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• Hipomagnesemia sintomática: infusão de sulfato de magnésio EV (Tabs. 3 7 .5 e 37.6). A dose EVpode ser de 1-1,5 mEq/ kg de magnésio dada no primeiro dia e, após 0,5-1,0 mEq/kg diariamente até a concentração plasmática per1nanecer normal. As preparações parenterais de sulfato de Mg são em geral disponíveis na concentração de 10 ou SOO/o. Usando ampolas de 50% como MgSO 4 • 7H20, lg de MgSO 4 contém 8, 1 mEq (98, 7 mg) de magnésio parenteral. O sulfato de Mg é doloroso e, quando usado por via veno- sa, deve ser diluído e administrado em 5-10 minutos. Em situações de emer- gência, 1-2 g de MgS04 (8,1-16,2 mEq) podem ser usados endovenosamente, diluídos em 50 mL de SG ou SE A cor- reção do potássio e do cálcio pode ser feita com a reposição desses elementos. Entretanto, o tratamento somente será efetivo após a correção do magnésio. HIPERMAGNESEMIA Define-se a hipermagnesemia como a elevação dos níveis de magnésio acima de , 3 mg/dL. E um distúrbio menos comum e muitas vezes de origem iatrogênica. A in- suficiência renal e o abuso de antiácidos e laxantes são as causas mais comuns. As principais manifestações da hipermagnesemia são os sintomas neu- romusculares e como hiporreflexia) e gas- trintestinais (como náuseas e vômitos), quando os níveis séricos ainda encontram- se abaixo de 4 mEq/L. A elevação do po- tássio sérico é frequentemente associada à hipermagnesemia. Normalmente a hiper111agnesemia não necessita de nenhum tratamento, especialmente nos pacientes com função renal normal. As orientações terapêuticas estão listadas abaixo: • Suspender compostos contendo mag- , . . nes10, se estiverem em uso. Medicamentos na prática clínica 611 • O cálcio é um antagonista do magné- sio e pode ser administrado - 1-2 am- polas na forma de gluconato de cálcio EV. • Hemodiálise ou diálise peritoneal é in- dicada somente em casos de hiper1nag- nesemia grave em pacientes com insu- ficiência renal. ACIDOSE METABÓLICA A acidose metabólica corresponde a um estado de diminuição primária de HC03- ( < 22 mEq/L) no sangue, o que se traduz por um pH < 7,35. Esse distúrbio acidobásico pode re- sultar de três mecanismos diferentes: • Ganho de ácidos por aumento da pro- dução endógena, administração exóge- na ou diminuição da excreção renal. • Perda renal ou digestiva de HC03-. • Ganho de cloro. Na acidose metabólica crônica, pode ocorrer retardo de crescimento na crian- ça. O tamponamento ósseo do excesso de H+ pode levar à desmineralização óssea e ao raquitismo consequentemente. As aci- doses metabólicas inorgânicas frequente- mente se apresentam com hipercalemia (em média 0,5-0,6 mEq/L de aumento na concentração de K+ para cada 0,10 unida- de de queda no pH). A presença de hipo- calemia na vigência de acidose metabólica reflete um déficit importante de K+, cuja reposição deve ser iniciada simultanea- mente à correção da acidose. Quanto ao tratamento, sempre que possível, deve-se eliminar a causa básica. O emprego de base exógena deve ser in- dividualizado. A base mais utilizada é o bicarbonato de sódio (NaHC03); uma al- ternativa é o citrato de potássio (contrain- dicado na IR devido à sobrecarga de K+, que deve ser evitada nesses pacientes, e devido ao fato de o citrato aumentar a ab-
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