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Diagnóstico e manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 
• Definição: aumento sustentado (diferentes visitas médicas ou MRPA/MAPA) dos níveis pressóricos com uma PA 
≥ 140/90 com risco CV baixo ou moderado, considerando a mais elevada. Caso o risco CV seja alto, uma única 
aferição fornece diagnóstico. Ausência de medicação anti-hipertensiva. 
• Deve-se realizar a aferição nos dois braços e idealmente estabelecida por medição simultânea. 
• Deve-se assegurar que a espessura e comprimento do manguito esteja adequado, para que a PA não seja 
superestimada, sobretudo em pacientes obesos. 
• A abordagem do antebraço (radial) deve ser considerada quando a medição do braço for desafiadora na 
obesidade grave (circunferência superior a 50 cm, em que não há manguito disponível). 
CLASSIFICAÇÃO 
• Sempre pessimista, ou seja, se paciente tem sistólica em um estágio e a diastólica em outro, considera-se o pior. 
• Deve-se considerar a PA medida no consultório. 
Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
Ótima < 120 < 80 
Normal 120 - 129 80 – 84 
Pré-hipertenso 130 - 139 84 – 89 
HAS estágio 1 140 - 159 90 – 99 
HAS estágio 2 160 - 179 100 – 109 
HAS estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90 
Hipertensão diastólica isolada < 140 ≥ 90 
TIPOS DE HIPERTENSÃO 
• Hipertensão primária/essencial: é quando não se pode definir uma causa que a justifique. É a mais comum. 
• Hipertensão secundária: é quando o aumento pressórico é justificado por uma patologia. 
• Hipertensão arterial resistente: é quando as cifras pressóricas se encontram acima da meta recomendadas sendo 
que o paciente está usando 3 anti-hipertensivo de diferentes classes, sendo um deles um diurético. 
• Hipertensão arterial resistente controlada: as cifras pressóricas são controladas com 4 ou mais fármacos. 
• Hipertensão arterial refratária não controlada: não há controle mesmo com 5 ou mais classes de fármacos. 
• Hipertensão do jaleco branco: PA medida no consultório >140/90 e se encontram normais no MRPA/MAPA. 
• Hipertensão mascarada: PA medida no consultório está normal e se encontram alteradas no MRPA/MAPA. 
• Hipertensão maligna: PA possui níveis elevados, geralmente >180/110mmhg associados a retinopatia grau 3/4. 
• Hipertensão induzida por fármacos: uso de ACO, AINES, anfetaminas e outros. 
AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL 
• Úteis para rastreio de lesão de órgão alvo e hipertensão secundária, além de orientar terapêutica. 
• Pegadinhas: não são obrigatórios sódio, ureia, função tireoidiana e ecocardiograma 
Mnemônico: “Um Único Grande Homem Pode Facilmente Conseguir Lembrar ou Esquecer.” 
• Urina (EAS + microalbuminúria) 
• Úrico (ácido) 
• Glicemia 
• Hemoglobina glicada 
Endocrinologia | Lara Mattar | Medicina UFR 
• Potássio 
• Filtração glomerular 
• Creatina 
• Lipidograma 
• Eletrocardiograma 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR 
• Passo 1: Avaliar níveis de PA → Classificar em pré-hipertenso ou hipertenso grau 1, 2 ou 3. 
• Passo 2: Avaliar se existem fatores de alto risco CV: diabetes, lesão cardiovascular, DRC e lesões de órgão alvo. 
• Passo 3: Avaliar se existem fatores de risco adicionais (TIFOIDS) → depende estágio HAS p/ definir RCV 
→ Sexo masculino 
→ Tabagismo 
→ Obesidade: IMC>30, CA≥102 homens ou 88 mulheres 
→ Idade: homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos 
→ Dislipidemia: Ct > 190, LDL>115, HDL<40 homens ou 46 mulheres, TG>150 
→ Resistência insulínica: GJ 100-125, TOTG 2h 140-199, HbA1c 5,7-6,5% 
→ História familiar positiva de doença CV precoce (55 homens e 65 mulheres) em parentes de 1º grau 
 
METAS PRESSÓRICAS 
• Alto risco: PAS 120-129 e PAD 70-79 mmHg 
• Baixo/moderado risco: < 140/90 
• Idoso frágil: PAS 140-149 e PAD 70-79 mmHg (evitar hipofluxo cerebral, hipotensão postural, queda) 
TRATAMENTO 
NÃO FARMACOLÓGICO 
• Cessar tabagismo 
• Dieta DASH: não confundir com do mediterrâneo; é a única com evidência científica na redução da hipertensão 
• Reduzir consumo de sódio para <2g/dia ou 5g de NaCl (sal) 
• Peso corporal controlado: IMC < 25 kg/m2 
• Prática de atividades físicas aeróbicas: 150 min semanais de moderada intensidade 
• Reduzir consumo bebidas alcóolicas: 1 garrafa cerveja ou 2 taças vinho (homens) ou 1 taça vinho = 15g (mulheres) 
FARMACOLÓGICO 
• Iniciar não farmacológico para pacientes com HAS grau 1 ou pré-hipertensão com alto risco por 3 meses. 
• Iniciar farmacológico para todos os outros casos. 
DROGAS DE PRIMEIRA LINHA 
• Diuréticos tiazídicos: clortalidona > indapamida > hidroclorotiazida 
→ Efeitos colaterais: 
o 4 HIPER → hipercalemia, hiperuricemia, hiperglicemia, hiperlipidemia 
o 5 HIPO → hiponatremia, hipovolemia, hipocalemia, hipomagnesemia, hipofunção sexual 
• Inibidores de ECA ou BRA (nunca os associar): ambas podem causar hipercalemia, piora função renal, hipotensão 
→ IECA: bloqueia SRAA hiperativado na HAS. captopril, enalapril 
o Pode causar angioedema e tosse crônica devido ↑ bradicinina 
→ BRA: atua diretamente no receptor da AT2, não aumentando bradicinina. losartana, valsartana 
• Bloqueadores de canal de cálcio di-hidropiridínicos: nifedipino, anlodipino 
→ Efeitos adversos: edema perimaleolar, hiperplasia gengival, cefaleia, dermatite ocre 
• Obs: betabloqueador só é primeira linha se eu tiver outro motivo pra usá-lo. Ex. angina, IC, tremor essencial. 
 
Condição especial Droga de escolha 
Diabetes IECA 
Doença coronariana BB e IECA 
Insuficiência cardíaca BB e IECA 
DRC IECA 
Negro (hiporreninêmico) BCC e diurético 
Idoso (Hip. sist. isolada por rigidez vascular) Diurético e BCC 
Hipertensão resistente Espirolonactona 
Hiperuricemia Losartana 
 
IMPORTANTE! 
Terapia inicial deve ser feita com 2 medicações em 
doses menores para reduzir efeitos colaterais, 
exceto: hipertensão grau 1 com baixo risco, pré-
hipertensão com alto risco, idoso frágil ou >80 anos 
 
	classificação
	Tipos de hipertensão
	Avaliação clínica e laboratorial
	Estratificação de risco cardiovascular
	metas pressóricas
	Tratamento
	Não farmacológico
	Farmacológico
	Drogas de primeira linha

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