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Cuidado Farmacêutico no SUS - CFF - HAS (1) (1)

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Cuidado Farmacêutico 
Aplicado a HAS
Como funcionará?
Conhecimento Habilidade
Atitude
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a prevalência e a importância da hipertensão
como fator de risco para doenças cardiovasculares
• Compreender as diferentes estratégias terapêuticas
(farmacológicas e não farmacológicas) para o tratamento da
hipertensão
• Analisar as diferentes ferramentas utilizadas no processo de
cuidado e acompanhamento do paciente hipertenso
• Desenvolver habilidades para aplicação do método clínico de
cuidado farmacêutico em pacientes hipertensos
Joana, 68 anos
Joana, 68 anos, negra, do lar, ex‐tabagista,
obesa e sedentária. Histórico de AVE em
2008, que resultou em pequena sequela
motora em hemicorpo esquerdo. Relata que
parou de utilizar os medicamentos anti‐
hipertensivos, pois se sentia bem. Após
aconselhamento intenso, paciente melhorou
a adesão, porém não atingiu níveis
pressóricos adequados. Na anamnese
farmacêutica, a filha relata que a paciente
não faz restrição de sal ou dieta específica.
Joana, 68 anos
PRESCRIÇÃO EXAME FÍSICO
‐ Hidroclorotiazida 25 mg 1‐0‐0
‐ Captopril 50 mg 1‐1‐1
‐ AAS 100 mg 1‐0‐0
‐ Sinvastatina 20mg 1‐0‐1
Medida da pressão arterial em ambulatório:
1. 170/110 mmHg FC: 56 bpm
2. 173/120 mmHg FC: 60 bpm
3. 167/110 mmHg FC: 52 bpm
Peso: 88 kg Altura: 1,62m
IMC:_______
EXAMES LABORATORIAIS 01/03/2016
Glicose jejum: 89 mg/dL
Creatinina: 1,9 mg/dL
Uréia: 49 mg/dL
Triglicerídeos: 163 mg/dL
Colesterol total: 278 mg/dL
HDL: 38 mg/dL
LDL: 207 mg/dL 
O que é a HAS?
• “Uma condição clínica multifatorial,
caracterizada por níveis elevados da PA,
de maneira sustentada.
Entendendo a condição
Uma única medida caracteriza HAS?
Entendendo a condição
Como classificar?
Sistólica 
Isolada
Entendendo a condição
LIMÍTROFE
PAS 121‐
139mmHg e/ou 
PAD 81‐
89mmHg: 
PRÉ‐
HIPERTENSÃO
Qual a sua importância?
• Principal fator de risco modificável para doenças 
CV;
• Morbimortalidade, aumenta progressivamente, 
com elevações a partir de 110/75 mmHg
• Atinge 30% dos Brasileiros
Entendendo a condição
Entendendo a condição
Por que é preciso controlar a PA?
• Redução de morbimortalidade
– 20‐25% no risco de IC e IAM;
– 30‐40% no risco de AVC.
PA NÃO CONTROLADA
Entendendo a condição
Quais são os Fatores de Risco?
Idade
Gênero e etnia
Excesso de peso e obesidade
Ingestão de sal
Álcool
Sedentarismo
Genética
Outros fatores de risco cardiovascular
Entendendo a condição
Quais substâncias podem interferir no 
controle da pressão arterial?
Substâncias que podem elevar a PA
AINES
Glicocorticoides
Imunossupressores (ciclosporina, tacrolimus)
Anorexígenos (sibutramina)
Vasoconstritores e ergotamina
Eritropoietina humana
Contraceptivos orais
Antidepressivos (IMAO e tricíclicos)
Drogas ilícitas (anfetaminas, cocaína)
Como estratificar o risco do paciente 
com hipertensão?
1. Identifique se existem condições clínicas associadas à hipertensão
História de derrame (acidente cerebrovascular isquêmico ou 
hemorrágico); 
Doença cardíaca (infarto, angina, insuficiência cardíaca, revascularização); 
Doença renal (nefropatia diabética, redução importante da filtração 
glomerular); 
Retinopatia avançada (hemorragias ou exsudatos, papiledema)
Doença vascular periférica. 
Pacientes com qualquer dessas condições são classificados como “muito 
alto risco”
Entendendo a condição
Como estratificar o risco do paciente com 
hipertensão?
2. Identifique os fatores de risco cardiovascular adicionais à hipertensão
Sexo masculino
Idade (homem > 55 e mulheres > 65 anos)
Tabagismo
Dislipidemias (triglicérides >150 mg/dL; LDL colesterol >115 mg/dL; HDL <40 
mg/dL nos homens ou <46 mg/dL nas mulheres)
História familiar prematura de doença cardiovascular (homens < 55 anos e 
mulheres < 65 anos). 
Resistência à insulina: glicemia de jejum 100‐125mg/dl; TOTG: 140‐199mg/dl em 2 
h; HbA1C 5,7‐6,4%
Obesidade: IMC ≥ 30kg/m2; CA  ≥102cm nos homens e  ≥ 88cm nas mulheres
Diabetes mellitus → alto risco
Considere a tabela de risco para estratificação, conforme o número de fatores presentes
Entendendo a condição
Como estratificar o risco do paciente 
com hipertensão?
3. Identifique se existe lesão de órgãos‐alvos
Esta é uma identificação difícil ao farmacêutico, pois geralmente 
depende de exames específicos feitos por cardiologista. 
