que o alimentou duas vezes no deserto, Elias fez uma jornada até o monte Horebe. Ao chegar no monte, Elias entrou numa caverna, e a palavra de Deus chegou a ele. O Senhor lhe perguntou: “O que você está fazendo aqui, Elias?” Deus bem sabia que Elias estava desen- corajado e temeroso, por isso tinha ido até a caverna para se esconder. Ao lhe perguntar, ele queria que o profeta refletisse. Elias disse então a Deus que ele se mantivera fiel à aliança que fez com ele, enquanto todo o povo a tinha deixado, e que ele estava sozinho. Em vez de respondê-lo, nosso Deus, que não é um Deus de escuridão, convidou Elias para ir para a luz. Mesmo em seu pior momento, o Senhor não deixou de estar com Elias. Ele estava perto. Quando o profeta aceitou seu convite de ir em direção ao Senhor, Deus se revelou a ele. Muitas vezes estamos como Elias, e tudo o que queremos é ficar escondidos dentro da nossa própria caverna. Mas hoje o Senhor nos faz a mesma pergunta que fez para Elias: “O que você está fazendo aí?” Lembre-se de que independentemente de como nos sentimos, não estamos sozinhos. Assim como fez com Elias,o Senhor nos convida a sair da caverna, pois há muito mais para se experimentar do Senhor aqui fora na luz. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JOSUÉ 22-24 Lembre-se, Deus está com você. Há muito mais para se experimentar do Senhor. 16 ABR Liane Nepomuceno LUCAS 15.8-10 – 427 CC LUZ PARA ENCONTRAR O QUE FOI PERDIDO “Ou, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la?” (v.8). Dentro de casas bem cuidadas, pintadas, mesmo que na sim-plicidade, ainda quando temos o cuidado de manter a fa-chada limpa e bem apresentável, corremos o risco de per- der a essência de um lar. No interior de paredes inteiras, perfeitas, podemos encontrar corações despedaçados, machucados, e almas sangrando pela falta de amor e cuidado. O texto deixa claro que a mulher, percebendo a falta, acende a candeia e inicia a busca com empenho e atenção. Precisamos estar sempre atentas ao dia a dia de nossa família. As várias atividades podem gerar desatenção para o mais importante, e acabamos nem percebendo que algo se perdeu. A primeira ação da mulher foi acender uma candeia. A luz tem o poder de deixar claro tudo ao nosso redor. Jesus é a luz do mundo. É ele que pode nos ajudar a enxergar claramente e encontrar o que foi perdido dentro de casa. Sendo assim, não tenha medo da luz ou do que ela vai mostrar no seu lar. Permita que Deus lhe revele a verdade, pois ele a ajudará na busca do que está perdido e lhe dará forças para colocar as coisas em ordem. Não se acomode com as aparências, mas mergulhe no conhe- cimento da verdade, acenda a luz do evangelho, vasculhe seu lar e veja se tudo está no lugar. Se for preciso pôr algo em ordem, não hesite em pedir ajuda à luz do Mundo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 1-3 Não feche os olhos! Sua casa precisa de sua atenção. Cuidado! BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 13 DE ABRIL Deus pode contar comigo Quebra-gelo (5min): De que forma Deus pode contar com você? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 13 de abril. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Como você agiria se alguém necessitado lhe pedisse algo de que você precisa e só tem um pouco, como comida ou dinheiro? 2. Você pode até dizer que confia na soberania de Deus, mas real- mente vive como se confiasse? 3. Por que muitas vezes temos dificuldade de compartilhar o pouco que temos? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e pedir que Deus os ajude a ser generosos sempre. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. 1 Reis 17.8-16SEMANA 15 17 ABR Liane Nepomuceno JEREMIAS 33.1-8 – 409 CC QUANDO DEUS NÃO ATENDE UMA ORAÇÃO “Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” (v.3). A oração é um relacionamento com Deus por meio da fé, não por palavras eloquentes. Apesar de termos fé em Deus, às vezes ele pode não responder nossa oração. Em João 14.13, Jesus diz: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” E isso é verdade absoluta. Exis- tem situações, porém, em que Deus não responde a um pedido de oração. Mas por que isso ocorre? Primeiro, porque pedimos mal (Tg 4.3). Pedimos para o nosso próprio deleite, ou seja, para a satisfação dos prazeres carnais e egoístas. Não existe harmonia com Deus nesse tipo de oração. Se- gundo, os pedidos vão contra o projeto que Deus. Ele sabe o que é melhor para nós mesmo quando não entendemos. O profeta Je- remias traz essa verdade (Jr 29.11). Terceiro, o pecado abafa nossa voz. Quando não confessamos o pecado, ele se torna uma ofensa a Deus, fazendo separação entre nós e nosso Senhor (Is 59.2). Portanto, antes de reclamar que Deus não responde as suas orações, avalie se elas passam pelo crivo da Palavra: confissão de pecado, perdão a quem lhe fez mal (Mc 11.25), relação conjugal em paz (1Pe 3.7) e vida sem religiosidade e hipocrisia (Is 1.11-15). Deus está pronto para ouvir suas orações, mas elas precisam estar alinhadas à sua vontade. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 4-6 Antes de reclamar que Deus não responde as suas orações, avalie se elas passam no crivo da Palavra. 18 ABR EZEQUIEL 37.1-14 – 117 CC Liane Nepomuceno DIANTE DE OSSOS SECOS “Porei o meu Espírito em vocês, e vocês viverão, e eu os estabele- cerei em sua própria terra. Então vocês saberão que eu, o Senhor, falei, e o fiz seus companheiros, palavra do Senhor” (v.14). Deus dá uma missão muito dura para Ezequiel cumprir dian-te de uma geração seca espiritualmente. No texto, encon-tramos verdades para praticar em tempo de desesperança: • Precisamos ter a visão de Deus para enxergar dentro da reali- dade, pois quando olhamos com os olhos divinos, vemos além do impossível. Portanto, o olhar deve ser com honestidade: veja os ossos secos; • Precisamos vencer a incredulidade. Mesmo enxergando a se- quidão, devemos crer na possibilidade da mudança. Sem fé só resta a razão. É no mover do sobrenatural de Deus por meio da fé que a mudança acontece. Você crê que Deus pode mudar o cenário de ossos secos? Vença a incredulidade! Quando Deus está no controle, tudo pode acontecer. Até um milagre; • Precisamos ouvir e obedecer ao comando do Senhor. Profe- tizar sobre os ossos secos é obedecer ao Senhor, que põe em ação o poder da sua Palavra. Profira a Palavra de Deus, que cura, restaura e traz vida; • Precisamos deixar o Espírito Santo agir até o fim do processo. Mergulhe no mover do Espírito Santo (v.8,9). Lembre-se de que não é por força ou violência, mas pelo Espírito. Deus começou a grande obra e vai terminá-la. Onde há morte, ele pode fazer brotar vida. Onde há aridez, ele pode regar e tornar fértil. Esteja disponível para ouvir e obedecer à voz do Senhor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 7-9 Ouça e obedeça à voz do Senhor para trazer vida onde há morte. 19 ABR Liane Nepomuceno MATEUS 9.35-38 – 410 CC PRECISA-SE DE LÍDERES “Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara” (v.38). Embora seja notória a escassez e fragilidade dos líderes na atualidade, ouvimos falar muito sobre gestão de pessoas e liderança. Jesus já chamava a atenção em suas mensa- gens para esse fato. A Igreja do Senhor necessita de líderes que orientem, capacitem e conduzam o povo de Deus a campos ver- dejantes. Vamos, portanto, rogar ao Senhor que levante líderes que tenham o foco no Reino de Deus. A obra de Deus precisa de líderes que tenham a percepção correta da liderança divina. Que nunca percam o norte da vida, o senso da direção de Deus. Que perseverem na visão de Jesus (Jo 17.4) Que nunca percam a consciência de sua finitude, sa- bendo que somos humanos e temporais, ou seja, temos prazo de validade. Portanto, não somos eternos e insubstituíveis (Tg 4.14). Precisamos de uma liderança que não perca a paixão por gente. Deus amou as pessoas e por elas enviou seu Filho. Jesus morreu por pessoas! São elas o alvo do ministério. Nada é mais importante (Mt 11.28). E, finalmente, líderes que não percam a intimidade com Deus, pois ela é a fonte da inspiração e o segre- do da excelência do ministério. Uma vida no altar, de oração e santidade faz parte e é essencial para um líder segundo o cora- ção de Deus (Sl 25.14). Quem sabe não é você esse líder de que a igreja tanto pre- cisa? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 10-12 Esteja à disposição de Deus para ser o líder de que a igreja precisa. 20 ABR 2 TIMÓTEO 2.1-13 – 416 CC Liane Nepomuceno UMA VIDA VERDADEIRAMENTE CRISTÃ “Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar àqueleque o alistou” (v.4). No exercício da vida cristã, necessitamos primeiro ter cons-ciência da aliança com Cristo (Mc 14.24). Por meio dele, re-cebemos salvação (Ef 2.8,9), e com ela, o Espírito Santo, que nos ajuda em todas as coisas. Essa aliança nos incluiu na família de Deus e nos fez coerdeiros com Cristo, levando-nos a desfrutar de um relacionamento permanente com Deus Pai (Hb 9.15). Além do privilégio de sermos chamados filhos de Deus, temos o compromis- so de compartilhar com muitos a herança em Cristo. Isso nos leva à responsabilidade de não nos embaraçar com os negócios deste mundo. Ou seja, precisamos levar uma vida cristã focada em agra- dar ao general que nos alistou: Deus. No texto de 2 Timóteo, Paulo retrata a característica do bom soldado de Cristo: uma vida marcada pelo sofrimento por amor aos escolhidos, para que sejam salvos, isto é, uma vida sacrificial. Deve- mos nos apresentar a Deus aprovados, fugindo de contendas, evi- tando falatório profano, fugindo de paixões vãs, seguindo a justiça, a fé, o amor e a paz. Porque, como Paulo mesmo resume: “o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Nossa preocupação como cristãos não é em viver ou morrer, mas em agradar a Cristo na nossa vida e na nossa morte. Qual tem sido o foco de sua vida como cristão? Sua vida é uma dádiva divina. Como você está gastando seus anos? Deus deseja que nos gaste- mos para sua glória. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 13-15 Não se preocupe em viver ou morrer, mas em agradar a Cristo na vida e na morte. 21 ABR Daniela Soares DANIEL 1.17-20 – 9 CC CAPACITADOS POR DEUS “O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir o rei” (v.19). Os judeus Daniel, Mizael, Hananias e Azarias eram jovens pro-vados e aprovados por Deus. Além de toda comunhão que já tinham com o Senhor, foram beneficiados com uma extrema capacidade de aprendizado e conhecimento da ciência (v.17). A ciência não é inimiga de Deus. O conhecimento puro das coisas não contraria o Criador. Usemos o conhecimento da ciência para glorificar o Senhor, para mostrar ao mundo que a fé no Deus do Universo não “emburrece” a pessoa, e, tendo o Senhor em nossa vida, somos ainda mais capacitados e habilitados por ele para lidar com a ciência. Essa capacitação leva o cristão até a discernir os enganos do conhecimento humano. Isso é fácil de entender, já que nosso Senhor é a Verdade. O contrário, contudo, não acontece: a ciência não discerne a fé. Não é possível conhecer Deus através da sabedoria do mundo (1Co 1.21). É inútil tentar compreender os caminhos do Senhor usando apenas a inteligência humana. Na verdade, isso irá frustrar as pessoas que tentarem esse caminho. Paulo adverte os irmãos em relação à pregação que não anda junto com o poder de Deus (1Co 2.4,5). Quem recebe o Espírito Santo está apto a compreender as coisas de Deus e não precisa temer a ciência humana, mas, pelo contrário, é capaz de discerni-la e até dominá-la. Assim foi com Daniel e seus amigos, que exaltaram a Deus nas duas dimensões de conhecimento. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 16-18 A fé no Deus do Universo não “emburrece” a pessoa, mas nos capacita a conhecer mais e usar a ciência com sabedoria. 22 ABR MATEUS 26.6-13 – 131 CC Daniela Soares ADORAÇÃO PROFUNDA “[...] aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa” (v.7). Quando uma mulher ‘entra em cena’ na Bíblia, pode se es-perar algo inédito”, disse uma pregadora do evangelho. É interessante essa fala, e se encaixa perfeitamente no texto lido. Essa mulher que encontramos na leitura do evangelho real- mente surpreendeu a todos com o nível de percepção de quem Jesus é. Podemos afirmar que ela tinha elevado entendimento da grandeza de Cristo, tendo em vista o nível de adoração que ela prestou: entregou algo de grande valor sem nenhuma resistência às opiniões alheias. Já a reação dos discípulos é um tanto estranha. Dizendo-se racionais e “sábios”, reprovaram-na de pronto. Ao que nos pare- ce, a adoração da desconhecida incomodou todos que estavam no local, inclusive aqueles que já andavam com Jesus há anos. Estariam mesmo preocupados com os pobres (v.9)? Estariam, por outro lado, inconformados por se depararem com alguém que prestou um culto mais sincero que eles? A adoração sincera de outras pessoas nos incomoda ou nos inspira? Em vez de julgar a forma de adoração do outro, não deveríamos também encontrar um caminho de entrega real ao Senhor? Há níveis de intimidade e conhecimento de Deus, e isso muda a profundidade da adoração (Os 6.3). Se formos rasos no conhe- cimento de Deus, seremos rasos na adoração. Mas se olharmos firmemente para a grandeza de Deus e desejarmos sua presença todos os dias, atingiremos o alvo que ele mesmo estabeleceu: se- remos para o louvor da sua glória (Ef 1.11-14)! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | JUÍZES 19-21 Se formos rasos no conhecimento de Deus, seremos rasos na adoração. “ 23 ABR Daniela Soares MATEUS 28.16-20 – 296 CC ENSINO TRANSFORMADOR “Ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei [...]” (v.20). Assim que concluiu sua missão aqui entre nós, Jesus falou daquilo que espera que façamos em testemunho do que ele fez. Somos comissionados a fazer discípulos, batizar e ensi- ná-los a obedecer aos ensinamentos do Filho de Deus. Por isso, o ensino da Palavra de Deus é tão vital para o evangelho. Não há o que se discutir nesse aspecto. A Escola Bíblica Dominical tem sido uma ferramenta eficaz para o cumprimento dessa ordem que Jesus deixou. Ela não pode perder sua essência: ensinar a Palavra de Deus. Ela precisa estar centrada na necessidade real da igreja, e não em vontades e opi- niões alheias. Quando a igreja é direcionada pelo Espírito Santo de Deus, recebe os ensinamentos de Jesus em sua essência e não se desvia por meio de ideologias humanas. O ensino precisa ser transformador. Jesus disse que era para se executar um ensino que levasse as pessoas a agirem de acordo com o que ele ensinou. Não é necessário apenas conhecer, mas ser transformado pela renovação da mente (Rm 12.2). O que o Se- nhor disse é que o ensino levaria as pessoas a também serem seus discípulos. Tem sido assim? O que falta nas nossas ferramentas de ensino para que cheguemos a esse resultado? O ensino para conhecimento do que diz a Escritura é impor- tante, mas não atinge por completo o alvo estabelecido pelo Se- nhor. Ele espera da igreja que ela ande como ele andou e ensine outros a fazerem o mesmo. Seja como aluno ou como um líder na Escola Bíblica, nós fazemos parte do cumprimento dessa ordem do Mestre. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | RUTE 1-4 Que o ensino de nossas Escolas Bíblicas seja realmente transformador. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 17 DE ABRIL Quando Deus não atende uma oração Quebra-gelo (5min): Você já teve uma oração não atendida? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 17 de abril. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Quando uma oração é egoísta? 2. O que fazer quando Deus não responde a uma oração nossa ou responde de uma maneira que não gostamos? 3. De que forma devemos nos achegar a Deus em oração? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Jeremias 33.1-8SEMANA 16 24 ABR Daniela Soares JOÃO 4.4-26 – 298 CC O FLUIR DO RIO “Mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornaránele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v.14). O ensino de Jesus saciava as pessoas, encontrava no interior delas a lacuna exata. Era a resposta, a verdade necessária, o supri-mento. Para a mulher da cidade de Samaria, não foi diferente. Cada pessoa que se encontrava com Jesus recebia uma lição espiritual. Não era algo teórico ou intelectual. Aliás, as coisas espiri- tuais não são explicadas pela intelectualidade humana: “Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu pela sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da pregação” (1Co 1.21). Era pela manifestação do Espírito de Deus em sua vida que Jesus carregava a mensagem. Afinal, ele mesmo é a encarnação da Verdade de Deus. A mulher sobre a qual lemos não entendeu a mensagem a prin- cípio, pois estava olhando com visão natural. Ela achava que Jesus estava falando de sede e água naturais, mas em algum momento seus olhos foram abertos e ela percebeu quem falava com ela. A água que Jesus ofereceu, ao ser bebida, tornar-se-ia um rio nela. Que incrível! Ela, então, começa a fluir sobre outros a partir daquilo que viveu com Jesus. Ela se tornou a própria mensagem (4.39). Que nossa vida seja essa fonte para as pessoas ao redor, um rio que começa a jorrar a partir da nossa experiência pessoal com Cristo. Que o ensino bíblico não seja uma mera aula de exposição de conteúdo, mas um fluir dessa “fonte de água a jorrar para a vida eterna” (4.14) n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 1-3 Que nossa vida seja um fluir da fonte de água a jorrar para a vida eterna. 25 ABR DANIEL 2.24-30 – 7 CC Daniela Soares TODA GLÓRIA AO SENHOR “Mas existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Ele mostrou ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias” (v.28a). Neste tempo, quando a humanidade está cada dia mais “empo-derada” e amante de si mesma, é preciso estar atento e lutar para não se enveredar por um caminho de autossuficiência e culto a si mesmo. Daniel era uma pessoa ilustre em todos os sentidos: tinha posição social, sabedoria e inteligência fora do comum (v.20). Ele, todavia, não se esquecia em momento algum da sua dependência de Deus. Ao ser perguntado sobre sua capacidade de revelar o sonho do rei, Daniel fez referência ao que Deus poderia fazer, e não a si próprio: “existe um Deus nos céus que revela os mistérios.” Quando falamos “Glória a Deus!”, estamos dizendo: “Eu não sou ca- paz, mas ele é!” Isso deve ser sincero, vir do nosso coração, não pode ser uma fala vazia. Quando o Senhor nos capacita a dar algum fruto, realizar algo ou ser vitorioso em uma batalha, todo reconhecimento deve ser dado a ele, pois é dele que vem nossa capacidade (2Co 3.5). Isso servirá de testemunho, principalmente para os descrentes, como foi na história de Daniel (1.47). Nossa rotina de oração indicará se existe essa dependência. Se en- tendo que preciso de Deus para tudo, até nas coisas mais simples, viverei em constante oração, sempre pedindo a intervenção divina. Tem sido assim? E quando as respostas chegarem e forem percebidas até pelas pessoas, faremos questão de dizer: toda glória ao Senhor! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 4-6 Que nos lembremos sempre de dar a Deus a glória que lhe é devida. 26 ABR Marisa Vieira 2 SAMUEL 12.1-25 – 37 CC SEM DESCULPAS "Então Davi disse a Natã: ‘Pequei contra o Senhor!’ E Natã respondeu: ‘O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá’” (v.13). Como seres humanos, temos uma tendência a justificar nossas ações. Chegamos a nos desculpar, mas sempre ex-plicando o que nos levou a cometer tal erro, como se essas explicações fossem diminuí-lo. As desculpas que damos nos dão uma falsa sensação de que fizemos a coisa errada pelos motivos certos. Davi é confrontado pelo profeta Natã por seu pecado ao to- mar para si Bate-Seba e colocar Urias, seu esposo, na frente de batalha para que morresse. O profeta o confronta usando uma história para ilustrar seu ato. Ao ouvir a história, o rei usa de justiça e diz que a pessoa que cometeu tal erro merecia a morte. Ao receber a informação do profeta Natã de que ele mesmo era essa pessoa, Davi não desculpou o seu pecado, mas reconheceu seu erro. O rei poderia ter dito que estava ansioso pela guerra, solitário ou mesmo que a tentação foi muito forte para ele su- portar. Ele, porém, fez o certo, o justo: reconheceu seu erro sem dar desculpas para seu pecado e assumiu as consequências. Para o pecado não há outra saída senão confissão e arrepen- dimento. É derramar o coração com sinceridade, dizer: “Pequei, Senhor!”, e ser transformado por ele, que é também misericor- dioso, fiel e justo para nos perdoar e purificar. Assim como Davi, confesse a Deus o seu pecado com sinceridade de coração. Viva sem desculpas, perdoado pelo Senhor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 7-9 Para o pecado não há outra saída senão confissão e arrependimento. 27 ABR GÁLATAS 3.1-7 – 46 CC Marisa Vieira PELOS ESFORÇOS DE CRISTO “Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio?” (v.3). É comum ouvirmos com atenção histórias de pessoas que superaram suas condições e prosperaram na vida acadê-mica, financeira, familiar... Ao ouvir essas histórias, come- çamos a dizer que são apenas os esforços que nos conduzem a uma vida de perfeição do ponto de vista humano. O problema é quando queremos que esse mesmo conceito se aplique à vida cristã. A essa altura já estamos nos esquecendo da nossa expe- riência de conversão, do primeiro encontro com Cristo, quando nos reconhecemos pecadores, e passamos a nos classificar como pessoas boas. Passamos então a enxergar a vida cristã como mé- rito nosso, não de Cristo. No texto lido, Paulo exorta os cristãos da Galácia enfatizan- do que a fé em Cristo é o que nos salva, não nossos próprios esforços. Se partirmos do princípio do mérito, merecíamos a morte, mas pelos esforços de Cristo na cruz temos a vida eter- na. Não somos pessoas boas, mas pecadores transformados por Jesus que o buscam diariamente. Não somos mudados por um comportamento externo, mas pela transformação diária de uma vida com Jesus, que começa no dia em que o recebemos como Senhor e Salvador. Louvado seja o Senhor pelos perfeitos esforços de Cristo, pois pelos seus méritos somos salvos e santificados! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 10-12 Merecíamos a morte, mas pelos esforços de Cristo na cruz temos a vida eterna. 28 ABR Marisa Vieira JEREMIAS 17.5-11 – 366 CC PERMANECER NO SENHOR “Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está” (v.7). Confiança é uma virtude cada dia mais diluída. Podemos ver esses reflexos na família, na vida pública, nos relacionamen-tos. A Bíblia nos adverte sobre a confiança no homem co- locada acima da confiança no Senhor. De longe, olhamos para a história do povo de Deus, que de tempos em tempos se afastava dele, e damos nosso veredito, mas somos mais parecidos com esse povo do que pensamos. Não temos imagens, mas idolatramos ho- mens, políticos, influencers. Substituímos a fé no Senhor por esses ídolos que criamos em nossos corações. Em contrapartida, quem confia no Senhor permanece com vi- talidade. Pode vir o calor e a seca, mas ele permanece, pois confia naquele que não muda. Confiar no Senhor às vezes não muda o ambiente, mas nos ensina a lidar com qualquer circunstância. Há também a confiança que busca apenas bênçãos indivi- duais, como se confiar fosse garantia de que Deus sempre agirá em nosso benefício. O propósito dessa confiança está em si, não no Senhor. Logo, assim que a adversidade vem, essa confiança desmorona como um castelinho de areia na praia. Confiar no Senhor é permanecer leal, mesmo quando as coi- sas estão difíceis. É saber que Deus, em sua soberania, não nos abandona, e que sua companhia já é mais que suficiente para passarmos pelas adversidades. Que o Senhor renove nossa fée que permaneçamos nele, não por nós, mas por quem ele é. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 13-15 Quem confia no Senhor tem raiz, está seguro nele. 29 ABR APOCALIPSE 21.1-7 – 521 CC Marisa Vieira DIAS MELHORES PARA SEMPRE “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (v.4). Quando eu era criança, minha tia sempre contava como se-ria o céu por meio de um grande livro da APEC. Consigo visualizá-lo ainda hoje, lembrando que no céu não haveria vacina, remédio, dor. Para uma criança que morria de medo de vacina, aquilo era uma notícia e tanto. Como eu desejava morar “na casa de meu Pai”! Ao olhar para o mundo e suas tragédias, entristecemo-nos. Buscamos solucionar nossos dilemas e nos deparamos com ou- tros. Olhamos para as consequências do pecado, para a violência, para as doenças deste tempo, para a falta de amor e desejamos esperança de dias melhores. Esperança de um mundo sem peca- do, sem guerra, sem dor. O texto de Apocalipse que relata a nova Jerusalém nos faz retornar à esperança de vida eterna que temos, quando não teremos guerra, dor, sofrimento, quando não vivere- mos debaixo das consequências do pecado. Olhar para o céu enche o nosso coração de alegria, mesmo quando os dias são maus. Faz-nos compartilhar essa novidade de vida para que outras pessoas tenham também a esperança da eternidade com Jesus. Que mirar o céu e sonhar com a eternidade com Cristo encha os nossos corações de esperança de que dias melhores virão eter- namente. E que compartilhemos essa esperança com aqueles que ainda não conhecem Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 16-18 Olhar para o céu enche o nosso coração de alegria, mesmo quando os dias são maus. 30 ABR Marisa Vieira LUCAS 8.1-3 – 462 CC LIVRES PARA SERVIR “Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças” (vv.1,2). Hoje é o Dia Nacional da Mulher, data criada em homena-gem a uma mulher que ajudou a articular o voto femini-no no Brasil. Como mulheres brasileiras, hoje temos mais liberdade para fazer escolhas legais do que em tempos atrás, mas isso também nos aponta para a responsabilidade das nossas escolhas. Havia no ministério de Jesus mulheres que o seguiam. Algu- mas eram ricas e influentes, e o serviam no sustento também. Mulheres que usaram sua liberdade, sua influência e seus bens para seguir Jesus e servi-lo. Mulheres que foram libertas, que ouviram a voz do Mestre, que foram confrontadas por ele em suas vidas de pecado. Hoje as mulheres têm liberdade para estudar, trabalhar, vo- tar e viajar, mas a mais preciosa liberdade não foi conquistada por homens, foi conquistada por Jesus, que mesmo sendo Deus, sujeitou-se à vontade do Pai numa cruz. De todas as escolhas femininas, escolher seguir o Mestre é a mais importante delas. Que utilizemos as ferramentas que o Senhor nos deu neste tempo para servi-lo, mas que não nos esqueçamos de que a maior liberdade nos foi dada numa cruz. Que a sujeição de Cris- to ao Pai seja o referencial de nossas escolhas. Que hoje, como cristãos, escolhamos servir ao Senhor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 19-21 De todas as escolhas femininas, escolher seguir o Mestre é a mais importante delas. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 26 DE ABRIL Sem desculpas Quebra-gelo (5min): Você já tentou justificar um erro mesmo sabendo que não era correto? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 26 de abril. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que temos a tendência de justificar nossos erros? 2. Qual deve ser nossa atitude quando confrontados por um erro? 3. Por que não devemos temer confessar nossos pecados a Deus? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e orar pedindo que Deus os ajude a ter humildade para confessar seus erros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. 2 Samuel 12.1-25SEMANA 17 01 MAI Nícolas Eller LUCAS 24.13-33 – 514 CC À MESA COM JESUS “Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles” (vv.30,31). No caminho de Emaús, estavam dois homens tristes, decep-cionados pela crucificação de Jesus, retornando a suas vidas sem seu Mestre. A esperança de redenção se esvaiu, a expec- tativa de que um novo reino viria e que Roma cairia acabou. O que restava agora era viver a vida sem Cristo, que estava morto. Jesus os encontrou no caminho, mas eles não o reconheceram. Continuaram tristes e sem esperança. Eles conversaram, Jesus ouviu suas aflições, falou com eles e lhes expôs o significado do que acon- teceu. Tentando lhes trazer esperança, ele disse que seria necessário o Cristo morrer e ser crucificado, e que ressuscitaria ao terceiro dia, conforme as Escrituras, desde Moisés, passando pelos profetas. Mas ainda assim eles não o reconhecem. Quando os discípulos chegaram à aldeia para onde estavam indo, o dia já estava findando. Eles convidaram o desconhecido para se juntar a eles. Jesus sentou-se à mesa, partiu o pão e deu graças. Seus olhos se abriram. Eles, então, conseguiram reconhecer seu Mestre. Quantas vezes em nossa vida nos sentimos sem esperança! Pa- rece que Jesus se foi e não há mais ninguém conosco. Às vezes, tão cansados ou tristes, expomos nossa alma, partilhamos nossas tristezas, mas não conseguimos enxergar o Cristo presente ao nosso lado, ouvindo-nos e cuidando de nós. Jesus está sempre conosco, ainda que não consigamos enxer- gá-lo. Que o Senhor nos dê olhos capazes de percebê-lo ao nosso lado, mesmo nos dias mais difíceis e sombrios. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 22-25 Quando cansados e tristes, Cristo está presente, ouvindo-nos e cuidando de nós. 02 MAI ATOS 16.16-40 – 454 CC Nícolas Eller ALEGRIA EM MEIO ÀS LUTAS “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam” (v.25). Após a humilhação e dor dos açoites, à meia-noite, Paulo e Silas estavam entoando hinos em louvor a Deus. O cenário é o mais estranho possível: celas insalubres, cheias de ratos e insetos, escuras, normalmente regidas por gritos de dor ou pro- fundo silêncio, homens presos a correntes, com medo da morte ou raiva da vida. Agora eles ouvem um novo repertório, no mínimo, inesperado. Em vez de gritos, hinos de louvor ao Senhor. Que coisa inconcebível! Talvez tenha sido motivo suficiente para que eles não saíssem quando as grades abriram. Estava claro que tanto a música quanto o tremor que veio depois eram divinos. Como é possível que dois homens, após terem sido açoitados e presos, estivessem louvando ao Senhor? Que força inabalável é essa que lhes permitia resistir a tanta dor e aflição com graça? Essa força é Cristo! Ao construirmos nossa vida sobre ele, temos nossos ideais em sua vontade, e nossas ações, pautadas por sua Palavra. Nossa mente é transformada, e nos tornamos uma casa forte, bem edificada, que, mesmo com ventos e tribulações, ficará firme sobre a Rocha. Não são os açoites que controlam sua vida e sua alegria, nem mesmo a humilhação ou a prisão. Quem controla sua vida é Cristo. Se sua casa está construída nele, você poderá entoar louvor mesmo em meio às lutas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 26-28 Se sua casa está construída em Cristo, você poderá entoar louvor mesmo em meio às lutas. 03 MAI Nícolas Eller DEUTERONÔMIO 22.1-8 – 419 CC DIA A DIA COM DEUS “Quando algum devocês construir uma casa nova, faça um parapeito em torno do terraço, para que não traga sobre a sua casa a culpa pelo derramamento de sangue inocente, caso alguém caia do terraço” (v.8). No texto acima, a palavra do Senhor é dirigida em específico para os pedreiros daquela época, aos construtores de casas. A lei por ela definida é bem simples: construa sempre um parapeito no terraço da casa para que ninguém acabe caindo. A relação de Deus com o pedreiro nesse texto é uma relação ordinária, comum. Se ele quer obedecer ao Senhor, precisa fazer seu trabalho com amor, e preocupado com aquele que vai gozar do fruto do seu serviço. Fazendo seu trabalho assim, estará servindo ao Senhor em todos os momentos em que estiver trabalhando. Muitas vezes, nós separamos um lugar específico para Deus em nossos dias. Sempre lemos o Manancial pela manhã ou oramos an- tes de dormir. Podemos, inclusive, separar os domingos para cultuar ao nosso amado Deus. O relacionamento com o Senhor, entretanto, vai além disso, tem que ser por meio de tudo o que fazemos. Se sua função hoje é cozinhar para sua família, faça isso com todo esmero e amor pelos que vão comer, servindo como Jesus. Se hoje você vai ter uma reunião importante em seu trabalho, preocupe-se em demonstrar a honestidade e amor do seu Deus em cada palavra. Se hoje é dia de passar tempo com seu filho, trate-o com o amor e a graça que recebemos todos os dias do nosso Pai. Fazendo todas as coisas com amor e como ao Senhor, nossa vida ordinária se transformará em uma vida extraordinária na presença constante do nosso Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 SAMUEL 29-31 Nossa vida ordinária se transforma em uma vida extraordinária quando vivemos na presença do nosso Deus. 04 MAI ATOS 8.26-40 – 335 CC Nícolas Eller EVANGELIZADORES “Ele respondeu: ‘Como posso entender se alguém não me explicar?’ Assim, convidou Filipe para subir e sentar-se ao seu lado” (v.31). A primeira pessoa para quem eu falei de Jesus foi minha avó. Na época, eu era um recém-convertido de 13 anos, e ela, uma senhora de mais de 60 anos. Todas as noites, eu lia a Bíblia junto com ela, fazia uma oração e depois ia dormir. Certo dia, ela me disse que queria aceitar Jesus. Fiquei muito feliz e contei para minha mãe, que participava de tudo isso. Mi- nha avó decidiu se desfazer das muitas imagens que tinham em seu quarto e ficou ainda mais interessada por nossas leituras e orações. Alguns meses depois, eu estava lendo com ela esse mesmo texto sobre Filipe e o Eunuco. Ela me disse que queria ser batiza- da. Eu achei que seria difícil fazermos isso, e tentei desestimu- lá-la, mas ela, motivada pela Palavra, disse-me: “Meu neto, eu já decidi. Quero ser batizada e ponto.” Minha mãe falou com nosso pastor, que providenciou tudo. Minha avó foi batizada, e hoje está com Cristo, mas isso só foi possível porque a conversão dela não teve nada a ver comigo. Quem convence do pecado é o Espírito Santo. Filipe foi envia- do pelo Espírito para um caminho. Pelo Espírito, aproximou-se da carruagem. Pelo Espírito, encontrou um homem sedento, em quem Deus já estava agindo e transformando. Filipe apenas es- tava disponível para Deus. Você deseja a conversão de alguém? Esteja disponível para o Senhor, e ele fará o resto. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 1-3 A conversão de alguém é obra de Deus. Esteja disponível para ser usado por ele nesse processo. 05 MAI Nícolas Eller MATEUS 6.19-21 – 485 CC FOCO NA FÉ “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam” (vv.19,20). Vivemos em um mundo competitivo, pautado pelas aparên-cias. Desejamos mais, trabalhamos mais, temos muitas op-ções, muito entretenimento. Se algo não funciona, jogamos fora e compramos outro. Conhecemos novas séries, novas bandas, estreamos novos restaurantes, novos filmes, novos parques. Vive- mos em uma luta constante de ter e deixar de ter, pagamos as contas que sempre chegam e criamos outras ainda a chegar. Nosso coração está cheio do quê? Cheio do desejo de ter mais dinheiro e uma vida mais confortável? Cheio do desejo de dar aos nossos filhos o melhor estudo e as melhores oportunidades? Cheio do desejo de conhecer tantos lugares desse mundo lindo criado pelo Senhor? Enchemos nosso coração de muitas coisas, mas nos esquecemos de nossa eternidade. Vivemos a vida como imortais, sem nos preocupar que hoje, talvez, possam pedir a nossa alma. O texto bíblico nos diz para não acumular, para não dedicar nosso tempo e foco em coisas vãs. Devemos trabalhar, devemos ter uma casa onde morar e comida para comer, mas o foco de nossa vida tem que ser glorificar a Deus e levar outros a conhece- rem Jesus. O maior tesouro nos céus são as vidas que Deus levou aos pés de Jesus por meio de nós. Que o seu maior objetivo hoje seja “popular” o céu, mesmo que para isso tenha que esvaziar os bolsos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 4-6 Que as riquezas deste mundo não o impeçam de fazer o que é realmente importante. 06 MAI MARCOS 10.13-16 – 542 CC Carmen Lígia FAÇA UMA CRIANÇA SORRIR “Em seguida, tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou” (v.16). Caminhando pelas ruas da cidade de Medellín, aproximei-me de uma criança indígena de uns 6 anos que estava sentada na calçada chorando. Sentei-me ao seu lado e perguntei por que chorava. Ela disse que estava muito triste, mas por mais que eu insistisse, ela não quis me dizer o porquê da sua tristeza. Ofereci um lanchinho, mas ela não quis. Contei-lhe sobre Jesus e como ele a amava e desejava que ela fosse feliz. Depois segui caminhando, mas com o coração atribulado. Como não conseguia continuar tranquila, mais adiante comprei um pirulito e regressei para onde ela estava sentada ainda chorando. Quando entreguei o pirulito, os olhos dela se abriram e ela me perguntou como eu tinha descoberto o que tinha acontecido com ela. Quando viu que eu não sabia de nada, contou-me que um senhor tinha passado e lhe dado justamente um pirulito igualzinho, mas um menino grande passou e tomou da sua mão. Ela abriu o seu grande presente, deu-me um lindo sorriso, que jamais poderei esquecer, e quando falei de Jesus para ela, perguntou-me se ele tinha me contado sobre o pirulito. Muitas vezes um gesto simples faz toda a diferença na vida de muitas pessoas, especialmente das crianças. Deixo um desa- fio para você: nesta semana, faça uma criança sorrir. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 7-9 Muitas vezes um gesto simples faz toda a diferença na vida das pessoas, especialmente das crianças. 07 MAI Carmen Lígia MARCOS 4.35-41 – 328 CC MEDO? JESUS ESTÁ NO BARCO! “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” (v.40). Durante muitos anos, escutei adultos me dizendo: “Porque você está com medo? Não confia em Jesus?” Isso foi um peso grande para mim como criança, porque eu tinha muitos me- dos. Anos depois, já como missionária na Colômbia e aconselhando crianças com a Bolsa Verde do Projeto Calçada, encontrei Marina, que tinha 11 anos e chorava ao contar que a guerrilha colocou uma bomba na rua onde vivia e danificou a sua casa. Assim, a sua família precisou viver em uma fundação. Ela estava assustada, porque os seus pais diziam que iriam re- gressar para o povoado. Estava com muito medo, e disse que se via como uma lagoa grande, onde os peixes nadam tranquilos, mas que de repente alguém move a água e começam a aparecer ondas fortes e perigosas. Contei-lhe a história de quando os discípulos estavam no barco em meio à tempestade, cheios de medo. Jesus, porém, que dormia tranquilo porque não tem medo de tempestade, acordou e acalmou o mar e o vento. Marina disse sorrindo: “Se Jesus está comigo, não preciso ter medo.” Ela orou entregando o seu coração a Jesus e saiu sorrindo, dizendo: “Agorasou como o vento, porque me sinto livre.” É isso o que Jesus faz quando estamos no meio de um grande problema, de uma enfermidade, desesperados e aflitos: tranquili- za-nos, acalma-nos e fortalece a nossa fé. Como humanos, temos medo, mas não podemos nos esquecer de que Jesus está no barco. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 10-12 Não estamos sozinhos. Jesus está no barco! BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 07 DE MAIO Medo? Jesus está no barco! Quebra-gelo (5min): Você se considera uma pessoa medrosa ou corajosa? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 07 de maio. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Muitas situações podem nos causar medo. Do que você mais tem medo? 2. O que você faz quando sente medo? 3. Como você pode ajudar outras pessoas a enfrentarem seus medos? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e orar pedindo que Deus os ajude a enfrentar seus medos olhando para Cristo. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Lucas 9.23-27SEMANA 18 08 MAI Carmen Lígia SALMOS 8 – 319 CC A QUEM ESTAMOS RENDENDO LOUVOR? “Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos firmaste o teu nome como fortaleza” (v.2). Como adultos orgulhosos que somos, acreditamos que so-mos nós que ensinamos às crianças, porque elas dependem de nós. Creio que somos chamados por Deus para guiar as crianças a Cristo. Ele nos ensinou essa verdade. Mas creio também que elas conseguem ter uma relação tão linda com Deus que mui- tas vezes são elas que nos ensinam a verdade espiritual. O salmo da nossa meditação mostra a importância que Deus dá às crianças. No grego temos uma linda tradução: “Da boca das crianças aperfeiçoaste o louvor.” Conheci no Panamá uma igreja em um bairro pobre que es- tava muito animada para começar um PEPE. Os líderes reuniram muitas crianças de 4 a 6 anos para ouvirem as histórias bíblicas. Ao finalizar, sentei-me no meio delas e comecei a conversar. Então uma bem pequena me disse, sorrindo: “Eu sei cantar!” Quando pedi que cantasse para mim, ela disse: “Isso não. Eu somente sei cantar para Deus!” Ri discretamente e pedi então que cantasse para Deus, mas que me deixasse escutar. Ninguém pode calar as crianças quando abrem a boca para lou- var a Deus. Como aprendo com elas! Ao terminar aquele dia, eu disse a Deus que também quero cantar somente para ele por toda a vida. Deixo com você a pergunta: quando você canta, quem está louvando? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 13-15 Ninguém pode calar as crianças quando abrem a boca para louvar a Deus. 09 MAI 2 TIMÓTEO 1.3-13 – 528 CC Carmen Lígia FAMÍLIA: UM PORTO SEGURO PARA AS CRIANÇAS “Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Loide e em sua mãe, Eunice, e estou convencido de que também habita em você” (v.5). Como esquecer os dias da infância? As viagens de trem, aprendendo cânticos com a minha avó – “Vou no trem das boas novas” – ou viajando no carro com a família, cantando: “Oh, eu amo a Cristo”, e nos revezando ao perguntar um a um: “Por que você ama a Cristo?” Tive o privilégio de nascer num lar cristão e aprender sobre o Deus de amor. Foi na família que recebi o amor por missões e o apoio para continuar no campo por mais de 30 anos. Como a família é importante no desenvolvimento espiritual da criança! Creio que algo assim aconteceu com Timóteo, que ao ser ama- do, cuidado e valorizado por sua família, tornou-se um aluno apli- cado e obediente. Fico imaginando Paulo chegando em Listra e conhecendo Timóteo. Ele deve ter se encantado pelo conhecimen- to de Timóteo, e tornou-se seu companheiro de viagem e mentor espiritual. Timóteo se destacou como um dos grandes homens do Novo Testamento e líder da Igreja Primitiva. Pensar na criança como um agente influenciador da socie- dade deve ser o nosso alvo. Seja proclamador das boas novas aos pequenos que passam por você e ofereça um sorriso e um abraço amigo. Seja uma influência positiva a todas as crianças que pas- sam pela sua vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 16-18 Sejamos doadores de boas novas a todas as crianças que passarem por nós. 10 MAI Carmen Lígia ATOS 20.13-38 – 417 CC QUANTO VALE UMA VIDA? “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (v.24). Quanto vale uma vida? Uma vida vale muito mais do que es-tamos dispostos a pagar. Seu valor é incomparável, porque só vivemos uma vez. Por isso, faz toda a diferença a forma como vivemos. Acompanhei durante 12 dias 25 jovens brasileiros que deixa- ram suas famílias, universidade, amigos e trabalho, economizaram e buscaram recursos para vir à Colômbia compartilhar uma única frase com muitos que estavam sem esperança: Deus ama você! Quando penso no sacrifício que fizeram, tudo que abandonaram, os riscos que enfrentaram nas ruas da cidade, fico impressiona- da. Vi sorrisos nos rostos cansados, mas satisfeitos, após um dia intenso de trabalho; observei abraçarem amorosamente pessoas rejeitadas; vi-os tristes no culto de despedida, com lágrimas nos olhos. Isso me fez pensar no verdadeiro valor de uma vida. O resultado daquele trabalho foram muitas vidas impactadas pelo poder do evangelho, muitos resgatados por Cristo, muitos despertados para um compromisso com Deus. Se o resultado fos- se apenas uma vida convertida, já teria valido a pena. Voltando à pergunta inicial, podemos responder com segu- rança que uma vida vale muito mais do que podemos pagar. Toda dedicação para compartilhar o amor de Deus com alguém tem muito valor para ele. Aproveite esta semana para dizer a alguém que sua vida vale mais para Deus do que o mundo inteiro. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 19-21 Precisamos compartilhar o amor de Deus com todos ao nosso redor. 11 MAI TIAGO 2.14-26 – 301 CC Michelle Moreira FÉ EM AÇÃO “Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta” (v.17). Toda boa dona de casa sabe que de tempo em tempo pre-cisa arrastar os móveis mais pesados do lugar para limpar onde a vassoura do dia a dia não alcança, retirar a poeira que, apesar de acumulada, não é visível a ninguém, mas que se não for retirada, pode trazer doenças, como rinite alérgica ou bronquite. Deus nos limpa em secreto por sua Palavra. Ele coloca luz sobre uma atitude ou pensamento errado, fazendo com que o que antes não entendíamos se torne mais do que óbvio. Dois es- tágios vêm a seguir: primeiramente, a tristeza por desagradá-lo durante tanto tempo, e, depois, a alegria por saber que somos alvo de tão grande misericórdia e nova oportunidade de viver segundo seu padrão. Para muitos, porém, a dificuldade está justamente nesse ponto. Embora muitas vezes saibamos o que precisa ser limpo em nossas vidas e tenhamos as ferramentas certas para assim fazer, não nos dispomos a começar a faxina, e tão logo a alegria se esvai. Embora saibamos que os mandamentos do Senhor não são difíceis de seguir (1Jo 5.3), porque ele mesmo habita em nós e nos habilita para assim vivermos, crer sem praticar é puro engano. Somente quando nos entregamos inteiramente, em re- núncia e esforço para mortificar tudo o que nos retira de sua presença, é que entramos no processo para alcançar a alegria perene. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 SAMUEL 22-24 Precisamos agir de acordo com o que cremos! 12 MAI Michelle Moreira SALMOS 32 – 269 CC CONFESSAR OU ESCONDER? “Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: ‘Confessarei as minhastransgressões ao Senhor’, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (v.5). No filme infantil “Riverdance”, Keegan se torna o responsá-vel por manter a luz do farol acesa e impedir que a escu-ridão impere. Descrente e entristecido com a perda de seu avô, porém, deixa de acender o farol, permitindo assim a chegada do Caçador. Este último recebe esse nome porque deseja roubar os chifres, matar os alces e destruir toda a vida na cidade irlandesa. Antes que os alces descobrissem e pudessem se defender, o Caçador aparece para Keegan, agradece por deixá-lo entrar e lhe faz uma proposta: “Venha para o meu mundo e tudo voltará a ser como antes.” Após rejeitá-la, Keegan é coagido pelo Caçador a não contar para ninguém que o teria visto, pois se o fizesse, denunciaria a si mesmo e seria culpado por trazer a escuridão. Assim como aconteceu com Davi, o caçador de nossas vidas também deseja que, numa busca de sermos aceitos e amados, escondamos os nossos pecados e falhas e assumamos falsa per- feição, sendo consumidos pelo medo da rejeição e pela culpa. Felizmente temos um Deus que nos amou tanto que entregou seu único Filho, mesmo sabendo que nós éramos e continuamos sendo pecadores (Rm 5.8, 1Jo 1.8-10). Ele tudo vê, mas espera que confessemos nossos pecados em sinal de arrependimento. Essa confissão nos reaproximará dele. Ele nos quer em sua luz. