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Profa. Dra. Célia Rosenthal UNIDADE I Tópicos Especiais em Direito Privado Código Civil: parte geral e parte especial. Lei n. 10.406 de 2002. Dos fatos jurídicos – conceito. Classificação dos fatos jurídicos. Negócio Jurídico – Interpretação e reserva mental Conceito. Finalidades. Interpretação. Intenção. Vontade e declaração. Segurança jurídica. Do negócio jurídico Fundamentos. Distinções. Existência, validade, eficácia Vontade. Declaração. Objeto idôneo. Elementos constitutivos do negócio jurídico Fundamento. Agentes capazes. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável. Forma prescrita ou não defesa em lei. Requisitos de validade do negócio jurídico Nulidade absoluta e nulidade relativa. Distinção. Interesse público. Ratificação. Prescrição. Casos. Das nulidades Do silêncio. Art. 111 do Código Civil. Disparidade entre vontade e declaração. Vontade e declaração nos negócios jurídicos Conceito. Fundamento. Efeitos. Reserva mental Condição. Termo. Encargo. Dos acidentes do negócio jurídico Lei n. 8.245 de 1991. Lei n. 12.112 de 2009. Da locação – conceito. Natureza jurídica. Lei do Inquilinato Redução proporcional. Dispensa da multa: locatário transferido pelo empregador, sendo comunicado o locador com antecedência de 30 dias no mínimo. Built to suit. Multa no contrato de locação O fiador pode se exonerar no prazo de 30 dias a contar do recebimento da notificação, nos casos especificados na lei. Ao pedir a exoneração, fica obrigado por 120 dias após a notificação por escrito do locador. Casos de exoneração: divórcio, dissolução de união estável, prorrogação do contrato. Fiança na locação O locatário notificado pelo locador tem 30 dias para apresentar nova garantia, novo fiador ou nova modalidade de garantia. Casos: morte do fiador, recuperação judicial, falência, interdição, ausência, insolvência, exoneração etc. Nova garantia exigida pelo locador Necessidade de reparações urgentes determinadas pelo poder público, sem a possibilidade de permanência do locatário durante as obras. Fim do prazo de 30 dias sem apresentação de nova garantia. Inadimplência sem garantia. Término do prazo de locação não residencial, tendo sido proposta a ação em até 30 dias do termo ou do cumprimento de notificação comunicando o intento de retomada. Liminar para desocupação em 15 dias – Casos mais recentes Locatário ou fiador. 15 dias para o depósito judicial. Valor insuficiente: complemento no prazo de 10 dias, a contar da intimação. Requisito: 24 meses anteriores sem uso do benefício. Purgação da mora 6 a 12 vezes o valor do aluguel, atualizado. Antes: 12 a 24 vezes o valor do aluguel. Isenção de caução: distrato, infração contratual ou legal, falta de pagamento de aluguel e demais encargos, necessidade de reparos urgentes. Caução Requisitos. Desocupação voluntária em 30 dias diante da improcedência (antes eram 6 meses). Na sentença, determina-se a expedição do mandado de despejo. Ação renovatória A purgação da mora, no contrato de locação, pode ser realizada: a) Somente pelo locador. b) Somente pelo locatário. c) Somente pelo fiador. d) Pelo locador e pelo fiador. e) Pelo locatário e pelo fiador. Interatividade A purgação da mora, no contrato de locação, pode ser realizada: a) Somente pelo locador. b) Somente pelo locatário. c) Somente pelo fiador. d) Pelo locador e pelo fiador. e) Pelo locatário e pelo fiador. Resposta Responsabilidade civil – conceito. Fundamentos. Constituição Federal. Código Civil. CDC. Responsabilidade civil das instituições bancárias Ação ou omissão. Dano. Nexo causal. Culpa. Requisitos da responsabilidade civil Fundamentos. Presunção de culpa. Menores. Contratual e extracontratual Regra geral. Distinção. Casos de responsabilidade civil objetiva. Responsabilidade civil subjetiva e objetiva O artigo 3º, parágrafo 2º do CDC incluiu as atividades bancárias no conceito de serviços. O art. 14 do CDC: Responsabilidade objetiva: Por defeitos relativos à prestação. Por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Atividades bancárias no CDC O defeito inexiste. Culpa exclusiva do consumidor ou cliente. Excludentes de responsabilidade Súmula 297: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Assim, o CDC é aplicável às instituições financeiras. Da prova do consumidor: conteúdo de cofre. Superior Tribunal de Justiça Jurisprudência: divergência. Dever de mitigar prejuízos ao consumidor. Súmula 479 do STJ: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias”. A emissão de cheque falso constitui crime. A instituição financeira deverá restituir o valor pelo pagamento. Súmula 28 do STF: “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista”. Fraude e golpe, incluindo Pix Teoria da culpa: verifica a quem cabe a responsabilidade pelo dano. Teoria do risco: a atividade bancária possui fins lucrativos, assumindo o risco. Outras interpretações Correntista que não concorreu para o evento danoso: danos suportados pelo banco. Provada a culpa do correntista: fica o banco isento. Culpa concorrente (negligência do correntista e falha do banco): os prejuízos se repartem. Não provada a culpa do correntista, nem do banco, sobre este é que deve recair o prejuízo. Jurisprudência Responsabilidade objetiva. A vítima do crime é a instituição financeira e não o cliente. Aplicação do CDC A responsabilidade civil é tema de alta relevância. A responsabilidade civil da instituição financeira é objetiva. A aplicação do CDC leva a instituição financeira a responder sem a comprovação da culpa. Considerações