Ainda assim, considerando o relato do paciente, procure saber se alguma 
dessas situações está presente: 
Hipertrofia ventricular esquerda; 
Placa de ateroma detectada em carótida; 
Depuração de creatinina < 60 ml/min/1,72m2; 
Microalbuminúria entre 30 mg a 300 mg em urina de 24 horas
Entendendo a condição
Como estratificar o risco do paciente 
com hipertensão? ‐ 2010
4. Estratifique o risco conforme estágio da HAS, número de fatores de risco e 
presença de condições associadas
Entendendo a condição
Outros fatores 
de risco ou 
doenças
Ótimo 
PAS < 120 
e PAD < 80
Normal 
PAS 120–129 ou 
PAD 80–84
Limítrofe 
PAS 130–139 ou 
PAD 85–89
Estágio 1 
PAS 140–159
ou
PAD 90–99
Estágio 2 
PAS 160–179
ou
PAD 100–109
Estágio 3 
PAS >= 180 
ou
PAD >= 110 
Nenhum fator 
de risco RISCO BASAL RISCO BASAL RISCO BASAL RISCO BAIXO
RISCO 
MODERADO RISCO ALTO
1–2 fatores de 
risco RISCO BAIXO RISCO BAIXO RISCO BAIXO
RISCO 
MODERADO
RISCO 
MODERADO
RISCO MUITO 
ALTO
≥ 3 fatores de 
risco, LOA ou 
SM ou DM
RISCO 
MODERADO
RISCO 
MODERADO RISCO ALTO RISCO ALTO RISCO ALTO
RISCO MUITO 
ALTO
DCV RISCO MUITO ALTO
RISCO MUITO 
ALTO
RISCO MUITO 
ALTO
RISCO MUITO 
ALTO
RISCO MUITO 
ALTO
RISCO MUITO 
ALTO
Como estratificar o risco do paciente 
com hipertensão? ‐ 2016
Entendendo a condição
Quais são as metas terapêuticas?
Hipertensos estágios 1 e 2 com risco 
cardiovascular baixo ou intermediário
< 140/90 mmHg
Hipertensos e pressão limítrofe com risco 
cardiovascular alto ou muito alto, com 3 ou mais 
fatores de risco, DM, SM ou LOA**
<130/80 mmHg
Hipertensos com insuficiência renal (IR) com 
proteinúria > 1,0 g/l**
<130/80 mmHg
Idosos (≥60 anos) sem DM, SM, LOA ou IR* <150/90 mmHg
Entendendo a condição
VII Diretriz Brasileira de Hipertensão (2016)
* Meta definidas pela JNC‐8. A sociedade americana de hipertensão (2013) e a diretriz europeia de
2013 definem esta meta, porém para pacientes para pacientes ≥80 anos)
** JNC 8 considera meta <140/90mmHg para estes pacientes
Quais são as metas terapêuticas?
Como tratar a hipertensão?
TRATAMENTO 
NÃO FARMACOLÓGICO
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Medidas não‐farmacológicas
– Redução da ingestão de sódio (NaCl)
o OMS define em 5 g de cloreto de sódio ou sal de cozinha (que
corresponde a 2 g de sódio) a quantidade considerada máxima
saudável para ingestão alimentar diária
o Recomendar o consumo de, no máximo, 3 colheres rasas de
café (3 g) por dia, que somados aos 2 g de sal já existentes nos
próprios alimentos contemplariam 5 g
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Medidas não‐farmacológicas
– Redução do peso
o Declínio de 0,5 a 2 mmHg da PAS para cada 1 kg de
peso reduzido
o A participação do paciente em programas específicos
para perda de peso deve ser estimulada
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Medidas não‐farmacológicas
– Redução do consumo de álcool
o Diminuir a ingestão de álcool em indivíduos que bebem
excessivamente, reduz significativamente a PA, e a
ingestão moderada de álcool parece reduzir o risco de
doenças cardiovasculares
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Medidas não‐farmacológicas
– Redução do consumo de álcool
o Pacientes que tem o hábito de ingerir bebidas alcoólicas 
devem ser orientados a não ultrapassar a dose de 30g de 
etanol ao dia para homens e 15g para mulheres
Cerveja 6 g/100 ml x 0,8* = 4,8 g ~ 2 latas ou 1 garrafa
Vinho 12 g/100 ml x 0,8* = 9,6 g ~ 2 taças de 150 ml
Uísque, vodca, 
aguardente
40 g/100 ml x 0,8* = 32 g ~ 2 doses de 50 ml
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
– Atividades físicas
o Exercícios aeróbios,que devem ser complementados pelos
resistidos, promovem reduções de PA
o Para manter uma boa saúde cardiovascular e qualidade de vida,
todo adulto deve realizar, pelo menos três vezes por semana, 30
min de atividade física moderada de forma contínua ou acumulada
o A maioria das recomendações preconiza que os pacientes devem
iniciar com atividades leves a moderadas, mantendo entre 70% e
80% da FC máxima ou de pico
o FC MÁXIMA = 220 ‐ IDADE
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
– Atividades físicas
Níveis recomendados de exercício físico para promoção e manutenção da 
saúde
Características do exercício Benefícios à saúde
< 150 min/semanais de intensidade leve a 
moderada
Algum
150‐300 min/semanais de intensidade 
moderada
Substancial
> 300 min/semanais de intensidade 
moderada a alta
Adicional
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
– Atividades físicas
Entendendo a condição
Quando não recomendar exercícios físicos?
• Pacientes com DAC estabelecida, com sintomas de angina,
ou com arritmias prévias devem ser submetidos a avaliação
médica e teste funcional para mensurar sua capacidade para
exercícios e seu risco de eventos cardiovasculares associados
antes de iniciar programa de exercícios
• Pacientes com algum grau de IC, também devem ser
submetidos a avaliação médica e teste funcional antes de
iniciar programa de atividade física.
Como tratar a hipertensão?
– Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension)
• Padrão alimentar rico em frutas, hortaliças, fibras, minerais
e laticínios com baixos teores de gordura, tem importante
impacto na redução da PA
• Os benefícios sobre a PA têm sido associados ao alto
consumo de potássio, magnésio e cálcio nesse padrão
nutricional
• A dieta DASH potencializa ainda o efeito de orientações
nutricionais para emagrecimento, reduzindo também
biomarcadores de risco cardiovascular
Entendendo a condição
↓ 8‐14mmHg PAS
Como tratar a hipertensão?