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 1-3 Não oculte os seus pecados. Confesse-os a Deus. Ele o perdoará. 13 MAI SALMOS 139 – 578 CC Michelle Moreira EXPOSTOS E AMADOS “E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (v.24). Gosto de pensar que a vida é como um labirinto. Nós vemos somente até a curva. Deus, lá de cima, vê de maneira com-pleta. Ele, através do seu Espírito, guia-nos por toda a jor- nada. E nós, no íntimo, ansiamos por vê-lo face a face, desejamos a plenitude de sua companhia. Durante o trajeto, porém, por vezes tomamos o caminho erra- do, seja por não ouvirmos com clareza a voz do seu Espírito, por distração ou mesmo porque, ouvindo-a, não a obedecemos, por falta de zelo, atraídos pela concupiscência da nossa carne ou pelo engano de considerar o conhecimento da criatura maior do que a sabedoria do Criador. Em outros momentos, o cansaço, o medo, o desânimo, a tristeza, a sensação de inutilidade ou a autoco- miseração também podem representar percalços nesse caminho, fazendo-nos desviar dele. Ludibriados pela nossa visão parcial, podemos momentaneamente paralisar, recuar ou até mesmo avançar cegamente na direção errada. Hoje, porém, quero dar graças, porque Deus se compromete a disciplinar como Pai (Hb 12.6) todos aqueles que receberam Jesus (Jo 1.12), convencendo-os dos pecados por meio do seu Espírito e fazendo-os voltar para o caminho certo. Para cada pecado con- fessado em sinal de arrependimento, ele tem perdão, correção e instrução certa (2Tm 3.16,17). Que Deus gracioso! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 4-6 Você tem confiança em Deus para fazer a mesma oração de Davi? 14 MAI Michelle Moreira JOÃO 15.1-5 – 330 CC INSUFICIENTES “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (v.5). Antes de minha filha Amanda nascer, eu pedia com frequên-cia a Deus que tratasse por completo o meu ser, de modo que eu pudesse ser para ela uma referência de mulher se- gundo o coração dele. O fato é que Deus começou seu tratamento intensivo em mim depois que ela nasceu. Nas ações de minha filha, refletindo as minhas, via traços da minha personalidade que ainda precisavam ser moldados. E como isso era desafiador! Em oração, derramei meu coração diante de Deus e perguntei: “Como posso admoestá-la se ainda há em mim impaciência, imaturidade emocional, entre tantas outras coisas?” Sua resposta a mim foi: “Ensine-a a depender de mim. Em sua insuficiência, ela saberá que eu sou o seu Redentor!” Hoje comemoramos o Dia das Mães. Se você é uma, sabe que Deus lhe deu uma missão: incutir sua Palavra no coração de seus filhos e ensiná-los a amá-lo de todo o coração. Mas como fazê- lo? Aprendemos que grande parte desse trabalho é por meio do nosso viver. Nossas atitudes são tão impactantes quanto nossas palavras. Mas, e se nós ainda estivermos em processo de aprender o que também nossos filhos estão aprendendo? Lembremo-nos de que nós, assim como eles, somos apenas ramos, e sem Jesus nada podemos fazer. Ensinemos, pois, a eles a maior lição: depender inteiramente de Cristo, a Videira Verdadeira. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 7-10 Nossos filhos precisam ter experiências pessoais com a Palavra Viva. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 08 DE MAIO A quem estamos rendendo louvor? Quebra-gelo (5min): Para você, o que significa louvar? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bíblico e a meditação do dia 08 de maio. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O que as crianças podem nos ensinar sobre louvor? 2. Você já aprendeu alguma lição com uma criança? Compartilhe. 3. De que forma podemos dar louvor verdadeiro a Deus? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e louvar o Senhor por quem ele é. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 8 - Mateus 6.31-34SEMANA 19 15 MAI Michelle Moreira 1 CRÔNICAS 17 – 564 CC TEMPLO: LUGAR DE ADORAÇÃO “Será ele quem construirá um templo para mim, e eu firmarei o trono dele para sempre” (v.12). Eu tinha um sonho de construir uma casa para o serviço de Deus. Ela teria uma sala com uma mesa de 12 lugares para o discipulado, uma cozinha para os projetos evangelísticos, um quarto de visitas para receber missionários, uma sala de TV para o cinema com as crianças e jovens e um quintal para as celebrações, que, pensava eu, seriam muitas. Davi, muito antes de mim, também desejou construir um templo para o Senhor. Ele morava num palácio, e a arca do Se- nhor, símbolo da sua presença, numa tenda. Davi desejava dar o melhor ao Senhor, mas foi Deus quem lhe prometeu que sua dinastia não teria fim, que seu filho construiria um templo para ele e o seu trono seria para sempre. Sabemos que Salomão construiu um templo para Deus, um lugar central de adoração. Em João 2.21, porém, entendemos que o templo era o corpo de Jesus, onde repousava o Espírito de Deus (Jo 1.32), e é a dinastia dele que não terá fim. Jesus, a raiz de Davi (Ap 5.5), rendeu perfeito louvor ao Pai. Em Atos 2.38, Pedro responde à multidão no dia de Pente- costes: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e recebe- rão o dom do Espírito Santo.” Desde aquele momento, todos os que o receberem como seu Salvador serão templo do Espírito do Senhor, o lugar de sua adoração. Que privilégio! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 11-13 Nossa vida é o verdadeiro lugar da adoração a Deus. Consagremo-nos para seu serviço. 16 MAI LAMENTAÇÕES 3.19-33 – 339 CC Miriã Reis LEMBRAR-SE DO QUE TRAZ ESPERANÇA “Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança” (v.21). Muitas coisas podem ativar nossa memória. Gosto muito de olhar fotografias, pois elas me lembram de momentos marcantes, alguns felizes e engraçados, vitórias pessoais ou pessoas que partiram e deixaram saudade. No texto de hoje, o profeta exorta a si mesmo e a nós sobre o que devemos lembrar. Ele nos alerta onde devemos colocar nossa esperança: nas misericórdias do Senhor. Elas são a causa de não sermos consumidos pelo sofrimento, que pode surgir a qualquer momento. Suas misericórdias são infinitas e repletas de sua bon- dade e fidelidade. Lembrar-nos dessa verdade nos trazesperança de dias melho- res. Assim como olhamos uma fotografia e nos lembramos do pas- sado, precisamos ativar nossa memória para aquilo que o Senhor já realizou por nós e nos lembrar de como ele nos ajudou, curou, supriu e nos auxiliou nas mais diversas situações. Lembrar-nos de quem o Senhor é e de que suas misericórdias nunca acabam traz esperança e a certeza de que vale a pena esperar nele. Não permita que seu coração se entregue à tristeza ou às in- certezas. Traga à sua memória tudo o que o Senhor já fez por você e alegre-se na certeza de que Deus continuará cuidando de você, pois ele não muda e é bom para todos os que esperam por ele. Lembre-se da fidelidade do Senhor e renove sua esperança naquele que a cada manhã nos enche de sua graça e bondade. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 14-16 Que nossa memória hoje e sempre seja inundada com as lem- branças das misericórdias diárias e infinitas do Senhor. 17 MAI Miriã Reis MATEUS 6.25-34 – 314 CC VOCÊS VALEM MAIS “Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês mais valor do que elas?” (v.26). A palavra de Deus nos ensina a não andarmos ansiosos com nada, mas lançarmos nossa ansiedade sobre o Senhor, por-que ele tem cuidado de nós. Por que, então, ainda ficamos preocupados com os cuidados desta vida? Jesus responde aos seus discípulos dizendo que eles eram ho- mens de pequena fé. Como discípulos de Jesus, também podemos cometer o erro de duvidar do cuidado do Senhor e tentar resolver as coisas, em vez de buscar fazer sua vontade, deixando com ele o suprimento de nossas necessidades. Para enfatizar o cuidado especial de Deus, Jesus manda que seus discípulos observem as aves e as flores, exemplos da natureza, totalmente dependentes de seu criador para sua sobrevivência. Jesus então pergunta, e já sabemos a resposta: “Será que vo- cês não valem muito mais do que os pássaros?” Será que ainda não aprendemos que não precisamos nos preocupar com abso- lutamente nada? Somos muito mais valiosos para Deus do que os passarinhos ou qualquer outra criatura! Ele cuida e cuidará de cada detalhe de nossa vida. Ele sabe tudo de que precisamos. Então deixemos esses cuidados para Deus. Busquemos seu Reino e sua justiça, e aquilo de que necessitamos nos será dado conforme sua perfeita vontade. Que não sejamos pessoas de pequena fé, mas discípulos depen- dentes e confiantes na provisão e cuidado diários do nosso Pai. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 17-19 Quando a preocupação chegar, olhe para as aves, agradeça a Deus por cuidar de você e entregue a ele seus anseios. 18 MAI FILIPENSES 4.11-13 – 395 CC Miriã Reis APRENDENDO A SATISFAÇÃO “Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância” (v.11). A melhor maneira de aprender algo é fazendo ou passando pela experiência do aprendizado. Não é possível saber o que é ter abundância ou necessidade sem viver essas realidades. Paulo nos mostra que ele aprendeu o segredo de estar satis- feito em qualquer circunstância, fosse ela favorável ou não, e a se adaptar nos dias bons e nos maus. O segredo é a força que Deus lhe deu. Ele aprendeu na situação, e não apenas ouvindo sobre ela. Passar por momentos de privação ou dor nunca será fácil. Seja qual for a circunstância que você está vivendo hoje, é uma opor- tunidade para aprender a estar satisfeito com o que Deus está lhe permitindo viver. Só poderemos dizer que podemos passar por todas as situa- ções da vida se formos fortalecidos pelo Senhor, pois sua força nos ajuda a enfrentar qualquer circunstância, e então poderemos di- zer que podemos tudo – podemos viver momentos bons ou ruins, favoráveis ou não, necessidade ou fartura. Com a força que vem de Cristo, podemos todas as coisas. Paulo “aprendeu a adaptar-se”. Nem todo aprendizado é rápi- do ou fácil. Como aprendizes, temos que ter a disposição de nos adaptar a tudo que nosso mestre colocar à nossa frente, e com sua força, diremos: “Tudo posso naquele que me fortalece!” A verdadeira satisfação vem de um coração aprendiz, disposto a adaptar-se a qualquer circunstância, passando por ela contente, sabendo que sua força vem de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 REIS 20-22 “Tudo posso” não quer dizer permissão para tudo. Significa que aprendemos a adaptar-nos a tudo, seja bom ou não. 19 MAI Miriã Reis SALMOS 86.1-4 – 345 CC DEUS SE INCLINA E RESPONDE “Inclina os teus ouvidos, ó Senhor, e responde-me, pois sou pobre e necessitado” (v.1). Só se inclina para ouvir quem é maior para escutar quem é menor. Deus ouve quem fala com ele. O Senhor não somente ouve (audição), mas ele escuta (dá atenção) o que dizemos. Davi ora a Deus no salmo que lemos por estar aflito e ne- cessitado. O que aflige você hoje? Do que você precisa? O que está perturbando-o ou tirando sua paz? Conte a Jesus. Buscar o Senhor no dia da aflição e no dia da necessidade não é mau. Ele se inclina, pois somos pequenos, muito pequenos, e ele é grande. Deus ouve com atenção o que contamos a ele, entende nossa oração, compreende-nos, sabe o que sentimos e age em nosso favor conforme o seu querer. É por isso que Davi orava, e é sobre isto que Davi clamava: seus anseios e necessidades. O salmista orava porque sabia que Deus o ouvia e respondia suas orações. O Senhor ouve os clamores. Como nosso Pai celestial, ele se alegra em nos ouvir quando lhe pedimos ajuda, e dá atenção a nossa voz. Que privilégio temos em contar ao Senhor nossas aflições, nossas lutas e desejos. Que alegria é termos a certeza de que ele não somente nos ouve, mas também responde. Fale com Deus; ele vai ajudar você. Tenha certeza de que, mes- mo que nenhuma pessoa esteja disponível para ouvi-lo, Deus sempre está. E o melhor é sempre falar com aquele que consegue decifrar cada uma de nossas palavras com graça e amor. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 1-3 Deus ouve. Deus responde. É tão doce sua voz! 20 MAI SALMOS 139.1-6 – 340 CC Miriã Reis DEUS SE IMPORTA “Antes mesmos que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor” (v.4). O salmo 139 revela a onipresença de Deus, sua soberania e seu grande poder na criação da humanidade, tornando di-fícil para nós compreendermos tamanha a grandiosidade de seus pensamentos. Alegro-me em saber que Deus se importa conosco, e até mes- mo com as palavras que ainda não proferimos. Ele conhece cada desejo, cada pensamento, cada palavra que ainda não saiu de nossa boca, e conhece de perto tudo o que se passa conosco. É impossível esconder-se ou esconder algo dele. Às vezes pensamos, desejamos ou necessitamos de coisas que só o Senhor sabe, e podemos cair no erro de achar que ninguém se importa. Deus se importa. Ele não só conhece onde caminha- mos, mas caminha conosco. Pode imaginar alguém que sabe do que você precisa antes mesmo de você saber que precisa? Nosso Deus nos deu vida, viu-nos ainda informes no ventre de nossa mãe, e até o dia de estarmos todos diante dele, estará ao nos- so lado se importando com cada detalhe. É maravilhoso pensar que o Senhor, o Criador do Universo, se importa com nosso trabalho, nosso descanso, conhece todos os nossos caminhos e pensamentos. As mãos que estenderam a imensidão dos céus são as mesmas que hoje cuidam de nós, com soberania tal que nos deixa admirados e agradecidos. Esse é o nosso Deus; impossível fugir de sua presença! Podemos descansar, pois o Todo-Poderoso se importa. Ainda que da minha boca não saia nenhuma palavra, ele tudo conhece, tudo vê e tudo governa. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 4-6 Mesmo antes de você falar, Deus já sabe o que você vai dizer. 21 MAI Jaqueline Teixeira ATOS 9.36-42 – 7 CC MILAGRES NO ORDINÁRIO “Pedro foi com eles e, quando chegou, foi levado para o quarto do andar superior. Todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando-lhe os vestidos e outrasroupas que Dorcas tinha feito quando ainda estava com elas” (v.39). A história de Dorcas geralmente é lembrada pelo grande mi-lagre que Deus operou ao trazê-la de volta à vida. Entre-tanto, a existência de Dorcas já era um milagre antes disso. Para as pessoas em situação de vulnerabilidade que a cercavam, Dorcas representava a ajuda enviada dos céus em tempo preciso, o socorro na aflição. Ela era um milagre no ordinário para os que eram alcançados pela sua generosidade. Dorcas era uma mulher que tinha o coração empenhado em servir. Ela tecia roupas para viúvas que não tinham sustento, ofer- tava e, dentro de sua modesta realidade, abençoava a vida das pessoas em Jope. Em meio aos tecidos e agulhas, havia uma mu- lher disponível para ser canal de bênção, exercendo um ministério simples e frutífero, de impacto eterno. É importante nos lembrarmos de Dorcas para enxergarmos com olhos espirituais a vida cristã rotineira. O Senhor também está pre- sente no ordinário, e há graça, milagre e provisão acontecendo. A refeição deixada na casa da recém-mãe, a carona ao irmão que está a pé, a oferta à família que perdeu o sustento, a compa- nhia ao enlutado, o acolhimento ao estrangeiro, todas essas são manifestações legítimas do que é o cristianismo. É extraordinaria- mente espiritual ser parte dos milagres no ordinário. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 7-10 Faça parte do que Deus está fazendo em sua comunidade local. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 21 DE MAIO Milagres no ordinário Quebra-gelo (5min): Você gosta de sua vida comum ou acha que ela é tediosa? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 21 de maio. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Temos muita tendência a desprezar as pequenas coisas por causa das grandes. O que podemos fazer para valorizar mais as coisas ordinárias? 2. Você serve a Deus no dia a dia, com as pequenas coisas? Como? 3. O que você pode fazer para ser mais útil na sua comunidade local? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Atos 9.36-42SEMANA 20 22 MAI Jaqueline Teixeira LUCAS 15.11-24 – 274 CC DE BRAÇOS ABERTOS “A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou” (v.20). A parábola contada por Jesus aponta que, depois de uma jor-nada trágica, o filho pródigo retornou ao lar. Temeroso e arrependido, desejava ser apenas um funcionário naquelas terras, mas, para sua surpresa, o pai o recebeu com um caloroso abraço. Foi o marco de perdão, de um recomeço entre eles. O abra- ço expressou o alívio de quem deixou o passado para trás. Esaú e Jacó também experimentaram um abraço misericor- dioso (Gn 33.1-6). Após cerca de 20 anos do rompimento que houve entre eles, Jacó estava temeroso em reencontrar o irmão, mas Esaú estava com o coração pronto e os braços abertos, então correu em direção a Jacó. Os irmãos gêmeos choraram juntos na- quele abraço fraterno que selava a paz. Após longos meses de pandemia, talvez você tenha se desa- costumado aos abraços, ou talvez já não cultivasse esse hábito anteriormente. Bem, hoje é o dia do abraço, e fica aqui um con- selho: experimente redescobrir o valor de abraçar e ser abraçado. Sua perspectiva certamente não será mais a mesma. Abraçar é um caminho para substituir muros por pontes e fortalecer relacionamentos. O benefício é comprovado cientifica- mente e espiritualmente. Por isso, abrace sua família e seus irmãos em Cristo, mas lembre-se de abraçar também quem precisa de compaixão: o estrangeiro, o enlutado, o doente, o aflito, o neces- sitado. Abrace com os braços e com o coração. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 11-13 Deus nos abraça com amor eterno. 23 MAI ECLESIASTES 3.1-8 – 344 CC Jaqueline Teixeira VIVENDO AS ESTAÇÕES “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (v.1). Primavera, verão, outono e inverno. Quatro estações distin-tas, com suas próprias belezas e encantos. Um espetáculo que revela a perfeição do Criador. Mas, o que acontece em nossas vidas quando chega o tempo em que Deus quer mudar a estação? Transições são períodos em que o Senhor encerra uma etapa e nos guia para viver algo novo. Já não encontramos mais as mesmas flores pelo caminho, a intensidade do calor aumenta. Então, damo- nos conta: a primavera está indo embora! Como não conhecemos o verão, sentimos medo e desconfiança. Tudo parece incerto. A verdade é que a vida acontece em capítulos, fases, esta- ções. Para tudo há um tempo. Mas devemos trazer à memória que, em todos os ciclos que se encerram, Deus permanece so- berano e cuidando de nós. Quando soltamos as rédeas de nossa existência entendendo que Deus tem o controle, as transições ficam mais leves e naturais. A ansiedade dá espaço à paz, paz que excede todo entendimento (Fp 4.7). Quando seu coração estiver inseguro e aflito, despedindo-se de uma estação da vida, sem entender muito bem as mudanças, lembre-se: somos estrangeiros neste mundo, cidadãos da eter- nidade, missionários caminhando rumo à Jerusalém Celestial. Enquanto estivermos aqui, o Senhor sempre terá novas histórias para nos apresentar. Deixe a primavera ir na certeza de que Deus também estará presente no verão! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 14-16 Toda estação pode ser vivida com Jesus. 24 MAI Jaqueline Teixeira JUÍZES 4.1-24 – 579 CC A GUERRA NÃO É NOSSA “Entretanto, Jael, mulher de Héber, apanhou uma estaca da tenda e um martelo e aproximou-se silenciosamente enquanto ele, exausto, dormia um sono profundo. E cravou-lhe a estaca na têmpora até penetrar o chão, e ele morreu” (v.21). A vitória dos israelitas sobre os cananeus já foi, por si só, obra milagrosa das mãos de Deus. Eles eram oprimidos há 20 anos pelo rei Jabim, estavam em menor número e tinham menos recursos. Entretanto, o Senhor estava com eles. Um fato especial, profetizado por Débora, marcou o fim da guerra: o comandante Sísera foi morto por uma mulher chamada Jael, dentro da casa dela. Jael não era israelita. Ela e seu esposo Héber eram queneus. Aquela guerra não era dela. Ela, contudo, foi corajosa o suficien- te para armar um plano cauteloso e matar Sísera, comandante do exército cananeu. Por alguma razão, Jael se importava. Ela foi grandemente usada por Deus para livrar os israelitas, e por isso foi chamada de bendita por Débora e Baraque (Jz 5.24). Jael muito provavelmente não venceria uma luta corporal contra Sísera. Ela precisou elaborar uma estratégia e agir só na hora exata. Ela sabia quem era o homem que pediu abrigo em sua tenda, e, en- tão, colocou-se em uma posição estratégica para derrotá-lo. Com sabedoria e bravura, foi instrumento do Senhor naquele momento. Um milagre na batalha no monte Tabor, outro milagre na tenda. Deus fortaleceu os soldados israelitas, assim como capacitou Jael, porque a batalha nunca foi dos homens, sempre esteve nas mãos de Deus. Lembre-se disso ao enfrentar seus próximos desafios: a despei- to das circunstâncias, o Senhor está no controle! Dele é a guerra. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 17-19 A vitória vem do Senhor! 25 MAI 2 CRÔNICAS 33.1-23 – 234 CC Jaqueline Teixeira RECONHECER E CORRIGIR OS ERROS “Em sua angústia, ele buscou o favor do Senhor, o seu Deus, e humilhou-se muito diante do Deus dos seus antepassados” (v.12). Você é o tipo de pessoa que se orgulha por nunca “dar o braço a torcer”? Pois saiba que isso faz parte da nossa inclinação ao mal. Reconhecer os próprios erros e arrepender-se é a postura que se espera do cristãoverdadeiro. Mas se você acha que é tarde para ser tratado por Deus, a história de Manassés mostra o contrário. Manassés foi um rei que escolheu fazer o que era mau aos olhos do Senhor, e a conduta profana dele destruiu a vida do povo. Então, Deus permitiu que o exército da Assíria entrasse em Judá e o levasse cativo para a Babilônia. Lá, ele foi humilhado, algemado e teve um gancho pendurado em seu nariz. A história poderia acabar aí, mas em meio ao sofrimento, Manas- sés reconheceu seus erros. Ele se lembrou do Deus a quem seu pai serviu, e buscou intensamente ao Senhor, arrependido, prostrado e desejoso de viver de forma diferente. Então ele foi liberto por Deus, retornou a Jerusalém e teve a chance de recomeçar. Ele destruiu os altares dedicados a outros deuses, limpou o templo e ofereceu sa- crifícios de gratidão e louvor ao Senhor, ordenando ao povo de Judá que fizesse o mesmo. Então, ele reinou em paz até o fim de seus dias. Como diz o pacto das Mensageiras do Rei, devo “reconhecer e corrigir os meus erros”. Esse é o caminho do crescimento, da maturidade. Não é tarde para trocar o orgulho pelo tratamento de Deus. Peça a ele que o conduza em novidade de vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 20-22 Peça ao Senhor sabedoria e humildade para reconhecer suas falhas. 26 MAI Samuel Moutta SALMOS 127 – 367 CC COMO EDIFICAR A CASA? “Se o Senhor não edificar a casa, inutilmente trabalham os que a edificam” (v.1a). A figura utilizada pelo salmista é muito interessante: a cons-trução de uma casa. Não basta boa vontade, boas ideias nem mesmo dinheiro para a construção. É preciso que al- guém capacitado seja o construtor, pois, do contrário, a constru- ção vai desmoronar e todo o esforço e investimento serão perdi- dos, além do risco de machucar alguém. No plano espiritual, quando pensamos na edificação da famí- lia, nós não temos condições de construir a casa por nossa pró- pria força, recursos e inteligência. Mas às vezes insistimos nisso, e achamos que daremos conta sozinhos, e nos decepcionamos. Somente teremos bom êxito se o Senhor edificar a casa. Tudo na vida do cristão deve ser primeiramente submetido a Deus e somente deve ser empreendido se ele estiver à frente, conduzindo e edificando. Ainda mais a família, o relacionamen- to entre marido e mulher, a educação e o convívio entre pais e filhos, o trato com a família extensa, as questões financeiras, o planejamento de uma nova família pelo namoro e noivado, tudo isso somente será bem-sucedido se o Senhor estiver à frente, edi- ficando a casa. Desista de edificar sozinho: busque a ajuda do Senhor! Ou me- lhor ainda: entregue a direção a ele e apenas obedeça ao que ele mandar. Nada é tão importante e precioso para nós como a nossa família, e não podemos errar na edificação do lar. Portanto, deixe o sábio construtor, que nunca erra, conduzir todas as coisas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 REIS 23-25 Até que ponto você está disposto a entregar a direção de sua família ao Senhor? 