finais Lei n. 9.514/1997 (sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário). Alternativa à hipoteca: retomada mais célere. Rigor e eficiência para a garantia: avanço. Necessidades do mercado imobiliário (construção civil, instituições financeiras etc.). Alienação fiduciária de bem imóvel Art. 22 da Lei n. 9.514/1997. “Negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel.” A propriedade fiduciária: domínio que se aliena ao credor para fins de garantia. Conceito Assegurar o cumprimento de obrigação. Contrato típico: previsto em lei. A propriedade fiduciária é a garantia. Natureza jurídica: Contrato acessório. Propriedade resolúvel. Depende de contrato escrito. Finalidade e natureza jurídica Os efeitos: dependem do registro do contrato no CRI. O registro tem natureza jurídica constitutiva. O registro tem o efeito de desmembrar a posse, em direta (fiduciante, consumidor) e indireta (fiduciário, credor). Artigo 23 LSFI. Registro e posse O contrato gera direito real de propriedade e direito pessoal (obrigacional). Há um reforço da responsabilidade do devedor, possuidor direto do bem, que deve restituí-lo se não honrar a dívida. O bem imóvel não pertence ao devedor. Direito pessoal e direito real Pode estar vinculado à compra e venda ou ao mútuo. Pode ser feito com o contrato principal, ou posteriormente. A plena propriedade é consolidada no devedor, se e quando paga a dívida. Os efeitos retroagem à data da constituição da propriedade fiduciária. Contratos vinculados Art. 24 da LSFI. Valor da dívida, prazo, taxa de juros, cláusula de constituição da propriedade fiduciária, com a descrição do imóvel e a indicação do título e modo de aquisição; o valor do imóvel (para o leilão). Requisitos do contrato A propriedade fiduciária é utilizada para financiamento imobiliário (em geral). Credor fiduciário: propriedade resolúvel. Pode alienar o bem a terceiros. O adquirente se sub-rogará nos direitos e obrigações. Deve devolver a propriedade, se e quando paga a dívida. Devedor fiduciante: Direito expectativo de se tornar proprietário. Consolidação da propriedade: pode ou não ocorrer. Direitos e obrigações das partes na alienação fiduciária Com o pagamento: o credor fiduciário entrega o termo de quitação ao devedor. No prazo de 30 dias. A quitação é o título para o cancelamento do registro da propriedade em nome do fiduciário. O domínio passa ao fiduciante, sem necessidade de novo ato de disposição. O efeito é meramente resolutivo, não há alteração patrimonial: não existe fato gerador de tributo. Consolidação da propriedade e procedimento Por instrumento público ou particular, sob pena de multa. O devedor fiduciante encaminhará o termo de quitação ao CRI, para o registro. Na hipótese de inadimplemento: o prazo de carência é estipulado no contrato para a cobrança. Termo de quitação Intimação para purgação de mora em 15 dias no CRI. Consolidação da plena propriedade ao credor fiduciário. Leilão extrajudicial. Reintegração de posse. O contrato definirá o prazo de carência após o qual será expedida a intimação. Intimação por meio de oficial do registro imobiliário. Se o devedor fiduciante não for encontrado: será intimado por edital. Inadimplemento O oficial do registro terá 3 dias para entregar o valor ao credor fiduciário. Sem pagamento: a propriedade é consolidada na pessoa do credor fiduciário, devendo ser recolhido o ITBI. Consolidada a propriedade na pessoa do credor fiduciário: leilão extrajudicial. Prazo de 30 dias para o leilão extrajudicial, por leiloeiro oficial (escolhido pelo credor fiduciário). Purgação da mora Fiduciante: encargos do imóvel, adequada utilização e posse. Fiduciário: deve liberar o imóvel se cumpridas as obrigações do fiduciante (tem propriedade resolúvel e posse indireta). A posição contratual pode ser cedida pelas partes. Ações: Fiduciante: possessórias, mesmo contra o fiduciário proprietário, e execução de obrigação de fazer (para obter a quitação). Fiduciário, na consolidação do domínio, a fim de proceder à venda: reintegração de posse. Considerações finais e ações relacionadas Assinale a alternativa correta quanto à responsabilidade civil das instituições bancárias. a) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, aplicando-se o Código de Defesa do Consumidor. b) Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor. c) A responsabilidade civil é subjetiva. d) A responsabilidade civil é sempre extracontratual. e) Não há como se aplicar a responsabilidade civil, somente a responsabilidade penal. Interatividade Assinale a alternativa correta quanto à responsabilidade civil das instituições bancárias. a) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, aplicando-se o Código de Defesa do Consumidor. b) Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor. c) A responsabilidade civil é subjetiva. d) A responsabilidade civil é sempre extracontratual. e) Não há como se aplicar a responsabilidade civil, somente a responsabilidade penal. Resposta FERNANDES, Alexandre Cortez. Direito Civil: fatos jurídicos. Caxias do Sul: Educs, 2010. MELLO, Cleyson de Moraes. Locação e despejo. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Processo, 2023. MELLO, Cleyson de Moraes. Responsabilidade civil. Rio de Janeiro: Editora Processo, 2022. SEGALLA, Alessandro et al. In: DIAS, José Guilherme Gregori Siqueira et. al. (Coord.). Alienação fiduciária de bem imóvel e outras garantias. 2. ed. Indaiatuba: Editora Foco, 2021. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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