Dieta DASH 
Entendendo a condição
Escolher alimentos que possuam pouca gordura saturada, colesterol e gordura 
total. Por exemplo, carne magra, aves e peixes, utilizando‐os em pequena 
quantidade.
Comer frutas e hortaliças, aproximadamente de oito a dez porções por dia (uma 
porção é igual a uma concha média).
Incluir 2 ou 3 porções de laticínios desnatados ou semidesnatados por dia.
Comer oleaginosas (castanhas), sementes e grãos, de quatro a cinco porções por 
semana (uma porção é igual a 1/3 de xícara ou 40 gramas de castanhas, duas 
colheres de sopa ou 14 gramas de sementes, ou 1/2 xícara de feijões ou ervilhas 
cozidas e secas.
Como tratar a hipertensão?
Dieta DASH 
Entendendo a condição
Preferir os alimentos integrais, como pão, cereais e massas integrais ou de trigo 
integral.
Reduzir a adição de gorduras aos alimentos. Utilizar margarina light e óleos 
vegetais ricos em gorduras poliinsaturadas (como óleo de oliva, canola, girassol).
Evitar a adição de sal aos alimentos. Evitar também molhos e caldos prontos, 
além de produtos industrializados ricos em sódio.
Diminuir ou evitar o consumo de doces e bebidas com açúcar.
Como tratar a hipertensão?
– Dieta DASH
Entendendo a condição
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
Como tratar a hipertensão? ‐ 2010
Redução de 
Morbimortalidade
‐ Efeito importante 
sobre a PA
Igualmente EFICAZES
❑ 30‐50% resposta
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão? ‐ 2016
Redução de 
Morbimortalidade
‐ Efeito importante 
sobre a PA
Entendendo a condição
SOMENTE EM CASOS 
ESPECÍFICOS ( A JNC‐8 
(2014) já não 
recomendava como 
tratamento de 1ª linha.
PARA HAS, BB NÃO SÃO 
DE 1ª LINHA
Como tratar a hipertensão?
• Diuréticos
– Agem inicialmente pela redução de sódio e água, mas em 
longo prazo induzem a redução da resistência vascular 
periférica.
Reduzem morbimortalidade cardiovascular 
em longo prazo → *  azídicos
Entendendo a condição
Tiazídicos Clortalidona, Hidroclorotiazida, Indapamida
Alça Bumetamida, Furosemida, Piretanida
Poupadores de potássio Amilorida, Espironolactona, Triantereno
Como tratar a hipertensão?
• Diuréticos
Entendendo a condição
• Mais utilizados 
para HAS
Tiazídicos
• Reservados para 
casos específicos 
(IR, IC)
De alça
• Em associação
Poupadore
s de 
Potássio
Como tratar a hipertensão?
• Diuréticos
Entendendo a condição
Fique atento às alterações metabólicas que podem ser produzidas pelos 
diuréticos:
Diminuição do potássio sérico (valores abaixo de 3,5 mEq/L)
Aumento do ácido úrico (valores acima de 6,6 mg/dl mulheres ou 8,5 
mg/dl homens)
Aumento da glicemia em jejum (valores acima de 100 mg/dl)
Aumento dos triglicerídeos (valores acima de 150 mg/dl)
Tiazídico Posologia RAM Comentários
Hidroclorotiazida* 12,5‐25mg/d (50mg)
Hipotensão, ↑ 
de TG, glicemia 
e ác. Úrico, ↓ K+
Representam uma das 
primeiras escolhas. 
Úteis no controle de 
edema
Clortalidona 12,5‐25mg/d
Indapamida 2,5‐5mg/d
Indapamida XR 1,5‐5mg/d
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
* Disponível no SUS
Como tratar a hipertensão?
• Diuréticos
Entendendo a condição
Diurético Posologia RAM Comentários
Furosemida* 
(alça)
20mg‐
40mg 1‐
2x/d
Hipotensão, ↑ de 
TG, glicemia e ác. 
Úrico, 
nefrotóxicidade, ↓
K+
HAS associada à insuficiência 
renal com taxa de filtração 
glomerular abaixo de 30 
ml/min/1,73 m2 e em ICC com 
retenção de volume
Espironolactona
* (poupador de 
K+)
25‐
100mg/d
↑ K+, sonolência, 
ginecomastia; CI: 
anúria, IRA
Eficácia diurética e anti‐
hipertensiva limitada. Podem 
ser associados a  diuréticos 
tiazídicos e de alça para 
prevenção e tratamento de 
hipocalemia
* Disponível no SUS
Como tratar a hipertensão?
• Diuréticos
Entendendo a condição
Fique atento às alterações metabólicas que podem ser produzidas pelos 
diuréticos:
Diminuição do potássio sérico (valores abaixo de 3,5 mEq/L)
Aumento do ácido úrico (valores acima de 6,6 mg/dl mulheres ou 8,5 
mg/dl homens)
Aumento da glicemia em jejum (valores acima de 100 mg/dl)
Aumento dos triglicerídeos (valores acima de 150 mg/dl)
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
Inibidores da Enzima conversora de angiotensina
- Estão relacionados à reduções significativas da PA e na
morbimortalidade por doenças cardiovasculares
- Uma das primeiras linhas de tratamento → pacientes com ICC,
disfunção ventricular assintomática, pós‐IAM, diabetes e DRC
- Cardioprotetores independente da redução da PA
Entendendo a condição
Benazepril
Captopril
Cilazapril
Delapril
Enalapril
Fosinopril
Lisinopril
Perindopril
Quinapril
Ramipril
Trandolapril
iECA  Posologia RAM Considerações
Captopril*
25mg‐150mg 
2‐3x/d
Usual: 50‐
100mg 2x/d
Tosse (0.5‐2%), hipotensão 
(1‐3%), ↑ K+(11%), IRA (1‐
10%), rash (4‐7%)
Ajuste de dose para 
disfunção renal
Biodisponibilidade 
reduzida na com 
alimentos (30‐40%)
Enalapril*
5‐40mg/d 
(dividida em 1 
ou 2  doses)
IRA (<20%), Hipotensão (1‐
7%), Tontura (4‐8%), Tosse 
(1‐2%), Cefaleia (2‐5%)
Ajuste de dose para 
disfunção renal. 