27 MAI SALMOS 127 – 319 CC Samuel Moutta SÓ O SENHOR PODE GUARDAR A FAMÍLIA “Se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda” (v.1b). Perigos nos cercam de todos os lados. Há violência nas ruas das grandes e pequenas cidades. As enfermidades se multiplicam. Os riscos de acidentes estão dentro e fora de casa. A pande- mia veio nos ensinar que ninguém está acima dos riscos desta vida. Como pais e mães, sempre queremos proteger nossos filhos. Às vezes, essa superproteção acaba estragando as crianças e adoles- centes, tornando-os adultos infantis e despreparados para a vida. Quando a nossa primeira filha nasceu, eu me levantava de ma- drugada para ver se ela estava bem no berço, se estava respirando. Acho que todos os pais já fizeram ou fazem isso. Nós queremos garantir a segurança de nossos filhos, de nosso lar. Mas o salmista nos adverte de que, em última instância, isso não cabe a nós, mas a Deus. Isso não é, contudo, uma desculpa para deixarmos de fazer a nossa parte, mas uma lembrança de que Deus está acima e no controle de todas as coisas. Quando os filhos saem de casa para estudar ou trabalhar, ou quando os pais já estão idosos e os filhos não estão perto, ou mes- mo quando as crianças começam a ganhar a liberdade de irem sozi- nhas para a escola ou à padaria da esquina, ficamos com o coração apertado, mas essas situações nos ensinam a confiar e depender de Deus, sabendo que ele está cuidando de nossa família. Entregue e confie, pois o Senhor cuida de nossa família. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 1-3 Ensine a sua família a buscar sempre a proteção e o cuidado do Senhor. 28 MAI Samuel Moutta SALMOS 127 – 275 CC DEPENDÊNCIA NA PROVISÃO DE DEUS “Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. O Senhor concede o sono àqueles a quem ama” (v.2). O salmista já nos ensinou que é o Senhor quem edifica e guarda a família. Agora ele nos lembra de que a provisão de nossa casa vem do Senhor. Mas isso não é um convite à ociosidade, à preguiça ou à ma- landragem. Definitivamente não! O salmo não condena o esfor- ço de levantar cedo e trabalhar duro até de noite para ganhar o sustento. Essa é a nossa parte, que não podemos negligenciar. O trabalho, os estudos, o esforço e dedicação de cada membro da família devem ser incentivados e valorizados. O que o salmista está alertando é contra a ambição desen- freada e a avareza daqueles que perdem a saúde e a família para ganhar dinheiro, e depois de velhos e doentes gastam todo o di- nheiro para reconquistar a saúde e a família, mas é tarde demais. O salmista também está exortando aqueles que trabalham con- fiados em seu braço forte, em seu título acadêmico, em suas pró- prias habilidades, mas sem buscar a direção e a bênção do Senhor. Também há que se falar daqueles que ficam tão preocupados quanto às questões materiais que já não conseguem dormir. Con- fiam em si mesmos e dependem das circunstâncias, em vez de confiar e depender de Deus. Que bom poder trabalhar em parceria com Deus, sabendo que ele cuida de nós. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 4-7 Esforce-se para a provisão de sua família, mas dependa do Senhor e confie sempre nele. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 23 DE MAIO Vivendo as estações Quebra-gelo (5min): Você fica triste quando sua estação favo- rita do ano termina? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 23 de maio. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Você tem dificuldade de encerrar ciclos? Por quê? 2. O que se pode fazer para enfrentar as mudanças de forma saudável? 3. Qual foi a mudança mais difícil que você enfrentou na vida? Como foi? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e pedir que o Senhor os ajude a passar pelas mudanças com fé e coragem. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Eclesiastes 3.1-8SEMANA 21 29 MAI Samuel Moutta SALMOS 127 – 538 CC QUE RIQUÍSSIMA HERANÇA! “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá” (v.3). Conheço muitas pessoas que herdaram grandes riquezas e co-locaram tudo a perder. Algumas vezes, a herança que custou tão cara aos pais é dada aos filhos sem nenhum esforço, e por isso, não é devidamente valorizada, não é cuidada e acaba sendo perdida. O salmista nos fala de uma herança preciosíssima que os pais recebem do Senhor: os filhos. Nenhuma riqueza material se com- para a essa herança. Não raras vezes, porém, os pais amam tanto os seus filhos que trabalham dia e noite para lhes dar o melhor: a melhor escola, a melhor roupa, o melhor brinquedo, a melhor ali- mentação etc. Mas acaba que os filhos nãorecebem aquilo de que realmente precisam: a atenção e o carinho dos seus pais. A vida contemporânea nos impõe uma rotina tão intensa que muitas vezes os pais deixam os filhos na escola tão cedo e somente se encontram novamente à noite, quando já vão dormir. A educa- ção das crianças acaba terceirizada à creche, à babá, aos avós, à televisão, à internet, aos jogos eletrônicos... e os resultados não são nada bons. O salmo nos exorta a reconhecer e valorizar essa preciosa he- rança que recebemos, para que não a percamos. Invista nos seus filhos o que você tem de mais precioso: o seu tempo! Ensine seus filhos a amarem a Deus e leve-os ao conhecimento de Jesus. Não perca o privilégio de marcar a vida deles com os ensinamentos do Reino, para que sejam homens e mulheres de Deus que transfor- marão o mundo! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 8-10 O seu tempo dedicado aos seus filhos é compatível com o valor da herança? 30 MAI SALMOS 127 – 314 CC Samuel Moutta FLECHAS NA MÃO DO GUERREIRO “Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem cuja aljava está cheia deles” (vv.4,5). A figura do salmista é muito ilustrativa: o guerreiro que tem flechas está apto para a batalha. Assim é feliz aquele que tem filhos, vários filhos, pois também está apto para as ba- talhas da vida. Em um contexto rural do mundo antigo, os filhos eram a segu- rança dos pais para o cuidado do campo, dos trabalhos domésti- cos, do enfrentamento dos perigos, e seriam eles quem cuidariam dos pais idosos numa época em que não havia aposentadoria. Com a mudança para o nosso contexto mais urbano, onde custa tão caro se criar uma criança (especialmente a educação formal), as famílias foram diminuindo gradativamente o número de filhos, e alguns casais optaram por não ter filhos. São raras as famílias que hoje têm três ou quatro filhos, coisa que era tão comum há alguns anos. Eu entendo e respeito essa posição, e não quero fazer nenhum juízo sobre essa decisão da maioria dos casais, mas o que o salmo está nos dizendo é que os filhos da juventude são bênçãos ma- ravilhosas e que deveríamos buscar encher deles a nossa aljava. Será que Deus deixou de ser poderoso o suficiente para sustentar uma família com mais de dois filhos? Pense nisso com carinho e em oração. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 11-13 Filhos são bênçãos e merecem a nossa prioridade. 31 MAI Samuel Moutta SALMOS 127 – 380 CC FILHOS QUE HONRAM OS PAIS “Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal” (v.5). O princípio da honra precisa ser resgatado nos nossos dias, especialmente na família, e ainda mais particularmente em relação aos filhos honrarem os seus pais. O salmista nos apresenta a imagem interessante dos filhos que vão à porta da cidade, em grande número, para apresentar segurança ao pai, que está sendo enfrentado por seus inimigos naquela espécie de tribunal primitivo. Isso lhe daria respaldo, e os inimigos pensariam duas vezes antes de qualquer investida. Essa honra que os filhos devem aos pais agrada a Deus e traz bênçãos sobre pais e filhos. Pais e mães idosos que são bem cui- dados por seus filhos são motivo de júbilo e bênçãos para todos. Vemos, contudo, alguns idosos esquecidos, quase abandona- dos, pois os filhos têm tantos afazeres e compromissos que não lhes dão a honra nem o cuidado devidos. E infelizmente isso tem se tornado mais comum a cada dia. Se os filhos adultos cuidarem e honrarem os seus pais idosos, as crianças aprenderão pelo exemplo e repetirão o mesmo no fu- turo. Mas se o exemplo for ruim, as crianças também aprenderão. O meu pai já está com o Senhor. A minha mãe, porém, ainda está conosco, cheia de saúde e vida. Quero honrá-la de todo o coração, cuidar dela de modo que alegre o coração de Deus. E sei que os meus filhos estão atentos a essa minha atitude para aprender com meu exemplo. Pense nisso você também! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 14-16 Aproveite para honrar seus pais enquanto eles estão com você. 01 JUN ISAÍAS 6.1-4 – 579 CC Daniela Soares A VISÃO DE DEUS “No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo” (v.1). O Senhor está com seus olhos sempre voltados para nós. Seu amor e graça estão disponíveis em todo tempo. A Bíblia diz que ele procura adoradores, ou seja, procura pessoas que estejam correspondendo a esse olhar, pessoas que voltem sua atenção para o Céu. Então nos resta olhar para ele e con- templar sua grandeza. Quando o fazemos, somos confrontados, constrangidos, transformados e comissionados. Como foi crucial o momento em que Isaías viu o Senhor (v.1). Esse foi o início de tudo o que o Senhor desejava fazer nele e através dele. Esse momento de adoração foi o primeiro estágio no processo que ele viveria. Nossa vida cristã não pode ser de “Eis-me aqui, envia-me” sem antes termos o conhecimento da grandiosidade de Deus. Primeiro, dedicamos nossa vida a conhecê-lo e desfrutar sua presença, e só então teremos condições de seguir no processo que ele executará em nós. Quanto mais qualidade no nosso tem- po com Deus, mais profunda será a transformação e mais longe chegaremos. Nada pode parar alguém que conhece o Deus único. Em meio ao mundo tão acelerado em que vivemos, como anda nossa vida de adoração ao Senhor do Universo? Que nosso anseio se assemelhe ao de Davi, que disse: “Uma coisa pedi ao Senhor e é o que procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor” (Sl 24.4). Que o Senhor nos ajude nessa busca. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 17-19 Dedique-se primeiro a conhecer o Senhor desfrutar sua presença para então ser usado por ele. 02 JUN Daniela Soares ISAÍAS 6.1-7 – 266 CC CONSTRANGIDOS PELA PRESENÇA DE DEUS “Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (v.5). Assim que viu o Senhor e contemplou sua grandeza e poder, Isaías percebeu quão miserável era. A presença de Deus o constrangeu, levando-o a dizer: “Ai de mim! Estou perdido!” Para que o Senhor nos use, precisamos antes ser tocados e pu- rificados por ele. Dentro do processo que experimentamos até o momento de ser enviados para uma obra especial, passaremos pelo quebrantamento e purificação, um toque especial de Deus que co- loca as coisas no lugar. Ele poda até o ramo que dá fruto, para que dê mais fruto ainda (Jo 15.2). Só vive essa purificação quem é quebrantado, quem deixa Deus sondar e mostrar o caminho mau que há em seu interior. Ouvi numa pregação que “quem é bom de argumento não é bom de ar- rependimento”. E é verdade. Argumentar é ficar justificando nossos pecados, e muitos deles poderiam ser chamados de “pecados de es- timação”. Isso é lamentável! Mas, diante de Deus, nosso argumento cai, e confessamos a verdade sobre nós. Então ele vem e nos toca (v.7), e pelo seu poder e graça, torna-nos puros e aptos para seguir em sua presença e ser instrumentos em suas mãos. Quem deseja se disponibilizar para Deus em algum serviço precisa viver esta etapa: confessar ao Senhor seus pecados em real arrependimento. Só assim estará posicionado no lugar certo para ser tocado pela “brasa viva”. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 20-22 Posicione-se no lugar de arrependimento para ser purificado e, só então, usado por Deus. 03 JUN ISAÍAS 1.12-20 – 152 CC Daniela Soares VERDADE PARA TRANSFORMAÇÃO “‘Venham, vamos refletir juntos’, diz o Senhor. ‘Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve’” (v.18a). Nada está oculto diante do Senhor, e quando ele revela a po-dridão do pecado humano, mostra também a solução. Deus não tem prazer em ver sua criação se deteriorar. Por isso, está sempre indicando o caminho de volta para ele. Mas as pessoas têmse “ofendido” com a verdade de Deus e com o fato de terem seus pecados desmascarados. Essa tem sido a forma de muitos “se defenderem” da ação transformadora do Senhor em suas vidas. Acham mais cômodo encobrirem suas falhas por meio de justifica- tivas e relativização da verdade do que ver a transformação daquilo que era “vermelho como escarlate” em “branco como a neve”. Em nome dessa postura de “ofendidos pela verdade”, as pessoas seguem acomodadas em uma vida de aparências, já que não querem ser tocadas no seu íntimo pelo Espírito. Essa resistência insulta o Se- nhor, torna o culto sem valor e gera repulsa da parte de Deus (v.12). Nosso culto ao Senhor precisa ser o resultado de uma vida que busca dia a dia se alinhar ao seu coração, uma vida de renúncia do que é terreno para alcançar o que é celestial (Rm 12.1). Não pode ser como uma canção de amor cantada por alguém que não respeita nem dá atenção à pessoa a quem diz amar. O Senhor co- nhece tudo sobre nós e não se surpreenderá ao ouvir nossa sincera confissão. Ele quer ouvir tudo. Ele quer transformar tudo. Ele quer nos dar “os melhores frutos desta terra” (v.19). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 23-25 Não fique ofendido pela verdade, mas busque em Deus meios de ser mudado por ela. 04 JUN Daniela Soares ISAÍAS 1.18-20 – 301 CC O PREÇO DA OBEDIÊNCIA “[...] mas, se resistirem e se rebelarem, serão devorados pela espada. Pois o Senhor é quem fala” (v.20b). Facilmente pagamos o preço da desobediência. Isso acontece todas as vezes que escolhemos nossa opinião em vez de a direção dada pela Palavra de Deus. Então seguimos adiante, e “o que der deu”. Temos uma disposição incrível para arcar com as consequências da desobediência. Estragamos o fim da histó- ria quando não confiamos em cada orientação do Espírito. Os atalhos nos desviam do caminho e, consequentemente, do lugar onde deveria ser nosso destino em Deus. Na leitura dos profetas do Antigo Testamento, observamos fre- quentemente os alertas de Deus ao seu povo. Não era por falta de orientação que o povo se desviava. Na nossa era, ainda mais. As Es- crituras estão à disposição de todos. Basta conhecer para obedecer. E qual seria o preço da obediência? Mesmo que inicialmente esse preço possa parecer penoso, o resultado é sempre infinita- mente melhor. O caminho da obediência envolve a morte do eu, e isso dói, mas quem tem a disposição de negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz acaba experimentando a boa, agradável e per- feita vontade do Senhor (Rm 12.2). Nem tudo que acontece em nossas vidas é “porque Deus quis”. Avaliemos se não estamos pagando o preço por nossa de- sobediência ao Senhor. Aceitemos o convite: “‘Venham, vamos refletir juntos’, diz o Senhor [...] se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra” (vv.18,19). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 1 CRÔNICAS 26-29 Os atalhos nos desviam do caminho e, consequentemente, do lugar onde deveria ser nosso destino. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 04 DE JUNHO O preço da obediência Quebra-gelo (5min): Você alguma vez já pagou o preço da de- sobediência? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 04 de junho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que às vezes escolhemos desobedecer a Deus? 2. Como podemos conhecer a vontade do Senhor? 3. Qual é o resultado da obediência? Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e orar um pelo outro. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Isaías 1.18-20SEMANA 22 05 JUN Daniela Soares DANIEL 1.1-17 – 175 CC NO MUNDO, MAS NÃO DO MUNDO “Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles” (v.8). O império babilônico conquistou Judá, e o povo de Deus se tornou cativo. Era costume fazer uma seleção das pessoas mais capazes dentre o povo dominado para servir ao rei no palácio e prepará-las durante três anos para isso. Enquanto esse treinamento acontecia, o indivíduo seria for- matado de acordo com os costumes e crenças do império ao qual serviria. A ideia era transformar os judeus em babilônios. Para isso, até seus nomes foram mudados! Mas com Daniel e seus amigos algo diferente aconteceu. Havia um reino infinitamente maior em seu interior, que engolia qualquer tentativa externa de conquista. Mesmo com sua liberdade limitada pelo domínio babilônico, Daniel e seus amigos ousaram se manter fiéis ao seu Deus e não se tornar impuros “com a comida e com o vinho do rei” (v.8). Com postura de santidade, sem se rebelar ou tentar fugir, os amigos de Daniel se tornaram destaque entre os oficiais. Estamos em um mundo que não vive segundo os padrões de Deus, que, se possível, formatar-nos-ia segundo sua vontade. Es- tamos aqui, mas não somos daqui (Jo 17.15,16). Mesmo que parte da nossa liberdade seja roubada, nosso interior não está cativo. Somos livres para ser quem Deus nos chamou para ser. Comprometa-se com seu Pai e deixe o restante com ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 1-3 É o Reino dentro de nós que nos mantém fiéis ao verdadeiro Rei. 06 JUN SALMOS 32.1-5 – 151 CC Aderson Silva e Costa DE QUEM É A CULPA? “Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (v.5). Homer Simpson é um personagem bastante controvertido dos desenhos animados. Consta que, diante de uma determinada circunstância, ele teria dito: “A culpa é minha, e eu a coloco em quem eu quiser.” Podemos rir diante da sinceridade de Homer, mas não podemos negar que há muita gente agindo da mesma maneira. Frequentemente encontramos pessoas que tentam empurrar para outros a responsabilidade pelos seus fracassos. Se algo não deu certo, a culpa é sempre dos outros. Na vida espiritual, tam- bém podemos ser tentados a repetir essa atitude. O salmista, pelo contrário, se recusa a imputar a sua culpa a outra pessoa. Ele reconhece que o seu pecado é pessoal e é contra Deus. Ele sabe que não há outro caminho para o perdão a não ser o da confissão – o reconhecimento da autoria das próprias transgressões. E qual a diferença que isso faz? A falta de sinceridade diante de Deus impede que ele derrame a sua graça sobre os nossos pe- cados. Enquanto não reconhecemos as nossas faltas, até o nosso corpo sofre e definha, a nossa mente se esgota, as nossas emo- ções nos corroem por dentro. Ao contrário, quando confessamos a Deus os nossos pecados, a alegria volta a reinar dentro de nós. Os retos de coração não são perfeitos, são apenas pessoas que já experimentaram o perdão de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 4-6 Confessemos nossos pecados ao Senhor para que sejamos perdoados e experimentemos alegria genuína. 07 JUN Aderson Silva e Costa MATEUS 6.19-24 – 395 CC A GRANA X A GRAÇA “Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam” (v.20). O corretor ortográfico dos smartphones às vezes nos faz passar constrangimentos quando não lemos previamente algumas mensagens antes de enviá-las. Uma curiosidade do meu é que ele teima em escrever “grana” quando eu digito “graça”. O resultado pode não ser muito constrangedor, mas me faz refletir sobre a tendência da filosofia de vida atual em valo- rizar mais a grana do que a graça. Graça é favor imerecido de Deus. É tudo o que Deus faz por nós, desde que nascemos, dia a dia, 24 horas por dia, 7 dias por semana, porque tudo de bom que recebemos vem de Deus, e não merecemos nada do que recebemos. ABíblia diz que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como som- bras inconstantes” (Tg 1.17). Alguém poderia discordar e dizer: “Eu mereço estar onde estou ou ter o que tenho, porque eu ba- talhei muito por isso tudo.” A isso Jesus responde: “[...] sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (Jo 15.5). Não podemos negar que bens materiais podem ser maravi- lhosamente desfrutados como dons de Deus, que ele nos per- mite alcançar (Ec 3.13), mas é trágico quando nós nos deixamos ser usados por eles, quando fazemos da grana o alvo de nossas vidas. Que o nosso alvo seja sempre a graça, e não a grana. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 7-9 Use a grana, mas deixe-se usar pela graça. 08 JUN SALMOS 51 – 403 CC Aderson Silva e Costa RESTITUI-ME! “Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer” (v.12). Com certeza você já ouviu alguém fazendo uma oração se-melhante a esta, talvez tenha assistido em algum canal de TV ou na internet: “Restitui-me, Senhor!” Normalmente o que a pessoa está pedindo é a restituição de algum bem ma- terial, ou de uma oportunidade perdida, ou a volta da pessoa amada, ou até mesmo, embora seja paradoxal, alguma coisa que nunca teve. Há, porém, uma oração de restituição na Palavra de Deus que devemos imitar sempre que necessário. Ela se encontra no salmo 51.12 e é uma oração de Davi, o grande rei de Israel: “Devolve- me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer.” Há diversos motivos pelos quais nós perdemos a alegria da salvação. Pode ser por dedicar mais tempo a nós mesmos do que a Deus. Quem sabe a rotina estressante do dia a dia esteja nos roubando a alegria de estar com o Senhor. Talvez estejamos nos dedicando tanto à obra do Senhor que nos esquecemos do Senhor da obra. Quando sentir que está perdendo a alegria da salvação por qualquer motivo, não deixe que essa situação perdure por mais tempo. Ore ao Senhor: “Restitui-me a alegria da tua salvação.” E depois, repita com o salmista: “Tu me farás conhecer o ca- minho da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua direita há eterno prazer” (Sl 16.11). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 10-13 Que a alegria do Senhor seja sempre a nossa força. 09 JUN Aderson Silva e Costa FILIPENSES 3.10-16 – 335 CC DANÇANDO COM CADÁVERES “Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avan- çando para as que estão adiante, prossigo para o alvo a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (vv.13,14). Há algum tempo ficamos impressionados com a notícia de que um homem em Manaus havia desenterrado o corpo de sua avó, morta há cerca de dois anos, e saído a dançar com ele pelas ruas durante a madrugada. Pensando sobre a cena macabra, deparei-me com uma ideia que a princípio não me agradou. Quantos de nós também não estamos saindo por aí e dançando com cadáveres? Tem gente que vive remoendo o passado que já deveria ter sido enterrado há muito tempo, mas que continua a exalar um odor insuportá- vel. Outros vivem cheios de ódio, rancor ou ressentimento con- tra alguém que o prejudicou e que já deveria ter sido perdoado. Cônjuges há que desenterram constantemente cadáveres que já deveriam ter sido deixados a descansar em paz e os usam contra o outro. Há também quem viva dos louros e sucessos do passa- do, esquecendo que a vida humana pode e deve ser produtiva até o fim. Existem até mesmo aqueles que têm os seus cadáveres de estimação: convivem com eles sem problema e, só de pensar em se livrar, ficam sobressaltados. Precisamos olhar para a realidade. E a realidade é o hoje. Que Deus nos perdoe e nos capacite a enterrar de vez os nossos cadáveres de estimação. Que ele nos capacite a amar e usar o dia de hoje para viver e servir. