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Fisiopatologia

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A leucemia é uma doença neoplásica do sistema hematopoético, marcada pela multiplicação descontrolada de células precursoras sanguíneas, resultando em um acúmulo de células imaturas, conhecidas como blastos, na medula óssea e no sangue circulante. Essa proliferação anormal interfere na produção fisiológica de células sanguíneas, ocasionando sintomas como anemia, infecções frequentes e tendência a sangramentos. A patogênese da leucemia envolve alterações genéticas em proto-oncogenes e genes supressores tumorais, que desregulam os processos de proliferação, diferenciação e morte celular programada, contribuindo para a expansão clonal das células leucêmicas.
Com base na fisiopatologia da leucemia e nas opções terapêuticas, qual das alternativas a seguir descreve corretamente a aplicação e o mecanismo de ação de tratamentos modernos na leucemia?
A A imunoterapia com células CAR-T é o tratamento de primeira linha para leucemias mieloides, substituindo a quimioterapia em quase todos os casos devido à sua alta especificidade e menor toxicidade.
B A terapia alvo é eficaz em todos os tipos de leucemia, sendo a primeira escolha devido à sua capacidade de direcionar mutações específicas encontradas em oncogenes e genes supressores de tumor.
C A quimioterapia é o tratamento de escolha para todos os tipos de leucemia, sendo que as terapias alvo como os inibidores de tirosina-quinase e imunoterapias são utilizadas principalmente em casos de leucemias linfocíticas agudas.
D Os inibidores de tirosina-quinase, como o imatinibe, atuam inibindo a proliferação de células leucêmicas por meio da interferência na sinalização celular, sendo particularmente eficazes na leucemia mieloide crônica.
E O transplante de medula óssea é utilizado somente quando os inibidores de tirosina-quinase falham, sendo a terapia alvo preferida em todos os casos de leucemia mieloide crônica.
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Tópicos de Fisiopatologia

há 2 meses

Respostas

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há 2 meses

Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta em relação à aplicação e ao mecanismo de ação dos tratamentos modernos na leucemia: A) A imunoterapia com células CAR-T é o tratamento de primeira linha para leucemias mieloides, substituindo a quimioterapia em quase todos os casos devido à sua alta especificidade e menor toxicidade. - Incorreta. A terapia CAR-T é mais utilizada em leucemias linfocíticas, não sendo a primeira linha para leucemias mieloides. B) A terapia alvo é eficaz em todos os tipos de leucemia, sendo a primeira escolha devido à sua capacidade de direcionar mutações específicas encontradas em oncogenes e genes supressores de tumor. - Incorreta. Embora a terapia alvo seja eficaz em alguns tipos de leucemia, não é a primeira escolha para todos os tipos. C) A quimioterapia é o tratamento de escolha para todos os tipos de leucemia, sendo que as terapias alvo como os inibidores de tirosina-quinase e imunoterapias são utilizadas principalmente em casos de leucemias linfocíticas agudas. - Incorreta. A quimioterapia é um tratamento comum, mas não é a única escolha e as terapias alvo são utilizadas em diferentes tipos de leucemia, não apenas nas linfocíticas agudas. D) Os inibidores de tirosina-quinase, como o imatinibe, atuam inibindo a proliferação de células leucêmicas por meio da interferência na sinalização celular, sendo particularmente eficazes na leucemia mieloide crônica. - Correta. O imatinibe é um inibidor de tirosina-quinase que é eficaz na leucemia mieloide crônica, atuando na sinalização celular. E) O transplante de medula óssea é utilizado somente quando os inibidores de tirosina-quinase falham, sendo a terapia alvo preferida em todos os casos de leucemia mieloide crônica. - Incorreta. O transplante de medula óssea pode ser considerado em várias situações, não apenas após a falha dos inibidores de tirosina-quinase. Portanto, a alternativa correta é: D) Os inibidores de tirosina-quinase, como o imatinibe, atuam inibindo a proliferação de células leucêmicas por meio da interferência na sinalização celular, sendo particularmente eficazes na leucemia mieloide crônica.