Absorção não 
influenciada por 
alimentosLisinopril 5‐40mg 1x/d
Tontura (12‐19%), 
hipotensão (7‐11%), IRA (2‐
11%), Tosse (4‐9%)
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
Obs: Suspender iECA se K+>5,5mEq/L; elevação de 30‐35% na Cr é considerada aceitável  
* Disponível no SUS
Como tratar a hipertensão?
Tosse em pacientes utilizando IECA
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Bloqueadores dos receptores AT1 da
angiotensina II
• Antagonizam a ação da angiotensina II por meio do
bloqueio específico de seus receptores
• Apresentam eficácia semelhante aos IECA, e são
recomendados em casos de intolerância a esta classe
Entendendo a condição
Candesartana
Irbersartana
Losartana
Olmesartana
Telmisartana
Valsartana
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
BRA Posologia RAM Considerações
Losartana
25‐100mg 
1x/d (ou 
dividido em 
2 doses)
Hipotensão (1‐10%)*, 
tosse , ↑ K+ (1‐10%),IRA Não há ajuste de dose 
para disfunção renal. 
Diminuiu relativamente 
a absorção com 
alimentos.
Valsartana 80‐320mg/d Tontura (>10%)*, ↑ K
+, 
hipotensão, tosse e IRA 
* Principalmente no início do tratamento
Obs: Suspender BRA se K+>5,5mEq/L; elevação de 30‐35% na Cr é considerada aceitável  
Como tratar a hipertensão?
• Bloqueadores dos canais de cálcio
Inibe a entrada de Ca++ nas células do músculo liso 
↑ Tempo de contração muscular
↓ Resistência vascular
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
• São anti‐hipertensivos eficazes e reduzem a
morbimortalidade cardiovascular
• Preferência é dada aos bloqueadores dos canais de
cálcio de longa duração, seja por meia‐vida longa ou por
liberação controlada
Entendendo a condição
Fenilalquilaminas Verapamil
Benzotiazepinas Diltiazem
Diidropiridinas Anlodipino, Felodipino, Isradipina, Lacidipina, 
Lercarnidipino, Manidipino, Nifedipino, Nisoldipino, 
Nitrendipino
Como tratar a hipertensão?
• Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
- Diidropiridinas possuem mais afinidade pelos canais de Ca++ do
vaso → mais útil para a HAS
- Não‐diidropiridínicos possuem mais afinidade pelos canais de
Ca++ do miocárdio → efeito antiarrítmico, cronotrópico e
inotrópico negativo
Entendendo a condição
Anlodipino
5‐10mg 
1x/d
Caso o paciente esqueça de tomar, instruí‐lo a tomar uma 
dose logo que possível, mas, se já tiver passado mais de 
12 horas desde a dose foi perdida, não tomar a dose. 
Administrar com ou sem alimentos
Disponível no SUS
Como tratar a hipertensão?
• Bloqueadores dos canais de cálcio (BCC)
Entendendo a condição
Reações adversas dos BCC
• A cefaleia e o rubor facial costumam ser resultado direto da vasodilatação,
induzida principalmente pela família do nifedipino (diidropiridinas).
• No uso de apresentações de liberação imediata, esses efeitos adversos
costumam surgir principalmente 1 a 3 horas após administração.
• Tontura, principalmente ao se levantar, pode ser resultado de hipotensão
postural. Permanecer sentado por 5-10 minutos antes de se levantar pode
ajudar. Cuidado redobrado em idosos, pois há risco de quedas.
• O edema de extremidades ocorre principalmente em pernas e tornozelo e
pode ser tratado pela redução da dose. Outra alternativa é a adição de
diurético ao tratamento, principalmente nos casos em que a pressão arterial
não esteja bem controlada.
Como tratar a hipertensão?
• Inibidores adrenérgicos
Entendendo a condição
Beta bloqueadores Atenolol, Bisoprolol, Carvedilol, Metoprolol, 
Nadolol, Nebivolol, Propranolol, Pindolol
Ação central Alfametildopa, Clonidina, Guanabenzo, 
Moxonidina, Rilmenidina, Reserpina
Alfabloqueadores Doxazosina, Prazosina, Terazosina
Como tratar a hipertensão?
• Betabloqueadores
- Redução inicial do débito cardíaco e da secreção de renina,
readaptação dos barorreceptores e diminuição das
catecolaminas nas sinapses nervosas
- Redução da morbimortalidade por eventos cardiovasculares
(*pacientes com idade inferior a 60 anos)
- Uso cauteloso em pacientes com idade superior a 60 anos. Deve
ser reservado para situações especiais, como a presença
concomitante de coronariopatia (disfunção sistólica, arritmias
cardíacas ou IAM prévio )
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Betabloqueadores
Entendendo a condição
Reações adversas dos betabloqueadores
• Os betabloqueadores são contraindicados para tratamento da
hipertensão em pacientes com asma brônquica.
• Nestes pacientes, a substituição de fármacos de primeira geração por
agentes cardiosseletivos não é recomendada, pois não há redução
importante do risco de broncoespasmo, e existem agentes mais seguros.
• Cuidado em diabéticos usuários de agentes secretores (p.ex
glibenclamida) e insulina, pois os betabloqueadores podem mascarar
sintomas de hipoglicemia, principalmente taquicardia, sudorese e tremor
nas mãos. Isto é especialmente importante em pacientes idosos.
Como tratar a hipertensão?
• Betabloqueadores
Entendendo a condição
Outras reações adversas dos betabloqueadores
• A redução da atividade cardíaca pode produzir cansaço, que pode impactar
em atividades físicas e domésticas mais pesadas. O paciente deve ser
aconselhado a ir mais devagar.