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 14-16 Deixemos para trás tudo aquilo que nos impede de prosseguir na caminhada cristã. 10 JUN PROVÉRBIOS 3.1-8 – 366 CC Aderson Silva e Costa SÓ NÃO SE SABE FÉ EM QUÊ “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas” (vv.5,6). Quando eu estava no ensino médio, tive um professor de de-senho que era um famoso artista plástico de nossa cidade. Mas além de artista consagrado, ele também, às vezes, ten- tava ser filósofo. Em muitas ocasiões, ele dava conselhos para a turma, que alguns levavam a sério enquanto outros faziam galhofa. Um dia ele resolveu falar a respeito de fé. Então o seu conselho foi que cada um de nós deveria ter fé, porque sem fé ninguém ja- mais alcança nada na vida. “Tenham fé”, dizia ele, “e a vida se torna mais leve”. Um colega resolveu perguntar: “Professor, a gente deve ter fé em quê?” A resposta foi imediata: “Não importa, meu filho. Tenha fé em qualquer coisa. O importante é ter fé.” Na Bíblia, a fé sempre tem um objeto definido: fé em Deus (Mc 11.22), fé em Jesus (2Tm 3.15), fé para ser curado (At 14.9), fé para saber que Deus responde orações (Mt 17.20), fé para ter os seus pecados perdoados (Lc 5.20), fé para ser salvo (Lc 7.50), fé para ser justificado diante de Deus (Rm 3.30), fé para crer nas promessas de Deus (Rm 4.16). A fé é instrumento. O poder de Deus é a garantia do resultado. Importa, sim, em quem você tem fé. Se a sua fé está em você mesmo, em suas próprias capacidades e potencialidades, você está correndo um sério risco. Se, todavia, está em Jesus, você é bem-aventurado. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 17-20 A verdadeira fé consiste em entregar-se ao Senhor de todo o coração. 11 JUN Nícolas Eller JOSUÉ. 1.1-9 – 579 CC CORAGEM “Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar” (v.9). Pastorear é um grande privilégio. Somos chamados a partici-par daquilo que o Senhor está fazendo na vida das pessoas. Todo pastor já se alegrou grandemente ao ver o agir de Deus em sua vida, em sua igreja e nas pessoas à sua volta. Como é bom participar daquilo que Deus está fazendo no mundo! Pastorear é um grande desafio. Somos espiritualmente ata- cados. Humanamente, sofremos com a fragilidade de nossa vida. Somos meros humanos, que devem ter famílias exemplares e ser firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor. Tememos transparecer cansaço, e muitas vezes nos enfadamos, cansamos e até mesmo desistimos. Neste dia do pastor, queria lembrar você, meu amigo, de que você foi chamado pelo Senhor. Ainda que esteja cansado ou pensando em desistir, traga à sua mente essas palavras do Senhor a Josué. Seja forte, seja corajoso, não fique com medo, não desanime, porque foi o Senhor que o chamou. O Senhor que o escolheu para essa missão é o mesmo Senhor que estará com você onde quer que você ande. Siga firme, não deixe de falar da Palavra nem por um dia. Te- nha ela no seu coração e medite nela de dia e de noite. E, assim como diz o verso 8, os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido nessa missão que o Senhor lhe deu. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 21-24 Seja forte, seja corajoso, não fique com medo, não desanime, porque foi o Senhor que o chamou. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 10 DE JUNHO Só não se sabe fé em quê Quebra-gelo (5min): Você se considera uma pessoa de fé? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 10 de junho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Quais situações testam mais sua fé? 2. Ter fé é a garantia de que vamos receber de Deus tudo o que quisermos? Por quê? 3. O que se pode fazerpara fortalecer a fé em Deus? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e pedir que Deus aumente sua fé. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Provérbios 3.1-8SEMANA 23 12 JUN Nícolas Eller COLOSSENSES 3.16-25 – 155 CC LAVANDO A LOUÇA “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (v.23). A Bíblia nos ensina a fazer todas as coisas como se fossem para o Senhor. Talvez possamos pensar nesse texto como algo que nos dirige a uma maior excelência em tudo o que fazemos, ou seja, se vou lavar a louça para o Senhor, vou fazer com esmero, vou deixar os pratos brilhando e as panelas, areadas. Se vou trabalhar para o Senhor, preciso ser o melhor profissional da minha empresa, preciso me dedicar a isso. O Senhor, porém, importa-se muito mais com o seu coração do que com a louça brilhando ou com o trabalho bem efetuado. Não devemos fazer sem excelência, mas o principal é fazer com amor e devoção. Fazer para o Senhor começa no coração, não nas mãos. O povo de Israel muitas vezes quis fazer grandes ofertas e sacrifícios ao Senhor, mas ele queria corações quebrantados e obedientes (1Sm 15,22). Então, você pode lavar a louça de sá- bado à noite em sua casa porque “tem que fazer” ou pode en- tender que, com isso, está ajudando o seu filho a se desenvolver e fazendo sua esposa se sentir amada e cuidada. Você pode ter uma grande empresa que queira apenas crescer e ganhar mais ou pode ser um empresário que coloca o bom negócio para to- das as partes acima do lucro. Que haja quebrantamento no seu coração para que suas intenções e ações sejam para a glória do Senhor e serviço ao próximo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 25-27 Você tem se esforçado para fazer todas as coisas como ao Senhor? 13 JUN MATEUS 20.1-16 – 349 CC Nícolas Eller NA HORA DO APERTO “‘Porque ninguém nos contratou’, responderam eles. Ele lhes disse: ‘Vão vocês também trabalhar na vinha’” (v.7). A parábola lida nos fala sobre o Reino de Deus e sua relação de encontro com o ser humano, mas nos fala também sobre o Deus desse Reino, figurado pelo dono das terras. O povo de Israel é conhecidamente um povo agropecuário. Mesmo durante o governo do Império Romano deste tempo, grande parte dos profissionais de Israel estava envolvida com a terra ou com o gado. Aqueles que não tinham terras mais comu- mente eram militares, escravos ou trabalhadores diários. Estes últimos eram homens livres, pobres, que não possuíam terras, por isso se colocavam nas praças ou no templo todos os dias para trabalhar pelo valor definido por um dia de trabalho. Pense em um trabalhador diário que sai de casa logo ao nas- cer do sol para poder trabalhar das 6h às 18h, mas chega às 9h da manhã e ninguém o contratou. Ele continua assim até às 15h, e ainda às 17h ele não havia sido contratado. O que faz um homem ficar debaixo do sol por um dia todo sem que ninguém o contrate senão a necessidade do sustento daquele dia? O dono das terras contrata o homem às 17h, mas na hora do pagamento, decide dar-lhe não o que ele merece, mas o ele que precisa, e faz o pagamento de um dia inteiro de trabalho. Isso é graça. Deus o conhece e sabe do que você precisa. Mesmo que já sejam 17h no relógio da sua vida, ele ainda pode fazer grandes coisas por você, porque ele é cheio de graça. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 28-30 Não importa que horas sejam no seu relógio, Deus sempre pode surpreender 14 JUN Nícolas Eller MATEUS 4.1-11 – 360 CC OÁSIS NO DESERTO “Jesus lhe disse: ‘Retire-se, Satanás! Pois está escrito: 'Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto.' Então o diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram” (vv.10,11). O deserto é um lugar comum na Bíblia. O povo hebreu passou por um deserto depois de sair do Egito. No texto lido, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, onde seria tentado. O deserto é um lugar árido, onde o sol se torna um grande inimigo. O deserto retira de nós as diferenças, pois nele não há ricos ou pobres, fortes ou fracos, sábios ou tolos. No deserto todo ser humano se vê igualmente frágil, igualmente necessitado de água e sombra. Todos nós passamos por desertos em nossa vida, lugares em que nos sentimos fracos, cansados, sem esperança. Independen- temente do que temos ou do que sabemos, sofremos nos desertos da vida, que são inevitáveis. O povo de Israel passou pelo deserto, mas o Senhor estava com ele durante todo o tempo. Havia sombra para o sol forte e uma coluna de fogo nas noites escuras. Cristo foi levado a um deserto, e mesmo com fome e cansado, permaneceu firme em obediência à Palavra de Deus e foi cuidado por anjos do Senhor. Deus não nos prometeu ausência de desertos em nossa vida, mas se caminharmos crendo em sua Palavra e praticando seus en- sinos, então encontraremos um oásis em meio ao deserto da vida. Permaneça firme em Jesus Cristo e creia que ele já está cui- dando de você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 31-33 Deus sempre nos prepara oásis nos desertos da vida. 15 JUN MATEUS 5.1-13 – 419 CC Nícolas Eller VOCAÇÃO “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (v.13). Um relatório da Unicef, de 12 de julho de 2021, diz que “hou-ve um agravamento dramático da fome mundial em 2020, as Nações Unidas disseram hoje – muito provavelmente relacionado às consequências da Covid-19. Embora o impacto da pandemia ainda não tenha sido totalmente mapeado, um relatório de várias agências estima que cerca de um décimo da população global – até 811 milhões de pessoas – enfrentaram a fome em 2020”. A Junta de Missões Mundiais, durante a pandemia, dentre suas muitas ações, promoveu o projeto “Há Fome no Mundo”, com diversas iniciativas emergenciais e educacionais para dimi- nuir a fome nos países que mais sofrem. Somos chamados a ser resposta ao mundo que sofre. Somos sal, e nossa vida tem sentido quando exercemos nossa vocação, que é aquilo para o qual Deus nos chamou. Jesus já inaugurou o Reino de justiça, paz e alegria que viveremos plenamente na eternidade. Nós, a sua Igreja, os cristãos, devemos viver como ele viveu: olhando para o mundo à sua volta e gerando transforma- ção por onde passava. Precisamos usar tudo o que temos e o que somos para levar o outro a viver desde agora, até a eternidade, o Reino de nosso Deus. Somos o alívio ao que sofre, somos a cura ao doente, somos a justiça ao carente, somos representantes de Cristo neste mundo. Somos sal. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | 2 CRÔNICAS 34-36 Se não temos salgado o mundo ao nosso redor, de que adianta sermos sal? 16 JUN Miriã Reis SALMOS 3.1-8 – 324 CC MEDO “Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém” (v.5). Trabalho como missionária entre povos transculturais, e muitos deles têm medo de pessoas, doenças, animais, espíritos e de-terminados alimentos. Para lidarem com isso, utilizam-se de meios como proteção do inimigo, seja ele visível ou apenas fruto de uma crença passada através das gerações. É comum vermos por aqui, por exemplo, as pessoas terem certos tipos de plantas, que pela crença regional, trazem proteção para a casa e seus donos. Encontramos também mulheres e crianças com colares para se “protegerem” do que outra pessoa possa lhe fazer de ruim. Muitos vivem com medo por ainda não conhecerem o poder de Deus. Davi enfrentava uma situação difícil, tendo que fugir de um filho que o perseguia como a um inimigo. Ele teve medo, fugiu, mas falou com seu fiel protetor e lhe pediu proteção, pois sabia quem o sustentava. Devemos direcionar nosso medo a Deus, e se esse medo for apenas por causa de uma crença ou ensinamento errado, também devemos pedir-lhe que nossa mente seja liberta. Podemos deitar, dormir em paz e acordar sem colocarmos nossaconfiança em uma planta, colar ou proteção humana, pois o único que nos livra e protege de todos os nossos medos, inimi- gos e perigos é o Senhor. Ele nos sustenta diariamente, e como um escudo, protege a nossa vida dos ataques do inimigo. A salvação pertence ao Senhor, por isso somente a ele devemos clamar e nele esperar por proteção. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ESDRAS 1-3 Não perca o sono. Deite, durma e acorde sabendo que é o Senhor quem protege e sustenta sua vida. 17 JUN GÊNESIS 18.9-14 – 344 CC Miriã Reis IMPOSSIBILIDADES “Existe alguma coisa impossível para o Senhor?” (v.14a). Abraão e Sara aguardavam a promessa de um herdeiro que ainda não chegara, o que a fez rir e duvidar de que seria realmente mãe. Sara se esqueceu de que o mesmo Deus que os havia chamado de sua terra natal e os estava conduzindo para um novo lar cumpriria todas as suas promessas. Com sua idade avançada e biologicamente impossibilitada de gerar, facil- mente duvidou de que poderia ter seu bebê. Quando olhamos as circunstâncias, desanimamos diante do impossível. Bendito Deus, que não depende de nós para o cumprimento de suas promessas! Uma pergunta é lançada ecoando fortemente: “Existe alguma coisa impossível para o Senhor?” Quais são as suas impossibilida- des hoje? Elas até podem ser impossíveis para você, mas jamais serão para Deus. Jó 41.27 diz que Deus considera o ferro como palha e o cobre como pau podre. Para o povo de Israel, a im- possibilidade era o Mar vermelho; para Josué, as muralhas; para Davi, o gigante; para Daniel, os leões; para seus amigos, a fornalha aquecida. Poderíamos listar inúmeras dificuldades, mas em todas elas a resposta será sempre a mesma: não existe nada impossível para o Senhor. Depois de um ano, Sara recebeu seu bebê e aprendeu que nos- so Deus domina os impossíveis e é fiel. Creia! Creia que aquele que o chamou cuida de você na caminhada, provê salvação e realiza milagres. Você não rirá de dúvidas ou descrença, rirá de alegria, com a certeza de que para o Senhor qualquer coisa é muito fácil de resolver. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ESDRAS 4-6 Se Deus quiser, ele faz, pois nada é difícil para ele. Ele é o mesmo hoje, e sempre há de ser! 18 JUN Miriã Reis DEUTERONÔMIO 32.3-12 – 319 CC VOANDO SEM MEDO “Ele o protegeu e dele cuidou; guardou-o como a menina dos seus olhos, como a águia que desperta a sua ninhada, paira sobre os seus filhotes, e depois estende as asas para apanhá-los, levando-os sobre elas” (vv.10,11). Imaginem a cena: uma águia, muito amorosa, prepara o ninho no alto de um monte rochoso, onde os predadores não po-dem atacar seus filhotes. Ela cerca o ninho de espinhos, mas forra-o bem macio. Ela alimenta e protege os filhotes, mas sabe que está na hora de eles aprenderem a voar. Então, retira o que é confortável e voa pairando sobre eles para despertá-los para um novo voo. Eles têm medo. A águia, porém, não os desampara. Ela voa com eles, e quando estão sem forças, carrega-os pelas asas. Esse processo pode ser repetido algumas vezes até que eles voem livremente. No final de sua vida, Moisés lembra ao povo de Israel como o Senhor cuidou deles e os levou em segurança, desde a saída do Egito até chegarem diante da terra prometida. Ele lhes lembra de que Deus é a Rocha, cujas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. Assim como uma águia cuidando de seus filhotes, Deus os instruiu e guardou-os com o zelo que só ele tem. Ele ensina seus filhos a voarem, sem nunca os deixar sozinhos, segurando-os em suas asas para não caírem sem esperança. Deus está nos despertando diariamente para novos voos, mas sem nunca nos deixar sozinhos. Ele nos carrega em suas asas quando estamos cansados, e sabemos que ele nos guiará seguros até o fim. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ESDRAS 7-10 Não tenha medo de voar se é o Senhor quem o está despertando. Confie nas asas poderosas de Deus. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 13 DE JUNHO Na hora do aperto Quebra-gelo (5min): Qual foi o maior aperto que você passou na vida? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 13 de junho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Você já passou por uma experiência em que recebeu livramen- to ou ajuda de Deus no último minuto? Relate. 2. Há alguma coisa que você espera há muito tempo de Deus e que acha que nem acontecerá? Como você lida com isso? 3. Como você se sente ao saber que Deus nos dá não o que me- recemos, mas o que precisamos? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e orar entregando-as a Deus. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Mateus 20.1-16SEMANA 24 19 JUN Miriã Reis JEREMIAS 18.2-9 – 304 CC VASO REFEITO “Mas o vaso de barro que ele estava formando estragou-se em suas mãos; e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade” (v.4). É possível estar nas mãos do Oleiro e ainda se estragar? Sim. Mas há esperança! Quando estragamos tudo por causa do pecado, o Senhor não nos joga fora, mas começa o trabalho novamente. O vaso duro precisa ser quebrado, e o barro, amole- cido, para ser trabalhado. O arrependimento sincero, a confissão de pecados e o reconhecimento de que necessitamos de ajuda para sermos quem Deus quer que sejamos permitem que o Oleiro tenha a liberdade de trabalhar em nós, e, em seguida, por meio de nós, alcançar outras pessoas. O oleiro faz do barro o que quer. Assim também Deus faz co- nosco. Ele faz o que quer de nossas vidas. Não dizemos a Deus o quê, como ou quando fazer. Como um oleiro experiente em sua obra, o Senhor é soberano e age com poder, moldando-nos para que sejamos semelhantes à imagem de seu Filho Jesus. O objetivo do oleiro nunca é destruir o vaso, mas fazer algo belo, útil, durável, resistente, valioso e necessário para quem o utilizar. Para ser assim, preciso emendar meus caminhos e minhas obras e me entregar nas mãos do oleiro, sendo amolecido para ser quebrado e refeito. Busquemos, pois, diariamente, descer à casa do oleiro e pedir- lhe que quebre e amoleça o barro duro do nosso coração e nos molde à imagem de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NEEMIAS 1-4 Que sejamos vasos de bênção, levando o bem mais precioso que um vaso de honra pode conter: a mensagem de salvação. 20 JUN JOÃO 6.60-69 – 308 CC Miriã Reis PARA ONDE IR? “Simão Pedro lhe respondeu: ‘Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus’” (vv.68,69). Jesus andava com seus discípulos por muitos lugares diferen-tes, e em cada lugar por onde eles passavam, viviam experiên-cias marcantes e inesquecíveis ao lado de seu Mestre. Viam o poder de Deus na pessoa de Jesus e reconheciam que ele era o Filho de Deus, enviado ao mundo para cumprir a vontade do Pai. Como não ficar maravilhado com a multiplicação de pães? Como não se admirar com quem tem poder de andar sobre as águas? Trabalhar não pelo pão que perece, mas pela comida que permanece para a eternidade, era apenas um dos muitos ensi- namentos de Jesus para os discípulos e a multidão que o seguia. Quando Jesus discursou mais uma vez sobre sua vida, quem ele era e para que veio, quem seria salvo e a única maneira de ser salvo, sem demora, muitos dos seus seguidores foram embora, pois acha- vam que o discurso era “muito duro”, difícil de ouvir e de praticar. Simão Pedro declarou então ao seu Senhor a linda verdade: para quem ir? Só o Senhor é o caminho, aquele que tem as pala- vras de vida eterna, o único capaz de guiar e salvar todo o que crê. Para onde ir senão seguir a Jesus? Qual caminho você está buscando? Somente em Jesus podemos encontrar a vida eterna. Aindaque o caminho seja duro ou cercado de perigos, ainda que haja necessidade, tempestades ou abandono, tendo Jesus ao nosso lado, sabemos qual é o caminho certo. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NEEMIAS 5-7 Não são todos os caminhos que levam a Deus, somente Jesus é o Cristo, e a ele devemos ir! 21 JUN Carla Juliana Melo ATOS 17.22-28 – 323 CC ELE É AUTOSSUFICIENTE “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos céus e da terra e não habita em santuários feitos por mãos humanas. Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas” (vv.24,25). Deus possui atributos que só ele tem. Um deles é a autos-suficiência. Ele não precisa de nada nem de ninguém. Ele é o criador e sustentador de todas as coisas no céu e na terra. O salmista declara que “do Senhor é a terra e tudo o nela existe, o mundo e os que nele vivem” (Sl 24.1). Ele é o criador, nós somos criação, e como tal, somos totalmente dependentes dele. Se existimos, é por causa dele. O que somos, temos e podemos fazer é proveniente dele, ainda que nós não reconheçamos isso. Nós temos nossas limitações, mas temos dificuldade para acei- tá-las. Reconhecê-las é, para muitos de nós, vergonhoso e um sinal de fraqueza. Isso é fruto do nosso coração pecaminoso. O pecado da autossuficiência se manifesta de diversas formas em nossa vida. Por exemplo: quando assumimos mais responsabilidades do que so- mos capazes de lidar, quando atribuímos a nós mesmos as nossas conquistas, quando queremos controlar e governar a nossa própria vida ou até mesmo quando não queremos reconhecer que estamos cansados e precisamos de descanso. Sem perceber, achamos que somos deuses, e isso é pecado. Não precisamos carregar o fardo de tentar ser algo que não somos e que não fomos criados para ser. Mas podemos nos ache- gar ao Senhor, depositar nele nossas limitações e fraquezas e viver uma vida plena e abundante na total dependência daquele que é autossuficiente. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NEEMIAS 8-10 Somos totalmente dependentes de Deus. 22 JUN SALMOS 90.1-6 – 9 CC Carla Juliana Melo ELE É ETERNO “Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus” (v.2). Nós somos seres finitos, e tudo para nós precisa ser men-surado. Mensuramos os ambientes, as roupas e sapatos, a comida, o tempo e até mesmo o nosso relacionamento com as pessoas. Gostamos e simpatizamos mais com umas do que com outras. Para nós, compreender a infinitude é difícil. Quando pensamos em algo infinito, pensamos em Deus e no Universo. Já parou para pensar em Deus como um ser eterno e infinito? Todo o Universo, por maior que seja, não é tão infinito como Deus, porque foi por ele criado, é obra de suas mãos. Sa- lomão diz a respeito de Deus, em sua oração de dedicação do Templo, que os céus, mesmo os mais altos céus, não podem con- tê-lo. Antes de qualquer coisa existir, Deus já existia. Ele criou todas as coisas que existem, e a ele tudo pertence. Ele é o Deus grandioso, o grande Eu Sou. E por mais que ele se revele a nós, não somos capazes de conhecê-lo plenamente. Isso nos ensina que não podemos limitar o Senhor nos mol- des e nas caixinhas que estabelecemos para contê-lo. Ele é in- finitamente maior. No livro de Jó, vemos seus amigos tentando delimitar Deus em suas próprias concepções. Jó, porém, após Deus revelar-se a ele, declara que antes o conhecia apenas de ouvir falar, mas agora o conhecia de vê-lo. Ele quer se revelar a nós como de fato ele é. Precisamos parar de limitá-lo e mergulhar num relacionamento íntimo e profun- do com ele, sem temer onde ele nos levará. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | NEEMIAS 11-13 Ouse conhecer o Senhor como ele realmente é! 23 JUN Carla Juliana Melo EFÉSIOS 4.1-16 – 422 CC CHAMADOS PARA FRUTIFICAR “Com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (v.12). O Corpo de Cristo é edificado à medida que cada um realiza a sua função. Isso nos mostra a importância de cada crente exercer seu ministério, ainda que este não tenha destaque, pois o importante não é fazer algo que seja notado por outros, mas fazer o que o Senhor requer de nós. É preciso, portanto, que haja o preparo intencional de cada cren- te para que ele cresça e seja capaz de cumprir o ministério que o Se- nhor tem para a sua vida. Esse processo de educação cristã, impor- tante para o desenvolvimento cristão, dá-se ao longo de toda a vida. Em nossa denominação, a União Feminina Missionária Batis- ta do Brasil tem promovido essa educação cristã missionária em nossas igrejas através das suas organizações missionárias, que al- cançam crianças, meninas, jovens e mulheres. Ao longo de todos esses anos, elas têm sido instrumento de Deus para edificação de vidas, despertando vocacionados e preparando-os para o campo missionário e para a igreja local. Se você já passou por alguma ou frequenta uma dessas orga- nizações missionárias, sabe da importância delas para as nossas igrejas e para o Reino. Por isso, neste dia em que comemoramos o dia da Educação Cristã Missionária, agradeça ao Senhor por elas e ore para que através delas outras pessoas sejam alcança- das para Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ESTER 1-3 Somos enxertados na videira para dar frutos. 