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Cada ciclo cardíaco dura cerca de 0,8 segundos em um coração em repouso, com a sístole ocupando cerca de um terço desse tempo e a diástole os outros dois terços. Em situações de esforço físico ou estresse, o ciclo cardíaco acelera, reduzindo principalmente a duração da diástole para atender à demanda aumentada por oxigênio e nutrientes nos tecidos do corpo. Assim, o ciclo cardíaco representa o ritmo vital que mantém o fluxo sanguíneo constante e adequado para sustentar as funções essenciais do organismo.
Com base na fisiologia cardíaca e considerando os eventos que ocorrem durante a fase sistólica do ciclo cardíaco, qual das afirmacoes a seguir descreve corretamente o processo e as consequências dessa fase?
A O início da sístole ventricular é marcado pelo fechamento das válvulas atrioventriculares, e o aumento da pressão nos ventrículos causa a abertura das válvulas semilunares, permitindo a ejeção do sangue.
B O relaxamento dos ventrículos durante a sístole ventricular é o evento que provoca a abertura das válvulas atrioventriculares, permitindo o enchimento passivo dos ventrículos.
C A fase sistólica termina quando a pressão ventricular excede a pressão arterial, o que resulta no fechamento das válvulas atrioventriculares para impedir o refluxo de sangue.
D Durante a sístole ventricular, as válvulas semilunares se abrem quando a pressão nos ventrículos é menor que a pressão nos grandes vasos, permitindo o fluxo de sangue para os ventrículos.
E A ejeção ventricular só ocorre durante a diástole, pois é nessa fase que a pressão nos ventrículos supera a pressão nos átrios.

A cardiopatia isquêmica (CI), também conhecida como doença arterial coronariana, permanece como a principal causa de morte em todo o mundo, além de ser a maior responsável pela perda de anos de vida em adultos, impactando de maneira significativa a expectativa e a qualidade de vida das pessoas. Esse impacto é ainda mais notável em mulheres jovens, com menos de 55 anos, nas quais a CI tem se mostrado uma causa importante de mortalidade.
Com base no texto apresentado, sobre a relação entre isquemia miocárdica e angina pectoris, qual das alternativas a seguir melhor descreve o mecanismo fisiopatológico subjacente à angina e sua manifestação clínica?
A A angina surge como consequência de um aumento na atividade do nodo sinoatrial, que acelera a frequência cardíaca de forma abrupta e causa sobrecarga nas artérias coronárias.
B A angina é desencadeada por um desbalanço entre a oferta e a demanda de oxigênio no miocárdio, geralmente durante o esforço físico, resultando em uma isquemia sem necrose.
C A angina pectoris ocorre devido à necrose das células miocárdicas, causadas por uma obstrução coronariana completa e prolongada, que resulta em infarto agudo do miocárdio.
D A angina pectoris resulta de uma isquemia silenciosa, que não provoca dor ou desconforto torácico, mas causa alterações no eletrocardiograma.
E A angina é causada pela dilatação excessiva das artérias coronárias, resultando em um aumento súbito de fluxo sanguíneo para o miocárdio, o que desencadeia dor torácica.

Aproximadamente 64,3 milhões de indivíduos em todo o mundo sofrem de insuficiência cardíaca. Nos países com elevados índices de desenvolvimento, a prevalência dessa condição é geralmente entre 1% e 2% da população adulta. Aqueles que padecem de insuficiência cardíaca enfrentam uma considerável diminuição na capacidade de realizar atividades físicas, impactando negativamente suas rotinas diárias e a qualidade de vida relacionada à saúde.
Sobre as subcategorias da IC, a insuficiência cardíaca com comprometimento da contração ventricular esquerda, que resulta em uma fração de ejeção reduzida, tipicamente inferior a 40%, é conhecida como insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER). Há também a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP), com fração de ejeção superior a 50%, e a insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida (ICFMR), com fração de ejeção entre 40% e 50%. É correto o que se afirma em:
I. A ICFMR, com fração de ejeção entre 40% e 50%, compartilha características tanto da ICFER quanto da ICFEP, apresentando rigidez ventricular leve.
II. Em todas as subcategorias, a remodelação ventricular é um evento comum, sendo o principal responsável pela disfunção diastólica, independentemente da fração de ejeção.
III. A ICFEP é marcada por uma fração de ejeção preservada, sendo que o problema reside na rigidez ventricular e no comprometimento do relaxamento, levando à congestão pulmonar e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva.
IV. Na ICFER, a fração de ejeção está tipicamente abaixo de 40%, e os mecanismos compensatórios, como o sistema nervoso simpático, inicialmente ajudam a manter o débito cardíaco, mas com o tempo contribuem para o agravamento da condição.
A I, apenas.
B III e IV, apenas.
C II e IV, apenas.
D I, III e IV, apenas.
E I, II, III e IV.

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