• Pessoas que utilizam betabloqueadores por longos períodos (principalmente
os menos lipossolúveis) não devem interromper o tratamento de forma
súbita.
• O aumento na expressão de receptores adrenérgicos no coração pode
induzir crise hipertensiva quando o tratamento é interrompido,
particularmente se não houver outro tratamento anti-hipertensivo presente.
Recomenda-se redução gradual de dose no período de semanas.
• Esses medicamentos devem ter seu uso cauteloso em idosos,
considerando a ausência de efeitos benéficos sobre o risco de AVC nesta
população
Como tratar a hipertensão?
• Betabloqueadores
X
Entendendo a condição
BB Posologia Considerações
Atenolol* 25‐100mg 1‐2x/d
Doses >100mg não demonstram 
maiores benefícios. Ajuste de dose 
para disfunção renal. Absorção não 
alterada com alimentos
Metoprolol Succinato: 25‐400mg/d Tartarato:  50‐450mg/d (2‐3x)
Administrar juntamente com as 
refeições (*tartarato)
Propranolol*
LI: 40‐160mg 2‐3x/d (máx: 
640mg/d)
LC: 80‐160mg 1x/d (máx: 
640mg/d)
Dieta rica em proteína aumenta a 
biodisponibilidade em 25%
Carvedilol* 6,25‐25mg 2x/d
Administrar com alimentos minimiza o 
risco de hipotensão ortostática. 
Atividade em receptores 
(vasodilatação periférica). Hipotensão 
mais importante no 1º mês
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
* Disponível no SUS
Como tratar a hipertensão?
• Terapias de segunda linha
– Inibidores diretos de renina (alisquireno)
– Inibidores adrenérgicos de ação central
(clonidina, metildopa)
– Alfabloqueadores (doxazosina)
– Vasodilatadores diretos (minoxidil, hidralazina)
Entendendo a condição
Como tratar a hipertensão?
• Inibidores diretos de renina
Alisquireno
- Promove uma inibição direta da ação da renina, com 
consequente redução da formação de angiotensina II
- Tem efeito na redução da pressão arterial 
semelhante a outras classes
Entendendo a condição
2ª linha
Como tratar a hipertensão?
• Inibidores adrenérgicos de ação central
Clonidina e metildopa
Estímulo dos receptores alfa‐2 adrenérgicos pré‐
sinápticos no sistema nervoso central, reduzindo o
tônus simpático
Entendendo a condição
2ª linha
Inibidores adrenérgicos de ação central
Efeito hipotensor como monoterapia é discreto. Podem ser úteis em
associação com medicamentos de outros grupos, particularmente
quando há evidência de hiperatividade simpática
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
Inibidor 
adrenérgico Posologia RAM Considerações
Metildopa 500‐1500mg 2‐3x/d 
Sonolência, xerostomia 
disfunção sexual, 
insuficiência hepática
De escolha para 
gestantes
Clonidina 0,1‐0,6mg 2‐3x/d (máx: 2,4mg/d)
Sonolência xerostomia, 
constipação, bradicardia
Hipertensão rebote: 
cuidado com a 
descontinuação do 
medicamento
Como tratar a hipertensão?
• Alfabloqueadores
- Inibem competitivamente os receptores adrenérgicos alfa‐1,
resultando em vasodilatação das veias e arteríolas
- Apresentam efeito hipotensor discreto como monoterapia,
devendo, portanto, ser associados com outros anti‐
hipertensivos. Podem induzir o aparecimento de tolerância, o
que exige o uso de doses gradativamente crescentes
Entendendo a condição
2ª linha
Alfabloqueadores
Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo
lipídico e glicídico e nos sintomas de pacientes com hipertrofia
prostática benigna
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
Alfabloqueador Posologia Considerações
Doxazosina 1‐16mg 1x/d Fenômeno de 1ª dose: 
hipotensão postural (10%). 
A prazosina apresenta 
maior seletividade alfa1
Prazosina LI: 1‐20mg 2‐3x/dXL: 4‐8mg 1x/d
Como tratar a hipertensão?
• Vasodilatadores diretos
- Atuam na musculatura da parede vascular, promovendo
relaxamento, com consequente vasodilataçãoe redução da
resistência vascular periférica
- Devido aos seus efeitos em receptores prostáticos e uretrais,
atuam reduzindo o tônus simpático induzido pela hiperplasia
prostática benigna e portanto aliviam os sintomas desta
condição, da mesma forma que os alfabloqueadores
Entendendo a condição
2ª linha
• Vasodilatadores diretos
São utilizados em associação com diuréticos e/ou
betabloqueadores para o tratamento da hipertensão
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
Vasodilatador Posologia Considerações
Hidralazina
50‐150mg 2‐
3x/d (máx: 
300mg/d)
Utilizado na emergência hipertensiva 
(ev); tratamento crônico de HAS em 
gestantes. Pode promover taquicardia 
reflexa e retenção hídrica
Minoxidil 2,5‐80mg 1x/d
Pode promover taquicardia reflexa e 
retenção hídrica, além de hipertricose 
(80%)
Como tratar a hipertensão?