24 JUN SALMOS 139.7-12 – 5 CC Carla Juliana Melo DEUS ONISCIENTE E ONIPRESENTE “Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?” (v.7). Deus é ilimitado quanto ao espaço. Ele está presente em cada canto com todo o seu ser. Os olhos dele percorrem toda a criação. Nenhum lugar, por mais distante ou pro- fundo que seja, é capaz de se ocultar dele. A criança no ventre materno ainda informe, a galáxia mais longínqua, a ilha mais iso- lada ou até mesmo as profundezas da alma e do coração humano, todos estão descobertos diante dele. Só Deus é onisciente e onipresente. E é simplesmente assom- broso pensar nisso! O mundo virtual nos possibilitou acesso rápido e fácil a muito conhecimento, sem a limitação das páginas das enciclopédias. Po- demos até fazer cursos de graduação a distância. Basta um dispo- sitivo conectado à internet e qualquer pessoa, em qualquer lugar, tem acesso ao conhecimento. Facilidade dos tempos modernos. Essa facilidade tem nos levado a uma avalanche de informa- ções que nosso cérebro não é capaz de assimilar. Temos sofrido com ansiedade, impaciência e falta de concentração. Resultado do desejo de conhecer tudo, saber tudo e estar em todo o lugar. Não podemos ser uma fonte inesgotável de conhecimento. Somente Deus é a fonte inesgotável de tudo. Que possamos ser humildes em reconhecer nossas limitações para que tenhamos vida espiritual e mental saudáveis. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ESTER 4-6 Senhor, que eu submeta minha mente inteiramente a ti. 25 JUN Carla Juliana Melo SALMOS 102.25-27 – 9 CC DEUS IMUTÁVEL “Mas tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim” (v.27). Toda a criação sofre mudanças com o tempo. Podemos per-ceber a degradação do nosso planeta pela ação do homem. O próprio homem sofre transformações à medida que é formado no ventre, e continua sendo transformado após seu nascimento. E não somente isso. Ao longo da nossa vida, somos influenciados pelas pessoas e circunstâncias que nos cercam. Nossas vontades e desejos mudam com o tempo. Costumamos dizer que o tempo muda todas as coisas, inclusive nós mesmos. Nossas emoções têm uma forte influência em nosso humor e atitudes. Falamos uma coisa hoje e no dia seguinte voltamos atrás. A criação reflete e glorifica a Deus, mas não é Deus. Quando colocamos expectativas e esperança nas coisas criadas, estamos fazendo delas o nosso ídolo. Lançamos expectativas surreais so- bre os outros, esperando que eles não nos decepcionem. Isso quando não as colocamos sobre nós mesmos. Esquecemos que todos nós somos falhos e mutáveis. Deus, por outro lado,sempre é. Ele é o mesmo ontem, hoje e será eternamente. Ele não é influenciado pelo tempo nem pelas circunstâncias. Todos os seus atributos permanecem os mesmos, não são aperfeiçoados, porque ele já é perfeito e imutável. Ape- sar de ter emoções, Deus não muda por influência delas. Quando ele promete, cumpre. Ele não volta atrás em seus desígnios. Podemos confiar no Senhor e depositar nele a nossa espe- rança, pois ele sempre é. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | ESTER 7-10 Deus sempre é! BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 21 DE JUNHO Ele é autossuficiente Quebra-gelo (5min): Você se considera autossuficiente? Por quê? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 21 de junho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que, muitas vezes, agimos como se fôssemos autossufi- cientes? 2. De que forma a autossuficiência de Deus impacta nossa vida? 3. O que precisamos fazer para que não ajamos como se fôsse- mos autossuficientes? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Atos 17.22-28SEMANA 25 26 JUN Ana Caroline Martins PROVÉRBIOS 16.1-4 – 344 CC QUANDO DEUS DIZ NÃO "Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua” (v.1). Na oração ensinada por Jesus, o Pai Nosso, temos o ensina-mento de orar na direção da vontade de Deus: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como o céu” (Mt 6.10). Orar de acordo com a vontade de Deus, contudo, pode ser fácil no falar, mas viver é bem desafiador. Principalmente quando a resposta do Senhor à nossa oração é contrária à nossa vontade. Mas o que fa- zer quando o Senhor diz não? Nossa tendência é pensar que Deus se esqueceu de nós, que não se importa tanto assim conosco ou que não nos ama mais. Talvez tais pensamentos sejam exagerados, mas o fato é que somos tomados por um sentimento de frustra- ção e abandono, e lutamos com pensamentos que insistem em questionar o porquê de ele não nos ter dado um sim. A necessidade de trocar o olhar sobre o não de Deus é impor- tante para começarmos a entender a sua vontade. Sua resposta negativa significa cuidado, proteção e desejo de manifestar seu melhor em nossa vida. O não de Deus pode causar momentos difí- ceis porque também tem o objetivo de nos fortalecer. Sua respos- ta negativa é sempre para nos elevar a níveis mais profundos de intimidade e confiança nele, não para nos causar qualquer dano ou morte. A nossa desobediência, sim, leva-nos à morte (Pv 14.12). Alinhar nossa vontade ao desejo de Deus para nossa vida é um caminho de renúncia e entrega, mas que no final nos proporciona uma vida de alegria e satisfação. Por isso, aproveite o tempo de crescimento e fortalecimento do não de Deus em sua vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 1-5 Aproveite o tempo de crescimento e fortalecimento do não de Deus em sua vida. Ele está preparando você para algo maior. 27 JUN JOÃO 9.1-12 – 15 CC Ana Caroline Martins OPORTUNIDADE “Disse Jesus: ‘Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele’” (v.3). Assim como os discípulos de Jesus, naturalmente tendemos a procurar culpados para situações embaraçosas ou difí-ceis. Algumas situações, entretanto, não terão explicação natural, e o caso do cego de nascença é um bom exemplo disso. Contrariando aqueles que esperavam uma palavra acusatória, o Mestre afirma que ninguém tinha culpa, mas aquela situação era uma oportunidade para que o nome de Deus fosse glorificado. Para alcançar a cura, o cego recebeu orientação para ir se ba- nhar no tanque de Siloé. Siloé significa “enviado”, era um tanque usado para banhos rituais e, provavelmente, uma importante fon- te de água potável daquela região. Jesus, o enviado de Deus e nossa água da vida, encaminha o cego para o tanque “enviado”, para se lavar com água limpa. O Mestre não fazia nada por acaso. Os discípulos estavam com os olhos fixos no problema e pro- curavam por um culpado, enquanto Jesus desejava que eles enxer- gassem aquela situação como uma oportunidade de revelar ainda mais o nome de Deus. Quando fixamos nossos olhos no problema, nossa fé desfalece. Assim, devemos redirecionar nosso olhar para aquilo que o Senhor pode realizar. Quando estamos conectados com Cristo, fazemos das ad- versidades oportunidades de glorificar a Deus. Enquanto Jesus estava no mundo, ele foi a luz do mundo. Agora ele conta co- nosco para iluminar o caminho de muitas pessoas na direção do Reino de Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 6-10 Conectados com Cristo, fazemos das adversidades oportunida- des e entendemos a urgência de trabalhar em favor do Reino. 28 JUN Ana Caroline Martins ESTER 1 – 357 CC INFLUENCER “Pois a conduta da rainha se tornará conhecida entre todas as mulheres” (v.17). A palavra em inglês influencer (influenciador) tem sido mui-to utilizada para denominar pessoas que possuem um alto grau de influência nas redes sociais. No capítulo 1 do livro de Ester, encontramos uma influencer, a rainha Vasti. Nesse capítulo vemos seu marido, o rei Xerxes ofe- recendo uma grande festa para mostrar aos homens mais impor- tantes daquele tempo a sua riqueza e o seu domínio territorial. Foram 180 dias de apresentação, mas o melhor Xerxes estava dei- xando para o final: a apresentação da bela rainha Vasti usando sua coroa real. Em outro lugar, a rainha oferecia também um banque- te, quando recebeu o chamado e decidiu recusar o convite do rei. Indignado, o rei consultou especialistas para saber o que fazer com Vasti. O conselho recebido foi tirá-la do posto de rainha, pois, caso contrário, serviria de mal exemplo para todas as mulheres persas e medas. Não fazendo nenhum juízo de valor sobre a atitude de Vasti e do rei, fiquei reflexiva com o poder de influência sobre as nossas vidas que há hoje no uso da internet. Alguns estudos apontam que somos resultado da influência das cinco pessoas mais próxi- mas de nós. E ouso dizer que, nos tempos atuais, também somos resultado das pessoas que mais aparecem em nossas redes sociais. Com que tipo de pessoas temos nos relacionado? Que tipo de influência estamos recebendo? Reflita nisso, pois somos também resultado daquilo que seguimos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 11-15 Que nossas mentes e corações sejam influenciados por pessoas que escolhem todos os dias viver os princípios da Palavra. 29 JUN MATEUS 26.6-13 – 200 CC Ana Caroline Martins SINTONIA “Os discípulos, ao verem isso, ficaram indignados e perguntaram: ‘Por que este desperdício?’” (v.8). Aproximava-se o dia em que Jesus iria ser entregue para ser crucificado. Por isso, ele já preparava seus discípulos a res-peito do que viria, avisando sobre seu traidor e alertando que os discípulos se dispersariam como ovelhas que veem seu pastor ser ferido. Parecia, contudo, que os discípulos ainda não estavam em sintonia com aquele momento. Eles não queriam que Jesus tomasse aquele cálice, não desconfiavam do plano de trai- ção de Judas e afirmavam que jamais abandonariam o Mestre. Dentro deste contexto, Jesus visita Simão, o leproso, em Betâ- nia. Casa cheia e todos reclinados à mesa. De repente uma mulher entra e unge Jesus com um perfume caro, que provavelmente cus- tou toda uma vida de economias. Aquela mulher reconhecia em Jesus alguém digno de receber tal gesto de carinho e honra, e tal- vez, sem saber, reforçava todo o discurso do Cristo naqueles dias. Seu gesto era um prenúncio do que aconteceria em pouco tempo. Fora da realidade daquele momento, um sentimento de indig- nação toma conta dos discípulos, que só enxergavam o valormo- netário daquela fragrância. Mesmo depois de três anos andando diariamente com Jesus, não percebiam a grandiosidade daquele momento. Por vezes, como os discípulos, andamos desconectados do que o Senhor está anunciando e realizando, não estamos sintonizados com a vontade de Deus. Lembre-se: não basta querer o Senhor; você deve estar sintonizado com ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 16-20 Você está sintonizado com aquilo que o Senhor deseja realizar em você e por meio de você? 30 JUN Ana Caroline Martins GÊNESIS 18.1-15 – 154 CC MANUTENÇÃO “Então disse o Senhor: ‘Voltarei a você na primavera, e Sara, sua mulher, terá um filho’” (v.10). A promessa de um filho na velhice surpreende Sara e Abraão.Sara riu, mas seu riso não foi de felicidade. O riso de Sara representou a sua incredulidade. Ela riu sem alegria, porque olhou as circunstâncias limitadoras. Que um casal, com mais de noventa anos de vida, pudesse de forma natural gerar uma criança era algo que só Deus pode fazer. Trazer de volta o prazer do casal e os costumes femininos de Sara, regular hormônios e preparar um útero idoso para receber um feto perfeito só poderia ser feito pelo Senhor. Afinal, “acaso, para o Senhor, existe algo demasiadamente difícil?” Na Bíblia, vemos muitas promessas sendo feitas para homens e mulheres. Promessas que se cumpriram e revelaram o poder do Senhor. A cada promessa cumprida, vemos o seu agir. Porque não há nada que Deus prometa que também não trabalhe para que seja cumprido. Onde Deus aponta, ele paga a conta. No capítulo 21 de Gênesis, Isaque nasce. No versículo 6, en- contramos a declaração da mamãe Sara: “Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir comigo.” Essa é a alegria da promessa cumprida. Sara riu. Seu riso agora é de felicidade, por ver que Deus garantiu o que prometeu. Qual promessa o Deus Todo-Poderoso entregou a você? Que essa promessa gere em você um riso de alegria mesmo antes da sua realização. E que esse riso seja fruto da certeza da provisão e da manutenção de Deus na sua vida. Ele pode todas as coisas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 21-25 Que as promessas de Deus a você gerem risos de alegria mesmo antes da sua realização. 01 JUL FILIPENSES 2.12-18 – 422 CC Gladis Seitz SALVAÇÃO ENCOLHIDA OU AMPLIADA? “Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor” (v.12). Em dias de tanta novidade tecnológica, é fácil comprarmos um celular e usá-lo sem saber todas as suas funções. Às ve-zes, nos surpreendemos com algo novo que estava ali, à nos- sa disposição, e não sabíamos. Quando Paulo fala em pôr em ação a salvação, podemos imagi- nar algo parecido. Somos salvos, temos à nossa disposição todas as maravilhas do mistério de Cristo, mas deixamos de usufruir muitas bênçãos porque desconhecemos o poder do Espírito em nós. Devemos pôr em ação a nossa salvação “com temor e tremor”, não por medo, mas pela consciência de que Deus pode realizar maravilhas por nosso intermédio, e isso nos assusta. Sabemos da nossa pequenez e da imensurável grandeza de Deus. Pela ação do seu Espírito, pessoas podem ser alcançadas, famílias podem ser restauradas, milagres transformam situações desesperadoras. Nossa salvação ficará “encolhida”, amedrontada, tímida e inex- pressiva se não orarmos, buscando em Deus a força e a orientação para o nosso agir diário. Ou se não buscarmos conhecer melhor sua Palavra. Há tantas vozes à nossa volta, tantas ideologias, tan- tas pseudossabedorias… Por isso, precisamos conferir tudo à luz da Palavra para não sermos enganados. Se assim fizermos, vivere- mos uma salvação ampliada pelo poder de Deus em nós. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 26-30 Precisamos conferir tudo à luz da Palavra para não sermos enganados. 02 JUL Gladis Seitz FILIPENSES 2.19-24 – 379 CC UM AMIGO SINCERO “Não tenho ninguém como ele, que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês” (v.20). Timóteo tinha acompanhado Paulo e Silas no empenho evangelístico para levar o evangelho à Europa. A equipe missionária pregava sobre Jesus, o Filho de Deus, em cida- des como Filipos, Tessalônica, Bereia e Corinto. Era um tempo de perseguição, e Timóteo foi enviado, algumas vezes, para fortale- cer os irmãos novos na fé, ajudando-os a enfrentar as ameaças que vinham de todos os lados. Paulo estava preso em Roma aguardando julgamento quan- do escreveu aos filipenses. Muitos evitavam envolvimento com os problemas que o apóstolo enfrentava com a justiça romana, por causa de interesses pessoais. Eles colocavam os próprios in- teresses acima da causa de Cristo. Querendo saber notícias dos irmãos de Filipos, Paulo sabia que podia contar com Timóteo, alguém que também tinha interesse sincero pelo bem-estar dos irmãos filipenses. Nos momentos difíceis que passamos, temos amigos em quem podemos confiar? Temos ao nosso lado pessoas que fazem até sacrifício para nos ajudar? Que estão conosco e acreditam em nós, mesmo quando outros duvidam? Amigos como Timóteo são amigos de verdade, amigos que fazem a diferença na hora das dificuldades, da angústia, da solidão. Amigos semelhantes a Cristo. Precisamos valorizá-los. Precisamos retribuir seu amor e carinho com mais amor e carinho. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 31-35 Que sejamos amigos verdadeiros, e que o Senhor nos dê amigos verdadeiros. Amigos como Jesus. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 28 DE JUNHO Influencer Quebra-gelo (5min): Quem é hoje a maior influência na sua vida? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 28 de junho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que tendemos a ser tão facilmente influenciados? 2. O que podemos fazer para ser boas influências na vida das pessoas? 3. Quais pessoas devem ser nossos maiores influenciadores? Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e interceder uns pelos outros. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Ester 1SEMANA 26 03 JUL Gladis Seitz FILIPENSES 2.25-30 – 381 CC AMIGO DOENTE “E peço que vocês o recebam no Senhor com grande alegria e honrem homens como este” (v.29). Um casal foi contaminado pelo coronavírus. A esposa rea-giu mais rapidamente ao tratamento e logo voltou para casa. O marido só piorava. Certo dia, o médico telefonou, informando que a situação do doente era gravíssima. A mãe e os filhos se prostraram diante de Deus, choraram, oraram e cla- maram pela saúde do chefe da família. Algumas horas depois, o médico ligou novamente e disse, admirado, que o paciente esta- va reagindo e havia esperança. Algumas semanas depois, aquele homem voltou para casa, já curado. Estava fraco, muito magro, mas estava vivo. A família celebrou aquele dia e louvou a Deus. Na carta aos filipenses, temos o relato de um amigo de Pau- lo, Epafrodito, que foi a Roma levar para o apóstolo uma ofer- ta enviada pelos irmãos de Filipos. Chegando lá, ele adoeceu gravemente. Quase morreu. Recuperou-se pela graça de Deus, e alegrou o coração de Paulo e dos demais amigos. Foi enviado, então, de volta a Filipos, para levar alegria àquela igreja, que aguardava, ansiosa, notícias do amado Epafrodito. Quando estamos enfermos, o amor, a simpatia e as orações dos amigos são fundamentais. Quando Deus atende ao nosso clamor, evitando que tenhamos tristeza sobre tristeza, só nos resta expressar a nossa gratidão por meio de louvores ao Senhor que nos ouve. Sejamos sempre gratos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 36-40 Que, mesmo doentes, expressemos nosso louvor e gratidão a Deus. 04 JULFILIPENSES 3.7-9 – 395 CC Gladis Seitz LUCROS E PERDAS “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo” (v.7). Um senhor, de seus 65 anos, participava de um grupo tera-pêutico. A psicoterapeuta propôs que o grupo refletisse e fizesse uma imagem mental do que queriam realizar em suas vidas. O homem revelou: “Quero voltar a ser avô. Minha imagem é eu jogando videogame com meu neto.” Esse homem foi um advogado de sucesso, morou em um bairro nobre, junto ao mar. Perdeu tudo por causa das drogas. Agora, reconhece que o mais importante é o relacionamento com a família, em amor. O apóstolo Paulo achava que tinha tudo. Era da tribo de Benjamim, um israelita convicto, conhecedor e praticante da lei. Julgava-se irrepreensível. Quando teve o encontro com Cristo, descobriu o quanto estava perdendo por desconhecer o amor de Deus revelado em Jesus. Descobriu a salvação por meio da fé. Os valores mudaram. Abandonou a arrogância e se revestiu de humildade. Paulo escreveu que considerava tudo como per- da, “comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus”. Às vezes, ainda nos apegamos aos valores do mundo. Troca- mos o que deveria ser prioridade por coisas que nos enganam, viciam e até anestesiam nossa consciência. É hora de parar e refletir. O verdadeiro lucro está em viver de acordo com Jesus, que é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 41-45 Lucro de verdade é viver a vida com Jesus. 05 JUL Gladis Seitz FILIPENSES 3.12-16 – 339 CC DESISTIR? NUNCA! “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado de Deus em Cristo Jesus” (v.14). Paulo usa o exemplo dos corredores para lembrar que preci-samos alcançar o alvo. O corredor precisa estar fisicamen-te bem preparado para ter um bom desempenho. Se não estiver, pode ter que desistir no meio da corrida, por exaustão. Os aspectos psicológicos também precisam ser considerados. É importante acreditar na sua própria capacidade, com plena con- fiança, mas sem arrogância. O atleta não pode desviar sua atenção do que está fazendo. Não pode ficar preocupado com o calçado ou com a roupa, nem pode ficar deslumbrado com a torcida que grita o seu nome. Também não pode correr imaginando o lucro financeiro que terá com o prêmio. Essas são distrações que vão prejudicar o seu desempenho. O cristão também precisa evitar as preocupações desta vida, o engano das riquezas e a ambição por poder, que só vão preju- dicar sua trajetória. Paulo diz que é preciso esquecer o que ficou para trás e avançar rumo ao alvo. Ter esse equilíbrio e esse foco é sinal de maturidade cristã. Mesmo que as dificuldades surjam, o cristão, a exemplo do atleta, não cede à tentação de desistir. O prêmio é precioso. É o chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Muito melhor do que qualquer glória humana, que costuma ser efêmera. Desistir? Nunca! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 46-50 Continue prosseguindo para o alvo. 06 JUL NÚMEROS 12.1-9 – 348 CC Farley Monteiro Filho NA SALA DE ESPERA DE DEUS “Ora, Moisés era um homem muito paciente, mais do que qualquer outro que havia na terra” (v.3). Esperar não costuma ser algo fácil. Ainda mais quando esta-mos como que “na sala de espera de Deus”: aguardando e sem previsão de resposta. Como é difícil lidar com esses mo- mentos. Por isso, gostaria de convidá-lo a ver não apenas como algo penoso, mas acima de tudo como um tempo de aprendizado. O texto lido hoje trata sobre um conflito entre Moisés e seus irmãos, Arão e Miriã. O que mais me chama a atenção é a expressão do verso 3, que apresenta Moisés como um homem muito paciente. Geralmente ressaltamos a paciência de Jó, mas se pararmos para pensar, Moisés também precisou ser muito paciente para viver o tempo certo de Deus para cada coisa em sua vida. Sua saída do palácio aconteceu quando ele já tinha 40 anos (At 7.23). Depois, ele passou mais 40 anos em Midiã (At 7.2-30). Foram necessários 80 anos para que Moisés fosse chamado para viver a missão que Deus lhe designou: tirar seu povo do Egito. Depois disso, mais 40 anos no deserto até chegar à Terra Prometida. Foram décadas de espera para Moisés e para o povo de Israel. Um tempo marcado algumas vezes pelo silêncio, pela dúvida, por pragas e até pelo deserto. Não sei o que você está esperando como resposta de Deus, mas saiba que há um tempo certo para sair dessa “sala de espera”, e você não sairá da mesma forma que entrou. A “sala de espera” é o lugar que Deus vai usar para fortalecer o seu caráter e a sua fé. