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Cultura do Segundo Reinado Literatura Música Pintura/ Escultura Teatro É importante destacarmos que na segunda metade do Século XIX, as manifestações culturais mantem influências europeias, principalmente a francesa, mas cresce a presença de temas nacionais. O romantismo é marcante na literatura até o final do século XIX, quando passa a ceder lugar para o realismo. A prosa de ficção romântica se altera entre o nacionalismo indigenista e o relato de costumes tipicamente brasileiros O império brasileiro foi pródigo na criação de representações que acabaram por impor um tipo de memória oficial. Nesse esforço (...) destacou-se a atuação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro que em associação com a Academia Imperial de Belas Artes, daria à monarquia brasileira uma nova história, uma iconografia original e uma literatura épica. A natureza sempre foi pretexto para representações de ordem diversa. Enquanto objeto a ciência revelou-se sobretudo uma boa interrogação. (...) Nesse caso, convertia-se a natureza em cultura, da mesma maneira como terra não cultivada significava, diante do modelo de modernidade e urbanidade do século XIX homens incultos e incivilizados. (SCHWARCZ, 2004, p.7) É certo que essa concepção cultural da natureza não se conforma no século XIX. (...) vão se formalizando representações sobre a “natureza brasileira e seus naturais” que tomam uma versão mais oficial.(...) durante o período monárquico, mais particularmente durante o Segundo Reinado, que podemos entender o uso da natureza como emblema da nação. (...) logo após a independência política de 1822, desenha-se uma cultura imperial pautada em dois elementos constituidores da nacionalidade: realeza centro de civilização; a natureza territorial com suas gentes frutas como base natural do Estado. (SCHWARCZ, 2003, p.8-9) (...)Entre deslocamentos reais e paisagens imaginárias compunha-se uma representação nacional, feita de literatura, história/memória e iconografia oficial. É assim que os documentos redescobertos passam a ser base da ficção e dos novos épicos de cunho oficial (...) servem de pretexto para as grandes telas dos pintores acadêmicos (...). Dessa maneira a arte surge como “mapa unificador, tratado descritivo paisagem útil”. (SCHWARCZ, 2003, p.10 APUD SÜSSEKIND, 1990, p.22 ) BIBLIOGRAFIA.: CHILLÓN, Alberto Martin. A escultura e seu ofício no Brasil do Segundo Reinado (1840 - 1889) 2017–Tese de Doutorado– Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Centro de Educação e Humanidades- Instituto de Artes SCHWARCZ, Lilia K. Moritz. A natureza como paisagem: imagem e representação no Segundo Reinado- Revista USP. São Paulo nº58, p.6-29, junho/agosto 2003
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