Entendendo a condição
Características para escolha
1. Pacientes mais jovens respondem melhor aos inibidores
da IECA, BRA e betabloqueadores
1. Pacientes negros e pacientes idosos, na maioria das
vezes, respondem melhor a diurético tiazídico ou
bloqueador do canal de cálcio
1. Considere que muitos idosos hipertensos apresentam
indicação específica para IECA ou BRA, incluindo
insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio prévio, e
doença renal crônica com proteinúria
Entendendo a condição
Contraindicações/Uso com cautela
Entendendo a condição
SITUAÇÃO
FÁRMACOS QUE DEVEM SER 
EVITADOS/ USADOS COM PRECAUÇÃO
ALTERNATIVAS 
ESPECÍFICAS OU 
RECOMENDAÇÕES
Idoso Simpaticolíticos (efeito postural) Tiazídicos, 
metildopa
Homem jovem Tiazídicos, BB IECA, BCC
Grupo étnico negro BB, IECA ‐
Doença vascular periférica BB, IECA Vasodilatador
Doença vascular no idoso IECA ‐
Angina Vasodilatador BB, BCC
Pós‐IM ‐ BB, IECA
Insuficiência Cardíaca, DVE BCC, verapamil, diltiazem BB, IECA
Bloqueio cardíaco BB, BCC ‐
Hiperlipidemia BB, tiazídicos IECA, BCC
Entendendo a condição
SITUAÇÃO
FÁRMACOS QUE DEVEM SER 
EVITADOS/ USADOS COM PRECAUÇÃO
ALTERNATIVAS 
ESPECÍFICAS OU 
RECOMENDAÇÕES
Diabetes (especialmente tipo I) Tiazídicos, BB IECA
DPOC, Asma BB ‐
Gestação Tiazídicos, IECA, BRA Metildopa, labetalol, 
furosemida
Insuficiência hepática BCC Metildopa
Insuficiência 
renal
Inicial Tiazídicos IECA
grave IECA Furosemida, BB
Nefropatia diabética ‐ IECA
Estenose da artéria renal IECA ‐
Alto nível de renina ‐ IECA
Tirotoxicose ‐ BB
Contraindicações/Uso com cautela
Entendendo a condição
SITUAÇÃO
FÁRMACOS QUE DEVEM SER 
EVITADOS/ USADOS COM PRECAUÇÃO
ALTERNATIVAS 
ESPECÍFICAS OU 
RECOMENDAÇÕES
Depressão BB lipofílicos, metildopa, clonidina ‐
Gota, hipocalemia Tiazídicos ‐
Hipertrofia prostática benigna ‐ Alfabloqueador
Bloqueio atrioventricular de 2º 
e 3º graus
BB, BCC (verapamil, diltiazem) ‐
Contraindicações/Uso com cautela
Associações
Entendendo a condição
João, 58 anos
João, 58 anos, com história prévia de tabagismo (2 maços/
20 anos), procura a farmácia pois está com muitas dúvidas
sobre seus medicamentos. Ele conta que infartou
recentemente (2 meses), e que depois disso o médico
prescreveu um monte de medicamentos, mas que ele não
entende isso...
Enalapril 20 mg 12/12h
Carvedilol 6,25 mg 12/12h
AAS 100 mg 24h
Clopidogrel 75 mg 24h
Atorvastatina 40 mg 24h
João, 58 anos
A minha esposa usa esse enalapril 
para pressão... Mas eu não sou 
hipertenso, por que preciso dele?
Depois que comecei esse remédios não estou 
me sentindo muito bem, me sinto tonto, 
desanimado... Acho que vou parar, pois eles 
estão me fazendo mais mal do que bem!
Comorbidades
Entendendo a condição
Indicações específicas
• Inibidores da Enzima conversora de angiotensina (IECA)
Indicados em:
- Histórico de doença arterial coronária (DAC), em especial em
pacientes com fração de ejeção reduzida
- Insuficiência cardíaca (IC), independente da presença de
hipertensão
- Nefropatia diabética ou de outras etiologias
- Prevenção secundária de acidente vascular encefálico
Entendendo a condição
• Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II
Podem ser utilizados em casos de intolerância e/ou
contraindicação de IECA, com efeitos equivalentes nas
seguintes condições:
- Histórico de DAC, em especial em pacientes com fração
de ejeção reduzida;
- IC, independente da presença de hipertensão;
- Nefropatia diabética ou de outras etiologias;
- Prevenção secundária de acidente vascular cerebral.
Entendendo a condição
Indicações específicas
IECA/BRA: Diminuem remodelamento cardíaco, hospitalização e 
mortalidade no pós‐IAM e ICC
Indicações específicas
Entendendo a condição
• Betabloqueadores
- Pós‐IAM (↓ mortalidade e reincidência de infarto): principalmente
na presença de disfunção sistólica ou arritmias cardíacas (1‐3
anos). Melhora dos sintomas de angina (1ª ESCOLHA)
- ICC: em associação aos IECA/BRA, independente da presença de
hipertensão (benefícios clínicos na mortalidade global, melhora
dos sintomas e redução de reinternamento por ICC)
- Tremor essencial, cefaleia de origem vascular, enxaqueca,
hipertensão portal (propranolol)
Entendendo a condição
Indicações específicas
Indicações específicas
• Diuréticos Poupadores de potássio
Espironolactona em associação a IECA + BB é
usada em IC classe funcional II ou IV com FE
≤35%
Entendendo a condição
Monitorar K e Cr
Não recomendado se ClCr<30ml/min e C.I se 
K=5,5mEq/L
• BLOQUEADORES DE CANAIS DE CA++ (DIIDRO E NÃO‐
DIIDRO)
ANGINA:
• A vasodilatação das coronárias (bloqueio do influxo de Ca++
e aumento dos níveis de NO e bradicinina) promove:
- diminuição da RVP e do espasmo coronariano
- aumento do fluxo sanguíneo coronariano
- aumento do desenvolvimento de coronárias colaterais
- melhora da sintomatologia anginosa
Entendendo a condição
2ª ESCOLHA
Indicações específicas
HAS + DRC
Diuréticos tiazídicos Diuréticos de alça
1 2 3 4 5
Combinação IECA + BRA para proteção renal?
CONTRAINDICADO!!!
HAS + DRC
• Betabloqueadores
• Inibidores adrenérgicos de ação central
• Vasodilatadores de ação direta
BCC + IECA ou BRA → Redução 
de eventos CV
O tratamento não funciona!
