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Sarcocystis neurona Sarcocystis neurona • Protozoário unicelular • Parasita neural de equinos • Parasito heteroxeno obrigatório • Seu hospedeiro definitivo é o gambá • Causador da Mieloencefalite protozoária equina (EPM) Taxonomia Filo: Apicomplexa Classe: Conoidaside Subclasse: Coccidia Ordem: Eucoccidiorida Subordem: Eimeriorina Família: Sarcocystidae Gênero: Sarcocystis Espécies: S. neurona Ciclo de vida do S. neurona Hospedeiro Transmissão Ingestão de esporocistos presentes na água e alimentos contaminados com fezes do hospedeiro definitivo; Equinos não transmitem S. neurona a outros equinos ou gambás; A ocorrência de EPM pode variar de 2 meses a 24 anos e sem predileção por raça ou sexo; Não existem relatos de transmissão transplacentária, entretanto ainda não pode ser excluída. Sinais Clínicos ➢ Fraquezas; ➢ Tropeços; ➢ Arrastam a ponta dos cascos no chão; ➢ Falta de equilíbrio "Doença da bambeira"; ➢ Incoordenação; ➢ Atrofia muscular (quadríceps e 13 glúteos, masseter e da língua, músculos cerebrais e da língua); ➢ A paralisia do nervo facial determinará dificuldade de mastigar e ingerir alimento. ➢ As lesões e o local onde elas se alojaram vão determinar a gravidade da doença. Diagnóstico ➢ Baseado nos sinais clínicos, quando diagnosticado precocemente as chances de cura são maiores; ➢ Sorológico que confirma a presença do agente Sarcocitys neurona através do exame feito com o liquido cefalorraquidiano (LCR); ➢ No hemograma diminui o número de linfócitos e aumenta os níveis de bilirrubina e hiperfibrinogenemia. Profilaxia ➢ Manter o equino dentro da baia limpa, arejada e com cama alta; ➢Medidas de higiene em depósito de ração, cochos e bebedouros; ➢ A melhor medida profilática é remover os gambás dos pastos para minimizar o contato com os equinos; ➢ Em 2003 uma vacina foi produzida através de protozoários mortos, porém não tem eficácia comprovada. Não está liberada no Brasil. Tratamento ➢O tratamento é feito principalmente com o uso de antimicrobianos; ➢Vitamina E; ➢ Fisioterapia; ➢Devido aos sinais clínicos da doença durante o tratamento é recomendado utilizar um aparelho chamado sling para manter o equino em pé. ➢Universidade Federal de Lavras- MG; ➢Equino macho; ➢ Raça Lusitano; ➢7 anos; ➢500kg; ➢Falta de coordenação de membros pélvicos; ➢Controle de ectoparasitas, endoparasitas, vacinação para Influenza e Raiva. RELATO DE CASO Exame Físico 6% de desidratação e discreta hipomotilidade intestinal; FC e FR aumentadas; Escaras de decúbitos em diversos locais; • O animal apresentava-se em decúbito esternal • Membros pélvicos com pouca espasticidade • Diminuição do tônus da cauda, do reflexo anal e da sensibilidade superficial em ambos os membros pélvicos • Lesão de nervo facial direito • Aparentemente não apresentava atrofia muscular e era responsivo aos reflexos pupilares Exame neurológico: ➢ Somado a isso o equino apresentou um estado mental sem alteração, se alimentava e ingeria água normalmente; ➢ Defecação presente e normal, porém apresentava incontinência urinária. Diagnóstico diferencial Raiva; Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM); Herpes vírus tipo I; Traumatismo. Tratamento ➢ Diclazuril 25g por via oral SID por 14 dias; ➢ Vitamina B1 5ml por via intramuscular por 5 dias; ➢ Dimetilsufoxido (DMSO) 1g por via IV por 2 dias; ➢ Prednisolona na dose de 0,05 mg/kg/VO por 8 dias; ➢ Manitol 0,25 g/kg/IV; ➢ Omeprazol dose de 4.4 mg/kg por 14 dias; ➢ Glicose 5%/IV; ➢ Fluidoterapia; ➢Troca de decúbito 2 vezes ao dia; ➢ Pomadas comercial a base de 5.000 UI de retinol e 900 UI de colecalciferol; ➢ 150 mg de óxido de zinco e 86,6 mg de óleo de fígado de bacalhau nas escaras de decúbitos T.I.D. ➢ O equino permaneceu internado por 14 dias, mantendo-se somente em decúbito lateral nos primeiros dias. Evoluiu para decúbito esternal com auxilio e, posteriormente, sem auxilio, demonstrando ausência de apatia e pequeno interesse em ficar em estação; ➢ No 14° dia o animal apresentou convulsão, nistagmo e perda de consciência. O proprietário autorizou a eutanásia por razões humanitárias. DESFECHO CASO CLÍNICO Necrópsia ➢ Realizada no setor de patologia de UFLA; ➢ Hemorragias na substância cinzenta (SC) e branca da medula espinhal, principalmente na região torácica e lombar ➢ Mielite linfoplasmocitária, malácea e esferóides axonais associados às estruturas parasitárias compatíveis com esquizontes de Sarcocystis neurona na substância branca (SB) e focos de hemorragias na SB e SC. ACHADOS MICROSCÓPICOS ➢ A mieloencefalite protozoária equina é uma das doenças neurológicas mais frequentes e importância médica veterinária em diversos países. ➢ Apesar de escassas literaturas sobre EPM aguda, sabemos que ela pode ocorrer e que deve ser considerada no diagnóstico diferencial quando ocorrer sintomatologia neurológica em equinos. CONCLUSÃO Slide 1 Slide 2: Sarcocystis neurona Slide 3: Taxonomia Slide 4: Ciclo de vida do S. neurona Slide 5: Hospedeiro Slide 6: Transmissão Slide 7: Sinais Clínicos Slide 8: Diagnóstico Slide 9: Profilaxia Slide 10: Tratamento Slide 11 Slide 12 Slide 13: Exame Físico Slide 14 Slide 15: Diagnóstico diferencial Slide 16: Tratamento Slide 17 Slide 18: Necrópsia Slide 19 Slide 20 Slide 21
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