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 51-55 A “sala de espera” é o lugar que Deus vai usar para fortalecer o seu caráter e a sua fé. 07 JUL Farley Monteiro Filho MATEUS 6.5-18 – 148 CC ORAÇÃO E ADORAÇÃO “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (v.20). A oração é uma forma de comunhão com Deus por meio da qual compartilhamos com ele nossos anseios, dúvidas e ale-grias, mesmo que ele já saiba, pois o intuito maior é a criação de uma relação com o Senhor. A oração é uma atitude de entrega a Deus, não só do nosso pensamento, mas de nossa mente e de nos- sa vida como um todo. É um momento de dependência também, quando nossas forças são renovadas para continuar caminhando. No Sermão do Monte, Jesus nos ensina a orar com sinceridade. Deus não quer uma espiritualidade de fachada. Pelo contrário, ele busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). A oração deve ser fruto da nossa experiência e da nossa realidade de vida. Não deve ser fingida nem ensaiada. Não adian- ta decorarmos “jargões”, nem repetirmos as coisas (“Vou insistir até ele se ‘encher’ e ouvir.”), nem falarmos palavras complicadas, achando que por isso seremos ouvidos. A oração deve ser fruto do nosso relacionamento de amor com Deus (vv.6-8). Quando os discípulos pedem a Jesus para ensiná-los a orar, Cristo faz a famosa oração do “Pai Nosso”, não para ensinar sim- plesmente um modelo, mas para apresentar aos discípulos qual deve ser nossa postura ao nos aproximarmos de Deus em oração. O chamado “Pai Nosso” é mais do que uma oração: é uma ex- pressão de adoração, porque toda oração genuína é um ato de adoração a Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 56-60 O “Pai Nosso” é uma expressão de adoração, porque toda oração genuína é um ato de adoração a Deus. 08 JUL MATEUS 6.19-24 – 377 CC Farley Monteiro Filho ONDE ESTÁ O SEU TESOURO? “Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam” (v.20). Os valores do Reino de Deus são bem diferentes dos terrenos. O ser humano vive buscando riquezas, fama, posições e po-der. Cristo, por outro lado, ensina-nos que, no Reino, o maior é o que serve, que a glória é do Pai e que nossa vida é como neblina, por isso é preciso correr atrás do que vale a pena (Tg 4.13-16), caso contrário, terminaremos correndo atrás do vento (Ec 2.1-11). Ao tratar sobre tesouros, Jesus está se referindo àquilo que é mais importante para nós, pois onde estiver nosso tesouro, esta- rá também o nosso coração. Ou seja, nossas prioridades, nossos valores e nossa dedicação devem estar voltados para aquilo que é duradouro. Nosso coração precisa estar naquilo que ninguém pode tirar de nós. Precisamos manter nosso padrão e pensa- mento nas coisas que vêm de Deus, naquilo que é eterno (Cl 3.1,2), pois isso não nos pode ser tirado. Se nossa preocupação, porém, volta-se apenas para o que é passageiro, caímos no perigo de viver uma vida vazia. Nossa confiança não pode estar depositada no dinheiro ou em nossas posses, pois não sabemos quanto isso durará. Recebemos diariamente vinte e quatro horas de presente. O que semeamos durante esse período pode se limitar ao aqui e agora ou ecoar pela eternidade. Em qual deles você prefere ocu- par seus dons, atenção e dedicação? n LEIAA BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 61-65 Viva de forma que o que você faz ecoe pela eternidade. 09 JUL Farley Monteiro Filho MATEUS 6.25-34 – 166 CC VIVA O DIA DE HOJE “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal” (v.34). O que lhe traz ansiedade hoje? Controlar nossa ansiedade e preocupações, ainda mais nos tempos atuais, quando tantas informações chegam numa velocidade tão rápida, não é tarefa fácil. Como cristãos, contudo, temos uma ferramen- ta extra que pode nos ajudar a aquietar nosso coração: a certeza de que Deus cuida de nós. Deus é nosso Pai, nosso Pastor, somos importantes para ele, por isso ele não nos faltará (Sl 23.1). Jesus usa o exemplo das aves e dos lírios, que são cuidados por Deus em suas necessidades. Muitas vezes, entretanto, nosso olhar se dirige àquilo que não é necessário, e então nos sen- timos insatisfeitos e preocupados. Quantas vezes reclamamos por não ter “nada” para vestir no guarda-roupa ou porque tem “frango de novo no almoço”? Esquecemo-nos de que tudo isso é cuidado de Deus na nossa vida. Ele sabe do que nós precisamos, e ele é fiel para suprir nossas necessidades. É importante, con- tudo, lembrar que desejo e necessidade são coisas diferentes. Não sei o que traz preocupação para você hoje, mas sei que servimos a um Deus que não nos deixará faltar o necessário. Assim, não precisamos nos preocupar com o amanhã. “Basta a cada dia o seu próprio mal.” A ansiedade está ligada ao medo do incerto. Jesus está nos convidando a deixar tudo isso em suas mãos, encorajando-nos a viver – com responsabilidade – cada dia como se fosse único. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 66-70 Deus sabe do que nós precisamos, e ele é fiel para suprir todas as nossas necessidades. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 06 DE JULHO Na sala de espera de Deus Quebra-gelo (5min): O que você sente quando aguarda uma consulta na sala de espera e o médico não o atende em seu ho- rário? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 06 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O autor do texto nos convida a pensar no tempo de espera como um tempo de aprendizado. Quais as lições que você já aprendeu nos tempos de espera que viveu em sua vida? 2. Na sua opinião, em que situações da vida é mais difícil esperar o agir de Deus? 3. Hoje você está na sala de espera de Deus? Compartilhe com o grupo essa espera. Tempo de orar (10min): Em trios, compartilhar as necessidades de oração e orar pelos pedidos. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Números 12.1-9SEMANA 27 10 JUL Farley Monteiro Filho JOÃO 11.1-46 – 334 CC SOFRIMENTO PEDAGÓGICO “Chegando ao lugar onde Jesus estava e vendo-o, Maria prostrou-se aos seus pés e disse: ‘Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido’” (v.32). O ser humano sempre teve dificuldade em lidar com a dor. Maria, por exemplo, não queria lidar com a perda do seu irmão (v.32). É preciso lembrar, no entanto, que o sofri- mento faz parte da vida. Hoch diz que “o sofrimento e a doença desnudam a fragilidade humana, confrontam a pessoa com a possibilidade da morte e com a transitoriedade da vida”. Já que não podemos evitar o sofrimento, podemos buscar então encará-lo de uma outra forma. O sofrimento precisa ser visto de forma pedagógica, e precisa nos levar aos pés de Jesus (v.32a). É apenas quando somos quebrantados, como o vaso nas mãos do oleiro, que estamos prontos para que Deus aja em nos- sas vidas. Sofrer não significa que Deus não nos ame ou que se esque- ceu de nós. “A grande demonstração do amor de Deus está justa- mente na participação daquele que ama no sofrimento daquele que é amado” (Moltmann). Servimos a um Deus que decidiu sofrer por amor à huma- nidade e que se compadece de nossas fraquezas (Hb 4.15,16). Além disso, o sofrimento de Cristo na cruz nos trouxe salvação, e com ela, a promessa de que um dia estaremos com ele no lugar que foi preparado para nós, onde não mais precisaremos passar por nenhum tipo de dor ou sofrimento (Ap 21.4). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 71-75 É apenas quando somos quebrantados, como o vaso nas mãos do oleiro, que estamos prontos para que Deus aja em nossas vidas. 11 JUL GÊNESIS 16.7-13 – 25 CC Peggy Fonseca DE OLHOS BEM ABERTOS “Este foi o nome que ela deu ao Senhor que lhe havia falado: ‘Tu és o Deus que me vê’, pois dissera: ‘Teria eu visto Aquele que me vê?” (v.13). Você pode imaginar Agar, uma escrava, grávida e tratada com violência por sua senhora? Ao fugir da situação de-sesperadora, sentada à beira de uma fonte de água, no de- serto “assassino”, sem perspectiva de vida, ela encontra o Deus de Abrão. Ela, uma vítima, marginalizada, tem uma experiência marcante com Deus. Logo ela, rejeitada e sofrida, acaba decla- rando que ela mesma viu e foi vista pelo Senhor. E mais: ela é a única pessoa na Bíblia que dá um nome a Deus – “aquele que me vê”. Isso não é pouca coisa; nem nos dias de Agar, nem nos dias de hoje. Muitos se sentem invisíveis para Deus, por causa do seu so- frimento ou possivelmente por uma crença equivocada sobre ele. Quantos de nós já se queixaram, dizendo: “Cadê Deus? Ele não vê o que está acontecendo?” A resposta é a mesma para Agar e para nós: ele nos enxerga. Provérbios 15.3 diz que “os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons”. Ele não apenas vê. Ele nos vê como a meni- na dos olhos (Dt 32.10). Ao acompanhar o processo de perda da visão da minha irmã e da minha mãe, observei que nenhuma parte do corpo é tão valorizada como os olhos. Para Deus, somos a parte mais impor- tante dos olhos: a menina dos olhos. Deus o vê como um tesouro precioso. Pode crer: os olhos de Deus estão bem abertos para você. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 76-80 “Protege-me como a menina dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas.” (Salmos 17.8) 12 JUL Peggy Fonseca GÁLATAS 5.13-18 – 380 CC DONO DO SEU PRÓPRIO NARIZ “Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor” (v.13). Martinho Lutero, em “Tratado sobre a Liberdade Cristã”, escreveu: “Um cristão é um senhor de tudo perfeita-mente livre e sujeito a ninguém. Um cristão é um servo de todos perfeitamente obediente e sujeito a todos.” O apóstolo Paulo entendeu muito bem esse paradoxo. Ele dedicou a carta aos gálatas ao tema da liberdade. Ele tinha até raiva das pessoas que tentavam escravizar os crentes gentios. Se fosse possível gritar ao escrever uma carta, ele teria gritado em Gálatas: “Foi para a liber- dade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” Ao mesmo tempo, Paulo queria destacar que a liberdade de- veria ser usada para glorificar a Deus e para servir os outros. Para a igreja em Corinto, onde os membros estavam em pé de guerra, ele teve que explicar esse princípio da liberdade usado para o Reino, e não para agradar sua própria vontade. Ele qualificou a liberdade assim: “Tudo é permitido, mas nem tudo convém.” Isso destoa da sociedade, que prega que temos que seguir o próprio coração, que temos o direito de ser felizes, fazendo o que nos agrada, que cada um é dono do próprio nariz. A missão de Cristo de “esvaziar-se a si mesmo, vindo a ser servo” também é nossa missão. Livre, sim. Servo, também. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 81-85 “Porque, embora seja livre de todos, fiz-me escravo de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas.” (1 Coríntios 9.19) 13 JUL PROVÉRBIOS 13.8-13– 344 CC Peggy Fonseca CORAÇÃO CURADO “A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é árvore de vida” (v.12). Em Provérbios, encontramos muitas pérolas de contraste, onde o autor escreve uma verdade e depois faz um contraste, introduzido-o com a palavra “mas”. Ao ler Provérbios 13.12, eu senti como se Deus tivesse coloca- do uma placa “PARE” diante dos meus olhos e alma ao me deparar com a palavra “mas”. Eu estava vivendo um momento de adiamen- to dos meus sonhos e desejos. Senti como se estivesse andando num deserto, igual o povo de Deus. Posso imaginar que, ao sair do Egito, os hebreus sonharam com uma rota curta para chegar à Terra Prometida. Em vez disso, passaram 40 anos vagueando pelo deserto. A esperança foi sequestrada pela dura realidade. Seus co- rações estavam enfraquecidos, aflitos, sofridos, doloridos, de luto. É difícil ter que enterrar uma esperança no árido deserto. Depois dessa expressão de tristeza pelo adiamento dos sonhos, vem a palavra fantástica “mas”. A segunda frase esclarece que quan- do nossos anseios são realizados, encontramos a Terra Prometida. Ao mencionar a Árvore da Vida, entendemos como uma referência ao céu (Ap 22.2). Experimentamos a esperança da plena satisfação no novo céu e na nova terra pela obra de Jesus Cristo. Enfrentamos a decepção agora lembrando-nos do que está por vir. Você não per- de por esperar Deus realizar aquilo pelo qual você anseia. Sobre isso, Timothy Keller aconselha: “Peça para Deus forta- lecer seu coração decepcionado, fazendo de Jesus sua esperança mais preciosa — porque esse desejo nunca será frustrado.” n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 86-90 Enfrentamos a decepção agora lembrando-nos do que está por vir. 14 JUL Peggy Fonseca PROVÉRBIOS 25.11-13 – 381 CC MAÇÃS DOURADAS “A palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata” (v.11). No início do século 20, havia um grupo de jovens escri-tores que se reuniam para ler e criticar o trabalho uns dos outros. Eles eram tão implacáveis, cruéis, duros e sem misericórdia que ganharam o nome de “Os estranguladores”. Ao mesmo tempo, um grupo de mulheres escritoras criou um clube semelhante, chamado de “As estimuladoras”, com o propósito de incentivar as escritoras. Vinte anos depois, os pesquisadores descobriram que nenhum dos Estranguladores tinha conseguido uma realização literária. Das Estimuladoras, saíram seis escrito- ras de sucesso. As Estimuladoras ofereceram a joia rara de maçãs de ouro em salva de prata. Ou seja, a palavra certa, dita da forma certa e na hora certa, é uma joia de grande valor. As palavras só devem ser usadas para motivar, para encorajar, para estimular, e não para criticar, julgar e estrangular. Hebreus 10.24 aponta para o destino certo da nossa fala: “Pensemos em como nos estimular uns aos outros ao amor e às boas obras.” Nosso alvo é falar de uma forma que as palavras sejam preciosas na vida das pessoas. Nossas palavras não devem ser chumbo grosso, e sim um fruto de ouro incrustado em prata. Ao acordar, peça sabedoria para saber como encorajar outros ao amor e às boas obras. Faça do oferecimento de maçãs doura- das seu alvo diário. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 91-95 O papel da maçã dourada é ser um vaso de bênção para que outros também possam ser vasos de bênção. 15 JUL SONHANDO PEQUENO “Esforcem-se para ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos” (v.11) Quando eu era criança, amava ler livros com histórias de gente famosa. Cresceu dentro de mim a ambição de ver meu nome impresso como uma pessoa famosa. Sonhava em ser conhe- cida e importante. A sociedade alimentava esse sonho. Eu deveria alcançar as estrelas, sonhando alto, porque eu era muito especial. A Bíblia, porém, ensinou-me algo bem diferente. A mensa- gem de Jesus é: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34). Isso pôs minha ideia de cabeça para baixo. Devemos sonhar pequeno, não grande! Nossa ambição deve ser esta: viver uma vida com tranquilidade, sem um ego inflado. No Seminário, ao ensinar “não mais eu, mas Cristo” (Gl 2.20), a diretora pedia que cada aluna escrevesse seu nome e a história do chamado de Deus em um papel, para depois colocá- lo numa caixa de fósforos. Então, a aluna subia até a parte alta do terreno, cavava um buraco e enterrava a caixa, simbolizando o enterro do seu “ego”. Ela repetia o lema da escola – “Não mais eu, mas Cristo” –, aceitando essa realidade em sua vida. Era o enterro da ambição. A ansiedade por reconhecimento é certamente uma inversão de valores neste mundo. É um desafio tão difícil e tão necessário hoje quanto foi nos dias de Jesus e Paulo. Vamos sonhar com uma vida pequena vivida ao lado do grande Deus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 96-100 Sonhemos com uma vida pequena vivida ao lado do grande Deus. 1 TESSALONICENSES 4.9-11 – 293 CC Peggy Fonseca 16 JUL Joyce Porto MARCOS 1.35-39 – 156 CC O HÁBITO DA ORAÇÃO “De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando” (v.35). Se pararmos para refletir, muitas de nossas ações no dia a dia são coisas que nem pensamos em como fazer. Desde escovar os dentes, amarrar o sapato e fazer nossas refeições até co- zinhar ou dirigir, nossos hábitos direcionam nossas ações. Nos evangelhos, aprendemos com Jesus que a oração deve se tornar um hábito na nossa vida, algo que direciona nossas ações. O evangelho de Marcos narra um dos momentos de oração de Jesus. Ele vai para um lugar deserto orar, e ao retornar, todos o estão procurando, pois desejam que ele fique ali mais tempo com eles. Jesus, porém, decide ir para outras regiões da Galileia pregar as boas novas do evangelho. Jesus sabia que existiam pessoas necessitadas onde ele esta- va, mas a sua vida de oração determinava seus passos. O Reino de Deus precisava ser pregado em outras cidades também. A agenda de Jesus era feita em sua vida de oração, em seus mo- mentos de conversa com o Pai. Assim como Cristo, precisamos desenvolver o hábito de orar, e assim nossa vida de oração guiará nossas ações diante das necessidades, pressões e urgências à nossa volta. Precisamos do discernimento que a vida de oração nos proporciona. Só quando temos uma vida de oração é que o Senhor pode controlar nossas agendas para vivermos uma vida alinhada com sua vontade. Ao acordar, durante o dia ou ao deitar, que a oração se torne um hábito para nós, seguidores de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 101-106 Que a oração se torne um hábito no seu dia a dia. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 14 DE JULHO Maçãs douradas Quebra-gelo (5min): Cada um deve escolher alguém do grupo a quem fará um elogio. Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 14 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. Por que temos tanta dificuldade em usar palavras como ma- çãs de ouro em salva de prata? 2. Quais são as consequências de usar as palavras certas, mas no momento errado? 3. Compartilhe com o grupo uma palavra que você tenha dado a alguém no momento certo. Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e orar pedindo a Deus sabedoria no falar. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Provérbios 25.11-13SEMANA 28 17 JUL Joyce Porto HABACUQUE 3.17-19 – 375 CC CONFIANÇA INABALÁVEL “Ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação” (v.18). A vida muda como as estações. Temos momentos que são cheios de vida, como as floresda primavera, e dias que brilham como o sol de verão. Mas também passamos por estações onde perdemos nossas folhas, como nos dias de outo- no, assim como dias duros e frios de inverno. No livro de Habacuque, encontramos uma linda declaração sobre a confiança em Deus diante de momentos em que as es- tações da vida são contrárias às nossas expectativas. O profeta Habacuque nos encoraja a depositarmos nossa confiança no Se- nhor, mesmo diante das adversidades. No versículo 17, Habacuque fala sobre circunstâncias duras da vida, como a natureza que não produz aquilo que é esperado dela, e assim se perde a fonte de alimento e renda. Quantas dificuldades se apresentam inesperadamente e parece que per- demos o chão! Mas o profeta Habacuque nos revela um segredo precioso para encarar os dias maus. Ele faz uma declaração re- volucionária ao dizer, no versículo 18: “Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.” Todos nós temos estações na vida que nos desencorajam, entristecem, machucam e tentam nos roubar a esperança e a alegria, mas, que nesses momentos, possamos responder como Habacuque e manter nossa confiança no Deus da nossa salva- ção, que nos defende e livra em nossas dificuldades. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 107-112 Que possamos manter nossa confiança no Deus da nossa salvação. 18 JUL 1 REIS 17.17-24 – 315 CC Joyce Porto DEUS OUVE A ORAÇÃO “O Senhor ouviu o clamor de Elias, e a vida voltou ao menino, e ele viveu” (v.22). Após um grande milagre na vida de uma viúva, que obede-ceu a Deus e viu o Senhor multiplicar seu sustento e de seu filho através do profeta Elias, aconteceu uma tragé- dia: o menino adoeceu e morreu. O milagre provavelmente fez com que ela ficasse confiante de que a boa mão do Senhor estava sobre sua casa, mas essa se- gunda morte (pois já era viúva) fez com que ela duvidasse disso. A dor da decepção agravou ainda mais a perda. Como pode ela ser canal de Deus em um momento e no outro sofrer tão grande perda? Ela então levou isso a Elias, e o profeta foi falar com Deus. Diante de causas impossíveis, só o Deus do impossível pode soprar vida de novo na situação que estamos vivendo. A doença e a morte desse menino serviram para revelar a beleza da súpli- ca ao Senhor. Nem sempre somos atendidos como gostaríamos, mas em todo o tempo devemos ter a confiança de que podemos levar nossos pedidos a Deus e de que ele nos ouve. Elias pediu o impossível. Até então não existia nenhum mi- lagre de ressurreição registrado nas Escrituras, mas isso não o impediu de suplicar ao Senhor. Ele sabia onde poderia encontrar refúgio. De igual modo, somos desafiados a buscar refúgio no Senhor e confiar em sua soberania. Deus nos ouve e tem um propósito para tudo o que acontece em nossas vidas, pois ele age para nosso bem. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 113-118 Levemos nossos pedidos a Deus com a confiança de que ele nos ouve. 19 JUL Joyce Porto MARCOS 1.16-20 – 217 CC O CONVITE EXTRAORDINÁRIO DE JESUS “E disse Jesus: ‘Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens’” (v.17). Todo cristão é chamado a servir a Jesus em diferentes contex-tos. Muitos de nós servimos no ministério de tempo integral, assim como outros cristãos o servem em outros ambientes e profissões. Com os discípulos de Jesus não foi diferente. Simão e André eram pescadores, e estavam trabalhando no mar da Galileia quando Jesus passou por eles e lhes fez um convite extraordiná- rio. Ele os convidou a segui-lo, e os dois irmãos imediatamente largaram tudo o que estavam fazendo para seguir o Mestre. Com os cristãos de hoje acontece o mesmo. Quando conhecemos Jesus e nos tornamos seus discípulos, tudo o que fazemos – assim como nosso trabalho, talentos e dons – é para servi-lo. Todos nós temos muitos afazeres no dia a dia, e muitas vezes esse convite extraordinário de Jesus passa despercebido. Mas estejamos onde estivermos – na igreja, na escola, no trabalho, em casa, com os vizinhos, amigos ou parentes – todos nós somos chamados a ser discípulos e a pescar almas para Cristo. Nós temos o chamado de compartilhar as boas novas de sal- vação. Que possamos atender ao convite de Jesus para o seguir e nos tornar seus discípulos. E que ao segui-lo, nossa vocação, profissão e trabalho tragam glória a seu nome. Que comparti- lhemos com todos à nossa volta a salvação que só Jesus dá. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 119.1-96 Você tem pescado homens no seu lugar de atuação? 20 JUL ATOS 17.16-31 – 9 CC Joyce Porto DEUS SE REVELOU A NÓS “Pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes anuncio” (v.23). Quantos de nós já não estivemos em projetos e viagens missionárias e tivemos a oportunidade de compartilhar o evangelho e ver pessoas se alegrando com as boas novas que nunca tinham ouvido antes, que Cristo morreu por seus pe- cados e agora eles podem ter vida eterna? É um momento lindo ver um pecador se arrepender. Paulo sabia que muitos dos que estavam em Atenas não conhe- ciam Jesus, e então ele compartilhou sobre o Deus desconhecido por eles. Muitos ao nosso redor ainda desconhecem o amor e a gra- ça de Deus, desconhecem que ele perdoa pecados e salva. Para mui- tos, assim como para o povo em Atenas, Deus ainda é desconhecido, e eles continuam vivendo em desespero, temor e desesperança. Deus, todavia, revelou-se a nós, resgatou-nos e nos tornou seus discípulos. Assim como o apóstolo Paulo, devemos compar- tilhar com os outros essas boas novas. Para muitos, Deus ainda é desconhecido e distante, mas nós, que o conhecemos intima- mente, que o chamamos de Pai, podemos apresentá-lo a todos aqueles que ainda buscam salvação e vida eterna. Louvado seja o Senhor, que se fez conhecido a nós e nos sal- vou! Que possamos fazer o verdadeiro Deus, revelado em Cristo Jesus, conhecido ao mundo ao nosso redor e ver vidas resgatadas e transformadas pelo poderoso evangelho de Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 119.97-176 Que o Espírito Santo nos capacite a tornar conhecido o Deus desconhecido. 21 JUL Charles Negreiros SALMOS 45 – 471 CC O TRONO E O CETRO “O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino” (v.6). As muitas circunstâncias difíceis e adversas da vida nos fazem esquecer coisas fundamentais. E a capacidade de informação que temos hoje parece ampliar essa sensação de desordem, caos e insanidade. Então, provavelmente, estamos olhando para o lugar errado – ou para a pessoa errada. O salmista é contundente: há o trono e o cetro. O trono é para sempre, e o cetro é de equidade. Dizendo de outra forma: o eterno Deus continua onde sempre esteve, está e estará, e as ações do Senhor continuarão sendo marcadas pela equidade, a justiça perfeita, na hora certa e da forma certa. Ele julgará a terra com justiça; o mundo e todos os povos, julgará com retidão. Portanto, amado, não se engane: nas nossas andanças por este pequeno mundo neste pequeno tempo de vida, encontra- remos mais injustiça e iniquidade do que gostaríamos. Pior: às vezes seremos protagonistas das ações que tanto odiamos. Mas não perca de vista o essencial: Deus está no seu trono, e sempre estará. O cetro está em suas mãos, e de lá nunca sairá. Descanse na confiança de que, no Senhor, a eternidade da existência e do reinado garantem a plena e perfeita justiça. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 120-127 Não perca de vista o essencial: Deus está no seu trono, e sempre estará. 22 JUL PROVÉRBIOS 26 – 176 CC Charles Negreiros NÃO ALIMENTE ESSE FOGO “Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda” (v.20). Algumas situações da vida parecem seguir uma lei tão ra-cional quanto às dos fenômenos da natureza. Faça uma fogueira, coloque mais lenha, e ela se mantém. Deixe de colocar lenha, e ela se apaga, porque,óbvio, o seu “alimento” foi retirado, e o fogo não tem como se manter. A receita da contenda é semelhante. Observe a contenda, a discussão, o queixume, duas ou mais pessoas divergindo. A tem- peratura eleva, a discussão sai do mérito da questão e avança por outros campos que nada têm a ver com a questão inicial. Discussão em fogo alto, oposição incendiária. Agora, observe que tudo aconteceu por causa do maldizente, do caluniador, de alguém que não teve mais como argumentar a questão em si e saiu a combater seu interlocutor como se fosse adversário mor- tal. Tire a lenha, o fogo apaga. Afaste o caluniador, a contenda cessa. As nossas relações interpessoais precisam ser marcadas pela ética do evangelho, pelo exemplo de Cristo. Que sejam outros os incendiários. Os filhos de Deus são os bombeiros. Que sejam ou- tros os maldizentes, porque quem serve a Deus quer ser resposta de Deus e solução de Deus para as contendas da vida. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 128-133 Tire a lenha, o fogo apaga. Afaste o caluniador, a contenda cessa. 23 JUL Charles Negreiros SALMOS 133.1-3 – 410 CC ENCONTRANDO A IGREJA DE CRISTO “Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre” (v.3). Onde está a Igreja? Endereço, nome da rua, número do pré-dio, placa, razão social: é isso a Igreja? Ali onde o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre, ali ela está. Mas… onde é “ali”? Se queremos considerar com seriedade as palavras do sal- mista, “ali” não é um lugar: é um grupo de pessoas. É onde estão unidos os irmãos. Igreja é o ajuntamento solene dos remidos pelo sangue de Cristo. É a reunião dos que foram alcançados pela graça e reconhecem o domínio soberano de Deus sobre as suas vidas. Igreja é povo em comunhão, mantendo a unidade do Espírito. É família que reconhece o Pai nosso que está nos céus, e são irmãos de sangue, porque todos os membros dessa família foram lavados pelo sangue do Cordeiro. É nesse lugar, ou mais claramente dizendo, em meio a esse povo, que Deus ordena bênção e vida. E quão bom e agradável é essa doce e santa comunhão. Mas deixe-me alertá-lo para algo que não pode escapar de sua mente: sim, bom é estar no meio desse povo, mas, melhor do que isso, é estar no meio desse povo sendo parte desse povo. Por isso, se há valor em perguntar onde está a Igreja, valor maior ainda está na pergunta: e você, já é parte da Igreja? n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 134-138 A igreja não é um lugar; a igreja é um grupo de pessoas. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 23 DE JULHO Encontrando a Igreja de Cristo Quebra-gelo (5min): Peça que cada pessoa do grupo complete a seguinte frase: “Igreja é ...” Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 23 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O que a igreja tem representado em sua vida? 2. Você apenas está no meio do povo de Deus ou você faz parte desse povo? Por quê? 3. Compartilhe com o grupo uma experiência que viveu em que a igreja se fez presente. Tempo de orar (10min): Em duplas, compartilhar as necessida- des de oração e orar agradecendo a Deus a vida de cada irmão que faz parte da igreja. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 133.1-3SEMANA 29 24 JUL Charles Negreiros SALMOS 103 – 308 CC MUITO MAIS DO QUE SAÚDE “É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão” (vv.3,4). O salmo 103 não nos dá uma promessa de saúde plena ou de que o que serve a Deus nunca ficará doente. Temos mais do que isso. O que temos é o testemunho de alguém que experimentou li- vramento dos inimigos, e de si próprio, de quem esteve abalado pela dor do pecado, mas encontrou coragem no arrependimento e refrigério no perdão de Deus, de quem esteve no leito da dor, e foi restabelecido, de quem achava que a morte era certa, mas, pelo contrário, foi livrado da cova. Não é espantoso, portanto, vê-lo cantar de júbilo dizendo que Deus o coroou de bondade e compaixão. Enquanto aquele caldo raso chamado “evangelho da saúde e da prosperidade” vai deixando seu rastro de tristeza, frustração e decepção, o evangelho do salvador Jesus Cristo continua produzindo seus frutos mais elevados: fé, esperança e amor. Nas palavras do salmista compar- tilhadas com o povo de Deus, continuamos a ver o Senhor perdoando, sarando, livrando da morte e coroando de bondade e compaixão. Não, não temos a promessa de saúde plena e ausência de enfer- midade. Temos mais: a garantia do Senhor que desposou sua noiva – a Igreja – e prometeu sua presença constante, na paz ou na guerra, na saúde ou na doença. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 139-141 Continuamos a ver o Senhor perdoando, sarando, livrando da morte e coroando de bondade e compaixão. 25 JUL ECLESIASTES 11 – 377 CC Charles Negreiros AS OBRAS DE DEUS “Assim como você não conhece o caminho do vento, nem como o corpo é formado no ventre de uma mulher, também não pode compreender as obras de Deus, o Criador de todas as coisas” (v.5). É possível acreditar que sabemos muito. Afinal, o montante de conhecimento e informações acumulados ao longo dos mi-lênios da história garantem que sabemos bem mais que nos- sos antepassados. E é bem provável que o seu computador guarde mais informações em memória do que a maioria de nós consegui- rá guardar durante a vida. Confesso: invejo os computadores. O autor de Eclesiastes fala de coisas que ele não sabia como compreender e, por conseguinte, como explicar. Coisas da natureza, como o vento em sua trajetória, e da vida humana, como um novo corpo entretecido no ventre da grávida. Mais tarde, Jesus falaria do vento que sopra livre, e ele mesmo, Deus-homem, veio a este mun- do como todos os humanos: entretecido no ventre da grávida. Cer- tamente sabemos mais hoje sobre o vento e a gravidez. A questão é: sabemos tudo? Ou ao menos sabemos o que realmente importa? Há algo que, definitivamente, não sabemos: as obras de Deus, que faz todas as coisas. O Senhor diz através de Isaías ser alguém de “caminhos e pensamentos mais altos”. O salmo 50 repreende a tolice de acharmos que somos iguais a Deus. No fim, é sábio agradecer a Deus pelo que sabemos, e mais ainda pelo que nunca saberemos nesta jornada da vida. É suficiente sabermos que são suas as obras, que ele faz todas as coisas, e ter a certeza de que, do pouco que sabemos, temos mais do que o suficiente para confiar- mos no Senhor quanto ao muito que não sabemos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 142-144 É sábio agradecer a Deus pelo que sabemos, e mais ainda pelo que nunca saberemos. 26 JUL Pedro Veiga MALAQUIAS 3.6-18 – 301 CC OS BENEFÍCIOS DA FIDELIDADE “‘Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las’” (v.10). Os benefícios da fidelidade têm me alcançado. Nas coisas mais singelas, como o almoço diário em um restaurante, onde, por meio de um programa de fidelidade, almoçar regularmente me concede o desconto de um almoço a cada dez. Isso se repete na sorveteria, no parquinho e em tantas outras coisas da rotina, ficando inevitável a conclusão de que a fidelidade traz benefícios. Deus nos convida, por meio de sua Palavra, à fidelidade, e nos mostra o extraordinário benefício de ser fiel em todo o tempo. Contudo, diferentemente das histórias que contei acima, não é nos benefícios de nossa fidelidade que encontramos a motivação para sermos fiéis, mas na própria fidelidade de Deus. O Senhor é fiel, e sua fidelidade nos movea responder a ele da mesma forma. Deus nos dá diversas oportunidades de demonstrar fidelidade a ele, seja pelos dízimos, pela obediência ao seu padrão moral e ético, pelo cumprimento de sua missão ou até mesmo no trato com sua Igreja (1Co 1.9). Em todas essas coisas, somos extrema- mente abençoados por escolher ser fiéis, motivados pela fideli- dade constante de Deus para conosco (Sl 146.5,6). Deus é fiel! E você, tem sido fiel ao Senhor? Ore pedindo que a fidelidade de Jesus o conduza a uma genuína fidelidade. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 145-147 A fidelidade do Senhor não depende da nossa, mas é uma bênção ser fiel a esse Deus que nunca nos abandona. 27 JUL JOÃO 17.18-26 – 381 CC Pedro Veiga UNIDADE NA MISSÃO: O ESPETÁCULO DO CRISTÃO “[…] que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste” (v.23). Jesus sabia que a unidade com Deus só é possível quando te-mos essa unidade também com nossos irmãos. É amando o próximo que amamos a Deus. Quem não ama o seu irmão não conhece Deus de verdade (1Jo 4.8). Sabendo disso, e atento à urgência do cumprimento da missão da Igreja, Paulo pede aos filipenses que completem sua alegria – por tê-los como fruto do cumprimento de sua missão – rogando-lhes que tenham verda- deira unidade (Fp 2.1,2). Então, como podemos viver a unidade bíblica em nosso dia a dia de forma prática? A primeira coisa é canalizar a força da unidade para seu real propósito: a missão. Esse perfeito propósito nos une e protege de confusões desnecessárias, afinal, estaremos ocupados com o que realmente importa: a salvação e a transformação de vidas. Em segundo lugar, precisamos aceitar no nosso coração que o amor é o vínculo da perfeição (Cl 3.14). É no amor de Deus que encontra- mos a força e a motivação para amar o próximo, e é nesse amor ao outro que conseguimos unidade com Deus e com nosso irmão. Precisamos nos relacionar movidos pelo amor de Jesus, aumen- tando diariamente o nosso vínculo. Quem vive assim respeita o que pensa diferente, e tem uma identidade cristã de pensamento ge- rada pela forte unidade no amor. Por isso, consegue permanecer firme em uma caminhada diária com Jesus e sua Igreja em missão, e se torna um verdadeiro espetáculo da graça de Deus (1Co 4.9). n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | SALMOS 148-150 O que você pode fazer hoje para andar ainda mais em unidade com seus irmãos? 28 JUL Pedro Veiga MATEUS 5.1-12 – 398 CC FERIDAS QUE CURAM “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês” (v.11). Em nossa caminhada, muitas circunstâncias têm afligido o povo de Deus. Uma postura equilibrada é buscada por cada um de nós, mas muitas vezes não conseguimos. A sensação que nossos limites estão sempre sendo testados tem produzido feri- das emocionais que demoram a cicatrizar. E a tendência de pessoas feridas é acabar ferindo outras, perpetuando o caos já instalado. Estamos sujeitos a todo tipo de ataque, e o sofrimento que nos aflige nos torna mais parecidos com Cristo. Não que queiramos so- frer, mas quando sofremos em missão e por causa da missão, as- semelhamo-nos a Jesus e somos “bem-aventurados” (Mt 5.10-12). Para tratar essas feridas geradas na caminhada, aqui vão algu- mas dicas que você pode começar a praticar hoje mesmo: • Perdoe quantas vezes forem necessárias (Mt 18.21,22); • Exercite a misericórdia (Mt 9.13), pois as pessoas nos ferem por estarem feridas. O ataque é um pedido de socorro. Olhe para as pessoas como alvos de transformação; • Ame muito, principalmente aqueles que o ofendem (Mt 5.44,45). Esse amor vai acelerar o processo de cicatrização e acabar com sua dor emocional; • Tenha esperança de melhora. A dor vai passar. Deus vai agir. Você vai crescer com essa experiência (Rm 5.3-5). Você vai poder ajudar pessoas que também passam por isso. Deus está fazendo de você alguém mais parecido com Cristo. E isso com certeza vai ser dolorido. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 1-3 Veja o sofrimento como uma forma de santificação. Deus está conformando você à imagem de seu Filho (Rm 8.28,29). 29 JUL EFÉSIOS 5.21-6.4 – 367 CC Pedro Veiga O LAR CRISTÃO E OS DOIS ASPECTOS DE SUJEIÇÃO “Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo” (v.21). No devocional de hoje, trataremos de um tema controverso para a sociedade contemporânea, em especial para a pro-posta de família que a sociedade tem promovido. O dis- curso igualitarista, associado ao individualismo, tem promovido um verdadeiro estrago para a harmonia, paz e unidade da família. Com o disfarce de busca por igualdade de direitos, a sociedade tem procurado uma ordem familiar que contraria os princípios do Criador para a dinâmica da vida. É muito claro na cosmovisão cristã que homem e mulher são iguais em dignidade, valor e capacidade, mas distintos em forma- ção biológica e papel familiar. Sendo assim, Deus preestabelece uma ordem amorosa, onde cada integrante possui seu papel e se relaciona em sujeição “uns aos outros” (5.21a). Essa sujeição, po- rém, acontece de acordo com a autoridade e ordem estabelecidas por Deus, não de forma igual, mas complementar. Destaco os dois aspectos de sujeição nessa dinâmica. O primei- ro é o amor, exemplificado pela liderança amorosa e sacrificial do homem (Ef 5.25-28; 6.4). O segundo é o respeito honroso, ilustrado pela submissão respeitosa da mulher e dos filhos (Ef 5.22-24; 6.1- 3). É claro que a mulher também ama e o marido também respeita e honra, mas nessa linda organização de papéis, Paulo ressalta a dinâmica da sujeição que faz fluir o amor e o respeito no lar cris- tão, onde tudo isso acontece no temor e amor a Cristo (Ef 5.21b). Oremos por uma família sujeita a Jesus. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 4-6 Amor, em liderança servil, e respeito, em honra e submissão, caracterizam a dinâmica familiar que o Senhor planejou. 30 JUL Pedro Veiga JOÃO 10.1-10 – 579 CC UM PASTOR OU APENAS UM TRASTE? “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (v.10). No texto lido, Jesus nos mostra o contraste que há entre o verdadeiro pastor e o falso. E que contraste! Jesus usa quatro nomenclaturas para o falso pastor: • Ladrão – Sorrateiramente tenta entrar no aprisco para rou- bar uma ovelha, ou seja, vai até o rebanho roubá-la; • Salteador – Aguarda um deslize do pastor ou da ovelha em deslocamento para pegá-la sem maiores esforços; • Mercenário – Só está interessado no benefício que a ovelha vai lhe gerar. Caso ela o coloque em perigo, ele a abandona, pois o custo-benefício não compensa; • Estranho – É desconhecido pelas ovelhas. Jesus faz uma afirmação contundente: EU SOU a porta das ovelhas! Era comum os apriscos terem uma só passagem, e era por ela que as ovelhas passavam para ir se alimentar e encontrar abrigo. A porta dessa passagem era o próprio pastor. Ele ficava vigiando e guardando as ovelhas no aprisco caso algum animal ou ladrão tentasse pegá-las. Não podemos nos enganar quando o assunto é permitir que líderes exerçam autoridade sobre nós. Se um pastor busca seguir e ser parecido com Jesus, podemos segui-lo. Caso contrário, não permita que “lobos em pele de ovelha” exerçam autoridade sobre sua vida. Vigie (At 20.26-35)! n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 7-9 Cuidado com os lobos que se passam por ovelhas. BASEADO NA MEDITAÇÃO DO DIA 24 DE JULHO Muito mais do que saúde Quebra-gelo (5min): O que a palavra “prosperidade” significa para você? Tempo de orar (5min): Orar pelo encontro, pelas pessoas pre- sentes e pelo compartilhamento da Palavra. Tempo de cantar (5min): Utilize o hino sugerido ou outro de sua preferência. Tempo de compartilhar a Palavra (25min): Leia o texto bí- blico e a meditação do dia 24 de julho. Depois, use as perguntas abaixo para reflexão e compartilhamento. 1. O salmo 103 apresenta benefícios que Deus nos dá.Quais são eles? 2. Desses benefícios, qual você considera mais importante ter recebido? Por quê? 3. Qual deve ser a nossa atitude para com o Senhor diante de todos os benefícios que ele nos dá a cada dia? Tempo de orar (10min): Cada pessoa deve citar um benefício recebido do Senhor. Em seguida, uma pessoa ora agradecendo- lhe por todos os benefícios citados. Tempo de multiplicar (5min): Orar pelas pessoas no Cartão Alvo de Oração. Tempo da igreja (5min): Informar a agenda da igreja. Salmos 103 SEMANA 30 31 JUL Pedro Veiga LUCAS 10.1-9 – 308 CC ATÉ ONDE VOCÊ IRIA? “Depois disso o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir” (v.1). Em minhas andanças missionárias pelo sertão nordestino, en-contrei uma realidade desafiadora: gente que sofre por suas condições sociais precárias, mas principalmente por não co- nhecer o evangelho transformador de Jesus, um povo guerreiro, mas sofredor, que caminha perdido e perdendo sua vida diaria- mente em direção à perdição eterna. No texto em destaque, vimos Jesus enviando setenta discípu- los em missão para resgatar pessoas como os sertanejos que en- contrei. Em duplas, seus enviados procuravam quem recebesse o evangelho da paz, buscando viver com eles, transmitindo “vida na vida” o poder do evangelho. O amor de Jesus Cristo pelo povo (Mt 9.36) o levou a encarnar (Fp 2.5-8, Jo 1.1,2,14), rompendo toda a distância que nos separava. O enfrentamento dessa distância o levou ao sacrifício (Ef 2.14-18), e esse sacrifício possibilitou um amor inquebrável e eterno, que supera qualquer desafio (Rm 8.35-39). Até onde você iria para viver o amor de Deus em missão? Eu também vi outra realidade no sertão: o sertão onde estavam os missionários de Jesus. Lá encontrei pessoas transformadas pelo evangelho, gente que abandonou seus vícios, que vive livre e em paz, mesmo em meio ao caos social. Ficou claro que o amor en- frenta as distâncias, as distâncias nos levam ao sacrifício, o sacri- fício nos leva a amar, e esse amor nos leva a todas as pessoas em todos os lugares. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 10-12 Há pessoas esperando para receberem o amor salvador de Deus. Até onde você está disposto a ir? 01 AGO MARCOS 8.34-38 – 395 CC Marcelo Petrucci QUEM MUITO QUER NADA TEM! “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará” (v.35). A expressão que dá tema à reflexão de hoje é usada para in-dicar que quem fica escolhendo demais acaba não ficando com nada no final. Esse é o caso de um rapaz indiano que, no seu aniversário de 18 anos, ganhou um carro de luxo da marca BMW avaliado em R$ 219 mil. O indiano, no entanto, ficou indig- nado com os pais, porque gostaria de ter recebido um carro da Jaguar. Ficou tão furioso que jogou o veículo 0km no rio da cidade de Yamunanagar. Acabou ficando a pé. Infelizmente, muitas vezes fazemos o mesmo. Para evitar isso, precisamos viver o que Jesus nos ensina a esse respeito no texto lido. O Mestre diz que andar com ele é uma questão de escolha. O fato é que muitos não estão dispostos a segui-lo, porque isso implica abnegação de alguns desejos pessoais. Jesus mostra que o resultado de fazer escolhas erradas é catastrófico quando in- vestimos nossos esforços em ganhar nossa vida, excluindo-o de tal dinâmica. Ele chega a afirmar que quem quiser ganhar a sua vida terá que abrir mão de algumas coisas, mas quem não estiver disposto a fazê-lo acabará ficando sem nada. Em outras palavras, Jesus diz: “Quem muito quer nada tem!” Sua vida é preciosa demais para se perder. Como um investi- mento financeiro, você não pode aplicar seus dias no negócio er- rado. Jesus é a escolha certa, o investimento de vida sem riscos. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 13-15 Preocupe-se com aquilo que realmente importa. Sua vida merece os melhores investimentos. 02 AGO Marcelo Petrucci MATEUS 1.18-25 – 410 CC PROJETOS DE VIDA “Ao acordar, José fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua esposa” (v.24). Você já deve ter vivenciado experiências nas quais o que espera-va acontecer sofreu mudanças. Há, nesses casos, uma tendên-cia natural de nutrir um sentimento de frustração e tristeza. No enredo que trata do nascimento de Jesus, há um drama en- volvendo José, que programou sua vida para se casar com Maria. A noiva, no entanto, misteriosamente apareceu grávida. O costume da época seria repudiar a mulher e apedrejá-la. Era assim que uma mulher reconhecida como adúltera era tratada. Portanto, casar-se com Maria seria o mesmo que assumir uma imagem ruim diante da sociedade. Mas a Bíblia afirma que tudo fazia parte dos planos de Deus para salvar a humanidade. Logo, a participação de José seria decisiva. Deus lhe esclareceu a situação e ele se propôs ao casamen- to, como previsto. O restante da história você já conhece. Quero chamar sua atenção para o fato de que, muitas vezes, Deus conduz as coisas em nossa história de uma forma ilógica, e, caso não percebamos, podemos colocar tudo a perder. Quando José entendeu do que se tratava a gravidez de sua noiva, tomou como missão de vida ser canal de bênção para o mundo e, principalmente, para sua família. Há uma frase de que gosto muito que diz: “Quem não vive para servir não serve para viver.” E isso começa com as pessoas de sua casa. Deus poderia ter vivido apenas para si, mas resolveu nos amar, enviando Jesus para nos salvar. Pense nisso e seja um servo de Deus que vive para servir ao Senhor e às pessoas. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 16-18 Seus projetos de vida darão certo quando tiverem relação direta com a vontade de Deus. Submeta-os ao Senhor. 03 AGO MATEUS 18.12-14 – 25 CC Marcelo Petrucci SUA VIDA TEM VALOR “O que acham vocês? Se alguém possui cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixará as noventa e nove nos montes, indo procurar a que se perdeu?” (v.12). Quanto vale uma vida? Essa tem sido uma das grandes per-guntas do nosso tempo, principalmente quando vemos a vida sendo tratada com tanto desdém. Dentre tantas his- tórias que comprovam isso, destaco a de uma dona de casa de 25 anos, mãe de quatro filhos, moradora de Sete Barras, interior de São Paulo. Ela foi a uma festa junina e levou um bolo para contri- buir. No entanto, o organizador havia solicitado um prato salgado. Além disso, a dona de casa ofereceu à esposa dele um pedaço do tal bolo. Isso foi suficiente para o enfurecer. Ele deu três tiros nela e tirou-lhe a vida. É assim que a vida tem sido tratada. Falta amor, respeito e valorização. Mas a Bíblia diz que, a despeito de vivermos em um mundo hostil, há uma pessoa que nunca nos desvaloriza. Pelo contrário, ele foi capaz de dar a própria vida por nós. Maior amor do que esse não encontraremos. Tal amor é descrito na parábola do texto lido, que fala de uma ovelha que se desgarrou. O pastor, então, deixou as 99 que esta- vam seguras e foi atrás daquela que estava perdida. Sua intenção era achá-la, resgatá-la e cuidar de seus ferimentos. Como aquele pastor, Jesus nunca desistirá de você. Por isso, deixe-o cuidar de sua história. Não importa quantos arranhões você tenha sofrido, Jesus pode sará-lo. Pense nisso e entregue-se a ele. n LEIA A BÍBLIA EM UM ANO | PROVÉRBIOS 19-21 Quem se valoriza não se mistura às más influências, mas se entrega aos cuidados de Deus, que nos ama de verdade. 04 AGO Marcelo Petrucci SALMOS 119.105-112 – 499 CC GUIADOS PELA PALAVRA DE DEUS “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (v.105). N a Bíblia encontramos orientação para todos os momentos da vida. Infelizmente, muitos, ao longo da história, ten-taram fazer dela apenas um livro de regras. Mas a Bíblia não é um livro de regras, e sim de princípios. A diferença é que regra é contextual, e princípio, não. Por exemplo, na Inglaterra, o