Entendendo a condição
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipertensão resistente
Fatores que dificultam o controle da pressão arterial e que devem 
sem avaliados na hipertensão resistente
Ingestão excessiva de sal
Ingestão excessiva de álcool
Obesidade
Uso de fármacos com potencial de elevar a pressão arterial
Síndrome de apneia obstrutiva do sono 
Formas secundárias de hipertensão arterial
○ Pacientes considerados com boa adesão ao tratamento e não‐
responsivos a terapia tríplice em doses altas caracterizam a
situação clínica de hipertensão resistente
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipertensão resistente
Os fatores presentes devem ser corrigidos e o acompanhamento
do farmacêutico deve estar focado na conscientização sobre a
mudança no estilo de vida
A adição de espironolactona, de simpatolíticos centrais e
betabloqueadores ao esquema terapêutico tem‐se mostrado
útil
Para pacientes que não responderam adequadamente a esta
estratégia, a adição de vasodilatadores diretos, como
hidralazina e minoxidil, podem ser usados em combinação
Hipertensão do jaleco branco
Entendendo a condição
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipertensão do jaleco branco
• A hipertensão do avental branco ocorre quando valores 
anormais de PA são evidenciados no consultório (≥ 140/90 
mmHg), no entanto valores normais são demonstrados no 
MAPA ou MRPA (≤ 130/85 mmHg)
• Este efeito do avental branco também pode acontecer na 
farmácia, por isso o MRPA é importante
• A hipertensão do avental branco não implica na necessidade de 
intervenções farmacológicas, mas deve ser acompanhada e 
monitorada pela equipe de saúde
Hipertensão Mascarada
Entendendo a condição
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipertensão mascarada
• Na hipertensão mascarada, os valores de PA durante a consulta 
estão dentro da meta (<140/90 mmHg), contudo os valores 
demonstrados no MAPA e noMRPA são considerados alterados
• Nessa condição, também ocorre mudança de diagnóstico (de 
hipertensão fora do consultório para normotensão no 
consultório)
• Tais pacientes têm maior prevalência de lesões de órgãos‐alvo 
do que indivíduos normotensos, mas ainda existem 
divergências a esse respeito
Urgência e Emergência
Entendendo a condição
• Elevação crítica da PA, em geral pressão arterial diastólica
(PAD) ≥ 120 mmHg, porém com estabilidade clínica, sem
comprometimento de órgãos‐alvo
• A PA, nesses casos, deverá ser tratada com medicamentos por
via oral, buscando‐se redução da PA em até 24 horas
• Nifedipino de curta duração não recomendável → risco de
estimulação simpática secundária; acidentes vasculares
encefálicos e coronarianos
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Urgência hipertensiva
– Condição em que há elevação crítica da PA com quadro clínico
grave, progressiva lesão de órgãos‐alvo e risco de morte, exigindo
imediata redução da PA com agentes aplicados por via parenteral
– Há elevação abrupta da PA ocasionando, em território cerebral,
perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e evidências de lesão
vascular, com quadro clínico de encefalopatia hipertensiva, lesões
hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema
– Depois de obtida a redução imediata da PA, deve‐se iniciar a
terapia anti‐hipertensiva de manutenção e interromper a
medicação parenteral
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Emergência hipertensiva
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Emergência hipertensiva
Medicamentos usados por via parenteral para o tratamento das 
emergencias hipertensivas
Nitroprussiato de sodio (vasodilatador arterial e venoso)
Nitroglicerina (vasodilatador arterial e venoso)
Hidralazina (vasodilatador de acao direta)
Metoprolol (bloqueador β‐adrenergico seletivo)
Esmolol (bloqueador β‐adrenergico seletivo de acao ultrarrapida)
Furosemida (diuretico)
Fentolamina (bloqueador α adrenergico)
Hipotensão
• A definição padrão de hipotensão no adulto inclui os 
resultados de: 
• De maneira prática, a pressão arterial “boa” para cada 
paciente pode variar, e consequentemente episódios de 
hipotensão também. 
Entendendo a condição
✓ PAS <90 mmHg 
✓ Pressão Arterial Média (PAM) <60 mmHg [PAM = PAS + (PAS‐
PAD)/3]
✓ Diminuição de mais de 40 mmHg abaixo da linha pressórica basal 
do indivíduo
Hipotensão
• Deve ser preocupante nos seguintes casos:
o Pacientes com PAS ≤90 ou ≤100 mmHg, desde que os 
valores basais da pessoa não sejam normalmente 
baixos
o PAM ≤60 mmHg
o Redução ≥40 mmHg em relação aos níveis pressóricos 
basais
o Sintomas de hipoperfusão, como fadiga e tontura
Entendendo a condição
Hipotensão
• Em geral, a hipotensão não requer tratamento 
específico, pois tende a cursar com melhora espontânea 
• É importante investigar possíveis causas do sintoma, por 
exemplo, o próprio uso de anti‐hipertensivos ou outros 
medicamentos vasodilatadores
Entendendo a condição
Deitar Ingestão de líquidos
Comer algo 
salgado
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipotensão postural ou ortostática
• Quando os reflexos autonômicos são prejudicados ou o volume
intravascular é reduzido, uma redução significativa da pressão
arterial ocorre ao levantar‐se
• Os sintomas de hipotensão ortostática ocorrem normalmente
em resposta à mudança postural súbita, mas também em
associação as refeições, esforço, e tempo prolongado em pé
• Os sintomas resultam da hipoperfusão cerebral e incluem:
fraqueza generalizada, tonturas ou vertigens, visão turva ou
escurecimento dos campos visuais e, em casos graves, perda
de consciência (síncope)
• Mais comum no idoso
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipotensão postural ou ortostática
• A Hipotensão postural deve ser avaliada através da
medida dos valores pressóricos em decúbito dorsal
(posição deitada), após repouso de 5 a 30 minutos. Fazer
pelo menos duas medidas, e sequencialmente na
posição sentada ou em pé (medidas sequenciais do 2º
minuto até o 4º minuto).
