Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
544 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. transformam o RTV no IP mais rejeitado, quando utilizado em sua dose plena; tam- bém é o mais associado ao aumento dos triglicerídeos (ver em IPs); em doses me- nores, é melhor tolerado. Interações. A ddI, exceto a de liberação entérica, diminui a absorção do RTV; de- ve haver uma separação de, pelo menos, 1 hora entre um e outro (2 horas é me- lhor ainda). Quando utilizada solução oral, que apresenta 43% de álcool, deve- se ter o cuidado de não utilizar dissulfi- ram ou metronidazol. Ocorre aumento de episódios de sangramento em indivíduos com hemofilia. O RTV é um importante inibidor - o mais potente - do CIP-450 e das isoenzimas 3A4 e 2D6 (também ser- ve como substrato dessas isoenzimas) e interage de forma importante com diver- sos medicamentos; é contraindicado o uso concomitante de alcaloides do ergot, antiarrítmicos (amiodarona, flecainida, propafenona, quinidina), cisaprida, ter- fenadina e astemizol, analgésicos (mepe- ridina, piroxicam e propoxifeno), hipnó- tico-sedativos (midazolam, triazolam), psicotrópicos (bupropiona, clozapina, pimozida, tioridazina) e alfuzosina. O voriconazol tem o nível sérico reduzido de forma imprevisível, e o uso concomi- tante, no momento, é contraindicado. Interações potencialmente importantes por inibição de metabolismo. Esta tinas: sinvastatina e lovastatina não devem ser utilizadas (nível sérico muito aumentado dessas drogas); atorvastatina e rosuvasta- tina, por apresentarem maior índice tera- pêutico, são as estatinas recomendadas; a pravastatina tem seus níveis séricos di- minuídos. Utilizar com cautela betablo- queadores, disopiramida, mexiletina, ne- fazodona e fluoxetina pelo risco de toxi- cidade cardíaca e/ou do SNC. Inibidores do canal de cálcio têm seus níveis séricos aumentados e devem ser utilizados com cautela. Ocorre o aumento do nível sé- rico dos cumarínicos (monitorar cuida- dosamente o TP); pode haver aumento (principalmente) ou diminuição da con- centração da digoxina (monitorar o seu nível sérico). Usar com cuidado os se- guintes benzodiazepínicos: clorazepato, diazepam, estazolam, flurazepam, pois o uso associado aumenta a toxicidade no SNC (aumento no nível sérico). Há a pos- sibilidade de aumento da toxicidade da trazodona, que, portanto, deve ser uti- lizada com cautela e em dose reduzida; pode ocorrer um aumento de 145% dos níveis de desipramina, devendo haver redução da dose. Drogas imunossupres- soras (antirrejeição), tais como ciclos- porina, tacrolimo e sirolimo, devem ter seus níveis séricos controlados, pois eles podem estar aumentados. Inibidores da 5-fosfodiesterase, tais como o sildenafil, devem ser utlizados com cautela (no má- ximo 25 mg, a cada 48 horas, de sildena- fil; 1 O mg, a cada 72 horas, de tadalafil e 2,5 mg, a cada 72 horas, de vardenafil), pois o RTV aumenta seus níveis séricos (risco de eventos cardiovasculares). Exis- te relato de supressão do eixo adrenal e síndrome de Cushing com o uso conco- mitante de fluticasona (usá-la com cau- tela); uso com restrição da budesonida. Derivados imidazólicos, principalmente o cetoconazol e itraconazol, podem apre- sentar elevação de nível sérico e aumento de sua toxicidade - não é recomendada uma dose superior a 200 mg ao dia. A claritromicina tem sua concentração sé- rica aumentada (com eventual prolon- gamento do intervalo QT), e o mais re- comendado, no momento, é a utilização de azitromicina em seu lugar. Interções potencialmente importantes por indução de metabolismo. O RTV diminui os níveis de teofilina (monitorar a concentração), de etinilestradiol e de noretindrona (ou- tros métodos contraceptivos devem ser utilizados); antiepilépticos e carbamaze- pina, fenitoína e fenobarbital) e dexame- tasona aumentam o clearance do RTV (os níveis séricos dos antiepilépticos devem ser monitorados, pois o RTV interfere no
Compartilhar