• O diagnóstico é provável na presença de uma ou mais das
seguintes alterações :
* Queda ≥ 20 mmHg na pressão arterial sistólica;
* Queda ≥ 10 mmHg na pressão arterial diastólica;
* Sintomas de hipoperfusão cerebral
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipotensão postural ou ortostática
• Aumento na frequência cardíaca >30 bpm na posição
em pé sugere síndrome de taquicardia postural.
Pacientes com síndrome de taquicardia postural
queixam‐se de sintomas que são semelhantes aos de
hipotensão ortostática, mas não estão associadas a
hipotensão postural em exame.
Hipertensão na gravidez
Entendendo a condição
Opções de tratamento anti‐hipertensivo durante a gravidez
• Metildopa
• Betabloqueadores
• Bloqueadores dos canais de cálcio
• Diuréticos tiazídicos
• Clonidina
A escolha do medicamento depende da gravidade da hipertensão. 
A decisão de tratar a hipertensão durante a gravidez deve 
considerar os riscos e benefícios para a mãe e o feto
Hipertensão na gravidez
Entendendo a condição
Opções de tratamento anti‐hipertensivo durante a amamentação
• Bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazem, nifedipino, 
verapamil)
• Betabloqueadores (propranolol, metoprolol, labetalol)
• Inibidores da enzima conversora da angiotensina (captopril, 
enalapril)
• Diuréticos (hidroclorotiazida)
A escolha do medicamento depende da gravidade da hipertensão.
Exame físico
• Aferição da Pressão Arterial
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Aferição da pressão arterial
• Avaliação da terapia anti‐hipertensiva ou de pacientes sob 
risco de desenvolver hipertensão. 
• Pressão arterial elevada pode representar uma doença não 
diagnosticada, reação adversa a medicamentos ou falha de 
efetividade do tratamento anti‐hipertensivo.
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Aparelhos
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Aferição da pressão arterial
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Medida 1
Medida 2
Definir o braço
Medida 3
Média dos 2 últimos valores!
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Aferição da pressão arterial
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
MRPA
3 MEDIDAS PELA MANHà– ANTES DO DESJEJUM E DA 
TOMADA DE MEDICAMENTOS 
3MEDIDAS À NOITE – ANTES DO JANTAR
POR 5 DIAS CONSECUTIVOS
OU
2MEDIDAS PELA MANHà– ANTES DO DESJEJUM E DA 
TOMADA DE MEDICAMENTOS 
2MEDIDAS À NOITE – ANTES DO JANTAR
POR 7 DIAS CONSECUTIVOS
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
MRPA
• No Monitoramento Residencial da Pressão Arterial (MRPA), 
recomenda‐se que sejam consideradas anormais as médias 
de pressão arterial acima de 130/85 mmHg 
Indicações para realização da MRPA
Pacientes sob tratamento anti‐hipertensivo
Identificação e avaliação do efeito do avental branco
Identificação da hipertensão mascarada
Avaliação da hipertensão de difícil controle
Condições clínicas que requerem controle rigoroso da PA (diabetes,
doença renal e hipertensão na gravidez)
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
AMPA
• Automedida da pressão arterial (AMPA)
• Medida realizada por pacientes ou familiares, não‐profissionais de
saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio,
representando uma importante fonte de informação adicional
• Em situações onde não existe indicação ou na impossibilidade de
realização do MRPA, a AMPA é uma alternativa para obter uma
estimativa mais real dos valores de PA.
• Valores superiores a 130/85 mmHg, demonstrados na AMPA,
devem ser considerados alterados.
• Essa medida não apresenta a mesma correlação com desfechos
clínicos que o MRPA
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Monitoramento da PA na Farmácia 
Comunitária
• Alternativa na impossibilidade de realização do MAPA ou MRPA 
para evidenciar descontrole da HAS
• Apresenta correlação importante com MAPA ou MRPA e melhor 
valor preditivo do que a medida do consultório médico
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Aferição da pressão arterial pelo 
farmacêutico
–Não com objetivo diagnóstico ou prognóstico
– Serviço Farmacêutico:
o Auxílio na detecção de casos suspeitos
o Avaliação da efetividade e segurança da 
farmacoterapia em pacientes diagnosticados
Casos suspeitos de hipertensão
Considerar:
A medida é 
confiável?
Os valores 
indicam 
urgência?
Há 
medicamentos 
elevando a 
PA?
Cuidado Farmacêutico ao paciente 
hipertenso
Hipertensos ocultos
VOLTANDO AO CASO CLÍNICO
Joana, 68 anos, negra, do lar, ex‐tabagista, obesa 
e sedentária. Histórico de AVE em 2008, que 
resultou em pequena sequela motora em 
hemicorpo esquerdo. Relata que parou de utilizar 
os medicamentos anti‐hipertensivos, pois se 
sentia bem. Após aconselhamento intenso, 
paciente melhorou a adesão, porém não atingiu 
níveis pressóricos adequados. Na anamnese 
farmacêutica, a filha relata que a paciente não faz 
restrição de sal ou dieta específica.
Joana, 68 anos
PRESCRIÇÃO EXAME FÍSICO
‐ Hidroclorotiazida 25 mg 1‐0‐0
‐ Captopril 50 mg 1‐1‐1
‐ AAS 100 mg 1‐0‐0
‐ Sinvastatina 20mg 1‐0‐1
Medida da pressão arterial em ambulatório:
1. 170/110 mmHg FC: 56 bpm
2. 173/120 mmHg FC: 60 bpm
3. 167/110 mmHg FC: 52 bpm
Peso: 88 kg Altura: 1,62m
IMC:_______
EXAMES LABORATORIAIS 01/03/2016
Glicose jejum: 89 mg/dL
Creatinina: 1,9 mg/dL
Uréia: 49 mg/dL
Triglicerídeos: 163 mg/dL
Colesterol total: 278 mg/dL
HDL: 38 mg/dL
LDL: 207 mg/dL 
Cuidado Farmacêutico 
Aplicado a HAS

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